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TCC musicalização na educação infantil

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CAROLINA DIAS VICENTE (8033555)
THAIS SABRINA DOS SANTOS (8170453)
VANESSA PEREIRA SIQUEIRA (8032180)
Licenciatura em Pedagogia
musicalidade na educação infantil – beneficios e importância
Tutor: Profa. Renata Andréa Fernandes Fantacini
Claretiano - Centro Universitário
São José dos Campos – SP
2020
musicalidade na educação infantil – beneficios e importância
Resumo: Falamos um pouco sobre como a música está presente na vida da criança de diversas formas, como ela influencia no aprendizado e na coordenação da criança, como ela pode ser aplicada em sala de aula pelos professores e como isso pode mudar a vida de uma pessoa no futuro. Como futuras professoras acreditamos que a musicalidade na educação infantil pode possibilitar muitas vantagens para o professor e para o aluno, e pode ser um tema tão presente, mas nem sempre tão estudado de fato decidimos nos aprofundar um pouco mais sobre as vantagens de um ensino musical. Tudo isso com o objetivo de, não apenas entendermos mais sobre esse processo, mas também com a intenção de abrir novos horizontes para que professores e futuros professores possam entender tais benefícios e trabalhar isso em sala de aula. A metodologia se baseou em pesquisa qualitativa e bibliográfica, que estudamos e avaliamos os benefícios que a musicalidade na educação infantil fornece. Sabemos que a música infantil está em todas as casas e na vida de todas as crianças, mas não basta ela estar presente somente no plano de fundo como uma trilha sonora de filme, ela pode e tem que ser parte do protagonismo, principalmente em sala de aula onde pode ser mais bem aproveitada e trabalhada para que possa de fato trazer benefícios como uma audição mais precisa, habilidade de trabalhar com os dois lados do corpo e do cérebro e capacidade neurológica. O professor é a ponte para esse aprendizado e se souber o que fazer com esse conhecimento pode ter resultados incríveis com as crianças. O ensino de música na educação infantil deve ir além de apenas cantar músicas infantis, eles compreendem mais do que nós achamos, e a musicalidade na sala de aula deve conter desde ouvir música clássica para dormir ou realizar alguma atividade até o aprendizado real de música e instrumentos musicais. Entendemos a importância da musicalidade na vida de uma criança na educação infantil e mais do que isso, vimos que vai muito além da distração e entretenimento, é de fato algo que evolui as crianças para seres humanos completos e com diversas capacidades físicas e mentais que um ensino musical pode proporcionar.
Palavras-chave: Musicalidade. Educação Infantil. Desenvolvimento.
1. INTRODUÇÃO
A música está presente na vida do ser humano, desde antiguidade, e desempenha um papel importante na nossa vida. É uma linguagem universal que ultrapassa barreiras geográficas e culturais fazendo-se presente em todas as épocas ao longo da história.
Os seres humanos, desde ventre da mãe, já têm contato com ambiente sonoro, dos batimentos cardíacos, da própria voz da mãe, muitas tocam músicas com os alto-falantes colados na barriga, pois dizem que faz bem para o bebê, e ao nascerem são sempre presenteados com músicas infantil por todos os lados. Segundo POLATO (2009, p. 80): “A relação das crianças com a voz materna e a memória sonora delas começam a ser formadas na gestação”.
A música estimula a nossa mente em vários hemisférios cerebrais, o que é um grande incentivo para as habilidades humanas. Alguns estudos apontam que, mesmo o contato com a música sendo somente para sua apreciação, o simples ato de ouvi-la, cria estímulos cerebrais intensos, ativando várias das nossas funções cerebrais ao mesmo tempo, entre elas a auditiva, a motora, a visual, a afetiva e a cognitiva.
A criança por sua vez é um ser brincante e, brincando faz música, e esse processo acontecem espontaneamente no seu cotidiano, é assim que se relaciona com o mundo que descobre a cada dia.
A criança se envolve rápido com a música, na escola, creche ou em casa, no seu ambiente, ela aprende logo que certa música é para se sentar, guardar os brinquedos ou até mesmo a hora da refeição. A música é uma linguagem e deve ser usada na educação infantil, como área de conhecimento a ser construída pela criança, em um processo contínuo, que envolve perceber, sentir, experimentar, imitar, criar e refletir. É um elemento que contribui para o desenvolvimento da inteligência, favorece o desenvolvimento linguístico, psicomotor e social da criança.
