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Rafaela Pamplona 
Biomorfologia do Sistema Nervoso 
 
Introdução – Tecido Nervoso 
- Detectar, transmitir, analisar e utilizar as informações geradas pelos 
estímulos sensoriais (calor, luz, energia mecânica e modificações químicas) 
- Organizar e coordenar (motoras, viscerais, endócrinas e psíquicas) 
Encontra-se distribuído pelo organismo formando uma rede de 
comunicações: 
→ são células que, junto às células da glia ou neuróglia, 
constituem o sistema nervoso central (SNC), formado pelo encéfalo e pela 
medula espinal, e o sistema nervoso periférico (SNP), formado por gânglios 
e nervos de fora do SNC. São células capazes de responder a estímulos, 
ou seja, trata-se de células excitáveis. Os neurônios detectam, transmitem 
e analisam os estímulos, organizando e coordenando, ainda, as funções do 
organismo por meio de circuitos formados por seus prolongamentos. Eles 
são as principais células, porém por serem em menor quantidade acabam 
se tornando dependentes das células da glia. 
→ são as células mais abundantes, que 
auxiliam os neurônios a executarem suas funções. Tipos de células gliais: 
• Astrócitos 
 • Oligodendrócitos 
 • Células ependimárias 
 • Micróglia 
 • Células de Schwann (SN Periférico) 
→ o nervo é envolvido por membranas conjuntivas. 
As meninges são formadas de tecido conjuntivo. 
 
Neurônios 
Os neurônios ou células nervosas compõe a unidade básica ou funcional 
do tecido nervoso. O neurônio é uma célula altamente especializada e suas 
principais características são excitabilidade e condutividade. Eles são 
responsáveis pela recepção, transmissão e processamento de estímulos. 
Os neurônios também são considerados células secretoras de 
neurotransmissores e de hormônios. Sua principal característica é ser uma 
célula estimuladora (estímulos excitatórios e inibitórios). 
De acordo com a morfologia, o neurônio possui três componentes 
básicos: 
 também chamado de soma ou 
neurossoma. É centro trófico da célula, capaz de receber estímulos. É a 
região onde se encontra o núcleo (central e mononuclear) e grande parte 
das organelas. É uma região rica em mitocôndrias, devido ao metabolismo 
intenso, consumindo muita energia. Outra organela importante nessa 
região é o Reticulo Endoplasmático Rugoso, também chamado de 
Corpúsculo de Nissl. Citoesqueleto é composto por neurofilamentos, 
responsáveis por estabelecer a forma. 
 
1. Núcleo esférico e pouco corado (cromossomo muito distendido pois está 
em atividade) 
2. Cada núcleo tem 1 nucléolo central e grande 
3. Rico em retículo endoplasmático rugoso: conjunto de ribossomo e 
cisterna (mancha basófila chamada corpúsculo de Nissl). 
4. Neurofilamentos: neurofibrila e microtúbulos 
O corpúsculo de Nissl são manchas biofílicas espalhadas ao redor dos 
corpos celulares onde estão presentes numerosas cisternas de reticulo 
endoplasmático rugoso e ribossomos. Devido a presença do corpúsculo 
de Nissl os neurônios têm uma grande capacidade sintética de proteínas. 
Os neurônios maiores, motores, por exemplo; costumam possuir uma 
maior quantidade de corpúsculos de Nissl. 
O aparelho de Golgi é proeminente e localizado em volta do núcleo, sendo 
o corpo celular o único local onde pode ser encontrado. A função do 
aparelho de Golgi é produzir os neurotransmissores do neurônio e 
armazenados em vesículas e transportados para as porções terminais do 
axônio onde poderão ser liberados se o neurônio for excitado. 
Na região que se aproxima do axônio o citoesqueleto se torna mais denso, 
essa região é chamada de proeminência axônica ou cone de implantação. 
: são os prolongamentos numerosos especializados na função 
de receber estímulos do ambiente ou de outros neurônios. A quantidade 
de dendritos varia de acordo com o tipo de neurônio. 
: prolongamento único e longo especializado na 
condução/transmissão do impulso. 
 
 
 
Rafaela Pamplona 
Classificação dos Neurônios – quanto a Morfologia 
→ : apresentam mais de dois prolongamentos celulares, 
um axônio e vários dendritos. É o mais abundante no organismo humano, 
encontrado no SNC, nos gânglios intramurais. 
→ : possuem um dendrito e um axônio partindo do pericário 
(gânglios coclear e vestibular, retina, teto da cavidade olfatória) 
→ : mais comum durante o desenvolvimento 
embrionário, é comum sofrer diferenciação em bipolar. Apresentam 
próximo ao corpo celular um prolongamento único que se bifurca, uma 
extremidade vai agir como dendrito (recebe estimulo) e a outra como 
axônio (conduz o estimulo) (gânglios espinhais e craniais). 
 
Classificação dos Neurônios – quanto a Função 
→ controlam órgãos efetores. 
→ : recebem estímulos sensoriais do meio ambiente e do 
próprio organismo 
→ : estabelecem conexões entre os outros neurônios 
formando circuitos complexos. 
 
