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Facebook: CP Iuris Instagram: @cpiuris Email: contato@cpiuris.com.br www.cpiuris.com.br Curso de Informativos e Questões Questões referentes à 33ª aula de Direito Penal, Direito da Criança e do Adolescente e Direito Eleitoral Prof. Samer Agi (contato@sameragi.com.br; Instagram e periscope: @sameragi) Questão 1 João mantinha um provedor de internet, via rádio, no qual 22 clientes pagavam a ele mensalmente em suas cassas o sinal da internet. Ocorre que João não tinha autorização da ANATEL para exploração desse serviço. Diante da situação narrada, assinale a opção correta, à luz do entendimento do STF: a) Não é possível aplicar o princípio da insignificância para os casos de transmissão clandestina de sinal de internet via radiofrequência, ainda que caracterize o fato típico previsto no art. 183 da Lei 9.472/1997. b) Tanto o STF quanto o STJ entendem que deve ser aplicado o princípio da insignificância para os casos de transmissão clandestina de sinal de internet. c) Não é aplicável o princípio da insignificância no crime de transmissão clandestina de sinal de internet, ainda que configure o delito previsto no art. 183 da Lei 9.472/97, sendo este crime formal e, como tal, prescindindo de comprovação de prejuízo para sua consumação. d) Deverá ser aplicado o princípio da insignificância ao caso. Gabarito: Letra “D” Comentários: a) Incorreta. Súmula 606 do STJ. b) Incorreta. Súmula 606 do STJ e STF. 1ª Turma. HC 124795 AgR, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 23/08/2019 c) Incorreta. STF. 1ª Turma. HC 124795 AgR, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 23/08/2019 d) Correta. Informativo 952 do STF. (STF. 2ª Turma. HC 157014 AgR/SE, rel. orig. Min. Cármen Lúcia, red. p/ o ac. Min Ricardo Lewandowski, julgado em 17/9/2019) Em suma: É possível aplicar o princípio da insignificância para a conduta de transmitir sinal de internet como provedor sem autorização da ANATEL (art. 183 da Lei nº 9.472/97)? No STJ: é pacífico que NÃO (Súmula 606-STJ: Não se aplica o princípio da insignificância a casos de transmissão clandestina de sinal de internet via radiofrequência, que caracteriza o fato típico previsto no art. 183 da Lei n. 9.472/1997). Curso de Informativos e Questões – prof. Samer Agi No STF: prevalece que não. Assim, é inaplicável o princípio da insignificância no crime de transmissão clandestina de sinal de internet, por configurar o delito previsto no art. 183 da Lei nº 9.472/97, que é crime formal, e, como tal, prescinde de comprovação de prejuízo para sua consumação (STF. 1ª Turma. HC 124795 AgR, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 23/08/2019). Apesar disso, no HC 157014 AgR/SE, julgado pela 2ª Turma do STF em 17/9/2019 (Info 952), houve um empate na votação: dois Ministros entenderam que se deveria reconhecer o princípio e dois outros negaram o HC. Quando há um empate no julgamento de um habeas corpus, prevalece a decisão mais favorável ao paciente, conforme determina o art. 146, parágrafo único, do Regimento Interno do STF. Logo, neste caso concreto, o réu foi absolvido por se tratar de delito de bagatela, em razão do mínimo potencial ofensivo da conduta. Questão 2 Assinale a opção correta, acerca do entendimento dos Tribunais Superiores: a) Considere que João, por vários meses, tenha captado sinal de televisão a cabo por meio de ligação clandestina e que, em razão dessa ligação, considerável valor econômico tenha deixado de ser transferido à prestadora do serviço. Nessa situação hipotética, considerando-se o entendimento do Superior Tribunal de Justiça a respeito da matéria, João não praticou o crime de furto de energia, uma vez que o sinal de TV a cabo não se equipara a energia elétrica. b) O sinal de TV a cabo pode ser equiparado a energia elétrica para fins penais, segundo entendimento pacífico dos Tribunais Superiores. c) A energia elétrica não pode ser objeto material de crime de furto. d) Considere que João, por vários meses, tenha captado sinal de televisão a cabo por meio de ligação clandestina e que, em razão dessa ligação, considerável valor econômico tenha deixado de ser transferido à prestadora do serviço. Nessa situação