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1 Concórdia - SC 2017 DEBORA ELISA DUTRA ELISANGELA VALENTINI KAFER ROSANGELA HUFF SAIONARA CARDOSO SUSANE SAVOLDI SIEGA. SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA ORGANIZAÇÂO DO ESPAÇO EDUCATIVO NOS ANOS INICIAIS ENSINO FUNDAMENTAL II: Reflexão “sobre a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” Concórdia –SC 2017 DEBORA ELISA DUTRA ELISANGELA VALENTINI KAFFER ROSANGELA HUFF SAIONARA CARDOSO SUSANE SAVOLDI SIEGA ORGANIZAÇÂO DO ESPAÇO EDUCATIVO NOS ANOS INICIAIS ENSINO FUNDAMENTAL II: Reflexão “sobre a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro- Brasileira e Indígena” Trabalho de Licenciatura em Pedagogia apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina Ensino de História e Geografia, Ensino de Matemática, ensino de Língua Portuguesa, Educação Física Escolar e psicomotricidade, Seminário Interdisciplinar VII, Tópicos Especiais I, Estágio Curricular Obrigatório II. Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Orientador: Prof.ª Lilian Gavioli de Jesus, Prof.ª Andressa Aparecida Lopes, Prof.ª Vilze Vidotte Costa, Prof.ª Patrícia Alzira Proscêncio, Prof.ª Eloise Werle de Almeida, Prof.ª Natalia Germano Gejão Dias. Prof.ª Tutora Eletrônica: Rosa Amélia Mendes Oliveira Alves Prof.ª Tutora de Sala: Marioni Gonçalves Bernardi SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3 2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 4 2.1 Objetivo Geral das atividades ................................................................................7 2.2 Objetivos Expecíficos ............................................................................................8 2.3 Referencial Teorico das atividades .................................................................... 11 3 CONCLUSÃO .........................................................................................................12 REFERÊNCIAS .........................................................................................................13 3 1. INTRODUÇÃO Há uma década estamos vivenciamos um momento em que a educação brasileira busca valorizar devidamente a história e a cultura de seu povo afrodescendente e indígena, buscando assim reparar danos, que se repetem há séculos com relação à sua identidade e seus direitos. Evidencia-se que esse momento é de relevância não apenas para a população negra e indígena, mas sim a toda sociedade que convive nos dias atuais. A Lei 11.645, de 2008, surge para ampliar a Lei anterior, destacando a necessidade de apresentar a igualdade entre as culturas e programar interdisciplinaridade na proposta do ensino multicultural na LDB e PCNs em todas as unidades escolares. Portanto entendemos que a inclusão do tema: história e cultura afro-brasileira nos currículos da Educação brasileira é um momento histórico impar, de crucial importância, porém ela traz uma necessidade de professores qualificados para este trabalho, pessoas sensíveis e capazes de direcionar positivamente as relações entre pessoas de diferentes pertencimentos étnico-raciais, no sentido do respeito e da correção de posturas, atitudes e palavras preconceituosas, que permanece até hoje por demagogias puramente racistas. Candau (2008) trata sobre a interculturalidade, justificando a sua relevância e assinalando alguns desafios que considera de especial importância para trabalhar as relações entre educação intercultural e direitos humanos. A perspectiva intercultural defendida pela autora valoriza. Uma educação para o reconhecimento do “outro”, para o diálogo entre os diferentes grupos sociais e culturais. Uma educação para a negociação cultural, que enfrenta os conflitos provocados pela assimetria de poder entre os diferentes grupos socioculturais nas nossas sociedades e é capaz de favorecer a construção de um projeto comum, pelo qual as diferenças sejam dialeticamente integradas. (CANDAU, 2008, p.52) Portanto o trabalho seguir mostrará um pouco sobre a importância da nova lei 11.645/08 e algumas atividades interdisciplinares que vem proporcionar um aprendizado de igualdade das crianças dentro e fora da sala de aula. "A diversidade humana é infinita: se quero observá-la, por onde começar? É preciso distinguir entre duas perspectivas. Na primeira, a diversidade é a dos próprios seres humanos; aí o que se quer saber é se formamos uma única ou várias espécies. Na segunda, os valores estão em jogo: existem valores universais; e, portanto uma possibilidade de levar os julgamentos para além das fronteiras, ou todos os valores são relativos (a um lugar, a um momento da história, ou mesmo à identidade dos indivíduos)? O problema da unidade e da diversidade se transforma então no problema do universal e do relativo". (OLIVEIRA, 2010, p. 161 apud TODOROV, 1993, p. 21). 