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ARTIGO CIENTÍFICO - ARIANE MOCREIA

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ALIENAÇÃO PARENTAL: UMA ANÁLISE TEÓRICA E JURÍDICA
Ariane de Freitas Pinto de Quadros
RESUMO: O presente estudo visa expor sucintamente a alienação parental e a sua pratica. Relaciona a eficácia das medidas repressivas presentes no ordenamento jurídico brasileiro no enfrentamento a pratica da alienação parental em respeito ao princípio da proteção integral à criança e ao adolescente. Estuda conceituação e evolução da família nos dias de hoje. Analisa a pratica de alienação parental para os sujeitos ativo e passivo do ato. Destaca os meios punitivos previstos na Lei nº 12.318 de 26 de agosto de 2010 (lei de alienação parental) tendo como embasamento o art. 6º. O método de abordagem é o dedutivo e o método de procedimento analítico com técnicas de pesquisa bibliográfica, através da análise de doutrinas julgados e jurisprudências e informáticos do IBDFAM (instituto brasileiro do direito da família). Portanto com este artigo é possível verificar os danos oriundos da alienação parental no desenvolvimento do menor e a lei que tem por fim punir o alienador.
Palavras- chave: Poder familiar - Alienação Parental – Família.
ABSTRACT: The present study aims to explain briefly the parental alienation and its practice. It relates the effectiveness of the repressive measures present in the Brazilian legal system in facing the practice of parental alienation with respect to the principle of integral protection to the child and the teenagers. Aims to study conceptualization and evolution of the family these days. It analyzes the practice of parental alienation for the active and passive subjects of the act. It highlights the punitive means provided by Law No. 12,318 of August 26, 2010 (parental alienation law), based on art. 6th. The method of approach is the deductive and method of analytical procedure with bibliographic research techniques, through the analysis of judged doctrines and jurisprudence and informations of IBDFAM (Brazilian family institute). Therefore with this article it is possible to verify the damages from the parental alienation in the development of the child and the law that is intended to punish the alienator.
Key words: Family Power – Parental Alienation – Family.
INTRODUÇÃO
A perspectiva da família no decorrer da história obteve constantes transformações, desde uma alteração nos números de famílias geradas a partir de um matrimonio a associação de hierarquia a figura masculina, crescimento de pais solteiros, aumento significativo de separações conjugais, mudanças de valores, luta pela igualdade entre homens e mulheres etc. 
A partir destes novos modelos de família que foram sendo constituídas, houve a falência do sistema patriarcal o que vem ocasionar diariamente o surgimento de novos conflitos, fazendo com que o judiciário tenha que se atualizar a nova realidade, ocasionando um equilíbrio entre os direitos e deveres dos pais. Assim, entre os desacordos de maior relevância apresentados ao Judiciário pode-se destacar a Síndrome da Alienação Parental, tema deste artigo.
No entanto, ao observar o desempenho de cada um dos pais é possível identificar quando um dos responsáveis, amargurados com algum conflito conjugal, tem o intuito de lesar a relação do menor com o outro ou até com parte do núcleo familiar da criança/adolescente, onde um dos adultos tem como finalidade a separação do menor, criando a marginalização do outro. 
Em virtude dos fatos mencionados o presente trabalho destaca-se pela sua relevância social, por se tratar de tema que afronta diretamente a proteção à família e o princípio da proteção integral à criança e ao adolescente. E diante a sua relevância academia e jurídica, tem-se a abordagem do tema de maneira diferenciada, através de doutrina e jurisprudencial atual, visto que foca nas formas de repressão a prática do ato de alienação parental.
Assim, a problemática do presenta trabalho leva a considerarmos a gravidade dos danos causados ao menor pela alienação parental, as formas de seu enfrentamento, previstas em lei e jurisprudência são suficientes para evitar sua incidência ou prática recorrente pelos genitores ou ainda por terceiros próximos ao infante, a exemplo dos avós?
Desta maneira, estudo analisa o surgimento da alienação parental diante dos movimentos sociais, as alterações ao Direito da Família e dos Direitos das Crianças e Adolescentes, tendo como objetivo analisar a eficácia das medidas repressivas presentes em nosso ordenamento jurídico pátrio no enfrentamento a prática da alienação parental, em respeito ao princípio da proteção integral à criança e ao adolescente através da adição da Lei 12.318/2010 Art. 6º ao Direito da Família, que vem sido considerada um grande desafio para Judiciário.
Portanto é possível identificar esclarecimentos diante do tema escolhido, visto que ele se opõe aos princípios morais, além de contribuir para que haja maior conhecimento de tal assunto para aquele que já passaram ou passam por esse ato ilícito, muitas vezes ignorado no cotidiano, mas que acarretam danos irreparáveis e ocasionando no surgimento de adultos com diversas sequelas psicológicas.
FAMILIA 
O ambiente familiar é onde todo indivíduo socializa pela primeira vez, sendo nele que é exercido o papel mais essencial ao transcorrer da vida. (PASSERINE, 2008). O direito da família abrage todos as nuances do direito, apesar de estar diretamente ligado à própria vida, uma vez que todas as pessoas originam-se e são vinculadas a um núcleo familiar no decorrer de sua existência. (Gonçalves 2011, p. 17).
O rompimento matrimonial era proibido em décadas passadas, levando com que a familia fosse ligada ao casamento e protegida pelo Código Civil de 1916, possuindo desigualdade entre seus membros, onde a sociedade era excessivamente patriarcal. (DIAS, 2007, p.30).
De acordo com Diniz (2011, p. 31): “Família é o grupo fechado de pessoas, composto dos pais e filhos, e, para efeitos limitados, de outros parentes, unidos pela convivência e afeto numa mesma economia e sob mesma direção”.
Silva (2011, p. 62) afirma que a família é considerada a progenitora da sociedade e varia de acordo com o ponto de vista de cada indivíduo, transformando os padrões de sua constituição.
