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Problema 4- Fisiologia Gastrointestinal 
Caracterizar morfológica e funcionalmente o sistema nervoso entérico e sua relação com o sistema nervoso: 
1. O TGI é formado por cavidade oral, faringe (esfíncter esofágico superior ou cricofaríngeo), esôfago (cardia ou esfíncter esofágico inferior), estômago (piloro), intestinos delgado (esfíncter ileolecal entre o id e o colon) e grosso, reto e ânus (dois esfíncteres externo e interno)
2. Os órgãos anexos ao TGI são: glândulas salivares, pâncreas, vesícula biliar e fígado
3. Existem processos básicos do SGI : são altamente coordenados pelos sistemas neuroendócrinos intrínsecos do SGI e do organismo como um todo. A motilidade é efetuada pela musculatura do TGI e propicia mistura, trituração e progressão cefalocaudal dos nutrientes, além de excreção dos produtos não digeridos e não absorvidos. Os processos funcionais do SGI são: digestão - hidrólise dos macronutrientes pelas enzimas digestivas luminais e da borda em escova do delgado; secreção- de água, íons e enzimas digestivas pelas glândulas salivar e se gástricas ,pelo pâncreas e pela vesícula biliar; absorção intestinal- transporte dos produtos da hidrólise dos macronutrientes, água, íons e vitaminas do lúmen intestinal para as correntes sanguínea e linfática, através da mucosa intestinal, e excreção – eliminação fecal dos produtos não digeridos e/ou não absorvidos.
4. A função imunológica do SGI é efetuada por células, nodos e gânglios linfáticos secretores de substâncias imunológicas,que em conjunto formam o GALT= agregados de células do tecido linfoide e uma populaçao de células imunológicas
S. A parede do TGI tem: mucosa- com epitélio, lâmina própria e muscular da mucosa; submucosa, muscular externa-formada pelas musculaturas longitudinal e circular; plexos intramurais ganglionares- mioentérico e submucoso; plexos intramurais secundários e terciários aganglionares, e serosa 
SISTEMA NERVOSO GASTROINTESTINAL 
O trato gastrointestinal tem um sistema nervoso próprio, denominado sistema nervoso entérico, localizado inteiramente na parede intestinal, começando no esôfago e se estendendo até o ânus. O número de neurônios nesse sistema entérico é de aproximadamente 100 milhões, quase a mesma quantidade existente em toda a medula espinal. Esse sistema nervoso entérico, bastante desenvolvido, é especialmente importante no controle dos movimentos e da secreção gastrointestinal. 
· O sistema nervoso entérico é composto basicamente por dois plexos: (1) o plexo externo, disposto entre as camadas musculares longitudinal e circular, denominado plexo mioentérico ou plexo de Auerbach; e (2) plexo interno, denominado plexo submucoso ou plexo de Meissner, localizado na submucosa.
· O plexo mioentérico controla quase todos os movimentos gastrointestinais, e o plexo submucoso controla basicamente a secreção gastrointestinal e o fluxo sanguíneo local.
· As fibras extrínsecas simpáticas e parassimpáticas se conectam com o plexo mioentérico e com o submucoso. 
· Embora o sistema nervoso entérico possa funcionar independentemente desses nervos extrínsecos, a estimulação pelos sistemas parassimpático e simpático pode intensificar muito ou inibir as funções gastrointestinais, conforme discutiremos posteriormente. 
Também mostradas na são as terminações nervosas sensoriais que se originam no epitélio gastrointestinal ou na parede intestinal e enviam fibras aferentes para os dois plexos do sistema entérico, bem como para (1) os gânglios pré-vertebrais do sistema nervoso simpático; (2) a medula espinal; e (3) o tronco cerebral pelos nervos vagos. Esses nervos sensoriais podem provocar reflexos locais na própria parede intestinal e, ainda, outros reflexos que são transmitidos ao intestino pelos gânglios pré-vertebrais e das regiões basais do cérebro
DIFERENÇAS ENTRE OS PLEXOS MIOENTÉRICO E SUBMUCOSO
 O plexo mioentérico consiste, em sua maior parte, na cadeia linear de muitos neurônios interconectados que se estende por todo o comprimento do trato gastrointestinal
Como o plexo mioentérico se estende por toda a parede intestinal localizada entre as camadas longitudinal e circular do músculo liso intestinal, ele participa, sobretudo, no controle da atividade muscular por todo o intestino. 
Quando esse plexo é estimulado, seus principais efeitos são
(1) aumento da contração tônica ou “tônus” da parede intestinal; 
(2) aumento da intensidade das contrações rítmicas; 
(3) ligeiro aumento no ritmo da contração; 
(4) aumento na velocidade de condução das ondas excitatórias, ao longo da parede do intestino, causando o movimento mais rápido das ondas peristálticas intestinais.
 O plexo mioentérico não deve ser considerado inteiramente excitatório, porque alguns de seus neurônios são inibitórios; nestes, os terminais de suas fibras secretam transmissor inibitório, possivelmente o polipeptídeo intestinal vasoativo ou algum outro peptídeo inibitório. Os sinais inibitórios resultantes são especialmente úteis para a inibição dos músculos de alguns dos esfíncteres intestinais, que impedem a movimentação do alimento pelos segmentos sucessivos do trato gastrointestinal, como o esfíncter pilórico, que controla o esvaziamento do estômago para o duodeno, e o esfíncter da valva ileocecal, que controla o esvaziamento do intestino delgado para o ceco.
O plexo submucoso está basicamente envolvido com a função de controle na parede interna de cada diminuto segmento do intestino. Por exemplo, muitos sinais sensoriais se originam do epitélio gastrointestinal e são integrados no plexo submucoso, para ajudar a controlar a secreção intestinal local, a absorção local e a contração local do músculo submucoso, que causa graus variados de dobramento da mucosa gastrointestinal.
TIPOS DE NEUROTRANSMISSORES SECRETADOS POR NEURÔNIOS ENTÉRICOS 
Na tentativa de melhor entender as múltiplas funções do sistema nervoso entérico gastrointestinal, pesquisadores identificaram uma dúzia ou mais de diferentes substâncias neurotransmissoras que são liberadas pelos terminais nervosos de diferentes tipos de neurônios entéricos, entre eles: 
(1) acetilcolina: A acetilcolina, na maioria das vezes, excita a atividade gastrointestinal
 (2) norepinefrina: A norepinefrina quase sempre inibe a atividade gastrointestinal, o que também é verdadeiro para a epinefrina, que chega ao trato gastrointestinal principalmente pelo sangue, depois de ser secretada na circulação pela medula adrenal
(3) trifosfato de adenosina;
 (4) serotonina; 
(5) dopamina; 
(6) colecistocinina;
 (7) substância P; 
(8) polipeptídeo intestinal vasoativo; 
(9) somatostatina; 
(10) leuencefalina; 
(11) metencefalina; 
(12) bombesina. 
As funções específicas de muitas delas ainda não estão suficientemente bem entendidas. 
