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E-Book-Neurociências-Aplicadas-ao-Coaching

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índice
3. APRESENTAÇÃO
5. O QUE É COACHING?
7. O QUE SÃO AS NEUROCIÊNCIAS?
8. CÉREBRO, NEURÔNIOS E 
 PLASTICIDADE NEURAL
10. CÉREBRO, COACHING E 
 COMPORTAMENTO
12. CONQUISTA DE METAS
 O MURAL DE OBJETIVOS 
15. PROCRASTINAÇÃO E
 AUTOSSABOTAGEM
20. CÉREBRO E MUDANÇA
 DE COMPORTAMENTO
21. APRIMORANDO O COMPORTAMENTO 
 COM NEUROCIÊNCIAS
25. CONCLUSÃO
APRESENTAÇÃO
Seja bem vindo(a)! A partir desse momento, você será treinada(o) no en-
tendimento de como o cérebro funciona e, especialmente, será treinada(o) na 
compreensão das bases neurobiológicas de algumas ferramentas e técnicas 
de Coaching ensinadas nos diversos cursos de formação existentes no Brasil 
e internacionalmente.
Se você me conhece de formações em Coaching nas quais ministro mó-
dulo de Neurociências, seja bem-vindo. Em função destes treinamentos em 
Neurocoaching, há muito anos que me solicitam um material desta natureza, 
algo sobre Neurociências que seja de fácil entendimento e direcionado ao 
Coaching. Para você que não me conhecia até o momento, permita-me apre-
sentar. 
Sou Dr. Tauily Taunay, sou psi-
cólogo formado pela Universidade 
Federal do Ceará (UFC), neurocien-
tista, tenho Mestrado e Doutorado 
pelo Programa de Pós-Graduação 
em Ciências Médicas da Faculdade 
de Medicina da UFC, sou formado 
em Coaching pela Febracis (Federa-
ção Brasileira de Coaching Integral 
Sistêmico) e tenho formação em Co-
aching Psychology (Academia do Psi-
cólogo), atuo como como professor 
de graduação 
p.3
em Psicologia da Universidade de Fortaleza (Unifor), professor de pós-gradu-
ação em Neurociências e Reabilitação (Unifor) e sou coordenador do Labora-
tório de Neurociências e Psicologia Positiva (Lanepp/Unifor), com colaboração 
ativa junto ao Laboratório de Inovação Tecnológica do Núcleo de Aplicação 
em Tecnologia da Informação (NATI, Unifor) desenvolvendo soluções tecno-
lógicas em saúde e comportamento. Publiquei um livro intitulado “Neuropsi-
cofisiologia: uma introdução às neurociências do comportamento humano” 
(3ed), em coautoria com os professores Dr. Francisco Gondim e Ms. Miguel 
Leitão e sou sócio-fundador da Academia Brasileira de Psicólogos Escritores 
(ABPE). 
Atuei como professor do 
módulo de Neurociências do 
curso de formação de uma gran-
de instituição em Coaching por 
mais de 6 anos, sendo eu, talvez, 
a pessoa com mais experiência 
estudando, pesquisando e mi-
nistrando treinamentos de Neu-
rociências aplicadas ao Coaching 
do Brasil, tendo tido a honra de 
treinar mais de 5000 alunos ao 
longo desses anos e conhecido 
gente de grande categoria.
Estudo neurociências desde 2005, academicamente. Mas o interesse na 
temática se iniciou em 1996, quando me mudei de Brasília (minha terra na-
tal) para a cidade de Natal/RN. Na época, minha turma de escola ficou com o 
tema “corpo humano” para trabalhar na Feira de Ciências e meu grupo ficou 
com o tema “sistema nervoso”, quando conheci e me encantei pelo funciona-
mento do cérebro, compreendendo sua pertinência para o entendimento dos 
processos de pensamento, sentimentos, temperamentos, hábitos, crenças to-
mada de decisão, enfim, comportamento de forma geral. Na universidade, fui 
monitor da disciplina de Neurociências e fui bolsista do laboratório do profes-
sor responsável pela disciplina até a conclusão da minha graduação, em 2008.
p.4
O QUE É COACHING?
Da apostila da disciplina, derivamos a primeira edição do livro já mencio-
nado, publicada em 2009. Lançamos a 3ª ed. da obra em 2016, com cerca de 
5000 exemplares vendidos). Ao me formar, trabalhei numa clínica especializa-
da no tratamento de dependência química, na qual eu conheci o Coaching. Co-
nhecer esta metodologia de desenvolvimento pessoal foi uma grata surpresa 
e percebi o quanto esta metodologia alinhava-se com meu trabalho, à época, 
com pacientes da clínica, pois eu utilizava a abordagem em Psicologia, deno-
minada da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), cujo racional se alinha de 
modo significativo com o processo de Coaching. 
O Coaching, assim como a terapia, trata-se um processo relacional con-
duzido por um profissional com devido treinamento destinado a produção de 
resultados significativos na vida pessoal e profissional do cliente, por meio da 
identificação ampla e clara do estado atual deste, estabelecendo metas corre-
tamente e elaboração de um plano de ação. 
O Coaching auxilia o cliente a melhorar seu funcionamento e sua quali-
dade de vida com base em seus princípios e valores. O coach é treinado para 
escutar, observar e adaptar sua abordagem às necessidades do cliente, ba-
seando-se na premissa de que o cliente é naturalmente criativo e dotado de 
recursos.