Neste sentido, para Biroli:
A família se define em um conjunto de normas, práticas e valores que têm seu lugar, seu tempo e uma história. É uma construção social, que vivenciamos. As normas e ações que se definem no âmbito do Estado, as relações de produção e as formas de remuneração e controle do trabalho, o âmbito da sexualidade e afetos, as representações dos papéis sociais de mulheres e homens, da infância e das relações entre adultos e crianças, assim como a delimitação do que é pessoal e privado por práticas cotidianas, discursos e normas jurídicas, incidem sobre as relações na vida doméstica e dão forma ao que reconhecemos como família. (BIROLI, 2014, p.7).
Segundo afirmações de Azambuja (2004), a família atual, não possui a mesma configuração existente nos séculos passados. A família é uma entidade que pode ser composta de diversas formas e em circustâncias, para atender às carências sociais atuais (REIS, 2004, p. 102).
Para SILVA (2003, p.103) “a família é vista como um grupo de pessoas ligadas entre si por parentesco, afeto, solidariedade, necessidade de reprodução, como forma de garantir sua identidade social.”
Furquim (2008) assevera que os progenitores são os agentes encarregados pela formação intelectual e emocional dos filhos desde o nascimento, visto que por meio dos seus vivência e ensinamentos, constituindo uma ligação afetiva movida pelo amor e carinho essenciais para crescimento humano dos filhos.
Para Dias (2010), a expressão poder familiar equivale ao que era anteriormente denominado pátrio poder, manifestando o direito absoluto e ilimitado conferido ao chefe da organização familiar, o pai, sobre a pessoa dos filhos.
Diniz (2007, p.514), defini poder familiar como conjunto de deveres, com a criança, quando não emancipada, praticada igualmente por ambos responsáveis, executando asobrigações que as normas jurídicas determinam em busca dos interesses e cuidados com o filho.
Ao longo do século XX, as transformações sociais foram gerando uma sequência de normas que alteraram, gradativamente, a feição do direito de família brasileiro, culminando com o advento da Constituição Federal de 1988. Esta alargou o conceito de família passando a integra-lo as relações monoparentais, de um pai com seus filhos. Esse redimensionamento, calçado na realidade que se impôs, acabou afastando da ideia de família o pressuposto de casamento. Para sua configuração, deixou-se de exigir a necessidade de existência de um par, o que, consequentemente, subtraiu de sua finalidade a proliferação. (Gonçalves 2011, p. 29-30)
Devido à igualdade dos direitos e obrigações entre homens e mulheres, segundo o art. 5°, inciso I, da Constituição Federal, utilizar-se do termo Pátrio Poder passou a ser uma expressão inadequada, resultando na alteração pelo Código Civil em 2002 para poder familiar, adequando-se mais ao texto constitucional e a realidade social quer permanece até os dias de hoje.
No entanto, para Ibias (2005, p. 82):
Nasce uma concepção de família moderna, com a progressiva eliminação da hierarquia, emergindo uma restrita liberdade de escolha; o casamento fica dissociado da legitimidade dos filhos. Começam a dominar as relações de afeito, de solidariedade e cooperação. Proclama-se o modo de visão do eudomonista da família: não é mais o indivíduo que existe para família e para o casamento, mas a família e o casamento existem para o seu desenvolvimento pessoal em busca de sua aspiração à felicidade.
Novos padrões famliares vão surgindo, personificações baseadas no afeto, fazendo com que o casamento seja essencial, dando prioridade à procura por amparo, construção de personalidade e integridade do ser humado.(MADALENO e MADALENO, 2013, p. 19).
Quando os menores tem seus direitos tomados, deve-se ter uma atenção com intuito de preservar seus direitos com base na Constituição Federal de 1988, mencionado no Art. 227:
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
DIAS (2009, p.45) ao averiguar o conceito de família verificou que o mesmo sofreu alterações, visto que as familias vem construindo estruturadas na afetividade, vindo a reconhecer o que é chamado de filiação afetiva, onde o Direito Familiar passou a prestar atenção às questões psíquicas, devido a carência paterno-filial que causadora de grandes danos.
ALIENAÇÃO PARENTAL
Buosi (2012, p.84) destaca que quando o cônjuge fica inconformado e/ou resistente a separação, ocasionando no mesmo a depressão, desgosto com as novas condições financeiras oriundas do término do relacionamento, a necessidade de retenção da guarda dos filhos, a solidão no momento e/ou fato do cônjuge ter um relacionamento extramatrimonial, que pode ter ocasionado a separação, são razões determinantes para que um dos cônjuges (normalmente o detentor da guarda), faça uso da sua única alternativa para ferir o ex-parceiro: os filhos.
Por óbvio, no momento em que o filho se alinha a um dos genitores e passa a ter rancor contra o outro, fica mais fácil manipulá-lo e mesmo convencê-lo de que o outro genitor não é bom, de que ele não presta e, por isso mesmo, deve ser repudiado. O filho se torna um aliado valioso na batalha. O alinhamento permite ao filho manipulado “dividir o relacionamento ambivalente com ambos os pais em um claro e simples progenitor bom e outro mau.” (LEITE, 2015, p. 112).
Deste modo conforme Leite (2015, p.55), no momento de separação conjugal o meio familiar fica gravemente desequilibrado, não pelo fato de estar ocorrendo um divórcio, mas pela possibilidade de haver discriminação sentimental em forma repressão.
Muitas vezes a ruptura da vida conjugal gera sentimentos de abandono, de rejeição, de traição, surgindo forte tendência vingativa. Quem não consegue elaborar adequadamente o luto da separação geralmente desencadeia um processo de destruição, de desmoralização, de descrédito do ex-cônjuge. Se quem assim se sente, fica com a guarda dos filhos, ao ver o interesse do outro em preservar a convivência com a prole, quer vingar-se e tudo faz para separá-los. Cria uma série de situações visando a dificultar ao máximo, ou a impedir, a visitação. Os filhos são levados a rejeitar o genitor, a odiá-lo. Tornam-se instrumentos da agressividade direcionada ao parceiro. (DIAS, 2010, p. 2).