4 2 DESENVOLVIMENTO No intuito de refletir sobre e de como construir uma educação voltada para a cidadania, em 1998, a questão da pluralidade cultural foi incluída nos Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação como um dos temas transversais. De acordo com o documento de apresentação dos temas transversais, um dos critérios adotados para a escolha e a definição dos temas para o trabalho escolar foi a possibilidade de ensino e aprendizagem no ensino fundamental. Mas é justamente no ensino fundamental que a abordagem dessa temática se mostra escassa ou superficial. Sendo assim na tentativa de promover o conhecimento e o intercâmbio cultural da história e da cultura de dois povos formadores da população brasileira, em 2003, foi promulgada a Lei 10.639, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e prevê o ensino da história e da cultura afro-brasileira no currículo da educação básica. Em seguida, em 2008, essa Lei é alterada para a Lei 11.645, que mantém o ensino da história e da cultura afro-brasileira e acrescenta o ensino da história e da cultura dos povos indígenas. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) são documentos oficiais que orientam o sistema educacional no país. É a partir deles que são elaborados os planejamentos de ensino nas escolas e os critérios de avaliação de livros didáticos pelo Programa Nacional de Livros didáticos (PNLD). E é com base nesses documentos, ainda, que os livros didáticos aprovados pelo PNLD são orientados. Nos dias atuais os povos indígenas estão em evidência, principalmente em termos culturais e históricos. Esse protagonismo indígena é causado pela nova lei 11.645 de 10 de março de 2008, com esta lei vamos ter pela primeira vez na história do Brasil, a obrigatoriedade do ensino de história e cultura indígena em nossas instituições de ensino. A, acrescentando, ao lado do grupo étnico dos negros, o estudo sobre os índios. Assim, a lei passou a vigorar com a seguinte redação: Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro- brasileira e indígena. § 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e 5 o índio na formação da sociedade nacional, resgatando assuas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. § 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.” (BRASIL, Lei 11.645/08, grifo nosso) Entende-se que as leis acima mencionadas foram elaboradas para tentar amenizar no ensino os preconceitos e ideias estereotipadas, para com os indígenas e afrodescendentes. No caso da história isso está relacionado ao ensino eurocêntrico que não, privilegia outras sociedades humanas. Com a lei 11.645/08 as escolas terão de introduzir em seus currículos, os conhecimentos, saberes, modos de vida e organização social dos povos indígenas. Consideramos que a escola é um dos principais espaços para refletir, ensinar e aprender sobre as diferentes raças que formam a variedade de culturas de norte a sul do país. É a música, a dança, a culinária, a fala, a literatura, a forma de se vestir, os costumes e tantos outros aspectos que tornam esse povo tão diverso. Sendo assim entendemos que, é de extrema relevância que os textos selecionados para o ensino de língua portuguesa, independente da série, explorem temáticas que possibilitem a discussão acerca da origem e da influência de povos como os negros e os índios na construção do país. Candau (2008) trata sobre a interculturalidade, justificando a sua relevância e assinalando alguns desafios que considera de especial importância para trabalhar as relações entre educação intercultural e direitos humanos. A perspectiva intercultural defendida pela autora valoriza “Uma educação para o reconhecimento do “outro”, para o diálogo entre os diferentes grupos sociais e culturais. Uma educação para a negociação cultural, que enfrenta os conflitos provocados pela assimetria de poder entre os diferentes grupos socioculturais nas nossas sociedades e é capaz de favorecer a construção de um projeto comum, pelo qual as diferenças sejam dialeticamente integradas.” (CANDAU, 2008, p.52) Porém notamos nos dias atuais que a realidade tem mudado mesmo de forma lenta, assim como se procede determinadas políticas e mudanças no Brasil. Mas, com as diretrizes reafirmadas