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MÓDULO I - GESTÃO E ESTRATÉGIA IMOBILIÁRIA

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Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO DE: 
 
GESTÃO E ESTRATÉGIA IMOBILIÁRIA 
 
 
 
 
 
 
AUTORIA: 
 
MÁRCIA VALÉRIA GONÇALVES 
 
 
 
 
 
Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
2
Módulo de:Gestão e Estratégia Imobiliária 
Autoria: Mácia Valéria Gonçalves 
 
Primeira edição: 2009 
 
 
CITAÇÃO DE MARCAS NOTÓRIAS 
 
Várias marcas registradas são citadas no conteúdo deste módulo. Mais do que simplesmente listar esses nomes 
e informar quem possui seus direitos de exploração ou ainda imprimir logotipos, o autor declara estar utilizando 
tais nomes apenas para fins editoriais acadêmicos. 
Declara ainda, que sua utilização tem como objetivo, exclusivamente a aplicação didática, beneficiando e 
divulgando a marca do detentor, sem a intenção de infringir as regras básicas de autenticidade de sua utilização 
e direitos autorais. 
E por fim, declara estar utilizando parte de alguns circuitos eletrônicos, os quais foram analisados em pesquisas 
de laboratório e de literaturas já editadas, que se encontram expostas ao comércio livre editorial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os direitos desta edição reservados à 
ESAB – ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL LTDA 
http://www.esab.edu.br 
Av. Santa Leopoldina, nº 840/07 
Bairro Itaparica – Vila Velha, ES 
CEP: 29102-040 
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3
Apresentação 
Sabemos que manter a competitividade em alta é um desafio permanente para todas as 
empresas. Uma das ferramentas para sustentar essa capacidade é a gestão estratégica. É 
um processo e deve ser de responsabilidade da alta administração. Entretanto, deve ser 
compartilhado com outros níveis de gerência, quando houver, buscando o envolvimento e 
comprometimento de todos para o planejar, o gerenciar, o executar, o acompanhar e o de 
corrigir rumos quando necessário. É um processo macro e essencial para a condução de um 
negócio marcado nos dias de hoje pela necessidade de mudanças muitas vezes radicais 
com inúmeras turbulências. 
O setor imobiliário se apresenta como um mercado marcado de grandes mudanças e é 
necessário que a empresa, o gestor e o corretor façam a diferença neste mercado. E estar 
atento às pequenas coisas e situações faz a diferença. 
Saber atender bem o cliente, estar atento as suas necessidades, entregar-lhe produtos de 
qualidade, neste caso atendendo-o bem é primordial para a sobrevivência da empresa e do 
profissional do mercado imobiliário. 
E é através das ferramentas essenciais disponibilizadas ao mercado que a empresa poderá 
exercer e aplicar a eficiência e eficácia de seu negócio. 
 
 
 
 
 
 
 
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4
Objetivo 
Desenvolver no aluno a expertise da gestão estratégica imobiliária, capacitando-o para o 
mercado imobiliário com as mais diversas técnicas e ferramentas de gestão com a finalidade 
de ampliar seus conhecimentos nas funções gerenciais e operacionais bem como ampliar 
seus conhecimentos do real papel do corretor no mercado imobiliário suas remunerações, 
conflitos e dificuldades. Além de apresentar as normas de avaliação, registros, averbações, 
conceito de orçamentos e as exigências de escrituração e contratos. 
 
 
 
Ementa 
O mercado imobiliário; O gestor e o corretor de imóveis; Exercício público da profissão; 
Entidades do mercado imobiliário e suas funções. O Papel do Corretor de Imóveis; Início e 
Término da Intermediação Imobiliária; A Remuneração do Corretor de Imóveis; Sinal de 
Negócio; Estudos e conceitos de valor de imóveis; Estudos e conceitos de orçamentos; O 
imóvel; O cliente; Contrato de Corretagem; Avaliação de Imóveis e Locação de Imóveis. 
Leitura de plantas e avaliação de áreas; Instrumento de compra e venda; Registro de 
imóveis; Exigências quanto a averbações, escrituras e contratos. Hipotecas penhores e 
impostos. 
 
 
 
 
 
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5
Sobre o Autor 
Márcia Valéria Gonçalves, 43 anos, graduada em administração de empresas, corretora de 
imóveis registrada no conselho regional corretores de imóveis (CRECI) N: 3855-ES, atuando 
no mercado imobiliário com intermediações e consultoria há mais de 17 anos, Professora 
universitária, pós-graduada em Logística, Gestão Estratégica Recursos Humanos e outra 
pós-graduação em andamento de Gerenciamento de Projetos , Mestre em Economia 
Empresarial pela UCAM - Faculdade Candido Mendes – RJ 
 
 
 
 
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6
SUMÁRIO 
UNIDADE 1 ........................................................................................................... 9 
O MERCADO IMOBILIÁRIO .............................................................................. 9 
UNIDADE 2 ......................................................................................................... 13 
A HISTÓRIA DA INOVAÇÃO NA COMERCIALIZAÇÃO DE IMÓVEIS. ......... 13 
UNIDADE 3 ......................................................................................................... 16 
NORMATIZAÇÃO DA CONDUTA DO CORRETOR DE IMÓVEIS................. 16 
UNIDADE 4 ......................................................................................................... 19 
O FUTURO DA PROFISSÃO. ......................................................................... 19 
UNIDADE 5 ......................................................................................................... 22 
A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA E O TRABALHO DO CORRETOR ........ 22 
UNIDADE 6 ......................................................................................................... 25 
FISCALIZAÇÃO DA PROFISSÃO ................................................................... 25 
UNIDADE 7 ......................................................................................................... 28 
O PAPEL DO CORRETOR DE IMÓVEIS ....................................................... 28 
UNIDADE 8 ......................................................................................................... 31 
O CORRETOR DE IMÓVEIS EM EXERCÍCIO ............................................... 31 
UNIDADE 9 ......................................................................................................... 33 
A REMUNERAÇÃO IMOBILIÁRIA ................................................................... 33 
UNIDADE 10 ....................................................................................................... 38 
TÍTULO 1 – O GESTOR E O CORRETOR DE IMÓVEIS ............................... 38 
UNIDADE 11 ....................................................................................................... 41 
PONTOS FUNDAMENTAIS PARA O GERENTE DE VENDAS ..................... 41 
UNIDADE 12 ....................................................................................................... 44 
MOTIVANDO SUA EQUIPE ............................................................................ 44 
UNIDADE 13 ....................................................................................................... 49 
 
 
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7
REMUNERANDO ATRAVÉS DAS METAS DE VENDAS .............................. 49 
UNIDADE 14 ....................................................................................................... 54 
GERENCIANDO CONFLITOS ......................................................................... 54 
UNIDADE 15 ....................................................................................................... 57 
FERRAMENTAS PARA GERENCIAR CONFLITOS ...................................... 57 
UNIDADE 16 .......................................................................................................60 
COMO RESOLVER CONFLITOS .................................................................... 60 
UNIDADE 17 ....................................................................................................... 63 
A COMERCIALIZAÇÃO DE UM IMÓVEL ....................................................... 63 
UNIDADE 18 ....................................................................................................... 65 
CLIENTE: A PESSOA MAIS IMPORTANTE DA NOSSA EMPRESA ............ 65 
UNIDADE 19 ....................................................................................................... 67 
CONTRATO DE CORRETAGEM .................................................................... 67 
UNIDADE 20 ....................................................................................................... 70 
MODELO DE CONTRATO PRESTAÇÃO DE SERVIÇO ............................... 70 
UNIDADE 21 ....................................................................................................... 78 
AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS ............................................................................... 78 
UNIDADE 22 ....................................................................................................... 80 
COMO AVALIAR O IMÓVEL USADO ............................................................. 80 
UNIDADE 23 ....................................................................................................... 83 
A LOCAÇÃO IMOBILIÁRIA ............................................................................. 83 
UNIDADE 24 ....................................................................................................... 85 
INSTRUMENTO DE COMPRA E VENDA ....................................................... 85 
UNIDADE 25 ....................................................................................................... 87 
DOCUMENTAÇÕES NECESSÁRIA NA INTERMEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA ... 87 
UNIDADE 26 ....................................................................................................... 92 
ASPECTO SOBRE AS DOCUMENTAÇÕES .................................................. 92 
UNIDADE 27 ....................................................................................................... 95 
 
 
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8
O REGISTRO ................................................................................................... 95 
UNIDADE 28 ....................................................................................................... 98 
FINALIDADE DO REGISTRO .......................................................................... 98 
UNIDADE 29 ..................................................................................................... 103 
PERGUNTAS MAIS FREQUENTES A RESPEITO DE REGISTROS E 
AVERBAÇÕES............................................................................................... 103 
UNIDADE 30 ..................................................................................................... 104 
A GESTÃO ESTRATÉGICA IMOBILIÁRIA ................................................... 104 
GLOSSÁRIO ..................................................................................................... 109 
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 110 
 
 
 
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9
UNIDADE 1 
Objetivo: Ampliar o conhecimento do aluno acerca das características do mercado imobiliário 
bem como a distinção do mesmo em relação aos outros mercados buscando demonstrar as 
fragilidades do setor. 
O MERCADO IMOBILIÁRIO 
 
O mercado imobiliário tem características muito diferentes 
comparados a outros mercados. Esta distinção decorre da 
característica especial de cada imóvel e do próprio mercado 
imobiliário. Podemos ver que existem inúmeras fontes de 
divergências e desigualdades entre os imóveis. 
Por sua localização fixa, qualquer alteração no ambiente provoca 
modificações nos valores dos imóveis. Para podemos ter uma compreensão da 
complexidade deste setor, podemos nos reportar ao passado e verificar as regiões onde os 
imóveis eram mais valorizados como, por exemplo, o centro da cidade. Atualmente as 
regiões mais valorizadas no passado são em vias de regras gerais as mais desvalorizadas 
hoje, guardando as especificidades de cada região. Vários bairros novos e nobres surgiram 
mudando o perfil e costumes dos moradores e fazendo com que regiões que no passado não 
fossem valorizadas passando a ser valorizadas hoje. 
E o setor se torna ainda mais complexo se analisarmos as características de cada imóvel e 
os fatores que auxiliam na sua valorização e desvalorização. Entre os fatores que 
diferenciam os imóveis, em si, os mais importantes são a grande vida útil, a fixação espacial, 
a singularidade, o elevado prazo de maturação (intervalo de tempo para a produção de 
novas unidades) e o alto custo das unidades. A combinação destes elementos permite 
explicar grande parcela das diferenças de valores entre os imóveis, em um dado momento. 
 
 
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10
São muitos fatores provocando distinções, e naturalmente os imóveis precisam ser 
considerados como bens compostos, pois existem múltiplos atributos que despertam 
interesses. A literatura de economia urbana geralmente refere-se à existência de um pacote 
ou conjunto indissociável de atributos. Os preços de cada um dos atributos são os serviços 
de habitação Os preços dos imóveis podem ser compreendidos como a soma dos produtos 
das quantidades de cada um destes serviços pelos seus preços implícitos. 
 
O Corretor de Imóveis 
De acordo com a fonte do COFECI, (2009) a profissão do Corretor de Imóveis no Brasil vem 
desde o tempo da colonização, onde as pessoas ganhavam a vida arrumando pousadas 
para os desbravadores deste país. Como se trata de uma atividade que visa o 
desenvolvimento, o progresso e a concretização dos ideais, pode-se afirmar, de maneira 
figurada, que Pero Vaz de Caminha deu início às atividades de corretagem. Ao escrever para 
Portugal descrevendo o Novo Mundo, atuou como um Corretor de Imóveis. 
As primeiras leis trabalhistas foram criadas na década de 30 durante o governo Getúlio 
Vargas a partir daí se deu origem a uma nova forma de organização do trabalho, sendo 
institucionalizada a estrutura sindical brasileira. 
O primeiro sindicato de corretores de imóveis a ser reconhecido como tal no Brasil foi o do 
Rio de Janeiro em 1937, o ministro do Estado dos Negócios do trabalho, indústria e comércio 
em nome do presidente da República do Brasil, assinou as cartas sindicais, reconhecendo 
oficialmente o sindicato dos corretores de imóveis do Rio de Janeiro como sindicato 
profissional de trabalhadores por conta própria. 
Vale relatar que a história do Sindimóveis – Rio se confunde com a do sindicalismo brasileiro 
isto porque a entidade contribuiu para a discussão da estrutura sindical no país. Em 1937 se 
conseguiu a outorga da carta sindical, embrião dos sindicatos dos corretores de imóveis do 
Município do Rio de Janeiro sendo o primeiro da categoria criado no país. 
 
 
 
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11
A história do primeiro corretor de Imóvel 
Os primeiros Corretores de Imóveis eram consultores da família, pessoas de confiança que 
não mediam esforços e distâncias para atender bem a seus clientes. Eram os Corretores de 
bons negócios que "gritavam" seus próprios anúncios, profissionais de um tempo bem 
diferente. Os proprietários eram os donos de pacatas chácaras. Graças à divisão da terra em 
lotes e à tabela price, tornou-se muito maior o número de proprietários. (COFECI, 2009) 
Paulo. Pai de Antônio Macuco Alves, natural de São Paulo, nunca exerceu outra atividade 
senão a de Corretor de Imóveis. Lavravaem média vinte escrituras por mês e vendia em 
torno de 240 imóveis por ano, sem saber ao certo a quantidade de imóveis transacionados 
por seu intermédio. Uma curiosidade foi a compra, à prestação, da sua casa própria, situada 
em um dos endereços mais conhecidos de São Paulo, a Avenida Brasil, no bairro Jardim 
América. Quando comprou o terreno, o metro quadrado custava 80 cruzeiros, sendo que em 
1955 o mesmo já custava 30 mil cruzeiros. Embora tenha sido um dos fundadores da 
Associação dos Corretores de Imóveis, o único cargo na diretoria da Associação que 
assumiu pertenceu ao Conselho Fiscal da segunda diretoria. (COFECI, 2009). 
 
Fonte: Cofeci, (2009). 
 
Nos anos 40 os Corretores de Imóveis faziam parte de uma categoria organizada e 
reconhecida por toda a sociedade. Os sindicatos tinham uma estreita ligação com as 
associações comerciais, conseguindo estender aos seus associados todas as garantias 
 
 
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conquistadas pelos trabalhadores brasileiros. Uma prova é o Decreto n.º 5.493 de 9 de abril 
de 1940, pelo qual os Corretores de Imóveis eram segurados no Instituto de Aposentadoria e 
Pensões dos Comerciários, pagando seguro anual obrigatório. 
Outra conquista importante foi o reconhecimento da capacidade técnica desses profissionais 
por parte do poder público, que passou a considerar como avaliação oficial a que era feita 
pelo Sindicato de Corretores de Imóveis, repartição arrecadadora ou por via judicial. Graças 
a este convênio, os Corretores sindicalizados passaram a utilizar nos seus anúncios, depois 
do nome do escritório, a expressão "do Sindicato dos Corretores de Imóveis", ou "filiado ao 
Sindicato dos Corretores de Imóveis". 
 
 
 
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13
UNIDADE 2 
Objetivo: Demonstrar a evolução do mercado imobiliário e da função do corretor desde a sua 
criação e as mudanças ocorridas para a consolidação da categoria. 
A HISTÓRIA DA INOVAÇÃO NA COMERCIALIZAÇÃO DE IMÓVEIS. 
 
 
A criação do Pregão Imobiliário, no dia 30 de novembro de 1940, também foi outra 
importante iniciativa que aumentou ainda mais a credibilidade de toda a categoria na 
sociedade - por intermédio de uma iniciativa da Associação de Corretores de Imóveis do 
Estado de São Paulo, da Rádio Tupi e do jornal Diário de São Paulo. Os Corretores 
sindicalizados, que também eram anunciantes dos classificados do Diário de São Paulo, 
poderiam divulgar gratuitamente os textos para o Pregão dos Negócios Imobiliários, 
transmitidos todos os sábados, a partir das 16 horas, e reproduzido nas edições de domingo 
do referido jornal. Em função do pregão, o Diário de São Paulo passou a oferecer aos 
Corretores sindicalizado um preço especial em seus anúncios e um desconto de 20%. 
(COFECI, 2009). 
 
 
 
 
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14
A admissão com corretor de imóveis 
No início de 1942 a Associação de Corretores de Imóveis regulamentou um projeto rigoroso 
para a admissão de novos associados. Eram aceitos apenas os profissionais que 
exercessem efetiva e seguidamente a profissão durante, no mínimo, dois anos, mediante 
prova concludente. Mais que isso, era preciso preencher todos os requisitos de absoluta 
idoneidade moral e profissional. 
Entre os documentos exigidos, o profissional deveria apresentar os atestados de 
antecedentes criminais e político-sociais. Uma pessoa que fosse condenada a qualquer pena 
não poderia ingressar ou pertencer ao sindicato durante o tempo de condenação. Para que 
um novo sócio fosse admitido, deveria ser indicado por, no mínimo, dois outros Corretores 
associados. 
 
Regulamentação da profissão 
Por intermédio de um convênio firmado entre os sindicatos dos Corretores de Imóveis de São 
Paulo e do Rio de Janeiro, no dia 10 de outubro de 1942, as duas entidades passaram a 
adotar medidas de interesse para classe e para o aperfeiçoamento das transações 
imobiliárias no Brasil. Alguns dos documentos firmados nesse convênio, codificando praxes e 
usos, constituíam uma verdadeira legislação supletiva, tanto que inúmeras cidades 
brasileiras passaram a adotar esse regulamento. 
As relações entre o Corretor e as partes, e dessas entre si, foram reguladas pelas 
disposições desse regulamento, na falta de convenção escrita. Estabelecia que a obrigação 
do Corretor fosse até o ajuste das partes interessadas, quando lhe seria devida a 
remuneração conveniada. Esta remuneração deveria ser mantida se, antes de esgotado o 
prazo da autorização concedida ao Corretor, o cliente revogasse ou desistisse da transação, 
ou mesmo se ele dispensasse os serviços ou embaraçasse a atuação do Corretor. 
A remuneração deveria ser paga pelo vendedor no ato do recebimento do sinal ou princípio 
de pagamento, ou no ato da assinatura da promessa de venda. O regulamento estabelecia o 
 
 
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15
que deveria ser feito em cada caso que a venda se realizasse, seja por meio de empréstimo, 
financiamento ou outro. O sinal deveria corresponder entre 10% e 20 % do preço ajustado na 
transação. 
 
 
 Amplie seus conhecimentos: acesse seu ambiente on-line e leia mais sobre a LEI 6.530 que 
regulamenta o trabalho do corretor nas imobiliárias leia também a lei 6.530 e sua íntegra. 
 