Lôbo (2010) notou que não raras vezes, mas a alienação parentar sucede da determinação da guarda unilateral: “a experiência demonstra que, muitas vezes, o que fica com a guarda estende sua rejeição não apenas ao outro, mas aos parentes destes, impedindo ou dificultando o contato com eles, convertendo-se em verdadeira alienação parental de todo grupo familiar”.
A psicóloga Andreia Calçada define alienação como um processo onde um dos genitores tem como intuito alterar o pensamento seus filhos, a fim de denegrir, atrapalhar suas suas relações com o outro genitor. O menor passa a vê-la sob a ótica desejada pelo alienador onde o ódio e o desprezo torna-se evidentes, onde geralmente situação está dligada com os processos de divórcios conflitantes. (CALÇADA, 2008)
Para Freitas (2014) a alienação parental refere-se a um distúrbio psicológico, no qual um dos genitores, intitulado de cônjuge alienador, altera o pensamento do seu filho, com intuito estratégico, sagaz e maldoso (mesmo que inconsciente), com intuito de dificultar ou eliminar a relação com o outro genitor, o cônjuge alienado. Normalmente, não existem motivos concretos que justifiquem este tipo de comportamento por parte do alienador com intuito que a criança odeie ou tema o genitor alienador, sem uma justificativa plausível. 
Dias (2010, p. 455) determina a alienação parental como “nada mais do que uma ‘lavagem cerebral’ feita pelo guardião, de modo a comprometer a figura do outro genitor, dizendo fatos que não ocorreram ou que não aconteceram de modo inverídico conforme a descrição dada pelo alienador”.
FONSECA (2009) conceitua alienação parental de forma com que a mesma revele-se de forma resultante de processos conscientes e/ou inconscientes do genitor alienador, aos quais induz a criança a não ter desejo de conviver com o progenitor que não possui a guarda do menor.
Trindade (2007) esclarece que a Síndrome de Alienação Parental (SAP) necessita um tratamento específico para cada individuo envolvido, existindo que seja realizada a assistência para a criança, o alienador e o alienado.
VENOSA (2011) menciona que a alienação deve ser vislumbrada como uma enfermidade onde em algumas situações o alienador não noção das consequencias causadas acarretadas por este ato, visto que tem como intuito apenas manchar a imagem do outro genitor aos olhos da prole.
Figueiredo e Alexandridis (2011), definem alienação parental como um acontecimento ligado a situações onde ocorrem de separações entre casais que possuem filhos, onde um dos progenitores, em geral o que possuidor da guarda, tem como intenção provocar a ruptura entre a relação do menor e o outro genitor, através de ilusões negativas e baseadas em mentiras que invadem o psicológico da criança diante do progenitor alienado ocasionando falsas memórias.
OLIVEIRA (2008) indica que “A alienação parental é uma forma de abuso emocional, que pode causar distúrbios psicológicos capazes de afetar a criança pelo resto da vida, como depressão crônica, transtornos de identidade, sentimento incontrolável de culpa, comportamento hostil e dupla personalidade” 
.
WANDALSEN (2009) observou que devido a separação mal resolvida na visão do genitor alienante, são ocasionaos diversos danos e complicações sentimentais. Porém ao tentar tranquilizaras consequencias dessas complicações, o alienante tem como intuito castigar o ex-cônjuge, negando a ele o convívio familiar, onde o alienante repleto de rancor é motivado pela vingança e utiliza os filhos como arma.
O alienador tem como foco fazer com que o menor alienado, passe a ter uma imagem obscura do outro genitor, a fim de prejudicar a afeição existente na criança, com intuito de tomar para si o sentimento do filho, não interessando a maneira que o levará a isso, mesmo que venha a causar dados psiquicos. (DA SILVA 2009, p.61) 
JORDÃO (2008) ao retratar a alienação parental destaca que a mesma “consiste em programar uma criança para que, depois da separação, odeie um dos pais. Geralmente é praticada por quem possui a guarda do filho. Para isso, a pessoa lança mão de artifícios baixos, como dificultar o contato da criança com o ex-parceiro, falar mal e contar mentiras”.
A alienação parental ainda pode ser classificada em três estágios: leve, médio e grave onde o autor descreve que:
No estágio leve, mesmo havendo, às vezes, dificuldade no momento da entrega, a visita acontece com tranqüilidade; No estágio médio, há a utilização de estratégias, pelo alienador, para excluir o outro da vida da criança, que intensifica a animosidade ao outro, principalmente no momento da visita; No estágio grave, há intensificação dos sintomas e pânico diante da mera ideia de contato com o outro genitor, o que torna a visita quase impossível. (PAULO, 2010, p. 30-31).
Denise Maria Perissine da Silva listou as condutas frequentemente realizadas pelo genitor alienador:
Recusar-se a passar as chamadas telefônicas aos filhos; Organizar várias atividades com os filhos durante o período em que o outro genitor normalmente iria exercer o direito de visitas; Apresente o novo cônjuge ou companheiro aos filhos como seu “novo pai” ou sua “nova mãe”; Interceptar a correspondência dos filhos; Desvalorizar e insultar o outro genitor na presença dos filhos; Recusar a prestar informações ao outro genitor sobre as atividades extraescolares em que o filho está envolvido; Envolver pessoas próximas (mãe do cônjuge e etc.) na “lavagem cerebral” dos filhos; Impedir o outro genitor de exercer o direito de visitas; “Esquecer-se” de avisar o outro genitor de compromissos importantes (dentista, médico, psicólogos); Tomar decisões importantes a respeito dos filhos sem consultar o outro genitor de ter acesso às informações escolares e/ou médicas dos filhos; Sair de férias sem os filhos, deixando-os com outras pessoas que não o outro genitor, ainda que esteja disponível e queira ocupar-se dos filhos; Proibir os filhos de usar a roupa e outras ofertas do genitor; Ameaçar punir os filhos se eles telefonarem, escreverem ou se comunicarem com o outro genitor de qualquer maneira; Culpar o outro genitor pelo mau comportamento dos filhos; Ameaçar frequentemente com a mudança de residência para um local longínquo, para o estrangeiro, por exemplo; Telefonar frequentemente (sem razão aparente) para os filhos durante as visitas do outro genitor (SILVA, 2011, p. 55-56).