hipotética, considerando-se o entendimento do Superior Tribunal de Justiça a respeito da matéria, João praticou o crime de furto de energia. Gabarito: Letra “D” Comentários: a) Incorreta. De acordo com o entendimento do STJ, João praticou sim o crime de furto de energia. Porém, o STF possui precedentes no sentido da atipicidade de tal conduta, por entender que o sinal de TV a cabo não se equipara a energia elétrica. O direito penal não admite analogia in malam partem. (HC97261 – informativo 623 do STF) b) Incorreta. Há divergência quanto a esse entendimento pelos Tribunais Superiores. O STF entende ser atípica a conduta, enquanto que o STJ entende pela tipicidade da conduta. c) Incorreta. Art. 155, §3º, CP: “Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.” d) Correta. Este é o entendimento do STJ. (RHC 30847/RJ); RHC 049547 Curso de Informativos e Questões – prof. Samer Agi Questão 3 Assinale a opção incorreta a respeito do princípio da insignificância, à luz do entendimento do Supremo Tribunal Federal: a) A reincidência, em regra, afasta a possibilidade de fixação do regime inicial aberto, salvo, nas hipóteses de incidência do princípio da insignificância. b) Os autores de crimes insignificantes que sejam reincidentes não podem ser beneficiados com o regime inicial aberto. c) São parâmetros para a aplicação do princípio da insignificância a mínima ofensividade da conduta do agente, nenhuma periculosidade social da ação, o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e uma lesão inexpressiva. d) Não se aplica o princípio da insignificância aos crimes hediondos e equiparados, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, a posse de drogas para consumo pessoal, crimes contra a fé pública, crimes contra a Administração Pública, ao crime de contrabando, bem como a violência doméstica ou familiar contra a mulher. Gabarito: Letra “B” Comentários: a) Correta. Informativo 938 do STF. b) Incorreta. Informativo 938 do STF. Vimos, por meio do informativo, que o entendimento do STF é de que autores de crimes insignificantes que sejam reincidentes podem ser beneficiados com o regime inicial aberto. c) Correta. Para o STF os requisitos a serem observados são ausência de periculosidade, reduzido grau de reprovabilidade, ofensividade mínima e lesão inexpressiva. (PROL) d) Correta. Súmula 599, STJ – crimes contra a Administração Pública e Lei Maria da Penha – Violência doméstica ou familiar contra a mulher. Crimes com violência ou grave ameaça - HC 95174 RJ (STF). Contrabando - (HC 110.964, Segunda Turma, DJe 02/04/2012). Questão 4 Imagine a seguinte situação adaptada: Um homem beijou uma criança de 5 anos de idade, colocando a língua no interior da boca. Diante da situação narrada é possível concluir que: a) Essa conduta não caracteriza o chamado “beijo lascivo”, razão pela qual não há motivos para configuração do crime de estupro de vulnerável, previsto no art. 217-A do CP. b) Para determinadas idades, a conotação sexual é uma questão de poder, mais precisamente de abuso de poder e confiança. No caso concreto, estão presentes a conotação sexual e o abuso de Curso de Informativos e Questões – prof. Samer Agi confiança para a prática de ato sexual. Logo, não há como desclassificar a conduta do agente para a contravenção de molestamento. c) Deve ser aplicado ao caso a contravenção de molestamento, sob pena de incorrer em aplicação de pena desproporcional à conduta, tendoem vista que o ato praticado foi um único beijo em lugar próximo a outras pessoas. d) No caso, não estão presentes a conotação sexual e o abuso de confiança para a prática de ato sexual, razão pela qual deve ser aplicada a pena do crime de molestamento. Gabarito: Letra “B” Comentários: a) Incorreta. Vide informativo 954 do STF. b) Correta. Vide informativo 954 do STF. c) Incorreta. Vide informativo 954 do STF. d) Incorreta. Vide informativo 954 do STF. Questão 5 (CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto) Julgue os itens a seguir com base no Código Penal e na jurisprudência do STJ: I – Um indivíduo poderá responder criminalmente por violação sexual mediante fraude, caso pratique frotteurismo contra uma mulher em uma parada de ônibus coletivo lotada, sem o consentimento