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788-Texto do artigo-2525-1-10-20190731

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Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente - FAEMA 
DOI: http://dx.doi.org/10.31072. ISSN: 2179-4200 
 
Rev Cient da Fac Educ e Meio Ambiente: Revista da Faculdade de Educação e Meio Ambiente - FAEMA, Ariquemes, v. 10, 
n. 1, p. 81-92, jan.-jun. 2019. 
81 
 
Tamires Barreto Andrade 
Discente do curso de Farmácia da Faculdade de Educação e Meio Ambiente (FAEMA). E-mail. tamiresbarretoa@gmail.com. 
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7159-0712. 
Gabriela Barreto Andrade 
Discente do curso de Farmácia da Faculdade de Educação e Meio Ambiente (FAEMA). E-mail. me.gabi@hotmail.com. ORCID: 
http://orcid.org/0000-0002-0145-1183. 
Jociel Honorato de Jesus 
Especialista no ensino de Ciências e Matemática, Graduado em Licenciatura em Química pela Faculdade de Educação e 
Meio Ambiente – FAEMA. E-mail: jociel-2011honorato@hotmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4588-2508. 
Jucélia Nunes da Silva 
Farmacêutica, Especialista em Analise Clinica pela Faculdade FUNORTE, Docente da Faculdade de Educação e Meio 
Ambiente (FAEMA). E-mail: jucy_igg@hotmail.com. ORCID: http://orcid.org/0000-0001-6128-6928. 
Copyright1: 
Submetido em: 10 maio 2019. Aprovado em: 10 jun. 2019. Publicado em: 26 jul. 2019. 
E-mail para correspondência: tamiresbarretoa@gmail.com. 
 
Descritores (DeCS)2: 
Obesidade 
Sibutramina, 
Anorexígenos 
Inibidores de apetite 
 RESUMO: A obesidade é um problema mundial, sendo uma doença crônica de difícil 
controle, e caracteriza-se pelo acúmulo de gordura corporal. O tratamento adequado é 
indicado pelo médico, podem ser utilizados tratamentos farmacológicos, não-
farmacológicos e em alguns casos cirurgias. A sibutramina é um dos fármacos utilizados 
no tratamento do sobrepeso, havendo diversos efeitos colaterais e riscos, no entanto, 
esta continua sendo muitas vezes usada de forma irracional. O estudo tem como objetivo 
discutir sobre a obesidade e os riscos do uso da sibutramina como inibidor de apetite e o 
papel do farmacêutico quanto ao uso desses medicamentos. O presente artigo trata-se 
de uma pesquisa bibliográfica que utilizou os descritores: Inibidores de Apetite, 
Anorexígenos, Sibutramina e Obesidade; realizada através do estudo de artigos digitais e 
livros virtuais anexados ao Google acadêmico, além de plataformas de bases de dados 
como Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), 
PubMed e em outros repositórios científicos. Concluiu-se através deste, que o uso da 
Sibutramina deve ser feito de forma cautelosa, somente em casos onde outras formas de 
tratamento não farmacológico falharam. O uso da sibutramina pode causar efeitos 
colaterais graves, bem como dependência. Cabe ao farmacêutico prestar atenção 
farmacêutica aos usuários, de forma que estes utilizem o medicamento da melhor forma, 
bem como deixá-los cientes acerca dos efeitos colaterais. 
 
Descriptors: 
Obesity 
Sibutramine 
Anorexigenics 
Appetite suppressants 
 ABSTRACT: Obesity is a worldwide problem, being a chronic disease of difficult 
control, and is characterized by the accumulation of body fat. Appropriate treatment is 
indicated by the physician, pharmacological, non-pharmacological and in some cases 
surgeries may be used. Sibutramine is one of the drugs used in the treatment of 
overweight, with several side effects and risks, however, it is still often used in an 
 
Imagem: StockPhotos (Todos os direitos reservados). 
1 Atribuição CC BY: Este é um artigo de acesso aberto e distribuído sob os Termos da Creative Commons Attribution License. 
A licença permite o uso, a distribuição e a reprodução irrestrita, em qualquer meio, desde que creditado as fontes originais. 
2 Descritores em Saúde (DeCS). Vide http://decs.bvs.br. 
Revisão de Literatura (Farmácia) 
 
O FARMACÊUTICO FRENTE AOS 
RISCOS DO USO DE INIBIDORES DE 
APETITE: A SIBUTRAMINA 
 
THE PHARMACEUTICAL AGAINST THE 
RISKS OF THE USE OF APETITE 
INHIBITORS: SIBUTRAMINE 
 
 10.31072/rcf.v10iedesp.788 
 
 
Andrade TB, Andrade GB, Honorato de Jesus J, Silva JN. 
 
 
82 
Rev Cient da Fac Educ e Meio Ambiente: Revista da Faculdade de Educação e Meio Ambiente - FAEMA, Ariquemes, v. 10, 
n. 1, p. 81-92, jan.-jun. 2019. 
 
irrational way. The study aims to discuss obesity and the risks of using sibutramine as 
an appetite suppressant and the role of the pharmacist in the use of these medicines. 
The present article deals with a bibliographical research that used the descriptors: 
Inhibitors of Appetite, Anorexígenos, Sibutramina and Obesity; through the study of 
digital articles and virtual books attached to academic Google, as well as platforms of 
databases such as Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Virtual Health Library 
(VHL), PubMed and other scientific repositories. It was concluded through this that the 
use of Sibutramine should be done cautiously, only in cases where other forms of non-
pharmacological treatment failed. The use of sibutramine can cause serious side effects 
as well as dependence. It is up to the pharmacist to pay pharmaceutical attention to the 
users so that they use the drug in the best way, as well as to make them aware of the 
side effects. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A obesidade tem aumentado e causado grande 
preocupação em órgãos responsáveis pela saúde. De 
acordo com dados emitidos pela Organização Mundial 
de Saúde (OMS), em 2015, o número de adultos com 
sobrepeso era de aproximadamente 2,3 bilhões, além 
de 700 milhões de obesos (1). 
A obesidade é o acúmulo de tecido gorduroso, em 
determinada parte do corpo ou espalhada, causada 
por desequilíbrio, ou seja, é o peso maior que o 
desejável para a altura (2). Provoca danos à saúde, 
como problemas respiratórios, dermatológicos e 
distúrbios do aparelho locomotor. Além de contribuir 
para o surgimento de patologias que podem ser letais, 
como doenças cardiovasculares, diabetes Tipo II, 
dislipidemias e alguns tipos de câncer (2). 
Diante disto, a população busca alternativas 
rápidas para a perda de peso. Logo, os fármacos 
anorexígenos são vistos como um recurso para isto; 
entretanto, seu consumo abusivo pode gerar efeitos 
colaterais, além de riscos à saúde e dependência (1). 
Esses fármacos são mais utilizados por mulheres 
com idades entre 21 e 30 anos, visando rápido 
emagrecimento (3). No Brasil destacam-se a 
anfepramona, o femproporex, o mazindol e a 
sibutramina, que agem sobre o Sistema Nervoso 
Central (SNC) liberando noradrenalina e serotonina, 
transmitindo a sensação de ausência de fome (4). 
Os anorexígenos, também chamados de inibidores 
de apetite, são drogas que causam redução ou perda 
de apetite. Não são aconselhados como tratamento 
primário para perda de peso, visto que podem provocar 
efeitos sobre função mental e comportamento (5). 
É fundamental que o farmacêutico alerte acerca 
dos riscos e benefícios dos fármacos anorexígenos, 
bem como orientar quanto às possíveis interações 
medicamentosas e problemas relacionados ao uso 
incorreto dos medicamentos. Através da atenção 
farmacêutica, o farmacêutico é capaz de orientar e 
propor métodos não farmacológicos, como a prática de 
exercícios físicos e reeducação alimentar dos 
pacientes. Faz-se importante interação entre 
farmacêutico e médico visando a saúde e o bem-estar 
do paciente (4). 
Os anorexígenos são alguns dos fármacos mais 
vendidos nas farmácias e drogarias. São 
medicamentos utilizados por muitos indivíduos por um 
período prolongado, pois estes inibem o apetite e 
proporcionam emagrecimento rápido. A 
automedicação com estes fármacos é perigosa, pois 
pode causar dependência física e psíquica. Além 
disso, há um grande número de indivíduos que utilizam 
estes medicamentos de forma irracional. Dada a 
importância do assunto, faz-se necessário a ampliação 
do conhecimento destes fármacos utilizados no auxílio 
do emagrecimento, bem como seus efeitos, riscos e 
contraindicações. Logo, este artigo busca discorreracerca dos perigos do uso irracional e exagerado da 
Sibutramina. 
 