 
 
 
 
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16
UNIDADE 3 
Objetivo: Mostrar a importância da categoria bem como seus códigos de conduta e sua 
criação. 
NORMATIZAÇÃO DA CONDUTA DO CORRETOR DE IMÓVEIS 
 
 
Em 1942, foi criado pelos sindicatos de corretores de imóveis de São Paulo e Rio de Janeiro 
um documento de como deveria ser a conduta do profissional do corretor de imóveis perante 
o seu cliente e companheiros de classe e em relação também à entidade; 
1. O Corretor vive o valor e seriedade de sua palavra, de sua ação e de seu espírito de 
iniciativa. 
2. É o espírito de cooperação, e nunca o de competição ou concorrência, que deve 
presidir as relações entre os Corretores. Não há necessidade de perturbar o negócio 
entregue a outro Corretor, pois todo dia fica sempre aberta a porta da colaboração. 
3. Não deve o Corretor aceitar a incumbência de venda ou de compra de um imóvel que 
seja entregue a outro, cumprindo-lhe, portanto, indagar sempre do cliente a respeito. 
4. Nenhum Corretor deve oferecer um imóvel sem estar devidamente autorizado pelo 
cliente ou por outro Corretor autorizado. 
5. Não cabe ao Corretor o direito de prender em suas mãos um negócio, se não tiver a 
probabilidade de realizá-lo. 
 
 
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17
6. Ao oferecer um negócio, cabe ao Corretor apresentar dados rigorosamente certos, 
nunca omitindo detalhes que o depreciem. 
7. Diante de cliente e estranhos, nunca deve o Corretor atacar, mas ao contrário, 
defender e justificar seus colegas. Só com esse ânimo conseguirá elevar o nível da 
classe, com proveito geral para si próprio. 
8. As queixas devem ser levadas por escrito ao conhecimento do Sindicato, e nunca 
expostas ao público. O desprestígio de um Corretor reflete o conceito de todos os 
seus colegas. 
9. Da camaradagem, do respeito e da amizade entre os Corretores resultará 
inevitavelmente a elevação moral da classe e um campo mais vasto de negócios e 
oportunidades para todos. 
10. O Corretor deve colocar estes preceitos da ética profissional acima de seus interesses 
materiais, respeitando-os incondicionalmente. 
 
Os Convênios e Comissões 
Os sindicatos também concordaram em tornar norma definitiva, para efeito de divisão de 
comissão de seus associados nos negócios trabalhados conjuntamente, as seguintes taxas: 
 Para os Corretores sindicalizados, a divisão das comissões deveria ser a meio, ou de 
acordo com as taxas previamente combinadas; 
 Para os Corretores não pertencentesaos sindicatos, no máximo um terço das 
comissões auferidas; 
 Para simples intermediários, isto é, pessoas sem escritório montado e que não 
tivessem na profissão o exercício habitual, meio por cento. 
 
 
 
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A tabela de comissões compreendia a compra, venda ou permuta de imóveis, hipotecas e 
financiamentos, incorporações, loteamentos, locação, administração de bens e outros 
encargos e avaliação de imóveis. Era dividida tanto pela porcentagem como taxa mínima de 
comissionamento. As taxas de comissão eram de, no mínimo, 1% (exemplo: estudo técnico 
preliminar de incorporação) até comissões que variavam entre 5 a 10% (exemplo: venda ou 
hipoteca de sítio, chácara e propriedade rural). 
O maior valor de comissionamento poderia chegar a 20%, quando se tratasse da venda de 
loteamento em área suburbana, incluindo a organização da venda e publicidade inicial, paga 
por unidade comercializada. O valor mais comum de comissão estava na casa dos 3%, 
compreendendo a venda ou hipoteca de prédio, loja, sala, apartamento, terreno urbano, 
financiamentos e locação avulsa. 
 
 
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ENTRE NO SITE: www.cofeci.gov.br 
E veja como foi a criação dos sindicatos e a história da profissão em sua região. 
 
 
 
 
 
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19
UNIDADE 4 
Objetivo: Apresentar as mudanças ocorridas através dos tempos do perfil do corretor e a 
tendência da figura do corretor no mercado imobiliário. 
O FUTURO DA PROFISSÃO. 
 
De acordo com dados do Cofeci (2009), nos anos 80 e 90 a 
profissão do Corretor de Imóveis foi consolidada em todo o Brasil. 
Foram criados 24 conselhos regionais nas principais capitais do 
país, responsáveis pela fiscalização do exercício profissional. 
Desde o surgimento dos primeiros Corretores, o perfil dos 
profissionais mudou bastante. Com a alteração introduzida por Clineu Rocha, acabando com 
a Opção de Venda, e com a crescente urbanização das cidades brasileiras, aumentando o 
número de profissionais atuando no mercado, o perfil do profissional também foi alterado. A 
figura do Corretor da família foi ficando cada vez mais rara e a competitividade no mercado 
de trabalho acabou desunindo a categoria. Mas, qual o futuro da profissão? Após tanta luta 
pela regulamentação, qual o papel dos sindicatos e dos Conselhos Federais e Regionais de 
Corretores de Imóveis? 
O próprio mercado acabou dando a resposta a essas perguntas. Com a difusão da 
informática e o aumento do nível de exigência por parte dos clientes, passou a ser exigida 
uma nova postura dos profissionais. 
A prestação de serviços e o apoio na realização do melhor negócio ganharam destaque entre 
as principais características da profissão. O trabalho do Corretor do século XX e do ano 2000 
não se restringe mais à comercialização de imóveis. Em tempos de informática e alta 
velocidade na transmissão de informações, para ser bem-sucedido e conquistar a confiança 
do cliente é necessário estar bem preparado. 
 
 
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A competitividade do mercado de trabalho leva o cliente a escolher o profissional melhor 
preparado. O acesso a todo o tipo de informação fornece melhores subsídios para a 
avaliação de imóveis e para desenvolvimento de um trabalho de qualidade. Com isso, o 
Corretor passa a agir como um consultor, assessorando o cliente em todas as fases da 
comercialização do imóvel. 
A participação do Corretor também é valiosa na averiguação dos aspectos legais envolvidos 
na transação, como a aprovação da planta pela Prefeitura, a inexistência de planos de 
desapropriação, a regularização do titular do imóvel etc. A parte contratual também exige 
uma grande atenção. É importante certificar-se sobre a qualificação completa do proprietário, 
a descrição detalhada do imóvel e a declaração da inexistência de débitos, entre outros. 
Se o imóvel for vendido na planta, o consultor deve averiguar todos os dados sobre a 
construtora (idoneidade), sua aprovação pelo órgão competente (número de alvará) e o 
contrato (inexistência de parcelas intermediárias além das determinadas pelo contrato). 
Todas as informações e o trabalho de investigação são muito importantes para a conclusão 
do negócio, mas o trabalho do Consultor Imobiliário não termina com a assinatura do 
contrato. O Corretor também deve estar presente na entrega do imóvel, verificando a 
qualidade da obra e se foram realizadas as benfeitorias descritas no contrato. 
 
A criação da opção de venda 
Considerando a necessidade de oferecer aos pretendentes das ofertas imobiliárias 
anunciadas a segurança de que, ao procurarem o anunciante, este realmente disponha da 
autorização exclusiva para a sua intermediação; e que a divulgação pública por diversos 
profissionais e imobiliárias do mesmo imóvel gera confusão no mercado, insegurança e 
desconfiança aos seus pretendentes, a diretoria do Cofeci e seus conselheiros federais 
aprovaram, em novembro de 1995, a Resolução nº 458/95. 
Com esta resolução, somente pode anunciar publicamente o Corretor (pessoa física) ou 
Imobiliária (pessoa jurídica) que tiver, com exclusividade, contrato escrito de intermediação. 
 
 
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Nos anúncios e impressos deverá constar o número de inscrição precedido da sigla Creci, 
acrescido da letra J quando se tratar de pessoa jurídica. 
Esta resolução ocasionou uma revolução no mercado imobiliário, estabelecendo um novo 
relacionamento entre proprietário, corretores e clientes. Mas sua adoção também é 
importante porque possibilita a informatização da comercialização de imóveis. 
A adoção do contrato de exclusividade passa a ter sentido quando toda a oferta de imóveis 
está reunida em um banco de dados informatizado. Deixa de ter sentido colocar um imóvel à 
venda ou para locação em diversas imobiliárias, ou sob a responsabilidade de vários 
corretores, sem que nenhum deles se responsabilize de fato pelo imóvel ou possa investir 
com segurança na sua divulgação. Quando este imóvel passa a fazer parte de um banco de 
dados, consultado por milhares de profissionais, com a avaliação do corretor de confiança, a 
Opção de Venda passa, então, a representar um serviço de melhor qualidade ao cliente. 
O Cofeci (2009) acredita que a grande mudança cultural está na adoção de uma nova 
postura por parte dos profissionais. Com a obrigatoriedade do contrato escrito, dando 
exclusividade para um único corretor ou empresa para a intermediação imobiliária, o cliente 
passa a escolher com critérios mais rigorosos seu agente. Ele só poderá escolher uma 
imobiliária ou corretor e com certeza vai procurar o mais capacitado. Além disso, terá à sua 
disposição uma rede informatizada, onde seu imóvel também será trabalhado por outros 
profissionais. 
 
 
 
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UNIDADE 5 
Objetivo: Demonstrar a evolução da tecnologia através da informática no mercado 
imobiliário criando novas formas de desenvolver o atendimento junto ao cliente 
A EVOLUÇÃO TECNOLOGICA E O TRABALHO DO CORRETOR 
 
Com a evolução tecnológica, o computador passa a ser o principal 
instrumento do Corretor de Imóveis. De posse da Opção de Venda 
(Autorização de Venda), o profissional coloca o imóvel em um banco de 
dados informatizado. Apenas Corretores e imobiliárias credenciadas no 
Creci têm acesso ao programa. 
Em São Paulo, o Creci e o Sindicato uniram forças e criaram a Central de 
Operações Imobiliárias (COI). Inaugurada no dia 24 de abril de 1997, no Palácio de 
Convenções do Anhembi (São Paulo), sua operacionalização foi possível após mais de 40 
mil horas de testes. Todo esse tempo investido teve o objetivo de dar maior segurança ao 
Corretor de Imóveis e ao seu cliente na transação imobiliária,no que diz respeito à 
integridade do sistema, comissionamento e serviços agregados. Seu funcionamento é feito 
via Internet, o que barateou os custos e trouxe diversas vantagens ao sistema. 
Cada hora de consulta (que representa entre três e quatro horas de uso do computador). 
Para que o Corretor ou imobiliária tenha total segurança são inseridos, no sistema, apenas 
imóveis para os quais o Corretor tenha a Opção de Venda. O proprietário é cadastrado pelo 
seu CPF, sendo possível verificar de que forma se deu a conclusão do negócio e a partilha 
da comissão. 
Quando a venda ou locação do imóvel é feita pela Central de Operações Imobiliárias, a 
comissão é dividida igualmente entre o profissional que tem a Opção de Venda (captador) e 
o que apresentou o imóvel ao seu comprador/locador. 
 
 
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Algumas vantagens da informatização 
A inclusão do imóvel em um sistema informatizado pode ser utilizada pelo Corretor de 
Imóveis como uma prova jurídica da sua participação ou da sua empresa na transação 
imobiliária. Até o final de 1996, dados do Cofeci indicam que 80% das transações imobiliárias 
são feitas sem a presença do Corretor de Imóveis, e quando o profissional investe seu tempo 
e conhecimento, muitas vezes não recebe a comissão a que tem direito, por não ter como 
comprovar sua participação na concretização do negócio. 
Por intermédio de convênios firmados com empresas, cartórios e outras atividades ligadas à 
corretagem de imóveis, os Corretores/imobiliárias credenciadas à COI têm acesso a diversos 
serviços e vantagens que poderão ser repassadas aos clientes, valorizando o seu trabalho. 
Um convênio, por exemplo, foi firmado com a IBM, que passou a oferecer um financiamento 
especial aos Corretores de Imóveis para a compra de um microcomputador Pentium, por um 
preço abaixo do mercado, podendo ser pago em pequenas parcelas mensais. 
O Corretor pode acessar, via Internet, o Cartório de Registro de Imóveis, tirando a Certidão 
Negativa do Imóvel em sua casa ou escritório. Ele também poderá oferecer financiamento 
imobiliário ao seu cliente, seguro do imóvel, transporte da mudança, entre outros serviços. 
Com este sistema, o Corretor passa a assessorar o cliente de forma completa, com rapidez e 
segurança. Entretanto, sua capacidade técnica, ao avaliar o imóvel de forma competente é o 
principal serviço oferecido. É a garantia do melhor negócio para o cliente. 
 
 
 
 
 
 
 
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VAMOS AMPLIAR SEUS CONHECIMENTOS 
Busque na sua região quais são as tecnologias oferecidas para ampliar e agilizar o trabalho 
de corretor 
 Já ouviu falar da Netimóveis? 
 Estaremos discutindo isto posteriormente 
 
 
 
 
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UNIDADE 6 
Objetivo: Apresentar como é feita a fiscalização do profissional, bem como as normas e lei 
que regulamentam a categoria bem como a forma de avaliação. 
FISCALIZAÇÃO DA PROFISSÃO 
 
Relata Cofeci (2009), afirma que desde 1997 os conselhos de 
fiscalização profissional perderam o vínculo com a administração 
pública. Esta alteração foi provocada pela edição da Medida 
Provisória n.º 1.549/35, de 9/10/97, que dispõe sobre a 
organização da presidência da República e dos ministérios e dá 
outras providências. A medida foi reeditada no dia 7 de 
novembro (n.º 1.549/36) e transformada na Lei nº 9.649 em 27 
de maio de 1998. 
Com esta lei o governo federal dá liberdade ao gerenciamento dos conselhos e também tira 
a fiscalização da administração federal sobre essas entidades. Além de ser um volume 
pequeno, a receita é constituída unicamente por contribuições dos profissionais inscritos. 
Segundo fontes do Ministério do Trabalho, apesar de terem um volume de arrecadação 
pequeno, correspondente a menos de 0,2% do total a ser fiscalizado, ocupava cerca de 80% 
do efetivo da Siset (Secretaria de Controle Interno). 
O artigo 58 estabelece que os serviços de fiscalização de profissões regulamentadas sejam 
exercidos em caráter privado, por delegação do poder público, mediante autorização 
legislativa. Altera, portanto, o artigo 5º da Lei nº 6.530, de 12 de maio de 1978, que definia o 
Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci) e os Conselhos Regionais de Corretores 
de Imóveis (Crecis) como autarquias dotadas de personalidade jurídica de direito público, 
 
 
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vinculadas ao Ministério do Trabalho, com autonomia administrativa, operacional e 
financeira. 
De acordo com o artigo 58, os conselhos de fiscalização, dotados de personalidade jurídica 
de direito privado, não manterão qualquer vínculo funcional ou hierárquico com os órgãos de 
administração pública. O controle das atividades financeiras e administrativas passa a ser 
realizados exclusivamente pelos órgãos internos de controle. Os Crecis irão prestar contas 
ao Cofeci, que por intermédio de uma plenária determinará e disciplinará a sua estrutura e 
funcionamento. 
 
A Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998. 
Dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios e dá outras 
providências 
Art. 58: Os serviços de fiscalização de profissões regulamentadas serão exercidos em 
caráter privado, por delegação do poder público, mediante autorização legislativa. 
§1º - A organização, a estrutura e o funcionamento dos conselhos de fiscalização de 
profissões regulamentadas serão disciplinados mediante decisão do plenário do Conselho 
Federal da respectiva profissão, garantindo-se que na composição deste estejam 
representados todos os seus conselhos regionais. 
§2º - Os conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas, dotados de personalidade 
jurídica de direito privado, não manterão com os órgãos da Administração Pública qualquer 
vínculo funcional ou hierárquico. 
§3º - Os empregados dos conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas são 
regidos pela legislação trabalhista, sendo vedada qualquer forma de transposição, 
transferência ou deslocamento para o quadro da Administração Pública direta ou indireta. 
§4º - Os conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas são autorizados a fixar, 
cobrar e executar as contribuições anuais devidas por pessoas físicas e jurídicas, bem como 
 
 
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preços de serviços e multas, que constituirão receitas próprias, considerando-se título 
executivo extrajudicial a certidão relativa aos créditos decorrentes. 
§5º - O controle das atividades financeiras e administrativas dos conselhos de fiscalização de 
profissões regulamentadas será realizado pelos seus órgãos internos de controle, devendo 
os conselhos regionais prestar contas, anualmente, ao conselho federal da respectiva 
profissão, e este aos conselhos regionais. 
§6º - Os conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas, por constituírem serviço 
público, gozam de imunidade tributária total em relação aos seus bens, rendas e serviços. 
§7º - Os conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas promoverão até o dia 30 de 
junho de 1998 a adaptação de seus regimentos ao estabelecido neste artigo. 
§8º - Compete à Justiça Federal a apreciação das controvérsias que envolvam os conselhos 
de fiscalização de profissões regulamentadas, quando no exercício dos serviços a eles 
delegados, conforme disposto no caput. 
§9º - O disposto neste artigo não se aplica à entidade de que trata a Lei nº 8.906, de 4 de 
julho de 1994. 
 
 
COMO É A FISCALIZAÇÃO EM SUA REGIÃO? 
Anote e busque informações, estaremos discutindo posteriormente a respeito disto. 
 
 
 
 
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UNIDADE 7 
Objetivo: Verificar a função e o papel do corretor de imóveis no Brasil, bem como sua 
representatividade na sociedade.Apresentar quais são os requisitos necessários para se 
tornar um corretor de imóvel. 
O PAPEL DO CORRETOR DE IMÓVEIS 
 
De acordo com o Dicionário AURÉLIO Eletrônico [1994] "a 
palavra corretor significa agente comercial que serve de 
intermediário entre o vendedor e comprador, representando, 
um ao outro eventualmente. O termo corretor vem do verbo 
correr, significando o que anda, procura ou agencia". 
Junqueira (1994) afirma que "a corretagem é uma prestação de serviços em relação 
de dependência, aproximando as partes interessadas em uma transação". 
 
