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As albuminas são uma família de proteínas globular, o mais comum dos quais é a albumina sérica. A família de albumina consiste de todas as proteínas que são água-solúvel, são moderadamente solúveis em soluções salinas concentradas, e calor experiência de desnaturação. São comumente encontrados em plasma de sangue, e são diferentes de outras proteínas do sangue, em que eles não são glicosiladas. Substâncias que contêm albuminas, como a clara de ovo é chamada albuminóides.
Albumina é uma proteína produzida pelo fígado. Um teste de albumina de soro mede a quantidade de proteína presente na porção de líquido limpo do sangue, ela também ajuda a transportar alguns medicamentos e outras substâncias através do sangue e é importante para o crescimento de tecidos e cicatrização.
A albumina é a proteína mais comum encontrada no sangue. Ela fornece ao organismo a proteína necessária para manter tanto crescimento e a reparação de tecidos.
Função
A principal função da albumina normal é o transporte e armazenagem de uma ampla variedade de substâncias de baixo peso molecular, como o cortisol, hormônios sexuais, cálcio e drogas várias. A qualificação “normal” deve ser atribuída, porque se sabe que algumas variantes de albumina podem ser alteradas na sua capacidade de fixarem drogas como a warfarina.
A fixação, e consequentemente a destoxificação, constitui outra das funções primaciais da albumina no recém-nascido. A bilirrubina fixada à albumina tem menor probabilidade de passar para os tecidos hidrófobos do cérebro do que a bilirrubina livre. Certos metais pesados são também fixados à albumina numa forma não tóxica. Em casos de hemólise extensa, forma-se um complexo contendo heme chamado metahemalbumina. Desempenha também um papel muito importante no metabolismo das gorduras, além de constituir uma fonte de nitrogênio.
A ação das lipoproteínas-lipases sobre os lipídios libera ácidos graxos instáveis, que são ligados à albumina durante um curto período, num trânsito rápido do fígado para os tecidos periféricos. Além da sua função como molécula fixadora e de transporte, a albumina desempenha um papel importante na nutrição. Argumenta-se que a proteína está constituída de tal modo que é facilmente metabolizada, contendo todos os aminoácidos essenciais. Na desnutrição, os níveis plasmáticos da albumina diminuem muito mais que os níveis de gamaglobulinas. Em casos de má nutrição, especialmente em Kwashiorkor (dietas deficientes em proteinas e calorias) se observam níveis muito baixos. Outra das funções importantes da albumina é a manutençào da pressão osmótica. É responsável por 75% da pressão coloidosmótica do plasma. Cada grama de albumina sérica exerce uma pressão osmótica de 5,54 mm de Hg, enquanto que a mesma quantidade de globulina sérica exerce uma pressão de apenas 1,43 mm de Hg. Isto se deve ao fato das frações de albumina consistirem em proteínas de peso molecular muito mais baixo que os das frações de gamaglobulina.
Um grama de albumina reterá 18 ml de líquido na corrente sangüinea. Quando os níveis de albumina diminuem basta uns 20 g/L, com freqüência se observa edema devido a redução da pressão coloidosmótica. As alterações dos níveis séricos de albumina podem ser resultantes de um grande número de sequelas patológicas e em conseqüências não conhecidas
Síntese
Sintetizada quase toda pelo fígado, a albumina tem uma meia-vida de 15 a 19 dias. A síntese desta proteína está claramente ligada ao fornecimento de aminoácidos estruturais ao fígado e daí a sua sensibilidade à desnutrição proteica. A síntese da albumina começa dentro de 30 minutos, quando os indivíduos em depleção proteica recebem quantidades suficientes de aminoácidos, o que sugere que a síntese da albumina pode não ser constante, mas ocorrer em relação com os suprimentos alimentares e com a absorção de subunidades proteicas.
Tipos e Funções
As principais albuminas são a lactoalbumina, contida no leite; a ovoalbumina, que se encontra na clara do ovo; a soroalbumina do sangue; e as albuminas vegetais. Dentro desse último grupo cabe mencionar, entre outras, a leucosina do trigo e a legumina da ervilha.
A ovoalbumina é utilizada como material alimentício pelos embriões das aves durante seu desenvolvimento. A soroalbumina, também denominada serina, representa cinquenta por cento das proteínas sanguíneas, sua principal função é a de regular o intercâmbio de água entre os tecidos e o sangue por meio de mecanismos osmóticos, isto é, relacionados com a difusão dos líquidos através de membranas. A uma quantidade maior de soroalbumina corresponde uma percentagem superior na retenção de água, ao contrário, uma diminuição de apreciável magnitude nos níveis de albumina provoca a passagem de água aos tecidos, o que origina o edema ou inflamação.
Outra função da soroalbumina é o transporte de certas substâncias através da corrente sanguínea. As albuminas vegetais, por sua vez, constituem uma notável fonte dos aminoácidos de que necessitam os animais e que, por conseguinte, devem constar de sua dieta.
Fração albumina: É constituída de uma proteína, a albumina, a mais abundante do plasma e que responde por cerca de 80% de sua pressão oncótica. Está envolvida no transporte de inúmeras substâncias (bilirrubina, cálcio, hormônios, fármacos etc.) e pode se apresentar bipartida (bialbuminemia) por uma variação genética ou por sobrecarga na ligação a determinadas substâncias, que alteram sua carga elétrica. Apresenta-se diminuída por falha em sua síntese no fígado, por perda renal, intestinal ou cutânea, por condições que aumentam a permeabilidade capilar, como os processos inflamatórios, e em estados de má absorção e subnutrição. Níveis elevados ocorrem na desidratação ou por estase venosa excessiva (por exemplo, por garroteamento prolongado).
