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AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA - Pneumofuncional

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AVALIAÇÃO 
RESPIRATÓRIA
Claudia Caldart
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
OBJETIVO PRINCIPAL
• Identificar as alterações do paciente, passíveis de
intervenção fisioterapêutica, para serem traçados objetivos e
condutas adequadas
• Ritual preliminar ao diagnóstico fisioterapêutico
• Verificação do risco/benefício da intervenção fisioterapêutica
• Avaliação constante e reavaliações sistemáticas
• Condução
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
ANAMNESE EXAME FÍSICO
• Inspeção
• Palpação
• Percussão
• Ausculta pulmonar
ASPECTOS GERAIS
• Posição do paciente
– sedestação, leito, poltrona, decúbito, postura
• Estado geral
– BEG, REG, MEG cuidado!
• Nível de consciência
– LOC, alerta, sonolento, sedado, confuso, agressivo, 
ativo, comatoso 
COMA OU SEDAÇÃO?
• Escalas de coma 
• Escalas de sedação
• Escala de coma: Glasgow
Escalas de Sedação: Ramsay e Rass
• Escala de Ramsay
(1) Ansioso, agitado ou agressivo 
(2) Cooperativo, orientado e 
tranquilo
(3) Responde apenas com ordens 
verbais 
(4) Dormindo, com resposta tátil 
(5) Só responde a estímulo 
doloroso 
(6) Resposta ausente a qualquer 
tipo de estímulo
+4 Agressivo, violento, perigoso
+3 Muito agitado, conduta agressiva, remoção de tubos ou cateteres
+2 Agitado, movimentos sem coordenação frequentes
+1 Inquieto, ansioso, sem movimentos agressivos ou vigorosos
0 Alerto, calmo
-1 Sonolento, não se encontra totalmente alerta, mas tem despertar sustentado ao som 
da voz (>10seg)
-2 Sedação leve, acorda rapidamente e faz contato visual com o som da voz (<10 seg)
-3 Sedação moderada, movimento ou abertura dos olhos ao som da voz (sem contato 
visual)
-4 Sedação profunda, não responde ao som da voz, mas movimenta ou abre os olhos 
com estimulação física
-5 Incapaz de ser despertado, não responde ao som da voz ou ao estímulo físico
• Escala de Rass (Escala de Richmond de Agitação-Sedação)
Escala de Rass
Escala de Richmond de Agitação-Sedação
 Procedimentos da medida de RASS
1. Observar o pacte
*Pcte alerta, inquieto ou agitado (0 a +4)
2. Se não alerta: dizer nome do pcte solicitando abertura ocular
*Pcte acordado, com abertura ocular sustentada e realizando contato visual (-
1)
*Pcte acordado, realizando abertura ocular e contato visual breve (-2)
*Pcte é capaz de fazer algum tipo de movimento, porém sem contato visual (-
3)
3. Quando paciente não responde ao estímulo verbal, realizar estímulos físicos
*Pcte realiza algum movimento ao estímulo físico (-4)
*Pcte não responde a qualquer estímulo (-5)
• Extremidades
– Aquecidas, perfundidas, edemaciadas, frias, hipocratismo digital
Sinais Vitais 
1. Temperatura (TX ou TAX ou Tº)
• 36° a 37,5° C
• ↓ hipotermia 
• ↑ hipertermia - estado febril
2. Frequência Respiratória (FR)
• eupnéia ou normopnéia: 12 a 22 irpm
• ↑:taquipnéia
• ↓:bradipnéia
3. Frequência Cardíaca (FC) 
• Normal: 60 – 100 bpm
• ↑: taquicardia 
• ↓: bradicardia
DISPNÉIA
4. Pressão Arterial (Pa)
• Normal: 120/80 mmHg
• ↑ hipertensão
• ↓ hipotensão
• Ventilação
– VE em aa
• Oxigenoterapia
– cateter (CN), óculos (ON), máscaras faciais (Venturi
ou com reservatório) – l/min de O²
– Ventilação Mecânica
• Não Invasiva
• Invasiva
– VMI – TET (TOT, TNT), traqueostomia (TQT) -
parâmetros
• Saturação Periférica de O² (SpO2)
• nível de oxigenação sanguínea
• normal: 95%- 100% 
• SpO2 ↓: hipoxemia
• Tipo de tórax
– Abertura do ângulo formado pelas últimas costelas
• ângulo de Charpy
– Classificação
Normolíneo = 90°
Brevelíneo > 90°
Longelíneo < 90°
• Formato de Tórax e Simetria
– Normal, assimétrico, raquítico, chato ou plano, tonel ou barril, pectus
carinatun, pectus escavatun, globoso, cifo-escoliótico
pectus carinatum cifo-escoliótico pectus escavatum
• eupnéia/normopnéia –
normal
• taquipnéia (↑) 
• bradipnéia (↓) 
• Apnéia - suspensão da 
respiração
• Hiperpnéia: (↑ amplitude 
dos movimentos resp)
• Tipo de Respiração
• Padrão Muscular Respiratório
– misto com predomínio diafragmático 
– misto com predomínio apical
– respiração paradoxal
ÍNDICE DIAFRAGMÁTICO (ID)
AB = diferença da dimensão abdominal entre a fase inspiratória e a fase expiratória
CT = diferença da dimensão torácica entre a fase inspiratória e a fase expiratória
Posição do paciente: decúbito dorsal
Mensuração: Solicitar ao paciente que inspire e expire profundamente, identificando a 
variação da medida. 
• dimensão torácica é medida com a fita métrica posicionada no 4°espaço intercostal, que 
comumente se situa na altura da linha mamilar.
• dimensão abdominal é medida com a fita métrica posicionada na altura da cicatriz 
umbilical.
VALOR REFERÊNCIA:
• 0,5 = misto sem predomínio
• > 0,5 misto com predomínio diafragmático
• < 0,5 misto com predomínio apical
• Expansibilidade Torácica
– Apical e basal
– Anterior e posterior
• Normal
• Diminuída
CIRTOMETRIA
CIRTOMETRIA DO TÓRAX
• Forma de tornar a avaliação pouco mais objetiva que apenas visual;
• Com o uso de uma fita métrica contornar o tórax nos níveis Axilar, Xifoideano e
Abdominal, durante inspiração e expiração;
• Anotar os valores e subtrair o valor de inspiração pelo valor de expiração;
• Esse valor pode “dar uma ideia” da mobilização das circunferências torácicas superior,
média e inferior
“A normalidade da cirtometria em um adulto jovem saudável é em torno de 7 cm de 
mobilidade torácica.”
Carvalho AR, Butzge DM, Bianchini LC, Rocco PF, Rodrigo ACA, Maso GCD, et al. Fit Perf J.,2008.
• Relação Ti/Te (Ritmo respiratório)
– 1:2
• Mobilidade Torácica
– Normal
– Diminuída
• Uso de Musculatura Acessória da Respiração
• Tiragem
– supraclaviculares
– infraesternal (xifoidiana)
– supraesternal (de fúrcula)
– Intercostal
– subecostal
• Sinal de Hoover
– Sinal aparente em pctes com hiperinsuflação
pulmonar grave
– Diafragma mantém-se retificado e rebaixado
– Na inspiração ocorre retração do terço inferior do
tórax
– Diminuição do diâmetro latero-lateral do tórax na
fase inspiratória
• Tosse
1. produtiva 2. improdutiva
eficaz ineficaz
deglutida expectorada
• Secreção
– Aspecto: hialina ou mucóide (com aspecto de “clara de ovo” ),
purulenta ou mucopurulenta (amarela, verde e marrom), hemática, hemorrágica 
ou sanguinolenta (presença de sangue), a moldes brônquicos (aspergilose -
fungo)
– Quantidade: pequena, moderado e grande
– Consistência: fluida, viscosa ou espessa
– Odor: inodora ou fétida.
3. Laríngea (tom metálico - BCE)
4. Paroxística (crises desencadeadas por situações
especiais)
5. Reprimida (paciente tem reflexo, mas reprime
voluntariamente)
 