e decretadas com a lei 11.645/08, não apenas, passou-se a se cobrar o ensino indígena, para os próprios indígenas, mas a reformulação das ideias e das representatividades destes povos na cultura e na história. Com toda via hoje novos problemas desafiam o processo educacional, 6 exigindo que a escola redimensione suas funções e assuma o compromisso com o seu tempo, como agente de transformação dos cidadãos. E que isto requer um esforço de revisão dos pressupostos teórico-metodológicos que nortearam as práticas da tradicional escola básica. Segundo Fonseca (2007), a escola desempenha um múltiplo papel na sociedade, uma vez que ela não só produz indivíduos, mas também produz saberes, produz uma cultura que penetra, que participa, interfere e transforma a cultura da sociedade, ou seja, ela reproduz, mas também produz conhecimentos e valores. A autora fala ainda que o papel da escola hoje mudou, não se trata mais de aquisição cumulativa de informações, mas de formação de atitudes diante do conhecimento formal que possibilita ao indivíduo transformar-se como individualidade sociocultural, por meio de sua participação na ação coletiva do processo de ensino e aprendizagem (FONSECA, 2007). Observa-se que atualmente tem se processado um debate sobre os paradigmas educacionais, o que evidencia a necessidade de repensar as práticas pedagógicas dos professores no interior dos diferentes espaços educativos. Segundo alguns autores, o que acaba surgindo de novo nesta discussão é a abordagem das formas e das relações entre conhecimentos e metodologias. É aí que ganha força a ideia da Inter e da Transdisciplinaridade. Pois notamos que em muitas situações do nosso cotidiano as pessoas ainda veem os índios e os negros como “outro” em nossa sociedade e nada melhor do que dentro do espaço escolar para se privilegiar o conhecimento e a compreensão do outro, e ê na escola que entendemos as singularidades desse mesmo “outro”. Portanto como nos diz antropólogo Luis Donisete Benzi Grupioni Num cenário marcado por desinformação e intolerância, é urgente divulgar informações corretas e atualizadas sobre esses povos. É urgente criar estratégias para que nossos alunos possam rever valores e atitudes frente aqueles que são diferentes de nós, pois se não houver um movimento de abertura ao outro, ao diferente, ao novo, pouco poderá ser conquistado nesse terreno. Para tanto, é preciso construir novos paradigmas de entendimento da diversidade, pautados pelo reconhecimento dos direitos da pessoa humana e dos grupos humanos, cuja marca maior é justamente a diferença, seja de tipos físicos, seja de crenças, de modos de ser, de valores, de comportamentos, de modos de expressão. É nesse sentido que a lei aponta. O antropólogo nos diz ainda que a disciplina de história tem o dever de explicar a diversidade desses povos no passado e nos dias atuais, afinal os índios 7 eram muitos em 1500 e, apesar das políticas contrárias e adversas a eles, continuam sendo muitos hoje: são mais de 220 povos, falantes de mais de 180 línguas. Se no passado, a visão predominante era a da integração dos índios e de que estes não teriam futuro, hoje isso mudou inclusive em termos legais, a disciplina deve ajudar os alunos a perceberem a diversidade de culturas e povos no mundo como uma grande riqueza, que revela a incrível capacidade dos seres humanos de encontrar soluções diversas para o bem viver e para a satisfação de suas necessidades básicas. Os professores devem levar seus alunos a reconhecerem a contribuição indígena para a história, cultura, onomástica, objetos e culinária brasileira. Devemos tanta coisa do nosso cotidiano aos índios, que levar os alunos a descobrirem isso pode ser uma atividade extremamente interessante e prazerosa. Por fim, os alunos precisam aprender que os índios não estão acabando e que eles têm futuro como cidadãos deste país. Assim, vamos contribuir para uma ampliação da noção de cidadania. Com toda via destacamos aqui algumas atividades que poderão ser realizados durante um semestre com alunos de 3º ano do ensino fundamental de 9 anos, atividades estas usadas na interdisciplinaridade das disciplinas de história, arte e ensino religioso, bem como em todas as outras disciplinas da grade curricular nacional com o intuito da compreensão por parte dos alunos da importância de respeitar o coleguinha ou o seu próximo pelas suas diferenças, mostrando que ninguém é igual, que a aparência não importa, que somos todos seres humanos que agimos e pensamos conforme nosso a cultura, jeito de ser e viver. As atividades serão realizadas na: ESCOLA RECANTO FLORIDO, localizada no município de Concórdia – SC nas disciplinas de História, Arte, Ensino Religioso (Ética) no período de um semestre com alunos do 3º ano de Ensino Fundamental de 9 anos, as mesmas serão ministradas pelas professoras Debora Elisa Dutra, Elisangela Valentini Kafer, Rosangela Huff, Saionara Cardoso E Susane Savoldi Siega. 