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Reflexão sobre a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena

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Concórdia - SC 
2017 
DEBORA ELISA DUTRA 
ELISANGELA VALENTINI KAFER 
ROSANGELA HUFF 
SAIONARA CARDOSO 
 SUSANE SAVOLDI SIEGA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
ORGANIZAÇÂO DO ESPAÇO EDUCATIVO NOS ANOS 
INICIAIS ENSINO FUNDAMENTAL II: 
 
 
 
 
 
 
Reflexão “sobre a obrigatoriedade da temática História e Cultura 
Afro-Brasileira e Indígena” 
 
 
Concórdia –SC 
2017 
 
 
 
DEBORA ELISA DUTRA 
ELISANGELA VALENTINI KAFFER 
ROSANGELA HUFF 
SAIONARA CARDOSO 
SUSANE SAVOLDI SIEGA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORGANIZAÇÂO DO ESPAÇO EDUCATIVO NOS ANOS 
INICIAIS ENSINO FUNDAMENTAL II: 
 
 
 
 
Reflexão “sobre a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena” 
 
Trabalho de Licenciatura em Pedagogia apresentado à 
Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como 
requisito parcial para a obtenção de média bimestral na 
disciplina Ensino de História e Geografia, Ensino de 
Matemática, ensino de Língua Portuguesa, Educação 
Física Escolar e psicomotricidade, Seminário 
Interdisciplinar VII, Tópicos Especiais I, Estágio 
Curricular Obrigatório II. Anos Iniciais do Ensino 
Fundamental. 
 
 
Orientador: Prof.ª Lilian Gavioli de Jesus, 
 Prof.ª Andressa Aparecida Lopes, 
 Prof.ª Vilze Vidotte Costa, 
 Prof.ª Patrícia Alzira Proscêncio, 
 Prof.ª Eloise Werle de Almeida, 
 Prof.ª Natalia Germano Gejão Dias. 
Prof.ª Tutora Eletrônica: Rosa Amélia Mendes Oliveira 
Alves 
Prof.ª Tutora de Sala: Marioni Gonçalves Bernardi 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3 
 
2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 4 
2.1 Objetivo Geral das atividades ................................................................................7 
2.2 Objetivos Expecíficos ............................................................................................8 
2.3 Referencial Teorico das atividades .................................................................... 11 
 
