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FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO MUSICAL EDNA ANDRADE SANTOS NATÁLIA SIQUEIRA SANTOS FREITAS ANA PAULA SANTOS DE MELO A MÚSICA E SUAS CONTRIBUIÇÕES NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL DE 0 A 4 ANOS Guarujá 2018 FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS EDNA ANDRADE SANTOS NATÁLIA SIQUEIRA SANTOS FREITAS ANA PAULA SANTOS DE MELO A MÚSICA E SUAS CONTRIBUIÇÕES NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL DE 0 A 4 ANOS Monografia apresentada á Faculdade Campos Elíseos, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Educação Musical, sob supervisão da orientadora: Prof.Fatima Ramalho Lefone. Guarujá 2018 FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS EDNA ANDRADE SANTOS NATÁLIA SIQUEIRA SANTOS FREITAS ANA PAULA SANTOS DE MELO A MÚSICA E SUAS CONTRIBUIÇÕES NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL DE 0 A 4 ANOS Monografia apresentada á Faculdade Campos Elíseos, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Educação Musical, sob supervisão da orientadora: Prof.Fatima Ramalho Lefone. Aprovado pelos membros da banca examinadora em ___/___/___.com menção ____ (________________). Banca Examinadora _________________________________ _________________________________ Guarujá 2018 RESUMO Este trabalho tem como objetivo apresentar a música como elemento contribuinte para o desenvolvimento da inteligência e integração do ser desde a gestação, no qual os estímulos de sons, ruídos e vozes, contribuem para o desenvolvimento do cérebro do bebê. A música é concebida como forma de expressão de sentimentos, ideias, valores culturais e facilita a comunicação do indivíduo consigo mesmo e com o meio em que vive. Ou seja, a música auxilia na desinibição de crianças tímidas, despertam ideias de respeito e considerações pelo outro, contribuem para a socialização e permitem espaço para outras aprendizagens. Quando bem estimulada e explorada de forma lúdica e agradável de acordo com a idade da criança, a prática musical desenvolve a capacidade motora (o andar, o manipular), estimulando as noções de direita/esquerda, atrás/na frente, e o desenvolvimento da atenção, concentração, reação, dicção, etc. As atividades musicais também contribuem para que algumas crianças com dificuldades de aprendizagem possam se adaptar, além de trabalhar a inclusão de crianças com necessidades especiais. Por ser um caráter lúdico e de livre expressão, não podem ter como objetivos a cobrança de resultados e pressões sobre a criança. Enfim, uma boa música harmoniza o ser humano, trazendo-o de volta a padrões mais saudáveis de pensamento, sentimento e ação. Palavras-chave: Música, socialização, desenvolvimento, criança. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................6 1.1 OBJETIVOS.......................................................................................................7 1.1.1 OBJETIVO GERAL..........................................................................................7 1.1.2 OBJETIVOS ESPECIFIOS..............................................................................7 1.2 JUSTIFICATIVA.................................................................................................6 1.3 PROBLEMA.......................................................................................................6 CAPITULO I A definição da música..............................................................................................8 1.1 A relação música e criança.............................................................................9 CAPITULO II As variadas ações que a música pode proporcionar no desen. da criança...........11 2.1 A música no desenvolvimento intelectual...................................................13 2.2 A música como recurso socializante e corporal.........................................14 2.3 A música no desenvolvimento psicomotor.................................................16 2.4 A música na aprendizagem escolar.............................................................16 CAPITULO III Howard Gardner: autor da teoria das Inteligências Múltiplas................................17 3.1 Inteligência Musical.......................................................................................18 CAPITULO IV Os jogos musicais e a criança..............................................................................20 4.1 Cantigas de roda...........................................................................................21 4.2 Cantigas de ninar..........................................................................................22 4.3 Parlendas.......................................................................................................22 4.4 Trava-línguas.................................................................................................23 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................24 REFERÊNCIAS.....................................................................................................26 