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Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)
Curso: Relações Internacionais 
Disciplina: Teoria Política II
Prof. Walter Barbieri Junior
Filósofa (“teórica política” como preferia ser chamada) alemã de origem judaica
Escritos dedicados a discussão problema mais importante do seu tempo: o Totalitarismo 
Hannah Arendt (1906-75)
Perseguição na Alemanha nazista altera o foco de Arendt. Fato: o incêndio do Parlamento alemão despertou sentimento de posição política (1933). 
Arendt: personagem apátrida típica do século XX = perda de direitos, pátria
Obra: “As Origens do Totalitarismo” (1951): tema como o totalitarismo emergiu politicamente e quais falhas políticas e individuais permitiram seu surgimento
Hannah Arendt (1906-75)
Exílio França (1933). Envolvimento movimento sionista. Fuga campo de concentração 
Pós 1944 - EUA (desenvolve importante carreira acadêmica). Tornou-se cidadã norte-americana em 1951
Século XX: regimes totalitários (nazismo e stalinismo) – piores mundos da experiência humana, tranformou-se sociedade opressora e falta de liberdade
Hannah Arendt (1906-75)
Baseada nas experiências de sua vida – profunda compreensão da importância da política, e seus interesses acadêmicos foram devotados para compreensão do relacionamento entre a teoria filosófica e a prática política
Importância em pensar a política atrelado a história
Hannah Arendt
Natureza política da sua obra: conceito de liberdade ligada a razão
“A razão é a saída do homem de sua menoridade pela qual ele próprio é responsável... menoridade é a incapacidade de se servir de seu entendimento sem a direção de outrem, menoridade pela qual é responsável, uma vez que a causa reside não em um defeito de entendimento, mas numa falta de decisão é coragem em se servir dele sem a direção de outrem.” (Immanuel Kant)
Hannah Arendt
Inconformismo de intelectuais alemães, como Martin Heidegger, apoiaram o regime nazista
Considerava que havia uma tensão entre filosofia e a política: a atividade intelectual do pensar abstrato levou filósofos a descartar a ação política como menos significativa do que a contemplação
Hannah Arendt
Ascensão do Totalitarismo:
Alemanha - Nazismo (1933-45)
URSS - Stalinismo (1924-53)
Ascensão do totalitarismo na Europa no século XX
1- antissemitismo: fenômeno político
2- imperialismo: resultante do desenvolvimento da lógica de expansão do Estado-nação
3- Totalitarismo: movimento político
As Origens do Totalitarismo (1951): 3 partes
OT: Arendt difere dos relatos comuns que enfatizam a natureza gélida e calculada do Movimento Socialista Nacional (Nazismo)
Totalitarismo: a política de volta contra si mesma e não mais diz respeito ao bem comum das pessoas
Totalitarismo
1- o totalitarismo é um fenômeno politico novo. Organização burocrática de massa 
2- não existe limites nas deformações da natureza humana
3- a organização burocrática de Estado baseado no terror e na ideologia
4- pôs em xeque a tradição racional ocidental
Totalitarismo
Consolidação dos Estados-nacionais
Segunda Revolução Industrial: competição entre países europeus
Imperialismo: colonização da África e Ásia por potências europeias 
Ideologia Darwinismo social: superioridade racial
Fortalecimento de ideologias nacionalistas
Séc. XIX - Contexto histórico
Período de Guerras Mundiais (1914-45): demolição de Estados, opressão de povos sobre outros, crise 1929, desemprego e inflação; migrações intensas: apátridas, desprovidos dos direitos humanos, ódio social
As Instituições – não conseguiam dar respostas às demandas do povo – objeto de desprezo a atuação parlamentar
Séc. XX - Contexto histórico
Descreve os fatores que se cristalizaram quando do florescimento de uma atitude racista na Europa 
Entende que sentimento antissemita do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães assume um ódio dos judeus que não poderiam ser facilmente substituído por outro grupo oprimido
Antissemitismo
Arendt contrário a tese de povo judeu como bode expiatório (ideia necessidade de um grupo para responsabilizar-se pelos problemas da sociedade
Arendt não acredita na teoria na qual os judeus são um povo eternamente oprimido, pois ela sustenta que tal postura permite aos judeus evitar a responsabilidade pela própria condução e encoraja a complacência na correção do problema
História da Europa: os judeus jamais foram assimilados, o erro foi não terem buscado plenos direitos políticos
Antissemitismo
Os judeus eram favorecidos por várias Cortes aristocráticas (Antigo Regime) porque eles ofereciam empréstimos e riqueza a monarquia e a aristocracia. E isto garantia favores políticos e privilégios, ao mesmo tempo, ainda eram tratados como grupo separado, sem direitos políticos integrais
Dessa forma, os judeus não asseguravam um futuro político estável 
Antissemitismo
O judaísmo no fim do século XVIII vivia um tempo de relativa paz e estabilidade na Europa. 