3 CONCLUSÃO .........................................................................................................12 
 
REFERÊNCIAS .........................................................................................................13 
 
 
 3 
1. INTRODUÇÃO 
 
Há uma década estamos vivenciamos um momento em que a educação 
brasileira busca valorizar devidamente a história e a cultura de seu povo 
afrodescendente e indígena, buscando assim reparar danos, que se repetem há 
séculos com relação à sua identidade e seus direitos. Evidencia-se que esse 
momento é de relevância não apenas para a população negra e indígena, mas sim a 
toda sociedade que convive nos dias atuais. 
 A Lei 11.645, de 2008, surge para ampliar a Lei anterior, destacando a 
necessidade de apresentar a igualdade entre as culturas e programar 
interdisciplinaridade na proposta do ensino multicultural na LDB e PCNs em todas as 
unidades escolares. Portanto entendemos que a inclusão do tema: história e cultura 
afro-brasileira nos currículos da Educação brasileira é um momento histórico impar, 
de crucial importância, porém ela traz uma necessidade de professores qualificados 
para este trabalho, pessoas sensíveis e capazes de direcionar positivamente as 
relações entre pessoas de diferentes pertencimentos étnico-raciais, no sentido do 
respeito e da correção de posturas, atitudes e palavras preconceituosas, que 
permanece até hoje por demagogias puramente racistas. 
Candau (2008) trata sobre a interculturalidade, justificando a sua relevância e 
assinalando alguns desafios que considera de especial importância para trabalhar as 
relações entre educação intercultural e direitos humanos. A perspectiva intercultural 
defendida pela autora valoriza. 
Uma educação para o reconhecimento do “outro”, para o diálogo entre os 
diferentes grupos sociais e culturais. Uma educação para a negociação 
cultural, que enfrenta os conflitos provocados pela assimetria de poder entre 
os diferentes grupos socioculturais nas nossas sociedades e é capaz de 
favorecer a construção de um projeto comum, pelo qual as diferenças sejam 
dialeticamente integradas. (CANDAU, 2008, p.52) 
Portanto o trabalho seguir mostrará um pouco sobre a importância da nova lei 
11.645/08 e algumas atividades interdisciplinares que vem proporcionar um 
aprendizado de igualdade das crianças dentro e fora da sala de aula. 
"A diversidade humana é infinita: se quero observá-la, por onde começar? É 
preciso distinguir entre duas perspectivas. Na primeira, a diversidade é a 
dos próprios seres humanos; aí o que se quer saber é se formamos uma 
única ou várias espécies. Na segunda, os valores estão em jogo: existem 
valores universais; e, portanto uma possibilidade de levar os julgamentos 
para além das fronteiras, ou todos os valores são relativos (a um lugar, a um 
momento da história, ou mesmo à identidade dos indivíduos)? O problema 
da unidade e da diversidade se transforma então no problema do universal 
e do relativo". (OLIVEIRA, 2010, p. 161 apud TODOROV, 1993, p. 21). 
 4 
2 DESENVOLVIMENTO 
No intuito de refletir sobre e de como construir uma educação voltada para a 
cidadania, em 1998, a questão da pluralidade cultural foi incluída nos Parâmetros 
Curriculares Nacionais da Educação como um dos temas transversais. 
De acordo com o documento de apresentação dos temas transversais, um 
dos critérios adotados para a escolha e a definição dos temas para o trabalho 
escolar foi a possibilidade de ensino e aprendizagem no ensino fundamental. Mas é 
justamente no ensino fundamental que a abordagem dessa temática se mostra 
escassa ou superficial. 
Sendo assim na tentativa de promover o conhecimento e o intercâmbio 
cultural da história e da cultura de dois povos formadores da população brasileira, 
em 2003, foi promulgada a Lei 10.639, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação e prevê o ensino da história e da cultura afro-brasileira no currículo da 
educação básica. Em seguida, em 2008, essa Lei é alterada para a Lei 11.645, que 
mantém o ensino da história e da cultura afro-brasileira e acrescenta o ensino da 
história e da cultura dos povos indígenas. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e os Parâmetros Curriculares 
Nacionais (PCN) são documentos oficiais que orientam o sistema educacional no 
país. É a partir deles que são elaborados os planejamentos de ensino nas escolas e 
os critérios de avaliação de livros didáticos pelo Programa Nacional de Livros 
didáticos (PNLD). E é com base nesses documentos, ainda, que os livros didáticos 
aprovados pelo PNLD são orientados. 
Nos dias atuais os povos indígenas estão em evidência, principalmente em 
termos culturais e históricos. Esse protagonismo indígena é causado pela nova lei 
11.645 de 10 de março de 2008, com esta lei vamos ter pela primeira vez na história 
do Brasil, a obrigatoriedade do ensino de história e cultura indígena em nossas 
instituições de ensino. 
A, acrescentando, ao lado do grupo étnico dos negros, o estudo sobre os 
índios. Assim, a lei passou a vigorar com a seguinte redação: 
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, 
públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-
brasileira e indígena. § 1º O conteúdo programático a que se refere este 
artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a 
formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais 
como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos 
povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e 
 5 
o índio na formação da sociedade nacional, resgatando assuas 
contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história 
do Brasil. § 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e 
dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o 
currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de 
literatura e história brasileiras.” (BRASIL, Lei 11.645/08, grifo nosso) 
 
