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Aula 09 - Documentos de Identiddade e Fotografia

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08/04/2020 Disciplina Portal
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Perícia Forense -
Documentoscopia
Aula 09 - Documentos de Identiddade e
Fotogra�a
INTRODUÇÃO
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Nesta aula, falaremos a respeito dos Documentos de Identi�cação, suas principais características e os elementos que
os constituem. Abordaremos também a questão das falsi�cações referentes aos documentos de identi�cação, bem
como, faremos alguns apontamentos a respeito dos passaportes.
Ainda será assunto de nossa aula um tema muito relevante à Documentoscopia: documentos reproduzidos
fotogra�camente.
Falaremos das medidas a serem adotadas em exames periciais naqueles documentos que consistem em reproduções
de originais, bem como dos cuidados a serem tomados nesses exames, especialmente quando há a utilização, em tais
documentos, de truques fotográ�cos, como as montagens, por exemplo.
Boa aula!
OBJETIVOS
De�nir Identidade e Reconhecimento.
Identi�car os elementos do Documento de Identidade.
Identi�car os diferentes tipos de falsi�cações de Documentos de Identidade.
Distinguir os tipos fraudes mais utilizadas nas Fotogra�as.
Relacionar medidas especí�cas destinadas ao exame em fotogra�a.
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IDENTIDADE
É o conjunto de caracteres que individualizam uma pessoa ou coisa, tornando-a inconfundível. Esse conjunto de
caracteres pode ser de diversas naturezas:
Identi�cação Familiar Filiação
Identi�cação Geográ�ca Local de nascimento
Identi�cação Política Cidadania
Identi�cação Pro�ssionalPro�ssão
Identi�cação Grá�ca Assinatura
A união entre tal conjunto e o nome recebido pela pessoa é chamada de identidade pessoal.
Documentos de Identidade
A prova da identidade é feita, em regra, com a apresentação de documentos, que podem ser em:
Cartões
Exemplo: o Título de eleitor brasileiro e o próprio RG.
Folhas
Exemplo: os Certi�cados de reservistas de 3ª categoria.
Carteiras
Documentos constituídos por duas capas encadernadas, em cujas faces internas
encontram-se coladas uma folha de papel na qual estão gravadas os dados da identidade.
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Cadernetas
É uma carteira com várias folhas, tais como a Carteira de Trabalho.
Tais documentos deverão conter em si dados que permitam o reconhecimento da pessoa.
No Brasil, a existência de diferentes modelos de Documentos de Identidade, devido aos diferentes órgãos expedidores,
sejam eles federais, estaduais, municipais e até mesmo, as identidades funcionais, que também são usados como
documentos de identi�cação, é um obstáculo a mais a ser superado na determinação da autenticidade (glossário) dos
Documentos de Identidade, cabendo ao perito conhecer de antemão suas características.
Isto sem falar nos documentos de identi�cação expedidos por órgãos particulares, tais como as associações
recreativas.
Elementos do Documento de Identidade
Os documentos, para comprovar a identidade, deverão conter:
• Nome do órgão expedidor (pessoa ou órgão);
• Nome do portador (identi�cando);
• Assinatura do portador.
Atenção
, Os dados acima são os essenciais. A presença da assinatura no Documento de Identidade, por exemplo, permite exigir ao
portador que ele lance sua assinatura para que ela seja comparada à assinatura presente no documento.
O confronto entre assinatura não é algo simples nem prático. Assim, visando facilitar a determinação da identidade,
bem como do reconhecimento (glossário), os documentos trazem elementos acessórios.
Exemplo
, Podemos citar como um exemplo de elemento de�nidor na determinação da identidade a impressão digital. Assim como a
assinatura, o uso da impressão digital na realização do reconhecimento (que deverá ser feito de forma instantânea) não é algo
prático. Daí a importância de outro elemento acessório que permite esta rapidez exigida ao se proceder ao reconhecimento: a
fotogra�a do portador.