2 METODOLOGIA 
 
A presente pesquisa trata-se de uma pesquisa 
bibliográfica que se utilizou dos descritores: 
Moderadores de Apetite, Anorexígenos, Sibutramina e 
Obesidade. Objetivou-se analisar os benefícios e 
malefícios do uso dos anorexígenos, focando no uso 
da Sibutramina. A pesquisa foi realizada através do 
estudo de artigos digitais e livros virtuais anexados ao 
Google acadêmico, além de plataformas de bases de 
dados como Scientific Electronic Library Online 
(SCIELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed 
e em outros repositórios científicos. Selecionou-se 
artigos e livros da língua vernácula ou estrangeira que 
fossem pertinentes ao tema e estivessem 
disponibilizados de forma integral. Excluindo-se as 
bibliografias que não possuíam informações e dados 
relevantes e aqueles que se encontravam incompletos. 
 
3 REVISÃO DE LITERATURA 
 
3.1 OBESIDADE 
 
A obesidade caracteriza-se pelo acúmulo excessivo 
de tecido adiposo no organismo. Ao longo de muitos 
anos, se associou à falta de caráter, autoindulgência 
ou distúrbios psíquicos dos obesos. (6; 7) 
A obesidade é relatada pela OMS como um sério 
problema de saúde pública, que acomete crianças, 
adolescentes, adultos, idosos, de diferentes classes 
sociais e sexos, e atualmente, é um dos fatores que 
mais estimulam a automedicação (7; 8). 
 
O farmacêutico frente aos riscos do uso de inibidores de apetite: a sibutramina 
 
 
Rev Cient da Fac Educ e Meio Ambiente: Revista da Faculdade de Educação e Meio Ambiente - FAEMA, Ariquemes, v. 10, 
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A obesidade é considerada como multifatorial, 
havendo influência da genética, metabolismo e 
ambiente. Possui elevada prevalência, o que torna 
necessária a atenção do médico, do pesquisador, e 
dos demais profissionais das áreas social e sanitária. 
(9) 
Tem se observado o progressivo aumento no peso 
em torno de dois terços da população de países 
industrializados (10). O Estados Unidos é o segundo 
país com mais obesos mundialmente, estando 80,5% 
dos adultos com sobrepeso ou obesos. No ano de 
2015 era estimado que 75% dos adultos e em torno de 
24% das crianças e adolescentes nos Estados Unidos 
eram obesos ou estavam com sobrepeso. (11) 
Afeta países desenvolvidas e em desenvolvimento, 
o que mostra a necessidade de maiores mobilizações, 
visto que a obesidade se tornou um dos mais graves 
problemas de saúde pública mundial, ultrapassando a 
desnutrição e doenças infecciosas. (7) 
Causa risco de hipertensão, dislipidemias, diabetes 
do tipo 2, doenças cardiovasculares, apneia do sono, 
alguns tipos de câncer, cálculos biliares, doenças 
respiratórias, resistência à insulina, e doenças 
osteoarticulares (12; 13; 14). 
Quando o indivíduo se encontra com um peso 
corpóreo 20% mais alto do que o apropriado, sua 
mortalidade também é 20% mais alta, quando 
comparado com indivíduos com porcentagem de 
gordura e IMC (índice de massa corpórea) adequados. 
Além disso, a obesidade duplica o risco de 
desenvolvimento de diabetes e aumenta em 40% o 
risco de doenças biliares (15). 
Mulheres com IMC acima de 35 kg/m² possuem 3,2 
vezes mais chances de vir a óbito devido ao câncer de 
cérvice, e mulheres com IMC acima de 40 kg/m² 
possuem chances 6,2 vezes maiores de falecer por 
câncer de útero, bem como 4,7 vezes maior de óbito 
por câncer renal e 2,7 vezes maior de mortalidade por 
câncer de pâncreas. Homens com IMC acima de 35 
kg/m² possuem risco 4,52 vezes maior de falecer por 
câncer hepático, 2,6 por câncer pancreático e 1,9 por 
câncer gastroesofágico(15). 
O número de óbitos em decorrência da obesidade 
no Reino Unido e nos Estados Unidos é próximo de 
30.000 e 300.000, respectivamente. Sendo a 
obesidade a principal causa de doenças e mortes 
prematuras (16). 
Há também problemas que se relacionam com a 
discriminação que a pessoa obesa sofre, favorecendo 
o aparecimento de depressões, redução da autoestima 
e perspectivas de relacionamento social. Estes fatores 
psicoemocionais podem ser causadores e/ou 
alimentadores dessa condição (14). 
Considera-se a obesidade como um fenômeno 
contemporâneo, visto que esta é um reflexo da 
alteração de hábitos familiares, com rotinas sem 
alimentação saudável e com a marcante presença do 
sedentarismo (17). 
Podem-se destacar fatores que se relacionam com 
o desenvolvimento da obesidade. Fazendo-se 
importante frisar o fato de que fatores externos 
possuem maior relevância em casos de obesidade do 
que fatores genéticos. Os principais fatores 
relacionados com o desenvolvimento da obesidade 
são: exposição prolongada à escassez de alimentos 
(seja de forma intrauterina ou extrauterina), alta 
ingestão de alimentos industrializados, pouca ingestão 
de alimentos naturais, alterações neuroendócrinas, 
uso de medicamentos como glicocorticoides e 
antidepressivos tricíclicos e sedentarismo (17; 6; 18). 
O Ministério da Saúde (MS) ao atualizar os 
Cadernos de Atenção Básica, definiu a obesidade 
como resultado de vários fatores da vida do obeso, 
sendo eles: biológico, ecológico, econômico, social. O 
fator mais imediato para o acúmulo de gordura, que 
tem por consequência a obesidade, é o balanço 
energético positivo, ou seja, as calorias consumidas 
são maiores do que as gastas. (9) 
Pesquisa nos últimos anos têm se focado em 
compreender a forma como o corpo regula a ingestão 
de alimentos e quais substâncias do corpo participam 
da homeostase. As pesquisas têm se fechado e se 
concentrado no estudo do sistema gastroentero-
pancreático, visto que uma série de hormônios que 
participam da coordenação de várias funções 
envolvidas na regulação da ingestão alimentar foram 
identificadas no intestino. Esses hormônios enviam 
sinais ao cérebro para terminar a refeição ou consumir 
mais alimento. Desse modo, essa rede de 
comunicação é conhecida como eixo do intestino-
cérebro. (11) 
A distribuição da gordura corpórea se relaciona 
com diferentes fatores, sendo a herança genética 
responsável por 30 a 40% da mesma. O restante se 
relaciona com o metabolismo energético (seja em 
repouso ou em atividade), à alimentação. A parcela 
restante tem sua distribuição relacionada ao 
metabolismo energético em repouso, ao metabolismo 
energético em atividade em exercício físico), ao 
comportamento dietético e preferências alimentares, à 
atividade da lipoproteína lípase e ao metabolismo 
lipolítico. Assim, habitar um local onde há fácil acesso 
a alimentos com grande teor calórico, e o 
sedentarismo, juntamente com a predisposição 
genética, favorece o acúmulo de gordura (15). 
Idade e o sexo são fatores fundamentais para o 
desenvolvimento da obesidade. Quanto maior a idade, 
maiores são as reservas de gordura em grande parte 
dos indivíduos, decorrente do decaimento da prática 
de atividades físicas, redução da massa corporal 
magra, aumento da massa gorda, bem como 
alterações no metabolismo de glicose e lipoproteínas. 
(7) 
O sexo é determinante para o desenvolvimento da 
obesidade, visto que mulheres possuem menor 
quantidade de massa metabolicamente ativa, ou 
músculos do que os homens. Além disso, nas 
mulheres, a lipólise é menor em comparação aos 
homens em relação a exercício físicos, o que pode 
explicar o fato de os homens queimarem as gorduras 
 