6 1 INTRODUÇÃO A presente pesquisa propõe analisar e explicitar a importância da música no desenvolvimento da criança de 0 a 4 anos, ou seja, desde a fase gestacional até seu desenvolvimento por volta dos 4 anos. A prática musical quando introduzida desde os primeiros anos de vida da criança, pode beneficiar o seu desenvolvimento integral, a sensibilidade musical, melhorar as funções motoras, a concentração e o relaxamento. Desta forma, o presente artigo se justifica a medida, que experiências musicais trabalhadas nos primeiros anos de desenvolvimento da criança influenciarão no seu bem estar físico, emocional e cognitivo. Para muitos a música não passa apenas de uma simples escuta e sem intencionalidade. O grande desafio é fazer com que a sociedade compreenda que a musicalização não é uma prática descontextualizada, e sim capaz de auxiliar de forma significativa no desenvolvimento e outras potencialidades nos primeiros anos de vida da criança. O procedimento utilizado foi por meio do estudo exploratório e bibliográfico. Permitirá ao leitor a compreensão e o entendimento dos primeiros contatos da criança com a música, como ela pode chegar a fazer parte integrante de seu ser íntimo, o que ela pode significar para sua vida. Evidenciarei com base nas teorias e pesquisas de diversos autores, a importância da música no desenvolvimento do raciocínio, criatividade, imaginação, autodisciplina e a consciência rítmica e estética. Também será abordada a questão da Inteligência Musical, apresentada por Howard Gardner na teoria das Inteligências Múltiplas. Para alcançar o objetivo neste Trabalho de Conclusão de Curso, foram utilizados para a realização das pesquisas livros, artigos científicos e sites, através da internet. Com o intuito de facilitar o entendimento do corpo do trabalho, especifica-se a seguinte estruturação de texto: O primeiro capítulo abordará a definição da música e sua relação com a criança. Evidenciaremos que crianças que mantêm a prática musical desde a vida uterina e ao longo de seu desenvolvimento, possuem níveis de inteligência e de 7 capacidade de aprendizagem mais elevado às crianças que não mantém a prática da música. No segundo capítulo, encontra-se as variadas ações que a música pode proporcionar no desenvolvimento da criança e sua importância como recurso intelectual, socializante, corporal, psicomotor e na aprendizagem escolar. Já no terceirocapítulo, contempla-se a teoria das Inteligências Múltiplas. Contemplam-se também o significado da importância de uma escuta sensível e ativa, a relação música e criança e a inteligência musical. No quarto e último capítulo abordam-se os jogos musicais e sua importância no desenvolvimento da criança, finalizando com as considerações finais. OBJETIVOS Objetivo Geral • Analisar a importância da música no desenvolvimento da criança de 0 a 4 anos e seus benefícios ao longo do processo de desenvolvimento da criança. Objetivos Específicos • Evidenciar as principais características da importância da música no desenvolvimento infantil. • Apresentar o levantamento de algumas ações que a música pode proporcionar no desenvolvimento da criança. 8 1. A DEFINIÇÃO DA MÚSICA Não é fácil definir o que seja música. Vários pesquisadores e estudiosos têm pesquisado o significado da arte musical, chegando a resultados nem sempre relativos. Seria a música uma linguagem? Uma expressão artística que nos atinge no íntimo, numa esfera em que a razão e o raciocínio lógico talvez não penetrem? E em relação ao som? Não existe som sem movimento. A física explica que o som é uma vibração que chega aos nossos ouvidos em formas de ondas que percorrem o ar que nos rodeia. Num texto falado, por exemplo, ouvem-se sons e ritmos articulados, porém, cada palavra significa uma ideia definida, concreta. De acordo com Schneider (1957, p.846) a música: nunca expressa uma ideia intelectual definida, nem um sentimento determinado, mas somente aspectos psicológicos absolutamente gerais, abstratos. Essa generalidade não é, no entanto, uma abstração vazia, mas uma espécie de expressão e de determinação diferentes das que correspondem ao pensamento conceitual. Por esse motivo, é que a música pode ser compreendida, interpretada e executada de várias maneiras. A linguagem verbal é um meio de comunicação e de relacionamento entre os povos não sendo universal, pois cada povo tem sua maneira de expressar-se por meio da palavra. Assim sendo, há várias línguas espalhadas pelo mundo. Segundo Jeandot (1997, p.12) “... A música é uma linguagem universal, mas com muitos dialetos, que variam de cultura para cultura, envolvendo a maneira de tocar, de cantar, de organizar os sons e de definir as notas básicas e seus intervalos”. Durante muitos anos, fomos sujeitos a acreditar que a música é uma combinação de notas dentro de uma escala. Mas, estalos de dedos, golpes de palma de mão sobre um instrumento musical ou gestos do cotidiano, são elementos atualmente considerados autênticos participantes do mundo musical. A