As pessoas em geral se relacionam com a música de várias formas, ouvindo, cantando, dançando, tocando um instrumento.
 É indispensável e importante a musicalidade na educação infantil, pois contribui para formação de seres humanos sensíveis, crítico, criativos e reflexivos. (ANAPOLIS, 2018, p. 33-57).
2. METODOLOGIA
Foi com dados tirados de uma pesquisa de base qualitativa que nos aprofundamos na influência musical na vida da criança. Qual a importância da musicalidade para a educação infantil, no que ela pode ajudar e desenvolver se bem trabalhada em sala de aula. Todos os professores trabalham com música eventualmente em sala, mas quantos deles realmente trabalham a musicalidade e seus benefícios? Respondendo rapidamente, são poucos, pelo fato de que poucos deles sabem o valor disso e como de fato trabalhar com isso de maneira prazerosa e útil para a vida. 
Esta pesquisa mostra como a música influencia na formação da criança em diversas áreas do aprendizado. Apesar de parte da pesquisa ser qualitativa, se trata majoritariamente da pesquisa bibliográfica, com estudos científicos e diversos artigos de diversos educadores que reconhecem o bem da musicalidade para a educação infantil.
BRITO em Ferramentas com Brinquedos – Caixa de Música (2010, p. 91) mostra sua visão sobre o assunto:
O fazer musical é um modo de resistência, de reinvenção (questões caras ao humano, mas ainda pouco valorizadas no espaço escolar) que, ao mesmo tempo, fortalece o estar juntos, o pertencimento a um grupo, a uma cultura. O viver (e conviver) na escola - espaço de trocas, de vivências e construção de saberes, de ampliação da consciência - deve, obviamente, abarcar todas as dimensões que nos constituem, incluindo a dimensão estética. (BRITO, 2010, P91).
	Entendemos aqui a dimensão e importância da musicalidade na vida do homem como um todo, como envolve diversas áreas da vida tais como cultura, sociedade, emoções etc., entender o que isso significa na fica de uma criança é essencial e veremos mais de como isso pode ser trabalhado e trazer benefícios na educação infantil.
3. DESENVOLVIMENTO
3.1 A MÚSICA
O som não existe sem o silencio, são partes de uma única coisa, e nesse sentido podemos dizer que são opostos complementares. Som é tudo que soa! Tudo o que o ouvido percebe sob a forma de movimentos vibratórios. Os sons que nos cercam são expressões da vida, do movimento, e indicam situações, ambientes, paisagens sonoras, que representam o meio e a presença do homem no mesmo.
A música é uma das mais antigas formas de expressão da humanidade e está presente na vida das pessoas.
Existem muitas teorias sobre a origem e a presença da música na cultura humana, a música é uma combinação de elementos sonoros que são percebidos pela audição, é considerada uma das artes que mais influenciam na sociedade.
Segundo historiadores, o fazer música, sempre esteve presente nas sociedades, desde as mais primitivas até os dias atuais. De acordo com BRITO (2003, p.17):
A música é uma linguagem universal. Tudo o que o ouvido percebe sob a forma de movimentos vibratórios. Os sons que nos cercam são expressões da vida, da energia, do universo em movimento e indicam situações, ambientes, paisagens sonoras: a natureza, os animais, os seres humanos traduzem sua presença, integrando-se ao todo orgânico e vivo deste planeta. (BRITO, 2003, p.17)
	Ao procurar a etimologia da palavra música, vemos que sua origem é grega, e significa Arte das Musas, devido ao fato de as filhas de Zeus serem as responsáveis pelas artes e como a beleza delasse reflete na beleza musical. A junção de tantos fatores, quase aleatórios, que, se bem encaixados, se tornam música, o som, o ritmo e a harmonia em uma combinação podem nos levar a sentir diversas sensações, alegria, tristeza, saudade, amor etc. 
	Com o passar do tempo fomos incrementando e inventando mais na música, como ritmos diversos, instrumentos, vozes, entre tantas outras variações dentro desse único seguimento. Fomos incluindo cada vez mais coração nas músicas além de história, cultura, religião e tantas outras informações que fazem da música um material rico para a didática.
As muitas músicas da música- o samba ou o maracatu brasileiros, o blues e o jazz norte-americanos, a valsa, o rap, a sinfonia clássica europeia, o canto gregoriano medieval, o canto dos monges budistas, a música da cultura infantil, entre muitas outras possibilidades - são expressões sonoras que refletem a consciência, o modo de pensar e sentir de indivíduos, comunidades, culturas regiões em seu processo sócio histórico. (BRITO, 2003, p.28).