Entende-se que as leis acima mencionadas foram elaboradas para tentar 
amenizar no ensino os preconceitos e ideias estereotipadas, para com os indígenas 
e afrodescendentes. 
No caso da história isso está relacionado ao ensino eurocêntrico que não, 
privilegia outras sociedades humanas. Com a lei 11.645/08 as escolas terão de 
introduzir em seus currículos, os conhecimentos, saberes, modos de vida e 
organização social dos povos indígenas. 
Consideramos que a escola é um dos principais espaços para refletir, ensinar 
e aprender sobre as diferentes raças que formam a variedade de culturas de norte a 
sul do país. É a música, a dança, a culinária, a fala, a literatura, a forma de se vestir, 
os costumes e tantos outros aspectos que tornam esse povo tão diverso. 
Sendo assim entendemos que, é de extrema relevância que os textos 
selecionados para o ensino de língua portuguesa, independente da série, explorem 
temáticas que possibilitem a discussão acerca da origem e da influência de povos 
como os negros e os índios na construção do país. 
Candau (2008) trata sobre a interculturalidade, justificando a sua relevância e 
assinalando alguns desafios que considera de especial importância para trabalhar as 
relações entre educação intercultural e direitos humanos. A perspectiva intercultural 
defendida pela autora valoriza 
“Uma educação para o reconhecimento do “outro”, para o diálogo entre os 
diferentes grupos sociais e culturais. Uma educação para a negociação 
cultural, que enfrenta os conflitos provocados pela assimetria de poder entre 
os diferentes grupos socioculturais nas nossas sociedades e é capaz de 
favorecer a construção de um projeto comum, pelo qual as diferenças sejam 
dialeticamente integradas.” (CANDAU, 2008, p.52) 
 
Porém notamos nos dias atuais que a realidade tem mudado mesmo de forma 
lenta, assim como se procede determinadas políticas e mudanças no Brasil. Mas, 
com as diretrizes reafirmadas e decretadas com a lei 11.645/08, não apenas, 
passou-se a se cobrar o ensino indígena, para os próprios indígenas, mas a 
reformulação das ideias e das representatividades destes povos na cultura e na 
história. 
Com toda via hoje novos problemas desafiam o processo educacional, 
 6 
exigindo que a escola redimensione suas funções e assuma o compromisso com o 
seu tempo, como agente de transformação dos cidadãos. E que isto requer um 
esforço de revisão dos pressupostos teórico-metodológicos que nortearam as 
práticas da tradicional escola básica. 
Segundo Fonseca (2007), a escola desempenha um múltiplo papel na 
sociedade, uma vez que ela não só produz indivíduos, mas também produz saberes, 
produz uma cultura que penetra, que participa, interfere e transforma a cultura da 
sociedade, ou seja, ela reproduz, mas também produz conhecimentos e valores. 
A autora fala ainda que o papel da escola hoje mudou, não se trata mais de 
aquisição cumulativa de informações, mas de formação de atitudes diante do 
conhecimento formal que possibilita ao indivíduo transformar-se como 
individualidade sociocultural, por meio de sua participação na ação coletiva do 
processo de ensino e aprendizagem (FONSECA, 2007). 
Observa-se que atualmente tem se processado um debate sobre os 
paradigmas educacionais, o que evidencia a necessidade de repensar as práticas 
pedagógicas dos professores no interior dos diferentes espaços educativos. 
Segundo alguns autores, o que acaba surgindo de novo nesta discussão é a 
abordagem das formas e das relações entre conhecimentos e metodologias. É aí 
que ganha força a ideia da Inter e da Transdisciplinaridade. Pois notamos que em 
muitas situações do nosso cotidiano as pessoas ainda veem os índios e os negros 
como “outro” em nossa sociedade e nada melhor do que dentro do espaço escolar 
para se privilegiar o conhecimento e a compreensão do outro, e ê na escola que 
entendemos as singularidades desse mesmo “outro”. 
Portanto como nos diz antropólogo Luis Donisete Benzi Grupioni 
Num cenário marcado por desinformação e intolerância, é urgente divulgar 
informações corretas e atualizadas sobre esses povos. É urgente criar 
estratégias para que nossos alunos possam rever valores e atitudes frente 
aqueles que são diferentes de nós, pois se não houver um movimento de 
abertura ao outro, ao diferente, ao novo, pouco poderá ser conquistado 
nesse terreno. Para tanto, é preciso construir novos paradigmas de 
entendimento da diversidade, pautados pelo reconhecimento dos direitos da 
pessoa humana e dos grupos humanos, cuja marca maior é justamente a 
diferença, seja de tipos físicos, seja de crenças, de modos de ser, de 
valores, de comportamentos, de modos de expressão. É nesse sentido que 
a lei aponta. 
 