música é resultado de longas e indiscutíveis vivências pessoais com a música e de civilizações musicais diversas. De acordo com WEIGEL (1988) a música é composta por: 9 Som: são as vibrações audíveis e regulares de corpos elásticos, que se repetem com a mesma velocidade, como as do pêndulo do relógio. As vibrações irregulares são denominadas ruído. Ritmo: é o efeito que se origina da duração de diferentes sons, longos ou curtos. Podemos desconhecer a melodia e a harmonia, mas não desconhecemos o ritmo. Melodia: é a sucessão rítmica e bem ordenada dos sons. Harmonia: é a combinação simultânea, melódica e harmoniosa dos sons. 1.1 A relação música e criança A música faz parte do universo infantil da criança desde a vida uterina. Segundo DISOTEO (2003), já no útero materno, o ouvido “capta” o ritmo do coração da mãe e outros sons corporais. As crianças sentem-se envolvidas com o mundo sonoro desde muito cedo, ou seja, no ventre materno. O bebê ainda no útero materno é capaz de sentir quando sua mãe acaricia a barriga e escuta sons externos como músicas e conversas. Por volta da 25ª semana da gestação, os bebês conseguem ouvir sons cardiovasculares, intestinais, placentários e a voz de sua mãe. Dos últimos três meses, no útero materno, ao 3º mês de vida, eles preferem sons graves, e no sexto mês sons agudos. Por volta do 9º mês já conseguem distinguir entre duas versões de uma mesma música (ILARI, 2003). Essas sensações geram ao bebê tranquilidade e segurança e estabelece um forte vínculo entre mãe e filho. Crianças que mantêm a prática musical desde a vida uterina e ao longo de seu desenvolvimento, possuem níveis de inteligência e de capacidade de aprendizagem mais elevado às crianças que não mantém a prática da música. As crianças gostam de acompanhar as músicas com movimentos do corpo. É possível observar uma criança batendo palmas, sapateando, dançando etc. Essa relação entre o gesto e o som faz com que a criança construa seu próprio conhecimento sobre a música, da mesma forma como ocorria com o homem primitivo na investigação e nas descobertas dos sons. Em todas as culturas sociais costumam-se tranquilizar os bebês com cantos e movimentos. A mãe balança suavemente seu filho ao som de alguma melodia com 10 o objetivo de acalmá-lo ou adormecê-lo. É importante ressaltar que o contato estabelecido entre a mãe e o bebê é tão importante quanto à música tocada através de um aparelho, por exemplo. Dessa forma, o cantar, assobiar e o murmurar além de fornecerem sons são também elementos afetivos entre a mãe e o bebê. Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil Brasil ( 1998, p.51), O ambiente sonoro, assim como a presença da música em diferentes e variadas situações do cotidiano, fazem com que os bebês e crianças iniciem seu processo de musicalização de forma intuitiva. Adultos cantam melodias curtas, cantigas de ninar, fazem brincadeiras cantadas, com rimas, parlendas etc., reconhecendo o fascínio que tais jogos exercem. Encantados com o que ouvem, os bebês tentam imitar e responder, criando momentos significativos no desenvolvimento afetivo e cognitivo, responsáveis pela criação de vínculos tanto com os adultos quanto com a música. Nas interações que se estabelecem, eles constroem um repertório que lhes permite iniciar uma forma de comunicação por meio de sons. O balbucio e o ato de cantarolar dos bebês têm sido objetos de melódicas cantaroladas até os dois anos de idade, aproximadamente. Procuram imitar o que ouvem e também inventam linhas melódicas ou ruídos, explorando possibilidades vocais, da mesma forma como interagem com os objetos e brinquedos sonoros disponíveis, estabelecendo, desde então, um jogo caracterizado pelo exercício sensorial e motor com esses materiais. Para Piaget, o desenvolvimento da criança se dá através da sua interação por meio de estímulos que recebe do seu dia a dia. A escuta de diferentes sons musicais e o contato com vários brinquedos sonoros, ou seja, as experiências musicais propiciam na criança o desenvolvimento afetivo, cognitivo tornando-se uma fonte de observação e descoberta para o bebê. Com o passar dos meses, a criança tenta se manifestar por meio de sons como, por exemplo, balbucia e tenta acompanhar o ritmo com movimentos. Quando o ritmo da música é calmo a criança pode tranquilizar e até mesmo dormir. Dessa forma, a música torna-se fonte de felicidade, estímulo e equilíbrio para a criança. Por volta do seu segundo ano de vida, as crianças começam naturalmente a emitir sons pontilhados, criando músicas e fazendo com seus imagináveis sonoros exercícios. Entre 3 e 5 anos, as crianças conseguem cantar com certa precisão, são capazes de reproduzir ritmos simples dentro de um pulso regular, compõem pequenas canções e discriminam características sonoras como alturas, timbres, intensidades e durações. Desta forma, podemos perceber que as crianças são ouvintes em potencial desde muito cedo e reagem aos estímulos sonoros favorecendo seu desenvolvimento intelectual e social. 