Geralmente quem trata com desavenças familiares já se deparou com este acontecimento cada vem mais frequente e quem sido renomeado de diversas maneiras, como: “síndrome de alienação parental” ou “implantação de falsas memórias”. Devido a sua grande decorrência e irresponsabilidade por parte de seus praticantes este tema começou a despertar atenção e vem sendo denunciado. (DIAS, 2010).
TRINDADE (2010) considera que o genitor alienador possui uma mente engenhosa, que possibilita a criação de diversos comportamentos, dificultando identificar as condutas comuns no ato da alienação. Assim este perfil dissimulado do alienador torna-se prejudicial a convivência com o menor alienado, visto que ele tem como objetivo manipular situações e as mesmas são observadas e fixadas como exemplo de conduta correta pela criança e/ou adolescente alienado.
SILVA (2009) acredita que a alienação parental pode provir de uma patologia denominada Síndrome da Alienação Parental, sendo esta uma doença psíquica de alta gravidade onde um dos genitores almeja aniquilar com o elo entre o menor com o outro progenitor através do uso da manipulação a fim de atingir seus objetivos escusos. 
Da mesma forma FONSECA (2006, p.164) destaca que a alienação parental é ocasionada pelo desligamento de um dos genitores da prole, provocado pelo ex-companheiro que possui a guarda dos menores. Já a síndrome da alienação parental definisse pelas consequências psíquicas que originam sequelas emocionais e comportamentais devido ao afastamento das crianças do alienado.
Trindade (2007, p.113) estabelece que “a Síndrome de Alienação Parental tem sido identificada como uma forma de negligência contra os filhos. Para nós, entretanto, longe de pretender provocar dissensões terminológicas de pouca utilidade, a Síndrome de Alienação Parental constitui uma forma de maltrato e abuso infantil”.
Na visão de Trindade (2007, p.102), a Síndrome da Alienação Parental é um transtorno descrito pela união de indícios, onde um dos progenitores induz a criança de diversas maneiras com intuído desconstruir os vínculos com o cônjuge alienado, sem que seja possível descrever as causas reais que justifiquem estes atos. Sucintamente a Síndrome de Alienação constitui-se em programar o menor é induzido pelo genitor alienador a ter odio do outro progenitor, sem que encontrem-se razões que venham a justificar este sentimento, onde a criança entra em caminho onde o intuito é desprezar o cônjuge alienado. (Trindade 2004, p.102). 
Neste contexto Gardner (2002, p. 2) esclarece que: 
 A Síndrome de Alienação Parental (SAP) é um distúrbio da infância que aparece quase exclusivamente no contexto de disputas de custódia de crianças. Sua manifestação preliminar é a campanha denegritória contra um dos genitores, uma campanha feita pela própria criança e que não tenha nenhuma justificação. Resulta da combinação das instruções de um genitor (o que faz a “lavagem cerebral, programação, doutrinação”) e contribuições da própria criança para caluniar o genitor-alvo.
Para Meirelles (2009, p.266) a Síndrome de Alienação Parental (SAP) pode ser definida como um transtorno gerado pela alteração da consciência da prole, através de diversos métodos que venham a destruir totalmente os vínculos com o outro progenitor, apesar de ser um ato contraditório diante do que se espera de alguém da mesma colocação parental.
DUARTE (2009, p.1) descreve claramente que da Síndrome da Alienação Parental: 
(...) Deverá compreender a Síndrome da Alienação Parental como uma patologia jurídica caracterizada pelo exercício abusivo do direito de guarda. A vítima maior é a criança ou adolescente que passa a ser também carrasco de quem ama, vivendo uma contradição de sentimentos até chegar ao rompimento do vínculo de afeto. Através da distorção da realidade (processo de morte inventada ou implantação de falsas memórias) o filho percebe um dos pais totalmente bom e perfeito (alienador) e o outro totalmente mau. (2009, pg.01).
TRINDADE (2007, p.113) aponta a síndrome da alienação parental como um ato de grande negligência: “A Síndrome de Alienação Parental tem sido identificada como uma forma de negligência contra os filhos. Para nós, entretanto, longe de pretender provocar dissensões terminológicas de pouca utilidade, A Síndrome de Alienação Parental constitui uma forma de maltrato e abuso infantil.”
Na percepção de FONSECA (2007):
A síndrome refere-se à conduta do filho que se recusa, terminantemente e obstinadamente, a ter contato com um dos genitores e que já sofre com o rompimento de seus pais, ou seja, é uma patologia referente à criança e uma forma de abuso emocional por parte do genitor alienador. Já a alienação parental é o afastamento do filho em relação ao genitor visitante, provocado pelo titular da guarda, ou seja, relaciona-se com o processo desencadeado pelo guardião que intenta arredar o outro genitor da vida do filho. (FONSECA 2007, p.7)
ULLMANN (2009, p.6) descreve claramente que após a identicaçãoda sindrome da alienação parental, regenaração dos laços afetivos ocorre vagarosamente e é extremamente dolorosa para o alienado, visto que fica claro que aquele que ele depositava confiança, mentiu tornando-se o alienador, e era movido pela gana de vingança tendo como intuito o distanciamento do outro genitor da vida do menor. Ao desmanchar uma verdade já absorvida pelo alienado, na maiorida das vezes por diversos anos, isso proporcionará um sofrimento incalculável.