No Brasil, somente o corretor de imóveis é autorizado a intermediar transações imobiliárias. 
A profissão é reconhecida e regulamentada por legislação nacional desde os anos 1960. 
Além do proprietário do imóvel e do corretor imobiliário, ninguém mais pode oferecer 
negócios nesse segmento dentro do território brasileiro. Qualquer manifestação diferente 
pode ser denunciada à polícia e ao sistema Cofeci-Crecis (conjunto de entidades que 
normaliza e fiscaliza a profissão de corretagem de imóveis no país). 
Além da responsabilidade de apresentar o imóvel aos interessados, o corretor de imóveis e a 
imobiliária devem estar qualificados para compreender as necessidades do cliente, avaliar as 
possibilidades do mercado, prestar esclarecimentos sobre segurança ou risco do negócio, 
fornecer com clareza todas as informações necessárias às partes interessadas, e 
 
 
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acompanhar a negociação até seu desfecho, o que inclui o registro de compra e venda num 
cartório de imóveis. 
No código civil a corretagem não é contemplada, porém no código comercial, o artigo 35, 
regula a matéria dos corretores. A matéria, segundo o código comercial, prende-se aos atos 
de comércio, pois nesse caso o corretor é considerado um agente auxiliar de comércio. 
Os corretores de imóveis são pessoas mediadoras, com a finalidade precípua de aproximar 
vendedor e comprador numa operação imobiliária. É o profissional que procura o negócio 
imobiliário, quer vendendo, trocando, locando, administrando, vistoriando e avaliando 
imóveis. Em linhas gerais, a corretagem é a intermediação de negócios. 
O decreto nº 81.871, de 29 de junho de 1978 deu uma nova forma à profissão, sendo que, no 
seu artigo 2º, estabelece a obrigatoriedade de habilitação para Técnico de Transação 
Imobiliária para mediar vendas, compras e locações imobiliárias, administrar bens imóveis e 
condomínios e vistoriar e avaliar imóveis. Esta habilitação foi aprovada pelo Parecer 61/76 do 
Conselho Federal de Educação. 
A Lei no 6.530, em seu artigo 1º, explicita [COFECI, 1997, p.11]: "O exercício da profissão do 
corretor de imóveis em todo o território nacional somente será permitido: 
 Ao possuidor do título de Técnico em Transações Imobiliárias, inscrito no Conselho 
Regional de Corretores de Imóveis da jurisdição; 
 Ao corretor de imóveis inscrito nos termos da Lei nº 4.116, de 27 de agosto de 1962, 
desde que requeira a revalidação de sua inscrição". 
 
Segundo Pereira (1986), uma singularidade da Lei nº 6.530 é que ela atribuiu ao COFECI 
(Conselho Federal de Corretores de Imóveis), competência para estabelecer, em resolução, 
as condições de inscrição dos candidatos à atividade de intermediação no mercado 
imobiliário. 
 
 
 
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O QUE É PRECISO PARA SER UM CORRETOR DE IMÓVEIS 
Atualmente, para ser um corretor de imóveis, é necessário registrar-se legalmente junto ao 
CRECI (Conselho Regional de Corretores de imóveis) e possuir o título de Técnico em 
Transações Imobiliárias. Para adquirir este título, o candidato deverá submeter-se a um 
curso profissionalizante próprio da área. 
As disciplinas arguídas pelos exames são: direito e legislação, economia e mercado, 
organização e técnica comercial, operações imobiliárias, desenho arquitetônico e noções de 
construção civil, e relações humanas. Todas atendem os mínimos exigidos pelo CFE 
(Conselho Federal de Educação). 
 
 
 
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UNIDADE 8 
Objetivo: Analisar quais são as funções e obrigações do corretor de imóveis no exercício de 
sua profissão. 
O CORRETOR DE IMÓVEIS EM EXERCÍCIO 
 
O corretor de imóveis tem a função de intermediar, ou seja, aproximar o cliente interno 
empresário imobiliário, (construtor ou vendedor do imóvel e o cliente externo comprador 
potencial) a um objetivo comum, o imóvel. 
 
 
Do ponto de vista jurídico, o intermediador imobiliário começa o seu trabalho ao assinar um 
Contrato de Prestação de Serviços ou Opção de Vendas. Com esta assinatura, cria-se um 
vínculo jurídico entre o corretor de imóveis e o cliente interno, provando assim, a participação 
do intermediador na venda do produto imobiliário e, consequentemente, garantindo os 
direitos de exclusividade de venda e de cobrança da comissão ao término da transação 
imobiliária. 
De acordo com o artigo 16 da lei n° 6.530, de 12.05.78; é ilegal trabalhar sem o Contrato de 
Prestação de Serviços, conforme estabelecem, expressamente, o item VI do artigo 1° da 
Resolução n° 5 do COFECI (Conselho Federal de Corretores de Imóveis), de 09.09.78; e 
ainda, o inciso IX do artigo 4° da Resolução n° 326 do COFECI, de 25.06.92 (Código de 
 
 
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Ética)". Com este contrato concluído, o corretor de imóveis terá permissão legal de anunciar 
o imóvel, de contactar e recepcionar clientes externos potenciais. 
Além do processo de intermediação de uma venda imobiliária existem várias atividades 
exercidas pelo corretor de imóvel tais como; 
 Ao receber um suposto pretendente à aquisição do imóvel, o intermediador deverá 
fazer uma triagem junto ao comprador, como saber o tipo de imóvel desejado, preço, 
localização, quando deseja obter o imóvel, etc. 
 Depois disto, escolhe-se na pasta de estoque de avulsos (pasta usada pelos 
corretores para arquivar as fichas de cada imóvel à venda) o imóvel que esteja mais 
próximo de satisfazer os anseios do interessado. Caso o imóvel esteja disponível, 
propõe-se uma visita para a demonstração dos aspectos físicos, acabamento, 
equipamentos e materiais usados na construção. 
 Despertado o interesse do cliente externo, passa-se para a fase de negociação, onde 
são discutidas a modalidade do negócio (se à vista ou a prazo) e a disponibilidade 
financeira do comprador. 
 Decidindo o cliente externo pela realização do negócio, o corretor deverá aproximá-lo 
ao cliente interno para preparar a documentação apropriada para o fechamento do 
negócio. 
Do ponto de vista jurídico, o trabalho do corretor de imóveis está concluído com o 
recebimento do sinal de negócio, mais conhecido como arras (em vendas financiadas ou a 
prazo) ou a totalidade do valor combinado. Entretanto, sobre o ponto de vista profissional, o 
trabalho de qualquer prestador de serviços só acaba quando não há mais nada a fazer em 
relação ao negócio, ou seja, o corretor de imóveis deverá acompanhar todos os passos da 
transação imobiliária até que o nome do cliente externo esteja assentado no Cartório de 
Registro de Imóveis. 
Cada uma destas atividades pode ser objeto de treinamento e recomendações específicas 
sobre a melhor maneira de proceder diante de uma venda imobiliária. 
 
 
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UNIDADE 9 
Objetivo: Entender como é feita a remuneração financeira do corretor de imóveis no 
mercado imobiliário e a lei que regulamenta o sistema de honorários dos profissionais 
liberais. 
A REMUNERAÇÃO IMOBILIÁRIA 
 
A remuneração imobiliária é o retorno financeiro 
que o corretor de imóveis recebe pelos serviços 
prestados como intermediador da transação 
imobiliária. 
É muito comum neste ramo, o uso equivocado da 
palavra comissão para definireste retorno, porém deve-se deixar bem claro que o corretor de 
imóveis, por ser um profissional liberal (Diário Oficial de 09 de julho de 1986, portaria 
n.º3.245 de 08 de julho de 1986), não cobra comissões e sim honorários. No atual Código de 
Processo Civil, no seu artigo 275, letra "m", está previsto o rito sumaríssimo para a cobrança 
de honorários de profissões liberais. 
Os valores a que faz juz o corretor de Imóveis pela execução de seus serviços profissionais 
de corretagem são fixados pelos órgãos competentes como CRECI, através de tabelas que 
estipulam os percentuais dos honorários que aumentam conforme a localização. 
A Tabela de Honorários de Serviços Profissionais do Corretor de Imóveis, no que diz respeito 
a vendas imobiliárias, contém o seguinte: 
 
 
 
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VENDA 
1) Imóveis urbanos…………………………………............................................……… 5% a 8% 
2) Imóveis rurais ……………………….............................................………………… 6% a 10% 
3) Imóveis industriais …………........................................……………………………… 6% a 8% 
4) Venda judicial …………………........................................................……………………… 5% 
NOTA 1: Nas permutas, os honorários serão devidos pelos respectivos proprietários a quem 
estes contrataram, calculado sob o valor de venda de cada imóvel. 
NOTA 2: Quando a transação envolver diversos imóveis, os honorários devidos pelos 
respectivos proprietários a quem estes contrataram, calculados sobre o valor de venda de 
cada um dos imóveis. 
NOTA 3: Nos casos de vendas com transferência de financiamento os honorários serão 
devidos sobre o total da transação realizada. 
.NOTA 4: Quando a transação imobiliária envolver mais de um corretor, os honorários serão 
pagos a todos os participantes, em partes iguais, salvo ajuste em contrário, firmado entre os 
interessados, por escrito. 
 
LOCAÇÃO 
1)De qualquer espécie e sempre 
por conta do locador ………………. Equivalente ao valor de 1 (um) aluguel 
2)Locação de temporada(Lei 8.245/91), com prazo de até 90(noventa)dias……30% sobre o 
valor recebido 
 
 
 
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ADMINISTRAÇÃO DE BENS IMÓVEIS 
Sobre o aluguel e encargos recebidos ……………………………………. 8% a 10% 
Valor mínimo de ……………………………R$ 50,00 
Nota: A administração para clientes cuja carteira imobiliária seja, comprovadamente, 
superior à R$ 100.000,00(cem mil reais)/mês, o percentual 
será…………………………………………5% a 10% 
 
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS 
Venda de empreendimentos imobiliários ………………………………………… 4% a 6% 
NOTA: Não estão incluídas nos percentuais acima, as despesas de promoção e publicidade 
em geral. 
LOTEAMENTOS 
1) Estudo, organização de vendas de áreas loteadas (urbanas), já aprovadas e registradas 
………. 6% a 8% 
2) Estudo, organização de vendas de áreas loteadas (rurais), já aprovadas e registradas 
…………. 6% a 10% 
NOTA: Não estão incluídas nos percentuais acima, as despesas de promoção e publicidade 
em geral, bem como a administração. 
 
ADMINISTRAÇÃO DE CONDOMÍNIOS 
Sobre o arrecadado pelo condomínio mensalmente ………..………………… 5% a 10% 
Valor mínimo de ………………………………………… R$ 850,00 
 
 
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COMPRA 
Autorização expressa da procura de imóveis…………………………………………6% a 8% 
 
ATIVOS IMOBILIÁRIOS 
Intermediação de Fundos Imobiliários, cotas de consórcio imobiliário, certificados de 
recebíveis do SFI e outros ………………………………………………….....….. 4% a 6% 
 
PARECERES 
1.Receber escrito quanto à comercialização de imóvel. Sobre o valor apresentado 
os honorários serão fixados em até……………………………………..................……. 1% 
2.Parecer verbal quanto à operações imobiliárias. ………………………A partir do valor de 1 
(uma) anuidade vigente . 
3. Valor mínimo de parecer por escrito …………………………............……………… R$ 
650,00 
 
 
Vale ressaltar que cada região utiliza um tipo de remuneração, ou seja, os Crecis, regionais 
aplicam tabelas diferenciadas em relação a outras regiões. 
 
 
 
 
 
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Amplie seus conhecimentos: Busque saber na sua região quais são os valores praticados 
(honorários), em uma intermediação imobiliária. Estaremos discutindo isto posteriormente. 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 10 
Objetivo: Definir qual a função do gestor e o corretor de imóveis suas funções, características 
e principais características do gerente. 
TÍTULO 1 – O GESTOR E O CORRETOR DE IMÓVEIS 
 
Qualquer grupo social precisa ser gerenciado por uma pessoa que o guie para atingir os 
objetivos comuns ou satisfazer os interesses dos seus membros. A anarquia homens sem 
governo é uma utopia, ainda que filosoficamente atraente. 
Desde os tempos mais remotos da tribo primitiva, os homens tiveram gerentes. Ainda que 
não com esse nome. Evoluir o homem e fazê-lo passar de autômato a consciente de suas 
responsabilidades e da sua posição no mundo são responsabilidades primordiais do gerente. 
A razão administrativa e a racional dentro do processo do trabalho exigem pessoas que 
distribuam as responsabilidades em função das características individuais que planejem, 
organizem, coordenem e controlem os esforços dos indivíduos e determinem o melhor 
caminho a seguir. 
Gerentes de vendas são profissionais responsáveis por gerenciar as vendas de uma 
instituição, conquistar clientes e aumentar o faturamento das empresas. Comandam equipes 
de vendas que em grandes empresas podem chegar a ter 40 vendedores. 
Elaboram estratégias, estabelecendo metas para o crescimento das vendas e premiações 
para que possa motivar toda a sua equipe de venda. Têm a tarefa de identificar as 
especificidades do mercado fazendo a leitura acurada das demandas reais para que possa 
ser repassado aos seus colaboradores. 
O gerente de vendas precisa ter espírito de liderança e de equipe, capacidade motivacional, 
carisma e flexibilidade para saber negociar. 
 
 
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Características desejáveis: 
 Boa aparência 
 Capacidade de adaptação a novas situações 
 Capacidade de comunicação 
 Capacidade de decisão 
 Capacidade de liderança 
 Capacidade de negociação 
 Capacidade de organização 
 Criatividade 
 Determinação 
 Habilidade para os negócios 
 Habilidade para trabalhar em equipe 
 Noção de prioridades 
 Senso de responsabilidade 
 
Os Gerentes de vendas do mercado imobiliário geralmente são profissionais experientes que 
em geral começam como vendedores talentosos e competentes, e depois são promovidos. 
Mesmo não sendo obrigatório, além da experiência, o mercado vem exigindo, em muitos 
casos, diploma de curso universitário em áreas como administração de empresas, economia, 
marketing, direito, contabilidade. Atualização constante através de cursos oferecidos por 
empresas e instituições, como os de gerenciamento, técnicas de venda, informática, relações 
 
 
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com o cliente, estatística e controle de qualidade são também requisitos importantes. O 
domínio de computadores e da Internet é fundamental. 
 
Principais atividades do gerente de venda 
Cabe ao gerente de vendas uma única e permanente tarefa, “Conquistar volumes crescentes 
de receita para a sua empresa. Não há nenhuma outra tarefa mais importante na 
organização. Este desafio, renovado diariamente, exige que o profissional responsável pela 
gerência de vendas empreenda esforços contínuos e antecipados para alcançar com êxito os 
objetivos propostos pela empresa. 
O pedido, o fechamento da venda, a realização do negócio não é um fim em si, mas 
consequência de um trabalho preparatório realizado ao longo do tempo e que precisa ser 
revisto e atualizado todos os dias.E esta preparação, tanto em qualidade como em tempo 
gasto na sua execução irá determinar o grau de sucesso da área de vendas. 
 
 Acesse seu ambiente on-line e leia mais sobre o papel do gestor 
 
 
 
Antes de dar continuidades aos seus estudos é fundamental que você acesse sua 
SALA DE AULA e faça a Atividade 1 no “link” ATIVIDADES. 
 
 
 
 
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UNIDADE 11 
Objetivo: Analisar e apresentar as funções fundamentais requeridas ao gerente de vendas 
do mercado imobiliário mostrando os pontos fundamentais a serem desenvolvidos. 
PONTOS FUNDAMENTAIS PARA O GERENTE DE VENDAS 
 
Existem quatro pontos fundamentais para que o processo gerencial 
de vendas seja executado na sua plenitude. 
1) Planejar as ações de vendas que irão propiciar o atingimento dos 
objetivos; 
2) Organizar a força de vendas para que as ações planejadas sejam executadas; 
3) Avaliar, remunerar a premiar os desempenhos individuais da força de vendas; 
4) Basear suas decisões num sistema de informações. 
 
Cada um destes tópicos tem importância fundamental para a correta execução das 
estratégias comerciais. Não basta ter metas a alcançar, é preciso equipe instrumentada e 
motivada e um controle permanente das suas atividades. 
 
1) Planejar as ações de vendas que irão propiciar o atingimento dos objetivos. 
Os números referentes às intenções de venda sejam em valor sejam em quantidade, não são 
planejamento de vendas. São apenas números, intenções, expectativas. O verdadeiro 
planejamento de vendas é constituído pelo rol de ações que serão empreendidas pela força 
 
 
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de vendas para alcançar as intenções de venda. Ao elencar estas ações o gerente terá uma 
noção mais clara sobre os recursos materiais e do tempo necessários. 
O bom planejamento de vendas inicia pela elaboração das metas e ações de venda para os 
principais clientes. Desta forma é possível identificar as oportunidades de negócio existentes 
e qual a melhor política comercial em cada caso. 
 
2) Organizar a força de vendas para que as ações planejadas sejam executadas. 
Para cada cliente, para cada mercado existe um tipo de profissional de vendas mais 
eficiente. Tratar todos os cliente e mercados de maneira padronizada contém riscos e 
probabilidade de insucesso. O gerente de vendas deve avaliar qual o tipo de profissional 
necessário para executar as ações relacionadas no planejamento de vendas. Avaliar as 
características pessoais, conhecimento técnico necessário aquele cliente ou mercado e 
duração do ciclo da venda são pontos que irão determinar qual o profissional mais adequado 
para desempenhar satisfatoriamente as ações planejadas. 
O bom gerente de vendas descarta, por princípio, o profissional pronto, independente do 
tempo exercido na função. Sabe que, por mais experiência que o candidato tenha será 
sempre necessário um período de ajuste às políticas e procedimentos da empresa que está 
contratando. O gerente de vendas sabe também que mesmo com alguns anos de 
experiência muitos vencedores nunca receberam qualquer treinamento em técnicas de 
venda e será necessário instrumentá-lo na ciência da venda. 
Algumas vezes o gerente de vendas deixa-se levar pela conveniência e contrata não um 
profissional de vendas, mas uma carteira de clientes, frustrando-se logo a seguir porque os 
pedidos anunciados na hora da contratação não chegam ao volume ou valor prometidos. 
 
 
 
 
 
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3) Avaliar, remunerar a premiar os desempenhos individuais da força de vendas. 
O sistema de remuneração e premiação do desempenho da força de vendas deve ser 
construído visando incentivar os profissionais da venda a buscar a permanente superação 
das suas metas profissionais e pessoais. Identificar características pessoais dos 
componentes da força de vendas e construir sistemas de remuneração e premiação 
personalizados produz efeitos concretos na melhoria dos resultados. Cada pessoa tem 
diferentes formas de motivação, quer pela faixa etária, quer pelo nível de ambição. Essas 
diferenças precisam ser consideradas no momento de estabelecer metas, remuneração e 
premiação. 
 