 
 
 
Células da Glia 
As células da glia ou neuroglia compreendem vários tipos celulares 
presentes no tecido nervoso1 ao lado dos neurônios. Estima-se que para 
cada neurônio existam de 10 a 50 gliócitos. 
→ são células com forma estrelada, responsável pela 
sustentação e nutrição. São as células mais numerosas e de maior 
diversidade funcional. O astrócito liga o neurônio ao capilar, fazendo a 
nutrição por meio da transferência de íons e moléculas do sangue para 
os neurônios através do pés vasculares, além disso os astrócitos 
respondem a diversos sinais químicos e absorvem o excesso de 
neurotransmissores. O astrócito também liga o neurônio a pia-mater, 
auxiliando na sustentação. Participam na regulação as atividades e na 
sobrevivência dos neurônios.
• : possuem prolongamentos curtos e 
numerosos, localizados na substância cinzenta. 
• : possuem prolongamentos longos e pouco numerosos, 
localizados na substância branca. 
 
Os astrócitos possuem boa capacidade regenerativa, em casos de morte 
neuronal o local é preenchido por células da glia, principalmente pelos 
astrócitos = fenômeno conhecido como Gliose. 
 
Rafaela Pamplona 
→ : são células pequenas e alongadas, com prolongamentos 
curtos e irregulares. São células fagocitárias, que representam o sistema 
mononuclear facitário. Mecanismo de defesa do SNC, ou seja, são os 
macrófagos do tecido nervoso, participando do processo de inflamação e 
da reparação desse tecido. Também secreta diversas citocinas, as quais 
regulam o processo imune e removem os restos celulares que surgem 
nas lesões do SNC. 
→ : formação da bainha de mielina no SNC, que servem 
como isolantes elétricos. Eles possuem prolongamentos que se enrolam 
em volta dos axônios. Cada oligodendrócito pode mielinizar vários 
segmentos de vários axônios. 
→ : possuem a mesma função dos 
oligodendrócitos, mas localizadas no SNP. Diferente dos oligodendrócitos, 
as células de Schwann só podem mielinizar uma fibra nervosa somente 
em um segmento curto de tal forma que várias células de Schwann 
precisam se dispor, como em uma fila, para cobrir toda a extensão do 
axônio. 
 
 
→ : são células epiteliais cilíndricas que revestem 
os ventrículos do cérebro e o canal central da medula espinhal. Em alguns 
locais, podem apresentar cílios para facilitar o movimento do líquido 
cefalorraquidiano. 
 
 
 
 
Sistema Nervoso Central 
O sistema nervoso central é constituído pelo cérebro, cerebelo e medula 
espinhal. Como não contém um estroma de tecido conjuntivo, o sistema 
nervoso central tem a consistência de uma massa mole. 
Quando corados, o cérebro, o cerebelo e a medula espinhal mostram 
regiões brancas (substância branca) e regiões acinzentadas (substância 
cinzenta). A distribuição da mielina é responsável por essa diferença de 
cor, que é visível a olho nu. 
Os principais constituintes da substância branca são axônio mielinizados, 
oligodendrócitos produtores de mielina. Ela possui também outras células 
da glia, como a micróglia e o astrócito fibroso. A substância branca não 
contém corpos de neurônios. 
A substância cinzenta é formadade corpos de neurônios, dendritos, a 
porção inicial não mielinizada dos axônios e células da glia, como astrócito 
protoplasmático. É na substância cinzenta que ocorrem as sinapses do 
SNC. A substância cinzenta predomina na superfície do cérebro e do 
cerebelo, constituindo o córtex cerebral e o córtex cerebelar, enquanto 
a substância branca predomina nas partes mais centrais. Essa 
conformação é invertida na medula espinhal, em cortes transversais, a 
substância branca se localiza externamente e a cinzenta internamente, 
com forma de letra H. 
 
 
 
Rafaela Pamplona 
Meninges 
O SNC é protegido por três envoltórios formados por tecido conjuntivo 
denso (epitélio simples pavimentoso), denominados, como meninges 
sendo estas, na ordem do interior para o exterior: 
• : localizada mais intimamente ao sistema nervoso, é 
impossível de ser totalmente removida sem remover consigo o próprio 
tecido nervoso, essa camada é altamente delgada e vascularizada. No III 
e IV ventrículos sofre dobras, formando os plexos coróides. 
• situada entre a Pia-máter e Dura-máter, é provida de 
trabéculas que permite a circulação do líquido cefalorraquidiano. O 
espaço subaracnóideo é bastante espesso e rico em vasos sanguíneos. 
• : trata-se do envoltório mais externo e mais forte, 
constituída de tecido conjuntivo denso, continuo com o periósteo dos 
ossos da caixa craniana. A dura-máter que envolve a medula espinhal é 
separada do periósteo das vértebras, formando-se entre os dois, o 
espaço peridural. 
 
 
 
Medula Espinhal 
- Substância branca localiza-se externamente e a substância cinzenta 
internamente, com a forma de letra H. 
- O traço horizontal do H apresenta um orifício revestido por células 
ependimárias. 
 