Andrade TB, Andrade GB, Honorato de Jesus J, Silva JN. 
 
 
84 
Rev Cient da Fac Educ e Meio Ambiente: Revista da Faculdade de Educação e Meio Ambiente - FAEMA, Ariquemes, v. 10, 
n. 1, p. 81-92, jan.-jun. 2019. 
 
de forma mais eficientemente durante os exercícios (7; 
19). 
A distribuição da gordura no corpo pode ser dividida 
em dois tipos. O tipo central (ou superior) e o tipo 
periférico (ou inferior). No tipo central, a gordura está 
reunida no nível do tronco, estando em grande número 
na região intra-abdominal visceral. No tipo periférico, o 
acúmulo de gordura está na região do quadril, nádegas 
e coxas, sendo o tipo mais frequente em mulheres, 
enquanto ocentral é mais frequente em homens (15). 
Em 98% dos casos de obesidade esta é 
ocasionada pelo desequilíbrio entre a ingestão de 
calorias e o gasto energético. Em cerca de apenas 2% 
dos casos, a causa são fatores endógenos, como 
hipotireoidismo, distúrbios neuroendócrinos e alguns 
medicamentos (glicocorticoides, antidepressivos 
tricíclicos, lítio e fenotiazinas) (6; 7) 
Doenças psicológicas também se associam com a 
elevação do peso, tais como estresse, ansiedade e 
depressão, que influenciam o comportamento 
alimentar (19). 
O excesso de peso, seja sobrepeso ou obesidade, 
é o sexto fator de risco para a carga global de doenças, 
devido à sua associação com diversas doenças 
crônicas não transmissíveis, entre elas: doenças 
cardiovasculares, diabetes, alguns tipos de câncer 
(cólon, reto e mama), cirrose, gota, osteoartrite e 
apneia do sono (20). 
Sua prevalência tem aumentado nas últimas 
décadas, mesmo em países em desenvolvimento, o 
que levou a doença a ser caracterizada como epidemia 
global, tida atualmente como um dos mais graves 
problemas de saúde pública. No Brasil, no período de 
1974-1975, o índice de obesos era 3,7%, e no período 
de 2008-2009 o mesmo subiu para 21,7%(12; 21). 
Na Tabela 1, adaptada de Londoño-Lemos (11), 
pode-se observar a taxa de obesidade nos países em 
que esta é mais presente. 
 
Tabela 1 - Porcentagem de obesos no ano de 2010 
PAÍS HOMENS MULHERES 
EFM3 93,1% 91,1% 
EUA4 80,5% 76,7% 
Argentina 77,7% 71,2% 
Austrália 75,7% 66,5% 
Venezuela 74,4% 67,3% 
México 73,6% 73,0% 
Chile 68,4% 73,3% 
Reino Unido 67,8% 63,8% 
Canadá 66,9% 59,5% 
Colômbia 62,6% 61,1% 
Fonte: Londoño - Lemos (11) 
 
No ano de 2017, o Ministério da Saúde publicou 
uma pesquisa que apontava que a cada cinco 
brasileiros, um era obeso. Além disso, mostrava 
também que no período de 10 anos, o índice de 
 