Controle Autônomo do Trato Gastrointestinal 
A Estimulação Parassimpática Aumenta a Atividade do Sistema Nervoso Entérico.
A inervação parassimpática do intestino divide-se em divisões cranianas e sacrais. Exceto por poucas fibras parassimpáticas para as regiões bucal e faringianas do trato alimentar, as fibras nervosas parassimpáticas cranianas estão quase todas nos nervos vagos. Essas fibras formam a extensa inervação de esôfago, estômago e pâncreas e menos extensas na inervação dos intestinos, até a primeira metade do intestino grosso. 
O parassimpático sacral se origina no segundo, no terceiro e no quarto segmentos sacrais da medula espinal e passa pelos nervos pélvicos para a metade distal do intestino grosso e, daí, até o ânus. 
As regiões sigmoides, retal e anal são consideravelmente mais bem supridas de fibras parassimpáticas do que as outras regiões intestinais. Essas fibras funcionam, em especial, para executar os reflexos da defecação. 
Os neurônios pós-ganglionares do sistema parassimpático gastrointestinal estão localizados, em sua maior parte, nos plexos mioentérico e submucoso. A estimulação desses nervos parassimpáticos causa o aumento geral da atividade de todo o sistema nervoso entérico, o que, por sua vez, intensifica a atividade da maioria das funções gastrointestinais. 
AEstimulação Simpática, em Geral, Inibe a Atividade do Trato Gastrointestinal. 
As fibras simpáticas do trato gastrointestinal se originam da medula espinal entre os segmentos T-5 e L-2. Grande parte das fibras pré-ganglionares que inervam o intestino, depois de sair da medula, entra nas cadeias simpáticas, dispostas lateralmente à coluna vertebral, e muitas dessas fibras, então, passam por essas cadeias até os gânglios mais distantes, tais como o gânglio celíaco e diversos gânglios mesentéricos. A maior parte dos corpos dos neurônios simpáticos pós-ganglionares está nesses gânglios, e as fibras pós-ganglionares se distribuem pelos nervos simpáticos pós-ganglionares para todas as partes do intestino. O simpático inerva igualmente todo o trato gastrointestinal, sem as maiores extensões na proximidade da cavidade oral e do ânus, como ocorre com o parassimpático. Os terminais dos nervos simpáticos secretam principalmente norepinefrina. Em termos gerais, a estimulação do sistema nervoso simpático inibe a atividade do trato gastrointestinal, ocasionando muitos efeitos opostos aos do sistema parassimpático.
 O simpático exerce seus efeitos por dois modos: 
(1) um pequeno grau, por efeito direto da norepinefrina secretada, inibindo a musculatura lisa do trato intestinal (exceto o músculo mucoso, que é excitado); 
(2) em grau maior, por efeito inibidor da norepinefrina sobre os neurônios de todo o sistema nervoso entérico. 
Fibras Nervosas Sensoriais Aferentes do Intestino 
Muitas fibras nervosas sensoriais aferentes se originam no intestino. Algumas delas têm seus corpos celulares no sistema nervoso entérico e algumas nos gânglios da raiz dorsal da medula espinal.
 Esses nervos sensoriais podem ser estimulados por 
(1) irritação da mucosa intestinal; 
(2) distensão excessiva do intestino; ou
 (3) presença de substâncias químicas específicas no intestino. 
Os sinais transmitidos por essas fibras podem, então, causar excitação ou, sob outras condições, inibição dos movimentos ou da secreção intestinal. Também, outros sinais sensoriais do intestino vão para múltiplas áreas da medula espinal e, até mesmo, do tronco cerebral
Essas fibras aferentes transmitem sinais sensoriais do trato gastrointestinal para o bulbo cerebral que, por sua vez, desencadeia sinais vagais reflexos que retornam ao trato gastrointestinal para controlar muitas de suas funções. 
Reflexos Gastrointestinais A disposição anatômica do sistema nervoso entérico e suas conexões com os sistemas simpático e parassimpático suportam três tipos de reflexos que são essenciais para o controle gastrointestinal: 
1. Reflexos completamente integrados na parede intestinal do sistema nervoso entérico. Esses reflexos incluem os que controlam grande parte da secreção gastrointestinal, peristaltismo, contrações de mistura, efeitos inibidores locais etc. 
2. Reflexos do intestino para os gânglios simpáticos pré-vertebrais e que voltam para o trato gastrointestinal. Esses reflexos transmitem sinais por longas distâncias, para outras áreas do trato gastrointestinal, tais como sinais do estômago que causam a evacuação do cólon (o reflexo gastrocólico), sinais do cólon e do intestino delgado para inibir a motilidade e a secreção do estômago (os reflexos enterogástricos) e reflexos do cólon para inibir o esvaziamento de conteúdos do íleo para o cólon (o reflexo colonoileal). 
3. Reflexos do intestino para a medula ou para o tronco cerebral e que voltam para o trato gastrointestinal. Esses incluem, especialmente, (1) reflexos do estômago e do duodeno para o tronco cerebral, que retornam ao estômago — por meio dos nervos vagos — para controlar a atividade motora e secretória gástrica; (2) reflexos de dor que causam inibição geral de todo o trato gastrointestinal; e (3) reflexos de defecação que passam desde o cólon e o reto para a medula espinal e, então, retornam, produzindo as poderosas contrações colônicas, retais e abdominais, necessárias à defecação (os reflexos da defecação). 
2- Explicar o mecanismo de esvaziamento gástrico
As funções motoras do estômago: 
(1) armazenamento de grande quantidade de alimento, até que ele possa ser processado no estômago no duodeno e nas demais partes do intestino delgado
 (2) misturar esse alimento com secreções gástricas até formar mistura semilíquida denominada quimo;
 (3) esvaziar lentamente o quimo do estômago para o intestino delgado, vazão compatível com a digestão e a absorção adequadas pelo intestino delgado 
 
ESVAZIAMENTO DO ESTÔMAGO 
O esvaziamento do estômago é promovido por intensas contrações peristálticas no antro gástrico. Ao mesmo tempo, o esvaziamento é reduzido por graus variados de resistência à passagem do quimo pelo piloro. 
Contrações Peristálticas Antrais Intensas durante o Esvaziamento Estomacal — “Bomba Pilórica”. 
Na maior parte do tempo, as contrações rítmicas do estômago são fracas e servem para misturar o alimento com as secreções gástricas. Entretanto, por cerca de 20% do tempo em que o alimento está no estômago, as contrações ficam mais intensas, começando na porção média do órgão e progredindo no sentido caudal não mais como fracas contrações de mistura, todavia como constrições peristálticas fortes, formando anéis de constrição que causam o esvaziamento do estômago; essas contrações são peristálticas intensas, constrições anelar muito fortes que promovem o esvaziamento do estômago. 
À medida que o estômago se esvazia, essas contrações começam cada vez mais proximalmente no corpo do estômago, levando o alimento do corpo do estômago, misturando-o com o quimo no antro. As intensas contrações peristálticas provocam pressões de 50 a 70 centímetros de água, cerca de seis vezes maiores que os valores atingidos nas ondas peristálticas de mistura. Quando o tônus pilórico é normal, cada intensa onda peristáltica força vários mililitros de quimo para o duodeno. Assim, as ondas peristálticas, além de causarem a mistura no estômago, também promovem a ação de bombeamento, denominada “bomba pilórica”. 