4) Basear suas decisões num sistema de informações. 
A era da intuição e do improviso terminou. Muitas empresas têm sido vítimas de gerentes 
desatualizados que mantém equipes desatualizadas e sem produzir resultados. Fazer as 
coisas da mesma forma e esperar que o resultado seja diferente foi chamado de loucura por 
Einstein. Tomar decisões reativas, ou esperar pelo dia 25 do mês para mudar a política 
comercial não é gerenciar vendas. Gerenciar vendas é construir um eficiente sistema de 
informações que dê ao gerente de vendas a possibilidade de identificar tendências, motivos, 
razões pelas quais as metas estão ou não sendo atingidas. 
O profissional que se propõe a responder pela receita da empresa precisa ter em mente que 
somente através de muito esforço e qualificação pessoal poderá destacar-se num mercado 
cada dia e a cada momento mais competitivo. Ele também é o responsável pela orientação 
necessária à empresa nos aspectos relacionados a produtos, política de preços e estratégias 
de venda. 
 
 
 
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UNIDADE 12 
Objetivo: Tem como objetivo demonstrar as ferramentas usualmente utilizadas pelo setor 
para motivar e desenvolver sua equipe. 
MOTIVANDO SUA EQUIPE 
 
Gerenciar pessoas requer algumas 
habilidades que podem ser 
desenvolvidas através de técnicas de 
treinamento. Embora pessoas 
diferentes possam ser motivadas de 
formas diferentes, existem algumas regras práticas, das quais todo o profissional espera o 
respeito e o envolvimento da empresa onde trabalha. 
Formação de uma boa equipe tem sido uma busca cada vez mais frequente em qualquer tipo 
de organização. A reunião de pessoas em busca de objetivos comuns é chamada de equipe. 
A verdadeira equipe é aquela que possui objetivos claros, sabe exatamente onde deve 
chegar, cresce enquanto equipe, mas que respeita e incentiva o crescimento de cada um dos 
seus componentes. Ou seja, equipe é um grupo primário, em que seus participantes se 
conhecem, relacionam-se diretamente. Quando se focalizam as equipes, verifica-se que os 
resultados que elas querem atingir são os objetivos da organização. 
Para que você possa motivar um vendedor, em primeiro lugar você tem que ser flexível. Não 
existe uma forma milagrosa que serve para todos, até por que cada ser humano é um, com 
suas características e individualidades, por isso a flexibilidade de entender o que motiva cada 
um do grupo é fundamental para se conseguir resultados extraordinários no coletivo. 
Se fossemos resumir o que realmente motiva uma equipe poderíamos dizer que são três 
fatores; 
 
 
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1. Engajamento: você deve criar um clima que inspire motivação e sucesso. Todos devem 
perceber que a empresa tem um rumo, uma visão e em especial, ofereça desafios e 
responsabilidades. Isso sim faz com que sua equipe se engaje e atinja objetivo e metas. 
2. Treinamento: Treinar é dar elementos de preparação para a pessoa se sentir importante e 
capaz de fazer mais e melhor. Autotreinamento é uma saída e se faz com livros, DVDs, 
ferramentas. Para isso disponibilizo em meu site uma série de ferramentas para baixar e 
aplicar em seu dia a dia, além de assistir a vídeos, ler artigos ou ter acesso a materiais 
exclusivos na minha loja virtual. 
3. Monitoramento: A empresa precisa ter rotina de controles específicos para equipes de 
vendas. Monitorar os negócios, as metas, o volume de vendas, a produtividade. Mas tudo 
tem que ser feito com simplicidade, sem tomar muito tempo. Além disso, controles para 
vendedores só têm efeito quando eles percebemo significado: ajudá-los a vender mais. 
 
Podemos assim, através do resumo acima apresentado, enumerar 10 atitudes para que se 
possa ter uma equipe de vendas engajada e motivada são elas; 
1º Seja mais humanista e enxergue sua equipe de uma forma holística, reconhecendo 
seus pontos fracos e fortes. 
Saiba que ao enxergá-los individualmente, considerado as características individuais de cada 
um, o vendedor perceberá uma relação de interesse pessoal saindo da relação fria e 
superficial como geralmente acontece e como consequência essa relação, que obviamente 
deve ser sincera, gera motivação. 
 
2º Reconheça e diga sempre o quanto sua equipe é importante para você e para a 
empresa. 
Saber reconhecer e orientar são características de um bom líder e de uma boa empresa. 
Reconheça as vitórias, vibre com as conquistas, participe das realizações. 
 
 
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3º Dê Feedback’s positivos. 
Quando um bom vendedor erra e perde uma venda, ele é criticado, quando vende horrores 
às vezes nem recebe um simples parabéns. É preciso reconhecer os acertos mais que os 
erros. O objetivo do feedback é ser construtivo, por isso evite as criticas que não sejam 
proveitosas e simplesmente dê opiniões sinceras que farão o vendedor crescer. Destaque 
mais os pontos positivos em vez dos negativos. 
 
4º Dê incentivos aos seus vendedores. 
Parta da ideia que é muito melhor vender mais e a empresa ganhar 90% do lucro, por 
exemplo, do que vender bem menos e ganhar 100%. Sempre fui a favor de comissões e 
incentivos por metas reais traçadas e alcançadas, por gerar mais vendas devido à 
sustentação do tripé: motivação, reconhecimento e recompensa. Se possível, surpreenda 
sua equipe com incentivos extras, algo que não era esperado por eles. Os vendedores que 
alcançam suas metas, ganham e a empresa também ganha por vender mais e ter 
colaboradores mais motivados. A empresa fará o investimento em premiações depois que as 
metas propostas forem atingidas, seja aumentando lucros ou diminuindo custos, assim sendo 
o programa de incentivo se paga. 
 
5º Crie um ambiente propício ao desenvolvimento pessoal e profissional de seu 
colaborador. 
Invista em programas de treinamento técnicos, propiciando um desenvolvimento profissional 
e geral, abordando assuntos que envolvam relações pessoais, gerenciamento do tempo, 
gerenciamento do stress, relacionamento familiar, qualidade de vida, etc... Propiciando um 
desenvolvimento pessoal, que gerará satisfação por parte do pessoal e consequentemente 
uma retenção de talentos. Não adianta investir fortunas em treinamentos sendo que quando 
 
 
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forma-se um bom vendedor perde ele para a concorrência, tendo que treinar outro. O mais 
difícil não é formar talentos, mas mantê-los. E para isso o ambiente tem que ser propício. 
 
6º Disponibilizar os recursos necessários para boas vendas. 
O vendedor será muito mais motivado quando tiver em suas mãos os melhores, e de 
preferência, mais modernos recursos para o auxiliarem nas vendas. Condições excelentes 
para desenvolver o trabalho irão gerar resultados extraordinários. 
 
7º Dê assistência frequente. 
Somente estando no campo constantemente com o vendedor é que se entende por que ele 
está vendendo bem, por que as coisas não estão acontecendo e ainda, quais são as reais 
necessidades dos clientes, que muitas vezes não são entendidas ou compreendidas por 
quem não vivencia o dia a dia no campo de trabalho. Com essas informações ricas e 
atualizadas é possível desenvolver encontros, que podem ser diários, semanais ou mensais, 
com o objetivo de capacitar e compartilhar experiência para o crescimento de toda equipe. 
 
8º Gere e conquiste a confiança da equipe. 
Gerar confiança significa gerar comprometimento que leva a resultados que farão toda a 
diferença. Como fazer isso? Cumpra, por exemplo, o prazo para pagamento de comissões, 
cumpra realmente o que prometeu. Uma empresa na qual prestei serviço me prometeu uma 
grande viagem caso alcançasse uma meta, que para o proprietário era impossível. Eu 
alcancei a meta e ele, em vez de vibrar comigo a conquista inventou mil desculpas para não 
pagar o prêmio. Conclusão: Ele não pagou o prêmio e devido a isso eu me desliguei da 
empresa e até hoje recebo convites para voltar, mas a imagem de desconfiança ficou até 
hoje, excluindo qualquer possibilidade do meu retorno a ela. 
 
 
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9º Proponha metas reais. 
 Eu friso muito esse ponto, uma vez que algumas empresas colocam metas irreais para a 
realidade do mercado. Os gerentes querem, muitas vezes, que os vendedores “quase” 
alcancem as metas, porque assim, a empresa venderá bastante e não precisará conceder os 
brindes propostos. Que ideia infantil. E o pior é que muitos gerentes fazem isso. Quanta 
imaturidade na profissão. Trace metas reais, que incentivem o crescimento de cada um. Mas 
quando alcançadas, pague os brindes e gratificações com prazer, vibre com o vendedor, faça 
parte dessa conquista. Seus resultados serão tão extraordinários quanto o possível. 
 
10º Forme um time fiel. 
Forme um grupo campeão e tenha essa base de vendedores campeões na mão. Forme 
seguidores e vendedores que estarão do seu lado, do lado da empresa onde for. Uma base 
sólida na equipe de vendas sustenta todo o grupo. As vendas manterão uma média sempre e 
a empresa terá mais segurança. Mas esse é, quem sabe, o ponto mais difícil para os 
empresários e gerentes. Então, medite sobre os últimos 9 pontos aqui destacados e coloque-
os em prática, para que o resultado dessa 10ª dica certamente venha como consequência da 
realização os outros 9. 
Motivar pessoas, liderá-las para alcançarem sucesso nas suas vidas pessoal e profissional 
está no fato de descobrir as ferramentas necessárias para explorar o máximo do potencial de 
cada um, alcançando e mantendo o que é o mais difícil- o desempenho máximo de cada 
talento. Siga as considerações propostas nesse texto que certamente você terá vendedores 
mais motivados, sua empresa como consequência venderá mais e ainda assim cumprirá com 
um grande papel: fazer do ambiente de trabalho um ambiente propicio à realização e 
felicidade de cada um. 
 
 
 
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UNIDADE 13 
Objetivo: Compreender os sistemas de remuneração e como desenvolver as metas de 
vendas de forma que venha a motivar sua equipe. 
REMUNERANDO ATRAVÉS DAS METAS DE VENDAS 
 
Sabemos que o objetivo de uma empresa não é somente obter 
lucros, mas se espera a obtenção contínua deste e que a 
empresa produza cada vez mais e melhor. O lucro é um meio de 
conseguir outros fins, e é o principal padrão de medida do 
sucesso da empresa. 
Dentro da empresa a área que requer muita atenção em relação à 
mensuração de seu sucesso é a área comercial, pois, avaliar adequadamente a força de 
vendas não é uma tarefa fácil, geralmente ocorre uma ênfase nos volumes e nos custos 
incorridos para realização das vendas. Assim, a maioria das empresas se utiliza de planos de 
remuneração baseados na aplicação de percentuais sobre o valor da venda / faturamento. 
Desse modo, embora muitas utilizem outros parâmetros (ex: fixação de cotas e níveis de 
concessão) para adequar, incentivar ou reduzir o valor da comissão a ser paga para o 
vendedor, a realidade é que prevalece a pouca ênfase dada pela maioria das empresas 
sobre a efetiva contribuição que cada pedido vendido traz para a organização. 
Para não cometer esse erro a empresa deve compreender a importância da contabilidade 
por ser a fonte geradora de informações e dados relevantes para a tomada de decisões de 
grande valia. Com isso, uma das ferramentas mais valiosas fornecidas pela contabilidade de 
custos é margem de contribuição, ou seja,o resultado de uma empresa, negócio, operação, 
linha de produtos ou um único produto, após a dedução dos respectivos custos e despesas 
variáveis, exclusivamente. Pois essa quantia irá garantir a cobertura do custo fixo e o lucro. 
 
 
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A receita atual para a eficácia da área comercial é a remuneração como ferramenta que 
apoia a gestão e quando bem aplicada, torna-se muito importante para o alcance de bons 
resultados, pois motiva os profissionais e incentiva a mudança do comportamento. Dessa 
maneira, o sistema de comissionamento baseado na margem de contribuição privilegia a 
qualidade da venda e impõe uma nova maneira de pensar e agir não apenas do profissional 
de vendas, mas também de todos aqueles que interagem nas compras, recebimento, 
produção e entrega de um pedido. 
 Em relação ao vendedor, ele se obrigaria a desenvolver maneiras inovadoras de 
abordagens nas negociações com os clientes e maior interação com outras áreas da 
empresa, tais como Compras, PCP, Produção, Distribuição e Finanças, contribuindo 
indiretamente para o aperfeiçoamento das relações e fortalecendo os processos internos da 
empresa. 
Existem várias formas de se remunerar o profissional de vendas e, inicialmente, é 
fundamental para a empresa identificar qual é o fator que mais motiva a sua equipe de 
vendas. Isto porque ainda que vivamos em uma sociedade altamente capitalista, nem 
sempre a recompensa financeira é a que deixará o vendedor mais satisfeito. Às vezes uma 
recompensa não financeira, que envolve tanto as questões motivacionais, como 
reconhecimento e a autoestima, quanto a segurança no emprego e o orgulho de pertencer à 
organização, são suficientes para motivar plenamente a equipe de vendas. Portanto, é 
extremamente necessário conhecer o perfil da equipe como um todo para que se consiga 
atingir os mais altos índices de satisfação e principalmente de resultados para a empresa. 
Outro fator determinante para se definir o pagamento ou não de comissões aos vendedores 
é o conhecimento profundo do produto comercializado, e claro saber o esforço necessário do 
profissional para se concretizar a venda. De uma maneira geral, quanto menor o valor 
agregado a um determinado produto e quanto menor o "valor" da empresa no mercado, mais 
difícil para o profissional concretizar a venda. Pode-se dizer então que nesses casos, o 
"mérito" pela venda é muito mais do vendedor do que da empresa propriamente dita, e sendo 
assim, esse profissional deveria ser recompensado com comissões sobre os seus 
resultados. Analogamente, em casos em que a venda ocorre muito mais pela empresa que 
 
 
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pelo profissional, seja pela especificidade do produto, seja pela força da marca da empresa, 
não é muito usual que se pague comissão. 
Um exemplo típico de um profissional que requer de muito esforço para concretizar uma 
venda é o vendedor de livros. Seu desempenho depende diretamente do esforço em visitar 
livrarias e convencer professores e determinados profissionais a utilizarem o seu material. 
Além disso, esse esforço é diário e desgastante, pois o valor agregado a um livro é 
relativamente baixo e, portanto o volume de material a ser vendido é muito grande. 
Este é um caso em que a comissão funciona muito bem, pois faz com que o profissional 
tenha uma motivação extra pra aumentar o número de visitas, melhorando assim o seu 
desempenho e consequentemente os resultados da empresa. Lembrando é claro que nestes 
casos a empresa geralmente estabelece uma meta a ser atingida pelo profissional, para que 
ele tenha direito a essa comissão. Esta comissão pode ser individualizada, ou até dividida 
em partes iguais pela equipe. Outro exemplo que poderíamos também citar é o corretor de 
imóveis. Ao contrário que muitos pensam, para exercer esta profissão, além do esforço físico 
exige do corretor o esforço mental, pois precisa estar atendo a movimentações do mercado 
bem como aprender a conhecer e identificar a real necessidade do seu cliente. 
A definição da meta de um profissional, ou de uma equipe de vendas, é outro ponto muito 
importante e delicado. Importante porque a saúde financeira da empresa depende 
diretamente dela, pois a meta é estabelecida em função dos custos do produto e da 
empresa, ou seja, é o valor necessário para que a empresa consiga honrar seus 
compromissos, como pagamento aos fornecedores das matérias-primas utilizadas no 
processo, os salários e encargos, além de possíveis investimentos. Delicado porque se deve 
tomar muito cuidado para estabelecê-la, pois a meta deve ser grande o suficiente para cobrir 
os custos e motivar a equipe, porém sempre atingível, pois uma meta inalcançável 
independente do empenho da força de vendas acaba por desmotivar toda a equipe. As 
consequências dessa meta irreal são profissionais insatisfeitos e a consequente queda dos 
resultados da empresa. Portanto, todo cuidado é pouco na hora de se definir a meta de 
venda de um determinado produto. 
 
 
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Em casos de empresas que comercializam produtos diferentes, com aceitações diferentes 
então, deve se tomar um cuidado ainda maior na hora de definir o pagamento das 
comissões, pois, se um determinado produto tem um mercado muito maior que o outro, é 
natural que ele venda mais e consequentemente gere mais divisas para o vendedor 
responsável por aquele determinado produto. Isto pode acabar gerando insatisfação na 
equipe e desmotivar a todos. 
Por outro lado, empresas que vendem produtos com alto valor agregado, ou que possuam 
uma marca forte o suficiente para que os clientes venham até elas, não costumam pagar 
comissões. Empresas na área de mineração (fornecimento de equipamentos complexos) e 
siderurgia são exemplos de empresas nas quais o departamento comercial não precisa ser 
remunerado com comissão para melhoria dos resultados. 
O próprio mercado se torna mais responsável pelo sucesso da empresa. Além disso, em 
empresas de mineração, o valor de uma venda é muito alto e o número de vendas ao ano é 
baixo. Isto porque o prazo de fornecimento de determinados projetos é longo e o sucesso da 
empresa está muito mais associado ao sucesso de todos os departamentos trabalhando em 
conjunto do que somente ao departamento comercial. Neste caso costuma-se trabalhar com 
salários fixos e participação nos lucros da empresa em todos os setores. 
Os principais benefícios proporcionados pelo pagamento de comissões são o 
comprometimento da força de vendas, e a motivação que cada profissional tem para se 
atingir os resultados pré-determinados pela empresa. Uma vez que o resultado financeiro 
está diretamente ligado ao seu desempenho, com isso, quanto mais se vende mais dinheiro 
se "ganha". O que, obriga os profissionais a estarem sempre inovando e tentando atender 
cada vez melhor o cliente, fazendo com que a empresa tenha um nome cada vez mais 
reconhecido no mercado, pois isto sempre o beneficia em vendas futuras. 
Por outro lado, este pagamento pode gerar bastante ciúme e inveja tanto na própria equipe 
de vendas quanto no restante da empresa. Dentro da equipe de vendas, quando se tem um 
profissional que se destaca consideravelmente em relação aos demais, pode estimular a 
competitividade (característica marcante e necessária de um bom profissional de vendas), ou 
 
 
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gerar uma insatisfação muito grande no restante da equipe. Dessa maneira, os demais 
departamentos costumam sempre questionar a alta valorização do departamento comercial 
em detrimento as outras áreas da empresa, dificultando a integração de todos os setores. 
Outro fator negativo que pode ocorrer, é desrespeitar a hierarquia salarial da empresa em 
função do alto volume de comissão paga a um determinadoprofissional. 
Assim, a definição quanto ao pagamento de comissão ao profissional de vendas é uma 
questão que exige bastante cuidado. Considerações devem ser realizadas para se chegar à 
conclusão de valer ou não a pena se pagar comissões. 
Para isso, há a necessidade do conhecimento do perfil da equipe, do produto a ser 
comercializado, o esforço que a venda demandará e também juntar tudo isso com a 
estratégia de crescimento da empresa para assim se alcançar uma definição comum em que 
todos ganhem e sintam-se satisfeitos e motivados para trabalharem. 
 