dela. II – Nos casos de parcelamento de contribuições previdenciárias cujo valor seja superior ao estabelecido administrativamente como sendo o mínimo para ajuizamento de suas execuções fiscais, é vedado ao juiz aplicar somente a pena de multa ao agente, ainda que ele seja réu primário. III – Tanto o agente, maior e capaz, que praticar o crime de estupro coletivo quanto ao agente, maior e capaz, que praticar o crime de estupro corretivo será aplicada a mesma majorante de pena in abstrato. IV – Situação hipotética: Um homem, em 31/12/2018, por volta das cinco horas da madrugada, com a intenção de obter vantagem pecuniária, explodiu um caixa eletrônico situado em um posto de combustível. Assertiva: De acordo com o STJ, ele responderá criminalmente por furto qualificado em concurso formal impróprio com o crime de explosão majorada. a) Apenas as assertivas I e II estão corretas. b) Apenas as assertivas II e III estão corretas. c) Apenas as assertivas III e IV estão corretas. d) Apenas as assertivas I, II e IV estão corretas. e) Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas. Gabarito: Letra “B” Comentários: Curso de Informativos e Questões – prof. Samer Agi I – Incorreta. Responde pelo art. 215-A do CP (importunação sexual) II – Correta. Para obtenção do benefício, o valor tem que ser inferior ao estabelecido administrativamente como sendo o mínimo para ajuizamento de suas execuções fiscais. Portanto, se o valor for superior é vedado ao juiz aplicar somente a pena de multa. III – Correta. Art. 226, IV, do CP. IV – Incorreta. Responde somente pelo art. 155, §4º - A do CP (furto qualificado pelo emprego de explosivo) Questão 6 Assinale a alternativa correta, acerca do favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual prevista no artigo 218-B do CP, à luz do entendimento do Superior Tribunal de Justiça: a) A vulnerabilidade no caso do art. 218-B do Código Penal é absoluta, bastando que seja aferida a idade da vítima, bem como se esta é pessoa enferma ou doente mental. b) O tipo penal previsto no referido artigo exige habitualidade. Sendo assim, é necessária a manutenção do relacionamento sexual de forma habitual entre o ofendido e o agente, razão pela qual não é cabível a incidência da continuidade delitiva. c) No termos do art. 218-B do Código Penal, são punidos tanto aquele que capta a vítima, inserindo- a na prostituição ou outra forma de exploração sexual, como também o cliente do menor prostituído ou sexualmente explorado. d) Quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) anos e maior de 14 (quatorze) anos na situação descrita no caput do artigo 218-B do CP, incorre nas penas do crime de estupro de vulnerável. Gabarito: letra “C” Comentários: a) Incorreta. Vide informativo 645 do STJ. b) Incorreta. Vide informativo 645 do STJ. A vulnerabilidade no caso do art. 218-B do CP é relativa. Não basta aferir a idade da vítima, devendo-se averiguar se o menor de 18 (dezoito) anos ou a pessoa enferma ou doente mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou por outra causa não pode oferecer resistência. c) Correta. Vide informativo 645 do STJ. d) Incorreta. Vide informativo 645 do STJ. Art. 218-B, §2º, inciso I do CP. Curso de Informativos e Questões – prof. Samer Agi Questão 7 Analise as assertivas a seguir e assinale a opção correta, à luz do entendimento do STF: a) A absolvição do acusado pelo crime de corrupção ativa induz o trancamento da ação penal em relação ao denunciado, no mesmo processo, em razão dos mesmos fatos, por corrupção passiva. b) O fato de o crime de corrupção passiva ter sido praticado por Promotor de Justiça no exercício de suas atribuições institucionais não pode configurar circunstância judicial desfavorável na dosimetria da pena, já que a condição de funcionário público já constitui elementar do tipo. c) É possível que se configure o crime de corrupção passiva na conduta de Deputado Federal, líder de seu partido, que receba vantagem indevida para dar sustentação política e apoiar a permanência de terminada pessoa no cargo de Presidente de empresa pública federal. d) Configura o crime de lavagem a conduta do agente que esconde as notas de dinheiro recebido como propina nos bolsos do paletó, na