11 2 AS VARIADAS AÇÕES QUE A MÚSICA PODE PROPORCIONAR NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA Várias pesquisas que foram desenvolvidasem diferentes países e épocas, mais precisamente no final das décadas do século XX, confirmam a presença da música no desenvolvimento da criança. Segundo Bréscia (2003, p.41) “A investigação científica dos aspectos e processos psicológicos ligados à música é tão antiga quanto às origens da psicologia como ciência”. A autora também cita vários benefícios da utilização da música em vários ambientes como empresas, escolas e hospitais. A começar por alguns hospitais, a utilização da prática musical tem sido utilizada antes, durante e após cirurgias. Essa prática tem levado a resultados positivos que vão desde a pressão sanguínea e pulso mais baixos, sinais vitais e estado emocional controlados até uma menor precisão de anestésicos. Uma pesquisa realizada na Faculdade de Medicina do Centro de Ciências Médicas e Biológicas da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo avaliou os efeitos da prática musical em pacientes com câncer. Segundo a pesquisa, foi constatado que a musicoterapia pode atenuar os sintomas de pacientes que fazem tratamento quimioterápico. Nas empresas, o que se tem procurado para se fazer música é o canto coral. Esta atividade exige a integração e a cooperação entre os funcionários, além de propiciar descontração e relaxamento. O cantar exige o controle e a utilização total da respiração. Assim como em alguns hospitais e empresas, a utilização da música em escolas também contribui para diversos fatores positivos. BRÉSCIA (2003) declara com firmeza que cantar pode ser um ótimo companheiro de aprendizagem, contribui com a socialização, na aprendizagem e descoberta do mundo. Vale ressaltar que o cantar não é válido somente nos horários de lazer e sim no ensino das matérias. Dessa forma, a prática musical pode ser um veículo para a compreensão, memorização ou expressão das emoções. De acordo com estudos realizados por pesquisadores alemães, pessoas que analisam tons musicais apresentam área do cérebro 25% maior em comparação aos indivíduos que não desenvolvem trabalho com música, bem como aos que 12 estudaram as notas musicais e as divisões rítmicas, obtiveram notas 100% maiores que os demais colegas em relação a um determinado conteúdo matemático. O canto também pode ser utilizado para pessoas aprenderem a trabalhar com a agressividade. A atividade de cantar proporciona relaxamento e este, contribui para a aprendizagem. Conforme Barreto (2004, p.109) “O relaxamento depende da concentração e por isso só já possui um grande alcance na educação de crianças dispersivas, na reeducação de crianças ditas hiperativas e na terapia de pessoas ansiosas”. Através do canto há uma série de ações que proporcionam o desenvolvimento: Da perspicácia auditiva, o ouvir bem dependerá, em grande parte, da reprodução correta dos sons. Como forma de auxílio para crianças que tenham maiores dificuldades, o professor de Educação Infantil, por exemplo, pode desenvolver exercícios como: dizer frases cantando e pedir para que as crianças as reproduzam, mandar que imitem vozes de animais, timbres de instrumentos, etc. Do aparelho respiratório, a necessidade de respiração adequada para o canto. Prosseguindo o exemplo anterior, o professor deve fazer com que as crianças pratiquem uma respiração adequada para que obtenham vozes leves e agradáveis. Do aparelho fonador, pela emissão correta dos sons, ou seja, pelo canto propriamente dito. É necessário que o professor observe se os alunos estão emitindo corretamente os sons para que não se habituem a uma emissão defeituosa. A prática musical também serve de incentivo para crianças com dificuldades de aprendizagem, além de trabalhar a inclusão de crianças com necessidades especiais. Como exemplo, podemos citar alguns aspectos positivos referentes às atividades musicais. São elas: incentivo a realização e o controle de movimentos específicos, auxilia na organização do pensamento e atividades realizadas em grupos e contribuem com a cooperação e a comunicação. Vale ressaltar que atividades musicais não podem ter como objetivos a cobrança de resultados e pressões sobre a criança. Gardner (2002, p.112) afirma que: A música não pode expressar medo, que é certamente uma emoção autêntica. Mas seu movimento, seus sons, acentos e padrões rítmicos podem ser inquietos, agudamente agitados, violentos a até mesmo repletos de suspense... Ela não pode expressar desespero, mas pode movimentar- se lentamente numa direção predominantemente descendente, sua textura 13 pode tornar-se pesada, conforme é nosso hábito de dizer “escura” ou ela pode desaparecer totalmente. O seu caráter é lúdico e de livre expressão. Auxiliam na desinibição de crianças tímidas, despertam ideias de respeito e considerações pelo outro, contribuem para a socialização e permitem espaço para outras aprendizagens. 