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REDE FUTURA DE ENSINO
 DALILA KELLE DIAS PEREIRA
 GESTÃO E AÇÃO PEDAGOGICA
GOVERNADOR VALADARES
2018
 DALILA KELLE DIAS PEREIRA
REDE FUTURA DE ENSINO
GESTÃO E AÇÃO PEDAGOGICA
 Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial á obtenção de títulos especialista em Gestão do Trabalho Pedagógico.
Orientador: Ana Paula Rodrigues. 
GOVERNADOR VALADARES
2018
 A GESTÃO E AÇÃO PEDAGOGICA
Autor1; Dalila Kelle Dias Pereira
1e-mail; dalilakelle14@hotmail.com
Resumo
Este artigo trata da discussão sobre a educação especial na perspectiva da educação inclusiva. O objetivo é refletir como a educação especial deve ser entendida em tempos de inclusão, uma vez que a legislação dá ênfase para que a inclusão seja feita na rede regular. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e exploratória, uma vez que o tema será analisado por meio de obras e publicações oficiais acerca da inclusão escolar no Brasil. Os resultados bibliográficos mostram que a rede especial de ensino deve continuar existindo de forma articulada com a rede regular, ou seja, há casos específicos em que o aluno terá melhores condições de ser atendido de forma especializada em intuições de educação especial até o momento em que o mesmo possa ser encaminhado para a rede regular. Conclui-se que a educação especial é importante no processo de inclusão, no entanto, não pode ser a única porta de inclusão dos alunos que possuem alguma deficiência física ou mental. A universalização do ensino no Brasil pressupõe atitudes claras de inclusão e respeito a todos aqueles que necessitam de atendimento educacional especializado. 
PALAVRAS-CHAVE: Inclusão. Aluno. Deficiência. Educação Especial. 
ABSTRACT
This article deals with the discussion of special education in the context of inclusive education. The aim is to reflect as special education should be understood in inclusive times, since the legislation emphasizes that the inclusion is made in the regular network. It is a bibliographical and exploratory, since the subject will be analyzed by means of works and official publications about school inclusion in Brazil. Bibliographic results show that the special school system should continue to exist in coordination with the regular network, that is, there are specific cases where the student will have better conditions to be met in a specialized way in special education intuitions until the moment it can be routed to a regular network. We conclude that special education is important in the inclusion process, however, can not be the only door for inclusion of students who has a physical or mental disability. The universalization of education in Brazil requires clear actions of inclusion and respect for all those who need specialized educational services.
KEYWORDS: Inclusion. Student. Disabilities. Special Education.
INTRODUÇÃO 
Tendo em vista o próprio movimento político educacional do nosso país e os avanços e retrocessos que acompanham a trajetória histórica do Pedagogo no contexto escolar, buscam-se caminhos e respostas junto aos especialistas da área quanto a sua identidade e atuação. Inicialmente criticado por sua função fragmentada no interior da escola, passou-se a discutir a validade ou possível extinção de sua função até se chegar, atualmente, à preocupação com sua formação e atuação; é a respeito desta trajetória que se realiza este estudo.
No entanto, sabe-se que a sociedade atual demanda um profissional comprometido com os problemas da educação brasileira; um profissional crítico, com domínio de conteúdo científico, pedagógico e técnico, com compromisso ético, político e histórico e com responsabilidade social para com a educação.
No entanto, não podemos analisar o papel do pedagogo sem compreendermos como a escola está organizada e qual a concepção de gestão adotada por seus dirigentes. Sendo assim, salienta-se a importância da organização do trabalho escolar, como determinante da eficácia e do aproveitamento escolar dos alunos, em questões como: o estilo de direção, o grau de responsabilidade dos professores, a liderança organizacional e a participação coletiva. E, somente através da avaliação de todo esse sistema é que será possível promover uma mudança de estrutura e funcionamento das escolas e definir, enfim, a identidade e atuação do pedagogo. Sabe-se, no entanto, que a mudança na organização escolar perpassa, também, por uma organização política de governo que deveria contemplar as escolas com efetivo recurso pessoal e material para sanar as necessidades e dificuldades existentes.