O Papel do Piloro no Controle do Esvaziamento Gástrico
Aí, a espessura da musculatura circular da parede é 50% a 100% maior do que nas porções anteriores do antro gástrico, e permanece em leve contração tônica quase o tempo todo. Por isso, o músculo circular pilórico é denominado esfíncter pilórico.
 A despeito da contração tônica normal, o esfíncter pilórico se abre o suficiente para a passagem de água e de outros líquidos do estômago para o duodeno. Por outro lado, a constrição usualmente evita a passagem de partículas de alimentos até terem sido misturadas no quimo para consistência quase líquida. O grau de constrição do piloro aumenta ou diminui sob a influência de sinais nervosos e hormonais, tanto do estômago como do duodeno.
 REGULAÇÃO DO ESVAZIAMENTO GÁSTRICO A velocidade/intensidade com que o estômago se esvazia é regulada por sinais tanto do estômago como do duodeno. Entretanto, os sinais do duodeno são bem mais potentes, controlando o esvaziamento do quimo para o duodeno com intensidade não superior à que o quimo pode ser digerido e absorvido no intestino delgado. Fatores Gástricos que Promovem o Esvaziamento: 
· Efeito do Volume Gástrico de Alimento no Ritmo de Esvaziamento. Volume de alimentos maior promove maior esvaziamento gástrico. Porém, esse esvaziamento maior não ocorre pelas razões esperadas. Não é o aumento da pressão de armazenamento dos alimentos no estômago que causa maior esvaziamento, porque na faixa normal de volume o aumento do volume não aumenta muito a pressão. Ocorre que a dilatação da parede gástrica desencadeia reflexos mioentéricos locais que acentuam bastante a atividade da bomba pilórica e, ao mesmo tempo, inibem o piloro.
· Efeito do Hormônio Gastrina sobre o Esvaziamento Gástrico: Particularmente, produtos da digestão da carne — provocam a liberação pelas células G do hormônio chamado gastrina pela mucosa antral. Esse hormônio tem efeitos potentes sobre a secreção de suco gástrico muito ácido pelas glândulas gástricas. A gastrina tem ainda efeitos estimulantesbrandos a moderados sobre as funções motoras do corpo do estômago. O mais importante, a gastrina parece intensificar a atividade da bomba pilórica. Assim, é muito provável que também promova o esvaziamento gástrico.
 Fatores Duodenais Poderosos que Inibem o Esvaziamento Gástrico 
Efeito Inibitório dos Reflexos Nervosos Enterogástricos de Origem Duodenal. 
Quando o quimo entra no duodeno, são desencadeados múltiplos reflexos nervosos com origem na parede duodenal. Eles voltam para o estômago e retardam ou, mesmo, interrompem o esvaziamento gástrico, se o volume de quimo no duodeno for excessivo. Esses reflexos são mediados por três vias: 
(1) diretamente do duodeno para o estômago pelo sistema nervoso entérico da parede intestinal; 
(2) pelos nervos extrínsecos que vão aos gânglios simpáticos pré-vertebrais e, então, retornam pelas fibras nervosas simpáticas inibidoras que inervam o estômago; e
 (3) provavelmente menos importante pelos nervos vagos que vão ao tronco encefálico, onde inibem os sinais excitatórios normais transmitidos ao estômago pelos ramos eferentes dos vagos.
 Esses reflexos paralelos têm dois efeitos sobre o esvaziamento do estômago: primeiro, inibem fortemente as contrações propulsivas da “bomba pilórica” e, em segundo lugar, aumentam o tônus do esfíncter pilórico. Os fatores continuamente monitorados no duodeno e que podem desencadear reflexos inibidores enterogástricos, incluem os seguintes: 1. Distensão do duodeno. 2. Presença de qualquer irritação da mucosa duodenal. 3. Acidez do quimo duodenal. 4. Osmolalidade do quimo. 5. Presença de determinados produtos de degradação química no quimo, especialmente de degradação química das proteínas e, talvez em menor escala, das gorduras. Os reflexos inibidores enterogástricos são especialmente sensíveis à presença de irritantes e de ácidos no quimo duodenal e, em geral, são intensamente ativados em tempos inferiores a 30 segundos. Por exemplo, sempre que o pH do quimo duodenal cai para menos de 3,5 a 4, os reflexos, com frequência, bloqueiam a transferência adicional de conteúdos gástricos ácidos para o duodeno, até que o quimo duodenal possa ser neutralizado por secreções pancreáticas e por outras secreções. Os produtos da digestão de proteínas também provocam reflexos enterogástricos inibitórios; ao diminuir-se o esvaziamento gástrico, asseguras e tempo suficiente para a digestão adequada das proteínas no duodeno e no intestino delgado. Por fim, líquidos hipotônicos e sobretudo hipertônicos produzem reflexos inibitórios. Dessa forma, evita-se o fluxo muito rápido de líquidos não isotônicos para o intestino delgado, prevenindo-se assim mudanças rápidas nas concentrações de eletrólitos, no líquido extracelular do corpo, durante a absorção do conteúdo intestinal. 
O Feedback Hormonal a Partir do Duodeno Inibe o Esvaziamento Gástrico — 
O Papel das Gorduras e do Hormônio Colecistocinina. 
Os hormônios liberados pelo trato intestinal superior inibem também o esvaziamento gástrico. O estímulo para a liberação desses hormônios inibidores é basicamente a entrada de gorduras no duodeno, muito embora outros tipos de alimentos possam, em menor grau, aumentar a liberação dos hormônios. Ao entrar no duodeno, as gorduras provocam a liberação de diversos hormônios pelo epitélio duodenal e jejunal, por ligação a “receptores” nas células epiteliais ou por alguma outra maneira. Os hormônios são transportados pelo sangue para o estômago, onde inibem a bomba pilórica, ao mesmo tempo em que aumentam a força da contração do esfíncter pilórico. Esses efeitos são importantes, porque a digestão de gorduras é mais lenta quando comparada à da maioria dos outros alimentos. Não se sabe exatamente quais hormônios causam o feedback inibitório do estômago.