CONSEQUÊNCIAS DA ALIENAÇÃO PARENTAL
As consequências causadas pela alienação são drásticas e tem grande influência sobre a constituição do caráter da criança ou adolescente, vindo a originar traumas que afetarão sua personalidade na vida adulta (RICARTE, 2011).
O menor sofre menos com a separação dos pais, porém padece em grande escala ao presenciar os conflitos entre os cônjuges e também da abstenção do convívio com um dos genitores
.
 
Alienação provoca na criança ou adolescente um sentimento de revolta baseado pela criação de falsas memórias, que da origem ao sentimento de ódio por um dos genitores e este sentimento gera consequências comportamentais que causam uma perturbação interna do menor. Assim, este processo proporciona um desequilíbrio emocional na criança e abala seu desenvolvimento psicossomático (SÁ, 2011).
A maior consequência da alienação parental é quando a relação entre um dos genitores e o menor é aniquilada, assim a criança ou adolescente desenvolven-se com um sentimento de perda e/ou ausência e consequentemente privam-se das relações que o convivío com o genitor proporcionaria (MADALENO, 2013).
Gardner (2002, p.3) descreve que o menor que passa pela alienação parental passa por:
1)Uma campanha denegritória contra o genitor alienado; 2)Racionalizações fracas, absurdas ou frívolas para a depreciação; 3) Falta de ambivalência; 4) O fenômeno do “pensador independente”; 5) Apoio automático ao genitor alienador no conflito parental; 6) Ausência de culpa sobre a crueldade a e/ou a exploração contra o genitor alienado; 7) A presença de encenações ‘encomendadas’; 8) Propagação da animosidade aos amigos e/ou à família extensa do genitor alienado (GARDNER, 2002, p.3).
Entende-se como consequência da alienação parental quando o menor tem o convívio com seus genitores afetado, tendo como entendimento que demonstrações de amor por um dos genitores seria entendido deslealdade ao outro, assim este passa a ser o exemplo e a ter uma relação onde a criança tem total dependência (PAULO, 2010).
Na área psicológica, também são afetados o desenvolvimento e a noção do autoconceito e autoestima, carências que podem desencadear depressão crônica, desespero, transtorno de identidade, incapacidade de adaptação, consumo de álcool e drogas e, em casos extremos, podem levar até mesmo ao suicídio (MADALENO e MADALENO, 2018, p.59).
Pereira (2005), menciona que quando o menor é privado do convivio com quem possui laços, pelo genitor que possui a guarda ou qualquer outro familiar ele encontra-se desprovido de sua dignidade. Paulo (2010, p. 29) que “como consequência da alienação, o filho pode desenvolver problemas psicológicos ou transtornos psiquiátricos para o resto da vida”.
MANTOVANI e CARVALHAR (2018) explicam as vítimas da alienação podem sofrer inúmeras consequências psicológicas, mas a que pode ser apontada como principal é quando menor passa por uma crise de lealdade em relação a um dos seus genitores, onde todo vínculo ou amor a o outro cônjuge será interpretado como traição, assim a vítima passa a ter uma visão diferente da realidade, onde a figura do pai ou mãe passa a estar destorcida e o mesmo é visto como estranho e não recebe nenhum carinho ou afeto por parte do menor.
Ao relatar todas as consequências causadas no menor é extremamente preocupante este ato maltrato psicológico no menor onde deve ser levado em consideração o Estatuto da Criança e do Adolescente quando em seu Art. 18º aponta que “é dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor” 
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Pode-se afirmar que no decorrer de um processo de divórcio, os filhos são quem sofrem as maiores consequências, visto que presenciam a desestruturação da família, que antes se proporcionava segurança no processo do seu desenvolvimento psicológico e físico
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Castilhos (2000) destaca que é o nível que o conflito encontra-se (leve, médio ou grave) e o envolvimento do menor no problema que vai apontar o grau das consequências da quebra do vínculo com o familiar. Do ponto de vista de Pinto (2012), os efeitos negativos oriundos da SAP, tem como variantes os traços do menor que sofre com alienação, como: personalidade, idade, temperamento, maturidade psicológica e principalmente o nível de influência do alienador sobre a criança. 
Apesar das consequências mencionadas anteriormente, nem sempre se tem a proporção exata do que a alienação parental pode provocar tendo isso como embasamento é necessário o auxilio de profissionais da saúde, assistentes sociais e do magistrado a fim de atacar no foco do problema.
ANÁLISE DA LEI N.º 12.318/10 – LEI DA ALIENAÇÃO PARENTAL
SILVA (2003, p.112) ressalta explicidamente as questões de psicologia no ambito jurídico do nosso País, onde nas nas Nas Varas de Família e das Sucessões dos Foros Regionais e dos Tribunais de Justiça estaduais, ontepõem pelos casos onde há menor envolvidos no processo, visto que o mesmo é vislumbrado como o membro familiar mais sucetível, já que afetivamente torna-se mais sensível ao notar com facilidade os efeitos da desestruturação familiar e desta forma ficam propicios a sofrer danos psiquicos.
Apesar de haver punições para práticas que tragam problemas psiquicológicos ao menor, o Deputado Régis de Oliveira viu a necessidade de um Projeto de Lei 4053/2008 que identificasse de forma legal a conduta do alienante e viesse a punir este comportamento de forma advertiva ou até vindo a resultar na perda da guarda do menor do genitor causador da alienação. Assim o Projeto de Lei 4053/2008, foi baseado em: “Soluções Judiciais Concretas Contra a Perniciosa Prática da Alienação Parental”
.