2.1 A música no desenvolvimento intelectual O desenvolvimento cognitivo começa com reflexos, e com o passar do tempo tornam-se em pequenas ações. Durante seu desenvolvimento, a criança passa a interagir com o meio em que vive, começa a criar movimentos mais complexos, passa a perceber quando um objeto sai do seu campo de sua visão não deixa de existir e começa a construir uma representação mental ou simbólica do meio em que vive. Durante a gestação, mais precisamente do terceiro mês ao nascimento, o bebê é capaz de reagir aos estímulos auditivos. Os sons captados pelo bebê servem de estímulos ao desenvolvimento do cérebro, pois as estruturas cerebrais responsáveis pelo processamento desses elementos começarão a engrenar e armazenar informações (PEDERIVA; TRISTÃO, 2006). A partir do desmame ao 3º ano de vida a música contribui consideravelmente. As músicas disponíveis à apreciação das crianças contribuem para o desenvolvimento da capacidade de concentração e empenho de esforços neurológicos para a discriminação auditiva, visto a capacidade da música gerar variação no nível de atenção (TEIXEIRA; BARJA, 2011, p. 190). 14 2.2 A música como recurso socializante e corporal A partir do 4º mês o bebê consegue reconhecer as pessoas mais próximas do seu convívio. Desta forma, o timbre é um elemento musical considerável para o estabelecimento de relações e reações sociais dos recém-nascidos às pessoas ao seu redor. Podemos observar a variedade de grupos a que uma criança pertence e sua necessidade em estabelecer um bom relacionamento com os membros desses grupos. Dessa forma, deve-se auxiliá-la nessa tarefa fazendo com que perceba suas possibilidades e responsabilidades em relação a esses agrupamentos. As atividades musicais compartilhadas sejam pelo canto coletivo ou a banda rítmica, por exemplo, contribuem em dois aspectos: o da necessidade de cooperação e do respeito ao próximo, tão essenciais na socialização da criança. Quando a criança canta ou toca em conjunto, ela sente-se parte de um todo nos quais todos os elementos são igualmente importantes. Consegue compreender que cada pessoa precisa colaborar individualmente e que todos precisam trabalhar em harmonia e com um objetivo comum. É possível observar essa compreensão ao constatar que o êxito da execução de um número de côro, por exemplo, se estabelece na dependência direta da harmonia de seus executantes. Em relação ao repertório musical, as canções regionais e as músicas folclóricas trarão a consciência do grupo maior a que cada uma pertence, tornando fácil a integração social dessa criança nas comunidades mais amplas. Desta forma, a música fortifica a relação afetiva e social entre o bebê, a mãe e o ambiente em que ele vive. Por volta dos seis meses a dois anos, o bebê está mais sociável e começa a imitar os contornos melódicos que o adulto executa. A partir dos 10º meses o bebê inicia a interação de forma mais intensa com outros nenéns. Daí a importância das brincadeirasmusicais de socialização para o desenvolvimento de noções de compartilhar, reconhecer o outro e de interagir. Entre dois e três anos, os bebês estão preparados para participar de atividades com outros. Em atividades musicais, por exemplo, os bebês criam sentimento de pertencimento ao grupo e passam a compreender a importância da cooperação com os demais. 15 Por volta dos três e quatro anos, as crianças já distinguem, mesmo de forma limitada, o que é certo e errado e as opiniões que os outros têm sobre elas assumem importância dentro do seu íntimo. Atividades de sonorização de histórias, por exemplo, permitem fazer com que as crianças reflitam as atitudes dos personagens atribuindo juízos e desta forma, constroem valores sociais. Além da questão socializante, a prática musical contribui muito no desenvolvimento corporal da criança. É um instrumento intermediário nos processos pedagógicos e terapêuticos, trabalhando a socialização e o desenvolvimento do equilíbrio, lateralidade, coordenação motora, etc. BARRETO (2000), agrega a música ao movimento e liga este à aquisição do conhecimento. Constitui-se em uma linguagem que faz com que a criança cresça nessa interação-meio físico e social ao brincar, jogar, dançar; enfim, criando e imitando ritmos, ela estará se apropriando da cultura da sociedade que se encontra inserida. Segundo o autor, a música e o movimento quando trabalhados na escola, contribuem para que algumas crianças com dificuldades de aprendizagem possam se adaptar. Vejamos o que Barreto (2000, p.46) afirma: Sem sombra de dúvidas, viver corporalmente a música faz desabrochar a desinibição da criança inibida, equilibra a criança instável e melhora a coordenação da criança débil. A criança, ao se movimentar ao som da música, descobre o prazer de seu corpo se deslocando no espaço (preenchendo o espaço), libera suas tensões, melhora sua coordenação dinâmica e estimula sua percepção cinestésica (percepção esta, indispensável ao conhecimento do corpo.) O corpo deve ser visto em sua totalidade. É nele que são inseridas todas as tensões e emoções que caracterizam a evolução psicoafetiva de um ser. A aquisição da capacidade de andar (motricidade) representa grande conquista para a criança. Ao andar, a criança torna-se independente, pois passa a explorar e a pesquisar o mundo a sua volta com mais liberdade e extensão. Dessa forma, é essencial estimular o desenvolvimento corporal da criança através da música. Nesta idade, a criança gosta de rolar, pular, deitar, bater palmas, dançar, etc. Quando bem estimulada e explorada de forma lúdica e agradável para cada idade da criança, a música desenvolve a capacidade motora (o andar, o manipular), estimulando as noções de direita/ esquerda, atrás/ na frente, e o desenvolvimento da atenção, concentração, reação, dicção, entre outros. 