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Fonte contínua de glicose sanguínea• Dieta: ingestão de glicose e seus precursores○ Degradação do glicogênio - ausência de uma fonte dietética de glicose - ela é rapidamente liberada pelo glicogênio hepático ○ Gliconeogênese - síntese de glicose, mas é lenta na resposta a uma queda de glicemia ○ Glicose sanguínea:• Reserva de combustível para a contração muscular (ATP)▪ Não é afetado por períodos curtos de jejum e é moderadamente diminuído no jejum prolongado ▪ Músculo esquelético (400g) - 1 a 2% do peso do músculo em repouso○ Mantém a glicemia no início do jejum▪ Concentração aumenta no estado pós-prandial e é exaurido no jejum▪ Fígado (100g) - 6 a 8% do peso do órgão ○ Depósitos de glicogênio - devem estar cheios para que os outros tecidos armazenem glicose > tecido adiposo armazena os restos como triacilglicerol • Metabolismo de glicogênio Assim que o glicogênio se torna inviável - uso de ácidos graxos ▪ Nem o fígado, ou o tecido adiposo ou músculo esquelético captam glicose da corrente sanguínea - transportadores de glicose possuem um Km maior ▪ Quando se pratica atividade física, gasta-se boa parte do glicogênio armazenado nos primeiros 30 minutos ○ Degradação do glicogênio armazenado no fígado (a fim de manter a glicemia) e músculo esquelético (produzir ATP para a contração muscular) • Diminuição da insulina > aumento do glucagon > diminuição da glicólise > estimulação da gliconeogênese e glicogenólise ○ Produz glicose 1-fosfato (G1P) a partir das ligações a1,4 (ligações lineares) e glicose livre a partir de ligações a1,6 (ligações ramificadas) - proporção 8:1 • A quebra ocorre a partir da unidade redutora (com hidroxila livre)▪ Ocorre no citosol por um conjunto de enzimas (glicogêniofosforilase - inibida em alta concentração de glicose) - glicogeniosintetase inibida em baixa concentração de glicose > os fosfatos são quebrados e as moléculas de amido também até chegar na porção ramificada > enzima desramificadora (glicose a1,6-glicosidase) > quebra a ligação a1,4 e a transfere para a porção não redutora restando apenas a glicose da ligação a1,6 > libera uma glicose livre > resta apenas a destrina limite (enzimas não quebram mais a glicose restante) ○ Pequena quantidade é degradada pela enzima lisossômica a1,4-glicosidade ou ácido maltase • Resumo: A primeira enzima a agir é a glicogênio fosforilase, adicionando a molécula de fosfato às moléculas ligadas que formam o glicogênio. Em seguida, teremos ação da Fosfoglicomutase, colocando o fosfato do carbono 1 para o carbono 6 da glicose gerando a glicose-6-fosfato, o qual sofrerá ação da glicose-6-fosfatase, presente em diversos tecidos, menos no músculo, liberando então a glicose livre que entrará na glicólise, para gerar ATP. No músculo, por sua vez, a glicose-6-fosfatase não existe, então, a glicose-6-fosfato entra na glicólise e ciclo de Krebs já fosforilada • Glicogenólise Processo bioquímico que transforma a glicose em glicogênio• Ocorre virtualmente em todos os tecidos animais, mas é proeminente no fígado e músculos • O músculo armazena apenas para o consumo próprio e só utiliza durante o exercício, quando há necessidade de energia rápida • O glicogênio é uma fonte imediata de glicose para os músculos quando há a diminuição da glicose sanguínea (hipoglicemia) • Fígado - glicogênese é acelerada durante períodos pós alimentares e glicogenólise no jejum ○ Músculo esquelético - degradação ocorre durante o exercício e a síntese quando o músculo está em repouso ○ O glicogênio fica disponível no fígado e músculos, sendo consumido totalmente cerca de 24 horas após a última refeição • As moléculas de glicogênio crescem por transferência de resíduos de glicose. A transferência é catalisada pela glicogênio-sintase. O doador da glicose é o UDP- glicose que se forma a partir da glicose 1-fosfato. A glicose-1-fosfato é obtida pela transformação da glicose-6-fosfato. A Glicogênio-sintase necessita de um “primer”, que contém menos quatro moléculas de glicose. A proteína Glicogenina (autoglicosilante) é a responsável pela formação desta pequena cadeia. A ela se liga o primeiro resíduo de glicose. A Glicogênio sintase se liga à cadeia de glicogenina estendendo a cadeia. A glicoquinase é a primeira enzima atuante do ciclo • Resíduos de glicose > glicoquinase gasta ATP e forma > Glicose-6-fosfato > fosfoglicomutase > glicose-1-fosfato > UDP-glicose-pirofosforilase transforma UTP em PPi > UDP-glicose > glicogenina glicosiltransferase > glicose livre > glicogênio sintase > glicose longa > a-1,6 transglicosilase (enzima ramificadora) quebra a molécula e transfere toda uma estrutura em ligações a1,6> glicogênio sintase > glicogênio > quando o glicogênio estiver grande o bastante, a enzima Glicogênio - sintase é deslocada • Glicose + ATP > Glicose-6-fosfato +ADP + H+ Resumo: a síntese consiste na repetida adição de glicose às extremidades de um núcleo de glicogênio. A glicose a ser incorporada deve estar sob uma forma ativada, ligada a um nucleotídeo de uracila, constituindo a uridina difosfato glicose (UDP - G). O UDP-G é produzido, a partir de glicose, pela seguinte série de reações: • Glicogênese Stella Fernandes - MEDUFMS/Turma LIII Metabolismo de Carboidratos 3 Página 1 de CARBOIDRATOS que contém menos quatro moléculas de glicose. A proteína Glicogenina (autoglicosilante) é a responsável pela formação desta pequena cadeia. A ela se liga o primeiro resíduo de glicose. A Glicogênio sintase se liga à cadeia de glicogenina estendendo a cadeia. A glicoquinase é a primeira enzima atuante do ciclo Resíduos de glicose > glicoquinase gasta ATP e forma > Glicose-6-fosfato > fosfoglicomutase > glicose-1-fosfato > UDP-glicose-pirofosforilase transforma UTP em PPi > UDP-glicose > glicogenina glicosiltransferase > glicose livre > glicogênio sintase > glicose longa > a-1,6 transglicosilase (enzima ramificadora) quebra a molécula e transfere toda uma estrutura em ligações a1,6> glicogênio sintase > glicogênio > quando o glicogênio estiver grande o bastante, a enzima Glicogênio - sintase é deslocada • Glicose + ATP > Glicose-6-fosfato +ADP + H+○ Glicose-6-fosfato > Glicose-1-fosfato○ Glicose-1-fosfato + UTP > UDP-G + PP○ Resumo: a síntese consiste na repetida adição de glicose às extremidades de um núcleo de glicogênio. A glicose a ser incorporada deve estar sob uma forma ativada, ligada a um nucleotídeo de uracila, constituindo a uridina difosfato glicose (UDP - G). O UDP-G é produzido, a partir de glicose, pela seguinte série de reações: • A formação de glicogênio permite o acúmulo de glicose nas células sem aumentar a pressão osmótica dentro destas • Glicose é inibidor da fosforilase□ Síntese - glicose elevada□ Degradação - glicose baixa□ Glicogênio sintase e glicogênio fosforilase respondem aos níveis metabólicos e necessidade de energia da célula ▪ Regulação Alostérica no fígado○ Liberação de Ca++ que se liga a calmodulina (subunidade gama da fosforilase quinase) - ativando-a > ativa a fosforilase-b-cinase □ Altos níveis de AMP ativa a fosforilase-b-cinase sem fosforilação□ Contração muscular▪ Maioria das condições fisiológicas a fosforilase-b-cinase é inativa e a fosforilase-a-fosfatase (catalisador na degradação do glicogênio intracelular em glicose-1-fosfato) é ativa, independente de [AMP, ATP ou G6P] ▪ A fosforilase músculo esquelético é um dímero que existe em 2 formas inter-conversíveis: uma geralmente ativa (a) e uma geralmente inativa (b). Cada uma delas existe em equlíbrio entre um estado mais ativo - relaxado (R) - e um menos ativos, o estado tenso (T). Porém, o equilíbrio para a fosforilase (a) favorece o estado R e para (b) favorece o estado T ▪ Não possui receptor de glucagon▪ Regulação Alostérica no músculo esquelético○ Glucagon e epinefrina no fígado e epinefrina no músculo aumentam os níveis de AMPc (segundo mensageiro de glucagon einsulina - estimula a degradação de glicogênio), e a insulina diminui - epinefrina é liberada em situações de defesa, o que aumenta a glicogenólise mesmo quando a glicose na corrente sanguínea é alta ▪ Glicogênio sintase - fosforilada pela proteína quinase C (inativa) no aumento de [AMPc, Ca++ e DAG] ▪ Regulação hormonal○ Dois níveis: alostérico e hormonal• Não tem mitocôndria○ Capta a glicose mesmo em quantidades muito pequenas ○ Não metabolizam proteínas ou lipídios▪ Glicólise > ácido láctico liberado no sangue▪ Via das pentoses - NADPH > GSH (glutationa - desativação de radicais livres) - manutenção da não formação de radicais livres - radicais livres podem levar à hemólise por alteração de membrana ▪ Aumenta a afinidade da hemácia ao oxigênio Formado a partir do 1,3 bifosfoglicerato (glicólise)□ Regulador alostérico negativo da hemoglobina - reduz a afinidade pelo O2□ 2,3 bifosfoglicerato (2,3BPG)▪ Transportador de glicose - GLUT1 - insulino-independente○ Eritrócitos• Precisa de insulina para produzir a glicoquinase > para fosforilar a glicose ▪ Via das pentoses - NADPH e ribose 5-fosfato▪ Glicogênese e glicogenólise - maior armazém de glicogênio▪ Via do ácido glicurônico - desintoxicação de drogas e bilirrubina▪ Glicólise > piruvato > acetil CoA (ciclo de krebs e síntese de ácidos graxos)▪ Gliconeogênese▪ GLUT2 - insulino-independente○ Fígado• O tecido que mais consome glicose□ Glicólise > piruvato > CO2 + H20 + ATP > adulto utiliza 120g de glicose/dia▪ Em baixa tensão de oxigênio pode produzir ácido lático □ Via das pentoses -NADPH > GSH > detruição de peróxidos orgânicos e H2O2▪ GLUT3 - insulino-independente○ Glicólise é a única fonte de ATP (40g/dia) da córnea, cristalino, retina, medula renal, testículos, leucócitos e músculo branco ○ Cérebro • Células musculares esqueléticas e cardíacas ▪ Não conseguem captar sem insulina, mesmo com taxas elevadas de glicose▪ GLUT4 - insulino-dependente○ Músculo• Glicose e os tecidos Cadeia heteropolissacarídica longa - N-acetil glicosamina ou galactosamina + ácido urônico • Adição alternada de UDP-açúcares ácidos (via do glicuronato) e UDP-açúcares aminados - catalisada por transferases ▪ Açúcar fosforilado▪ Sulfatação de uma OH do aminoaçúcar - doado pelo 3'- fosfoadenosil e 5'-fosfossulfato (PAPS) ▪ Polissacarídeo - UDP-açúcar (glicose, fucose, galactose e manose) e CMP-NANA Glicosídios O-ligados - proteína é glicosilada pelas glicosil transferades Glicosídios N-ligados - oligossacarídeo ligado ao dolicol (álcool derivado de carboidrato) é transferido para a proteína Produzido no RE e armazenado no Complexo de Golgi□ RE e complexo de golgi - exportados▪ Cadeia polissacarídica ○ Degradação lisossomal - hidrolases ácidas (pH 5)○ GAGS + proteínas > grande cadeia ▪ Açúcares ácidos ▪ Hialuronato não está ligado à proteína▪ Proteína se liga à cadeia polissacarídica após a tradução - glicosilação pós-traducional ▪ Proteoglicanos○ Síntese• Alteração no metabolismo de glicosaminoglicano - glicosidades• Proteínas + heteropolissacarídeos de cadeias curtas, ramificadas, sem • GAGS > Glicosaminoglicanos Página 2 de CARBOIDRATOS testículos, leucócitos e músculo branco Células musculares esqueléticas e cardíacas ▪ Não conseguem captar sem insulina, mesmo com taxas elevadas de glicose▪ Nem todo piruvato pode ser direcionado ao ciclo de Krebs, produzindo ácido láctico > diminuição do pH □ Glicólise > piruvato > CO2 +H20▪ Glicogênese e glicogenólise - sintetiza, armazena e degrada glicogênio▪ GLUT4 - insulino-dependente○ Músculo• Glicólise > acetil Co-A > ácidos graxos ▪ Não consegue captar sem insulina, mesmo com taxas elevadas de glicose▪ Preferência por frutose □ Via das pentoses - NADPH para a lipogênese > PROCESSO DE REDUÇÃO▪ Glicogênese e glicogenólise - limitadas▪ GLUT4 - insulino-dependente○ Adipócitos• Hialuronato não está ligado à proteína▪ Proteína se liga à cadeia polissacarídica após a tradução - glicosilação pós-traducional ▪ Alteração no metabolismo de glicosaminoglicano - glicosidades• Proteínas + heteropolissacarídeos de cadeias curtas, ramificadas, sem unidades dissacarídicas repetidas • Polissacarídeo ligado à proteína por ligações N-glicosídicas (Asn) ou O- glicosídicas (Ser ou Thr) • Tipo Nome Enzima deficiente Consequências I Von Gierke Glicose-6-fosfatase Acúmulo de glicogênio hepático e aumento no fígado; inabilidade de corrigir a glicemia em jejum II Pompe a1,4-Glicosidase Acúmulo generalizado de glicogênio; insuficiência cardiorrespiratória e morte precoce III Cori Enzima desramificadora Glicogênio com ramificações curtas, consequência da ação do glicogênio fosforilase IV Andersen Enzima ramificadora Glicogênio com cadeias muito longas não ramificadas; morte precoce V McArdle Glicogênio fosforilase muscular Incapacidade de realizar exercícios intensos VI Hers Glicogênio fosforilase hepática Acúmulo de glicogênio hepático e leve aumento no fígado; e diminuição da capacidade de corrigir a glicemia em jejum VII ---------- Fosfofrutoquinase muscular Incapacidade de realizar exercícios intensos VIII Turui Fosforilase quinase hepática Acúmulo de glicogênio hepático e leve aumento no fígado; e diminuição da capacidade de corrigir a glicemia em jejum IX -------------- Glicogênio sintase hepática Diminuição do glicogênio hepático Página 3 de CARBOIDRATOS