Influência dos banqueiros judeus nas cortes europeias e como eles ajudavam a financiar as campanhas militares das diferentes países pouco se importando com o regime sob o qual viviam
Antissemitismo
Piora da situação dos judeus, o valor material dos judeus não existia para o Estado
Como os direitos políticos não estavam assegurados, o Estado não garantia o bem estar aos judeus, dai a explosão do antissemitismo, passo decisivo para aceitação da ideologia nazista
Os judeus – indivíduos (judeu – exceção) estavam mais preocupados em libertar-se a si mesmos, do que conquistar direitos políticos
Surgimento do Estado-nação século XIX (“porta antissemitismo”)
Arendt: “atacada por ser judia, deve defender-se na condição de judia, e jamais envergonhar-se disso”
Questão judaica século XIX: estudo biografia Rahel Varnhagen 
2 tipos de inserção do judeu:
A.Os judeus que não participavam de atividades “excepcionais” eram párias ou pessoas com status de intrusos na Europa
B.Os novos-ricos (judeus talentos excepcionais): buscavam o status social através de quaisquer meios necessários, mas não admitiam nenhum tipo de solidariedade com o povo judeu
Surgimento do Estado-nação século XIX (antissemitismo)
Direitos humanos, apesar de sua reivindicação de universalidade tornam-se inexistentes sem cidadania
“O direito de ter direitos”: o que é negado a pessoas sem nacionalidade
A cidadania é a chave para assegurar o engajamento político
Importância da cidadania
Arendt acredita que se deve lutar pela obtenção de condição política igualitária, sem apologia e sem apelo a noções abstratas de direitos humanos
Importância da cidadania
Estágio preparatório para o surgimento do totalitarismo na Europa
Justificativa de ocupação da África e Ásia = o ideal de superioridade racial 
O racismo já existia na Europa anterior ao século XIX, porem não como ideologia política monopolizadora de Estado
Imperialismo europeu é diferente da noção de império (romanos) porque não incluía no projeto a inclusão do povo colonizado
Imperialismo (séc.XIX e XX)
Não havia reconhecimento por parte do europeu da dor causada pela dominação. Os nativos eram vistos como selvagens
O pensamento racial munia a burguesia de um novo tipo de hierarquia natural que justificava a autoridade e o elitismo da burguesa na sociedade mediante categorias raciais
Imperialismo (séc.XIX e XX)
Para Arendt, a burguesia tornou politicamente emancipada através do imperialismo e do colonialismo porque ela lhes permitiu acumular sua riqueza e aumentar seu poder sem a ajuda da aristocracia
Imperialismo (séc.XIX e XX)
Na Alemanha - formação do Estado-nação, o poder político ficou sediado na plebe (unidade) e não no povo (diversidade). A mentalidade da plebe não permite a liberdade de expressão individual 
Se o governo não permite que os indivíduos se expressem livremente e não respeita as diferenças entre as pessoas, ele pode ser tão danoso quanto uma monarquia absolutista. 