O antropólogo nos diz ainda que a disciplina de história tem o dever de 
explicar a diversidade desses povos no passado e nos dias atuais, afinal os índios 
 7 
eram muitos em 1500 e, apesar das políticas contrárias e adversas a eles, 
continuam sendo muitos hoje: são mais de 220 povos, falantes de mais de 180 
línguas. Se no passado, a visão predominante era a da integração dos índios e de 
que estes não teriam futuro, hoje isso mudou inclusive em termos legais, a disciplina 
deve ajudar os alunos a perceberem a diversidade de culturas e povos no mundo 
como uma grande riqueza, que revela a incrível capacidade dos seres humanos de 
encontrar soluções diversas para o bem viver e para a satisfação de suas 
necessidades básicas. 
 Os professores devem levar seus alunos a reconhecerem a contribuição 
indígena para a história, cultura, onomástica, objetos e culinária brasileira. Devemos 
tanta coisa do nosso cotidiano aos índios, que levar os alunos a descobrirem isso 
pode ser uma atividade extremamente interessante e prazerosa. Por fim, os alunos 
precisam aprender que os índios não estão acabando e que eles têm futuro como 
cidadãos deste país. Assim, vamos contribuir para uma ampliação da noção de 
cidadania. 
Com toda via destacamos aqui algumas atividades que poderão ser 
realizados durante um semestre com alunos de 3º ano do ensino fundamental de 9 
anos, atividades estas usadas na interdisciplinaridade das disciplinas de história, 
arte e ensino religioso, bem como em todas as outras disciplinas da grade curricular 
nacional com o intuito da compreensão por parte dos alunos da importância de 
respeitar o coleguinha ou o seu próximo pelas suas diferenças, mostrando que 
ninguém é igual, que a aparência não importa, que somos todos seres humanos que 
agimos e pensamos conforme nosso a cultura, jeito de ser e viver. 
 
As atividades serão realizadas na: 
ESCOLA RECANTO FLORIDO, localizada no município de Concórdia – SC nas 
disciplinas de História, Arte, Ensino Religioso (Ética) no período de um semestre 
com alunos do 3º ano de Ensino Fundamental de 9 anos, as mesmas serão 
ministradas pelas professoras Debora Elisa Dutra, Elisangela Valentini Kafer, 
Rosangela Huff, Saionara Cardoso E Susane Savoldi Siega. 
 