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Como a assinatura e a �sionomia são elementos que sofrem variações com o tempo, os Documentos de Identidade
trazem, em razão disso, dois outros elementos: 
• a data de expedição do documento e
• a data de nascimento do portador.
Para se evitar confusões em razão da ocorrência de homônimos, os documentos de identidade também trazem a
�liação do portador.
Em suma, os elementos ou dados que deverão estar contidos nos documentos de identidade são:
FALSIDADE NOS DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO
Sobre a determinação da autenticidade, os documentos de identidade podem ser classi�cados em:
Documentos de Identidade totalmente falsos
São aqueles que não foram expedidos por órgão público competente. Tais documentos não
identi�cam o portador com seu verdadeiro nome, bem como os demais dados essenciais
sendo eles falsos.
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Tais documentos são divididos em dois grupos:
• Aqueles que imitam modelos o�ciais; e
• Aqueles que contêm fonte expedidora �ctícia.
Documentos que imitam modelos o�ciais
Neste primeiro caso, são confeccionadas carteiras, cartões, cadernetas ou folhas com
dizeres e elementos similares aos do modelo o�ciais. Há situações em que até são
montadas o�cinas grá�cas para este �m. 
A comparação com um documento o�cial da mesma série permitirá identi�car a fraude.
Alguns órgãos públicos, visando di�cultar as fraudes, inserem modi�cações nos documento
de identi�cação ao imprimir uma nova série.
Para a constatação da fraude, devem ser observados:
• a família tipográ�ca, 
• o tamanho da fonte tipográ�ca,
• o distanciamento entre as letras,
• os dizeres presentes no documento o�cial e no fraudado etc.
Documentos que contém fonte expedidora �ctícia
Neste segundo caso, para a determinação da falsidade do documento, basta uma
declaração do órgão o�cial de que tal documento não é de sua expedição. 
Como os documentos fraudados, geralmente, trazem data de expedição �ctícia, também
basta, para determinar a falsidade de tal documento, uma declaração do órgão o�cial de
qual modelo de documento estava em uso na data constante no documento fraudulento. 
Há também situações em que o falso documento de identidade é totalmente “inventado”.
Simplesmente o órgão emissor, a pessoa do expedidor, bem como sua assinatura, são entes
�ctícios, apenas apresentando o aspecto dos documentos de identidade mais comumente
usados. 
É interessante o fato de que tais documentos são usados e aceitos sem discussão. Isto é
facilitado pelo grande número de órgãos expedidores de documentos de identi�cação,
fazendo com que haja diferentes e numerosos modelos o�ciais.
Documentos de Identidade parcialmente falsos
São aqueles que, embora a identi�cação do portador esteja correta, os demais dados
relativos a ele são falsos. Estão inclusos nesta categoria:
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• os documentos que utilizam papel legítimo, apresentam dados corretos, exceto a
identi�cação do portador, ou seja, apenas o nome do portador é falso.
• os documentos legítimos que sofreram alteração em um ou mais dados de identi�cação.
Subdividem-se em:
• Documentos de identidade falsos com dados de identi�cação verdadeiros
A falsidade é formal, ou seja, os dados contidos são verdadeiros, mas não foramimpressos
em grá�cas o�ciais. O material de suporte não é autêntico. Do ponto de vista pericial, tais
documentos se igualam aos Documentos totalmente falsos.
• Documentos de identidade autênticos com dados de identi�cação falsos
Tal situação ocorre quando há desvio de material, permitindo ao fraudador ter acesso a
carteiras em branco, seja com a participação de funcionários públicos, seja por furtos ou
roubos.
Para a identi�cação da fraude, será necessário analisar a assinatura do responsável pela
expedição do documento.
Há situações nas quais o falsário, de posse de documentos legítimos, substitui a fotogra�a
presente pela sua própria, bem como apaga os dados nela impressos, reescrevendo-os
conforme sua conveniência.
Também há casos onde o fraudador aproveita a capa de carteiras autênticas, substituindo a
apenas a folha interna. Di�cilmente ocorre a falsidade total dos dados. Na maioria das
vezes, apenas parte do conteúdo será falso.