3 Estados Federados da Micronésia. 
obesos subiu de 11,8% para 18,9%. Esse crescimento 
aumentou os gastos de cuidados, tratamentos e 
acompanhamentos no sistema de saúde (22). 
O aumento nos casos de obesidade pode ser 
consequência de uma variedade de fatores. Fatores 
estes complexos, e que vão desde a psicologia e 
fisiologia individual, até a cultura e economia da 
produção de alimentos. Pode-se citar também os 
hábitos alimentares modernos e a prática de atividade 
física. (6) 
A elevação no número de casos de obesidade 
infantil é preocupante, visto que, sobrepeso e 
obesidade na infância indicam que a mesma pode se 
manter na fase adulta(12). 
A obesidade na adolescência pode ser um fator de 
risco de morte prematura na vida adulta, independe da 
presença da obesidade nessa etapa da vida. O 
desenvolvimento da doença dá-se geralmente pela 
junção de fatores genéticos, ambientais e 
comportamentais (23; 3). 
Em 2012 foi estimado que, mundialmente, um 
bilhão de adultos estava com sobrepeso e por volta de 
475 milhões eram obesos. Estima-se que em 2020 
ocorram cinco milhões de mortes causadas pelo 
sobrepeso (20). 
Dados do ano de 2015 apontaram que haviam, no 
mundo, 604 milhões de adultos e 112 milhões de 
crianças obesas. Ademais, a prevalência da obesidade 
dobrou entre 1980 e 2015 em mais de 70 países do 
mundo (24). 
Mundialmente, no ano de 2011, o Brasil era o 
décimo nono país com mais homens obesos, e o 
décimo quinto com mais mulheres obesas. 48% da 
população adulta estava acima do peso, sendo 16,9% 
obesas, esses dados apontaram que, nesse período, 
no Brasil havia mais indivíduos obesos do que 
subnutridos (25). 
Segundo dados do Ministério da Saúde, no ano de 
2013, cerca de 51% da população brasileira em fase 
adulta se encontrava acima do peso. Sendo que entre 
os indivíduos do sexo masculino, este número 
superava os 54% (17). 
No ano de 2003 realizou-se o primeiro 
levantamento relativo aos custos do tratamento de 
excesso de peso e doenças associadas, onde 
apontou-se que cerca de 1 bilhão e 100 milhões de 
reais foram gastos por ano com internações 
hospitalares, consultas médicas e medicamentos. 
Somente no SUS (Sistema Único de Saúde), se 
gastava 600 milhões de reais com internações, o que 
é equivale a 12% do gasto anual com demais 
enfermidades (25). 
O diagnóstico da obesidade é um procedimento 
complexo, precisando de dois ou mais exames. O mais 
usado é a medição do IMC, porém, este não é tão 
eficaz e sofre críticas por não ser capaz de diferenciar 
massa gordurosa e a massa magra, além de não 
4 Estados Unidos da América. 
 
O farmacêutico frente aos riscos do uso de inibidores de apetite: a sibutramina 
 
 
Rev Cient da Fac Educ e Meio Ambiente: Revista da Faculdade de Educação e Meio Ambiente - FAEMA, Ariquemes, v. 10, 
n. 1, p. 81-92, jan.-jun. 2019. 
85 
 
apresentar a distribuição da gordura corporal. 
Geralmente é diagnosticada quando o excesso de 
gordura nos tecidos chega a níveis que podem causar 
grandes riscos à saúde (5; 9). 
O IMC é obtido pela relação entre a massa corporal 
e o quadrado da estatura. O sobrepeso verifica-se em 
indivíduos que possuem IMC entre 25 kg/m2 e 29,9 
kg/m2. Já o IMC igual ou superior a 30,0kg/m2 indica 
obesidade, sendo: obesidade moderada entre 30 
kg/m2 e 34,9 kg/m2; obesidade severa entre 35 kg/m2 
a 39,9 kg/m2; e obesidade muito severa acima de 40 
kg/m2(17; 6; 26). 
A classificação realizada através do IMC deixa a 
desejar, não sendo capaz de quantificar a gordura 
corporal, pois somente leva em consideração o peso. 
Dessa forma, um atleta com grande quantidade de 
massa muscular e pouca gordura pode ser classificado 
como obeso, bem como indivíduos com edemas ou 
ascite. Logo, deve-se analisar composição corporal e 
determinar a quantidade de gordura e da quantidade 
de tecido livre gordura para se diagnosticar e 
classificar a obesidade. (7) 
O tratamento da obesidade é de extrema 
importância e objetiva melhorias no bem-estar e saúde 
metabólica do paciente. Estudos apontam que o 
sucesso no tratamento se associa com perdas entre 
5% e 10% de peso. Essa perda peso pode provocar 
melhora na pressão arterial, apneias e hipopneias, 
diabetes e dislipidemia (6) 
Existem muitos tipos de tratamentos para perda de 
peso, e podem ser divididos em intervenções não 
farmacológicas, farmacológicas e cirúrgicas (27). 
O tratamento não farmacológico engloba a prática 
de atividades físicas e mudanças alimentares, como: 
comer sem pressa e em locais tranquilos, evitar 
associações entre emoções e alimentos, realizar 
correta mastigação, bem como realizar refeições 
saudáveis. Se essas práticas não resultarem em perda 
de peso, o tratamento farmacológico ou a cirurgia 
bariátrica são discutidas e entram em ação (17; 6; 7; 14). 
Sabe-se que mudanças no estilo de vida para 
controlar a obesidade podem ser frustrantes, tanto 
para pacientes quanto para os profissionais 
responsáveis pelo tratamento, visto que, apesar de 
diversos esforços, há uma diminuição na perda 
progressiva de peso, e ás vezes, um efeito rebote ao 
suspender as intervenções. No geral as intervenções 
rigorosas nas mudanças do estilo de vida com 
restrições calóricas, sessões de aconselhamento, 
atividades físicas diárias e vigilância médica, provocam 
uma redução de peso em média de 6 kg em um ano, e 
este só é mantido com atenção continua (28). 
A cirurgia bariátrica deve ser restrita aos indivíduos 
com obesidade avançada, aqueles com IMC de 40 
kg/m², e aqueles com IMC de 35 kg/m² quando 
associada a alguma comorbidade. Logo, a cirurgia é 
realizada em indivíduos que não conseguem manter a 
redução do peso após o tratamento não farmacológico 
(15). 
O tratamento cirúrgico da obesidade se restringe 
àqueles pacientes com obesidade mórbida. A cirurgia 
é superior em relação aos outros tratamentos quando 
da manutenção e perda do peso, entretanto possui 
potencial de causar complicações operatórias, pré-
operatórias e desconfortos a longo prazo. (7) 
No Brasil há em torno de 16 milhões de obesos que 
não conseguem emagrecer somente com alteraçõesno estilo de vida, necessitando assim de tratamento 
farmacológico, ou a obesidade pode causar doenças 
como: diabetes, câncer, hipertensão, problemas 
cardíacos, entre outros (25). 
Não há medicamentos já pré-definidos para o 
tratamento farmacológico da obesidade, devendo 
haver análise dos hábitos alimentares, sintomas de 
depressão, condições e complicações que se 
associam com a obesidade, bem como a probabilidade 
de ocorrerem efeitos colaterais. Ao se definir os 
medicamentos a serem usados no tratamento, deve-
se avaliar experiências anteriores do paciente em 
terapias, no entanto, o insucesso de um tratamento 
anterior não implica na exclusão do uso do fármaco 
para um tratamento futuro (19). 
Alguns estudam apontam que metade dos usuários 
usam medicamentos para emagrecer antes de 
procurar um serviço médico (28). 
No tratamento farmacológico, a sibutramina é o 
medicamento mais indicado para pessoas com 
obesidade ou quando os métodos convencionais 
falharam (29). 
 