2.1 OBJETIVO GERAL DAS ATIVIDADES: • Abordar as questões de valorizar e compreender um pouco mais sobre a 8 beleza e diversidade da cultura afro-brasileira e indígena, bem como ampliar o conhecimento sobre cidadania, diferenças e desigualdades sócias expressando a identidade do “eu e o próximo”. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Reconhecer e respeitar as diferentes manifestações culturais no espaço em que vivemos, (vestuário, culinária, linguagem, formas de organização da sociedade); • Trabalhar interação entre família e escola; • Estimular o respeito às regras sociaise de convivência com o outro estimulando o respeito às diversas culturas e ao próximo. • Trabalhar e explorar a diversidade cultural existente no Brasil, proporcionando as crianças o contato com outras culturas e consequentemente com o novo, favorecendo o desenvolvimento da tolerância ao diferente e reforçando a autoestima e identidade de cada um. • Vivenciar a realização de culinária de pratos da cultura africana. Sendo assim será abordado os seguintes conteúdos: - Pluralidade cultural; diversidade, identidade, valores, respeito ao próximo, regras de convivência, podendo ser explorado todos os eixos como (natureza e sociedade, linguagem oral e escrita, artes, matemática, música e movimento), tolerância as diferenças e autoestima pessoal e social. - As atividades serão realizadas no período de 6 meses(um semestre) conforme a distribuição das horas aulas das disciplinas. ✓ História – 3 aulas semanais ✓ Arte – 1 aula semanal ✓ Ensino religioso (ética) – 1 aula semanal. ➢ COMO 1º MOMENTO para dar inicio as atividades foram escolhidas algumas histórias infantis que evidenciam as diferenças: - “O PATINHO FEIO” auto (Hans Christian Andersen) a historia fala de uma pata que estava a chocar alguns ovos. Os dias foram-se passando e chegou a altura dos patos nascerem. Mas havia um pato que era diferente de todos os outros. Era gordo e muito feio, a pata não gostava dele e só lhe dava desprezo. Os dias foram-se passando e os patinhos iam crescendo, o patinho já não aguentava mais que os outros irmãos gozassem mais com ele. Ate lhe deram o nome de “Patinho feio”. Um 9 dia a pata mandou-o embora e disse-lhe que ele era a vergonha da família e ele foi. Teve algum tempo a viver sozinho ao pé de um lago, ate que um dia encontrou alguns cisnes e começaram conversar, ele disse a eles que era feio. E descobriram que eram irmãos disseram lhe que ele era muito bonito. E na verdade o patinho feio já estava muito bonito e era um lindo cisne. Então os outros cisnes levaram o patinho feio à mãe ela pediu-lhe desculpa e ficaram todos felizes. - “O MENINO MARROM” autor: (Ziraldo) O menino marrom conta a historia da amizade entre dois meninos, um negro e um branco através da convivência aventureira dessas crianças ao longo de suas vidas, o autor pontua as diferenças humanas, realçando os preconceitos em alguns momentos. - “A MENINA E O TAMBOR” autor (Sonia Junqueira) Andando pela rua, uma menina percebe, nas pessoas que passam um ar preocupado, ou triste, ou aborrecido. Parecem todos apáticos, levando uma vida descolorida e sem alegria. Por mais que tente, a menina não consegue contato com essas pessoas. Aos poucos, vai ficando contaminada pela desolação geral e começa, ela também, a desbotar. De repente, escuta o TUM-TUM do próprio coração e tem uma ideia. Vai para casa, pega um pequeno tambor e sai pelas ruas tocando com força, enchendo o ar de TUM-TUNS contagiantes, arrebatando as pessoas, que ganham vida, recuperam suas cores e entram no cortejo de música e alegria que segue a menina e seu tambor. ➢ 2º MOMENTO realizar uma roda de conversa com os alunos sobre as diferenças, e questionar se eles já conhecem a histórias. Questionar os alunos sobre o que sabem, que ideias e opiniões, dúvidas ou hipótese sobre o tema em debate, valorizando seus conhecimentos. Contar as histórias de forma diferenciada conforme a criatividade de cada professor, promovendo leitura do livro ou em forma de teatro, fantoche e/ou utilizando o Datashow/multimídia . - Promover reflexões positivas de