 
 
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UNIDADE 14 
Objetivo: Mostrar como o gerenciamento de conflito pode ajudar ou atrapalhar o 
desenvolvimento de uma equipe de vendas. 
GERENCIANDO CONFLITOS 
 
Um líder obtém maiores resultados quando 
adquire a habilidade para lidar com equipes em 
conflito. 
 
Vocês já perceberam que equipes motivadas e que trabalham em harmonia produzem mais 
do que aquelas em conflito? 
Observa-se que, na maioria das empresas, os gerentes se sentem constrangidos quando 
percebem conflitos em suas equipes. A maioria não se sente à vontade para lidar com tal 
situação. 
Para melhor entender os motivos que levam as pessoas a criar um clima pesado de trabalho, 
faz-se necessário compreender a causa principal do conflito: a quebra de contratos. 
Normalmente, em qualquer empreendimento em equipe, (pessoal ou profissional) tudo se 
inicia com um contrato de expectativas e responsabilidades. Neste contrato são definidas as 
normas de participação, as responsabilidades, as metas a alcançar, os prazos etc. 
Definidos os detalhes do contrato, inicia-se o empreendimento. Enquanto todos os 
envolvidos cumprem sua parte, tudo segue bem. No momento em que alguém quebra um 
item do que foi negociado, inicia-se o processo de conflitos. 
 
 
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Muitas vezes, o processo é lento e as pessoas não se confrontam imediatamente, mas dão 
pistas de sua insatisfação. Algumas são mais visíveis (mau humor, agressividade no trato 
com o outro, atrasos, etc) e outras pistas surgem de maneira mais velada, através de boatos, 
fofocas, formação de “panelinhas” e redução do nível de produtividade. 
Neste momento, o gerente só tem uma opção assertiva: enfrentar o problema, assumindo 
seu papel de educador e procurar realinhar sua equipe. A administração do conflito tem 
como principal objetivo descobrir onde estão os pontos da quebra de contrato e buscar 
estratégias para reajustar as responsabilidades. 
Normalmente, quando a intervenção é realizada nas primeiras pistas, uma simples conversa 
em reunião de trabalho poderá trazer resultados rápidos e eficazes e tudo volta ao normal. 
Mas, em algumas situações, a quebra de contrato perdurou por tanto tempo e afetou tão 
intensamente o clima de trabalho que é necessário um conjunto de ações interligadas, tais 
como: 
 Sessões orientadas de feedback 
 Reuniões de renegociação 
 Acompanhamento psicológico à equipe em conflito 
 Aconselhamentos individuais 
 
Quando os conflitos são encarados logo que surgem as pistas, geralmente são de mais fácil 
resolução. 
 
Vejamos um exemplo prático; 
Na empresa “X”, recém privatizada, a equipe de vendas formada por 20 profissionais vinha 
apresentando resultados abaixo do esperado. 
 
 
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A gerente percebeu que as pessoas se encontravam rapidamente no início do dia, mal se 
cumprimentavam e se dirigiam aos computadores para elaborar seu plano individual de 
visitas. As atitudes de cooperação, a alegria e as brincadeiras, que antes aconteciam 
frequentemente, já não existiam mais. Certa manhã, ao presenciar uma conversa entre os 
vendedores, na qual prevaleceram palavras agressivas, a gerente resolveu tomar uma 
atitude: marcou uma reunião para o final da tarde, com a presença de todos. 
Na reunião, pediu que cada pessoa apontasse um motivo de satisfação e um de insatisfação 
no trabalho. Ouviu atentamente cada vendedor, registrou os resultados e pediu sugestões 
que pudessem sanar os problemas que estavam gerando a insatisfação. De posse das 
sugestões, tratou logo de colocar em prática aquelas que estavam ao seu alcance. As que 
dependiam da equipe foram negociadas e cada um se comprometeu em cumprir a sua 
parte. 
Qual não foi a surpresa da gerente de vendas, quando na semana seguinte à reunião, notou 
que o clima de trabalho estava mais leve, os sorrisos voltaram aos rostos dos vendedores e 
o principal... as vendas aumentaram. 
 
 
  Você tem percebido mudanças no clima de trabalho de sua equipe? 
 Como você se sente quando as pessoas se comportam de forma agressiva e pouco 
cooperativa? 
 Que intervenções faz quando isto acontece? 
 Como você se avaliaria como “administrador de conflitos”? 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 15 
Objetivo: Apresentar as ferramentas usualmente utilizadas para se gerenciar conflitos nas 
empresas. 
FERRAMENTAS PARA GERENCIAR CONFLITOS 
 
Antes de analisarmos formas de solução de conflitos, lembremos que seus efeitos podem ser 
negativos ou positivos. Conflito é benéfico quando aumenta a produtividade ou quando 
funciona como catalisador para atingir metas; é prejudicial quando tem o efeito oposto, 
fazendo com que o trabalho perca o seu impulso, ou criando situações que resultam em 
desperdício de esforços. 
Conflito pode ser comparado com a dor do corpo humano. Sem ela o índice de mortalidade 
humana se agravaria acentuadamente já que as pessoas não disporiam de um sinal de 
alerta quanto às disfunções do corpo. Do mesmo modo que a dor pode ser avaliada por ação 
acurativa adequada, o conflito - se for tratado pronta e eficientemente - também poderá ser 
reduzido ou eliminado. Caso contrário, como ocorre com a dor no corpo, poderá piorar ou, 
talvez, exigir métodos cirúrgicos. 
Além do seu papel de “sensor”, o conflito tem outros aspectos positivos, a saber: 
 Proporciona um desafio para buscar soluções, e motiva grupos e indivíduos a resolver 
problemas em conjunto. 
 Poderá levar à descoberta de novos fatos e informações que resultem em benefício 
para a empresa. 
 Atua como um “monitor do poder” entre as partes dissidentes, permitindo-lhes medir 
forças relativas para usar em interações futuras. 
 
 
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O conflito indica que algo está errado e que medidas corretivas são necessárias. Essas 
medidas podem variar de uma virada drástica para colocar o trabalho de volta nos trilhos, até 
um tratamento rotineiro voltado ao comportamento causando o conflito. Portanto administrar 
conflito não significa eliminá-lo, mas tratar dele de modo inteligente. Como níveis razoáveis 
de dissenção são características de empresas saudáveis, os gerentes e funcionários 
principais devem estar preparados para lidar com elas. Dessa maneira, situações de conflito 
podem ser transformadas em benefício. 
 É mais fácil relacionar as repercussões negativas do conflito do que os seus benefícios, 
pois, quando ele é administrado inadequadamente, traz efeitos altamente desfavoráveis. A 
seguir, alguns dos pontos negativos: 
 Conflito causa tensão. Embora faça parte necessária da vida, a tensão pode provocar 
sequelas pouco saudáveis. Tem efeitos físicos e emocionais sobre o organismo humano, 
trazendo úlceras, dores nas costas e outras palpitações espúrias. Traz noites de insônia, 
crises de irritação e períodos de introspecção. Cobrando o seu preço em efeitos 
corpóreos e mentais. 
 Conflito cria ambiente não produtivo. Em situações de alto nível de conflito, a confusão e 
ambiguidade não permitem que as pessoas produzam no seu melhor nível. 
 Conflito pode gerar perda de status ou do poder de posição. Dependendo de como se 
administrao conflito e de quem sejam as partes conflitantes, as disputas podem deixar 
uma das partes na posição de “vencido”. Paradoxalmente, isso não significa perda 
apenas para o vencido, mas também perda em potencial para o vencedor, que 
permanece com riscos de sofrer uma retaliação futura. 
 Conflito tende a distorcer o comportamento entre as pessoas. Em situações de conflito, 
os valores dos indivíduos podem ser substituídos por um excesso de zelo pelos fatos. As 
práticas administrativas de atribuição de prioridades podem ser distorcidas e se tornarem 
um processo aleatório. Decisões podem tomar características fortemente autoritárias. E 
ainda, lealdade pode se tornar mais importante do que acertar nos atos gerenciais. 
 
 
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59
 
 
 FÓRUM I 
Vamos ler mais acerca deste tema! Entre em seu ambiente on-line e leia os slides que falam 
a respeito de gerenciamento de conflito e aborda o GERENCIAMENTO DE CONFLITO EM 
EQUIPES. LEIA TAMBÉM O GERENCIAMENTO DE CONFLITOS E NEGOCIAÇÕES. 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 16 
Objetivo: Apresentar as ferramentas usualmente utilizadas para se gerenciar conflitos nas 
empresas. 
CONTINUANDO.... 
 
Como resolver conflitos 
As técnicas gerais de solução de conflitos de Blake e Mouton, apresentadas na obra “The 
Managerial Grid”, oferecem uma base para analisar situações conflitantes. Esses modos de 
solução de conflito se resumem conforme segue: 
Retirada estratégica - significa evitar o problema, fugir ou desistir. Pode ser utilizada como 
tática em curto prazo para ganhar tempo ou como abordagem estratégica para períodos mais 
prolongados. A retirada é uma maneira passiva de tratar do conflito e geralmente não 
consegue resolver o problema. É antes uma solução temporária. 
Panos Quentes - poderia também ser chamado de abordagem de apaziguamento. Inclui a 
busca de pontos comuns para acordo e ao mesmo tempo foge dos pontos de desacordo. A 
técnica de “panos quentes” pretende manter a paz e evitar situações de conflito aberto. 
Como tem natureza apenas provisória, também não proporciona uma solução duradoura. 
Negociação - significa barganha. O objetivo é de atingir um acordo aceitável. Mesmo 
quando o acordo está aquém da solução ideal para cada uma das partes, presume-se que 
representa o melhor entendimento que se pode atingir. São discussões baseadas no 
princípio “toma-lá-dá-cá”. Significa, portanto, barganha caracterizada pela seguinte filosofia: 
“eu lhe dou isto se você me der aquilo”. Quando se chega a um acordo aceitável pelas 
partes, a negociação proporciona soluções definitivas para situações de conflito. 
 
 
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Colaboração ou confronto - esta abordagem é a de “solução objetiva de problemas” para 
resolver conflitos. Aqui, a filosofia que predomina é: delinear o problema e resolvê-lo de 
maneira objetiva. O confronto requer diálogo aberto entre os participantes, que devem ser 
competentes do ponto de vista técnico e administrativo. O confronto proporciona soluções 
definitivas para situações de conflito e, em última análise, resolve o problema em questão. 
Forçar - significa o recurso ao poder para resolver um conflito. O resultado desta abordagem 
é a situação de “vencedor/vencido” em que uma das partes supera claramente a outra. A 
força, normalmente, requer menos tempo do que o confronto e a negociação, mas tem o 
efeito não desejado de deixar sentimentos feridos. Assim, o conflito resolvido à força pode 
voltar em forma de sombra posterior. A despeito deste aspecto, a força é uma maneira de 
resolver muitos conflitos em caráter definitivo. 
 
A Melhor solução do conflito 
A melhor solução aparente para resolver conflitos é o modo de colaboração, ou de solução 
objetiva do problema. 
Infelizmente, esta solução do problema não pode ser utilizada em todas as situações. De 
acordo com Kirchoff e Adams, são necessárias as seguintes circunstâncias especiais para se 
aplicar essa abordagem de confronto: 
 “(1) todas as partes devem querer uma solução que considere os objetivos de 
todos e que seja aceitável para todos; (2) todas as partes têm a 
responsabilidade de se mostrar abertas e honestas a respeito dos fatos, 
opiniões e sentimentos; e (3) todas as partes devem concordar em controlar o 
processo para se chegar a um acordo, mas não ditar o conteúdo do acordo 
final”. 
 
 
 
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Normalmente ocorre um acordo rápido quando as duas partes tomam uma atitude de 
colaboração. O acordo também ocorre quando as partes têm disposição de negociar. As 
coisas ficam difíceis, porém, quando as partes tomam atitude de forçar, colocar panos 
quentes ou fazer retirada estratégica. Colaboração é uma técnica forte de solução de conflito, 
com exceção do método da força, que pode se impor como modalidade de colaboração. A 
força, por outro lado, se revela uma forte técnica de solução, exceto nos casos em que a 
outra parte recorre à mesma técnica. O meio-termo (negociação) cede ao solucionador de 
problemas (colaborador) ou àquele que força, mas chega a um acordo com outro meio-
termo, com o de “panos quentes” ou com o que se retira. O de “panos quentes” por sua vez, 
prevalece sobre o que se retira, mas se submete ao confronto, força a negociação. A retirada 
cede a todas as outras formas de solução de conflito, exceto a própria retirada. 
 
 
 Vamos ler mais acerca deste tema! Entre em seu ambiente on-line e leia os slides que falam 
a respeito de gerenciamento de conflito e aborda o GERENCIAMENTO DE CONFLITO EM 
EQUIPES. LEIA TAMBÉM O GERENCIAMENTO DE CONFLITOS E NEGOCIAÇÕES. 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 17 
Objetivo: Verificar as formas de comercialização utilizadas pelas empresas do setor no 
momento da venda focando basicamente a satisfação do cliente. 
 “A satisfação do cliente não é mais o aspecto diferenciador, é quesito mínimo – os 
clientes não toleram mais serviço malfeito. Com mais escolhas do que nunca, eles 
simplesmente partem quando não estão completamente satisfeitos.” 
A COMERCIALIZAÇÃO DE UM IMÓVEL 
A comercialização de um imóvel é uma relação que muitas vezes ocorre em um largo espaço 
de tempo. Assim, o relacionamento e a interação que o corretor de imóveis mantém com o 
cliente é intensa, e por isso, importante. 
Diante dessas circunstâncias, o profissional deve ser perito em relações interpessoais, 
especialista na arte de persuasão, com conhecimento completo em marketing, 
extraordinariamente bem informado sobre os imóveis que está comercializando, conhecedor 
do comportamento humano, experiente em autogerenciamento, uma pessoa de iniciativa, 
motivado e disciplinado, além de ser um indivíduo enérgico e afável, capaz de lidar com uma 
ampla variedade de pessoas instruídas e bem informadas ou não. Outras qualidades 
peculiares ao profissional são: a persistência, a habilidade de pensar criativamente e a 
sensibilidade em praticar a empatia. 
Muitos desses traços de personalidade relacionam-se com a inteligência emocional. Sabe-se 
que as pessoas emocionalmente estáveis que conhecem e lidam bem com os próprios 
sentimentos e conseguem interpretar os sentimentos das outras são mais preparadas para o 
sucesso. 
Elas têm mais probabilidade de sentirem-se satisfeitas e serem eficientes em suas 
atividades, dominando os hábitos mentais que as estimulam a se desenvolver com mais 
produtividade. Outras que não conseguem exercer algum controle sobre a sua vida 
 
 
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emocional, travam batalhas internas que sabotam sua capacidade de se concentrar no 
trabalho e pensar com clareza. 
Existem barreiras importantes que se interpõem entre o corretor de imóveis e a realizaçãode 
suas metas, certos comportamentos que o convertem em escravo de sua própria 
insegurança. É mais fácil e agradável conversar com amigos do que com estranhos, 
tentando oferecer o imóvel que está sendo lançado. Esse comportamento sutil que se 
manifesta na forma de procrastinação, desorganização e falta de motivação é o aviso de uma 
situação embaraçosa e indica que o profissional está vivendo alguns dos vários temores 
autossabotadores, ou seja, o medo de não ser aceito, o medo do ridículo, o medo do 
fracasso e o medo do sucesso. Se não forem conscientemente controlados, podem se 
converter em sérios obstáculos para o desempenho nas vendas. 
Esses temores geralmente são criados pelo próprio profissional. Produzem intranquilidade, 
depressão e que geram comportamentos que constituem os obstáculos para a produtividade. 
Medo de não ser aceito. 
Pelo menos a metade dos fracassos experimentados pelos corretores de imóveis tem 
relação com o medo de não ser aceito. O temor manifesta-se até na relutância a perguntar a 
seus possíveis clientes se desejam possuir o imóvel demonstrado. O medo de ser rejeitado 
leva o corretor de imóveis a ter um comportamento excessivamente tímido e submisso. 
Outra manifestação do medo de não ser aceito, é omissão em solicitar seus nomes. Os 
profissionais têm medo de ouvir um não. Eles perdem a tranquilidade e ganham frustração 
ante o simples pensamento de pedir a alguém seu nome completo. 
É comum também quando o cliente demonstra dificuldade em escolher o imóvel desejado, 
geralmente o corretor abandona-o, e fica esperando que outro mais fácil o procure. Mas é 
lógico que ele (o cliente) fica arquivado no banco de dados (apenas como José), afinal, “ele é 
meu cliente!!!”. “Se um dia ele quiser alguma coisa – que me procure!” 
 
 
 
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UNIDADE 18 
Objetivo: Mostrar a importância do bom atendimento ao cliente com o objetivo de satisfazer 
as necessidades do cliente bem como retê-lo. 
CLIENTE: A PESSOA MAIS IMPORTANTE DA NOSSA EMPRESA 
 
 
Mais do que nunca, os negócios estão subordinados a forças de maior poder de mudança 
como: a globalização, a mudança de comportamento, mudança de regras, entre outras. 
Essas mudanças deveriam estar em evidência nas empresas, mas agora temos ferramentas 
que estão contribuindo para essa avalanche de mudanças: o e-business, a Internet e a Web, 
bem como o comércio eletrônico são os grandes novatos que estão causando mais 
mudanças ligadas à ruptura do sistema de negócios. 
Essas ferramentas invadiram o ramo de negócios imobiliários. É só nos atentarmos para a 
quantidade de Homepages, e empresas que estão informatizadas. Existem algumas 
empresas que têm visto esses fatores de forma mais rápida e objetiva, e graças a uma 
competição madura, quer trabalhar o seu cliente de forma verdadeiramente empresarial. 
 
 
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Tratar bem o cliente, não é só o fator determinante para conquistá-lo. É preciso gerenciar seu 
negócio de maneira que alcance um crescimento estável e lucrativo. Em outras palavras: 
uma vez que temos um cliente, devemos fazer tudo o que pudermos para mantê-lo e para 
desenvolver nossos negócios com ele. Repito: Sabemos que é muito mais barato fazer isso 
que buscar novos clientes, e mais caro ainda, é tentar recuperá-los. 
Realmente, sempre foi a mais profunda aspiração do Corretor Imobiliário ser capaz de: 
 Selecionar e servir clientes individualmente; 
 Estabelecer relacionamentos duradouros com ele; 
 Livrar-se de todas as barreiras e distorções criadas por concorrentes incapazes e, às 
vezes, mal intencionados. 
 
Os corretores de Imóveis devem estar aptos a realizar suas tarefas com sucesso e utilizar 
todas as ferramentas tecnológicas de forma positiva de forma a permitir e estabelecer 
relações individuais com os clientes. (GALDINO, 2009) 
 
 
Responda a seguinte pergunta: 
Se o cliente é a pessoa mais importante na sua empresa como ele deve ser atendido por 
você? 
 