3.2 TRATAMENTO FARMACOLÓGICO PARA 
OBESIDADE 
 
Medicamentos anorexígenos, também conhecidos 
como inibidores de apetite, chegaram no mercado há 
décadas, no entanto, ainda enfrentam vários 
problemas com sua regulamentação, como por 
exemplo: venda ilegal e uso para outros fins, tornando-
os vilões no tratamento de obesidade (25). 
O tratamento farmacológico da obesidade provoca 
controvérsias e diversas discussões acerca de sua 
segurança, eficácia e benefícios na população adulta, 
mais principalmente na população infantil (12). 
Estudos científicos da Universidade de Liverpool 
argumentam que os medicamentos utilizados no 
tratamento da obesidade não têm vantagens 
duradouras para a saúde, pois somente trata as 
consequências da obesidade, e não suas causas 
psicológicas importantes do consumo excessivo e do 
ganho de peso (11). 
Atualmente, o maior desafio da indústria 
farmacêutica é desenvolver e fornecer medicamentos 
mais seguros e eficientes para redução de peso. O que 
também exige que o farmacêutico seja mais rígido ao 
dispensar estes medicamentos (17). 
A prescrição de medicamentos visando redução ou 
manutenção do peso precisa ser criteriosa e seguir 
algumas características, de forma que seja útil no 
tratamento da obesidade. Essas características são: 
 
Andrade TB, Andrade GB, Honorato de Jesus J, Silva JN. 
 
 
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ter comprovado seu potencial na redução de peso e 
melhora nas comorbidades; seus efeitos colaterais 
devem ser passageiros e passíveis de tolerância; não 
possuir propriedades que possam causar 
dependência; ter eficiência e segurança a longo prazo, 
e ter um valor aceitável (14). 
O tratamento farmacológico para perda de peso é 
indicado para pacientes com IMC acima de 30kg/m2, 
ou quando há a ocorrência concomitante de doenças 
cardiovasculares ou metabólicas em pacientes com 
IMC acima de 25kg/m2, caso o tratamento com dieta, 
exercícios físicos e modificações comportamentais 
não obtiverem êxito (30; 13). 
Entretanto, sabe-se que não somente indivíduos 
com sobrepeso utilizam inibidores de apetite, mas 
também indivíduos por com IMC normal, o que ocorre 
devido à distúrbios de autoimagem, consequência dos 
padrões de beleza exigidos pela sociedade (17). 
De acordo com um relatório lançado em 2005 pela 
JIFE (Junta Internacional de Fiscalização de 
Entorpecentes), órgão ligado a ONU (Organização das 
Nações Unidas), o consumo de medicamentos 
anorexígenos Brasil cresceu 500% entre 1997 a 2004 
no Brasil (31). 
De acordo com Jesus (18) e Marini, Silva e Oliveira 
(7), os medicamentos utilizados para tratamento da 
obesidade podem se dividir em 3 grupos principais, de 
acordo com seu local de atuação, como observa-se no 
Quadro 1.
 
Quadro 1 - Tipos de medicamentos emagrecedores e suas características 
TIPOS DE 
MEDICAMENTOS 
ONDE ATUAM COMO ATUAM EXEMPLOS 
Inibidores de apetite Sistema nervoso central 
Modifica o apetite ou 
conduta alimentar 
Sibutramina, Fentermina, entre 
outros 
Termogênicos Sobre o metabolismo Aumenta a termogênese Efedrina, Cafeína e Aminofilina 
Inibidor da absorção de 
gorduras 
Sistema gastrointestinal 
Diminuindo a absorção de 
gorduras 
Orlistat 
Fonte: Jesus (18) e Marini, Silva e Oliveira (7) 
 
O início do tratamento farmacológico é indicado 
quando não há eficácia no tratamento não 
medicamentoso e houver fatores de risco. Ou em 
pacientes que possuam circunferência abdominal 
maior ou igual a 102 cm em homens e 88 cm em 
mulheres (1). 
Considera-se o tratamento farmacológico como um 
sucesso na perda de peso quando há redução ≥1% do 
peso corporal ao mês, tendo como resultado ao menos 
5% em 3 a 6 meses de tratamento, visto que, segundo 
a literatura, a redução de 5 a 10% do peso diminui os 
fatores de risco causados pela obesidade (25). 
Os fármacos destinados ao tratamento da 
obesidade devem possuir as seguintes características: 
reduzir o peso corporal e ter efeito benéfico sobre as 
doenças decorrentes ao excesso de gordura; 
aumentar a saciedade; deve atingir o tecido adiposo 
(não o músculo) aumentar a termogênese; possuir 
efeitos colaterais toleráveis e/ou transitórios; conter 
eficácia e segurança por longo prazo; ter mecanismo 
de ação conhecido; não haver necessidade pessoal de 
aumentar a dose; possuir custo razoável (32; 19). 
A farmacoterapia deve ser somente um adjuvante à 
terapêutica básica de reeducação alimentar, prática de 
atividades física regulares, mudanças no estilo de vida. 
Os medicamentos devem apenas complementar o 
tratamento dietético, tornando-se indispensável a 
atuação farmacêutica para reduzir o uso abusivo de 
medicamentos (33; 34; 18; 35). 
Medicamentos para controle e redução de peso não 
são aconselhados para administração em crianças. 
Acredita-se que estes medicamentos causam 
problemas na atenção, aprendizado e comportamento 
das crianças. No entanto, não há dados o bastante 
acerca dos seus efeitos nessa etapa (19). 
O uso de medicamentos para tratar a obesidade é 
ainda limitado na pediatria, e a maioria dos autores 
designam o uso destes medicamentos para os 
pacientes com obesidade extrema, falta de resposta a 
tratamentos anteriores, aqueles com comorbidades 
associadas e que sejam adolescentes. Somente dois 
medicamentos foram comprovados seguros para uso 
por pacientes pediátricos, a sibutramina e o orlistat. No 
entanto, em alguns países esses medicamentos não 
são indicados para crianças (28). 
Além disso, faz-se importante informar que não há 
estudos clínicos controlados e randomizados, que 
envolvem um número alto de indivíduos, que aponte 
benefícios à saúde após um período longo do uso de 
anorexígenos (22). 
Das opções farmacológicas disponíveis, a 
sibutramina, é o medicamento mais recomendado para 
pessoas acima do peso ou em casos onde os 
tratamentos convencionais não obtiveram sucesso (30). 
 
3.3 SIBUTRAMINA 
 
Inicialmente, a sibutramina foi desenvolvida para 
ser um antidepressivo, entretanto, durante os ensaios 
clínicos, foi observada sua ineficiência no tratamento 
da depressão e sua capacidade de auxiliar na perda 
de peso, e passou a ser usada como um inibidor de 
apetite. Por ser utilizada visando redução de peso, é 
usada de forma indiscriminada, o que provoca diversos 
efeitos adversos, o que já causou sua suspensão na 
 