reportagens jornalísticas e textos da atualidade que tratam sobre o tema. - Desenvolver atividades com diferentes fontes de informações em livros, jornais, revistas, filmes, fotos, confrontar dados e abordagem. - Ensinar procedimentos de pesquisa consulta em fontes bibliográficas, organização de informações coletadas, obter informações de documentos, como procederem visitas, reflexão e estudos sobre a presença na atualidade de elementos afro brasileiros nas comunidades vizinhas. Realizar palestras com pessoas idosas 10 para realizar a comparação dos anos passados para a atualidade que vivemos. ➢ 3º MOMENTO -Apresentar alguns vídeos: -“Breve História da Cultura Africana” acesso em: https://www.youtube.com/watch?v=RPzxt1iZGiA, -“Entendendo A Dança Indígena” acesso em: https://www.youtube.com/watch?v=20YgX5k_FQk -“As Crenças, As Festas E Os Ritos Do Povo Indígena Kamayura Retratos De Fé” acesso em: https://www.youtube.com/watch?v=rGciNU7elv0 -“Cultura Afro Brasileira” acesso em: https://www.youtube.com/watch?v=N3M0md9Va0A. A partir destes vídeos/documentários, fazer uma reflexão com os alunos do que os mesmos apresentam, explorando os costumes, a cultura, a religião destes povos, enfatizando o quanto eles tem relação e/ou sofrem influência de outras culturas e costumes, mesmos que distintos uns dos outros, influencia não só nosso país, mas toda a América, abrangendo outras “linhas” territoriais e outros continentes. Mostrar que o “universo” de uma forma ou de outra se “interliga pela cultura, pelo idioma, pelas características, pelas culinária, pelo vestuário, pela religião e outros, explicando que não existe “fronteirização”, ou não deveria existir, quando se trata destes assuntos. ➢ 4º MOMENTO - Construir com os alunos: resumos orais, em forma de textos, gráficos, linha de tempo, criação de brochuras, murais, teatros, danças, coreografias, comidas, vestimentas, instrumentos utilizados no trabalho, nos rituais, nas danças, exposições e estimular a criatividade expressiva. - Mostrar aos alunos varias Ilustrações dos trabalhos de Candido Portinari entre elas “Menina com tranças e laços” pedir para que reproduzam a obra fazendo uma analogia com a história contada “Menina bonita do laço de fita". ➢ 5º MOMENTO - A avaliação- que acontecerá de forma diagnóstica e contínua, levando em consideração os avanços individuais dentro da coletividade e a participação no desenvolvimento das atividades propostas, dando oportunidade aos professores, de rever a própria prática docente criando novas possibilidades para estimular os alunos a desenvolver suas potencialidades e mudanças de postura frente a essa “miscigenação humana”, mostrando-lhes que https://www.youtube.com/watch?v=RPzxt1iZGiA https://www.youtube.com/watch?v=20YgX5k_FQk https://www.youtube.com/watch?v=rGciNU7elv0 https://www.youtube.com/watch?v=N3M0md9Va0A 11 uma sociedade democrática e justa, inclui todos os setores da população, não admitindo a existência de distorções, diferenças ou dominação. Para finalizar as atividades do semestre propor a culminância dos trabalhos em forma de feira pedagógica com apresentações de todas as atividades realizadas a toda a comunidade escolar e a sociedade em geral. Sendo assim para realizar essas atividades vamos precisar dos seguintes recursos: Livros de histórias, revistas, jornais, textos diversos, vídeos, tesouras, colas, lápis de cor, papel oficio, cartolinas, papel pardo, televisão, Datashow maquina fotográfica, convite para as pessoas idosas que realizarão palestras, disponibilidade para passeios e um local para exposição dos trabalhos no final do semestre. Não importa se você é negro, branco, se tem olhos azuis, ou verdes ou escuros... O importante é você ter Deus... E ele não cria nada em vão... (Bob Marley) 2.3 REFERENCIAL TEÕRICO PARA AS ATIVIDADES BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações Étnico – Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Brasília: MEC, 2005.35p. Revista Nova Escola. Vários autores. São Paulo-SP – edição de Nov. 2004 e 2005. ROCHA. Ruth. ROTH. Otávio. Declaração universal dos direitos humanos. São Paulo-SP, 2004. Artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.Pesquisas na internet. 