16 2.3 A música no desenvolvimento psicomotor As atividades musicais podem proporcionar inúmeras oportunidades para o desenvolvimento motor da criança. O ritmo por exemplo, tem papel importante na formação e equilíbrio do sistema nervoso. Ele age sobre a mente, favorecendo a descarga emocional, a reação motora e contribui para o alívio das tensões. Através de atividades como cantar fazendo gestos, dançar, bater palmas, pés, permitem que se desenvolva o senso rítmico e a coordenação motora, ambos fatores importantes para o processo de aquisição da leitura e escrita. 2.4 A música na aprendizagem escolar A música quando bem trabalhada proporciona uma importante fonte de estímulos e sensações para a criança. Promove a socialização na sala de aula, desenvolve a coordenação motora, expressão corporal, a linguagem oral e escrita e sua integração cultural. Desta forma, a música tem grande importância como instrumento facilitador do processo de ensino e aprendizagem da criança. Atividades musicais trabalham a coordenação motora, atenção, memorização e desta forma, a criança encontra meios de se expressar e manifestar, de se alegrar, de criar e expor suas potencialidades. Quando trabalhada desde cedo no contexto escolar, a música contribui de forma significativa no aprendizado e trabalho em equipe, visando o despertar para a sensibilização e conscientização das possibilidades que a música oferece ao crescimento dos alunos. 17 3 HOWARD GARDNER: AUTOR DA TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS Howard Gardner nasceu em 11 de julho de 1943 e cresceu na cidade de Scranton, Pennsylvania. Em setembro de 1961 ingressou no Harvard College no qual estudou história, sociologia e psicologia. Formou-se em Pós-graduação na London School of Economics e estudou filosofia e sociologia. Completando seu doutorado, teve a oportunidade de trabalhar com o neurologista Norman Geschwind. Psicólogo cognitivo e educacional norte-americano, ligado a Universidade de Harvard, Gardner produziu vários livros e outros como coautor, todos voltados no sentido de explicar e compreender o pensamento humano, no desenvolvimento e falhas das capacidades intelectuais humanas. Seu livro mais célebre é Frames of Mind (Estruturas da Mente), de 1983, no qual ele descreve sete dimensões da inteligência (inteligência lógico-matemática, linguística, interpessoal, intrapessoal, corporal-cinestésica, musical e espacial. Gardner propôs mais duas novas dimensões da inteligência: a inteligência naturalista e a inteligência existencialista. Segundo Antunes (2008, p.22) “A certeza da existência de diversas inteligências na pessoa humana não representa apenas novos conceitos sobre motivação e estímulos, mas principalmente um novo olhar sobre os seres humanos”. A aprendizagem é a capacidade do cérebro e do sistema nervoso de registrar, identificar e agir em função dos estímulos que registra. O elemento mais importante da aprendizagem é a inteligência. Há muito tempo, acreditava-se que cada pessoa possuía apenas uma inteligência, mas esta ideia foi modificada em 1985 por Howard Gardner quando alertou-nos de que em verdade possuímos múltiplas inteligências e não apenas uma inteligência geral. Antes da descoberta de Gardner, testes de QI serviam para qualificar quem era mais ou menos inteligente. Nos dias atuais isso já não é possível. Uma pessoa pode, por exemplo, se destacar em uma inteligência e mostrar fraco desempenho em atividades que demandam outras inteligências. Gardner apresenta as inteligências de duas formas. Algumas pessoas já nascem com determinadas inteligências por meio da genética. Todavia, experiências vividas pelo indivíduo contribuem para o desenvolvimento de algumas inteligências. Se uma pessoa, por exemplo, nasce com uma inteligência musical e as condições 18 ambientais (escola, família, bairro) favorecerem estímulos para o desenvolvimento das capacidades musicais, há uma grande chance de esse indivíduo ser músico. A contribuição da teoria das inteligências múltiplas aponta que todos os indivíduos são inteligentes de diferentes maneiras e que suas inteligências serão reforçadas, desenvolvidas ou não, de acordo com os estímulos que receberem do ambiente/cultura que os cercam. Dentre as inteligências múltiplas citadas neste trabalho (lógico-matemática, linguística, interpessoal, intrapessoal, corporal-cinestésica, musical, espacial, naturalista e a inteligência existencialista) nos interessa abordar somente a inteligência musical. 