O farmacêutico frente aos riscos do uso de inibidores de apetite: a sibutramina 
 
 
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Europa, além do controle de prescrição no Brasil (30; 35; 
10). 
O uso da Sibutramina como inibidor de apetite se 
iniciou em 1997, após liberação oficial pelo Food and 
Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos(17). 
A sibutramina é um dos medicamentos da classe 
dos Inibidores da recaptação de noradrenalina e 
serotonina (5-HT).Este medicamento bloqueia os 
receptores pré-sinápticos de noradrenalina e 5–HT nos 
centros de alimentação e saciedade do hipotálamo, 
potencializando os efeitos anorexígenos dos 
neurotransmissores do SNC, causando, 
consequentemente, redução da fome (34; 7). 
Noradrenalina e serotonina possuem papel 
fundamental no gerenciamento das emoções das 
pessoas, e estão relacionadas ao controle da 
obesidade, depressão e ansiedade. Os efeitos na 
saciedade envolvem ações centrais nos 
adenoreceptores alfa-1, beta-1 e receptores de 
serotonina 5-HT2c (17). 
Resumidamente, a sibutramina inibe a reabsorção, 
a recaptação e a degradação da serotonina e 
noradrenalina. Desse modo, esses 
neurotransmissores permanecem disponíveis por um 
tempo maior, estimulando os neurônios, provocando 
assim, a sensação de saciedade (30). 
A sibutramina se destaca em relação aos demais 
inibidores de apetite por não causar aumento na 
liberação de serotonina e noradrenalina, além de não 
inibir a recaptação e nem aumentar a liberação de 
dopamina, como outros medicamentos com esta 
finalidade terapêutica fazem (7) 
Segundo Dutra, Souza e Peixoto (9) a sibutramina 
não possui a função de controlar o apetite, apenas 
provoca a saciedade mais rapidamente. Dessa forma, 
indivíduos que utilizam esse fármaco comem menos, 
não por não terem fome, e sim, por se saciarem mais 
rápido. 
Ao promover a sensação de saciedade, a 
sibutramina impede que o usuário reproduza a 
memória alimentar exagerada que possuía antes, 
dessa forma, este passa a se alimentar de forma 
adequada no decorrer do tratamento (17). 
Outro efeito da sibutramina que se relaciona com a 
perda de peso, é a elevação no metabolismo basal do 
usuário (6). Há também estímulos da termogênese, 
contribuindo para a perda de peso, pois há o acréscimo 
de cerca de 100kcal/dia na energia gasta. (10) 
Um estudo com um ano de duração mostrou que 
pacientes que utilizaram sibutramina perderam 4,3 kg 
ou 4,6% mais peso do que aqueles que tomaram 
placebos (11). 
O uso de longa duração da sibutramina, provoca 
perda de peso pelo aumento metabólico, através da 
redução adaptativa do gasto de energia de repouso. O 
uso deste medicamento é questionável em pacientes 
obesos e com hipertensão, mesmo quando esta está 
controlada (36). 
As doses de sibutramina utilizadas para o 
tratamento da obesidade variaram de 1 a 30mg por dia, 
sendo 5, 10 e 15mg, as doses mais frequentemente 
usadas (37). 
Pesquisas têm apontado que a redução de peso 
provocada pela sibutramina é modesta, cerca de 5 kg 
em 12 a 52 semanas, mesmo quando o uso deste 
medicamento é associado com uma dieta saudável e 
adequada. Caso a dieta e o estilo de vida saudável não 
sejam mantidos, após a interrupção do tratamento, o 
peso aos poucos é revertido (6; 38). 
A dosagem comum da Sibutramina no tratamento 
da obesidade é de 10 ou 15 mg ao dia e durante a 
manhã, doses essas que são habituais e 
documentadas. A dosagem máxima de 20 mg por dia 
só ocorre em alguns casos. Entretanto, não há 
evidências da segurança ao se usar doses diárias 
acima de 20 mg. Hoje, a Sibutramina está disponível 
em cápsulas de 10 mg e de 15 mg (6). 
Após administração da sibutramina, ocorre 
estimulação da frequência cardíaca e pressão arterial. 
Na frequência cardíaca ocorre aumento de cerca de 
5bpm (batimentos por minutos) e na pressão arterial 
cerca de 3 a 4mmHg (milímetro de mercúrio). 
Entretanto, não há motivos para alarde, pois com a 
perda de peso, ocorre redução na pressão arterial em 
muitos pacientes (25; 39). 
Em diversos testes clínicos, a sibutramina 
promoveu diminuição estatisticamente significante do 
peso, da concentração de colesterol total, 
triglicerídeos, LDL-colesterol e hemoglobina glicada de 
pacientes obesos diabéticos ou não obesos (17; 29). 
 
3.4 RISCOS E BENEFÍCIOS 
 
Muitos indivíduos que utilizam os inibidores de 
apetite acreditam que seus efeitos são aumentados se 
forem tomadas dosagens maiores que as indicadas, o 
que pode acabar causando males à saúde dos 
mesmos (17). 
O crescente número de indivíduos com sobrepeso 
e obesidade, bem como a busca sem fim pelo corpo 
ideal contribuem com o uso exacerbado e inadequado 
dos inibidores de apetite. No entanto, os fármacos 
inibidores de apetite não devem ser usados apenas 
para fins estéticos, devido aos seus efeitos colaterais 
(5; 10). 
O uso descontrolado desses medicamentos pode 
causar aumento da resistência bacteriana pelo uso 
errôneo e até mesmo hemorragia cerebral devido à 
combinação de um anticoagulante com um analgésico. 
(9) 
O tratamento com inibidores de apetite se encontra 
no perfil dos medicamentos administrados de modo 
irracional e exacerbado. Muitas vezes, esse tipo de 
medicamento é prescrito de forma desnecessária e 
inadequada, havendo médicos que depreciam outras 
alternativas de tratamento, como alterações 
alimentares e prática de atividades físicas, fazendo 
assim, uso inadequado deste recurso medicamentoso 
(22). 
 
Andrade TB, Andrade GB, Honorato de Jesus J, Silva JN. 
 
 
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No ano de 2009 a ANVISA divulgou um relatório 
que apontava que, naquele ano, haviam 2.950.177 
(dois milhões, novecentos e cinquenta mil, cento e 
setenta e sete) prescrições de sibutramina, sendo 
prescritas em maior número por endocrinologistas, 
nutrólogos e médicos do tráfego. Em 2010 ocorreu 
uma leve queda nesse número, chegando a 1.995.790 
(um milhão, novecentos e noventa e cinco mil, 
setecentos e noventa) prescrições, sendo as 
prescrições realizadas mais por obstetras e 
endocrinologistas (22). 
No ano de 2007, a administração de moderadores 
de apetite, no Brasil, foi de 12,5 pessoas a cada mil 
habitantes, sendo esse número aproximadamente o 
triplo dos Estados Unidos, onde a cada mil habitantes, 
4,5 pessoas utilizavam moderadores de apetite (15). 
Um relatório do SNGPC (Sistema Nacional de 
Gerenciamento de Produtos Controlados) divulgado 
pela ANVISA indicativo do ano de 2009 apontou que 
foram consumidos 1.9 toneladas de sibutramina (25; 31). 
De acordo com Radaelli, Pedroso e Medeiros (6) e 
Cavalcante e Colaboradores (37), os efeitos adversos 
do uso da sibutramina ocorrem nos sistemas 
cardiovascular, gastrointestinal, respiratório e sistema 
nervoso central. 
Dentre os efeitos estão: 
 
 Palpitações; 
 Boca seca; 
 Taquicardia; 
 Náuseas e vômitos; 
 Constipação; 
 Obstrução nasal; 
 Faringite; 
 Ansiedade; 
 Insônia; 
 Irritabilidade; 
 Convulsões; 
 Cefaleia; 
 Dor nas costas 
 Dor e hemorragia 
ocular. 
 