“O TRABALHO DO COACH É PROVER SUPORTE PARA DESENVOLVER
HABILIDADES, RECURSOS E CRIATIVIDADE
DO INDIVÍDUO, ORIENTADO PARA O FUTURO
Willians, Menendez, 2007
p.5
Seguem abaixo, algumas definições de Coaching:
• De maneira sintética e objetiva, Coaching pode ser caracterizado como o 
processo conduzido por um profissional Coach, visando identificar o estado 
atual de seu Coachee (cliente) e caminhar junto com ele até um estado de-
sejado (José Roberto Marques – IBC)
• Coaching é a parceria entre coach (profissional) e cliente (coachee) onde 
acontece um processo estimulante e criativo que inspira e maximiza o po-
tencial pessoal e profissional do cliente. (Global Coaching Community)
• Liberar o potencial de uma pessoa para maximizar o seu próprio desempe-
nho. (John Whitmore)
• Arte de facilitar o desempenho, a aprendizagem e o desenvolvimento de ou-
tro – uma abordagem de facilitação. (Downey, 1999, apud Palmer; Whybo-
rw, 2005, p.7)
Enfim, o Coaching trata-se de uma metodologia de desenvolvimento hu-
mano, embasada em diversos campos acadêmicos, que faz uso de variadas 
técnicas e ferramentas, testadas e validadas cientifica ou empiricamente, des-
tinadas dar o devido suporte para o cliente sair de um estado inicial insatisfa-
tório e se direcionar a e atingir um estado desejado de maior autorrealização, 
desbloqueando possíveis obstáculos e criando, despertando ou fortalecendo 
recursos explícitos ou implícitos existentes. 
p.6
O QUE SÃO AS 
NEUROCIÊNCIAS?
Dito isto, vamos partir para o entendimento do âmago que te trouxe até 
aqui: o que são as Neurociências. Sim, Neurociências (no plural), pois tratam-se 
de um conjunto de disciplinas acadêmicas e científicas destinadas ao escrutí-
nio de como o sistema nervoso interage com os outros sistemas orgânicos e o 
meio ambiente. 
Atualmente, a ciência dispõe de tecnologia capaz e observar um cérebro hu-
mano vivo em funcionamento, identificando quais áreas se ativam e são inibi-
das na execução de determinada tarefa cognitiva, afetiva ou comportamental, 
ampliando progressivamente nosso conhecimento sobre este órgão, capaz de 
processar os pensamentos, os sentimentos e o comportamento, a mais com-
plexa estrutura biológica já encontrada pelo ser humano na natureza.
p.7
CÉREBRO, NEURÔNIOS E 
PLASTICIDADE NEURAL
É composto de quase 100 bilhões de neurônios (86 bilhões, de acordo com 
as pesquisas da Dra. Susana Herculano), capazes de estabelecer de 1 a 100 mil 
conexões. 
O cérebro opera num sistema de rede integrada com inúmeras regiões se 
comunicando dinamicamente e organizadamente com outras regiões, promo-
vendo, de forma complexa, nossa ilimitada capacidade para agir no ambiente, 
com potencial de observar e manipular átomos, observar galáxias situadas a 
milhares de anos-luz de distância, além de construir improváveis estruturas 
arquitetônicas, etc. 
De antemão, considero importante desmistificar que o cérebro não opera 
com apenas 10% de sua capacidade, conforme é difundido entre os leigos. Uti-
lizamos 100% de nossos neurônios a todo o momento, até dormindo. Se um 
neurônio deixa de funcionar, ele é eliminado do circuito neural.
O neurônio é composto por “soma” (o corpo da célula nervosa), dendritos 
(os prolongamentos que recebem os impulsos nervosos de outros neurônios) 
e os axônios (prolongamentos que enviam impulsosnervosos a outras células), 
podendo, estes, ser compostos por bainha de mielina, uma estrutura celular 
capaz de acelerar a transmissão dos impulsos nervosos.
“O CÉREBRO HUMANO PESA CERCA DE 1,4KG (2% 
DO VOLUME TOTAL DO CORPO), MAS CONSOME 
CERCA DE 25% DA ENERGIA ASSIMILADA PELA 
ALIMENTAÇÃO. “
p.8
Ao entrar em contato com outro neurônio, são estabelecidas as sinapses 
(termo que, em grego, significa “junção”), os pontos de contato com os neurô-
nios adjacentes. Os neurônios que se comunicam não se tocam (em geral, mas 
há exceções: as sinapses elétricas), portanto, para enviar mensagem há libera-
ção de moléculas transmissoras de informação, denominadas neurotransmis-
sores. Os neurotransmissores são de diversos tipos (descritos funcionalmente 
com mais detalhes posteriormente), como serotonina, dopamina, noradrena-
lina ou ocitocina, para citar alguns, que têm a função de inibir ou excitar os 
neurônios subsequentes, basicamente.
Nesse ponto, importante citar uma propriedade típica das células nervosas 
de extrema relevância para o coach e seu coachee, intitulada neuroplasticida-
de. Tal propriedade é a capacidade das células nervosas de se reinventarem, 
ou melhor, de estabelecer um novo padrão de conexão com seus pares, conse-
quentemente, alterando a função geral do cérebro, possibilitando novas manei-
ras do indivíduo agir no mundo. A neuroplasticidade é a capacidade do sistema 
nervoso se modificar, se adaptar a novas situações e gerar um novo padrão de 
comportamento, consequentemente, gerando novos resultados. Isso acontece 
por toda a vida, mais intensamente na infância. 