3.1 Inteligência Musical Em quase todas as culturas, sabe-se quais as crianças que “levam jeito” ou “dispõem de bom ouvido” para o canto ou para a música e com frequência, a inteligência musical é considerada um “talento”. Em primeiro lugar, talento é uma aptidão natural e jamais acreditemos que todos possuam um talento específico. Os que o apresentam se destacam dos demais. Em algumas pessoas esse talento se apresenta praticamente “pronto” não sendonecessário aperfeiçoá-lo. Com a inteligência é bem diferente. Todas elas existem em quase todas as pessoas e as que não possuem são reconhecidas por seus problemas de autismo ou deficiência neurológica congênita. Sabe-se que em algumas pessoas, este ou aquele tipo de uma ou mais inteligências pode ser mais acentuadas ou não, mas em todas, as inteligências se apresentam prontas para serem estimuladas. Portanto, a inteligência musical, assim como as demais, não pode ser confundida como talento. Conforme Antunes (2008, p.26) a inteligência sonora ou musical: É aquela expressa na capacidade em combinar sons e compor melodias, manifestando-se com esplendor em maestros, músicos, compositores ou mesmo em pessoas que se imaginam incapazes de cantar, mas cantarolam; em pessoas que não acreditam que possam compor uma valsa, mas não sabem fazer nada sem uma melodia a lhes acompanhar no radinho de pilha sempre ligado ou no iPod preso à orelha como tatuagem. Destacam-se nesse meio as pessoas com extrema sensibilidade para a entoação, o ritmo, a melodia e o tom. 19 Crianças com clara inteligência sonora adoram cantar, manifestam-se sensíveis ao som e a seus ambientes e buscam brinquedos sonoros, lembrando-se de ritmos e melodias. Algumas crianças manifestam-se com motivações expressivas para querer aprender a tocar algum instrumento musical ou fazem da música companheira de todas as horas. Interessante observar, no Japão, por exemplo, é bastante comum a criança desenvolver a alfabetização musical na Educação Infantil para despertá-la para uma nova dimensão de sua interação com o mundo e fazê-la capaz de expressar seus sentimentos e conhecimentos por meio do som. Pode-se concluir que a inteligência musical pode ajudar o indivíduo não só a entender, apreciar e aprender sobre a música, mas também a analisar o mundo que o cerca. 20 4 OS JOGOS MUSICAIS E A CRIANÇA Antes do início da socialização, a criança brinca sozinha mesmo estando perto de outras crianças. A partir da socialização, os jogos coletivos tornam-se possíveis e ficam cada vez mais elaborados. A socialização permite que a criança não utilize seu instrumento musical sozinha e sim ao lado de outras crianças, escutando a si mesma e aos outros, esperando sua vez de cantar ou tocar, dialogando e expressando-se por meio da música. De acordo com Jeandot (1997, p.62-63) os jogos musicais podem ser de três tipos, que correspondem a três fases do desenvolvimento infantil: • O sensório-motor: envolve a pesquisa do gesto e dos sons. A criança poderá encadear gestos para produzir sons e ouvir música expressando-se corporalmente. A imitação é muito importante para o desenvolvimento sensório-motor; • O simbólico: consiste em jogos por meio dos quais a criança representa a expressão, o sentimento e o significado da música; • O analítico ou de regras: são jogos que envolvem a estrutura e a organização da música. Durante o trabalho com o ensino da música, JEANDOT (1997) notou algumas observações em crianças a partir de 2 anos de idade. Interessa-nos compreender a criança de até 4 anos de idade. Vale ressaltar que as características observadas podem variar de criança para criança de acordo com seu desenvolvimento. • 2 anos, a criança tem a capacidade de cantar versos soltos, pequenas partes de canções, quase sempre fora do tom. É capaz de identificar algumas melodias e cantores. • 3 anos, a criança já consegue reproduzir canções inteiras, mas continua fora do tom. Não possui tanta inibição para cantar em público. Identifica várias melodias e tenta tocar instrumentos musicais. Agrada-se em participar de grupos rítmicos: corre, pula, marcha conforme o compasso da música; • 4 anos, a criança avança no que diz respeito ao controle da voz. Participa facilmente de jogos simples, cantados. É capaz de criar pequenas canções durante a brincadeira. 21 4.1 Cantigas de roda As cantigas de roda são brincadeiras que se resumem na formação de uma roda e envolvem a participação de crianças, que cantam melodias folclóricas, executando ou não coreografias acerca da letra da música. As cantigas de roda também são conhecidas como cirandas. Representam grande importância para a cultura de um país. É por meio das cantigas de roda que se conhece costumes, festas típicas, comidas, brincadeiras, o dia a dia das pessoas, crenças. As letras das músicas são bem simples e trazem temas do universo infantil. Geralmente as canções são passadas de geração para geração. Vejamos o exemplo de uma cantiga de roda: Capelinha de melão Capelinha de melão É de São João É de cravo, é de rosa, É de manjericão São João está dormindo Não acorda, não