Fração alfa-1-globulina: Tem na alfa-1-antitripsina seu principal componente. Esta glicoproteína atua na inibição de enzimas proteolíticas, podendo estar aumentada em processos inflamatórios agudos, em neoplasias e doenças hepáticas. Sua diminuição pode ser relacionada a defeito genético grave e à doença pulmonar ou hepática na infância. Pode estar aumentada também nos hepatocarcinomas, em que há grandes concentrações de alfafetoproteína.
Fração alfa-2-globulina: É constituída por duas proteínas principais: alfa-2-macroglobulina e a haptoglobina. Quando a fração alfa-2 está muito elevada, pode-se suspeitar de um processo inflamatório agudo (pelo aumento da haptoglobina) ou de síndrome nefrótica (pelo aumento da alfa-2-macroglobulina, acompanhada de diminuição da albumina). Quando reduzida, pode-se pensar numa síndrome hemolítica, pela diminuição da haptoglobina.
Fração betaglobulina: É constituída pela transferrina e pelo componente C3 do sistema de complemento. A primeira, sintetizada no fígado, responde pelo transporte de ferro plasmático. Mostra-se bastante aumentada nos casos de carência de ferro. O C3 pode subir em processos inflamatórios e baixar em doenças auto-imunes ou por deposição de imunocomplexos.
Fração gamaglobulina: É constituída predominantemente pelas imunoglobulinas G, A e M, sendo a fração eletroforética de maior interesse clínico. A diminuição (hipogamaglobulinemia) ocorre em imunodeficiências congênitas ou adquiridas, geralmente relacionadas com terapias imunossupressoras. Sempre devem ser associadas a dosagens nefelométricas das imunoglobulinas. O aumento da fração gama denomina-se hipergamaglobulinemia, que pode ser monoclonal, na forma de um pico agudo, refletindo a elevação de uma única imunoglobulina, produzida por um clone específico de plasmócitos. As gamopatias monoclonais detectadas pela eletroforese devem ser estudadas por imunoeletroforese ou por imunofixação, para caracterizar a imunoglobulina e/ou cadeia leve envolvida.
A hipergamaglobulinemia pode ser policlonal, em função do aumento de várias imunoglobulinas. Está relacionada a doenças auto-imunes, a processos inflamatórios crônicos e a lesões hepáticas severas. Em casos de cirrose hepática, há uma união entre as frações beta e gama,relacionada à elevação acentuada de IgA.
Albumina Sérica
A albumina do soro é o mais abundante no plasma sanguíneo e da proteína é produzida no fígado e forma uma grande proporção de todas as proteínas do plasma. A versão humana é albumina do soro humano, e que normalmente constitui cerca de 50% de humano da proteína do plasma.
Albuminas séricas são importantes na regulação do volume de sangue, mantendo a pressão oncótica (também conhecida como pressão osmótica coloidal) do compartimento do sangue. Também servem como transportadores para moléculas de baixa solubilidade em água desta forma isolando a sua natureza hidrófoba, incluindo lipossolúvel hormônios, bile sais, bilirrubina não conjugada, livre de ácidos graxos ( apoproteína ), cálcio , íons ( transferrina ), e algumas drogas como varfarina, phenobutazone, clofibrato e fenitoína. Por esta razão, é por vezes referido como um “táxi” molecular. Competição entre a droga para os locais de ligação de albumina pode provocar interações medicamentosas, aumentando a fração livre de um dos fármacos, o que afeta a potência.
Doenças causadas pela alteração da Albumina
Baixa albumina (hipoalbuminemia) pode ser causada por doença hepática, síndrome nefrótica, queimaduras, enteropatia perdedora de proteína, má absorção, desnutrição, gravidez tardia, artefato, variações genéticas e malignidade.
Alta albumina (hiperalbuminemia) é quase sempre causada pela desidratação. Em alguns casos de retinol (vitamina A deficiência) o nível de albumina pode ser elevada para os valores normais de alta (por exemplo, 4,9 g / dL). Isto porque o retinol faz células inchar com água (este é também o motivo muito vitamina A é tóxica).
Em experiências de laboratório foi mostrado que o ácido retinóico all-trans baixo regula a produção de albumina humana A gama normal de albumina do soro humano em adultos (> 3 anos) é de 3,5 a 5 g / dL. Para crianças com menos de três anos de idade, o intervalo normal é mais amplo, 2,9-5,5 g / dl. A albumina liga-se ao receptor de superfície da célula Albondin .
Outros tipos incluem a proteína de armazenamento de ovalbumina em clara de ovo, e de diferentes albuminas de armazenamento nas sementes de algumas plantas.
Excreção
O catabolismo desta proteína passa-se principalmente em órgãos com elevadas taxas de metabolismo, por exemplo, fígado, baço, rim, músculos, etc. As células incorporam gotículas de plasma por pinocitose e digerem o conteúdo proteico até aminoáciodos, que voltam a estar disponíveis para sínteses proteicas.

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