Mas mesmo as pessoas de idade avançada ainda têm capacidade para for-
mar novas conexões. Neste sentido, podemos afirmar que não usamos 100% 
de nosso potencial em termos de formação de novas conexões, o que é incalcu-
lável, diferente de afirmar que usamos apenas 10% de nosso cérebro, confor-
me colocado num parágrafo acima. Portanto, usamos 100% de nosso cérebro 
quantitativamente, mas, qualitativamente (potencial pra plasticidade neural), é 
impossível definir um limite. 
Portanto, é um grande equívoco alinhar-se à famosa 
“SÍNDROME DE GABRIELA”: “EU NASCI ASSIM, EU CRESCI 
ASSIM, VOU MORRER ASSIM, GABRIELA...”
p.9
CÉREBRO, COACHING E 
COMPORTAMENTO
Para introduzir o funcionamento do cérebro, considero didático apresentar 
a Teoria do Cérebro Trino (ou triuno ou triádico). De acordo com o pesquisador 
Paul McLean (década de 50), o cérebro evoluiu em camadas que se sobrepõem 
à medida que as espécies animais ampliam sua complexidade comportamen-
tal. 
Nesta teoria, a parte mais “evoluída” (termo controverso, dentre os espe-
cialistas) trata-se do neocortex (neo=novo, córtex=casca, em latim: a nova cas-
ca), região que compartilhamos com os primatas, permitindo o raciocínio em 
termos de resolução prática de problemas. A porção intermediária, denomina-
da sistema límbico, compartilhada com os mamíferos inferiores, é a responsá-
vel por agregar emoções e memória às espécies animais. 
A porção mais primitiva, o tronco encefálico, ou cérebro reptiliano, pois 
compartilhamos essa região com os répteis, de acordo com este autor, é res-
ponsável pelos mecanismos de sobrevivência, tais como funções fisiológicas 
básicas (circulação sanguínea, respiração, digestão, etc.), bem como os com-
portamentos pré-programados da espécie destinados à sobrevivência, como 
alimentação, reprodução, luta e fuga.
No que tange ao sistema límbico, importante destacar duas estruturas que 
influenciam sobremaneira nosso comportamento cotidiano: as amígdalas ce-
rebrais (não confundir com as tonsilas, as amígdalas da garganta) e os núcleos 
acumbentes. 
As amígdalas são as estruturas cerebrais evoluídas para nos proteger, por-
tanto, voltadas para a detecção de ameaça no ambiente. Elas recebem infor-
mações de todos os sentidos e avaliam seu grau de periculosidade. Em termos 
gerais, são as estruturas cerebrais do medo e da raiva, ativando estes senti-
mentos e reações diante da mínima ou imaginária detecção de ameaça. p.10
Foram excelentes pra nos proteger, mas podem limitar nossa interação 
com os outros e o aproveitamento de oportunidades.
A segunda região, os núcleos acumbentes, são a área cerebral do prazer, 
que se ativam diante da mínima ou imaginária percepção de algo prazeroso no 
ambiente (alimento, sexo, objetos de consumo, etc.). Também evoluíram para 
nos fazer bem, mas podem nos tornar excessivamente apegados aos estímulos 
potencialmente prazerosos. 
O conhecimento acerca dessa área cerebral pode auxiliar na compreensão 
do quão pertinente é a ferramenta “mural dos sonhos”, em Coaching.
p.11
CONQUISTA DE METAS
O MURAL DE OBJETIVOS 
O mural dos sonhos é uma ferramenta muito relevante em processos de 
Coaching, sendo utilizada por muitas escolas e foi extensamente conhecida 
através do documentário O Segredo. 
Trata-se de um mural (uma colagem, uma composição de imagens impres-
sas, etc.) no qual o cliente coloca figuras que representem seus objetivos mais 
significativos e desafiadores, com prazos variáveis de realização (importante 
mesclar objetivos muito importantes de longo prazo, para te “lembrar do futu-
ro” extraordinário, com objetivos importantes de curto prazo, para te recom-
pensar e reforçar a cada “pequena” conquista). 
O cliente, portanto, deve visualizá-lo, periodicamente (por exemplo, uma 
vez por dia, pela manhã, antes de iniciar suas atividades), mas não deve estar 
facilmente visível para evitar habituar-se com a ferramenta, enfraquecendo 
seu poder motivador.
Muitos explicam seus efeitos realizadores pela via da física quântica, ad-
vogando que as crenças, ou melhor, aquilo que você vê na sua mente se trans-
forma em realidade (afinal, o cérebro “não distingue o real do imaginado”), 
tomando como evidência os experimentos da fenda-dupla (explicado na aula 
1 do módulo bônus do meu Curso Online de Neurociências Aplicadas ao Coa-
ching). Então, o mural teria algum poder mágico de contribuir ou, talvez, deter-
minar a conquista dos objetivos ali expostos e visualizados, com emoção, pelo 
cliente. 
Essa explicação é possível, mas improvável, conforme explicado no referi-
do curso. Existem, de fato, inúmeras evidências empíricas de que a ferramenta 
tem influência significativa na realização dos objetivos colocados no mural.
p.12
Mas a verdadeira explicação pode estar nas Neurociências e não na dita 
“física quântica” per se. Conforme explicado no meu Curso Online de Neurociên-
cias Aplicadas ao Coaching, módulo 1, existe uma região cerebral envolvida na 
motivação, na busca pelo prazer, uma região “ponte” entre as áreas cerebrais da 
emoção e da execução dos movimentos. 
