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História da Epidemiologia 
Beatriz Marinelli 
IMPORTANTE! 
• As matérias que o professor comentou que cobraria em prova serão as que se 
segue, logo, deve-se focar mais nelas, que são: 
• “Como acreditava-se que adoecia?”- ler sobre as teorias, Jonh Snow e outros; 
• “Aplique os dois modelos no atendimento”- falar sobre o modelo biomédico e 
sobre o modelo hospitalocentrico. 
MEDICINA CURATIVA X MEDICINA PREVENTIVA 
Primórdios: 
• Asclépio teve 2 filhas: Higeia que pregava sobre a higiene e Panaceia que 
pregava sobre o cuidado do seu corpo. 
• Hipócrates: Corpus Hippocraticus: “A doença chamada sagrada não é, em minha 
opinião, mais divina ou mais sagrada que qualquer outra doença; tem uma causa 
natural e sua origem supostamente divina reflete a ignorância humana”. Ele 
quebra a ideia que se tinha de ira divina, que as doenças vinham por essa ira 
como castigo, e diz que se o corpo estiver em desarmonia com os 4 elementos 
(fogo, terra, ar e água), ele ficaria doente. 
• Claudius Galenus, seguidor de Hipócrates, foi um grande homem para o império 
romano, construiu aquedutos, cloaca, que é um esgoto arcaico, censos, 
nascimentos e óbitos, para avaliar o crescimento da população; assim, com essas 
medidas, ele foi importante para a saúde da época. Acreditava que a doença era 
por energia. 
• Início da idade média: com o cristianismo empenhado em “salvar a alma”, 
surge diversos problemas relacionado a saúde, varias pessoas estavam 
adoecidas, sendo os farmacêuticos que tratavam a população. Surge ai a 
“Teoria miasmática”, consiste basicamente em limpar o espaço urbano, 
desinfetar, praticar uma higiene “desodorizante” que tenta proteger o ar das 
emanações e fedores provenientes das coisas. O miasma podia estar presente 
em tudo: multidões, excrementos humanos e animais, solos úmidos, pântanos, 
habitações mal construídas, cadáveres, hospitais, gente doente, doenças, água 
suja etc. 
 