 O mais potente desses hormônios parece ser a colecistocinina (CCK), liberada pela mucosa do jejuno em resposta a substâncias gordurosas no quimo. Esse hormônio age como inibidor, bloqueando o aumento da motilidade gástrica causado pela gastrina. Outros possíveis inibidores do esvaziamento gástrico são os hormônios secretina e o peptídeo insulinotrópico dependente de glicose, também chamado de peptídeo inibidor gástrico (GIP). A secretina é liberada principalmente pela mucosa duodenal, em resposta ao ácido gástrico que sai do estômago pelo piloro. O GIP tem efeito geral e fraco de diminuição da motilidade gastrointestinal. O GIP é liberado pelo intestino delgado superior em resposta sobretudo à gordura no quimo, mas em menor escala também aos carboidratos 
3- Relacionar as funções dos diferentes segmentos do TGI com os tipos de motilidade
No trato gastrointestinal ocorrem dois tipos de movimentos: (1) movimentos propulsivos, que fazem com que o alimento percorra o trato com velocidade apropriada para que ocorram a digestão e a absorção; e (2) movimentos de mistura, que mantêm os conteúdos intestinais bem misturados todo o tempo. MOVIMENTOS PROPULSIVOS — PERISTALTISMO O movimento propulsivo básico do trato gastrointestinal é o peristaltismo, ilustrado na Figura 63-5. Um anel contrátil, ao redor do intestino, surge em um ponto e se move para adiante; segundo um mecanismo análogo a se colocar os dedos ao redor de um tubo fino distendido, apertar o tubo e escorregar os dedos para diante. Qualquer material à frente do anel contrátil é movido para diante. O peristaltismo é propriedade inerente a muitos tubos de músculo liso sincicial; a estimulação em qualquer ponto do intestino pode fazer com que um anel contrátil surja na musculatura circular, e esse anel então percorre o intestino. (Peristaltismo também ocorre nos ductos biliares, nos ductos glandulares, nos ureteres e em muitos tubos de músculos lisos do corpo.) O estímulo usual do peristaltismo intestinal é a distensão do trato gastrointestinal. Isto é, se grande quantidade de alimento se acumula em qualquer ponto do intestino, a distensão da parede estimula o sistema nervoso entérico a provocar a contração da parede 2 a 3 centímetros atrás desse ponto, o que faz surgir um anel contrátil que inicia o movimento peristáltico. Outros estímulos que podem deflagrar o peristaltismo incluem a irritação química ou física do revestimento epitelial do intestino. Além disso, intensos sinais nervosos parassimpáticos para o intestino provocarão forte peristaltismo 
Função do Plexo Mioentérico no Peristaltismo. O peristaltismo é apenas fraco ou não ocorre nas regiões do trato gastrointestinal em que exista ausência congênita do plexo mioentérico. Também fica bastante deprimido ou completamente bloqueado em todo o intestino, quando a pessoa é tratada com atropina para bloquear a ação dos terminais nervosos colinérgicos do plexo mioentérico. Portanto, o peristaltismo efetivo requer o plexo mioentérico ativo. As Ondas Peristálticas Movem-se na Direção do Ânus com o Relaxamento Receptivo a Jusante: “Lei do Intestino”. Teoricamente, o peristaltismo pode ocorrer em ambas as direções a partir do ponto estimulado, mas normalmente cessa com rapidez (na direção da boca) e mantém-se por distância considerável na direção do ânus. A causa exata dessa transmissão direcional do peristaltismo não é conhecida, embora seja provável que resulte, essencialmente, do fato de que o próprio plexo mioentérico seja “polarizado” na direção anal, o que pode ser explicado pelo que se segue. Quando um segmento do trato intestinal é excitado pela distensão e, assim, inicia o peristaltismo, o anel contrátil que causa o peristaltismo normalmente começa no lado oral do segmento distendido e move-se para diante, para o segmento distendido, empurrando o conteúdo intestinal na direção anal por 5 a 10 centímetros antes de cessar. Ao mesmo tempo, o intestino às vezes relaxa vários centímetros adiante, na direção do ânus, o que é chamado “relaxamento receptivo”, permitindo que o alimento seja impulsionado mais facilmente na direção anal do que na direção oral. Esse padrão complexo não ocorre na ausência do plexo mioentérico. Portanto, o padrão é denominado reflexo mioentérico ou reflexo peristáltico. O reflexoperistáltico e a direção anal do movimento do peristaltismo constituem a chamada “lei do intestino”. MOVIMENTOS DE MISTURA Os movimentos de mistura diferem nas várias partes do trato alimentar. Em algumas áreas, as próprias contrações peristálticas causam a maior parte da mistura, o que é especialmente verdadeiro quando a progressão dos conteúdos intestinais é bloqueada por esfíncter, de maneira que a onda peristáltica possa, então, apenas agitar os conteúdos intestinais, em vez de impulsioná-los para frente. Em outros momentos, contrações constritivas intermitentes locais ocorrem em regiões separadas por poucos centímetros da parede intestinal. Essas constrições geralmente duram apenas de 5 a 30 segundos; então, novas constrições ocorrem em outros pontos no intestino, “triturando” e “separando” os conteúdos aqui e ali. Os movimentos peristálticos e constritivos são modificados em diferentes partes do trato gastrointestinal para propulsão e mistura adequadas, como é discutido para cada porção do trato no Capítulo 64. 
4- Identificar os fatores que alteram a velocidade do trânsito digestivo e dos seus mecanismos 
5- Relacionar os diferentes segmentos do TGI com as suas funções secretoras e absortivas 
SALIVAR= As principais glândulas salivares são as glândulas parótidas, submandibulares e sublinguais; além delas, há diversas minúsculas glândulas orais. A secreção diária de saliva, normalmente, é de 800 a 1.500 mililitros, com valor médio de 1.000 mililitros. A saliva contém dois tipos principais de secreção de proteína: 
(1) a secreção serosa contendo ptialina (uma α-amilase), que é uma enzima para a digestão de amido; e (2) a secreção mucosa, contendo mucina, para lubrificar e proteger as superfícies. As glândulas parótidas produzem quase toda a secreção de tipo seroso, enquanto as glândulas submandibulares e sublinguais produzem secreção serosa e mucosa. As glândulas bucais só secretam muco. A saliva tem pH entre 6,0 e 7,0, uma faixa favorável à ação digestiva da ptialina 
SECREÇÕES GÁSTRICAS Além de células secretoras de muco que revestem toda a superfície do estômago, a mucosa gástrica tem dois tipos importantes de glândulas tubulares: glândulas oxínticas (também denominadas glândulas gástricas) e glândulas pilóricas. As glândulas oxínticas (formadoras de ácido) secretam ácido clorídrico, pepsinogênio, fator intrínseco e muco. As glândulas pilóricas secretam sobretudo muco para proteger a mucosa pilórica do ácido gástrico. Também secretam o hormônio gastrina. As glândulas oxínticas ficam localizadas nas superfícies internas do corpo e do fundo do estômago, constituindo 80% do estômago proximal. As glândulas pilóricas ficam localizadas na porção antral do estômago, que corresponde aos 20% distais do estômago. 
GLÂNDULAS PILÓRICAS — SECREÇÃO DE MUCO E GASTRINA As glândulas pilóricas são estruturalmente semelhantes às glândulas oxínticas, mas contêm poucas células pépticas e quase nenhuma célula parietal. Em vez disso, contêm essencialmente células mucosas idênticas às células mucosas do colo das glândulas oxínticas. Essas células secretam pequena quantidade de pepsinogênio, como discutido antes, e quantidade particularmente grande de muco que auxilia na lubrificação e na proteção da parede gástrica da digestão pelas enzimas gástricas. As glândulas pilóricas também liberam o hormônio gastrina, que tem papel crucial no controle da secreção gástrica.