Ao visualizar algo potencialmente prazeroso, recompensador (positivamen-
te reforçador, como dizemos em Psicologia Comportamental), esta região de 
nome exótico, o núcleo acumbente, se ativa, mobilizando nosso comportamen-
to na direção deste algo percebido como positivo. Portanto, infelizmente, em 
comportamentos compulsivos, como uso abusivo de drogas, ato de compras, 
praticar sexo, ou ingerir comida em excesso, esta região se encontra desregula-
da (importante destacar que não temos como determinar se é causa ou conse-
quência, apenas que há uma correlação).
Dito isto, no processo de Coaching, podemos utilizar o modus operandi des-
ta região para alavancar os resultados dos nossos clientes, motivando-os genui-
namente na busca dos objetivos por meio da utilização do mural dos sonhos.
A pessoa, ao olhar seus objetivos mais inspiradores na forma de imagens 
visuais expostas no mural, tem seu núcleo acumbente ativado, promovendo a li-
beração de um importante neurotransmissor chamado dopamina, que tem um 
papel excitatório na função da área cerebral da tomada de decisão e execução 
de ações, o famoso Córtex Frontal. 
Sendo assim, o sujeito, logo pela manhã, ao iniciar suas atividades, sente-se 
intrinsecamente motivado para colocar em prática o plano de ações construído 
no processo de Coaching e altamentedisposto a executar sua agenda semanal 
programada.
Este é apenas um exemplo de que, com o conhecimento de neurociências 
e outras evidências científicas, o profissional do Coaching pode atuar de modo 
responsável e seguro para promover transformações no comportamento de 
seus clientes, ciente de seus potenciais e limitações, ao utilizar a ferramenta 
certa no momento certo, com o devido embasamento das razões da utilização p.13
daquela ferramenta, do ponto de vista neurocientífico e psicológico.
Em relação ao neocórtex, nosso cérebro é dividido em 4 grandes áreas: os cha-
mados lobos occipitais, parietais, temporais e frontais. Dedicaremos-nos com 
especial ênfase aos lobos frontais um pouco mais adiante, mas descreverei 
brevemente as funções desses lobos nesse ponto. Os lobos occipitais, localiza-
dos na porção mais posterior do córtex, processa unicamente a visão. 
OS LOBOS TEMPORAIS, LOCALIZADOS 
LATERALMENTE (SERIA O “DEDÃO” DA 
LUVA DE BOXE, FAZENDO UMA ANALOGIA), 
PROCESSAM AUDIÇÃO, COMPREENSÃO DA 
LINGUAGEM FALADA, RECONHECIMENTO 
FACIAL, PROCESSA CORES E O FORMATO DOS 
OBJETOS. OS LOBOS PARIETAIS PROCESSAM 
O TATO, NOÇÃO DE MOVIMENTO EM RELAÇÃO 
À VISÃO, CÁLCULO, LEITURA. IMPORTANTE 
ENFATIZAR QUE TAIS ESTRUTURAS REALIZAM 
MUITO MAIS FUNÇÕES QUE AS DESCRITAS 
AQUI, MAS OPTEI POR NÃO SER EXAUSTIVO NA 
RESPECTIVA DESCRIÇÃO.
p.14
PROCRASTINAÇÃO E
AUTOSSABOTAGEM
Outra estrutura de relevância para nosso contexto de formação em Coa-
ching e que pode ser relacionada ao fenômeno da autossabotagem e forma-
ção de hábitos são os núcleos da base. 
Os núcleos da base são estruturas cerebrais bastante associadas à progra-
mação de sequencias complexas de movimento, internalizando ações frequen-
tes, como o ato de dirigir ou andar de bicicleta. Os núcleos da base tendem a 
assimilar e automatizar os comportamentos mais frequentes como estratégia 
de poupar esforço, prevenindo o cérebro do gasto energético de tomar deci-
são deliberadamente quando se trata de ações que se repetem diariamente ou 
com muita frequência.
Desse modo, são estabelecidas novas conexões nervosas que disparam 
uma sequencia de movimentos quando as áreas da percepção do cérebro re-
conhecem o contexto espacial e temporal nos quais o sujeito se acostumou a 
se comportar de maneira específica (condicionamento).
Sendo assim, as conexões nervosas que subjazem comportamentos habi-
tuais antigos dos quais o sujeito não mais se beneficia e que já foram suplan-
tados por novos e saudáveis comportamentos (tendo sido, portanto, formadas 
novas conexões nervosas) não se desfazem e coexistem com as novas cone-
xões.
Isto ocorre dada a alta frequência com que foram utilizadas ao longo da 
vida do individuo, tendo sido estabelecidas firmemente nos núcleos da base e 
tendem a permanecer “à espreita” do momento oportuno para assumir nova-
mente a função de emitir os comportamentos habituais antigos e indesejáveis. 
p.15
Em geral, isto parece ocorrer em momentos de estresse, nos quais o cére-
bro tende a responder no modo “sobrevivência”, para aliviar a ansiedade e gerar 
prazer, evitando circunstâncias novas, portanto, arriscadas, no entendimento 
limitado de uma região cerebral evolutivamente primitiva. Isto pode conduzir 
ao fenômeno da procrastinação.