cintura e dentro das meias. Gabarito: letra “C” Comentários: a) Incorreta. “A obtenção de lucro fácil e a cobiça constituem elementares dos tipos de concussão e corrupção passiva (arts. 316 e 317 do CP), sendo indevido utilizá-las, para exasperação da penabase, no momento em que analisados os motivos do crime – circunstância judicial prevista no art. 59 do CP. Nos presentes embargos, aponta-se, em síntese, divergência no que concerne à interpretação do art. 59 do Código Penal, pois considera que os argumentos utilizados para elevar a pena-base dos delitos de concussão e de corrupção passiva são inerentes ao próprio tipo penal e, portanto, não poderiam ter sido valorados, novamente, no momento da fixação da pena-base. No caso em análise, examinando-se o acórdão do Tribunal de origem, verifica-se que a exasperação em ambos os crimes teve fundamento em 6 (seis) dos quesitos descritos no caput do art. 59 do CP: a culpabilidade, a conduta social, a personalidade do agente, os motivos do crime, as circunstâncias e consequências do crime. Ao examinar os motivos do crime, o voto condutor do acórdão condenatório reputou como desvalores aptos a justificar a elevação da pena-base a intenção de obter lucro fácil e a cobiça. Com efeito, embora inseridos no Código Penal no Título dos crimes contra a administração pública, tanto a concussão (art. 316, CP) quanto a corrupção passiva (art. 317, CP) possuem várias das características dos crimes contra o patrimônio, com a peculiaridade da qualificação do agente como servidor público. Assim sendo, no exame das circunstâncias judiciais envolvendo a prática desses dois delitos, a jurisprudência desta Corte vem entendendo que a cobiça, a ganância e a intenção de obter lucro fácil constituem elementares dos delitos, não podendo, assim, serem utilizadas novamente na apreciação das circunstâncias judiciais para justificar a elevação da pena-base.” EDv nos EREsp 1.196.136-RO, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, por unanimidade, julgado em 24/5/2017, DJe 1/8/2017, informativo 608. b) Incorreta. “O fato de o crime de corrupção passiva ter sido praticado por Promotor de Justiça no exercício de suas atribuições institucionais pode configurar circunstância judicial desfavorável na dosimetria da pena. Isso porque esse fato revela maior grau de reprovabilidade da conduta, a justificar o reconhecimento da acentuada culpabilidade, dada as específicas atribuições do promotor de justiça, Curso de Informativos e Questões – prof. Samer Agi as quais são distintas e incomuns seequiparadas aos demais servidores públicos latu sensu. Assim, a referida circunstância não é inerente ao próprio tipo penal.” REsp 1.251.621-AM, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 16/10/2014, informativo 552. c) Correta. Vide informativo 955 do STF. d) Incorreta. Vide informativo 955 do STF. Questão 8 (2017/FMP Concursos/MPE-RO/Promotor de Justiça Substituto) Em relação ao crime de corrupção, assinale a alternativa CORRETA: a) De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é dispensável a prática do ato de ofício pelo agente público para a caracterização do crime de corrupção passiva. b) O bem jurídico tutelado é dúplice: a probidade na Administração Pública e a ordem socioeconômica. c) A doutrina e a jurisprudência entendem que a bilateralidade entre corrupção ativa e corrupção passiva é imprescindível. d) Há tipificação autônoma da corrupção entre particulares no ordenamento jurídico brasileiro. e) A consumação do crime de corrupção passiva ocorre com o recebimento da vantagem indevida. Gabarito: letra “A” Comentários: a) Correta. O crime é formal, basta a solicitação ou recebimento da vantagem indevida. b) Incorreta. O bem jurídico tutelado é a Administração Pública, especialmente a probidade dos agentes públicos. c) Incorreta. “O reconhecimento da inépcia da denúncia em relação ao acusado de corrupção ativa (art. 333 do CP) não induz, por si só, o trancamento da ação penal em relação ao denunciado, no mesmo processo, por corrupção passiva (art. 317 do CP). Conquanto exista divergência doutrinária acerca do assunto, prevalece o entendimento de que, via de regra, os crimes de corrupção passiva e ativa, por estarem