Sousa, Barbosa e Coimbra (31) apontam que os 
efeitos colaterais da sibutramina se dividem em três 
tipos, como observa-se na Quadro 2. 
 
Quadro 2 - Tipos de efeitos colaterais e exemplos 
TIPO DE EFEITO 
COLATERAL 
EFEITOS COLATERAIS 
Mais comuns 
Apetite elevado, gosto 
estranho na boca, estômago 
irritado, constipação, 
problemas para dormir, 
tontura, dores menstruais, 
sonolência, dor em músculos 
e articulações. 
Menos comuns e que 
requerem atenção 
médica 
Arritmia cardíaca, parestesia, 
alterações mentais e no 
humor. 
Que requerem atenção 
médica urgente 
Ataque epilético, dor no peito, 
hemiplegia, visão anormal, 
dispnéia e edema. 
Fonte: Sousa, Barbosa e Coimbra (31) 
 
Reações adversas após administração da 
sibutramina foram encontradas em 50,0% dos 
usuários. Dentre as reações, as mais encontradas 
foram insônia, cefaleia, taquicardia, boca seca, 
alteração de humor, irritabilidade e mal-estar (33; 40). 
Em um ensaio clínico realizado entre 2000 e 2002, 
demonstrou-se que há boa tolerância da sibutramina 
quando usada em adolescentes obesos, além de os 
efeitos colaterais que se apresentaram foram análogos 
aos de adultos (10). 
Um estudo europeu chamado Sibutramine 
Cardiovascular Outcome Trial foi realizado de forma a 
avaliar a eficácia e segurança do tratamento com 
sibutraminaem indivíduos com sobrepeso ou 
obesidade de alto risco. Os resultados apontaram que 
num período de cinco anos, este tratamento provocou 
aumento no risco de infarto do miocárdio e acidente 
vascular cerebral em indivíduos com doenças 
cardiovasculares já relatadas(30; 12). 
Devido aos resultados do estudo citado 
anteriormente, a European Medicines Agency (EMA), 
no ano de 2010, sugeriu suspensão nas vendas de 
sibutramina. Em 2009, no Brasil, mesmo com 37 
notificações e os riscos já conhecidos referentes ao 
uso do medicamento, o mesmo continuou a ser 
comercializado (36). 
A sibutramina não é indicada em casos de 
Hipertensão Arterial Sistêmica severa, enfermidades 
cardiovasculares sintomáticas, glaucoma, história de 
dependência química, arritmia cardíaca, gravidez, 
crianças menores 12 anos, epilepsia, insuficiência 
renal, insuficiência hepática, transtornos psiquiátricos 
e durante o uso de Inibidores da Monoaminoxidase 
(IMAO) (37). 
Também não há indicação para o uso de 
sibutramina nos seguintes casos: quando o paciente 
faz uso de outros medicamentos anorexígenos, 
descongestionantes, sedativos da tosse, ergotamina e 
derivados, e lítio; indivíduos com antecedentes de 
transtornos alimentares; quando o indivíduo tem 
convulsões ou histórico destas; em casos de doença 
ou dano cerebral; pacientes que tiveram derrame; e 
quando há cálculos biliares ou histórico de tê-los (22). 
Em pacientes com hipertensão, o uso da 
Sibutramina deve ser feito de forma cuidadosa e 
monitorada a cada duas semanas nos três primeiros 
meses, a cada quatro semanas nos próximos três 
meses, e pelo menos a cada três meses após esse 
tempo (6). 
Este fármaco não pode ter o uso prolongado, 
devendo ser usado por, no máximo, três meses. O 
mesmo não deve ser administrado simultaneamente 
com medicamentos antidepressivos como a fluoxetina, 
pois pode levar a dependência física e psicológica(33). 
A administração de dois ou mais fármacos pode 
provocar uma interação medicamentosa. O resultado 
pode ser positivo ao provocar aumento da eficácia ou 
negativo ao diminuir a eficácia, toxicidade ou 
idiossincrasia. Cerca de 50 a 70% das interações 
podem ser previsíveis e prevenidas (41). 
Pode ocorrer interação medicamentosa entre a 
sibutramina e fármacos IMAO, necessitando-se de um 
 
O farmacêutico frente aos riscos do uso de inibidores de apetite: a sibutramina 
 
 
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período de 14 dias entre a administração de um 
fármaco e outro, a administração conjunta destes pode 
acabar por desencadear a síndrome serotoninérgica 
(25). 
Pode haver interação também com eritromicina, 
cimetidina e cetoconazol, medicamentos que inibem o 
citocromo P450 3A4, o que pode causar aumento das 
concentrações plasmáticas de sibutramina. Em um 
caso envolvendo essa interação, o paciente 
apresentou surto psicótico, havendo agressividade, 
humor deprimido, irritabilidade, dificuldades para 
dormir e criação de histórias sem nexo (25). 
Não é indicado o uso simultâneo de medicamentos 
IMAO com a sibutramina, sendo necessárias pelo 
menos duas semanas separando a interrupção do 
IMAO e o início da administração da Sibutramina (22). 
 A ingestão de álcool durante o uso da sibutramina 
pode ocasionar reações psicomotoras. Além disso, o 
uso juntamente com descongestionantes nasais, 
antialérgicos e antigripais que possuam epinefrina ou 
pseudoefedrina causa aumento da pressão arterial (22). 
Segundo Naccarato e Lago (34), é mais seguro 
administrar a sibutramina em pacientes saudáveis que 
não possuem histórico de doenças cardiovasculares e 
hipertensão mal controladas, visto que a intolerância 
medicamentosa e a frequência das reações adversas 
observadas, não foram clinicamente significativas. 
No ano de 2010 a licença da sibutramina foi 
suspensa na Europa devido a falhas de segurança do 
medicamento, que foram detectadas pela EMEA 
(Agência Europeia de Medicamentos), de acordo com 
dados obtidos em estudos de avaliações 
cardiovasculares. O estudo concluiu que, com o uso da 
sibutramina, há um risco aumentado de ataques 
cardíacos não fatais. A EMEA justificou que, apesar de 
os benefícios da perda de peso compensarem os 
riscos, os resultados foram módicos e não foram 
mantidos após a interrupção do tratamento (11). 
O FDA sugeriu que os usuários de sibutramina com 
histórico de doenças de alto risco devem evitar seu 
uso. Essa sugestão se baseia em resultados de um 
estudo com 10.000 pacientes onde, de acordo com as 
análises preliminares, um alto número deles sofreu 
eventos cardiovasculares (11). 
 