2.1 OBJETIVO GERAL DAS ATIVIDADES: 
• Abordar as questões de valorizar e compreender um pouco mais sobre a 
 8 
beleza e diversidade da cultura afro-brasileira e indígena, bem como ampliar o 
conhecimento sobre cidadania, diferenças e desigualdades sócias expressando a 
identidade do “eu e o próximo”. 
 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
• Reconhecer e respeitar as diferentes manifestações culturais no espaço em 
que vivemos, (vestuário, culinária, linguagem, formas de organização da sociedade); 
• Trabalhar interação entre família e escola; 
• Estimular o respeito às regras sociaise de convivência com o outro 
estimulando o respeito às diversas culturas e ao próximo. 
• Trabalhar e explorar a diversidade cultural existente no Brasil, proporcionando 
as crianças o contato com outras culturas e consequentemente com o novo, 
favorecendo o desenvolvimento da tolerância ao diferente e reforçando a autoestima 
e identidade de cada um. 
• Vivenciar a realização de culinária de pratos da cultura africana. 
Sendo assim será abordado os seguintes conteúdos: 
- Pluralidade cultural; diversidade, identidade, valores, respeito ao próximo, regras 
de convivência, podendo ser explorado todos os eixos como (natureza e sociedade, 
linguagem oral e escrita, artes, matemática, música e movimento), tolerância as 
diferenças e autoestima pessoal e social. 
- As atividades serão realizadas no período de 6 meses(um semestre) conforme a 
distribuição das horas aulas das disciplinas. 
✓ História – 3 aulas semanais 
✓ Arte – 1 aula semanal 
✓ Ensino religioso (ética) – 1 aula semanal. 
➢ COMO 1º MOMENTO para dar inicio as atividades foram escolhidas algumas 
histórias infantis que evidenciam as diferenças: 
- “O PATINHO FEIO” auto (Hans Christian Andersen) a historia fala de uma pata que 
estava a chocar alguns ovos. Os dias foram-se passando e chegou a altura dos 
patos nascerem. Mas havia um pato que era diferente de todos os outros. Era gordo 
e muito feio, a pata não gostava dele e só lhe dava desprezo. Os dias foram-se 
passando e os patinhos iam crescendo, o patinho já não aguentava mais que os 
outros irmãos gozassem mais com ele. Ate lhe deram o nome de “Patinho feio”. Um 
 9 
dia a pata mandou-o embora e disse-lhe que ele era a vergonha da família e ele foi. 
Teve algum tempo a viver sozinho ao pé de um lago, ate que um dia encontrou 
alguns cisnes e começaram conversar, ele disse a eles que era feio. E descobriram 
que eram irmãos disseram lhe que ele era muito bonito. E na verdade o patinho feio 
já estava muito bonito e era um lindo cisne. Então os outros cisnes levaram o 
patinho feio à mãe ela pediu-lhe desculpa e ficaram todos felizes. 
- “O MENINO MARROM” autor: (Ziraldo) O menino marrom conta a historia da 
amizade entre dois meninos, um negro e um branco através da convivência 
aventureira dessas crianças ao longo de suas vidas, o autor pontua as diferenças 
humanas, realçando os preconceitos em alguns momentos. 
- “A MENINA E O TAMBOR” autor (Sonia Junqueira) Andando pela rua, uma menina 
percebe, nas pessoas que passam um ar preocupado, ou triste, ou aborrecido. 
Parecem todos apáticos, levando uma vida descolorida e sem alegria. Por mais que 
tente, a menina não consegue contato com essas pessoas. Aos poucos, vai ficando 
contaminada pela desolação geral e começa, ela também, a desbotar. De repente, 
escuta o TUM-TUM do próprio coração e tem uma ideia. Vai para casa, pega um 
pequeno tambor e sai pelas ruas tocando com força, enchendo o ar de TUM-TUNS 
contagiantes, arrebatando as pessoas, que ganham vida, recuperam suas cores e 
entram no cortejo de música e alegria que segue a menina e seu tambor. 
➢ 2º MOMENTO realizar uma roda de conversa com os alunos sobre as 
diferenças, e questionar se eles já conhecem a histórias. Questionar os alunos sobre 
o que sabem, que ideias e opiniões, dúvidas ou hipótese sobre o tema em debate, 
valorizando seus conhecimentos. 
Contar as histórias de forma diferenciada conforme a criatividade de cada 