Procrastinação é um comportamento comum, associado a deixar para de-
pois aquilo que se pode fazer antes, sem um motivo justificável por outras ra-
zões mais urgentes. 
Geralmente, procrastinamos ações complexas e/ou enfadonhas, na espe-
rança de que, num tempo futuro, surgirá uma motivação intrínseca (vontade 
de fazer) ou, inevitavelmente, seremos pressionados a fazer (motivação extrín-
seca) pelo prazo que se encerra associado a alguma punição importante que 
se seguirá a não realização daquela tarefa previa e deliberadamente acordada. 
De modo ou de outro, quando o tempo passa, o estresse surge e acaba-
mos por fazer apressadamente aquilo que já deveríamos ter feito ou seremos 
relativa ou objetivamente punidos pela baixa qualidade no trabalho realizado 
às pressas ou pelo prazo que expirou, diante do qual nossa reputação tem sua 
credibilidade afetada negativamente.
Existem os que procrastinam (todos nós), os procrastinadores crônicos 
(aqueles que procrastinam diante de qualquer tarefa que lhes são esperadas) 
e os procrastinadores seletivos (aqueles que procrastinam tarefas específicas, 
aceitas previamente por falta de clareza e planejamento).
Dada a forma como nosso cérebro funciona, somos impulsionados a fazer 
aquilo que dá prazer imediato, por isto, aquela forma física almejada se torna 
tão desafiante, pois compete com o desprazer eventual da rotina de exercícios 
repetitivos e com o prazer imediato daquele alimento saboroso e “terrivelmen-
te” calórico. 
p.16
Quando o sujeito está naquele local, naquela hora, com aquelas pessoas 
(isto é, exposto às mesmas contingências associadas ao velho e indesejado há-
bito) e lhe é “convocado” que emita a nova ação, o novo comportamento, que 
coloque em prática a nova decisão, perceba que existem forças intrínsecas que 
se opõem à manifestação daquele hábito.
Por sorte, nós, seres humanos temos posse de lobos frontais, regiões ce-
rebrais relativamente recentes no decorrer da evolução das espécies animais 
que permitem o automonitoramento, a projeção do cenário futuro, o plane-
jamento de ações alinhadas a esta projeção, a inibição de impulsos/instintos/
desejos, enfim, estamos dotados de outras áreas cerebrais que podem, em sua 
atividade, sobrepujar os comandos impostos por regiões mais antigas, porém 
extremamente influentes, dado seu papel relevante na nossa sobrevivência.
ALÉM DISSO, NOSSO CÉREBRO 
TEM AVERSÃO AO CHATO, AO 
ENFADONHO, AO QUE CAUSA 
DESGASTE FÍSICO E MENTAL. 
O SER HUMANO, PARA FAZER 
ALGO MUITO IMPORTANTE, 
PORÉM MUITO ARRISCADO 
OU DESGASTANTE DEVE TER 
O SENTIDO, O SIGNIFICADO, 
DAQUELE OBJETIVO BEM CLARO 
E ATIVO NA MENTE. DAÍ MUITAS 
FERRAMENTA DE COACHING 
AGIREM NESTA DIREÇÃO.
Já a autossabotagem (que 
é uma forma de procrastinação 
e vice-versa) tem a ver com há-
bitos, comportamentos repeti-
tivos programados no cérebro, 
cujas conexões se estabele-
cerão firmemente em regiões 
subcorticais do cérebro, os 
núcleos da base, por exemplo, 
região bastante associada ao 
processamento e consolida-
ção da memória implícita do 
tipo procedimento (memórias 
motoras). Quando o sujeito vai 
empregar o novo comporta-
mento, existem conexões me-
lhor consolidadas associadas 
a ações que competem com a 
nova ação que o sujeito deseja 
manifestar.
p.17
Alia-se a isso, algumas ferramentas de Coaching que podem atuar sinergi-
camente na facilitação dos novos e adequados comportamentos. 
O mecanismo cerebral da neuroplasticidade é o grande responsável pela 
nova conformação conexional neural, viabilizada ou catalisada pelas ferramen-
tas empregadas no processo de Coaching. Nisto, podemos perceber as dife-
renças entre terapia, perpetrada por um psicólogo, e o processo de Coaching, 
perpetrado, por sua vez, por um profissional com o devido treinamento em 
Coaching.
Considerando, agora, o funcionamento cerebral de uma perspectiva mais 
ampla, vamos falar sobre a função dos hemisférios cerebrais. É muito difundi-
da a informação que o hemisfério esquerdo é racional e o hemisfério direito 
é emocional. Não é bem assim. Na verdade, tanto a faculdade da “razão”, isto 
é, capacidade para refletir objetivamente sobre os desafios do cotidiano, e a 
“emoção”, ou seja, o conjunto de reações orgânicas que surgem diante dos 
estímulos relevantes do ambiente, são processados por ambos os hemisférios, 
além das porções mais primitivas do cérebro, como o tronco encefálico, espe-
cialmente, no caso das emoções. 