SECREÇÃO DE MUCO PELAS GLÂNDULAS DE BRUNNER NO DUODENO Grande número de glândulas mucosas compostas, denominadas glândulas de Brunner, localiza-se na parede dos primeiros centímetros de duodeno, especialmente entre o piloro do estômago e a papila de Vater, onde a secreção pancreática e a bile desembocam no duodeno. Essas glândulas secretam grande quantidade de muco alcalino em resposta a 
(1) estímulos táteis ou irritativos na mucosa duodenal; 
(2) estimulação vagal, que causa maior secreção das glândulas de Brunner, concomitantemente ao aumento da secreção gástrica; e
 (3) hormônios gastrointestinais, especialmente a secretina. 
A função do muco secretado pelas glândulas de Brunner é a de proteger a parede duodenal da digestão pelo suco gástrico, muito ácido. Além disso, o muco contém íons bicarbonato, que se somam aos íons bicarbonato da secreção pancreática e da bile hepática na neutralização do ácido clorídrico, que entra no duodeno vindo do estômago. As glândulas de Brunner são inibidas por estimulação simpática; por isso, é provável que essa estimulação em pessoas tensas deixe o bulbo duodenal desprotegido e, talvez, seja um dos fatores que fazem com que essa área do trato gastrointestinal seja o local de úlceras pépticas, em cerca de 50% das pessoas com úlcera. 
SECREÇÃO DE SUCOS DIGESTIVOS INTESTINAIS PELAS CRIPTAS DE LIEBERKÜHN Na superfície do intestino delgado, existem depressões denominadas criptas de Lieberkühn. Essas criptas ficam entre as vilosidades intestinais. As superfícies das criptas e das vilosidades são cobertas por epitélio composto de dois tipos de células: (1) número moderado de células caliciformes, que secretam muco que lubrifica e protege as superfícies intestinais; e (2) grande número de enterócitos, que nas criptas secretam grandes quantidades de água e eletrólitos e, sobre as superfícies das vilosidades adjacentes, absorvem água, eletrólitos e produtos finais da digestão. As secreções intestinais são formadas pelos enterócitos das criptas com intensidade de aproximadamente 1.800 mL/dia. Essas secreções são semelhantes ao líquido extracelular e têm pH ligeiramente alcalino, na faixa de 7,5 a 8,0. As secreções são também reabsorvidas com rapidez pelas vilosidades. Esse fluxo de líquido das criptas para as vilosidades proporciona veículo aquoso para a absorção de substâncias do quimo, em contato com as vilosidades. Assim, a função primária do intestino delgado é a de absorver nutrientes e seus produtos digestivos para o sangue 
Mecanismo de Secreção de Líquido Aquoso. O mecanismo exato que controla a intensa secreção de líquido aquoso pelas criptas de Lieberkühn ainda não é conhecido, mas acredita-se que envolva pelo menos dois processos ativos de secreção: (1) secreção ativa de íons cloreto nas criptas; e (2) secreção ativa de íons bicarbonato. A secreção de ambos os íons gera diferença de potencial elétrico de íons sódio com carga positiva através da membrana e para o líquido secretado. Finalmente, todos esses íons em conjunto causam o fluxo osmótico de água. Enzimas Digestivas na Secreção do Intestino Delgado. As secreções do intestino delgado, coletadas sem fragmentos celulares, não contêm quase nenhuma enzima. Os enterócitos da mucosa, especialmente os que recobrem as vilosidades, contêm de fato enzimas digestivas que digerem substâncias alimentares específicas enquanto eles estão sendo absorvidos através do epitélio. Essas enzimas são:
 (1) diversas peptidases para a hidrólise de pequenos peptídeos a aminoácidos; 
(2) quatro enzimas — sucrase, maltase, isomaltase e lactase — para hidrólise de dissacarídeos a monossacarídeos; e
 (3) pequenas quantidades de lipase intestinal para clivagem das gorduras neutras em glicerol e ácidos graxos. As células epiteliais mais profundas nas criptas de Lieberkühn passam por mitose contínua, e novas células migram da base das criptas em direção às pontas das vilosidades, reconstituindo o epitélio dos vilos e também formando novas enzimas digestivas. À medida que as células dos vilos envelhecem, acabam por se desprender nas secreções intestinais. O ciclo de vida de uma célula epitelial intestinal é de cerca de 5 dias. Esse rápido crescimento de novas células permite ainda o pronto reparo das escoriações que ocorrem na mucosa 
Secreção de Muco. A mucosa do intestino grosso, como a do intestino delgado, tem muitas criptas de Lieberkühn; entretanto, ao contrário do intestino delgado, não existem vilos. As células epiteliais quase não secretam qualquer enzima. Ao contrário, elas são células mucosas que secretam apenas muco. A secreção preponderante no intestino grosso é muco. Esse mucocontém quantidade moderada de íons bicarbonato, secretados por algumas células epiteliais não secretoras de muco. A secreção de muco é regulada principalmente pela estimulação tátil direta das células epiteliais que revestem o intestino grosso e por reflexos nervosos locais que estimulam as células mucosas nas criptas de Lieberkühn. A estimulação dos nervos pélvicos que emergem da medula espinal e que transportam a inervação parassimpática para a metade a dois terços distais do intestino grosso também pode causar aumento considerável da secreção de muco, associada ao aumento na motilidade peristáltica do cólon, como discutido no Capítulo 64. Durante a estimulação parassimpática intensa, muitas vezes causada por distúrbios emocionais, tanto muco pode, ocasionalmente, ser secretado pelo intestino grosso que a pessoa tem movimentos intestinais a curtos períodos, como a cada 30 minutos; o muco, nessas circunstâncias, contém pouco ou nenhum material fecal, variando em sua consistência e aparência. O muco no intestino grosso protege a parede intestinal contra escoriações, mas, além disso, proporciona meio adesivo para o material fecal. Ademais, protege a parede intestinal da intensa atividade bacteriana que ocorre nas fezes, e, finalmente, o muco, com pH alcalino (um pH de 8,0 por conter bicarbonato de sódio), constitui a barreira para impedir que os ácidos formados nas fezes ataquem a parede intestinal. 
ABSORÇÃO:
ABSORÇÃO NO INTESTINO DELGADO A absorção diária no intestino delgado consiste em várias centenas de gramas de carboidratos, 100 gramas ou mais de gordura, 50 a 100 gramas de aminoácidos, 50 a 100 gramas de íons e 7 a 8 litros de água. A capacidade absortiva do intestino delgado normal é bem maior do que isso: até muitos quilogramas de carboidratos por dia, 500 gramas de gordura por dia, 500 a 700 gramas de proteínas por dia e 20 litros ou mais de água por dia. O intestino grosso pode absorver ainda mais água e íons, porém poucos nutrientes. 
