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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÖGICAS DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA PROFA. TÂNIA MARA FISCHER GÜNTHER Roteiro objetivos específicos CAROLINE FEDOZZI BERTIN NASCIMENTO Creatina-fosfato / creatina Conversão de aminoácidos em produtos especializados: creatina. 1- Escrever as estruturas: da creatina / da creatina-fosfato. Fonte: Lehninger página 947 2- Citar os nomes dos aminoácidos que estão envolvidos na biossíntese de creatina. Arginina, glicina, metionina 3- Descrever a síntese de creatina (substratos, enzimas), e relacionar os locais (órgãos) onde ocorrem as etapas. A creatina, ácido α-metil guanidino acético, é uma amina nitrogenada sintetizada no fígado, rins e pâncreas a partir dos aminoácidos glicina e arginina, tendo também metionina como doadora de metila. A produção endógena simultaneamente à quantidade adquirida na dieta (1g/dia), se equilibra à taxa de degradação espontânea da creatina e fosfocreatina, resulta em creatinina por reação não-enzimática. A creatina é encontrada no corpo humano nas formas livres (60 a 70%) e fosforilada (30 a 40%). A biossíntese de creatina (via endógena) ocorre em duas etapas: transferência de um grupo amino da arginina para a glicina numa reação de transaminação, formando o guanidinoacetato e ornitina. Este composto é sintetizado nos rins e transportado para o fígado, no qual, o grupo metil proveniente da metionina forma o S–adenosilmetionina, que é transferido para o guanidinoacetato, formando a creatina. A creatina e a fosfocreatina sofrem reações irreversíveis de ciclização e desidratação, tendo como metabólico a creatinina. Esta, em função de seu caráter não-iônico, se difunde constantemente para o meio extracelular e para a corrente sanguínea até ser excretada pelos rins 4- Explicar a formação de creatina-fosfato no músculo a partir de creatina da dieta e da creatina endógena. No músculo em repouso a creatina fosfato ou fosfocreatina está presente na concentração de 25 a 30 umol/g, a qual é três a quatro vezes maior que a concentração de ATP. Ela é um estoque pronto de fosfato que fica dentro do citosol das células para ser utilizado em situações de exercício físico. A creatina absorvida através da dieta e a da síntese endógena é transportada para o músculo onde é convertida em creatina fosfato pela enzima creatina quinase no sistema fosfogênico ATP-CP. Ocorre uma reação química no citosol das células, predominantemente no m. esquelético. Essa reação tem como fator limitante o estoque intracelular de creatina-fosfato, composto que armazena energia química nas ligações entre o radical fosfato (PO4) e a molécula de creatina. A creatina quinase realiza a quebra da ligação pela creatina quinase libera o fosfato para gerar ATP. Nos momentos em repouso Atp é menos necessário nesse momento que se forma a fosfocreatina No músculo em atividade o estoque gerado de fosfocreatina se liga ao adp, libera creatina e forma a molécula de ATP. Um importante regulador para essas reações é o aumento dos níveis de ADP. Essa demanda de energia rápida, sinaliza que o músculo precisa de energia rapidamente. Esse sistema é o mais rápido que existe para fornecer energia (ATP). 5- Explicar o papel da creatina fosfato no músculo esquelético A creatina fosfato no músculo tem função de garantir reposição do grupo fosfato do ATP durante os primeiros segundos do exercício de alta intensidade, dando tempo para que a glicólise e a glicogenólise aconteçam, visto que durante exercícios de alta intensidade, a regeneração do ATP é importante para evitar a instalação da fadiga muscular. Um aumento na geração de ATP catalisada pela creatina quinase reduz a necessidade de acelerar a glicólise e pode levar, portanto, a uma redução na produção de lactato e diminuição da fadiga muscular. 6- Citar os sistemas encarregados da ressíntese de ATP celular durante o exercício. Glicólise Glicogenólise Sistema ATP-CP Ciclo do Ácido Cítrico (ciclo de Krebs) Fosforilação Oxidativa