Plebe (unidade) diferente de Povo (diversidade)
Desafortunadamente, a plebe clama por uma figuraforte ou um líder, e tornou-se fácil para os judeus transformarem-se no objeto de tudo o que era detestado pela sociedade
Plebe diferente de Povo
O que complementou o crescimento do governo da plebe foi o surgimento de movimentos pan-nacionais que começaram a crescer por toda a Europa
Os movimentos pan-nacionalistas reivindicavam um tipo de origem divina a fim de justificar sua superioridade
Movimentos pan-nacionalistas
Pós Primeira Guerra Mundial (1918)
O cenário de grave crise econômica e clima político incerto, o sistema de classes começou a desintegrar-se, as massas ergueram-se contra o governo, resultando num domínio da população
Os movimentos pan-nacionais eram hostis ao Estado e ensejavam um mecanismo político para a ralé (plebe) expressar sua revolta
O totalitarismo implica ressentimento contra o status quo e contra o governo em geral 
Poder das massas: regimes totalitários
As massas eram guiadas por uma atitude tanto de ingenuidade quanto de cinismo, uma vez que confiavam no movimento pan-nacionalista, mas desconfiavam do governo de forma geral 
Por volta de 1920 e 1930, os movimentos pan-nacionalistas promoveram internacionalmente o antissemitismo, e na Alemanha buscavam a erradicação do povo judeu
Poder das massas: regimes totalitários
Arendt considera que se trata de um novo tipo de formação política que emerge na história humana 
O totalitarismo esfacela os conceitos tradicionais de política e de governo e reclama novas formas de compreensão
O totalitarismo
Questão da invasão países:
Tirania = autointeresse do governante ou do grupo que busca acumular poder
Totalitarismo = promoção da ideologia do regime. No caso do nazismo ideologia do dogma do racismo como proeminência da raça ariana. No stalinismo, a necessidade de erradicar o capitalismo e a burguesia
Diferença de totalitarismo e tirania
Promove a ideologia do governo para justificar suas ações
Divide o mundo em duas forças hostis, que se combatem pelo domínio global, e transforma a batalha do inimigo numa luta universal para combater as conspirações globais desse inimigo 
Estratégia do governante totalitário
1 - Os governos totalitários sacrificam o autointeresse pessoal ao nacional em prol da ideologia
Exemplo não utilitarista: Holocausto: nazismo execução campos de concentração. Hitler optou por sacrificar os interesses nacionais em prol do interesse global mais amplo da ideologia 
As Câmaras de gás não beneficiavam ninguém, visto que eram empreitadas custosas, que empregavam tropas, transporte ferroviário e outros recursos financeiros
Diferença de totalitarismo e tirania
2 – totalitarismo: falta uma estrutura prática e hierárquica típica da tirania 
O governo totalitário funciona com múltiplos níveis de administração e de burocracia, jamais se pode saber qual a organização surgirá dentro do movimento geral. Dessa forma o poder ficará ao alcance de qualquer um.
A polícia secreta e as várias organizações de espionagem contribuem para atmosfera de paranoia na qual não se pode confiar em ninguém
Diferença de totalitarismo e tirania
Estado de ignorância operações governamentais protege o líder de ser questionado, jamais surge uma oposição organizada. As pessoas estão demasiado ocupadas- lutando internamente a fim de incrementar o status de sua própria facção
Rotatividade de gerações mais jovens: poucos se tornam habilidosos ou experientes de suas funções
Diferença de totalitarismo e tirania
Arendt analogia “cebola”, na qual cada camada conhece o seu negócio e tem grande dificuldade em compreender o todo, acaba protegendo o núcleo do poder
Diferença de totalitarismo e tirania
3- uso do terror:
Tiranias: meio para amedrontar e suprimir oposições
Totalitarismo: dominar massas que sejam obedientes ao Estado, independente se os indivíduos sejam inimigos públicos do Estado
As vítimas são grupos escolhidos aleatoriamente declaradas inaptos para viver
Diferença de totalitarismo e tirania
A tortura não tem nenhum objetivo, visto que informação a respeito de culpa não é exigida para condenar as vítimas, e a reeducação é vista como perda 
Os campos de concentração aparecem para lidar com pessoas que são, em fins de contas, aniquiladas pelo Estado
Não há fim do terror no totalitarismo, pois o objetivo prático de pôr fim ao dissenso não é a questão central
Totalitarismo 
O totalitarismo exige total, irrestrita, incondicional lealdade de cada um de seus membros, a custa de suas preocupações e interesses pessoais, invertendo completamente o objetivo do governo moderno.