professor, promovendo leitura do livro ou em forma de teatro, fantoche e/ou 
utilizando o Datashow/multimídia . 
- Promover reflexões positivas de reportagens jornalísticas e textos da 
atualidade que tratam sobre o tema. 
- Desenvolver atividades com diferentes fontes de informações em livros, 
jornais, revistas, filmes, fotos, confrontar dados e abordagem. 
- Ensinar procedimentos de pesquisa consulta em fontes bibliográficas, 
organização de informações coletadas, obter informações de documentos, como 
procederem visitas, reflexão e estudos sobre a presença na atualidade de elementos 
afro brasileiros nas comunidades vizinhas. Realizar palestras com pessoas idosas 
 10 
para realizar a comparação dos anos passados para a atualidade que vivemos. 
➢ 3º MOMENTO -Apresentar alguns vídeos: 
-“Breve História da Cultura Africana” acesso em: 
https://www.youtube.com/watch?v=RPzxt1iZGiA, 
-“Entendendo A Dança Indígena” acesso em: 
https://www.youtube.com/watch?v=20YgX5k_FQk 
-“As Crenças, As Festas E Os Ritos Do Povo Indígena Kamayura Retratos De Fé” 
acesso em: https://www.youtube.com/watch?v=rGciNU7elv0 
-“Cultura Afro Brasileira” acesso em: 
https://www.youtube.com/watch?v=N3M0md9Va0A. 
A partir destes vídeos/documentários, fazer uma reflexão com os alunos do 
que os mesmos apresentam, explorando os costumes, a cultura, a religião destes 
povos, enfatizando o quanto eles tem relação e/ou sofrem influência de outras 
culturas e costumes, mesmos que distintos uns dos outros, influencia não só nosso 
país, mas toda a América, abrangendo outras “linhas” territoriais e outros 
continentes. Mostrar que o “universo” de uma forma ou de outra se “interliga pela 
cultura, pelo idioma, pelas características, pelas culinária, pelo vestuário, pela 
religião e outros, explicando que não existe “fronteirização”, ou não deveria existir, 
quando se trata destes assuntos. 
➢ 4º MOMENTO - Construir com os alunos: resumos orais, em forma de textos, 
gráficos, linha de tempo, criação de brochuras, murais, teatros, danças, coreografias, 
comidas, vestimentas, instrumentos utilizados no trabalho, nos rituais, nas danças, 
exposições e estimular a criatividade expressiva. 
- Mostrar aos alunos varias Ilustrações dos trabalhos de Candido Portinari 
entre elas “Menina com tranças e laços” pedir para que reproduzam a 
obra fazendo uma analogia com a história contada “Menina bonita do 
laço de fita". 
➢ 5º MOMENTO - A avaliação- que acontecerá de forma diagnóstica 
e contínua, levando em consideração os avanços individuais dentro da 
coletividade e a participação no desenvolvimento das atividades propostas, dando 
oportunidade aos professores, de rever a própria prática docente criando novas 
possibilidades para estimular os alunos a desenvolver suas potencialidades e 
mudanças de postura frente a essa “miscigenação humana”, mostrando-lhes que 
https://www.youtube.com/watch?v=RPzxt1iZGiA
https://www.youtube.com/watch?v=20YgX5k_FQk
https://www.youtube.com/watch?v=rGciNU7elv0
https://www.youtube.com/watch?v=N3M0md9Va0A
 11 
uma sociedade democrática e justa, inclui todos os setores da população, não 
admitindo a existência de distorções, diferenças ou dominação. 
Para finalizar as atividades do semestre propor a culminância dos trabalhos em 
forma de feira pedagógica com apresentações de todas as atividades realizadas a 
toda a comunidade escolar e a sociedade em geral. 
Sendo assim para realizar essas atividades vamos precisar dos seguintes 
recursos: Livros de histórias, revistas, jornais, textos diversos, vídeos, tesouras, 
colas, lápis de cor, papel oficio, cartolinas, papel pardo, televisão, Datashow 
maquina fotográfica, convite para as pessoas idosas que realizarão palestras, 
disponibilidade para passeios e um local para exposição dos trabalhos no final do 
semestre. 
Não importa se você é negro, branco, se tem olhos azuis, ou verdes ou 
escuros... O importante é você ter Deus... E ele não cria nada em vão... 
(Bob Marley) 
 