Que atire a primeira pedra quem nunca chorou ao ouvir uma música, lembrou de algo ou alguém, a música tem poder, pode nos influenciar de diversas formas e não é diferente com a criança, visto que existe todo um segmento musical dedicado para os pequenos.
A música é a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento expressivo entre o som e o silêncio. (BRASIL,1998, p.45).
	Além de envolver sentimento, envolve também cultura e sociedade, muitas vezes contando histórias, folclore, algo sobre aquela cidade ou até sobre a vegetação e os animais daquele lugar, o que torna ainda mais importante a introdução musical na educação infantil. 
	Com a evolução da música e seus diversos ritmos, a música infantil foi tomando cada vez mais abertura e crescendo na boca do povo, no início como simples cantigas de ninar, cantadas pelos avós, uma para cada região do país, mas sempre presente na vida das crianças desde cedo. Hoje em dia temos discos inteiros de música infantil, todas feitas para entreter, mas muitas feitas com o intuito de ensinar. 
	Na escola dentro da nossa rotina a música
 se faz presente o tempo todo, usamos ela desde a acolhida, até o momento da saída. Tipo de cantiga como, por exemplo, “meu lanchinho” tem o intuito de fazer a hora da refeição muito mais animada e esperada, a ideia principal é fazer a criança se interessar pela comida nesse caso. Tantas outras músicas têm esse tipo de intenção, a ideia é chamar a atenção da criança para coisas do cotidiano que seriam tediosas ou “chatas”, e quem já trabalhou na educação infantil sabe como é importante e útil para entreter e ensinar os pequenos sobre coisas do cotidiano e da vida como mostra NOGUEIRA (2003) em “A Música e o Desenvolvimento da Criança”:
Essas cantigas e muitas outras que nos foram transmitidas oralmente, através de inúmeras gerações, são formas inteligentes que a sabedoria humana inventou para nos prepararmos para a vida adulta. Tratam de temas tão complexos e belos, falam de amor, de disputa, de trabalho, de tristezas e de tudo que a criança enfrentará no futuro, queiram seus pais ou não. São experiências de vida que nem o mais sofisticado brinquedo eletrônico pode proporcionar (2003, p.4).
	Com letras intuitivas e animadas, as músicas infantis fazem parte da vida da maioria das crianças, dentro e fora das escolas e creches, mas a musicalidade na educação vai além de usar a música como artificio na sala de aula, se trata também do ensino musical, do manuseio de instrumentos, reconhecer notas e até ouvir música clássica.
3.5 MÚSICA COMO LINGUAGEM NÃO VERBAL
O ensino de música deve ser acessível a todos, a lei Federal n° 11.769 de 2008, no parágrafo 6° sanciona a obrigatoriedade, mas não exclusividade, do ensino de música como componente da matriz curricular do Ensino de Artes, previsto no §2° artigo 26 da LDB de 1996. Partindo desse pressuposto, a escola precisa garantir a inclusão, redefinindo os métodos, bem como, construir um projeto político pedagógico, no qual englobe todas as áreas do conhecimento. Dessa forma, o ambiente educacional deverá promover o debate das diferenças de ensino, e buscar soluções para essa discussão.
As escolas ainda não apresentam propostas condizentes com a igualdade de direitos e oportunidades educacionais para todos, reconhecendo e valorizando as diferenças, mesmo que a pluralidade cultural seja um dos temas transversais propostos nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Entretanto, a educação especial não está contemplada nesses documentos. (KEBACH e DUARTE, 2008, p.104) 
O Censo escolar feito em 2014, pelo Instituto nacional de Estudos Educacionais Anísio Teixeira (INEP, 2015), afirma que “54,8% das escolas brasileira têm alunos com deficiência incluídos em turmas regulares”. Pessoa com deficiência é caracterizada, por alguém que têm comprometimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, a sua participação deve ser em condições de igualdade com outras pessoas, apesar das limitações (BRASIL, 2015). O grande desafio é articular a inclusão do ensino de música na grade curricular, aliado às questões de inclusão de alunos com necessidades especiais. 