 
 
 
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UNIDADE 19 
Objetivo: Demonstrar a importância da utilização do contrato de prestação de serviço junto 
ao mercado imobiliário 
CONTRATO DE CORRETAGEM 
 
Firmar um contrato de prestação de serviço no mercado 
imobiliário é uma prática pouco comum entre as 
empresas prestadoras de serviço e o cliente. O ideal é 
que quem estiver vendendo um imóvel firme um contrato 
com um corretor de imóveis ou com uma imobiliária para 
oferecê-lo com maior segurança no mercado. Mas 
poucas pessoas que procuram um imóvel para comprar 
sabem da importância de firmar um contrato de prestação 
de serviços com um bom corretor de imóveis para 
garantir uma compra segura e que não cause problemas 
no futuro. 
Alguns analistas afirmam que existe uma tendência que essa se torne uma prática comum no 
mercado, já que o consumidor está cada vez mais exigente em relação à capacitação dos 
corretores. 
A compra e venda de imóveis, intermediada por um corretor ou por uma imobiliária, é uma 
relação de consumo, por isso é regulada pelo Código de Defesa do Consumidor e pelo 
Código Civil. Para aumentar a segurança da transação, o consumidor deve assinar um 
contrato de prestação de serviços com o corretor autônomo ou imobiliário, especificando no 
texto as características do imóvel que procura e as condições de atendimento. Isso evita que 
o corretor ofereça algo diferente do que o cliente deseja. 
 
 
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Vale salientar que a corretagem de imóveis é contrato típico e autônomo que não se 
confunde com a prestação de serviços. Nas ações de cobrança de comissão do corretor, a 
apelação não será recebida por uma das câmaras especializadas do tribunal, mas por 
câmara com competência residual. 
Um exemplo pode ser enunciado pelo tribunal de justiça do Paraná ao julgar Dúvida de 
Competência suscitada pelo desembargador da comarca em ação ordinária de cobrança 
movida por corretor de imóveis visando receber a esperada comissão de vendas. 
Como explica o relator, desembargador, a dúvida de competência gira em torno, 
basicamente, da natureza do contrato de corretagem porque de acordo com o entendimento 
do suscitante, o contrato em questão estaria inserido dentre as espécies de prestação de 
serviço, matéria afeta a uma das Câmaras especializadas, nos termos do regimento interno 
do TJPR. 
Apreciando o ponto culminante da matéria, o relator lembra que a natureza do contrato de 
corretagem sempre foi bastante controvertida, principalmente em razão da atividade exercida 
pelo corretor e pela ausência de regramento específico para reger as relações dele 
decorrentes, sendo o contrato ora visto como atípico e inominado, ora como locação de 
serviços ou mesmo mandato, comissão ou fiança. 
Sustenta, porém, que com o advento do novo Código Civil a matéria acabou por ser 
expressamente disciplinada, afastando qualquer dúvida acerca da natureza da atividade de 
corretagem. O tema passou a ser tratado pelo artigo 722 (e seguintes) do Código Civil, que 
diz: Pelo contrato de corretagem, uma pessoa, não ligada a outra em virtude de mandato, de 
prestação de serviços ou por qualquer relação de dependência, obriga-se a obter para a 
segunda um ou mais negócios, conforme as instruções recebidas. Tal dispositivo afastou 
qualquer ligação da atividade de corretagem com a do mandatário, do prestador de serviços 
ou de qualquer outra relação de dependência, evidenciando a intenção do legislador em 
conferir tratamento diferenciado a essas relações, distinguindo-a das demais espécies de 
contratos previsto no Diploma Civil. Ou seja, a atividade de corretagem passou a ser típica e 
autônoma, não mais de confundindo com a prestação de serviços. 
 
 
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Outro tópico destacado pelo desembargador, para distinguir a corretagem da prestação de 
serviços, é que a forma de remuneração das duas atividades é diferenciada. 
Transcreve aresto do TJPR, relatado pelo desembargador, com a seguinte lição: Outro ponto 
em que se diferencia, substancialmente, o locador de serviços e o mediador é no caráter 
certo da remuneração do primeiro e no incerto da do segundo. Daí por que se diz ser a 
locação de serviços um contrato comutativo, e a mediação um contrato aleatório. 
O locador, na prestação dos seus serviços, conta com uma retribuição salarial determinada 
na quantidade, fixa quanto à época do pagamento, certa de referência ao direito de recebê-la 
e exigi-la. 
O mediador não tem essas garantias de certeza e prazo, só pode contar com a corretagem 
após a conclusão do negócio. Se não lograr satisfazer os desejos do comitente, não adquire 
jus à remuneração, seja qual for o seu trabalho. 
 
 
 
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UNIDADE 20 
Objetivo: Apresentar modelo de contrato de prestação de serviço cliente e empresa. 
MODELO DE CONTRATO PRESTAÇÃO DE SERVIÇO 
 
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CORRETAGEM IMOBILIÁRIA 
 IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES CONTRATANTES 
 
 
CONTRATANTE: (Nome do Contratante), (Nacionalidade), (Profissão), (Estado Civil), 
Carteira de Identidade nº (xxx), C.P.F. nº (xxx), capaz, residente e domiciliado na Rua (xxx), 
nº (xxx), bairro (xxx), Cidade (xxx), Cep. (xxx), no Estado (xxx); 
 
CORRETOR: (Nome do Corretor), (Nacionalidade), (Profissão), (Estado Civil), Carteira de 
Identidade nº (xxx), C.P.F. nº (xxx), capaz, residente e domiciliado na Rua (xxx), nº (xxx), 
bairro (xxx), Cidade (xxx), Cep. (xxx), no Estado (xxx) 
 
As partes acima identificadas têm, entre si, justo e acertado o presente Contrato de 
Prestação de Serviços de Corretagem Imobiliária, que se regerá pelas cláusulas 
seguintes e pelas condições descritas no presente. 
 
 
 
 
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DO OBJETO DO CONTRATO 
 
Cláusula 1ª. O presente tem como OBJETO, a prestação de serviços de corretagem, 
especificamente, para oferecimento e negociação sobre a venda do imóvel. 
 
Cláusula 2ª. O CONTRATANTE é proprietário do imóvel constituído de um(a) (casa, 
apartamento, sítio, terreno), situado(a) na Rua (xxx), nº (xxx), bairro (xxx), Cidade (xxx), 
Estado (xxx), devidamente registrado sob o nº (xxx), no Cartório de (xxx) Ofício de Imóveis. 
(Registro anexo) 
 
 
DO IMÓVEL 
 
Cláusula 3ª. O imóvel objeto de venda se encontra livre de quaisquer ônus ou dívidas que 
possam inquiná-lo, ou mesmo impedir de realizar quaisquer transações. Para tanto, seguem 
anexas todas as certidões referentes à pessoa do CONTRATANTE e ao imóvel. 
 
Cláusula 4ª. Faz parte do presente também, cópias do laudo descritivo do imóvel, composto 
de fotografias e seus respectivos negativos, laudo do Corpo de Bombeiros, laudo técnico de 
engenheiro pormenorizando todas as condições do mesmo. 
 
 
 
 
 
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DEVER DO CONTRATANTE 
 Cláusula 5ª. O CONTRATANTE se compromete a não negociar e/ou vender o imóvel no 
período o qual estiver sob a responsabilidade de venda e negociação por parte do 
CORRETOR. Caso ocorra tal interveniência, o primeiro ficará obrigado a realizar o 
pagamento da comissão ora contratada. 
 Cláusula 6ª. Todo trâmite concernente à transferência do imóvel para o novo comprador 
será de exclusiva responsabilidade do CONTRATANTE. 
 
 
DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO 
 
Cláusula 7ª. O CORRETOR se compromete a realizar o trabalho de corretagem de forma 
criteriosa e com a máxima honestidade, de forma a promover a venda do imóvel supra 
descrito. 
 
 
DO COMPROMISSO 
 Cláusula 8ª. O CORRETOR, durante o tempo fixado, se compromete a utilizar de todos os 
meios pessoais para concretizar a venda ou as negociações, respondendo por todos os 
gastos para oferecimento do imóvel, sendo que não utilizará intermediários para quaisquer 
destas hipóteses. Ocorrendo tal infortúnio, o CORRETOR se compromete a pagar a 
comissão avençada nesta, àquele que o mesmo autorizou intermediar, seja verbal ou 
expressamente. 
 
 
 
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DA COMISSÃO 
 
 Cláusula 9ª. Fica convencionada a comissão de (xxx)% (por cento), que incidirá sobre o 
valor da venda. 
 
Cláusula 10ª. O pagamento será efetivado em dinheiro, no ato do recebimento do sinal, ou 
não havendo sinal, no ato do pagamento à vista ou, da primeira parcela. 
 
 
DO VALOR 
 
Cláusula 11ª. O CONTRATANTE oferece o imóvel pelo valor total de R$ (xxx) (Valor 
Expresso), sendo que poderá o CORRETOR ofertá-lo pelo mesmo preço, o qual será pago à 
vista, ou parcelado da seguinte forma: sinal de R$ (xxx) (Valor Expresso) e (xxx) parcelas 
mensais e sucessivas de R$ (xxx) (Valor Expresso), cada uma. 
 
Cláusula 12ª. Resta facultado ao CORRETOR negociar em condições diversas, desde que 
autorizado expressamente pelo CONTRATANTE. Contudo, é vedado ao CORRETOR 
oferecer o imóvel a preço menor. 
 
 
 
 
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Cláusula 13ª. Vendendo ou negociando o imóvel a preço superior ao citado, o CORRETOR 
receberá a diferença entre o preço estabelecido pelo CONTRATANTE e o efetivado na 
venda. Contudo, o CONTRATANTE não pagará o valor da comissão caso a diferença obtida 
seja superior a 10 % (dez por cento) do preço exposto no caput desta cláusula. 
 
O PRAZO 
 
Cláusula 14ª. O CORRETOR terá o prazo de (xxx) dias, contados da data da assinatura do 
presente, até o dia (xxx) do mês (xxx) ano (xxx), para concretizar a venda do imóvel. 
 
Cláusula 15ª. Ultrapassando esta data, o CORRETOR não mais estando com o imóvel à 
venda em seu cadastro, fará jus ao recebimento da comissão neste convencionada, desde 
que a venda ocorra dentro de 90 (noventa) dias após a data final, e que as negociações 
ainda estiverem pendentes. 
 
Cláusula 16ª. O prazo para corretagem, que desde já resta combinado, será ampliado 
automaticamente por mais (xxx) dias caso haja início de negociações concretas por parte do 
CORRETOR. Caberá a este, no entanto, comunicar previamente ao CONTRATANTE, a 
efetivação da abertura destas negociações, sendo que este último impedirá unilateralmente, 
através de notificação por carta com aviso de recebimento, todas as intenções protelatórias 
do CORRETOR 
 
Cláusula 17ª. Fica desde já vedada a venda ou abertura de negociações por parte do 
CORRETOR, após o prazo acordado neste, salvo o exposto na cláusula acima. 
 
 
 
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Parágrafo primeiro. Após o prazo, obriga-se a devolver todos os documentos que estão em 
seu poder, juntamente com as chaves. 
 
Parágrafo segundo. Não fará jus a qualquer indenização ou restituição de gastos, caso 
anuncie ou aplique esforços financeiros após o prazo citado, incluindo-se a ressalva da 
cláusula supra. 
Parágrafo terceiro. Entende-se por negociações, todas as manifestações verbais ou 
expressas por parte do interessado. 
 
 
CONDIÇÕES GERAIS 
 
 
Cláusula 18ª. O CORRETOR intermediará somente até a inicialização da venda, restando 
todos os outros trâmites por conta e risco do CONTRATANTE. 
 
Cláusula 19ª. O presente contrato passa a vigorar entre as partes a partir da assinatura do 
mesmo. 
 
 Cláusula 20ª. Fazem parte do presente todos os documentos citados acima. 
 
 
 
 
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O FORO 
Cláusula 21ª. Para dirimir quaisquer controvérsias oriundas do CONTRATO, as partes 
elegem o foro da comarca de (xxx); 
 
 Por estarem assim justos e contratados, firmam o presente instrumento, em duas vias de 
igual teor, juntamente com 2 (duas) testemunhas. 
 
 
 (Local, data e ano). 
 
 (Nome e assinatura do Contratante) 
 
 (Nome e assinatura do Corretor) 
 
 (Nome, RG e assinatura da Testemunha 1) 
 
 (Nome, RG e assinatura da Testemunha 2) 
 
 
 
 
 
 
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Entre em seu ambiente on-line existem mais modelos de contratos postados para você. 
 
 
 
Antes de dar continuidades aos seus estudos é fundamental que você acesse sua 
SALA DE AULA e faça a Atividade 2 no “link” ATIVIDADES. 
 
 
 
 
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UNIDADE 21 
Objetivo: Analisar a importância da avaliação e locação no mercado imobiliário 
AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS 
 
Todos nós podemos ter uma noção exata 
do que significa valor, embora poucos 
sejam capazes de conceituá-lo com 
exatidão, principalmente se houver 
necessidade de distingui-lo de preço. Mas 
onde está a importância desta 
diferenciação, em se tratando de uma 
avaliação imobiliária? 
Alguns estudiosos definem valor como um conceito mutável, cujo significado variava em 
função da finalidade de avaliação, envolvendo aspectos psicológicos. 
Surgindo assim uma grande divergência quanto ao conceito correto de valor. Para alguns a 
então chamada corrente plurivalente, que admite que os mais diversos tipos de valor, como o 
contábil, o tributário, o potencial, dentre muitos outros relacionamentos, considerando assim 
o valor de um elemento puramente subjetivo. 
Em oposição, surge a corrente equivalente cujo conceito de valor é o único, qualquer que 
seja a finalidade da avaliação, resultante das forças de mercado, baseado em critérios 
objetivos. 
Entretanto prevalece o princípio univalente, cujo valor, referendado inclusive na nova NBR-
5676 (Norma Brasileira para avaliação de Imóveis Urbanos), da ABNT, revisada, 
recentemente, onde encontramos a seguinte definição: 
 
 
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O valor a ser determinado corresponde sempre a que, num dado instante, é único, qualquer 
que seja a finalidade da avaliação. Esse valor corresponde também ao preço que se definiria 
em mercado de conferência perfeita, caracterizado pelas seguintes premissas: 
a) homogeneidade dos bens levados a mercado; 
b) número elevado de compradores e vendedores, de tal sorte que não possa, 
individualmente ou em grupos, altera o mercado; 
c) inexistência de influências externas; 
d) racionalidade dos participantes e conhecimento absoluto de todos sobre o bem, o 
mercado e as tendências deste; 
e) perfeita mobilidade de participantes, oferecendo liquidez com liberdade plena de entrada e 
saída de mercado. 
 
Com relação ao conceito de preço, admite-se que este seja a expressão monetária de um 
bem, ou seja, a quantia em dinheiro que uma determinada mercadoria pode ser vendida. 
Portando, mesmo que dois imóveis possuam valores de mercado diferentes, eles podem ser 
vendidos pelo mesmo preço (quantidades de moeda), bastando-se as taxas de remuneração 
do capital. 
 
 
 
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UNIDADE 22 
Objetivo: Apresentar algumas técnicas de como avaliar de forma eficiente os imóveis usados 
no mercado imobiliário 
COMO AVALIAR O IMÓVEL USADO 
 
Na hora de comprar ou vender um imóvel usado, fica a 
dúvida se o valor cobrado é justo. Quem vende, pensa 
estar perdendo (99%), pensa que poderia esperar um 
pouco e fazer um negócio melhor. Para quem compra, 
pensa que procurou pouco e até pode estar sendo 
enganado. 
Para que isso não aconteça, é necessário observar certos 
aspectos, que vão desde a localização do imóvel até mesmo ao seu estado de conservação. 
Outros detalhes, no caso de apartamentos, como área de lazer e quantidade de garagens, 
também são essenciais para se avaliar adequadamente uma unidade. Estas observações 
devem ser levadas em consideração no momento em que o corretor estiver fazendo a 
avaliação. 
Em um mesmo edifício é possível encontrar apartamentos de preços variados, dependendo 
de sua posição. Andares mais altos são mais caros e se forem voltados para o sol da manhã, 
também possuem um acréscimo no valor. Em lugares em que a temperatura é muito alta, 
muito quente a busca é a face sul. Mas, quando a região é mais fria, a busca é para a face 
norte. 
Acabamento. O acabamento e o estado de conservação do imóvel vêm em segundo lugar. 
Nesse caso, a idade do imóvel é importante, assim como o acabamento da fachada de um 
 
 
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prédio. Imóveis mais conservados causam uma primeira impressão melhor do que se 
estivessem com a pintura gasta ou algum tipo de vazamento. Uma reforma na fachada irá 
onerar a taxa do condomínio. 
Uma reforma interna também deve ser levada em consideração. Os serviços básicos de 
manutenção devem ser calculados antes de avaliar ou colocar o imóvel à venda. O 
comprador hoje é um público muito exigente e pode fazer o preço inicial cair por causa 
desses pequenos detalhes. O valor gasto na pintura de um apartamento de R$ 160 mil, por 
exemplo, não chega a 0,5% do preço do imóvel. Quando os gastos para a reforma básica 
assumem um compromisso acima deste valor, significa “problemas sérios”. 
Não se pode levar em conta a personalização. Uma decoração personalizada, o trabalho 
executado na parede não serão levados em conta no momento da avaliação do imóvel. Isto 
apenas ajuda a vender mais rápido o imóvel, porém não agrega valor. Lembrando que 
dependendo da personalização feita pelo cliente ao invés de ajudar pode atrapalhar. 
Garagem e área de lazer fazem uma grande diferença. Livre, coberta, descoberta, presa, 
compartilhada. 
O terceiro fator na hora de estabelecer o preço de um imóvel usado são os complementos, 
como garagens, área de lazer e outros itens, como segurança, que fazem o diferencial na 
hora da avaliação. Um imóvel pode valer até 10% a mais se tiver outra vaga de garagem. E 
até em 20% se possuir uma área de lazer completa, quando comparado com outro imóvel na 
mesma rua, com as mesmas características, mas que possua um lazer menor. 
O fato do apartamento também já estar todo montado e com acabamento em boas condições 
também é um fator que pesa na hora de avaliar o imóvel. 
Acabamento, localização e vista ajudam a fixar preço. Faça uma pesquisa para avaliar o 
preço médio de imóveis do mesmo porte do imóvel que esta avaliando, fazer comparações 
ajuda muito no momento de se estabelecer o preço. Pesquise o valor do metro quadrado na 
região consultando os classificados do jornal e comparado ao imóvel que está sendo 
avaliando. 
 
