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Extrativismo: Recursos e Impactos

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Extrativismo é a atividade de extrair da natureza os recursos que estão à disposição do homem, sejam estes produtos de origem animal, vegetal ou mineral, tais como metais, rochas, petróleo, gás natural, entre outros. ... O extrativismo é praticado mundialmente através dos tempos por todas as sociedades.
Extrativismo predatório
Extrativismo predatório é a retirada indiscriminada de recursos da natureza, podendo ser recursos minerais, animais ou vegetais.Em geral tiram-se as riquezas do local sem se preocupar se elas se reconstituirão, e em determinado momento esta riqueza deixa de existir. Este extrativismo provoca desequilíbrio no ecossistema e impactos por vezes irreversíveis, como o assoreamento de rios e lagos, deterioração do ambiente, destruição das margens dos rios, contaminação da fauna, destruição da cobertura vegetal etc. No caso do extrativismo mineral, como o garimpo, contamina as águas com aplicação de mercúrio e outros detritos.Os danos gerados nas áreas onde são desenvolvidas a mineração ou garimpagem são irreversíveis.
O extrativismo praticado pelos nativos das Américas
Quando consideramos a imensa área geográfica das Américas e as inúmeras tribos que nelas habitavam, deduzimos que era de alguns milhares a quantidade das plantas utilizadas como alimento, bebida, medicamento, alucinógeno, fibra, corante, vasilhame, fertilizante, combustível, veneno, incenso, lubrificante, joia, instrumento musical, arma, conservante, ferramenta, brinquedo, impermeabilizante e outros. Igualmente, a fauna ricamente diversificada oferecia ampla fartura de alimentos, bem como de matérias primas para vestimentas, armas e utensílios.[1]
Quando se procura dados sobre a Etnobotânica dos povos indígenas das Américas, ou seja, as suas interações com as plantas e o emprego dos vegetais em suas vidas, bem como da Etnozoologia, que compreende o papel dos animais na vida e folclore dos mesmos povos, verifica-se que há relativamente poucas informações sobre os povos da América do Sul e América Central se comparadas com as da América do Norte. A esmagadora diversidade botânica e animal do sul e centro das Américas quando confrontada com a do norte parece contradizer estes dados. Em outras palavras, era de se esperar que os povos do sul e do centro fizessem uso de maior variedade de plantas e animais do que os do norte. É provável que seja este o caso e se há menos informações sobre a Etnobotânica e a Etnozoologia relativa aos povos do sul e centro é porque mais pesquisadores do norte se dedicaram e se dedicam a estes estudos relacionados a tribos norte-americanas.[1]
As dez plantas mais usadas como alimento pelos índios norte-americanos eram: common chockcherry (Prunus virginiana), banana yucca (Yucca baccata), corn (milho) (Zea mays), saskatoon serviceberry (Amelanchier alnifolia), honey mesquite (Prosopis glandulosa), American red raspberry(Rubus idaeus), saguaro (cacto saguaro) (Carnegia gigantea), salmonberry (Rubus spectabilis), timbleberry (Rubus parviflorus) e broadleaf cattail (Typha latifólia).[2] Para os indígenas da Califórnia tinha especial importância o acorn (bolota), fruto do carvalho (Quercus spp.).[3]
Na América do Sul e América Central as plantas mais usadas como alimento pelos índios eram:milho (Zea mays), macaxeira ou mandioca-doce (Manihot utilíssima) mandioca (Manihot esculenta), moriche (Mauritia flexuosa