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Behaviorismo: Estudo do Comportamento

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BEHAVIORISMO
O termo Behaviorismo vem do inglês – Behavior = comportamento. Ilustra o comportamento, entendido como a relação com o indivíduo e seu ambiente físico, químico ou social.
Designado de comportamentalismo, é o conjunto das teorias psicológicas que postulam o comportamento como o mais adequado objeto de estudo da Psicologia. Tais teorias psicológicas, ou ao menos parte delas, influenciaram a fundação da comportamentologia (behaviorology), ciência independente da psicologia. Os campos de conhecimento conhecidos como análise do comportamento e comportamentologia podem ser considerados como avanços das tradições sob o rótulo “behaviorismo”, atualmente em disputa pelo título de “a ciência do comportamento”. 
Não há uma única forma de classificar os tipos de behaviorismo, mas existem divisões mais ou menos utilizadas.
BEHAVIORISMO METODOLÓGICO – JOHN B. WATSON
John B. Watson definiu a psicologia como ciência do comportamento do organismo. Ele concentrou sua atenção no estudo do comportamento observável e rejeitou as forças internas invisíveis da mente. Rejeitado o método de introspecção como não confiável e não científico e defendeu o método de observação e verificação.
Segundo Watson, o fundador do primeiro laboratório de Psicologia, a única forma da psicologia se construir-se como ciência é cortar com todos os seus passados (concepção e método), construindo-se como um ramo objetivo e experimental. Mostrando-se a necessidade de observação como objetivo de estudar o comportamento humano e animal. 
Até o surgimento desta escola, psicólogos se concentravam apenas no estudo do comportamento humano e não havia espaço para estudo do comportamento animal. O Behaviorista salientou o papel do ambiente e estímulos na formação do comportamento.
Para ele, o comportamento é conjunto de respostas (R) observáveis a estímulos (E) observáveis, provenientes do meio que o organismo se insere. Por estímulos entende-se o conjunto de excitações que agem sobre o organismo. Um estímulo pode ser qualquer elemento ou objeto do meio externo, ou qualquer modificação interna do organismo. 
· Meio externo: raios luminosos, ondas sonoras, partículas que afetam o olfato e o gosto, vibrações mecânicas e entre outros.
· Meio interno: movimentos dos músculos, secreções, das glândulas e entre outros.
A cada situação, corresponde um dado comportamento, isto é, um conjunto de respostas:
· Explícitas: São respostas diretamente observáveis, ou seja, movimentos, vozes, secreções externas e entre outros.
· Implícitas: Não são diretamente observáveis, são constituídas pelas respostas viscerais.
O Behaviorismo de Watson veio a ser conhecido como Behaviorismo Metodológico pela ênfase dada às definições objetivas, aos procedimentos de medida, à demonstração e à experimentação – em outras palavras, ênfase no método.
BEHAVIORISMO RADICAL - B. F. SKINNER
OUTROS TIPOS DE BEHAVIORISMO
· Behaviorismo Clássico: Tem como figura central Watson, pois para ele o estudo da mente humana não era tão efetivo. O objetivo deste processo é abandonar em primeiro plano os processos mentais, sendo ligados a um segundo plano, deste modo, o foco principal é o comportamento em si. 
Era entendido que qualquer alteração era percebida através de um estímulo anterior. Os estímulos muitas vezes eram reflexos musculares, como bater no joelho e a perna em repouso levantar, por exemplo. Por isso, o behaviorismo clássico também é chamado por alguns de ciência da contração muscular.
· Behaviorismo Filosófico: É chamado também de analítico ou lógico, o britânico Gilbert Ryle e o austríaco Ludwig Wittgenstein são os principais filósofos. Este método diz que o pensar e o agir estão intimamente ligados, ou seja, quando atribuímos estados mentais a uma pessoa, estamos também analisando o seu comportamento atual. De certa forma, é uma retomada à investigação do que se passa em nossa mente, algo deixado de lado por behavioristas clássicos e metodológicos.
· Behaviorismo na Educação: É o método de analisar e modificar o comportamento humano.
Segundo Watson, ao alterar a maneira de transmitir o conteúdo ou diferentes formas de estudar, por exemplo, seria possível promover na aprendizagem das crianças. 
Ele defendia que com os estímulos certos, qualquer aluno poderia ter o seu comportamento moldado para, no futuro, exercer a profissão de seu interesse.
Mas foi com Skinner que o behaviorismo se aprofundou mais em questões ligadas à educação. No entanto, ele era dono de diversas críticas ao ambiente acadêmico, exemplo, a forma como o reforço era praticado nas escolas não era o ideal. Acreditava-se que ao invés de punir aquele aluno que eventualmente se portava de maneira inapropriada, o certo seria elogiar e incentivar seus colegas mais comportados. Os reforços negativos são os que merecem mais atenção.
Professores não devem abusar da autoridade para estabelecer castigos excessivos.
A consequência de punições mais severas pode extrapolar a fronteira das salas de aulas e interferir no comportamento do jovem, inclusive gerando traumas.
· Behaviorismo dos famosos: 
Ivan Pavlov: ficou famoso pelo reflexo condicionado, experimento que analisava a reação dos cães perante determinados estímulos. 
Edward Tolman: foi um dos principais expoentes do chamado behaviorismo intencional. Sua principal contribuição para a ciência do comportamento é o que diz que nossas condutas tinham objetivos a priori e não podiam ser limitadas à tentativa de erro ou ocorrências aleatórias, chamado de aprendizado latente.
Clark Hull: membro do behaviorismo clássico. Segundo ele, as pessoas precisam ser provocadas para desenvolver a sede por conhecimento.
Ludwig Wittgenstein: um dos principais nomes do behaviorismo filosófico, ao lado de Gilbert Ryle. Estudou aspectos mentais do comportamento humano, como a dor, a intencionalidade, a compreensão e a vontade foram temas em que Wittgenstein mais se dedicou a entender.
Gilbert Ryle: lançou a obra “The concept of mind”, principal obra do behaviorismo filosófico. Ele afirma que a mente não deve ser analisada com algo separado do corpo. Para ele, os dois elementos estão interligados, sendo impossível observar o comportamento somente pela ótica da resposta a estímulos físicos.
Lloyd Morgan: O pesquisador se deteve mais a estudar o comportamento dos animais. Seu principal foco era separar as condutas herdadas daquelas apreendidas. Assim como Pavlov, Morgan também utilizou cães em seus experimentos para detalhar o seu condicionamento operante.
Albert Bandura: é uma espécie de behaviorista contemporâneo. Sua pesquisa é voltada a Teoria do Aprendizado Social, por exemplo, que analisa o porquê adultos e crianças imitam determinadas condutas, sobretudo as mais violentas. O bullying também é objeto de estudo de Bandura.
BEHAVIROSIMO E O COMPORTAMENTO COGNITIVO
BIBLIOGRAFIA
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