No ensejo de uma reflexão acerca do papel do Professor pedagogo, busca-se a definição para sua identidade e função, de forma a valorizar seu trabalho no contexto escolar e perante a sociedade.
DESENVOLVIMENTO
A educação, cada vez mais presente na dinâmica das práticas sociais, caracteriza-se por sua vasta amplitude, compreendendo extensa variedade de processos, sejam eles no âmbito da educação formal ou informal, intencional ou não intencional. Segundo Pimenta (2006), a educação é dinâmica, é prática social histórica, que se transforma pela ação do relacionamento entre os homens.
A ação educativa não deve se restringir apenas aos espaços escolares, ela pode acontecer em diversos âmbitos e de vários modos: nas organizações não governamentais, em abrigos, em instituições de medidas socioeducativas, em empresas, nos hospitais, em projetos sociais e em outros espaços que possuam fins educativos. Tal fato é evidenciado na Constituição Federal promulgada em 1988, ainda vigente, quando declara que a educação é um direito de todos e deve ser proporcionada com o apoio da família e da sociedade, portanto educar não é uma responsabilidade só da escola.
A educação vai além das dependências escolares, se faz presente em diversos ambientes e acontece também com o incentivo de toda a sociedade civil. Educação é uma palavra forte, pois permite assegurar a formação e o desenvolvimento de um ser humano por toda a vida, favorecendo a autonomia do sujeito. A escola tradicionalmente vem sendo a instituição responsável pela educação formal, que tem como objetivo contribuir na formação do ser. Todavia, a educação recebida fora da escola não age em oposição a esta, busca ajudar na construção integral dos sujeitos, na formação de indivíduos críticos e conscientes do seu papel como agentes transformadores da sociedade. Em outras palavras, a educação não formal, em momento algum teve a intenção de substituir a escola, sendo está o principal meio de educação formal do cidadão, mas sim atuar na formação integral do cidadão, para que assim o mesmo tenha maiores e melhores oportunidades de construção do seu “eu”.
Sendo assim, o pedagogo necessita de uma formação que contemple diversas possibilidades, não somente a escola como única forma de educação possível. Por sua vez, Libâneo (2002) descreve que a base da formação de educadores não é apenas a docência, mas engloba a formação pedagógica como um todo. Essa formação extrapola o âmbito escolar formal, envolvendo esferas mais amplas de educação não formal e formal. Por isso, esse profissional precisa estar atento a essas transformações e capacitado para nelas atuar, pois a Pedagogia busca compreender as práticas educativas, e tais práticas estão presentes em diversas instâncias. Segundo Libâneo e Pimenta (2002, p.29):
Todo educador sabe, hoje, que as práticas educativas ocorrem em muitos lugares, em muitas instâncias formais, não-formais, informais. Elas acontecem nas famílias, nos locais de trabalho, na cidade e na rua, nos meios de comunicação e, também, nas escolas. Não é possível mais afirmar que o trabalho pedagógico se reduz ao trabalho docente nas escolas. [...] A Pedagogia é mais ampla que a docência, educação abrange outras instâncias além da sala de aula, profissional da educação é uma expressão mais ampla que profissional da docência, sem pretender com isso diminuir a importância da docência.
Nesse sentido, a atuação do pedagogonão se restringe a escola no espaço formal de educação, mas também em espaços não formais de educação dos sujeitos sociais. A Educação não formal, segundo Gohn (2006a, p. 28): “[...] é aquela que se aprende no mundo da vida, via os processos de compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e ações coletivas cotidianas.” Libâneo (2002) define a educação não formal como aquela realizada em instituições educativas localizadas fora dos marcos institucionais, mas que mesmo assim apresenta certo grau de sistematização e estruturação.
A atuação do Pedagogo na perspectiva do trabalho coletivo na organização escolar, os limites e as possibilidades de exercer esse papel, retomando o que assevera o professor Saviani, quando afirma que: O Pedagogo é aquele que possibilita o acesso à cultura organizada e organiza o processo de formação cultural. É, pois, aquele que domina as formas, os procedimentos, os métodos através dos quais se chega ao domínio do patrimônio cultural acumulado pela humanidade. E como o homem só se constitui como tal na medida em que se destaca da natureza e ingressa no mundo da cultura, eis como a formação cultural vem a coincidir com a formação humana, convertendo-se o pedagogo, por sua vez, em formador de homens.