• Documentos alterados
Ocorre quando alguns dos dados presentes no documento sofrem alteração física. Tais
alterações podem recair sobre quaisquer dos dados de identi�cação, como, por exemplo:
• nome do portador;
• nome dos pais;
• data de nascimento;
• nacionalidade;
• data de expedição;
• fotogra�a;
• número do registro geral;
• fórmula datiloscópica;
• assinatura.
Tais alterações fraudulentas são levadas a efeito por meio de:
• raspagens;
• lavagens químicas;
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• sobrecargas ou recortes; 
• remoção e
• substituição de fotogra�as etc.
Normalmente, nos documentos originais, para evitar fraudes, a fotogra�a é autenticada
aplicando-se o nome do órgão expedidor em baixo relevo, cuja metade do carimbo estará
sobre a fotogra�a e a outra metade sobre o papel-suporte. 
Tal autenticação é ine�ciente, pois o fraudador pode simular o relevo.
Documentos de Identidade ideologicamente falsos
São aqueles confeccionados com papel legítimo, que não sofreram alteração física, mas
que contém dados falsos, parcial ou totalmente. Assim, do ponto de físico, o documento é
totalmente autêntico, o que acarreta a impossibilidade de comprovar a fraude apenas com o
exame do documento em si.
A falsidade ideológica ocorrerá na apresentação de dados ou documentos falsos no ato de
se identi�car. Normalmente, ocorre quando o fraudador tem em sua posse documentos
legítimos em nome de terceiros.
 Obviamente, esta classi�cação visa facilitar os estudos, uma vez que, na prática, nem sempre é possível a�rmar se um
documento foi totalmente ou parcialmente forjado.
PASSAPORTES
Com relação à possibilidade de fraude, o passaporte enfrenta os mesmos problemas dos documentos de identidade.
Apresentam formato de cadernetas, constituídas de várias folhas internas, destinadas à inserção de dados referentes à
identi�cação, à aposição de vistos consulares, carimbos e selos.
No exame pericial, deve ser observada a inserção ou a retirada de folhas ou de qualquer outro elemento que compõe o
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documento. Geralmente, as alterações sofridas pelos passaportes são relacionadas ao seu prazo de validade, visando
sua extensão ou supressão de restrições impostas à permanência.
Tais operações se fazem por:
• raspagens; 
• lavagens químicas; 
• acréscimos; 
• recortes e 
• destaques das folhas internas. 
Geralmente, os falsi�cados não apresentam a perfeição dos passaportes o�ciais, bastando a comparação entre ambos
para veri�car a fraude. O falsário conta com o desconhecimento dos elementos presentes no passaporte o�cial a �m
de obter sucesso em seu intento. 
Cabe mencionar aqui os passaportes falsos confeccionados pelo próprio governo para �ns de espionagens. Estes
demandam mais atenção, haja vista seu maior grau de �delidade ao original.
RECONHECIMENTO E IDENTIFICAÇÃO
Geralmente, o reconhecimento do portador, quando apresenta seu documento de identi�cação, se faz pela fotogra�a
presente no referido documento. Há óbices neste método, uma vez que a �sionomia do ser humano sofre variações
com o tempo, bem como a possibilidade de haver falhas na produção das fotogra�as pelos órgãos o�ciais.
A �m de reduzir a possibilidade de fraude, quando da apresentação do documento de identidade pelo portador, além de
veri�car a fotogra�a, se esta é original ou foi inserida no documento fraudulentamente, o perito deve solicitar ao
portador que confeccione sua assinatura, para �ns de comparação com a assinatura presente no documento, bem
como, se necessário, colher a impressão digital, visando à mesma análise comparativa.
Antes desta análise comparativa, entre as impressões digitais, o perito observará se a impressão presente no
documento é original, ou se foi alvo de fraude, por meio de recorte e colagem no mesmo local. Tal observação
demandará o uso de lupas apropriadas, por conta da existência deste tipo de fraude confeccionada com altíssima
habilidade.