previstos em tipos penais distintos e autônomos, são independentes, de modo que a comprovação de um deles não pressupõe a do outro. Aliás, tal compreensão foi reafirmada pelo STF no julgamento da Ação Penal 470-DF, extraindo-se dos diversos votos nela proferidos a assertiva de que a exigência de bilateralidade não constitui elemento integrante da estrutura do tipo penal do delito de corrupção (AP 470-DF, Tribunal Pleno, DJe 19/4/2013). Não se desconhece o posicionamento no sentido de que, nas modalidades de recebimento ou aceitação da promessa de vantagem indevida, haveria bilateralidade da conduta, que seria precedida da ação do particular que a promove. Contudo, mesmo em tais casos, para que seja oferecida denúncia em face do autor da corrupção passiva é desnecessária a identificação ou mesmo a condenação do corruptor ativo, já que o princípio da indivisibilidade não se aplica às ações penais públicas. Ademais, a exclusão do acusado de corrupção ativa ocorreu apenas em razão da inépcia da Curso de Informativos e Questões – prof. Samer Agi denúncia, decisão que não faz coisa julgada material, permitindo que o órgão acusatório apresente outra peça vestibular quanto aos mesmos fatos sem os vícios outrora reconhecidos. Assim, não havendo qualquer decisão de mérito transitada em julgado que tenha afastado cabalmente a prática de corrupção ativa por parte do agente que teria oferecido ou prometido vantagem indevida a funcionário público, impossível o trancamento da ação quanto ao delito previsto no art. 317 do CP.” RHC 52.465-PE, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 23/10/2014, informativo 551. d) Incorreta. Não há crime de corrupção privada. e) Incorreta. O crime é formal, para a consumação basta a solicitação ou recebimento da vantagem indevida. Questão 9 Assinale a alternativa correta, quanto ao crime de corrupção ativa, segundo entendimento do SJT: a) No crime de corrupção ativa, o bem jurídico tutelado tem a ver com a proteção da ordem tributária e com a efetividade da arrecadação estatal. b) O pagamento da diferença do imposto devido, antes do recebimento da denúncia, não extingue a punibilidade pelo crime de corrupção ativa atrelado ao de sonegação fiscal. c) Nos crimes de cunho fiscal o bem jurídico tutelado é o normal funcionamento e o prestígio da administração pública. d) O pagamento da diferença do imposto devido, antes do recebimento da denúncia, extingue a punibilidade pelo crime de corrupção ativa atrelado ao de sonegação fiscal. Gabarito: letra “B” Comentários: a) Incorreta. Vide informativo 631 do STJ – A proteção da ordem tributária e a efetividade da arrecadação estatal tem a ver com os crimes de cunho fiscal. b) Correta. Informativo 631 do STJ c) Incorreta. Vide informativo 631 do STJ: O normal funcionamento e o prestígio da administração pública são bem jurídicos tutelados nos crimes de corrupção ativa e não nos de cunho fiscal. d) Incorreta. Informativo 631 do STJ Questão 10 Analise as alternativas a seguir e assinale a opção correta acerca do entendimento do STJ: I – A habitualidade e o pertencimento a organizações criminosas deverão ser comprovados, afastada a simples presunção. Se não houver prova nesse sentido, o condenado fará jus à redução da pena. Assim, a quantidade e a natureza são circunstâncias que, apesar de configurarem elementos determinantes na modulação da causa de diminuição, por si sós, não são aptas a comprovar o envolvimento com o crime organizado ou a dedicação a atividades criminosas. II – Não configura o crime de lavagem a conduta do agente que esconde as notas de dinheiro recebido como propina nos bolsos do paletó, na cintura e dentro das meias. Curso de Informativos e Questões – prof. Samer Agi III – Deputado Federal que recebe propina para apoiar permanência de diretor de estatal não comete crime de corrupção passiva. a) Apenas a assertiva I está correta. b) Apenas as assertivas II está correta. c) Todas as assertivas estão corretas. d) Apenas as assertivas I e III estão corretas. e) Apenas as assertivas II e I estão corretas. Gabarito: Letra “E” Comentários: I – Correta. Vide informativo 958 do STF II – Correta. Vide informativo 955 do STF III – Incorreta. Vide informativo 955 do STF