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Caso 14 Poc Civil Prát Sim 4 Adrissa

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA CAPITAL DO ESTADO Y 
PROCESSO DE ORIGEM – Ação de Alimentos - 1ª Vara de Família da Comarca da Capital Y
Rafaela, menor impúbere, representada por sua genitora Melina, ambas já qualificadas nos autos da Ação em epígrafe, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por intermédio do advogado abaixo assinado, com fundamento no Art. 1.015, I, CPC, interpor o presente: 
 AGRAVO DE INSTRUM EN TO
Em face da decisão interlocutória proferida pelo juízo a quo, nos autos nos quais é réu e ora agravado EMERSON, também já qualificado nos autos, conforme as razões de fato e de direito que se seguem, inconformada com a decisão interlocutória negativa, a agravante interpõe o presente recurso, facultando-se ao juízo a quo o exercício da retratação, tão logo seja comunicado da interposição deste recurso, nos termos do art. 1.018, CPC, a fim de cumprir o disposto no art. 1.016, IV, CPC, devem ser intimados por parte da Agravante, seu advogado, cujo endereço é conj. Val Paraíso, rua; Beta, nº 11, bairro: Condor, e ainda por parte do Agravado, seu advogado, cujo endereço é também, nos termos do art. 1.016, CPC, lista as peças integrantes do translado, no qual consta a integralidade dos autos originários, podendo-se verificar as peças essenciais, como : procuração aos advogados das partes, decisão impugnada, certidão de publicação da decisão agravada e demais documentos essenciais para a compreensão da causa. 
 Nesses termos, 
 Pede deferimento. 
 Belém/PA, 31 de dezembro de 2012 
 João Santos OAB/PA 1265
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR RELATOR D A ____ TURMA CÍVEL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA CAPITAL DO ESTADO Y 
Agravante : RAFAELA 
Advogado : João Santos 
Domicílio Profissional 
Agravado : EMERSON 
Advogado : Charles Santos 
Domicílio Profissional
 DA SÍNTESE 
 Trata-se de Ação de Alimentos interposto por Rafaela, ora Recorrente, em face de Emerson, ora Recorrido e, apesar do nome não constar na Certidão de Nascimento da recorrente, seu pai Emerson realizou o exame de DNA em 2014, voluntariamente e extrajudicialmente a pedido de sua ex-esposa, na qual foi apontada a existência de paternidade em relação a Rafaela; segundo consta na Petição Inicial, a Recorrente informou ao Juízo que sua genitora encontrava-se desempregada e que seu pai Emerson não exercia emprego formal com carteira assinada, porém, vivia de “bicos ” e serviços prestados de forma autônoma, razão pela qual pediu a fixação de pensão alimentícia no valor de 30% (trinta por cento) sob o salário mínimo. Por fim, o juiz de primeiro grau da 1ª Vara de Família da Comarca da Capital do Estado Y INDEFERIU o pedido de tutela antecipada inaudita altera parte, rejeitando o pedido de fixação dos alimentos provisórios com base nos seguintes fundamentos : 
a) Inexistência de verossimilhança da paternidade, uma vez que o nome de Emerson não constava na Certidão de Nascimento e que o exame de DNA juntado era uma prova extrajudicial, colhida sem o devido processo legal, sendo, portanto, inservível; e b) Inexistência de possibilidade por parte do réu, que não tinha como pagar pensão alimentícia pelo fato de não exercer emprego formal, como confessado pela própria autora; tal fundamento, porém, não poderá subsistir, como adiante será demonstrado.
 DO CABIMENTO DO PRESENTE AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 Nos termos do art. 1.015, I, CPC, será cabível agravo de instrumento, d entre outras hipóteses expressamente previstas, a de rejeição do pedido de fixação de alimentos provisórios, e de versar sobre tutela provisória antecipada; assim, cabível o presente recurso.
DAS RAZÕES
 Apesar do pedido indeferido na ação em epígrafe, na qual foi explanada a inexistência de verossimilhança da paternidade e de que o nome do Recorrido não constava na Certidão de Nasci mento da Recorrente, em 2014 foi realizado o exame de DNA, ainda que feito extrajudicialmente, foi possível comprovar através do mesmo, a paternidade do Recorrido em relação à sua filha Rafaela, o exame de DNA feito voluntariamente pelo pai é prova inequívocada paternidade, não havendo violação do devido processo legal.
E, no que diz respeito à pensão alimentícia também indeferida pelo juízo de primeiro grau, tendo em vista a falta de emprego formal e a forma de sobreviver através de “bicos ” por parte do Recorrido, cabe ressaltar que o Recorrido presta serviços de forma autônoma possibilitando-o em adquirir através dos diversos trabalhos, qualquer tipo de renda, inclusive os de valores altos podendo ultrapassar um salário mínimo por mês, portanto, a obrigação alimentar é de ambos os pais, que de verão contribuir independente mente de estarem desempregados ou exercerem emprego informal, conforme o § 1º do art. 1.694, CC e m relação do binômio necessidade do alimentado, diz que : 
Sendo assim, conforme afirma o doutrinador Washington de Barros Monteiro, “se o alimentando se acha em situação de penúria, tem certamente direito de impetrar alimentos, ainda que possa ser responsabilizado pela própria situação de miséria ” (MON TEIRO, 2001, p. 304 ) o alimentante, por sua vez, tem o dever de cumprir com a pensão alimentícia, desde que o montante a se pagar não prejudique seu próprio sustento , portanto, é necessário que haja uma proporcionalidade entre a necessidade de quem tem o direito de receber os alimentos, com a possibilidade de quem tem o dever de pagá-los.
DA CONCESSÃO DA TUTELA ANTECIPADA RECURS A L 
 Considerando o pedido de tutela antecipada para a fixação de alimentos provisórios em que foi negado, a não concessão do efeito pretendido por temor do art. 1.019 , I, CC, a carretará prejuízos à alimentada, ora Recorrente, sem contar em longa batalha judicial sendo que, o feito pode ser devidamente de pronto julgado, com resolução de mérito, já que preenchidos os requisitos legais do art. 995, parágrafo único, CC. 
DO PEDIDO 
 Diante todo o exposto requer : 
a) Que seja o recurso conhecido e provido, sendo concedida tutela antecipada recursal em caráter liminar, por decisão monocrática do relator, oficiando se à instância originária, tal qual, reformando-se a decisão de primeira instância proferida pelo juízo “a quo ” da decisão interlocutória impugnada, com a imediata fixação dos alimentos provisórios a favor da agravante, no percentual de 30 % do salário mínimo, já que presentes os requisitos legais da medida; 
 b) A parte agravada intimada para querendo, apresentar de contrarrazões ao presente agravo ; 
c) Intimado o representante do Ministério Público, para atuar enquanto fiscal da ordem jurídica; 
d) Ratificada a tutela antecipada recursal pelo colegiado, no tocante aos alimentos provisórios.
Nestes Termos, 
Pede e aguarda deferi mento.
Belém/PA, 31 de dezembro de 2012 
 
João Santos OAB/PA 1265

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