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Fotogra�a
O termo fotogra�a é referente tanto à técnica de produção, quanto ao resultado do trabalho.
NEGATIVO FOTOGRÁFICO
Consiste em uma fotogra�a com valores invertidos em relação ao objeto fotografado e que será utilizado como a
matriz fotográ�ca original, a partir da qual são geradas as cópias. Pode ser produzido de duas formas:
O surgimento da fotogra�a fez dela uma importante aliada dos técnicos na elaboração de seus laudos periciais, uma vez que a
fotogra�a foi (e continua sendo) um grande facilitador da tarefa descritiva inerente aos Laudos Periciais, permitindo maior
objetividade.
Em razão disto, a fotogra�a se acha integrada à prova pericial, tornando-se elemento de fundamental importância nos Laudos
Periciais, dando origem à chamada Fotogra�a Judiciária.
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Por contato
Processo por meio do qual a reprodução de uma imagem ocorre devido ao contato entre o
negativo e o documento a ser fotografado.
A imagem a ser reproduzida é “impressa” devido à passagem da luz através do negativo.
Este processo não permite a confecção de cópias ampliadas em relação ao negativo. Este
processo dispensa o uso de máquinas fotográ�cas.
Por re�exão
Neste processo, o documento a ser fotografado é posicionado em frente à lente objetiva da
máquina fotográ�ca.
A imagem é reproduzida em razão da incidência da luz, re�etida pelo documento no
negativo (um rolo de �lme fotográ�co feito de material plástico �exível que se encontra
devidamente posicionado atrás da objetiva da máquina).
O negativo produzido por re�exão permite a obtenção de cópias ampliadas com o uso de
um aparelho chamado “ampliador fotográ�co”.
Para determinar tal ampliação, deverá ser posicionada uma pequena �ta métrica,
lateralmente ao negativo, a �m de possibilitar a determinação do grau de ampliação, bem
como o tamanho original do documento fotografado.
Logo, a presença de ampliação na cópia, é um elemento que permite distinguir o processo
de produção (contato ou re�exão) nas fotogra�as analógicas.
FOTOGRAFIA DIGITAL
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O desenvolvimento tecnológico possibilitou o uso das imagens produzidas por máquinas fotográ�cas digitais e por
scanner, as chamadas imagens digitais.
 As máquinas digitais possuem um sensor eletrônico denominado painel CCD que substituiu o negativo presente nas
máquinas analógicas.
A resolução das imagens digitais produzidas atualmente permite reproduções de excelente qualidade,aproximando-se
cada vez mais dos aparelhos analógicos. Elas possuem características que as tornam passíveis de manipulação as
mais diversas, tais como: 
• ampliação;
• redução; 
• recorte e
• várias outras modi�cações, feitas através de softwares de edição de imagem.
Suas vantagens são:
• imediata disponibilidade ao perito, uma vez que as imagens digitais são produzidas instantaneamente; 
• o menor custo de sua produção, mais baixo em relação aos métodos tradicionais (ópticos).
Reprodução Videográ�ca
É uma evolução natural da fotogra�a e consiste em uma série de fotogra�as sequenciais
colocadas em movimento em altíssima velocidade, permitindo a criação de ilusão de ótica
de imagens em movimento.
Apesar de suas limitações, as reproduções videográ�cas gozam de prestígio junto aos
operadores do Direito.
Xerogra�a ou Reprogra�a
Outra forma de reprodução de documentos que atualmente é largamente utilizado é o
processo conhecido como “Xerox”, xerogra�a ou xerocópia. 
Neste caso, a reprodução da imagem é feita de maneira direta, sem o uso de negativo e
revelação por meios líquidos (como ocorre nas revelações de fotogra�as oriundas de
máquinas analógicas).
As cópias xerográ�cas não apresentam boa qualidade, mas a rapidez de execução e o baixo
custo contribuíram para o seu sucesso.
Autenticação Fotográ�ca
Quando se fotografa um documento visando exclusivamente a reproduzi-lo. Tal fotogra�a
difere daquela que busca ressaltar particularidades do documento.