ABSORÇÃO ISOSMÓTICA DE ÁGUA A água é transportada através da membrana intestinal inteiramente por difusão. A difusão obedece às leis usuais da osmose. Portanto, quando o quimo está suficientemente diluído, a água é absorvida através da mucosa intestinal pelo sangue das vilosidades, quase inteiramente, por osmose. Por outro lado, a água pode também ser transportada na direção oposta — do plasma para o quimo. Esse tipo de transporte ocorre especialmente quando soluções hiperosmóticas são lançadas do estômago para o duodeno. Em questão de minutos, água suficiente será transferida por osmose, para tornar o quimo isosmótico ao plasma. 
ABSORÇÃO DE ÍONS O Sódio É Ativamente Transportado Através da Membrana Intestinal. Vinte a 30 gramas de sódio são secretados nas secreções intestinais a cada dia. Além disso, a pessoa ingere, em média, 5 a 8 gramas de sódio por dia. Portanto, para prevenir a perda efetiva de sódio nas fezes, os intestinos precisam absorver 25 a 35 gramas de sódio por dia, o que é igual a cerca de um sétimo de todo o sódio presente no corpo. Sempre que quantidades significativas de secreções intestinais forem perdidas para o meio exterior, como no caso de diarreia intensa, as reservas de sódio do corpo podem por vezes ser depletadas em níveis letais em questão de horas. Normalmente, entretanto, menos de 0,5% do sódio intestinal é perdido nas fezes a cada dia, já que o sódio é absorvido rapidamente através da mucosa intestinal. O sódio tem ainda um papel importante na absorção de açúcares e aminoácidos, como veremos nas discussões subsequentes. O mecanismo básico de absorção de sódio do intestino é mostrado na Figura 66-8. Os princípios desse mecanismo, discutido no Capítulo 4, são também basicamente os mesmos da absorção de sódio pela vesícula biliar e pelos túbulos renais, como explicado no Capítulo 28. A absorção de sódio é estimulada pelo transporte ativo do íon das células epiteliais através das membranas basolaterais para os espaços paracelulares. Esse transporte ativo requer energia obtida da hidrólise do ATP pela enzima adenosina trifosfatase (ATPase) na membrana celular. Parte do sódio é absorvida em conjunto com íons cloreto; na verdade, os íons cloreto com carga negativa se movem pela diferença de potencial transepitelial “gerada” pelo transporte dos íons sódio. O transporte ativo de sódio através das membranas basolaterais da célula reduz a concentração de sódio dentro da célula a valor baixo (≈50 mEq/L). Como a concentração de sódio no quimo é de cerca de 142 mEq/L (i. e., quase igual à do plasma), o sódio se move a favor desse gradiente de potencial eletroquímico do quimo para o citoplasma da célula epitelial, através da borda em escova. O sódio também é cotransportado, através da membrana da borda em escova, por várias proteínas transportadoras específicas, incluindo (1) cotransportador de sódio-glicose; (2) cotransportadores de sódio-aminoácido; e (3) trocador de sódio-hidrogênio. Esses transportadores funcionam similarmente aos túbulos renais, descritos no Capítulo 28, e fornecem ainda mais íons sódio para serem transportados pelas células epiteliais para o líquido intersticial e os espaços paracelulares. Ao mesmo tempo, eles também fornecem absorção ativa secundária de glicose e aminoácidos, energizada pela bomba ativa de sódio-potássio (Na +- K+)-ATPase na membrana basolateral. 
ABSORÇÃO NO INTESTINO GROSSO: 
FORMAÇÃO DE FEZES Cerca de 1.500 mililitros de quimo passam normalmente pela válvula ileocecal para o intestino grosso a cada dia. Grande parte da água e dos eletrólitos nesse quimo é absorvida no cólon, sobrando menos de 100 mililitros de líquido para serem excretados nas fezes. Além disso, praticamente todos os íons são absorvidos e apenas de 1 a 5 mEq de íons sódio e de cloreto são eliminados nas fezes. Grande parte da absorção no intestino grosso se dá na metade proximal do cólon, o que confere a essa porção o nome de cólon absortivo, enquanto o cólon distal funciona principalmente no armazenamento das fezes até o momento propício para a sua excreção e, assim, é denominado cólon de armazenamento. Absorção e Secreção de Eletrólitos e Água. A mucosa do intestino grosso, como a do intestino delgado, tem alta capacidade de absorver ativamente o sódio, e a diferença de potencial elétrico gerada pela absorção do sódio promove absorção de cloreto. Os complexos juncionais entre as células epiteliais do epitélio do intestino grosso são muito menos permeáveis que os do intestino delgado. Essa característica evita a retrodifusão significativa de íons através dessas junções, permitindo assim que a mucosa do intestino grosso absorva íons sódio — isto é, contra gradiente de concentração bem maior — diferentemente do que ocorre no intestino delgado. Isto é especialmente verdadeiro na presença da aldosterona, porque o hormônio intensifica bastante a capacidade de transporte de sódio. Além disso, como ocorre na porção distal do intestino delgado, a mucosa do intestino grosso secreta íons bicarbonato enquanto absorve simultaneamente número igual de íons cloreto, em processo de transporte por troca já descrito antes. O bicarbonato ajuda a neutralizar os produtos finais ácidos da ação bacteriana no intestino grosso. A absorção de íons sódio e cloreto cria um gradiente osmótico, através da mucosa do intestino grosso, o que por sua vez leva à absorção de água.
6- Explicar a integração da função digestória com os sentidos especiais (fase cefálica)
7- Explicar a influência do TGI no equilíbrio eletrolítico
O intestino delgado absorve o maior volume de água e a
maiorquantidadedo NaCl contidos no lúmen do TGI.
Normalmente, são ingeridos cerca 2 f, de água por dia, na
forma líquida ou contida nos alimentos. O trato gastrintestinal (TGI) secreta próximo de 7 f, de água diários; esse fluido
é proveniente de: saliva (1,5 f), estômago (2,0 f), pâncreas (1,5
f), bile (0,5 f,) e secreções do próprio delgado (1,5 é). Assim,
diariamente, no TGI há no total cerca de 9 f, de fluido. Desta
totalidade, são absorvidos no delgado 7,5 é, e algo em tornode
1,5 f, por dia atinge o cólon, que absorve 1,4 é, significando que
apenas 0,1 f, de fluido é excretado em aproximadamente 100 a
150 g de fezes, por dia (Figura 63.1).
Quanto ao NaCl, diariamente são ingeridos cerca de 5 a
1O g e expelidosno lúmen do TGI aproximadamente25 g,perfazendo um total de 30 a 35 g, do qual são excretados apenas
9 a 40 mEq. Considerando que a quantidade hídrica secretada
para o TGI (em torno de 7 i) representa 20% da água de todo
o corpo, e que 25 g de NaCl equivalem a 15% do Na+ total do
ndivíduo, i conclui-se que as alterações da função absortiva do
intestino podem causardesbalançoshidrossalinos, comgraves
consequenc1as . . para o organismo. .
O maiorvolumedeágua éabsorvido no jejuno.