Os professores deverão fundamentar suas práticas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), onde os “autores defendem que aprender a sentir, a expressar e pensar a realidade sonora ao redor do ser humano, que constantemente se modifica nessa rede em que se encontra, auxilia a criança, o jovem e o adulto em fase de escolarização básica a desenvolver capacidades, habilidades e competências em música (PCN-ARTE, p.80)
O estudo da música em salas regulares infantis, nas quais, estão inseridas crianças com necessidades especiais, irá proporcionar experiências de interpretar, fazer, convívio participativo no processo de colaboração e participação, enriquecimento do vocabulário lúdico, aumento da percepção, da psicomotricidade, ritmo etc. Para Louro (2009, p.18), “Incluir significa não apenas colocar todos juntos, mas ter atitudes de respeito pelas diferenças, olhar para o outro, valorizar as potencialidades e, principalmente, reconhecer a diversidade como algo ao ser humano”. Ou seja, ao proporcionar um ambiente educacional musical a criança ampliará as suas possibilidades de convívio social, onde poderá fazer trocas significativas linguísticas, afetivas, motoras e cognitivas. Todos os indivíduos possuem competência, a concepção da epistemologia (PIAGET, 2006), justifica que as potencialidades humanas são desenvolvidas entre sujeito e objeto. Sendo assim, esse ambiente escolar inclusivo, proporcionará a valorização das diversas formas de linguagem, não apenas a convencionalmente verbal, promovendo desta forma, a socialização das crianças com deficiências físicas-intelectuais e os neuro típicos.
A contribuição do estudo da música para o desenvolvimento das crianças especiais, transforma o mundo em algo não ameaçador, onde elas se auto identificam e podem se comunicar. Nesse contexto a música é um catalisador de desejos, objeto transformador, onde todos são acolhidos sem distinção. A música desfaz a concepção empirista, dando lugar novo- os interesses de todos são importantes. A liberdade artístico-musical recupera o bem estar e constrói a espontaneidade e a criatividade imaginativa. 
3.3 ENSINANDO MÚSICA
Com a importância dos professores e dos pais, introduzir a musicalidade para a educação infantil de maneira que as crianças se divirtam, aprendam os sons dos instrumentos e como tocá-los, cantem e produzam seu conhecimento através das descobertas.
[...]A iniciação musical deve ter como objetivo durante a idade Pré-escolar, estimular na criança a capacidade de percepção, sensibilidade, imaginação, criação bem como age como uma recreação educativa, socializando, disciplinando e desenvolvendo a sua atenção (WINN, 1975, p.32).
É preciso olhar e pensarque mesmo que tenha um fundo pedagógico e educacional, a música na educação infantil é para fazer com que as crianças se familiarizem com a musicalização, desenvolvendo todos os benefícios no desenvolvimento cognitivo que a música trás. Desenvolvendo a cognição ao aprender a manusear os instrumentos, a compreensão sonora e reconhecimento dos sons que futuramente pode ser muito útil para o canto e aprendizado de diversos instrumentos, com o ritmo ocorre um aumento da percepção corporal juntamente com a coordenação motora etc. 
[...] A linguagem está presente em todos os momentos da vida [...]. O trabalho com ritmos tem uma importante relação com atividades de movimento. As músicas são ainda uma ferramenta para a aquisição da linguagem verbal. (ABRIL, Revista Nova Escola-, 2010, p. 50).
Sabendo dessa importância e, tendo em vista alguns desafios, tais como a falta de conhecimento a respeito dos benefícios da música para a criança, algumas abordagens para trabalhar com a música na educação infantil que são vistas como o simples cantar com as crianças quando chegam para a aula , na hora do lanche ou na hora de dormir, é uma forma simples e divertida de colocar a música na vida delas. Da mesma forma que esses momentos simples podem ter um toque musical, podemos incrementar a música de outras formas e com um teor maior de educar, e não somente de entreter, basta o professor saber como introduzir a música de maneira educativa. 
Os pais também podem realizar esta atividade em casa, usando os movimentos corporais quando for cantar com as crianças estimulando-as de forma divertida, por exemplo, cantando a música dos dedinhos apontando para a criança, isso é uma forma de ensinar o ritmo, a coordenação, a percepção corporal e trabalhar a musicalização na educação infantil.
Se tratando de crianças, acreditamos que a melhor forma de aprender é brincando, o lúdico é sim o maior parceiro do educador e utilizar disso como artificio é muito inteligente, seja como brincar de roda, usando letras e ritmos, acompanhando a música com os passos, é uma forma agradável de aprender e de ensinar cantigas de rodas para elas. 
Usar os fantoches é de uma maneira muito legal para ensinar uma canção com moral também é uma forma de atrair os pequenos para música, assim eles costumam interagir e adorar os bonecos, fazendo com que aprender uma letra nova se torne especial, principalmente se a letra faz com que a criança se identifique com a música e as vezes sua posição social.