Mas, de fato, de acordo com experimentos realizados com pacientes que 
tiveram seu corpo caloso seccionado, ou melhor, que sofreram um corte em 
toda a extensão do conjunto de fibras que interligam os dois hemisférios, foi 
demonstrada a diferença no tipo de informação que cada hemisfério processa.Neste contexto, foi observado que o hemisfério direito se incumbe de ativi-
dades como processos criativos e intuitivos, funções visuoespaciais, processa a 
musica de pessoas não treinadas formalmente em teoria musical (ouvem com 
o sentimento), processa os aspectos emocionais da fala (tom de voz), realiza 
um processamento holístico dos estímulos percebidos (o “todo”), participa mais 
de atividades imaginativas, além de apresentar uma consciência mais concreta, 
corporal.
p.18
O hemisfério esquerdo, de maneira oposta, se incumbe dos processos ló-
gicos e racionais, se ocupa de funções verbais, processando os aspectos se-
mânticos e gramaticais sintáticos da linguagem, está apto a realizar operações 
com códigos, processa a musica de pessoas versadas em musica (lê partitura, 
reconhece a relação entre notas musicais, etc.), realiza um processamento mais 
serial do pensamento, além de atividades cognitivas analíticas e nos confere 
uma consciência abstrata, simbólica. 
Além disso, de acordo com estudos do neurocientista Richard Davidson, 
nos quais pessoas apresentando emoções positivas ou negativas tiveram sua 
atividade elétrica cerebral registrada por eletroencefalograma (EEG), a parte 
mais frontal do cérebro apresenta funcionamento distinto no que se refere à 
valência emocional. De acordo com suas observações, as emoções positivas, 
em termos de córtex cerebral (a superfície cerebral), são processadas pelo cór-
tex pré-frontal esquerdo e as emoções negativas são processadas pelo córtex 
pré-frontal direito.
p.19
CÉREBRO E MUDANÇA DE 
COMPORTAMENTO
Em termos de Neurociências aplicadas ao Coaching, a parte 
do cérebro que mais se relaciona com o que acontece em 
sessões de Coaching parece ser os lobos frontais. 
Os lobos frontais, conforme exemplificado pelo caso Phineas Gage, no qual 
um operário teve a parte do meio do córtex frontal atravessada por uma barra 
de ferro, levando-o a apresentar um comportamento bem diferente do que 
antes do acidente. 
Gage não perdeu sensação, percepção, linguagem, movimentos, inteligên-
cia racional, mas teve uma profunda mudança na eficácia da tomada de deci-
são e na regulação do próprio comportamento, se tornando hostil, displicente, 
impulsivo, com atitudes impróprias para o convívio social, com prejuízos con-
jugais, profissionais, financeiros e relacionais, apesar de ter sido considerado 
responsável, um grande trabalhador, um bom amigo e um bom marido antes 
do acidente. 
Phineas Gage, portanto, perdeu as propriedades funcionais de seu córtex 
frontal, associadas à moralidade, ética, comportamento social, tais como autor-
regulação das emoções, automonitoramento do próprio comportamento, pla-
nejamento de ações em relação aos objetivos, flexibilidade no modo de pensar 
e de agir, controle inibitório dos impulsos e desejos, além de disciplina, perse-
veração. De posse dos lobos frontais, podemos agir no mundo com relativa de-
liberação (não existe consenso acerca do quanto somos “livres” no domínio do 
nosso comportamento – dizer que a mente controla o cérebro é uma hipótese 
plausível, mas não um fato científico!). Agindo deliberadamente e conhecendo 
como o cérebro funciona, podemos “manipular” o funcionamento do cérebro 
a nosso favor. p.20
APRIMORANDO O 
COMPORTAMENTO COM 
NEUROCIÊNCIAS
Os principais tipos de medica-
ções antidepressivas costumam au-
mentar a função da serotonina nas 
sinapses para gerar sentimentos e 
pensamentos positivos em quem 
sofre de depressão, melancolia pa-
tológica ou tristeza anormalmente 
em excesso (sim, é possível ter tris-
teza em excesso de modo não anor-
mal, como no caso da perda impre-
vista de uma pessoa muito querida).
Muitos buscam elevar a feli-
cidade pela via do aumento da se-
rotonina no cérebro. No entanto, 
tomar medicação pró-serotonina 
pode trazer efeitos colaterais im-
portantes, como irritabilidade, cer-
ta dependência e, mesmo, desregu-
lação do humor. A boa notícia é que 
podemos estimular a produção de 
serotonina de modos não farmaco-
lógicos e se beneficiar naturalmen-
te dos seus efeitos positivos.
A serotonina é conhecida como o 
neurotransmissor da felicidade. 
p.21
De acordo com Young (2007), existem quatro maneiras acessíveis de pro-
duzir serotonina, sem necessidade de medicação:
Ingerir alimentos ricos em triptofano. Este aminoácido é uma molé-
cula precursora da síntese da serotonina, sendo necessário para sua 
produção e é obtido única e essencialmente por meio da alimentação. 
Alimentos ricos em triptofano como ovos, carne de peru, castanha, li-
nhaça, verduras (em especial, o talo do alface), frutas vermelhas, soja, 
dentre outros, aumentam o nível de serotonina em nosso cérebro e 
podem nos induzir bem estar.
Evidências apontam que a prática de exercícios físicos tende a elevar 
o níveis de serotonina no cérebro, aliviando, inclusive, sintomas de pa-
cientes com diagnóstico de depressão. A razão para tal não está clara, 
mas parece que os movimentos repetitivos do exercício aumenta a fre-
quência de disparo de neurônios serotoninérgicos, o que pode aumen-
tar a liberação e síntese a serotonina. 
Um terceira e inusitada maneira de estimular a produção de serotoni-
na por neurônios especializados é a exposição luz solar (luz brilhante). 