Oepitélio do estômago é dotipo tighte bastanteimpermeá­
vel à água. O quimo gástrico que chega ao duodeno é hipertônico em relação ao plasma. Como o epitélio duodenal é do
tipo leakye muito permeável àágua, predominam no duodeno
fluxos secretórios deste fluido, do compartimento interstício-plasma para o lúmen intestinal, ajustando a tonicidade do
quimo à do plasma. As secreções pancreática e biliar, lançadas
ao duodeno (pelo dueto biliar comum logo abaixo do piloro),
são também isotônicas em relação ao plasma.
O jejuno é o principal local absortivo de água, uma vez que
concentra em si osprodutos da digestão deproteí nas (aminoá­
cidos di e tripeptídios) e de carboidratos (hexoses, glicose e
galactose) em acoplamento com o íon Na+, gerando gradientes osmóticos para a absorção hídrica.
O cólon absorve praticamente todo o NaCl e quase 95%
da água que o atingem diariamente e secreta K+ e Hco-3
no lúmen, os quais representam grande parte dos eletrólitos
excretados nas fezes.
Em condições normais, a massa fecal eliminada por dia é
de, aproximadamente, 100 a 150 g. Contém cerca de 100 mi
de água (67%) e 25 a 50 g de material sólido, representado
por: 30% de produtos das bactérias; 30% de fibras de celulose,
hemicelulose e pectinas (não digeridas); 10 a 20% de gorduras
(cerca de 7g) e 10 a 20% de eletrólitos (em torno de 9 a 12mM
- principalmente K+ e Hco-3) (Figura 63.2).
Embora diariamente o delgado concentre em si cerca
de 7,5 f, de água e o cólon 1,4 é, é grande a reservafuncional
absortiva dos dois segmentos. O primeiro tem capacidade de
absorver até 20 f, de água/dia e o segundo, aproxi madamente
4 a 6 f,/dia. Esta alta reserva funcional do intestino é uma proteção contra perdas excessi vas de fluido pelo organismo.
A água e os {ons podem ser absorvidos tanto pelas vias
transcelulares comopelas intercelulares (ouparacelulares).
Há duas vias para a absorção de água e de íons pelo epité­
lio intestinal: a transcelular(atravésdasmembranas, em série,
das células epiteliais) e a inter ou paracelular (através da 
ight-junctions e dos espaços intercelulares). A contribuição
relativa de ambas asvias à absorção transepitelial total de água
e de íons depende da condutância iônica e da permeabilidade
hídrica das tight-junctions em relação à condutância iônica e à
permeabilidade à água das duas membranas das células epiteliais - a membrana luminal (ML) e a membrana basolateral
(MBL).
Como já comentado no capítulo anterior, a condutância
iônica das tight-junctions diminui gradativamente no sentido cefalocaudal do intestino. Assim, o epitélio do duodeno
é mais leaky que o do jejuno, que, por sua vez, é mais leaky
que o do íleo, enquanto o do cólon é comparativamente tight.
Adicionalmente, as ML e as MBL das células epiteliais do delgado apresentam elevada permeabilidade hídrica, graças aos
canais de água (ou aquaporinas) presentes nas duas membranas. No cólon, como a ML é menos permeável à água, ela é
o passo limitante para a absorção transepitelial desse fluido
nesse segmento.
Por esse motivo, no delgado, não há elevados gradientes iônicos e osmóticos transepiteliais, ao contrário do que
acontece no cólon. Neste último, os íons e a água são transportados contra gradientes transepiteliais, iônicos e osmó­
ticos, relativamente mais elevados que os existentes no delgado. No delgado, os fluxos transepiteliais totais, de água e 
de íons, ocorrem em grande parte através da via intercelular; enquanto, no cólon, os fluxos transepiteliais de água e
de íons se dão, predomi nantemente, pela via transcelular.
A absorção de água ao longo de todo o intestino é secundária à desolutos.
A absorção transepitelial de água no intestino é secundária
e proporcional à absorção de solutos, principalmente NaCl e
outros solutos orgânicos e inorgânicos.
No delgado, a absorção hídrica ocorre entre dois compartimentos aproximadamente isotônicos - o lumi nal e o intersticial-plasmático. A força movente para o fluxo absortivo de
água resulta da di ferença de osmolalidade (de 3 a 4 müsm)
entre o fluido lumi nal e os meios intra e intercelular. Essa
pequena diferença é, porém, suficiente para manter grande
fluxo absortivo de água; isso acontece devido às elevadas permeabilidades osmóticas das membranas celulares e das vias
intercelulares do epitélio do delgado.
O fluido absorvido (absorbato) no delgado é isotônico em
relação ao plasma, não alterando as osmolalidades luminal e
contralumi nal (ou intersticial). No cólon, ocorre a absorção
de um fluido hipertônico; por este motivo, o fluido luminal
torna-se hipotônico quanto ao plasma.
A Figura 63.3A indica que no delgado a absorção de solutos
e de água se dá através das ML e MBL e das tight-junctions
apicais; a Figura 63.3B mostra que no cólon a absorção de íons
e de água é preponderantemente transcelular.
A Figura 63.4 apresenta a relação entre os volumes de água
e de solutos absorvidos no delgado (em que o absorbato é isotônico em relação ao plasma) e no cólon (em que o absorbato
é hipertônico). Em resumo, tanto no delgado como no cólon,
a absorção transepitelial hídrica é secundária e dependente da
absorção de solutos, principalmente de NaCl. Isso si gnifica que,
nos dois segmentos, a força movente para a absorção de água é o
gradiente osmótico gerado pelo transporte de soluto
8- Definir diarreia (relacionar a diarreia ao ph)
As deficiências absortivas de água e de íons no intestino provocam diarreias. Estas podem ser consequência de diversos fatores que interferem com os processos absortivos e/ou secretórios do intestino, a motilidade intestinal e a tonicidade do lúmen intestinal.
Diarreia caracteriza-se por aumento da massa fecal (a valores superiores a 250 g/dia), crescimento da proporção hídrica nas fezes (do normal de 67% para 70 a 90%), dor, sensação de urgência da defecação, desconforto perineal e incontinência fecal. Os seus diferentes tipos são descritos a seguir: 
• Diarreias secretoras. Caracterizam-se por maior quantidade de fluido nas fezes (além de 500 mi/dia); a excreção aumentada persiste no jejum. O fluido excretado é isotônico
em relação ao plasma. Estas diarreias podem terorigem infecciosa (causadas pelas enterotoxinas), podendo ser neoplásicas ou resultantes de hipersecreção de secretagogos.
• Diarreias osmóticas. Resultam de problemas de má absorção intestinal (p. ex., de carboidratos), defeitos nos processos digestivos, anormalidades dos enterócitos, redução da
área absortiva do intestino, entre outros. Neste caso, o fluido excretado nas fezes também pode alcançar valores superiores a 500 mi/dia, mas é hipertônico, e o processo diarreico cessa
no jejum. Nestas diarreias, os nutrientes não digeridos e/ou não absorvidos permanecem no lúmen intestinal, elevando a tonicidade do conteúdo luminal; isso causa um fluxo secretor de água. São acompanhadas de distensão abdominal, cólicas, flatulência (em consequência de fermentação bacteriana) e borborigmo.