O PL 4053/2008 “tem por objetivo inibir a alienação parental e os atos que dificultem o efetivo convívio entre a criança e ambos os genitores”.
 Em conformidade com este Projeto de Lei mencionado são condutas presentes na Alienação Parental:
I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; II - dificultar o exercício da autoridade parental; III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. 
A promulgação da Lei 12.318, foi em 26 de agosto de 2010, a fim de firmar a necessitade de proteção ao menor e destinada a combater a alienação parental (MAGALHÃES, 2010).
É de suma importância destacar a definição prevista na Lei nº 12.318/2010 do termo Alienação Parental de acordo com o Art. 2º:
Art. 2º Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou adolescente, promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a autoridade, guarda ou vigilância, para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este.
Em concordância com Buosi (2012, p. 118), a Lei 12.318/2010 é a busca de reagir contra demora judicial, que gera na maioria das vezes o distanciamentoentre pais e filhos, possibilitando que o processo ande de maneira mais célere que os demais, quando detectada a alienação parental.
Na Lei de Alienação Parental é possível verificar que através do Art. 3º a alienação parental é apontada como maneira de maus tratos a os menores, onde o alienador por meio do abuso moral pratica do ato de alienação parental:
Art.3º A prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade parental ou decorrentes de tutela ou guarda
. 
ROSSATO e LÉPORE (2009) descrevem que vínculos familiares tem como intuito amparar emocionalmente, para que seja construtuida a personalidade da criança e do adolescente de forma livre, feliz e clara tendo como embasamento principios éticos, morais e cívicos que os acompanharam no decorrer de sua tragetória direcionada ao caminho da vida adulta.
Ao explanar o Art 3º FREITAS (2014, p. 37) “subsidia a conduta ilícita (e abusiva) por parte do alienante, que justifica a propositura da ação por danos morais contra ele, além de outras medidas de cunho ressarcitório ou inibitório por (e de) tais condutas.”
Art. 4o Declarado indício de ato de alienação parental, a requerimento ou de ofício, em qualquer momento processual, em ação autônoma ou incidentalmente, o processo terá tramitação prioritária, e o juiz determinará, com urgência, ouvido o Ministério Público, as medidas provisórias necessárias para preservação da integridade psicológica da criança ou do adolescente, inclusive para assegurar sua convivência com genitor ou viabilizar a efetiva reaproximação entre ambos, se for o caso. Parágrafo único. Assegurar-se-á à criança ou adolescente e ao genitor garantia mínima de visitação assistida, ressalvados os casos em que há iminente risco de prejuízo à integridade física ou psicológica da criança ou do adolescente, atestado por profissional eventualmente designado pelo juiz para acompanhamento das visitas.
Pereira (2017), ao mencionar o Art 4º explica que para ser aplicada qualquer ação é necessário indicios comprobatórias da existência alienação parental, por um dos genitores ou qualquer outro familiar. A lei deixa claro que as ações podem ser tomadas em qualquer grau de jurisdição (divórico, guarda, regime de visitações e etc) e passará a ter uma tramitação prioritária a fim de resguardar o psicológico do menor, sendo esta requerida pela parte que tem interesse ou pelo juiz.
Pinheiro (2008) menciona que quando magistrado detectar indícios da alienação parental, pode achar necessário uma análise psicológica por meio de um laudo perícial, que trará uma avaliação mais ampla do problema através de entrevistas pessoais com a criança, alienador e genitor alienado e também examinação de documentos.
Neste contexto é possível identificar no Art. 5º e que:
Art. 5º Havendo indício da prática de ato de alienação parental, em ação autônoma ou incidental, o juiz, se necessário, determinará perícia psicológica ou biopsicossocial. 
§ 1o O laudo pericial terá base em ampla avaliação psicológica ou biopsicossocial, conforme o caso, compreendendo, inclusive, entrevista pessoal com as partes, exame de documentos dos autos, histórico do relacionamento do casal e da separação, cronologia de incidentes, avaliação da personalidade dos envolvidos e exame da forma como a criança ou adolescente se manifesta acerca de eventual acusação contra genitor.
§ 2o A perícia será realizada por profissional ou equipe multidisciplinar habilitados, exigido, em qualquer caso, aptidão comprovada por histórico profissional ou acadêmico para diagnosticar atos de alienação parental.
§ 3o O perito ou equipe multidisciplinar designada para verificar a ocorrência de alienação parental terá prazo de 90 (noventa) dias para apresentação do laudo, prorrogável exclusivamente por autorização judicial baseada em justificativa circunstanciada.
No Art. 6° da identifica-se os meios punitivos a serem aplicados, ao alienador após a identificação da SAP:
Art. 6º Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso: I- declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; II- ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; III- estipular multa ao alienador; IV – determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; V- determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; VI- determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; VII – declarar a suspensão da autoridade parental. Parágrafo único – Caracterizado mudança abusiva de endereço, inviabilização ou obstrução à convivência familiar, o juiz também poderá inverter a obrigação de levar para ou retira a criança ou adolescente da residência do genitor, por ocasião das alternâncias dos períodos de convivência familiar
.
Figueiredo (2011, p. 72) ao averiguar os setes incisos previstos no Art. 6° apesar dos mesmos possuírem alteração diante da gravidade da alienação prescrita, não significa que sejam necessariamente fixas e deverão ser seguidas nessa ordem pelo judiciário, visto que o magistrado deve seguir obrigatoriamente acatar as medidas de forma progressiva, assim ficará a seu critério a averiguação de cada caso, ajustando-se da maneira que considerar necessária para a situação, podendo impô-las conjuntamente.