2.3 REFERENCIAL TEÕRICO PARA AS ATIVIDADES 
 
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações Étnico – 
Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Secretaria 
Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Brasília: MEC, 2005.35p. 
 
Revista Nova Escola. Vários autores. São Paulo-SP – edição de Nov. 2004 e 
2005. 
 
ROCHA. Ruth. ROTH. Otávio. Declaração universal dos direitos humanos. São 
Paulo-SP, 2004. Artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.Pesquisas na internet. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
3. CONCLUSÃO 
Através da leitura e analise de todos os documentos propostos sobre a atual 
política curricular compreendemos que a mesma atribui ao ensino o papel de formar 
um novo cidadão, capaz de compreender a história do país e do mundo como 
resultante de múltiplas memórias originárias da diversidade de experiências 
humanas em oposição ao entendimento, até então dominante, de uma memória 
unívoca das elites ou de um passado homogêneo bem como nos diz Gilberto Freyre 
que discute a demagogia da história e da cultura afro-brasileira da seguinte forma: 
Todo brasileiro, mesmo o alvo, de cabelo louro, traz na alma, quando não 
na alma e no corpo [...] a sombra, ou pelo menos a pinta, do indígena ou no 
negro. No litoral, do Maranhão ao Rio Grande do Sul, e em Minas Gerais, 
principalmente do negro. A influência direta, ou vaga e remota do africano. 
Na ternura, na mímica excessiva, no catolicismo em que se deliciam nossos 
sentidos, na música, no andar, na fala, no canto de ninar menino pequeno, 
em tudo que é expressão sincera da vida, trazemos quase todos a marca da 
influência negra. Da escrava ou sinhá a que nos embalou. Que nos deu de 
mamar. Que nos deu de comer, ela própria amolengando na mão o bolão 
de comida. Da negra velha que nos contou as primeiras histórias de bicho e 
de mal-assombrado. Da mulata que nos tirou o primeiro bicho de pé de uma 
coceira tão boa. De quem nos iniciou no amor físico e nos transmitiu, ao 
ranger da cama, de vento, a primeira sensação completa de homem. Do 
moleque que foi nosso primeiro companheiro de brinquedo. (FREYRE. 
51°edição, 2006, pag. 367) 
 
Esse estudo nos permitiu concluir que a educação das relações étnico-raciais 
tem por alvo a formação de cidadãos, mulheres e homens empenhados em 
promover condições de igualdade no exercício de direitos sociais, políticos, 
econômicos, dos direitos de ser, viver, pensar, próprios aos diferentes 
pertencimentos étnico-raciais e sociais. Em outras palavras o objetivo de 
desencadear aprendizagens e ensinos em que se efetive participação no espaço 
público para que se formem homens e mulheres comprometidos com e na discussão 
de questões de interesse geral, sendo capazes de reconhecer e valorizar visões de 
mundo, experiências históricas, contribuições dos diferentes povos que têm formado 
a nação, bem como de negociar prioridades, coordenando diferentes interesses, 
propósitos, desejos, além de propor políticas que contemplem efetivamente a todos 
que a realidade em que vive a escola diante do ensino da Cultura Afro-brasileira 
necessita ser tratada de forma a melhorar o processo de ensino-aprendizagem e 
capacitar os docentes e gestores escolares na busca de desmistificar a cultura 
africana acerca da influência gerada à cultura nacional, podendo assim encontrar 
alternativas para o combate a discriminação racial de que ainda sofrem os negros e 
indígenas na sociedade dos dias atuais. 
 13 
4. REFERÊNCIAS 
 
BARBOSA, Rogério Andrade. Histórias africanas para contar e recontar. São Paulo: 
Editora do Brasil, 2001. 
 
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