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EXAME PERICIAL EM DOCUMENTOS FOTOGRAFADOS
A Documentoscopia é a disciplina encarregada de examinar os documentos a �m de veri�car sua autenticidade
ou determinar sua autoria (glossário).
Uma vez que a fotogra�a é também um documento, será, por consequência, sujeita à análise pericial e alvo das
indagações inerentes à Documentoscopia.
Assim, seus diferentes processos de produção, limitações e possibilidades de fraudes, devem ser de conhecimento do
perito, a �m de que este tenha condições de determinar se uma fotogra�a é ou não autêntica.
Na perícia de fotogra�as, as perguntas mais frequentes são:
A fotogra�a sofreu alteração ou é produto de “truque”?
Por meio da fotogra�a, é possível a�rmar se o documento é autêntico ou falso, no todo ou em parte?
É possível identi�car o autor de escritas reproduzidas fotogra�camente?
Seria possível dizer, pela análise de uma fotogra�a, se o documento original foi forjado?
Embora elementos de�nidores, presentes nos originais, possam estar ausentes nas fotogra�as, é possível chegar a
conclusões categóricas analisando questões como, por exemplo, a presença de anacronismo (glossário) na data
apresentada no documento, que permitirá analisar a idade do documento.
A constatação de que determinada assinatura presente em um documento é autêntica, não implicará que o referido
documento também o seja, haja vista a possibilidade de tal assinatura ter sido transplantada para o documento falso.
Nos exames de cópias fotográ�cas, sempre que possível, essas deverão ser conferidas com o documento
original.
As questões listadas abaixo são possíveis de serem analisadas em documentos fotografados, dependendo de cada
caso em especí�co:
Falsi�cação de assinatura;
Autenticidade de assinatura;
Transplante de assinatura;
Utilização de papel anacrônico;
Autoria do texto datilografado;
Falsidade do contexto;
Lavagem química do documento;
Indícios de rasuras e enxertos;
Presença de montagens no documento.
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Havendo rasuras no documento, veri�que os indícios dos traços anteriormente grafados. Nos enxertos e nas
montagens, embora difíceis de serem detectados, veri�que:
A diferença de matizes e de gra�a,
Os desalinhamentos,
As diferenças no calibre (glossário) das letras,
O deslocamento da assinatura ou do texto em relação ao original etc
Cabe ressaltar que os indícios de enxertos e montagens tendem a desaparecer nas cópias subsequentes, produzidas a
partir de cópia anterior do documento que contém a montagem ou o enxerto.
EXAME PERICIAL EM FOTOGRAFIA DE TEXTOS DATILOGRAFADOS
O prejuízo decorrente da reprodução fotográ�ca de textos datilografados, geralmente, se resume às nuances das cores
das �tas utilizadas na impressão.
Se houver o emprego de outro tipo de fraude, como lavagem química, será necessária a presença do texto original.
Truque Fotográ�co
Trata-se do desvirtuamento proposital do aspecto normal de uma fotogra�a. Inclui qualquer
artifício capaz de promover modi�cações ao se reproduzir o documento.
O truque pode ter objetivos artísticos, técnicos ou fraudulentos, sendo este último o objeto
de nosso interesse.
O truque fotográ�co também pode ser utilizado para ressaltar uma verdade, como por
exemplo, o uso de �ltros, raios infravermelhos, transparências etc., a �m de explicitar
determinada circunstância no Laudo Pericial. 
São técnicas adequadas, utilizadas licitamente, mas que, às vezes, os peritos são acusados
por aqueles interessados em ocultar determinada fraude de terem lançado mão de truques
em seus Laudos. 
A �m de evitar tais percalços, deve o perito, no Laudo, mencionar ou até mesmo descrever a
técnica empregada, bem como o seu objetivo.
Exame de Truques fotográ�cos
O maior desa�o com relação às cópias de documentos é referente à montagem ou ao
transplante de imagens. 