Totalitarismo 
O terror é usado como tática para reforçar a lealdade porque as pessoas estão dispostas a transformar amigos em inimigos a fim de salvar a si mesmas
Atmosfera de paranoia: isolamento de indivíduos, desconfiança mútua permeia todas as relações sociais
Totalitarismo 
Para Arendt, os cidadãos temem mais deixar o movimento do que serem considerados responsáveis pelos crimes que eles cometem em nome do movimento. Dessa forma, as pessoas cometem todo tipo de ações violentas sem que se sintam responsáveis por elas, uma vez que são ordenadas pelo regime
Totalitarismo 
Ocultando-se o mundo exterior dos fatos, os membros vivem em um paraíso de tolos de normalidade, rodeados de simpatizantes. O senso comum perde um gancho com a realidade
A propaganda reforça a ideologia 
Totalitarismo 
O líder status de “infalibilidade infindável”, os fatos serão negados, distorcidos ou destruídos a fim de assegurar a “verdade” da ideologia
O regime totalitário produz seu próprio mundo protegido
A polícia secreta serve como ponto central para o poder porque pode prender pessoas a vontade
Totalitarismo 
Efeito geral do totalitarismo: impedem o exercício da liberdade e da ação política 
A singularidade inerente a cada perspectiva pessoal acerca do governo é ignorada e eliminada da esfera pública
Os indivíduos são criaturas (os humanos são supérfluos e descartáveis) que podem ser sacrificados para a ideologia ou condicionados a agir de maneira previsível e obediente 
Totalitarismo 
44
Arendt afirma que a identidade singular do indivíduo é aniquilada muito antes de a vida ser verdadeiramente tirada, mediante várias medidas desumanizadoras com a raspagem do cabelo, o amontoamento de pessoas em transporte para animais, registro com numeração do corpo e roupas de prisioneiros
Objetiva-se que os humanos ajam como coisas ou marionetes pré-programas
Desumanização
Tais movimentos acabam quando morre o líder = “centro da cebola”, e a pressentida infalibilidade deixa de existir
Os regimes totalitários promovem a ideia governantes tem acesso a verdade da ideologia e está conectado as operações “secretas” da história ou da natureza, enquanto ao mesmo tempo, eles negam o potencial político do indivíduo comum
Totalitarismo
Arendt critica o relacionamento entre teorias da história ou da natureza.
Teorias que afirmam que a história humana é um processo universal que se está movendo em direção a um fim. A ideia de que a espécie humana está progredindo ao longo da história
Critica a teoria marxista: afirma que não só existe um fim para a história, mas que é possível para os seres humanos de hoje, conhecer o conteúdo desse fim 
Totalitarismo, natureza e história
Nas Teorias deterministas crê-se que a história é algo que pode ser administrado
A ideologia dos regimes totalitários está conectada as teorias da história e da natureza e a crença em que os líderes podem ter acesso a seus segredos e controlá-los
Interesse em processo na esfera das relações humanas no século XX, na qual os conceitos chaves usados para compreende-los são “desenvolvimento” e “progresso"
Totalitarismo, natureza e história
A fabricação dos processo da história é a metodologia dos regimes totalitários
No nazismo, a ideologia focaliza-se no acesso aos segredos da natureza (raça purificada de seres humanos), ao passo que, para o stalinismo a ideologia concentra-se nos segredo da história (criação infinita de uma sociedademarxista-stalinista)
 A ideia de destruir determinadas porções da sociedade torna-se possível porque elas, supostamente, já estão em declínio
Totalitarismo, natureza e história
Quer no nazismo, quer no stalinismo, o foco está no processo, e não no fim, porque o fim jamais será alcançado. Se as metas de curto prazo de ambos os regimes forem logradas, novas categorias de pessoas serão descobertas como incapazes para a vida
A forjadura de processos da história e da natureza, os quais tem a intenção de demonstrar o crescente poder e controle de certos seres humanos, serve apenas para dominar os próprios seres humanos
Totalitarismo, natureza e história
Para Arendt, no totalitarismo, os cidadãos tornam-se dentes na engrenagem do processo histórico ou natural, na medida que a importância deles para o movimento é apenas servir a ideologia
Os regimes totalitários insistem na infalibilidade da força do líder para controlar a sociedade, enquanto mantem a impotência da pessoa comum
Totalitarismo, natureza e história
Arendt denomina as leis científicas e históricas dos regimes totalitários de “pseudociência”, visto que elas não estão baseadas em algo que possa ser questionado e toda prova em contrário é ignorada
A atmosfera de paranoia e de medo desencoraja a ação política livre e visa a pôr fim a qualquer dissensão 
Totalitarismo, natureza e história
Nas teorias teleológicas e totalitárias da história, os acontecimentos negativos podem ser justificados como efeitos colaterais infelizes, mas necessários, devido ao grandioso esquema da história
Escritos de Arendt descreve conceitos políticos, destinados a encorajar as diferenças de opinião, a celebrar a individualidade e a neutralizar a ideologia totalitária
Totalitarismo, natureza e história
Relato de julgamento de Adolf Eichmann por crimes contra o povo judeu, crimes contra a humanidade e crimes de guerra
Os regimes totalitários engendram pessoas incapazes de pensar por si mesma e incapazes de compreender a imoralidade de suas ações, visto que tudo o que faziam era sancionado pela lei e apoiado pelo regime vigente = “Banalidade do mal”
Obra: Eichmann em Jerusálem (1963)
“Banalidade do mal”: homens comuns podem ficar aprisionados na dinâmica da banalidade e ser parte de uma lógica de prejuízo da criminalidade e da repressão
“Banalidade do mal”: falha no pensamento
A moral da banalidade aciona um processo que devora a moral de uma sociedade
Obra: Eichmann em Jerusálem (1963)
Objetivo Arendt na cobertura do julgamento de Adolf Eichmann: o que o motivou? Havia consciência atos errados? Até que ponto o sistema legal tradicional sabe lidar com a criminalidade do totalitarismo?