Acordai, acordai, Acordai, João! 22 4.2 Cantigas de ninar As cantigas de ninar, geralmente são utilizadas para embalar a criança e fazê-la adormecer. São utilizadas também para acalmar os bebês quando estão agitados. As cantigas mais conhecidas são “dorme neném” e o “boi da cara preta”. Nana neném Nana neném Que a cuca vem pegar Papai foi pra roça Mamãe foi trabalhar Desce gatinho De cima do telhado Pra ver se a criança Dorme um sono sossegado 4.3 Parlendas Parlendas é um conjunto de palavras com temas infantis que são recitados em brincadeiras de crianças. Muito utilizadas em rimas infantis, pequenos versos, jogos, tem como objetivo a diversão, a memorização e a composição de uma brincadeira. As parlendas pertencem ao folclore brasileiro representando uma importante tradição cultural do nosso povo. Veja um exemplo de parlenda: Hoje é Domingo Pede cachimbo O cachimbo é de ouro, Bate no touro, 23 O touro é valente, Bate na gente, A gente é fraco, Cai no buraco, O buraco é fundo, Acabou-se o mundo. 4.4 Trava-línguas O trava-língua é uma espécie de jogo verbal. Os participantes devem dizer com clareza, rapidez e sem tropeços, versos ou frases com sílabas difíceis de recitar, ou de sílabas formadas com os mesmos sons, mas em ordem diferente. Essa disputa em pronunciar corretamente as sílabas pode provocar no participante dificuldade de dicção ou paralisia da língua, mais conhecido como trava-língua. O trava-língua necessita de atenção, ritmo e agilidade oral dos participantes. Veja um exemplo: O rato roeu a roupa do rei de Roma, O rato roeu a roupa do rei da Rússia, O rato a roer roía. E a rosa Rita Ramalho Do rato a roer se ria. 24 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com base no estudo realizado encontrou-se referência de vários autores sobre a contribuição da música no desenvolvimento da criança desde a fase intrauterina, quando o bebê é capaz de sentir quando sua mãe acaricia a barriga e também é capaz de ouvir sons externos como músicas e conversas. Após o nascimento e durante seu desenvolvimento, a criança consegue desenvolver pouco a pouco a apreciação sensorial. É capaz de gostar ou não de determinados sons e passa a reproduzi-los e a criar desenvolvendo sua imaginação. É importante que o educador estimule a criança pequena a desenvolver a linguagem por meio de práticas musicais com conteúdo criativo e que possibilitem novas aprendizagens. A aprendizagem que tenha como principal objetivo os aspectos técnicos da música é inútil e pode ser prejudicial para a criança. A escola deve oportunizar a convivência com diferentes gêneros musicais e fazer com que seus alunos façam uma análise reflexiva do que lhe é apresentado, tornando-os sujeitos mais críticos. Os verdadeiros trabalhos com práticas musicais despertam na criança o senso musical e a sensibilidade. Música é uma arte e seu real significado vem sendo esquecido. Nos dias atuais, as crianças e jovens escutam música e não adquirem consciência daquilo que se captou por meio dos ouvidos.Nem todas as crianças nascem obrigatoriamente com dotes artísticos, mas todas têm direito ao conhecimento da arte e a serem despertadas e encaminhadas, por cuidados especiais. Por esta razão, devem-se desenvolver qualidades auditivas e ter gosto pela música e contato com ela. Portanto, junto com o leitor e com base do que vimos e acompanhamos, podemos concluir que a música faz parte da vida do ser humano desde as primeiras 25 civilizações do planeta e sem a sua presença, o mundo se tornaria vazio e sem espírito. 26 REFERÊNCIAS ANTUNES, C. Inteligências e Competências. São Paulo: Ciranda Cultural, 2008. BARRETO, Sidirley de Jesus.; SILVA, Carlos Alberto da. Contato: Sentir os sentidos e a alma: saúde e lazer para o dia a dia. Blumenau: Acadêmica, 2004. BARRETO, Sidirley de Jesus. Psicomotricidade- Educação e Reeducação. Blumenau: Acadêmica, 2000. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. BRÉSCIA, Vera Lúcia Pessagno. Educação Musical: bases psicológicas e ação preventiva. São Paulo: Átomo, 2003. DISOTEO, M. I suono della vita. Roma: Metelmi, 2003. GARDNER, Howard. Estrutura da mente-A Teoria das Inteligências Múltiplas. São Paulo: Artmed, 2002. GARDNER, Howard. O cientista das inteligências múltiplas. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/1462/howard-gardner-o-cientista-das- inteligencias-multiplas>. Acesso em: 07 Abril 2018. ILARI, Beatriz. A música na Educação Infantil. 2.ed. São Paulo: Peirópolis, 2003. JEANDOT, Nicole. Explorando o universo da música. São Paulo: Scipione1997. PEDERIVA, P.L.M.;TRISTÃO,R.M. Música e Cognição. Ciência e Cognição. Rio de Janeiro, v.9,83-90, nov. 2006. Disponível em: <http://www.cienciasecognicao.org/revista/index.php/cec/article/view/601/383>. Acesso em: 01 Abril 2018. SCHNEIDER, Marius. “Sobre la esencia de la musique”. In: Enciclopedia Labor. Barcelona: Labor,1957. TEIXEIRA, Fábio L.Fully; BARJA, Paulo Roxo. Percepção musical: efeitos fisiológicos e psicológicos da música em crianças e pré-adolescentes. 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