Geralmente, o falsi�cador prefere apresentar a cópia fotográ�ca do documento original
falso. Tal expediente visa ocultar os vestígios da fraude presentes no original, pois nem
sempre é possível encontrar, na cópia, marcas su�cientes que permitam concluir, com
segurança, se houve fraude ou não. 
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Quando se realiza um exame de veri�cação de truques fotográ�cos, pode-se chegar a umas das três conclusões:
• Houve truque;
• Não houve truque; e
• Não foram encontrados vestígios de truques, ou os vestígios são insu�cientes para uma conclusão.
Os truques podem ser de três tipos:
1- Na composição de imagens a serem fotografadas em conjunto;
2- Na preparação do negativo; e
3- Diretamente sobre a cópia.
Na análise de determinada fotogra�a, a �m de veri�car se a mesma é resultado de truque de composição, por exemplo,
deve-se buscar solução de continuidade na imagem, pequenas distorções etc.
Nas fotogra�as físicas, deve-se observar:
a presença de raspagens;
as montagens de textos;
os timbres;
as datas;
as assinaturas;
a presença de colagens, brilho (na fotogra�a impressa);
a iluminação presente:
se os focos ou fonte de luz são coerentes e
se todas as imagens apresentam projeção natural das sombras.
Atenção
, Caso o perito não tenha domínio dos conhecimentos técnicos que envolvam a fotogra�a, é aconselhável buscar ajuda em um
fotógrafo pro�ssional.
ANÁLISE GRAFOSCÓPICA
Em relação aos aspectos grafoscópicos, ao se analisar as cópias, alguns dos elementos importantes à análise pericial,
presente nos originais, sofrerão prejuízos tais como:
• pressão do punho,
• paradas ou levantamentos do instrumento escritor, 
• retoques fraudulentos feitos com precisão etc.
Há característicos que permanecem nas reproduções, como, por exemplo, o aspecto morfológico da gra�smo e
algumas informações grafocinéticas, isto se a reprodução não se apresentar muito defeituosa.
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Atenção
, Deverá ser dada a presença de antagonismos genéticos e divergências, uma vez que poderão (e é comum tal ocorrer) estar
reproduzidos nas cópias.
AUTENTICIDADE DE DOCUMENTOS FOTOGRAFADOS
Pode a autenticidade ou a falsidade do documentoser reconhecida por meio da fotogra�a? Seria possível identi�car o
autor de uma escrita fotografada?
Para �ns periciais, a regra é: a fotogra�a não substitui o original. Entretanto, há exceções.
Nem sempre a perícia �ca prejudicada quando se dispõe apenas da reprodução fotográ�ca do documento. Além do
mais, a fotogra�a é também um documento, portanto, sujeita à análise pericial.
O perito deve tomar o cuidado de avaliar cada caso em concreto, evitando recusar automaticamente toda solicitação
de exame pericial cujo solicitante não disponha do documento original.
Há fraudadores que, após produzir a cópia e obter o reconhecimento de �rma em cartório, “perdem” os documentos
originais (alguns até publicam a perda em jornal para lhes atribuir veracidade), a �m de apresentarem somente a cópia
com suas ações fraudulentas.
Quando não se dispõe do original, mas apenas a reprodução fotográ�ca, podem ser levantadas questões como:
A data presente no documento é anacrônica?
O documento reproduzido na fotogra�a existe? Ou seja, é autêntico ou falso?
Quem lançou a escrita fotografada?
Em que máquina o texto foi confeccionado?
Cabe dizer que, nem sempre o perito chegará a conclusões categóricas. Essa possibilidade ocorre, inclusive, até
quando os originais estão disponíveis, tal como acontece com qualquer outro exame.
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AUTENTICIDADE DE ASSINATURAS FOTOGRAFADAS
Embora o estudo da estrutura do traço seja muito importante na análise das escritas, na reprodução fotográ�ca de
assinatura e texto nem sempre é possível fazê-la. 
O perito deverá lançar mão de recursos alternativos buscando sempre esclarecer o fato.
Considere que alguém apresente a fotogra�a de um documento, no qual se vê, além da fotogra�a, também a
assinatura. Sabe-se que este documento é cópia de um original que não se encontra disponível para
comparação.