3.5 LEGISLAÇÃO PERTINENTE Á SIBUTRAMINA E 
OUTROS ANOREXÍGENOS 
 
No ano de 2007 a Anvisa publicou a RDC nº 58, que 
fornece orientações para médicos e farmacêuticos 
acerca da prescrição e dispensação dos 
medicamentos que possuem propriedades 
anorexígenas. É levado em conta o risco sanitário que 
se relaciona com o uso exacerbado desses 
medicamentos e a necessidade de medidas que 
permitam o uso seguro dos mesmos (31). 
No ano de 2010, através da Resolução da Diretoria 
Colegiada (RDC) nº 13, a sibutramina foi transferida da 
lista C1 para B2 da Portaria 344/98 do Ministério da 
Saúde. Em 2011, através da RDC nº 52 a prescrição 
da Sibutramina passou a ser realizada juntamente com 
um termo de responsabilidade do prescritor (36). 
De acordo com a RDC 52, a sibutramina, quando 
prescrita, deve conter um “Termo de Responsabilidade 
do Prescritor”. O comércio é permitido com 
apresentação de receita médica, que fica retida no 
estabelecimento. O termo de responsabilidade do 
prescritor deve ser preenchido em três vias, ficando 
uma via arquivada no prontuário do paciente, outra via 
arquivada na ou drogaria e a última via permanece 
com o paciente (33). 
Esse termo, que é assinado por médico e paciente, 
e indica casos em que o uso do medicamento não 
dever ser feito, bem como os riscos a que o usuário 
está sujeito, além de informar ao paciente a 
importância do uso concomitante com uma 
alimentação saudável e prática de atividades físicas (17; 
7). 
Tendo em vista que esse fármaco atua sobre o 
SNC, é classificado como psicotrópico, devendo ser 
utilizado exclusivamente sob prescrição médica e 
acompanhamento médico. No Brasil, o comércio de 
medicamentos psicotrópicos é regulado pela Portaria 
n° 344/1998 da Anvisa, que estabelece que os 
medicamentos sujeitos a controle especial, contendo, 
entre outros, fármacos anorexígenos pertencem à 
Lista B2, devem ser dispensados mediante 
apresentação de notificação de receita B (29). 
De acordo com a Portaria 344/98, nas embalagens 
destes medicamentos deve conter uma tarja preta com 
os dizeres: "O abuso deste medicamento pode causar 
dependência" e "Venda sob prescrição médica" (41). 
No ano de 2011, através da RDC nº 52, a Anvisa 
retirou do mercado medicamentos anorexígenos à 
base de mazindol, femproporex e anfepramona. Os 
laboratórios que possuíam registro destes no país, não 
apresentaram estudos da eficácia e segurança nos 
padrões exigidos. Ademais, um estudo apontou que os 
riscos do uso de medicamentos anorexígenos 
anfetamínicos eram superiores aos benefícios. Neste 
mesmo período a sibutramina foi reavaliada, no 
entanto, seu benefício se mostrou superior aos riscos, 
quando usada corretamente (42). 
No ano de 2014, foi lançada a RDC nº 50, que 
invalida a RDC 52/2011, permitindo o retorno da 
comercialização de mazindol, femproporex e 
anfepramona no Brasil. (7) 
A RDC 133, lançada no ano 2016, preconiza que 
quando a notificação de receita “B2” possuir a 
Sibutramina, esta somente será dispensada quando a 
dose máxima for até 15mg/dia, e a quantidade de 
medicamentos seja para no máximo sessenta dias (22). 
 
3.6 O PAPEL DO FARMACÊUTICO 
 
Atualmente, o farmacêutico tem cada vez mais seu 
papel na atenção e assistência farmacêutica 
destacado, bem como no campo da farmacoterapia da 
obesidade.A atuação farmacêutica pode colaborar na 
 
Andrade TB, Andrade GB, Honorato de Jesus J, Silva JN. 
 
 
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adesão e no uso correto dos medicamentos para 
obesidade (6). 
A atuação do farmacêutico é de extrema 
importância na dispensação de medicamentos 
controlados, visto que este profissional orientará o 
usuário acerca do medicamento, o que o mau uso 
pode ocasionar, bem como demais informações para 
que o tratamento seja eficaz e seguro (19). 
O uso indiscriminado e a superdosagem destes 
medicamentos podem ser sanados pelo profissional 
farmacêutico através de orientações e 
aconselhamentos no momento da dispensação dos 
medicamentos. O farmacêutico se insere diretamente 
no combate à obesidade e ao sobrepeso, devendo 
utilizar seus conhecimentos para, além de orientar o 
usuário acerca de sua medicação, orientar acerca de 
hábitos saudáveis que podem levar à melhoria da 
qualidade de vida (17; 25). 
Dessa forma, pode-se perceber a importância de 
haver um profissional capacitado nas drogarias, para 
realizar orientações aos pacientes em relação às suas 
dúvidas acerca dos medicamentos. A presença do 
profissional farmacêutico, devidamente registrado no 
Conselho Regional de Farmácia, de forma obrigatória 
em farmácias e drogarias de todo o Brasil, para que 
estes estabelecimentos possam vender e dispensar 
medicamentos é regulamentada pelo artigo 15 da lei nº 
5.991, do ano de 1973. 
A dificuldade de acesso ao atendimento médico 
leva muitos indivíduos a procurarem tratamento 
inseguros e ineficazes, como dietas sem 
acompanhamento nutricional e remédios caseiros com 
plantas, sem qualquer tipo de prova científica. Dessa 
forma, o farmacêutico possui papel de conscientizador 
para com o paciente, podendo inclusive realizar 
campanhas visando a educação e motivação do 
paciente em relação ao tratamento (25). 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Com base nos dados expostos nesta revisão pode-
se concluir que, a administração de medicamentos 
para obesidade deve ser realizada com cautela, pois 
apresentam contraindicações e efeitos colaterais, 
podendo inclusive causar dependência. Por esta razão 
devem ser utilizados apenas quando o tratamento não-
farmacológico não funcionar, e em situações especiais 
de acordo com o julgamento médico. É importante que 
o paciente busque, primeiramente, redução de peso 
através de métodos convencionais, como reeducação 
alimentar e prática de exercícios físicos. 
A proporção de uso de drogas para emagrecimento 
entre a população é preocupante, principalmente pelo 
fato de grande parte dos pacientes fazerem uso sem 
indicação ou prescrição medica. Assim, evidencia-se a 
necessidade de maior controle e regulamentação, até 
então já adotadas e discutidas pela Anvisa. A 
desinformação e a facilidade de aquisição são fatores 
fundamentais para utilização indiscriminada desses 
medicamentos. Mesmo em vigência, as leis 
implantadas pela ANVISA ainda necessitam de 
estudos a fim de se observar prós e contras destes 
compostos. 
A atenção farmacêutica é de suma importância 
para o uso correto dos fármacos inibidores de apetite, 
de forma que a população receba orientação em 
relação à forma correta de uso, reações adversas, 
interações medicamentosas, e benefícios do 
medicamento. Além disso, propor a prática de 
exercícios acompanhada de reeducação alimentar faz-
se importante, de forma a diminuir o uso exacerbado e 
sem necessidade desse medicamento, prevenindo 
riscos à saúde dos pacientes. 
 
 
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Como citar (Vancouver) 
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