IRWIN & TECKLIN (1997). Fisioterapia Cardiopulmonar. São Paulo, Ed. Manole..
Ausculta pulmonar
• Percussão
“Consiste em produzir vibrações na parede torácica que transmitem aos órgãos e tecidos adjacentes”
Gambaroto, 2006
– Desequilíbrio na relação normal de quantidade de ar/tecido
– macicez (obstrução das Vas, atelectasias, PNM) – ar substituído por 
líquido ou células
– timpanismo (enfisema subcutâneo, hiperinsuflação) – excesso de ar 
TESTES ESPECÍFICOS EM FISIOTERAPIA 
PNEUMOFUNCIONAL
• 1. VENTILOMETRIA
Quantidade de ar circulante nos pulmões 
– Volume Minuto (VM)
– Frequência Respiratória (FR)
– Volume Corrente (VAC)
Referências
– VAC (8 a 10 ml/Kg),
– FR (12 a 20 irpm)
– VM (7 a 10 ml/Kg)
– VM: VAC x FR
– VAC: VM / FR
Técnica
paciente em DD (30º) no leito
adaptar o ventilômetro
Solicitar uma respiração tranquila durante 
1 min
verificar a FR do pcte e utiliza as fórmulas• 2. PEAK FLOW - Pico de Fluxo Expiratório
– Máximo de fluxo mobilizado em uma expiração forçada
– Reflete dois componentes: permeabilidade das vias aéreas – grau 
de obstrução brônquica
– Força de explosão dos mm expiratórios
– Pcte sentado, confortável
– Realizar 3x, 2 dias consecutivos
• Homens: 500-700 l/min
• Mulheres: 380-500 l/min
• 3. MANOVACUOMETRIA
• É a avaliação da força mm, mede as pressões máximas inspiratórias 
e expiratórias 
• Equipamento utilizado: manovacuômetro
– Pi máx é o índice de força diafragmática (-)
• Valor normal entre –90 a –120 cmH²O
– Pe máx é o índice de força dos intercostais e abdominais
• Valor normal entre +100 a +120 cmH²O
VALORES DE REFERÊNCIA Pimáx
VALORES DE REFERÊNCIA
(UTI)
• Fraqueza Muscular Respiratória:
-70 a -45 cmH2O
• Fadiga Muscular Respiratória:
-40 a -25 cmH2O
• Falência Muscular Respiratória:
Abaixo de -20 cmH2O
VALORES DE REFERÊNCIA 
(Neder et al., 1999)
• Homens: 
– PImáx= −0,80 × idade + 155,3 
– Pemáx= −0,81 × idade + 165,3 
• Mulheres: 
– Pimáx= −0,49 × idade + 110,4 
– Pemáx= −0,61 × idade + 115,6
Referências bibliográficas
• Gambaroto, G. Fisioterapia em terapia Intensiva. Ed. Manole, 2008.
• Sarmento, GJV. Fisioterapia respiratória no paciente crítico. 2ª ed.
Manole, 2008.
• Gava, MV.; Picanço, PSA. Manuais de fisioterapia- Fisioterapia
Pneumológica. Ed Manole, 2008.
• Machado, MGR. Bases da Fisioterapia Respiratória – Terapia
Intensiva e Reabilitação. Guanabara Koogan, 2008.

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