O trabalho com a apreciação musical deverá apresentar obras que despertem o desejo de ouvir e interagir, pois para essas crianças ouvir é também, movimentar-se, já que as crianças percebem e expressam-se globalmente. (BRASIL,1998, p.64).
Um dos jeitos mais legais da criança interagir é usando os instrumentos musicais, onde os bebês podem brincar com chocalhos especiais e ouvir músicas, não só as infantis, mas a música clássica e outros ritmos, já as crianças maiores podem ter contato com instrumentos próprios para crianças ou até mesmo criar seus instrumentos junto com os colegas e professores, o que os deixa ainda mais interessados pela música, pois aprender com algo que ele próprio vez dá ainda mais orgulho! 
Acho importante dizer que a intenção não é apenas entreter e sim de fato ensinar música, aplicar a musicalidade em sua integralidade, não somente com brinquedos mas com instrumentos reais para que a criança sinta que realmente pode fazer música, utilizar de todos os artifícios e benefícios que ela pode proporcionar para um bebê ou criança em formação.
Também existem outras maneiras de se começar a introduzir a música na educação infantil, uma delas é com as atividades relacionadas à musicalização ou confecção de instrumentos musicais com objetos, e o professor estando em sala com a criança, algumas vezes mais tempo do que com os pais, precisa saber como chamar atenção da criança para a música. 
O papel do professor que opta por utilizar a musicalização em sala é usar de técnicas e possuir conhecimento instrumental para ensinar a tocar e criar a sua própria bagagem musical, ensinando as crianças a usar momento de silêncio para compreender o som do ambiente distinguindo o barulho de cada som. A história também serve de grande ferramenta para os efeitos sonoros, como o teatro com sonoridade e até mesmo vídeos com boa sonorização e construindo novas instrumentações a partir de objetos inusitados.
Dessa forma quando o professor e os pais cantam algo, a tendência é criar um laço com as palavras que estão presentes na letra, o mesmo vale para os pequenos que estão em fase de desenvolvimento mental, a plasticidade cerebral que faz com que eles aprendam muita mais em menos tempo, esses conhecimentos vão desde aprender a usar os dois lados do corpo e do cérebro como também uma boa capacidade auditiva. Nos primeiros anos a criança aprende de tudo, de acordo com estudos o ideal para se aprender algo novo é antes dos 7 anos de idade, quando sua capacidade cerebral permite a absorção ainda maior de informações e aprendizados. Segundo SILVA; JORDÃO (2012, p.146), afirma que: “Cientistas acreditam que a música possibilita o cérebro para formas superiores de raciocínio [...] Aliado a isso, as novas gerações poderão transformar nossa sociedade com mais criatividade, equilíbrio, alegria e cultura.”. 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vemos que o ensino da música na educação infantil se destaca de diversas formas, inclusive em pesquisas cientificas, se mostrou imensamente importante para a educação infantil, em diferentes situações, desde aspectos culturais até aspectos psicológicos e neurológicos da criança. Auxiliando o ensino e o tornando mais interessante na visão da criança, além de desenvolver importantes áreas do desenvolvimento infantil, como coordenação motora fina e grossa, fala, capacidade de entendimento do ambiente em que se situa etc. Não é necessário que o professor seja um especialista, mas que entenda do assunto o suficiente para introduzir as crianças no universo da musicalidade e permitir que a criança conheça mais sobre esse mundo e tenha interesse em fazer parte dele, seja tocando ou apenas apreciando a boa música.
Com base na nossa pesquisa bibliográfica pudemos ver o quanto a musicalidade influencia no desenvolvimento da criança, como elas podem ser mais emotivas e sensíveis, ou ter um foco maior no momento de estudo, isso com o simples fato de escutar música, sem contar quando ela de fato estuda música, pois é, no período da primeira infância, que aquela pessoa mais vai aprender em toda a vida, e ter conhecimento musical auxiliar em diversos aspectos da vida dela no futuro, pois é de fato uma área que deve ser trabalhada na infância para formarmos adultos com capacidades, tanto motora quanto neurológica e auditiva.
REFERÊNCIAS
ANAPOLIS. Matriz Curricular da Educação Infantil de, 2018, p. 33-57.
BRASIL. Congresso Nacional. Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº
9.394). Brasília, Centro Gráfico, 1996.
BRASIL, Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm>. Acesso em 05 junho 2020.
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