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Analise do filme Blade Runner

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Professor: Ana Paula Nogueira 
 
Disciplina: História, Teoria e Crítica da 
Arquitetura. 
Acadêmico: José Victor Teixeira Magnus Ano/semestre: 2020/2 
 
Análise do filme Blade Runner: relações entre arquitetura e cinema 
Introdução 
O cinema é um meio artístico que faz uso de várias linguagens para a transmissão de uma ideia. Uma 
dessas linguagens é a arquitetura que ajuda a ambientar o filme, além de poder reforçar a ideia 
transmitida pelo filme. Tal como os filmes, a arquitetura tem o poder de, através da imagem, 
impressionar e chocar as pessoas. 
O filme “Blade Runner” foi escolhido devido ao grande sucesso que o filme teve ao criar uma sociedade 
distópica, sucesso esse que foi alcançado graças ao ótimo manuseio da arquitetura como ferramenta 
para a ambientação do filme. 
 
Desenvolvimento 
 O filme fala sobre uma sociedade futurista que desenvolveu uma raça de androides (chamados de 
replicantes) que eram mais fortes e ágeis que humanos e que tinha uma inteligência, pelo menos, 
similar à deles. Esses androides passaram a ser usados como escravos em colônias em outros planetas, 
até que houve um motim sangrento, o que fez com que os replicantes fossem considerados ilegais no 
planeta Terra. Para que tal lei fosse comprida, foi criado um esquadrão policial especializado na caça de 
replicantes chamados de “Blade Runner”. O filme começa no ano de 2019 com Harrison Ford, um ex-
Blade Runner, que foi encarregado de eliminar quatro replicantes que se infiltraram na Terra. 
No filme há uma arquitetura escura, suja e feia, oque serviu para enfatizar o ambiente de miséria que 
não apenas os replicantes viviam como também a população no geral. Inclusive, o cenário do filme 
indica problemas sociais que não transparecem de nenhum outro modo no filme (como desigualdade 
social, corrupção ou poluição). 
A arquitetura, dentro do filme, serve como uma metáfora para a sociedade representada que, assim 
com as construções que existem no filme, está desgastada e em completo caos. São mostrados vários 
prédios em ruinas onde várias pessoas vivem em péssimas condições e outras grandes e luxuosas onde 
vivem poucos empresários ricos (que trabalham no desenvolvimento dos replicantes), ajudando a 
enfatizar a desigualdade social que existia. 
As cidades criadas no filme são consequência de uma explosão demográfica e de uma industrialização 
exagerada e não planejada, de modo que elas são compostas por vários prédios entrelaçados e por 
estradas e ruas muito estreitas. Em suma, a cidade foi consequência da uma tentativa não planejada de 
alocar um número imenso de pessoas em uma pequena região. 
O filme foi ambientado no futuro (considerando sua data de criação, 1982), de modo que não exista 
exatamente uma contextualização histórica, mas sim uma visão de um possível futuro. Deste modo, o 
cenário foi muito bem encaixado, por mostrar prédios imensos construídos um em cima do outro e ao 
mostrar tecnologias futuristas, tal como o carro voador. 
O filme é bastante escuro e faz uso de cores pouco vibrantes e muito tristes, tudo para enfatizar o 
ambiente miserável em que a narrativa se passa. 
O cenário do filme é caótico, miserável e causa um grande sentimento de desconforto observa-lo. 
Certamente, não se trata de um lugar em qualquer pessoa gostaria de estar. 
 
Considerações 
 Através desta atividade foi possível melhor compreende de que modo é possível fazer uso da 
arquitetura para despertar vários sentimentos e que, inclusive, é possível causar, propositalmente, maus 
sentimentos ao usa-la. O filme “Blade Runner” foi particularmente útil nesta aprendizagem, já que o 
filme faz uso de uma ótima ambientação para representar o universo criado. Devido à riqueza de 
aprendizagem, é uma atividade recomendada.

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