 
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82
Lembre-se de que quando o corretor avalia um imóvel significa que sua avaliação representa 
a realidade de mercado, portanto você não pode errar ao estabelecer o preço de venda de 
um imóvel. 
 
 
Busque em sua região como é feita a avaliação de imóveis usados e quais são os 
parâmetros utilizados para se estabelecer o preço de venda. 
 
 
 
 FÓRUM II 
Busque em sua região como é feita a avaliação de imóveis usados e quais são os 
parâmetros utilizados para se estabelecer o preço de venda. 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 23 
Objetivo: Apresentar algumas consonâncias requeridas pelo setor imobiliário acerca da 
locação imobiliária 
A LOCAÇÃO IMOBILIÁRIA 
 
São muitos os embates nas 
relações entre inquilinos, 
proprietários e imobiliárias.De um 
lado, os inquilinos reclamam do 
excesso de exigências por parte 
das imobiliárias para a realização 
de um contrato de locação. 
Do outro, os proprietários alegam a inadimplência e a morosidade da Justiça nos casos das 
ações de despejo. Já as imobiliárias buscam a todo custo fugir do fantasma da 
inadimplência. Arnon Velmovitsky, presidente da Comissão de Direito Imobiliário, da Ordem 
Brasileira dos Advogados (OAB - Rio de Janeiro), reforça que o índice de inadimplência gira 
em torno de 3% a 5% em todo o país. 
É grande a reclamação por parte dos clientes das dificuldades encontradas no momento de 
alugar um imóvel. Uma das maiores reclamações está na necessidade de se ter um fiador 
com dois imóveis na cidade onde se pretende fazer o contrato de locação, a recusa do 
pagamento adiantado de seis meses de aluguel e até a exigência de extrato bancário. Porém 
a grande reclamação dos proprietários se abate na grande falta do pagamento de aluguel, 
condomínio e IPTU. 
Os critérios adotados por cada imobiliária no momento de alugar um imóvel são 
extremamente subjetivos, porém como exigências básicas e legais estão a necessidade de 
 
 
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um fiador ou o de um seguro fiança e a renda três vezes maior que o valor do aluguel do 
imóvel. 
Estão em debate as mudanças da regra em que se estabelece a locação de imóvel. Existe 
uma comissão que pretende pleitear mudanças na lei do inquilinato principalmente que o 
judiciário tenha o prazo de 90 dias para a decisão das ações de despejo. 
O cumprimento do prazo deverá melhorar o andamento do mercado de locação e todos 
acabarão sendo beneficiados. Os proprietários e fiadores terão um risco de prejuízo muito 
menor. Dessa forma, os candidatos a inquilinos também não sentirão tantas dificuldades no 
momento de alugar um imóvel. 
 
 
 
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UNIDADE 24 
Objetivo: Demonstrar a importância e a complexidade da intermediação imobiliária e a 
importância do corretor neste processo 
INSTRUMENTO DE COMPRA E VENDA 
 
A venda de imóveis pode ser 
considerada um tipo de venda 
diferenciada, por necessitar de 
diversos fatores co-relacionando 
para uma compra satisfatória. A 
venda de um imóvel é um 
processo complexo, que 
necessita de comunicação e 
estudo das necessidades e desejos do comprador, envolvendo tempo e mais uma série de 
fatores. 
Existem vários aspectos que envolvem o processo de uma venda imobilária. Podemos citar 
como um destes processos os resquícios antropológicos que geralmente, quem pretende 
comprar um imóvel, sempre tende a pedir opiniões sobres este com pessoas mais 
experientes, como pai, mãe, avós e etc... 
Outro é o comitê de compra. Este implica nas pessoas importantes como amigos, esposas, 
maridos e familiares em geral, que fiquem a par da intenção de compra e deem suas 
opiniões para que a negociação se consolide ou não, e a partir daí o corretor imobiliário além 
de usar de argumentos para o cliente também deverá convencer a esse comitê de compra de 
que o imóvel será um bom negócio para seu cliente. 
 
 
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Decisão de alto envolvimento da família: esse tipo de decisão envolve totalmente a família, 
havendo diversas discordâncias sobre no que gastar o dinheiro, onde economizar, número 
de cômodos, localização. Podem também ser envolvidas emoções não explícitas, como 
status, projeção social, poder, sensação de posse entre outros futuros moradores da casa. 
Fator tempo: o tempo se projeta a aumentar proporcionalmente quando aumenta a incerteza, 
resultante de várias procuras por outros imóveis, estes, geradores de muitas incertezas por 
suas diversas diferenças, vantagens e desvantagens e outros, prolongando assim o tempo 
da tomada de decisão. 
Valores monetários envolvidos representantes de um grande esforço financeiro, a aquisição 
de um imóvel pode causar vários tipos de medos podendo a pessoa hesitar no momento da 
compra. 
Preconceitos: saber lidar com os preconceitos, apesar de atualmente já estar ocorrendo uma 
evolução nos conhecimentos relativos à formação profissional, ainda presenciamos cenas 
relativas ao preconceito. 
Conclui-se que comprar um imóvel é uma tarefa que exige muita atenção do comprador e do 
corretor que neste momento está lidando com um desejo e anseio de seu cliente e qualquer 
colocação, postura ou argumentação que seja colocada de forma incorreta pode acarretar 
grandes problemas, tanto emocionais quanto financeiros. 
E comum na hora de adquirir um imóvel, a maioria das pessoas se preocuparem apenas em 
atender às suas necessidades, ou as de sua família. Ainda que essas sejam considerações 
importantes, o corretor deve orientar seu cliente a adquirir um imóvel com um olhar de 
investimento mesmo que seja apenas para moradia. 
O corretor deve entender que seu papel não é de apenas intermediador de uma transação e 
que a única coisa que interessa nesta intermediação é a comissão no final. É preciso 
entender que o papel do corretor de imóvel no mercado imobiliário está totalmente mudando; 
hoje ele é responsável pelo bom negócio feito pelo seu cliente, além de ter a tarefa de 
orientar e conduzir o cliente a realizar este bom negócio. 
 
 
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UNIDADE 25 
Objetivo: Apresentar as documentações necessárias nas intermediações imobiliárias e nas 
transações de compra e venda de imóveis e locação. 
DOCUMENTAÇÕES NECESSÁRIAS NAS INTERMEDIAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
 
 
Documentos necessários para compra e venda de imóveis 
Do comprador 
 Cópia da carteira de identidade e do CPF (Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério 
da Fazenda) (idem para o cônjuge); 
 Certidão de nascimento (solteiros); 
 Certidão de casamento; 
 
 
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 Comprovação de renda (contracheque ou declaração de rendimentos do Imposto de 
Renda). 
 
Do vendedor 
 Cópia da carteira de identidade e do CPF (idem para o cônjuge); 
 Certidão de nascimento (solteiros); 
 Certidão de casamento: 
 Com averbação no Registro de Imóveis (imóvel comprado antes do casamento) 
 Com averbação apropriada (desquitados e divorciados) 
 Com averbação de óbito do cônjuge (viúvos); certidões dos distribuidores de protesto; 
certidão dos distribuidores civis; 
 Certidões dos distribuidores da Justiça Federal; 
 Certidão dos distribuidores de executivos fiscais; 
 Em caso de pessoa jurídica, certidão negativa de débitos do INSS e da Receita 
Federal; 
 Certidão dos distribuidores de falência e concordata; 
 
Do imóvel 
 Cópia da escritura e matrícula do imóvel, no Registro de Imóveis da região; 
certidão de propriedade com negativa de ônus (débitos, pendências); 
 Durante os 20 anos anteriores (vintenária); 
 
 
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 Certidão negativa do IPTU, ou certidão da situação fiscal imobiliária, e o carnê com as 
parcelas quitadas; 
 Certidão de situação enfitêutica (certifica se o imóvel tem domínio de órgãos públicos 
ou privados). 
 
Apartamento 
Todos os documentos do imóvel, mais a declaração de Quitação condominial, assinada pelo 
síndico ou pela firma administradora do edifício se a declaração for do síndico, apresentar 
cópia da ata da assembleia que o elegeu. 
 
Casa 
Todos os documentos do imóvel, mais: 
 A certidão de propriedade deve ter averbação da construção (para que compreenda 
tanto o terreno quanto a casa construída nele); 
 Contas pagas de água, luz e gás dos três meses anteriores 
 
Documentos necessários para locação um imóvel Locador 
 Matrícula do imóvel; 
 RG; 
 CPF; 
 Contas em dia de serviços públicos (água, luz e outros); 
 Carnê do IPTU; 
 
 
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 Procuração, se o contrato for assinado por um representante. 
 
Locatário – Pessoa Física 
 Cópia da carteira de identidade e do CPF (idem para o cônjuge); 
 RG; 
 CPF; 
 Comprovante de renda (contracheque, Imposto de Renda). 
 
Locatário – Pessoa Jurídica 
 Contrato social e todas as alterações (xerox autenticado); 
 Último balanço (assinado e carimbado pelo contador com o C.R.C.); 
 Certidão do CNPJ/MF (xerox autenticado); 
 Ficha de inscrição Estadual ou Municipal (xerox autenticado); 
 Cédula de identidade (RG) e CPF dos titulares que tenham poderes para agir por 
conta dos demais (xerox autenticado); 
 Comprovante de residência; 
 Estado Civil (certidão de casamento - xerox autenticado). 
 
Do fiador (se houver) 
 RG; 
 
 
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 CPF 
 Escritura definitiva do imóvel dado em fiança; 
 Carnê do IPTU 
 
 
 Leia mais a respeito das documentações necessárias entrando em seu ambiente on-line. 
 
 
 
 FÓRUM III 
Amplie seus conhecimentos: 
Acesse seu link sala de aula e leia o texto perguntas mais frequentes a respeito de registros 
e averbações. 
Leia também sobre o futuro do mercado imobiliário. Estaremos discutindo isto 
posteriormente. 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 26 
Objetivo: Verificar alguns aspectos importantes acerca das documentações exigidas pelo 
setor da construção civil 
ASPECTO SOBRE AS DOCUMENTAÇÕES 
 
Todo imóvel tem um documento em nome de seu 
proprietário, denominado titulo de propriedade, que é 
lavrado em livro próprio por Cartório de Notas, e dele 
são extraídas algumas vias: a primeira chamada 
traslado, e a segunda e as demais chamadas certidões. 
Seguiremos enumerando os diversos tipos de títulos de 
propriedade, e mencionado ao lado os seus 
significados. 
Escritura de Compra e Venda ou Escritura Definitiva - Como diz o nome, é feita quando o 
comprador paga o preço total, sendo imitido na posse definitiva do imóvel; 
Escritura de Compra e Venda com o Pacto Adjeto de Hipoteca - Quando o comprador 
paga o total do preço, porém através de empréstimo, ficando o imóvel hipotecado ao credor, 
ou à instituição que cedeu o empréstimo como garantia de pagamento; 
Escritura de Promessa de Compra e Venda - É lavrada quando o comprador paga a prazo 
(parcelado) pelo imóvel; 
Escritura de Promessa de Cessão - No caso do vendedor possuir uma promessa de 
compra e venda e prometer ceder o saldo da dívida que tem com o dono anterior ( 
interveniente ). 
 
 
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Escritura de Cessão - Quando o vendedor possuir uma promessa de compra e venda e 
nada mais deve; então cede os seus direitos definitivamente ao novo comprador; 
Escritura de Doação - Quando o imóvel foi havido gratuitamente. Exemplo: o pai doa para o 
filho; geralmente neste caso pai guarda para si o direito de usufruto, ficando então o imóvel 
gravado, através de cláusula inserida na escritura. Pode doar também sem manter o 
usufruto; 
Escritura de Doação em Pagamento - Quando a pessoa tem uma dívida e, não tendo como 
pagar, dá o imóvel em pagamento da dívida, claro que com a concordância do credor; 
Escritura de Permuta - Quando se troca um imóvel por outro, mesmo de diferentes valores; 
Carta de Arrematação - O comprador compra um imóvel através de leilão judicial (arremate 
em leilão); 
Carta de Adjudicação - Quando os herdeiros renunciam a seus direitos de herança em 
favor de um deles; ou no caso de divórcio, quando um cônjuge renuncia a favor do outro; aí 
então o juiz adjudica o imóvel; 
Formal de Partilha - Quando o imóvel é adquirido por inventário de herança ou por 
inventário de divórcio; 
Procuração em Causa Própria - Quando o outorgado (procurador) pode formalizar uma 
venda sem qualquer anuência do outorgante (vendedor), inclusive sem prestação de contas. 
Está sujeita ao pagamento do ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) e sujeita à 
averbação do RGI (Registro Geral de Imóveis) respectivo; 
Usucapião - É a aquisição de imóvel, via processo judicial, em razão de posse por longo 
período (há lei específica); 
Testamento - Documento pelo qual o herdeiro se habilita no inventário a fim de transferir a 
propriedade para o seu nome; 
Rescisão - Documento lavrado para desfazer uma determinada transação; 
 
 
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Re-Ratificação - Para a necessidade de retificar erros ou omissão em uma escritura anterior; 
Convenção de Condomínio - Para estabelecer normas, regras, deveres, direitos e 
obrigações de um condomínio; 
Escritura de Mútuo ou Hipoteca - Quando o proprietário se confessa devedor e dá o imóvel 
em garantia da dívida. 
 
ALGUMAS QUESTÕES IMPORTANTES 
É importante observar que todos esses títulos estão sujeitos ao registro no cartório do RGI 
(Registro Geral de Imóveis), respectivo. Portanto, SÓ É DONO QUEM REGISTRA; 
Procuração para venda de imóveis só é válida se for passada em cartório; por instrumento 
particular não tem valor jurídico; 
Alvará - se o imóvel está em fase de inventário é necessário pedir ao Juiz da Vara respectiva 
o Alvará de Autorização, para efetivar a venda; é o caso também quando o imóvel está em 
nome de menor; 
Pró-soluto - o comprador compra o imóvel a prazo e dá o preço total como pago, ou seja, as 
promissórias ficam desvinculadas do imóvel, sem a garantia do mesmo; 
Pró-solvendo - compra do imóvel a prazo, cujo preço só é considerado pago após a 
liquidação da última promissória, ou seja, as promissórias ficam vinculadas ao imóvel como 
garantia da dívida. 
Assim, ao deparar com uma documentação imobiliária, o corretor deve o se voltar 
primeiramente para a regularidade desses documentos em face do registro de imóveis. O 
registro exige sequência. Qualquer alteração dos dados do imóvel ou das pessoas a que ele 
se vincula é suficiente para obstaculizar, às vezes de forma intransponível, o registro do 
contrato de compra pretendido. 
 
 
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UNIDADE 27 
Objetivo : Mostrar a importãncia do resgistro e a lei que regulamenta e designa o registro e 
averbação nas transações de venda no mercado imobiliário. 
O REGISTRO 
 
Com a Lei n. 6.015/73 
desapareceram a transcrição, 
termo que designava o 
registro da aquisição da 
propriedade, e a inscrição, que 
era o registro da promessa de venda. Agora, tudo se chama simplesmente registro. Por 
eventual cochilo do legislador, há, ainda, referências à inscrição nos arts. 261,270 e 277. 
Hoje o imóvel é matriculado. A matrícula corresponde a um verdadeiro cadastro e tem como 
requisitos: 
a) a identificação do imóvel com indicação de suas características e confrontações, 
localização, área e denominação, se rural: logradouro e numero de emplacamento, ou, 
quando não o tiver, a situação do lado par ou ímpar do logradouro, a quadra, a distância 
métrica da edificação ou esquina mais próxima, se urbano, sua designação cadastral e, se 
houver, matrícula ou registro anterior; 
b) nas alienações parciais, seja o imóvel rural ou urbano, deve-se observar rigorosa precisão 
na descrição da linha perimétrica, com pontos de referência inequívocos para o devido 
controle da disponibilidade do registro de imóveis; sendo alienada parte ideal, deve-se fazer 
constar a medida ou área para o mesmo fim; 
 
 
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c) nome, domicílio e nacionalidade dos envolvidos: tratando- se de pessoa física, o estado 
civil, o regime de bens do casamento, o nome do cônjuge, o numero de inscrição no CPF do 
Ministério da Fazenda, do RG da cédula de identidade ou, na falta deste, sua filiação; 
tratando-se de pessoa jurídica, a sede social, o numero de inscrição no CGC e a 
representação.A confrontação do imóvel não é mais possível com o uso das expressões "fulano ou 
sucessores, com quem de direito etc.". Há necessidade do nome correto do confrontante, de 
conformidade com o que consta do Cartório de Registro de Imóveis. É preferível a 
confrontação real, ou seja, com a indicação dos prédios, não dos seus proprietários, assim 
como é recomendável que conste a confrontação existente no título, mencionando que é a 
que ele ostenta, atualizada com a indicação dos imóveis ou ruas que na realidade são os 
confinantes. 
A fusão e o desmembramento de terrenos dependem de prévia autorização da 
municipalidade. A aprovação de planta, o alvará de conservação e o lançamento do imposto 
predial ou territorial fazem presumir essa autorização. Ainda assim, os cartórios de Registro 
de Imóveis estão exigindo, alem da autorização da municipalidade, conforme dito acima, uma 
planta que mencione a área antes e depois da fusão ou do desmembramento, com indicação 
das áreas, confrontações e número de registro. 
A averbação continua a existir. São averbáveis todas as ocorrências que alterem o 
registro. 
Há aspectos importantes, também entravadores do registro, são alguns deles: INSS, INCRA, 
Funrural, módulo, estrangeiro, representação, condomínio horizontal, condomínio indiviso, 
desapropriação, vínculos etc. 
Posteriormente, deve-se voltar atenção para os negócios precedentes, ou seja, para as 
escrituras antecedentes, pois podem elas estar registradas, mas com defeitos suscetíveis de 
anular esse registro e, por via de consequência, os negócios seguintes. Muitas burlas estão 
em moda: carteira de identidade falsa, procuração nula ou anulável, prova que casamento, 
casos de homonímia etc. 
 