Considere ainda que este documento, a cópia, é contestado por outra pessoa interessada que alega sua
falsidade, e, em razão disso, o documento é enviado para exame pericial.
Se o perito, ao analisar este documento reproduzido fotogra�camente, comprovar que a assinatura nele contida
também é falsa, �ca atestada falsidade de todo o documento, inclusive da fotogra�a nele contida, não sendo
necessário analisar a existência de truques fotográ�cos.
Se, além da falsidade da assinatura, houver também a presença de truque fotográ�co, teremos então outra
fraude a ser veri�cada.
Obviamente, como se trata de uma assinatura fotografada, esta não conterá todos os elementos característicos
da assinatura original. Assim, a qualidade da reprodução fotográ�ca será determinante no resultado do exame,
possibilitando ou não, alcançar um resultado conclusivo.
Algumas práticas deverão ser observadas: 
• Os elementos característicos presentes na assinatura e a qualidade da assinatura reproduzida fotogra�camente.
• A quantidade e a qualidade dos padrões grá�cos colhidos para o exame etc.
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Um recurso do qual o perito poderá lançar mão durante os exames é a prova de superposição, que consiste no uso de
instrumentos computacionais a �m de veri�car se duas assinaturas, atribuídas ao mesmo punho e lançadas em
documentos diferentes, se sobrepõe com exatidão.
Se tal ocorrer, estará comprovada a falsidade de uma delas (em se tratando de cópia e original) ou de ambas
(caso ambas sejam cópias).
AUTORIA DE GRAFISMOS REPRODUZIDOS FOTOGRAFICAMENTE
A determinação de autoria dos gra�smos reproduzidos fotogra�camente está sujeita as mesmas regras utilizadas na
análise das peças originais. 
Cabe observar que a escrita fotografada guarda similaridade com as escritas confeccionadas a lápis ou papel carbono.
MEDIDAS A SEREM ADOTADAS NOS EXAMES DE FOTOGRAFIAS
As recomendações abaixo deverão ser seguidas nos exames realizados em fotogra�a de documentos:
• Não deve o perito recusar, de antemão, a realização de exames nas cópias de documentos, cuja análise deverá ser
minuciosa;
• Em se tratando de questões de impossível solução, como o cruzamento de traços, tal fato deve ser relatado pelo
perito em seu laudo;
• Ao se detectar uma fraude, o perito será categórico em apontá-la, fundamentando suas conclusões;
• Não sendo constatada qualquer evidência de fraude, o perito não deverá a�rmar a autenticidade da assinatura ou do
documento.
Exemplo
, • Não foram observadas, na xerogra�a em questão, evidências de falsidade, reservando-se a uma conclusão de�nitiva somente
quando o seu original for submetido a exames;
• Não foram feitas análises quanto à autenticidade do documento, haja vista a exiguidade de elementos técnicos presentes.
Assim como se exige do perito o conhecimento das peculiaridades dos instrumentos escritores (esferográ�ca,
hidrográ�cas, canetas tinteiro etc.), ele também deve conhecer a peculiaridades dos diversos instrumentos de
reprodução mecanográ�ca, tais como:
• Xerogra�a; 
• Fax;
• Impressora a laser e a jato de tinta;
• Fotogra�a.
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EXERCÍCIOS
Questão 1: Conjunto de caracteres que individualizam uma pessoa ou coisa, tornando-a inconfundível:
Reconhecimento
Identidade
Legitimidade
Autenticidade
N.D.A.
Justi�cativa
Questão 2: Os Documentos de Identidade, cuja expedição não foi feita por órgão público competente, são classi�cados
como:
Totalmente falsos.
Parcialmente falsos.
Ideologicamente falsos.
Alterados
N.D.A.
Justi�cativa
Questão 3: Os documentos que utilizam papel legítimo, apresentando dados identi�cadores falsos, são considerados:
Alterados
Totalmente falsos.
Parcialmente falsos.
Ideologicamente falsos.