Países menos expostos a luz solar apresentam maiores índices de pro-
blemas com depressão e cérebros de falecidos no verão apresentam 
índice elevado de serotonina. Parece haver uma conexão entre fibras 
neurais derivadas da retina e núcleos produtores de serotonina no cé-
rebro. Qual foi a ultima vez em que você tomou aquele solzinho?
Uma ultima maneira não-farmacológica de induzir a produção de sero-
tonina é por meio da prática da meditação. O treino repetitivo da aten-
ção concentrada parece fortalecer áreas neurais que inibem regiões 
associadas a estados de estresse e ansiedade. Inibindo áreas relativas 
a emoções negativas no cérebro, naturalmente, áreas associadas ao 
afeto positivo tendem a se expressar com mais intensidade e a prover 
estados de bem estar nos indivíduos.
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Para finalizar, quero deixar dicas de como treinar seu cérebro, te auxiliar a 
fazer um autocoaching com seu cérebro! Recentemente, muito se tem falado e 
buscado sobre drogas que potencializam o funcionamento cerebral para maior 
desempenho no trabalho e demais desafios do cotidiano. Estas são chamadas 
de nootropicos, ou, popularmente falando, as “drogas da inteligência”. Drogas 
nootropicas, supostamente, aumentam a capacidade para processamento de 
informação, bem como aumentam a velocidade de processamento neuronal, 
por meio da facilitação da atividade de neurotransmissores específicos nas si-
napses cerebrais.
Entretanto, tais medicações são bastante controversas, sem respaldo cien-
tífico adequado e, ao que parece, a despeito de todo o otimismo com o moder-
no avanço da farmacologia, “desenvolver drogas que façam pessoas saudáveis 
mais inteligentes é mais difícil do que encontrar novos tratamentos para pa-
cientes com transtornos mentais” (Schleim & Quednow, 2018). Das medicações 
mais confiáveis, todas agem no sentido de proteger as células nervosas da in-
flamação (substâncias anti-oxidantes, por exemplo, ômega 3 e ômega 9), atu-
ando mais no sentido de reduzir eventuais processos inflamatórios no cérebro, 
promovendo o envelhecimento saudável e prevenindo efeitos neurais nocivos 
de hábitos disfuncionais do que no aumento do funcionamento cognitivo per 
se, de modo significativo, a ponto de justificar o investimento financeiro por 
parte do público em geral. Em outras palavras, com base nos estudos, atual-
mente, não parece existir atalhos nesse campo.
Porém, a literatura indica que a melhor maneira de melhorar o funciona-
mento do seu cérebro é pela via “tradicional” – e mais trabalhosa do que tomar 
uma simples medicação no café da manhã. Como toda grande recompensa, me-
lhorar o funcionamento cerebral exige esforço, exige renúncias. A forma mais 
segura, econômica e consistente de aprimorar sua função cognitivaé, mesmo, 
adotar hábitos saudáveis e esperar pelos efeitos ao longo do tempo. Quando 
digo “ao longo do tempo”, não me refiro a um tempo longo, mas algo em tor-
no de alguns poucos meses para começar a surtir efeito. Portanto, sugiro que 
você coloque em prática, caso esteja interessada/interessado em melhorar sua 
capacidade cerebral, os quatro passos listados a seguir e observe seus efeitos 
a curto, médio e longo prazos: p.23
Realizar exercícios físicos MODERADOS, frequentes e regulares (algo em 
torno de uma hora de exercícios por dia, de segunda a sexta-feira, por 
exemplo). Pode ser um tipo de dança, algum esporte, musculação, exer-
cícios aeróbicos. Este hábito, além de, obviamente, fortalecer a força 
física e resistência cardiovascular, auxilia na disposição geral e favorece 
a plasticidade neural – o exercício físico ajuda na liberação de BDNF, 
importante fator de crescimento neuronal para formação de novas de 
conexões sinápticas;
Habituar-se à pratica de meditação ou Yoga, de modo regular e fre-
quente. Neste caso, treina-se a concentração, fortalecendo a área ce-
rebral do controle do comportamento e tomada de decisão – os lobos 
frontais, além de re-aprender a maneira mais correta de respirar para 
oxigenar melhor seu cérebro e ativar a divisão “anti-estresse” do siste-
ma nervoso – o sistema nervoso autônomo parassimpático, envolvido 
no relaxamento e restauração das forças orgânicas;
Adotar uma alimentação saudável, isto é, privilegiar a ingestão em quan-
tidade apropriada de verduras, legumes, grãos integrais, carne de pei-
xe, suplementos vitamínicos como zinco e ômega 3, frutas, muita água e 
poucos – ou nenhum – açúcar, gorduras e frituras. Uma alimentação sau-
dável, além de contribuir para uma forma física valorizada pela cultura 
contemporânea, ajuda significativamente na regulação do humor e boa 
disposição física, emocional e cognitiva;
Por fim, ter um sono de qualidade, restaurador. A prática conjunta das 
três dicas acima, por si só, favorecem este comportamento que apre-
senta benefícios extremamente positivos, como melhor aprendizado 
das informações adquiridas no dia-a-dia, regulação da pressão arterial 
e colesterol, ganho de massa muscular a partir do exercício físico, maior 
disposição e ânimo e, é claro, descanso para o organismo.