Sistema Nervoso Periférico 
Enfatize nas células de Schwann 
 
O axônio superior mostra o tipo mais frequente de fibra amielínica. Quando 
os axônios são muito finos (fig inferior), podem se juntar em um mesmo 
compartimento de células de Schwann. Neste caso, há vários axônios em 
um só mesaxônio. Mesaxônio – é a camada que envolve o axônio. 
Os componentes do SNP são os nervos, gânglios e terminações nervosas. 
→ : são feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo 
que estabelecem comunicação entre os centros nervosos. As fibras 
nervosas são constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias. 
• Epineuro – cápsula externa que envolve o nervo como um todo. 
Por ser tecido conjuntivo, emite septos que subdividem o nervo em 
grupos de fibras nervosas. 
• Perineuro – envolvem as fibras nervosas. Que por sua vez, 
também emite septos que subdividem as fibras em axônios. 
• Endoneuro – envolve cada axônio. 
Essas membranas de tecido conjuntivo servem para uniformizar e 
acelerar a condução do estimulo nervoso. Além de favorecer a 
vascularização, dando suporte nutricional. 
 
 
 
Os nervos não contêm os corpos celulares dos neurônios; esses corpos 
celulares localizam-se no sistema nervoso central ou nos gânglios 
nervosos, que podem ser observados próximos à medula espinhal. 
 
Rafaela Pamplona 
Quando partem do encéfalo, são chamados de cranianos; quando partem 
da medula espinhal, denominam raquidianos. 
Os nervos permitem a comunicação dos centros nervosos com os órgãos 
receptores (sensoriais) ou, ainda, com os órgãos efetores (músculos e 
glândulas). De acordo com o sentido da transmissão do impulso nervoso, 
os nervos podem ser: 
• Sensitivos ou aferentes: quando transmitem os impulsos 
nervosos dos órgãos receptores até o sistema nervoso central; 
• Motores ou eferentes: quando transmitem os impulsos nervosos 
do sistema nervoso central para os órgãos efetores; 
• Misto: quando possuem tanto fibras sensitivas quanto fibras 
motoras. São os mais comuns no organismo. 
→ são acúmulos de neurônios localizados fora do SNC. Na 
maior parte são órgãos esféricos, protegidos por cápsulas de tecido 
conjuntivo e associados a nervos. 
Conforme a direção do impulso nervoso, os gânglios podem ser sensoriais 
(aferentes; cranianos e espinhais) ou gânglios do sistema nervoso 
autônomo (eferentes; intramurais). 
 
 
Degeneração e Regeneração do Tecido Nervoso 
Os neurônios dos mamíferos geralmente não se dividem, a destruição de 
um neurônio representa uma perda permanente. 
Os seus prolongamentos, no entanto, dentro de certos limites, podem 
regenerar-se devido à atividade sintética dos respectivos pericários. Por 
isso, os nervos regeneram-se, embora com dificuldade. 
Os espaços deixados pelas células e fibras nervosas do SNC destruído por 
acidente ou doença são preenchidos por células da glia. 
As células de Schwann são importantes na regeneração neuronal 
periférica. na degeneração ortógrafa ou walleriana (no axônio separado) 
com coto axonal distal a secção. É um processo resultante do corte ou 
esmagamento de uma fibra nervosa, no qual a parte do axônio que é 
separada do corpo do neurônio degenera distalmente em relação à lesão. 
O neurônio motor que sofre uma secção no axônio a porção distal, que 
está separada do neurossoma vai se degenerar devido a falta de nutrição 
suficiente. Mas o segmento proximal, ainda em contato com o 
neurossoma, deixa de receber qualquer tipo de sinalização via retrograda, 
além das próprias citocinas e passa a reativar esse processo de tentativa 
de regeneração e reinervação da célula alvo, dependendo da distância, 
do tempo e da habilidade cirúrgica do médico responsável pela 
reaproximação essa, as células de Schwann são mantidas viáveis. 
Cromatólise central 
A secção do axônio pode causar no neurônio alterações conhecidas como 
cromatólise central ou reação axonal: o corpo celular sofre tumefação, 
com desaparecimento dos corpúsculos de Nissl (devido ativação dos 
ribossomos) na porção central da célula e deslocamento do núcleo para 
a periferia. O segmento axonal proximal emite prolongamentos em busca 
de sinais químicos até encontrar as antigas células de Schwann. Ao 
encontrá-las o axônio volta a crescer dentro dos canais de orientação 
mantidos pelas células de Schwann. 
Estas alterações são geralmente reversíveis e interpretadas como um 
estado de metabolismo aumentado para favorecer a regeneração do 
axônio. Alteração semelhante pode ser observada em certas lesões 
crônicas do neurônio como, por exemplo, na pelagra. 
Essa regeneração só é possível porque cada grupo de células de 
Schwann só é responsável por um axônio, por uma única fibra nervosa. 
Cone de Amputação (fig E) – quando não há a neuroplasticidade, 
por exemplo quando um órgão é amputado. 
 
 
 
http://anatpat.unicamp.br/bineuhistogeral.html#cromat%C3%B3lise