 
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Vejamos algumas hipóteses. A velha lei não obrigava a menção do nome da mulher do 
comprador. As escrituras, quase sempre deixadas a cargo exclusivo de escreventes, 
mencionavam: “compareceu como outorgante comprador Fulano de Tal, casado". 
Suponhamos que esse "Fulano”, posteriormente enviuvou. Sem fazer o inventário, contraiu 
segundo casamento e vendeu aquele imóvel, que, após o falecimento da esposa, já passara 
a pertencer aos filhos, ou pais, ou legatários, como se a morte não houvera acontecido. 
Comparece ao tabelião com a Segunda mulher e vende. O registro de imóveis, que não 
sabia o nome da primeira mulher registra. Claro que esse registro, no futuro, será anulado e 
também se anularão todos os que lhe seguirem. Outra burla, usando o mesmo exemplo, é a 
possibilitada pela lei de a concubina adotar o patronímico do companheiro. 
Outros, porque são homônimos, vendem a propriedade do verdadeiro dono, como se sua 
fosse. Quase todos os vendedores, sem falar nos corretores, exigem quantias avultadas de 
sinal, com a mera apresentação da escritura, insurgindo-se, às vezes com insolência, 
quando lhe são solicitadas as certidões de praxe. 
No trânsito, o numero de acidentes é menor que o de imprudências. A mesma estatística é 
verificável nas transações imobiliárias, mas há acidentes e há grandes prejuízos, às vezes, o 
resultado de uma vida de privações nos negócios imobiliários. 
O art. 107 do Código Civil preceitua que são anuláveis os contratos do devedor insolvente 
quando a insolvência for notória ou houver motivo para ser conhecida do outro contraente. 
Daí por que são indispensáveis as certidões dos distribuidores forenses e dos Cartórios de 
Protestos, além da certidão atualizada do registro de imóveis, para possibilitar o início do 
exame da documentação do vendedor. O extinto BNH não exigia nunca clamorosa 
imprudência, a apresentação das certidões das pessoas envolvidas com o imóvel nos últimos 
dez anos. Assim, imóveis com documentação, permitam-me a gíria, "fria" tinham sua 
situação "esquentada" para BNH se o último proprietário, mesmo tendo adquirido o imóvel há 
poucos dias, não fosse insolvente. 
 
 
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UNIDADE 28 
Objetivo: Mostrar a finalidade do registro no mercado imobiliário. 
FINALIDADE DO REGISTRO 
 
A propriedade mais se sente do que se 
define. A frase, de Caio Mário, não 
poderia ser mais precisa. 
Na Antiguidade pouco ou nada se 
mencionava acerca da propriedade 
individual imobiliária, visto que a ocupação 
das áreas de terra era realizada de forma coletiva; a individualização era em relação tão 
somente aos bens de consumo. Entretanto, no momento em que a terra passou a ser 
utilizada para fins comerciais, a ocupação foi transformada. Com o surgimento do Estado 
essa nova forma de ocupação recebeu, então, proteção jurídica. 
No Brasil a propriedade imóvel, surgida a partir da ocupação portuguesa, em 1500, foi 
efetivada através do chamado regime de sesmarias, regido pela conhecida Lei de Sesmaria, 
de 26 de junho de 1365, baixada por D. Fernando I, rei de Portugal. Foi a primeira legislação 
fundiária aplicada em nosso território. As terras eram distribuídas pela Coroa gratuitamente 
aos chamados "homens de qualidades", com poderes de gestão extremamente amplos. 
Somente em 1822, através da Resolução de 17 de julho, foi extinto o aludido regime. Dessa 
data até 1850, o único instrumento garantidor do direito de propriedade era a Constituição de 
1824, complementada pela Lei 601, de 18 de setembro de 1850, conhecida por Lei de 
Terras, e surgida com o intuito de regularizar as ocupações decorrentes da má utilização do 
regime anterior. Em consequência foi também criado o chamado Registro Paroquial, pelo 
 
 
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qual, para fins estatísticos, as propriedades necessitavam ser cadastradas, não valendo, pelo 
menos no início, para efeito de legitimação de posses. 
Vale frisar, também, que até a entrada em vigor do Código Civil não se fazia necessário o 
registro imobiliário para a aquisição do direito de propriedade sobre o um bem imóvel. 
Pode-se dizer, então, como ensina Maria Helena Diniz ("Sistemas de Registros de Imóveis", 
p.20, Saraiva, 1992), que "somente a intervenção estatal, realizada pelo oficial do Cartório 
Imobiliário, conferirá direitos reais, a partir da data em que se fizer o assentamento do 
imóvel." Foi o ocorrido a partir de sua vigência. 
Determina o artigo 172 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973 (Lei de Registros 
Públicos), que no Registro de Imóveis serão feitos o registro e a averbação dos títulos ou 
atos constitutivos, declaratórios, translativos e extintivos de direitos reais sobre imóveis 
reconhecidos em lei, "inter vivos" ou "mortis causa", quer para sua constituição, transferência 
e extinção, quer para sua validade em relação a terceiros, quer para a sua disponibilidade. 
Com efeito, o registro imobiliário, nos moldes assegurados por nosso ordenamento, terá 
tríplice finalidade: como garantia de autenticidade, segurança e eficácia. A existência da 
autenticidade se dá, embora retificável, pela presunção de verdade, uma vez que caberá ao 
oficial o exame dos requisitos meramente formais da documentação apresentada, não 
significando jamais a autenticidade do negócio imobiliário. 
A segurança jurídica advém da perfeita identificação do titular do domínio e da existência ou 
inexistência de ônus reais incidentes sobre o imóvel, representando fonte segura de 
informações do sistema imobiliário, diminuindo, assim, os riscos decorrentes das falhas 
estruturais e garantindo direito ao ressarcimento pelos eventuais prejuízos causados ao 
titular ou a terceiros. 
Por último, a eficácia será "erga omnes", gerada em decorrência da publicidade, em relação 
a terceiros, das informações nele contidas, com o fito de resguardar, pela certeza dos dados, 
a boa-fé dos interessados na realização de negócios imobiliários; constitutiva, em razão da 
qual sem o registro o ato não produzirá efeitos de direito real; assecuratória de sua 
 
 
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autenticidade; conservatória, por conter o cartório verdadeiro acervo documental e reduzida, 
quando o direito real preexiste ao registro, hipótese típica de usucapião. 
 
Exigências quanto às averbações escrituras e contratos 
Corriqueiro nos dias de hoje encontrarmos pessoas que ao fazer um contrato de compra e 
venda ou um compromisso de compra e venda de imóvel tomam apenas o cuidado de 
promover a autenticação do referido contrato e assinaturas com o reconhecimento de firma, 
acabando por deixar de efetuar o registro nos lugares adequados: Registro de Títulos e 
Documentos e Registro de imóveis. 
Certo é que na compra e venda de imóvel só ocorrerá a transmissão efetiva da propriedade 
com o registro da escritura na matrícula do imóvel. Não basta apenas a escritura, tem que 
registrar! Mas nos casos de compra e venda parcelada, onde a escritura somente será 
lavrada com a quitação da última parcela? Qual seria o procedimento mais adequado? 
Nos casos em tela, o ideal é fazer uma averbação do contrato de compra e venda na 
matrícula do imóvel. Com esta averbação registrada caso o proprietário do imóvel queira 
vender para outrem, esta terceira pessoa poderá verificar na escritura que já existe um 
contrato de compra e venda daquele imóvel, e possivelmente desistirá da compra. 
Entretanto, se mesmo assim, ele comprar, os direitos de quem registrou o contrato de 
compra e venda valerão contra o proprietário e este terceiro que comprou o imóvel. 
Vejamos um exemplo: “A” faz um contrato de compra e venda de imóvel com “B”, que pagará 
o imóvel de forma parcelada em 24 (vinte e quatro) vezes. Pouco tempo depois “A” vende o 
imóvel para “W”. 
Uma regra básica dos contratos é que para ele valer contra terceiros, deve ser registrado no 
tabelionato e as escrituras no Cartório de Registro de Imóveis (CRI). Caso isto não seja feito 
o contrato somente terá efeitos em relação às partes contratantes. 
 
 
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Assim, caso “B” tenha registrado o contrato no Tabelionato e averbado no CRI ele poderá 
exigir o seu cumprimento inclusive por terceiros, no caso “W”. Caso não haja o registro, 
somente poderá reclamar perdas e danos de “A”. 
Outra consequência que pode resultar é a penhora do imóvel pertencente a “A” por débito 
tributário de “A” ou por uma dívida que ele firmou depois da negociação e não conseguiu 
honrar. Caso o registro do contrato tenha sido efetivado a penhora não será efetivada sobre 
o imóvel e sim sobre os valores que o comprador, no caso “B” pagar a “A”, ou seja, “B” será 
intimado para depositar as parcelas em juízo e receberá quitação judicial dos valores. Outro 
será o caso de o contrato não ter registrado, o bem será penhorado e “A” deverá fazer 
embargos de terceiros, gastará com advogado, e possivelmente não conseguirá reverter a 
penhora. 
Fator importante a ser ressaltado é que Registro de Imóveis é dotado de fé pública, ou seja, 
há presunção relativa de veracidade dos seus registros porque aceita prova em contrário. 
Outro problema que pode vir a ocorrer pela falta do registro é em relação ao espólio. O 
inventariante irá indicar o imóvel como patrimônio do de cujos e os compradores do imóvel 
só saberão disto quando aparecer um avaliador do bem ou quando o espólio ou algum 
herdeiro exercer algum direito de propriedade. Neste caso, a solução será fácil, mas haverá 
necessidade da contratação de um advogado para realizar a defesa dos compradores. Com 
o registro, não haveria este problema. 
Neste último exemplo, caso houvesse ainda prestações a serem pagas e o registro do 
contrato de compra e venda estivesse registrado ele apenas seria intimado para continuar a 
efetuar o pagamento em juízo para o espólio ou inventariante. 
Desta forma, é imprescindível, para uma maior segurança jurídica, a averbação e o registro 
na matrícula de imóvel do contrato de promessa de compra e venda em razão das 
consequências que poderão advir. 
 
 
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Parte de um cadastro de terreno senhorial francês. 
 
 
 
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UNIDADE 29 
Objetivo : Ampliar o conhecimento do aluno nas perguntas mais frequentes a respeito de 
registros e averbações. 
PERGUNTAS MAIS FREQUENTES A RESPEITO DE REGISTROS E AVERBAÇÕES 
 
 
 AMPLIE SEUS CONHECIMENTOS: 
Acesse seu link sala de aula e leia o texto PERGUNTAS MAIS FREQUENTES A RESPEITO 
DE REGISTROS E AVERBAÇÕES. 
LEIA TAMBÉM SOBRE O FUTURO DO MERCADO IMOBILIÁRIO 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 30 
Objetivo: Objetiva-se apresentar a função da gestão estratégica imobiliária nas empresas 
com o objetivo de ampliar o nicho de mercado da empresa no setor. 
A GESTÃO ESTRATÉGICA IMOBILIÁRIA 
 
 
Gestão estratégica de empresas é um termo que se refere às técnicas de gestão, avaliação e 
ao conjunto de ferramentas respectivas (como software) concebidas para ajudar empresas 
na tomada de decisões estratégicas de alto nível. 
Sabemos que manter a competitividade em alta é um desafio permanente para todas as 
empresas. Uma das “ferramentas” para sustentar essa capacidade é a gestão estratégica. É 
um processo e deve ser de responsabilidade da alta administração. Entretanto, deve ser 
compartilhado com outros níveis de gerência, quando houver, buscando o envolvimento e 
comprometimento de todos para o planejar, o gerenciar, o executar, o acompanhar e o de 
corrigir rumos quando necessário. É um processo macro e essencial para a condução de um 
negócio marcado nos dias de hoje pela necessidade de mudanças muitas vezes radicais, 
inúmeras turbulências, etc. 
A gestão estratégica pode ser implementada, considerando-se as proporções e 
necessidades, em grandes, médias e também pequenas empresas. Ao pensar em adotá-la, 
faz-se necessário em primeira instância, a vontade e a disposição. 
 
 
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A partir do momento em que se decide realmente pela gestão estratégica do negócio, o 
passo seguinte é a elaboração do plano. 
Vale lembrar que se trata de atividade que necessita de investimento em tempo e em 
dinheiro. Faço essa lembrança por já ter visto planos “engavetados” ou mal implementados. 
Não é uma tarefa “do outro mundo”, mas também não é simples. 
Exige, entre outras coisas, informações consistentes, coerentes, relevantes e em sintonia 
com o mercado, conhecimento teórico-prático da área de planejamento estratégico, postura, 
firmeza de propósitos, seriedade e liderança. 
Na elaboração do plano, deveremos atentar para a dimensão do tempo de abrangência e as 
etapas. Quando citamos etapas, lembramos de que é elementar analisarmos os ambientes 
da empresa. 
Devemos considerar para a análise do ambiente externo os seguintes componentes: 
econômico, político, legal, demográfico, tecnológico, social e natural. Além desses, não 
podemos esquecer a análise da concorrência, da probabilidade de novos competidores, dos 
produtos e ou serviços que podem ou substituem os nossos em alguma ocasião/situação, os 
fornecedores existentes e os consumidores/clientes. 
Cabe analisar também as tendências e os números do(s) segmento(s) de mercado em que a 
empresa atua. Desta análise, identificamos as oportunidades e as ameaças tanto presentes 
como futuras. Bom lembrar que uma ameaça pode vir a tornar-se oportunidade. 
Para a análise do ambiente interno, consideramos, em geral, os aspectos inerentes às áreas 
de Marketing, Finanças, Recursos Humanos e Produção da empresa. Esta análise tem por 
objetivo mostrar-nos as nossas deficiências e qualidades, ou seja, nossos pontos fortes e 
fracos. Não podemos nos esquecer de estabelecer uma comparação com outras empresas 
do setor, sejam elas concorrentes diretas ou indiretasou, ainda, potenciais concorrentes. 
Após esta análise, elaboramos as declarações da “visão” e da “missão” da empresa, ou seja, 
deveremos estabelecer a posição que desejamos estar no futuro e as atividades que 
deveremos concentrar nossos esforços para alcançarmos tal posição. 
 
 
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Tanto para a visão quanto para a missão, devemos defini-las de forma simples e clara. É 
preciso que todos na empresa entendam, partilhem e sintam-se motivados. 
Na missão, dentre os tópicos que podem ser abordados podemos citar: 
tecnologia, qualidade, responsabilidade social, compromissos com os clientes internos e 
externos e com a sociedade. Chamo a atenção para procurar evidenciar na “missão” o 
conceito do negócio. 
Recomendo, após as declarações da “visão” e da “missão” o estabelecimento dos “FaCS” 
(Fatores Críticos de Sucesso) para o negócio. Os “FaCS” são um número limitado de 
condições que asseguram a consecução da missão da organização. São os aspectos-chave 
nos quais as coisas têm que dar certo para obtenção dos resultados esperados. 
Elaboradas a “visão” e a “missão” e estabelecidos os “FaCS” devemos declarar os 
“princípios” e os “valores” que nortearão a empresa e que contribuam de forma elucidativa. 
Para estas declarações “a prática deverá refletir o discurso”. Não basta apenas escrever, 
devemos praticá-las e o não cumprimento levará ao descrédito. 
Normalmente, algumas dessas declarações envolvem questões éticas. Não devemos apenas 
citá-las para “fazer de conta” que praticamos na empresa e até individualmente. A sociedade 
de uma forma geral não aceita nem tolera mais ser ludibriada e enganada. 
Ao partirmos para a definição dos objetivos da empresa, outra etapa, lembramos que estes 
deverão ser claros, entendidos, escritos e comunicados, quantitativos quando for o caso, 
realizáveis para que funcionem como tensores motivacionais, operacionalizáveis e 
consistentes. Deve ser compartilhado e absorvido por todos os integrantes da equipe. 
Vencidas as etapas anteriores, a empresa deverá identificar e desenvolver estratégias gerais 
e funcionais, de forma combinada, para atuar, posicionar-se e alcançar os objetivos 
propostos. 
Para as duas etapas anteriores, devemos tomar o cuidado para com o planejamento da 
estrutura da organização, ou seja, entre outros assuntos, atentar para as instalações e 
 
 
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equipamentos, o estabelecimento de procedimentos necessários e a preparação dos 
colaboradores para o exercício das suas atividades. 
 Neste último aspecto, deveremos fornecer os meios para auxiliá-los nos seus desempenhos 
e no trabalho em equipe. Cabe, inclusive, uma melhor identificação do perfil dos 
colaboradores para que possam até trabalhar multidisciplinarmente e desenvolver suas 
competências e potencialidades. 
Agora é hora de desenvolver um plano contendo as ações. Essas ações devem derivar das 
estratégias. Normalmente utilizamos um quadro contendo a descrição de cada ação, como 
será desenvolvida e implementada, quem será o responsável por cada uma delas, os prazos 
para a implementação e quanto custará para a empresa. 
A última etapa a ser elaborada é a de como será feito o controle e a auditagem da gestão em 
curso. Recomendo, entre outros pontos, medir o desempenho e comparar esse desempenho 
medido com os padrões existentes, fazer uma análise concentrada, desenvolver soluções 
alternativas e tomar atitudes corretivas caso haja necessidade. 
Alguns lembretes e recomendações importantes: 
 Gestores deverão procurar ter a visão de negócio e não apenas dos seus produtos 
e/ou serviços; 
 Gestores deverão procurar repensar os seus e os “paradigmas” da organização; 
 Gestores não podem ser paternalistas; 
 Gestores não podem e nem devem reter informações como forma (ultrapassada) de 
assegurar o poder; 
 A comunicação na empresa deverá ser em todos os sentidos (de cima para baixo, de 
baixo para cima e horizontalizada) e transparente, fortalecendo a participação das 
pessoas em todos os processos. É nesse novo ambiente que os colaboradores estão 
ganhando mais espaço e contribuindo; 
 
 
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 Quando uma empresa decidir contratar profissionais no mercado para auxiliá-las, 
sejam eles para colaborar regidos por vínculo empregatício ou mesmo consultores 
externos, deve avaliá-los em termos de conhecimento, competência técnica, 
capacidade de relacionar-se e de trabalhar em equipe, experiência, honestidade e 
caráter; 
 Todos numa empresa devem atentar para a relação com os fornecedores, 
comunidade onde está inserida, enfim, com todos os públicos que, de alguma forma, 
fazem parte da sua existência; 
 É preciso que os gestores sejam líderes para ouvir e dar a devida importância às 
sugestões, críticas e análises dos colaboradores. Valorizar o que o cliente interno diz 
é essencial para conseguir atender o cliente externo superando suas expectativas. 
Não esquecer de que a satisfação do cliente interno estará repercutindo na satisfação 
e manutenção do cliente externo. 
 
Antes de iniciar sua Avaliação Online, é fundamental que você acesse sua SALA 
DE AULA e faça a Atividade 3 no “link” ATIVIDADES. 
 
 
 
Não se esqueça de acessar sua SALA DE AULA e fazer a Atividade Dissertativa 
disponível no link "Atividades Dissertativas". 
 
 
 
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GLOSSÁRIO 
Caso haja dúvidas sobre algum termo ou sigla utilizada, consulte o link Glossário em sua 
sala de aula, no site da ESAB. 
 
 
 
 
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BIBLIOGRAFIA 
Caso haja dúvidas sobre algum termo ou sigla utilizada, consulte o link “Bibliografia” em sua 
sala de aula, no site da ESAB.

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