A adoção de hábitos saudáveis pode ser desafiadora, contudo, muito po-
sitiva e recompensadora. No início, há resistência do cérebro (ele poderá estar 
habituado a um estilo de vida disfuncional), porém, com persistência, em pou-
cas semanas, novas sinapses são formadas e novos hábitos são assimilados 
pelas redes neurais, revitalizando, literalmente, o SEU organismo e o estado 
mental.
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CONCLUSÃO
Enfim, este material é um breve exemplo de que, com o conhecimento 
de neurociências e outras evidências científicas, o profissional do Coaching 
pode atuar de modo responsável e seguro para promover transformações no 
comportamento de seus clientes, ciente de seus potenciais e limitações, ao 
utilizar a ferramenta certa no momento certo, com o devido embasamento 
das razões da utilização daquela ferramenta, do ponto de vista neurocientífi-
co e psicológico.
Se tiver interesse em se aprofundar em Neurociências aplicadas ao com-
portamento, peço que se inscreva no treinamento “A Ciência do Supercére-
bro: maneiras baseadas em evidências de programar a mente para o sucesso 
e atingir resultados extraordinários”, no qual vou te mostrar, com base cien-
tífica, de modo claro e dinâmico, como elevar o potencial da sua mente, do 
seu cérebro. São 20 módulos sobre as descobertas cientificas para aumentar 
suas chances de realizações, preservando sua saúde e qualidade de vida. 
Ainda, se quiser se aperfeiçoar como profissional de coaching, não tenho 
dúvidas que você reconhece a importância de saber dos segredos do cérebro 
para ampliar sua eficiência enquanto coach. Atualmente, conhecer de neuro-
ciências não é um diferencial, mas um conhecimento básico, pouco explora-
do nas formações em Coaching. Se inscreva no treinamento online completo 
de Neurociências aplicadas ao Coaching para se tornar um profissional de 
Coaching ainda mais competente, eficiente e capaz de gerar resultados du-
radouros e extraordinários em seus clientes. São mais de 16 horas de treina-
mento especializado em Neurocoaching, com exercícios de fixação. Confira o 
conteúdo do curso abaixo:
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CURSO ONLINE DE NEUROCIÊNCIAS 
APLICADAS AO COACHING
Modulo 1 - Introdução ao Coaching e às Neurociências
Modulo 2 - Cérebro E Comportamento Na Prática
Modulo 3 - Princípios De Neurocoaching
1. Definição De Coaching & Neurociências 
2. História Das Neurociencias 
3. Características Do Cérebro E Células Nervosas 
4. Teoria Do Cérebro Trino 
5. Hemisférios Cerebrais
6. Tipos E Função Dos Neurotransmissores 
7. Hormônios & Comportamento 
8. Neurônios-Espelho E Empatia 
9. Córtex Cerebral E Visualização Mental 
10. Mudança De Comportamento & Neuroplasticidade
11. Roda Da Vida 
12. Visão, Valores E Propósito 
13. Planejamento De Ações 
14. Hábitos 
15. Crenças
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CURSO ONLINE DE NEUROCIÊNCIAS 
APLICADAS AO COACHING
Modulo 4 - Neuropsicologia Do Comportamento
Modulo 5 - Tópicos Especiais Em Neurocoaching
Modulo Bônus - Neurociência E Física Quântica
16. Percepção 
17. Emoção 
18. Memória 
19. Comunicação 
20. Funções Executivas
21. Mindfulness 
22. Coerência Cardíaca 
23. Temperamentos Humanos (Aspectos Teóricos) 
24. Temperamentos Humanos (Avaliação Do Perfil) 
25. Epigenética
26. Fisica Quântica 1 (Dupla-Fenda) 
27. Fisica Quântica 2 (Rupert Sheldrake) 
28. Fisica Quântica 3 (Amit Goswani) 
29. Fisica Quântica 4 (Masaru Emoto) 
30. Fisica Quântica 5 (Jeffrey Schwartz)
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Para finalizar, quero agradecer sua atenção e dar os parabéns a você 
pela sua vontade de crescer e investir em si mesmo, visando melhores re-
sultados e uma atuação mais precisa e eficiente no cotidiano de trabalho, se 
destacando no mercado de desenvolvimento humano.
 
 Grande abraço,
Dr Tauily Taunay é psicólogo (CRP 11/5595) formado pela Universidade 
Federal do Ceará (UFC), possui mestrado e doutorado em Programa de Pós-
-Graduação em Ciências Médicas da Faculdade de Medicina da UFC, pos-
sui dupla formação em Coaching (Coaching Psychology pela Academia do 
Psicólogo e método Coaching Integral Sistêmico pela Febracis), atua como 
professor universitário no curso de graduação em Psicologia e pós-gradua-
ção em Neurociência e Reabilitação da Universidade de Fortaleza (Unifor), 
é coordenador do Laboratório de Neurociências e Psicologia Positiva (La-
nepp/Unifor), colaborador ativo do Laboratório de Inovação Tecnológica 
do Núcleo de Aplicação em Tecnologia da Informação (NATI, Unifor) desen-
volvendo soluções tecnológicas em saúde e comportamento, autor do livro 
“Neuropsicofisiologia: uma introdução às Neurociências do Comportamen-
to Humano” (3ª ed.), é sócio-fundador da Academia Brasileira de Psicólogos 
Escritores (ABPE) e tem larga experiência como professor de Neurociências 
aplicadas ao Coaching, atuando desde 2010, tendo treinado mais de 5000 
profissionais de coaching ao longo de sua carreira.
DR. TAUILY TAUNAY
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