Para Vieira (2015), apesar da ser mencionado na Lei 12.318/10 a atuação de uma equipe interdisciplinar, o seu papel é unicamente a fim de captação de dados e laudos que comprovem o exercício da alienação parental e indicar os tratamentos necessários pelos envolvidos. Portanto, a lei não apenas prever os meios punitivos como possibilita a criação de um novo relacionamento entro os envolvidos, mas acaba deixando a desejar por não prever medidas preventivas da alienação parental.
Buosi (2012) declara que devido as sequelas causadas pela síndrome, mesmo que as manipulações já tenham sido sanadas, o menor já foi afetado psiquicamente, sendo assim os mesmos devem ser envolvidos em terapia tanto individual como familiar, dirigidas por profissinais preparados para lidar com a Síndrome da Alienação Parental. Destaca também que em casos mais leves alienação poderá ser cessada através de manifestações do magistrado onde a perda da guarda da prole é exposto como um dos métodos de punição. Diante disto, ressalta-se que todos envolvidos no caso deverão ser tratados.
JURISPRUDÊNCIAS DE ALIENAÇÃO PARENTAL
Feita uma breve análise da Lei nº 12.318/2010, verificou-se a importância de uma análise jurisprudencial de alguns casos.
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE SEPARAÇÃO LITIGIOSA CUMULADA COM OFERTA DE ALIMENTOS. CONCESSÃO DA GUARDA ALTERNADA OU COMPARTILHADA. REDUÇÃO DA VERBA ALIMENTAR DEVIDA PELO GENITOR. DESCABIMENTO. SENTENÇA MANTIDA. I. A alternância de domicílios é prejudicial à criança e ao seu desenvolvimento, porquanto causa grande instabilidade em seu equilíbrio psicológico, haja vista não possuir uma casa certa e uma rotina. II. A guarda compartilhada é considerada a regra no ordenamento jurídico brasileiro, conforme disposição do artigo 1.584 do Código Civil. O fato de não existir uma perfeita harmonia entre os pais, com ampla possibilidade de diálogo e concessões mútuas com vistas à tomada de decisões relacionadas ao filho em comum acordo, não inviabiliza, necessariamente, o compartilhamento, embora não possa ser de todo desconsiderado. O clima de extrema beligerância entre os genitores, inclusive, com a existência de indícios de alienação parental por parte do apelante, ea conclusão das provas periciais apontam para a manutenção da guarda unilateral com a genitora, até mesmo porque inexistentes elementos desabonatórios suficientemente comprovados quanto a ela, tampouco da situação de vulnerabilidade do infante. III. Caso dos autos em que os alimentos fixados atendem ao binômio necessidade/possibilidade. Incapacidade de o apelante arcar com a verba alimentar que não restou demonstrada através do cenário probatório que se remonta aos autos. Obrigação alimentar fixada para suprir as necessidades presumidas do filho, sendo o patamar fixado já bastante diminuto. Apelação desprovida.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE ALIENAÇÃO PARENTAL COM PEDIDO DE REGULAMENTAÇÃO DE GUARDA. MANUTENÇÃO DO DECISUM. Decisão recorrida fixou visitações do pai ao filho em finais de semana alternados. Genitor que deseja visitações livres, como ocorria anteriormente. Genitora alega alienação parental. Partes que não conseguem entabular acordo saudável de convivência, atingindo diretamente o filho. Ausência de provas contundentes sobre a situação vivenciada pela criança. Necessidade de dilação probatória, a qual não cabe neste grau recursal. Correta a decisão do magistrado, tendo em vista preservação do melhor interesse da criança, ante a animosidade entre os genitores. Recurso desprovido.
APELAÇÕES CÍVEIS. GUARDA. VISITAÇÃO. ALIMENTOS. ALIENAÇÃO PARENTAL. DETERMINAÇÃO DE SUBMISSÃO A TRATAMENTO PSICOLÓGICO. Caso em que restou provada a prática de atos de alienação parental por parte da genitora, com evidentes prejuízos psicológicos à criança, e, ao reverso, pela não ocorrência dos episódios de violência e negligência imputados ao genitor. Diante da robusta produção probatória, conclui-se que a medida que melhor atende ao interesse da criança é a guarda unilateral em favor do pai, com ampliação da convivência com a genitora não guardiã, de forma a diminuir o sofrimento da infante, durante o lapso temporal que não visita a mãe. Fixada a guarda da filha em favor do pai, inconteste o dever alimentar da apelada, sendo de rigor a fixação de alimentos. Apelação não conhecida em relação ao pedido de desocupação compulsória da casa de moradia do ex-casal, pela apelada, pois o tema não integrou o objeto das ações. Aplicação, de ofício, das medidas previstas no art. 6º, inciso IV da Lei n.º 12.318/2010 a todos os envolvidos, com advertência à genitora de que a ausência de adesão ao tratamento poderá acarretar na diminuição do convívio com a filha. CONHECERAM PARCIALMENTE A APELAÇÃO E, NA PARTE CONHECIDA, DERAM PARCIAL PROVIMENTO. DE OFÍCIO, DETERMINARAM QUE AS PARTES SE SUBMETAM A TRATAMENTO PSICOLÓGICO
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APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE GUARDA. PEDIDO INCIDENTE DE ALIENAÇÃO PARENTAL CONFIGURADA. A guarda é instituto que visa à proteção dos interesses dos menores. O seu bem-estar deve se sobrepor, como um valor maior, a quaisquer interesses outros, seja dos genitores ou de terceiros. Na hipótese, a forma como procedeu ao genitor, em completo desrespeito à própria filha, impedindo o convívio da filha com a mãe, e plantando falsas memórias contra a genitora, dão conta da alienação parental praticada pelo genitor. APELO DESPROVIDO.