N.D.A.
Justi�cativa
Questão 4: Quando o portador apresenta um documento legítimo em nome de terceiros, temos um Documento:
Totalmente falso.
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Parcialmente falso.
Ideologicamente falso.
Alterado
N.D.A.
Justi�cativa
Questão 5: Em relação ao Negativo Fotográ�co, pode-se a�rmar que:
Consiste em uma fotogra�a com valores invertidos em relação ao objeto fotografado.
Trata-se de uma fotogra�a gerada em um sensor eletrônico.
Consiste em uma série de fotogra�as sequenciais colocadas em movimento.
É referente à imagens geradas de maneira direta sem o uso de revelação por meios líquidos.
N.D.A.
Justi�cativa
Questão 6: Em relação ao Exame Pericial em fotogra�as, marque a opção INCORRETA:
Os diferentes processos de produção da fotogra�a, bem como suas limitações e possibilidades de fraudes devem ser de
conhecimento do perito.
Ao se examinar uma fotogra�a, é possível determinar, por exemplo, a presença de anacronismo na data apresentada.
A constatação de que a assinatura, presente em um documento é autêntica, não permite concluir que o referido documento
também seja autêntico.
Sempre que possível, a fotogra�a deverá ser conferida com o documento original.
Por se tratar de uma cópia, deve o perito recusar de antemão a realização de exames em fotogra�as.
Justi�cativa
Questão 7: As questões listadas abaixo são possíveis de serem analisadas em documentos fotografados, EXCETO:
Autenticidade de assinatura.
Transplante de assinatura.
Indícios de rasuras e enxertos.
Cruzamento de traços.
Presença de montagens no documento.
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Justi�cativa
Questão 8: As questões listadas abaixo são possíveis de serem analisadas, em Exames de Autenticidade de
documentos fotografados, EXCETO:Veri�cação da máquina na qual o texto foi confeccionado.
Veri�cação de quem lançou a escrita fotografada.
Se o documento reproduzido na fotogra�a existe.
Veri�cação da pressão do punho escritor na confecção do texto manuscrito.
N.D.A.
Justi�cativa
ATIVIDADE
1 - A Lei 7.116, de 29 de agosto de 1983, é federal e regulamenta a emissão dos Documentos de Identidade no Brasil,
estabelecendo inclusive, os elementos identi�cadores que deverão estar contidos. Em 18 de julho de 2012, ela sofreu
uma pequena alteração (por meio da Lei 12.687) que tornou gratuita a primeira emissão da Carteira de Identidade.
Acesse o link https://goo.gl/FTuouD (glossário) e faça a leitura da referida lei.
2 - A Lei nº 12.037, de 1º de outubro de 2009, dispõe sobre a identi�cação criminal, e o seu artigo 2º de�ne quais
documentos podem ser utilizados como Documento de Identi�cação. Disponível em: https://goo.gl/EBQB77
(glossário). Acesso em 05 dez. 2017.
https://goo.gl/FTuouD
https://goo.gl/EBQB77
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Glossário
AUTENTICIDADE
Característica, particularidade ou estado do que é autêntico. Natureza daquilo que é real ou verdadeiro. Relativo à escrita ou
documentos oriundos de quem de direito, o órgão ou indivíduo que detinha a competência para a produção do documento ou
escrita.
RECONHECIMENTO
É Referente ao ato de determinar empiricamente, sem a utilização de técnicas cientí�cas, a identidade de determinada pessoa.
FAMÍLIA TIPOGRÁFICA
é o conjunto de caracteres que possuem as mesmas propriedades de desenho independentemente das suas variações (peso,
inclinação, corpo).
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FONTE TIPOGRÁFICA
É o conjunto de signos alfabéticos projetados para reprodução mecânica e que compõem uma família tipográ�ca.
AUTORIA
Refere-se à identi�cação do autor de determinada peça documental ou escrita.
ANACRONISMO
Erro que consiste em atribuir os costumes de uma época a outra.
CALIBRE
Diz respeito à altura das minúsculas não passantes