Na tentativa de compreender a atuação do Professor Pedagogo faz-se necessário conhecer a organização do trabalho escolar, destacando que historicamente a escola e o sistema educacional têm sofrido transformações as quais ocasionam alterações no perfil do professor e do aluno e provocam mudanças nos currículos e nas formas de gestão da escola.
Sendo assim, é fundamental que todos os envolvidos no processo educacional se comprometam também na organização da escola, em uma ação coletiva e atuante, para além das questões administrativa, burocrática e funcionalista, refletindo sobre as posições políticas o papel transformador da escola e a formação humana na sociedade.
Considera-se mais profícua a concepção democrático participativa, pois as decisões são tomadas no coletivo, possibilitando desenvolver ações fundamentadas em situações concretas das reais necessidades e dificuldades enfrentadas pelos membros envolvidos com a escola, tanto em nível interno quanto externo. Sendo assim, salienta-se a importância da organização do trabalho escolar como determinantes da eficácia e do aproveitamento escolar dos alunos, entre as quais estão: o estilo de direção, o grau de responsabilidade dos professores, a liderança organizacional, a participação coletiva. Então, torna-se necessário que toda a instituição tenha uma estrutura de organização interna, geralmente prevista no Regimento Escolar ou em legislação específica estadual ou municipal. O termo estrutura tem aqui o sentido de ordenamento e disposição das funções que assegurem o funcionamento da escola.
	
CONCLUSÃO
Através do presente trabalho podemos compreender que são tarefas inerentes ao trabalho do pedagogo, organizar, coordenar e estimular funcionários e colaboradores, tanto no campo escolar /formal como nos espaços educativos não formais, tornando a equipe mais coesa para que possam desenvolver uma gestão integrada, em que todos possam participar e tomar decisões Na análise do trabalho desempenhado pelos pedagogos pesquisados percebemos que inúmeras são as atividades desenvolvidas de acordo com a necessidade de cada ambiente.
	Reportando à questão inicial desse estudo, que é conhecer a função do Pedagogo, fez-se necessário conhecer a organização do trabalho escolar para, então, situar o atual professor pedagogo no contexto escolar e, finalmente, poder questionar sobre a sua atuação. São pertinentes as queixas do pedagogo, pois este deixou de ser supervisor ou orientador e passou a assumir as duas funções, além da administração, ora específicas, de forma repentina e imposta, sem prévio esclarecimento. Na verdade, os pedagogos sentiram-se obrigados a realizar funções que não estavam acostumados, ou melhor, dizendo, funções das quais não estavam habilitados (ou era supervisão ou era orientação).
	Neste sentido constata-se que o pedagogo deve possuir conhecimentos relativos à área de gestão, administração, resolução de conflitos e também envolvimento pessoal com o trabalho, entre outros. Nos questionários aplicados aos pedagogos, houve um destaque para os conhecimentos na área de organização do trabalho, gestão educacional e psicologia.
	Acreditamos que, mesmo o curso de Licenciatura em Pedagogia enfatizando principalmente o campo escolar, está também preparando para atuar em espaços extraescolares, uma vez que, se compreendermos com excelência como acontece o processo ensino aprendizagem nas escolas, também nos tornaremos capazes de ensinar em outros âmbitos não-escolares e vice-versa. Sendo assim, as práticas realizadas em espaços não formais podem contribuir com o campo escolar.
REFERÊNCIAS: 
FREIRE, pedagogia do oprimido. Saraiva. Rio de Janeiro,1992.
LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Alternativa, 5 ed., 2004.
FRANCO, Maria Amélia Santoro. Pedagogia como ciência da educação. Campinas: Papirus, 2003.
PARO, Vitor Henrique. Gestão democrática da escola pública. 3ª ed. São Paulo: Ática, 2004.
PIMENTA, Selma Garrido. O pedagogo na escola pública. 4ª ed. São Paulo: Loyola, 2002a.