APELAÇÕES CÍVEIS. FAMÍLIA. ALTERAÇÃO DO REGIME DE VISITAÇÃO PATERNA. IMPROCEDÊNCIA. ESTABELECIMENTO DA GUARDA COMPARTILHADA. PROCEDÊNCIA. MANUTENÇÃO. RECONHECIMENTO DE ALIENAÇÃO PARENTAL. DESCABIMENTO. REVOGAÇÃO DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA DEFERIDA NA SENTENÇA AO GENITOR. CABIMENTO. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. PROPORCIONALIDADE A SER OBSERVADA EM RELAÇÃO À VERBA HONORÁRIA. COMPENSAÇÃO. VIABILIDADE. 1. Caso em que os estudos técnicos realizados na instrução foram categóricos no sentido da inexistência de situação a contraindicar o convívio paterno-filial, ocorrência que amparou a improcedência do pedido de suspensão das visitas paternas (objeto da ação), revelando, em contrapartida, a dificuldade de comunicação e de cooperação entre os genitores, a litigiosidade decorrente da separação, bem como os negativos reflexos desse conflito no desenvolvimento emocional do filho menor, responsabilidade que deve ser imputada a ambos os genitores, não autorizando o pretendido reconhecimento da alienação parental alegadamente praticada pela genitora (objeto da reconvenção). 2. Considerando que ambos os genitores são aptos ao exercício da guarda, corretamente estabelecido na origem o seu compartilhamento (objeto da reconvenção), arranjo que atende ao disposto no art. 1.584, § 2º, do CC (nova redação dada pela Lei nº. 13.058/14) e que se apresenta mais adequado à superação do litígio e ao atendimento dos superiores interesses do infante. 3. A ausência de consenso entre os pais não pode servir, por si apenas, para obstar o compartilhamento da guarda, que, diante da alteração legislativa e em atenção aos superiores interesses dos filhos, deve ser tido como regra. Precedente do STJ. 4. Manutenção da sentença no ponto em que fixou como base de moradia a residência da genitora e regulamentou o convívio paterno-filial nos termos propostos pelo genitor, em atenção à necessidade de preservação e fortalecimento dos vínculos afetivos saudáveis. 5. Não tendo o genitor demonstrado sua situação de fazenda e, assim, que faz jus à concessão da assistência judiciária gratuita, deve ser revogado o benefício deferido em seu favor na sentença, conforme requerido no apelo da genitora. 6. Descabido o redimensionamento da sucumbência recíproca, pois inocorrente o alegado decaimento mínimo do genitor, devendo ser mantida a proporção estabelecida na sentença para o pagamento das custas processuais, que deve ser observada também em relação aos honorários advocatícios, possibilitando-se a compensação (art. 21, parágrafo único, do CPC e da Súmula n° 306 do STJ), conforme postulado no apelo do genitor. 7. Declaração de voto do revisor. APELOS PARCIALMENTE PROVIDOS
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Tendo como embasamento a Lei 12.318/10, após análise todas as decisões optam remediar e/ou evitar algum dano psicológico visando o melhor interesse do menor.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Por meio do presente estudo, se propôs a analisar suas graves implicações que resultam no surgimento da alienação parental. Atualmente já se constatou que a alienação da origem a severos danos a criança ou adolescente e também ao genitor alienado. 
No decorrer dos anos diversas mudanças que vieram a alterar o que era tido como padrão familiar, neste contexto é necessário que o lesgislativo esteja extremamente ligado a proteção dos menores envolvidos no transcorrer do fim de uma união, já que são eles que deparam-se com alterações no seu cotidiano e são expostos a novas situação, muitas vezes jamais vividas e levando esta criança ou adolescente a ficar mais sucetível a alienação parental por uma das partes.
Diante disto ressalta-se que os menores tornara-se vítimas desta síndrome e muitas vezes o genitores também tem dificuldade de compreender que estão sendo alienados ou incoscientemente tornando-se alienadores. Neste contexto, é importante destacar o choque emocional ocasionado pela alienação parental, visto apenas conhecendo esta prática é possível evitar, diminuir e até combarter o ato de alienação.
Apesar dos direitos das crianças e adolescentes ser uma área judicial que facilmente induz sua defesa por trata-se um assunto extremamente fascinante. Em outra face nos últimos temos é possível deparar-se com situações onde aqueles que deveriam protegê-los, os pais, são os que acabam vindos a prejudica-los. Assim, devido esta grande incidência que estes casos de abusos aos menores passaram a serem levados aos judiciários.
Acredita-se que a Lei 12.318/2010, passou a ser de suma importância no âmbito do Direito da Família, porém só poderá ser praticada a fim de sanar a alienação após a sua comprovação legal por meio de laudos periciais que decretem de fato que a alienação está ocorrendo, porém a mesma deveria ter como objetivo principal a prevenção do ato da alienação parental.
Nesse sentido, o ordenamento jurídico passou a ter que compreender a alienação parental, a fim de aprofundar-semais referente ao assunto em busca de instrumentos eficazes na intervenção dos atos contra os menores por parte do poder judiciário. Apesar de o foco ser a conservação dos direitos das crianças e dos adolescentes, o magistrado num primeiro momento deverá discutir a temática de uma maneira muito criteriosa e apurando minuciosamente cada dado do processo a fim de evitar que qualquer decisão que venha a ser tomada, para que a prática seja combatida sem vir a prejudicar o convívio afetivo entre a criança e seus progenitores e logo sejam reestruturados os laços familiares, sem nenhuma patologia. 
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� Acadêmico do 9º Semestre do Curso de Graduação em Direito da Universidade da Região da Campanha – URCAMP/Bagé. Endereço eletrônico � HYPERLINK "mailto:ane-dquadros@hotmail.com" �ane-dquadros@hotmail.com�. O presente trabalho foi orientado pelo Professor Mestre em Direito Julio Lucas, Docente do Curso de Graduação em Direito da Universidade da Região da Campanha – URCAMP/ Bagé. Endereço eletrônico: � HYPERLINK "mailto:juliolucas@urcamp.edu.br" �juliolucas@urcamp.edu.br�. 
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