• Diarreias exsudativas. Resultam de doenças inflamatórias do intestino e também podem ter origem infecciosa. Os volumes fluidos excretados são variáveis, ocorrendo frequentes defecações. Persistem no jejum e são sanguinolentas e purulentas.
• Diarreias por aumento da motilidade. Caracterizam-se por fezes volumosas, com osmolalidade aumentada por nutrientes não absorvidos e por esteatorreia. Cessam no jejum. Ocorrempor aumento do trânsito intestinal, o que prejudica tanto os processos digestivos como os absortivos. As causas da hipermotilidade intestinal não são conhecidas.
• Diarreia congênita com excreção de cloreto. Neste caso, há um defeito ou ausência do contratransportadorc1-1Hco-3 da ML do íleo e do cólon. Apresenta grande prejuízo da absorção de c1-, que aparece em altas concentrações fecais (excedendo a soma dasconcentrações de Na+ e de K+). Como o contratransportador Na+/tt+ continua a funcionar, há excreção fecal de tt+, levando à eliminação de fezes ácidas; consequentemente, ocorre perda de tt+, conduzindo à alcalose metabólica.
• Diarreia secretora, por ação da toxina do Vibrio cholerae. Trata-se de uma diarreia tipicamente secretora. A toxina colérica é uma proteína com PM de 11,5 kD, contendo 5 subunidades do tipo B e2 do A. As subunidades B da toxinaligam-se ao receptor da ML, um sialoglicogangliosídio, presente nas células das criptas do delgado e do cólon. As subunidades A, através da ML, atingem o citosol; daí são transportadas até a MBL, por vesículas intracelulares. A ligação da subunidade A1 com a subunidade ex de uma proteína Gs inibe a atividade GTPásica da subunidade ex. Isso impede o rearranjo das subunidades da proteína Gs e induz a ausência de inativação da adenilato ciclase da membrana; portanto, esta se mantém
continuamente ativada, promovendo a síntese contínua de cAMP e estimulando os processos de secreção de c1- pelas células das criptas. Ocorre, assim, aumento da eliminação de
Na+ e de água, causando uma diarreia profusa, com excreção fecal hídrica de até 20 f. diários.
Além da alteração dos mecanismos de transporte de c1- nas células das criptas, por aumento da sí ntese de cAMP, a toxina da cólera induz: (a) elevação da secreção de vários
secretagogos, como serotonina e prostaglandinas, que levam
a um crescimento da concentração intracelular de Ca2+; (b)
alterações morfológicas do delgado, com edema da mucosa,
encurtamento das vilosidades e destruição dos enterócitos,
dimi nuindo a área absortiva; (c) maior motilidade intestinal,
por aumento da amplitude dos potenciais de ação do complexo migratório mioelétrico, em consequência de alterações
do sistema nervoso entérico; (d) formação de uma toxina
secundária, derivada, que causa mais permeabilidade das
tight-junctions, elevando o transporte transepitelial de água
e íons pela via intercelular. A toxina secundária é conhecida
como ZOT ou zonuale occludens toxin
9- Definir os mecanismos de defecação 
DEFECAÇÃO A maior parte do tempo, o reto fica vazio, sem fezes, o que resulta, em parte, do fato de existir fraco esfíncter funcional a aproximadamente 20 centímetros do ânus, na junção entre o cólon sigmoide e o reto. Ocorre também angulação aguda nesse local que contribui com resistência adicional ao enchimento do reto. Quando o movimento de massa força as fezes para o reto, imediatamente surge a vontade de defecar, com a contração reflexa do reto e o relaxamento dos esfíncteres anais. A passagem de material fecal pelo ânus é evitada pela constrição tônica dos (1) esfíncter anal interno, que é um espesso músculo liso com vários centímetros de comprimento na região do ânus; e (2) esfíncter anal externo, composto por músculo estriado voluntário que circunda o esfíncter interno e estende-se distalmente a ele. O esfíncter externo é controlado por fibras nervosas do nervo pudendo, que faz parte do sistema nervoso somático e, assim, está sob controle voluntário, consciente ou pelo menos subconsciente; por subsequência, o esfíncter externo é mantido contraído, a menos que sinais conscientes inibam a constrição. Reflexos da Defecação. De ordinário, a defecação é iniciada por reflexos de defecação. Um desses reflexos é o reflexo intrínseco, mediado pelo sistema nervoso entérico local na parede do reto. Quando as fezes entram no reto, a distensão da parede retal desencadeia sinais aferentes que se propagam pelo plexo mioentérico para dar início a ondas peristálticas no cólon descendente, sigmoide e no reto, empurrando as fezes na direção do reto. À medida que a onda peristáltica se aproxima do ânus, o esfíncter anal interno se relaxa, por sinais inibidores do plexo mioentérico; se o esfíncter anal externo estiver relaxado consciente e voluntariamente, ocorre a defecação. Normalmente, quando o reflexo intrínseco mioentérico de defecação funciona, por si só, é relativamente fraco. Para que ele seja efetivo em provocar a defecação, em geral é necessário o concurso de outro reflexo, chamado reflexo de defecação parassimpático, que envolve os segmentos sacros da medula espinal, como mostrado na Figura 64-6. Quando as terminações nervosas no reto são estimuladas, os sinais são transmitidos para a medula espinal e de volta ao cólon descendente, sigmoide, reto e ânus, por fibras nervosas parassimpáticas nos nervos pélvicos. Esses sinais parassimpáticos intensificam bastante as ondas peristálticas e relaxam o esfíncter anal interno, convertendo, assim, o reflexo de defecação mioentérico intrínseco de efeito fraco a processo intenso de defecação que, por vezes, é efetivo para o esvaziamento do intestino grosso compreendido entre a curvatura esplênica do cólon até o ânus. Sinais de defecação que entram na medula espinal iniciam outros efeitos, tais como inspiração profunda, fechar a glote e contrair os músculos da parede abdominal, forçando os conteúdos fecais do cólon para baixo e, ao mesmo tempo, fazendo com que o assoalho pélvico se relaxe e, ao fazê-lo, se projete para baixo, empurrando o anel anal para baixo para eliminar as fezes. Quando é oportuno para a pessoa defecar, os reflexos de defecação podem ser propositadamente ativados por respiração profunda, movimento do diafragma para baixo e contração dos músculos abdominais para aumentar a pressão abdominal, forçando assim o conteúdo fecal para o reto e causando novos reflexos. Os reflexos iniciados dessa maneira, quase nunca são tão eficazes como os que surgem naturalmente, razão pela qual as pessoas que inibem com muita frequência seus reflexos naturais tendam mais a ter constipação grave. Nos recém-nascidos e em algumas pessoas com transecção da medula espinal, os reflexos da defecação causam o esvaziamento automático do intestino, em momentos inconvenientes, devido à ausência do controle consciente exercido pela contração e pelo relaxamento voluntários do esfíncter anal externo

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