 
RAÍZES HISTÓRICAS: METODOLOGIA ESTATÍSTICA 
• Sir Edmund Halley (1656 – 1742): deu inicio a estatística. “Tábuas de 
mortalidade geral”. 
• Pierre-Charles Alexandre Louis (1787 – 1872): criou uma escola médica em 
casa e começou a pesquisar a origem das doenças com auxilio da matemática. 
• William Farr (1807 – 1883): relato de mortalidade e pessoas vivas, em 
diferentes distritos. 
RAIZES HISTÓRICAS: EPIDEMIOLOGIA NA CLÍNICA 
• Ignaz de Semmelweis (1818 – 1865) : obstetra da época, concorria com as 
parteiras. Na febre puerperal observou que grávidas nas mãos de parteiras não 
morriam, já nas mãos de obstetra morria, assim observou que existia infecção 
cruzada relacionada ao uso de bisturi, que eles utilizavam em tudo e as 
parteiras não faziam o uso. 
POLÍTICA (SÉCULO XVIII) 
• Higiene: deveria ser aplicado em campo individual 
• Saúde é responsabilidade do Estado, cuidava-se dos pobres para não afetar as 
grandes classes. 
• Medicina social: Revolução Industrial (Século XIX), organização da classe 
trabalhadora e sua participação na política e na economia, criação de 
legislações sanitárias e estrutura social. 
SÍNTESE EPIDEMIOLÓGICA 
Sanitaristas da época 
• Clínica médica, estatística e medicina social; 
• London Epidemiological Society. 
Jonh Snow (1813-1858): patrono da epidemiologia, estudou o surto de cólera na 
Inglaterra e anos após em Londres, colocou no mapa onde as pessoas estavam 
morrendo, e associou a morte com a possível água contaminada daquela região, logo 
não acreditava nos miasmas mas sim pela contaminação pela água envenenada. 
Atualmente a epidemiologia: 
• Se dispõe de material para análise do perfil de saúde-doença na população; 
• Produz novos conhecimentos; 
• Contribui para a melhoria da qualidade de vida da população e do nível de 
saúde das coletividades. 
EPIDEMIOLOGIA 
Definição: “Ramo das ciências da saúde que estuda, na população, a ocorrência, a 
distribuição e os fatores determinantes dos eventos relacionados à saúde.” 
Exemplos: 
• Doença reconhecida pela primeira vez como uma enfermidade em 1981, sendo 
que o seu agente etiológico foi determinado dois anos após. 
• Combinação curiosa e inexplicável de manifestações clínicas e outros estados: 
fraqueza, perda de peso, deterioração do sistema imunológico e Sarcoma de 
Kaposi, além de doenças oportunistas; 
• Relacionada a certos grupos da população e a certos comportamentos de risco. 
PROCESSO SAÚDE E DOENÇA 
Saúde: “Estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência 
de doenças ou enfermidades”. (OMS) 
COMO AS PESSOAS ADOECEM 
São construções teóricas que nos permitem refletir melhor sobre a realidade, sabendo-
se que essa última, com suas grandes contradições, é mais rica e profunda que os 
modelos explicativos. 
Modelos explicativos: 
1- Modelo unicausal: liga 1 causa à 1 efeito (infecção bacteriana → antibiótico). 
Porém não são todas as doenças que se comportam dessa forma. 
• Simplificação de uma realidade mais complexa; 
• Muitas vezes a ação decorrente deste modelo é extremamente útil. 
2- Modelo multicausal: entendo que várias coisas estão impactando naquela 
doença; relatado facilmente em doenças crônicas. 
• Várias causas = 1 efeito; 
• Neste grupo, nenhum dos fatores (biológicos), isoladamente, é 
“necessário ou suficiente” para produzir o dano à saúde. 
3- Modelo biomédico: considera a doença como resultante da agressão de um 
agente etiológico a um organismo; a pessoa deve ser tratada no hospital 
(modelo hospitalocêntrico); centrado no profissional médico (não é 
multidisciplinar); fragmentação do cuidado (separação entre corpo e mente) 
4- Modelo de determinantes sociais de saúde: Neste modelo supera-se a 
concepção da mera relação causa-efeito para explicar o adoecimento e a 
morte. A hierarquia das condições ligadas à estrutura social é considerada na 
explicação da saúde e da doença. Nesse esquece a cauda para pensar em tudo 
que pode ter levado ao adoecimento, seja cor, sexo, poder aquisitivo e outros. 
 
O conceito de homofobia não é apenas à rejeição irracional ou ódio em relação aos 
homossexuais, mas também é uma manifestação arbitrária que qualifica o outro como 
contrário, inferior ou anormal. (Relatório do Ministério dos Direitos Humanos, 2012) 
• Estima-se que no Brasil existam: 
• 20 milhões de gays; 
• 12 milhões de lésbicas. 
• O risco de uma trans brasileira ser assassinada é 9x maior do que uma americana. 
• Mata-se mais homossexuais no Brasil do que nos 13 países no Oriente e na África 
onde existe pena de morte contra os LGBT. 
• Em 2018 a cada 20 horas uma pessoa LGBT foi morta no Brasil. 
 
• Tendências predominantes do relatório de 2018: 
• 76% homicídios e 24% suicídios, 
• 45% gays, 77% com até 40 anos, 
• 58% brancos, 
• Predominam profissionais do setor terciário e prestação de serviços, 
• 49% na rua, apenas 6% dos criminosos identificados. 
• Suicídio é a 4ª principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. 
• Homossexual tem 6x mais chances de atentar contra a própria vida. 
LGBTQ+ 
Para entender como o ser humano se relaciona precisamos entender esses 4 conceitos: 
• Sexo biológico 
• Identidade de gênero 
• Expressão de gênero 
• Orientação sexual

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