Banalidade do mal
Eichmann (frase “estava cumprindo ordens”) foi iludido a respeito de suas ações
Eichmann permitiu que a ideologia nazista tomasse as decisões em seu lugar
Esse autoengano assustador mostrou-se na sociedade alemã durante o regime nazista, como slogan de guerra: “ a batalha pelo destino do povo alemão”. As pessoas se distanciaram do que realmente estava acontecendo
Banalidade do mal
A retórica que permeava a cultura permitia as pessoas justificarem suas ações criminosas e evitarem a responsabilidade por elas
Arendt achou Eichmann pouco inteligente, descreve a linguagem dele como burocrática, falha de caráter mais significativa era a incapacidade de olhar para qualquer coisa a partir da perspectiva do outro
Banalidade do mal
Eichmann alegava que era penoso seguir seu dever, audácia de comparar isso com a luta para seguir a lei moral. 
O filófoso Kant acreditava que é um dever obedecer a lei moral (racionalidade como a maioridade do ser humano)
Eichmann acreditava que era uma obrigação obedecer a lei moral do líder e não levava em consideração a moralidade das solicitações 
Na realidade Eichmann é anti-Kant (ideologia acima da razão)
Banalidade do mal
Eichmann concordava com outros oficiais nazistas que estavam sendo generosos com os judeus porque a morte na câmara de gás, dessa forma era mais caridoso do que outras maneiras de execução
Para Arendt, as ações políticas perversas não são sempre realizadas por monstros, mas podem acontecer mediante extema insensibilidade e falta de reflexão. 
Banalidade do mal
Para Arendt no contexto do julgamento, o problema é que as pessoas ficavam tão obcecadas em encontrar o monstro que não conseguiam perceber quantas pessoas tinham importante lapsos no pensamento moral durante um governo totalitário
O totalitarismo promove a falta de habilidade de pensamento crítico
“Ilusão da sociedade”: seria reconfortante para a sociedade aceitar Eichmann como um monstro, porque seria considerado um problema isolado
Banalidade do mal
Para Arendt, o totalitarismo produz um novo tipo de criminoso, aquele que mata pela carreira dele 
Os regimes totalitários mudam os fatos em consonância com os objetivos do regime e dificulta a tarefa do cidadão médio e confrontar a ideologia com a realidade 
Arendt pensa que Eichmann mereça a pena de morte porque ele apoiou conscientemente o assassinato em massa e foi responsável por omitir-se em questionar o esquema
Banalidade do mal
Arendt era contra o conceito de culpa coletiva porque ela ponderava que se todos são culpados ninguém o é.
A defesa de Eichman foi a justificação de uma criança que culpa os mais velhos e a sociedade por suas próprias ações.
As análises de Arendt destinam-se a combater tal passividade nos cidadãos
Sua visão de política honra a individualidade do ator humano, e é o contrário de uma política que considera os cidadãos como supérfluos
Banalidade do mal
1- Como evitar a ascensão de movimentos totalitários?
2- Quais são mecanismos institucionais e conjunturais que criam condições de emersão de movimentos totalitários?
3- Por que o relato de Arendt sobre Eichman incomodou parte da sociedade naquele contexto?
Questões