12 3. CONCLUSÃO Através da leitura e analise de todos os documentos propostos sobre a atual política curricular compreendemos que a mesma atribui ao ensino o papel de formar um novo cidadão, capaz de compreender a história do país e do mundo como resultante de múltiplas memórias originárias da diversidade de experiências humanas em oposição ao entendimento, até então dominante, de uma memória unívoca das elites ou de um passado homogêneo bem como nos diz Gilberto Freyre que discute a demagogia da história e da cultura afro-brasileira da seguinte forma: Todo brasileiro, mesmo o alvo, de cabelo louro, traz na alma, quando não na alma e no corpo [...] a sombra, ou pelo menos a pinta, do indígena ou no negro. No litoral, do Maranhão ao Rio Grande do Sul, e em Minas Gerais, principalmente do negro. A influência direta, ou vaga e remota do africano. Na ternura, na mímica excessiva, no catolicismo em que se deliciam nossos sentidos, na música, no andar, na fala, no canto de ninar menino pequeno, em tudo que é expressão sincera da vida, trazemos quase todos a marca da influência negra. Da escrava ou sinhá a que nos embalou. Que nos deu de mamar. Que nos deu de comer, ela própria amolengando na mão o bolão de comida. Da negra velha que nos contou as primeiras histórias de bicho e de mal-assombrado. Da mulata que nos tirou o primeiro bicho de pé de uma coceira tão boa. De quem nos iniciou no amor físico e nos transmitiu, ao ranger da cama, de vento, a primeira sensação completa de homem. Do moleque que foi nosso primeiro companheiro de brinquedo. (FREYRE. 51°edição, 2006, pag. 367) Esse estudo nos permitiu concluir que a educação das relações étnico-raciais tem por alvo a formação de cidadãos, mulheres e homens empenhados em promover condições de igualdade no exercício de direitos sociais, políticos, econômicos, dos direitos de ser, viver, pensar, próprios aos diferentes pertencimentos étnico-raciais e sociais. Em outras palavras o objetivo de desencadear aprendizagens e ensinos em que se efetive participação no espaço público para que se formem homens e mulheres comprometidos com e na discussão de questões de interesse geral, sendo capazes de reconhecer e valorizar visões de mundo, experiências históricas, contribuições dos diferentes povos que têm formado a nação, bem como de negociar prioridades, coordenando diferentes interesses, propósitos, desejos, além de propor políticas que contemplem efetivamente a todos que a realidade em que vive a escola diante do ensino da Cultura Afro-brasileira necessita ser tratada de forma a melhorar o processo de ensino-aprendizagem e capacitar os docentes e gestores escolares na busca de desmistificar a cultura africana acerca da influência gerada à cultura nacional, podendo assim encontrar alternativas para o combate a discriminação racial de que ainda sofrem os negros e indígenas na sociedade dos dias atuais. 13 4. REFERÊNCIAS BARBOSA, Rogério Andrade. Histórias africanas para contar e recontar. São Paulo: Editora do Brasil, 2001. BERNARD, François. “Por uma redefinição do conceito de diversidade cultural”. In: Brant, Leonardo. Diversidade Cultural. São Paulo: Escrituras Editora, 2005. BITTENCOURT, Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004. BORGES, Elisabeth Maria de Fátima. A Inclusão da História e da Cultura Afro- brasileira e Indígena nos Currículos da Educação Básica. Revista Mestrado em História,v.12,n.1,jan./jun. BRASIL. Lei Nº 11.645, de 10 março de 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm. Acesso em: 27 de fev. 2017. CANDAU, Vera Maria (Org.). Somos tod@as iguais? Escola, discriminação e educação em direitos humanos. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. FREYRE, G. Casa Grande & Senzala. II Tomo. São Paulo. Edição José Olympio, 1966. FONSECA, Selva G. Didática e prática de ensino em História. São Paulo: Pairus, 2007. ROSSI, Melissa. Guia Prático para Professores de Ensino Fundamental 1, publicação mensal da Editora Lua ( entrevista do mês da edição de abril de 2009. Ano 06, No. 62). ISBN 1679-9879. Disponível em: http://docplayer.com.br/13853715- Entrevista-com-o-antropologo-luis-donisete-benzi-grupioni.html. Acesso em: 25 de fev. 2017. - Documentários: SOUSA, Mauricio de. Discriminação Étnica: Mauricio de Sousa e a Turma da Mônica. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=e-T1vw2QT8A CEERT ( Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades). Vista minha pele. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=LWBodKwuHCM. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm http://docplayer.com.br/13853715-Entrevista-com-o-antropologo-luis-donisete-benzi-grupioni.html http://docplayer.com.br/13853715-Entrevista-com-o-antropologo-luis-donisete-benzi-grupioni.html https://www.youtube.com/watch?v=e-T1vw2QT8A https://www.youtube.com/watch?v=LWBodKwuHCM