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STF_-_JURISPRUDENCIA_-_SISTEMA_TRIBUT_RIO_NACIONAL

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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
(ART. 145 à 163) 
 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão 
instituir os seguintes tributos: 
 O Poder Público, especialmente em sede de tributação, não pode agir imoderadamente, pois a 
atividade estatal acha-se essencialmente condicionada pelo princípio da razoabilidade, que traduz 
limitação material à ação normativa do Poder Legislativo. O Estado não pode legislar abusivamente. A 
atividade legislativa está necessariamente sujeita à rígida observância de diretriz fundamental, que, 
encontrando suporte teórico no princípio da proporcionalidade, veda os excessos normativos e as 
prescrições irrazoáveis do Poder Público. O princípio da proporcionalidade, nesse contexto, acha-se 
vocacionado a inibir e a neutralizar os abusos do Poder Público no exercício de suas funções, qualificando-
se como parâmetro de aferição da própria constitucionalidade material dos atos estatais. A prerrogativa 
institucional de tributar, que o ordenamento positivo reconhece ao Estado, não lhe outorga o poder de 
suprimir (ou de inviabilizar) direitos de caráter fundamental constitucionalmente assegurados ao 
contribuinte. É que este dispõe, nos termos da própria Carta Política, de um sistema de proteção destinado 
a ampará-lo contra eventuais excessos cometidos pelo poder tributante ou, ainda, contra exigências 
irrazoáveis veiculadas em diplomas normativos editados pelo Estado. [ADI 2.551 MC-QO, rel. min. Celso 
de Mello, j. 2-4-2003, P, DJ de 20-4-2006.] 
 Os tributos, nas suas diversas espécies, compõem o Sistema Constitucional Tributário brasileiro, 
que a Constituição inscreve nos seus arts. 145 a 162. Tributo, sabemos todos, encontra definição no art. 3º 
do CTN, definição que se resume, em termos jurídicos, no constituir ele uma obrigação que a lei impõe às 
pessoas, de entrega de uma certa importância em dinheiro ao Estado. As obrigações são voluntárias ou 
legais. As primeiras decorrem da vontade das partes, assim, do contrato; as legais resultam da lei, por isso 
são denominadas obrigações ex lege e podem ser encontradas tanto no direito público quanto no direito 
privado. A obrigação tributária, obrigação ex lege, a mais importante do direito público, "nasce de um fato 
qualquer da vida concreta, que antes havia sido qualificado pela lei como apto a determinar o seu 
nascimento." (Geraldo Ataliba, "Hermenêutica e Sistema Constitucional Tributário", in "Diritto e pratica 
tributaria", volume L, Padova, Cedam, 1979). As diversas espécies tributárias, determinadas pela hipótese 
de incidência ou pelo fato gerador da respectiva obrigação (CTN, art. 4º), são a) os impostos (CF, art. 145, 
I, arts. 153, 154, 155 e 156), b) as taxas (CF, art. 145, II), c) as contribuições, que são c.1) de melhoria 
(CF, art. 145, III), c.2) sociais (CF, art. 149), que, por sua vez, podem ser c.2.1) de seguridade social (CF, 
art. 195, CF, 195, § 4º) e c.2.2) salário educação (CF, art. 212, § 5º) e c.3) especiais: c.3.1.) de intervenção 
no domínio econômico (CF, art. 149) e c.3.2) de interesse de categorias profissionais ou econômicas (CF, 
art. 149). Constituem, ainda, espécie tributária, d) os empréstimos compulsórios (CF, art. 148). [ADI 447, 
rel. min. Octavio Gallotti, voto do min. Carlos Velloso, j. 5-6-1991, P, DJ de 5-3-1993.] 
I - impostos; 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços 
públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; 
 O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa. [Súmula Vinculante 
41.] 
 
 A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento 
ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o art. 145, II, da CF. [Súmula 
Vinculante 19.] 
 É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários instituída pela 
Lei 7.940/1989. [Súmula 665.] 
 
 Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, 
são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei 
que as instituiu. [Súmula 545.] 
 A base de cálculo da taxa de fiscalização e funcionamento fundada na área de fiscalização é 
constitucional, na medida em que traduz o custo da atividade estatal de fiscalização. Quando a 
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http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=447&CLASSE=ADI&cod_classe=504&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=M&EMENTA=1694
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=41.NUME.%20E%20S.FLSV.&base=baseSumulasVinculantes
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=41.NUME.%20E%20S.FLSV.&base=baseSumulasVinculantes
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http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=665.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas
http://www.stf.jus.br/cgi-bin/nph-brs?d=SUMU&n=&s1=545.NUME.&l=20&u=http://www.stf.jus.br/Jurisprudencia/Jurisp.asp&Sect1=IMAGE&Sect2=THESOFF&Sect3=PLURON&Sect6=SUMUN&p=1&r=1&f=G
Constituição se refere às taxas, o faz no sentido de que o tributo não incida sobre a prestação, mas em 
razão da prestação de serviço pelo Estado. A área ocupada pelo estabelecimento comercial revela-se apta 
a refletir o custo aproximado da atividade estatal de fiscalização. [RE 856.185 AgR, rel. min. Roberto 
Barroso, j. 4-8-2015, 1ª T, DJE de 24-9-2015.] 
 Taxa de expediente. (...) Inconstitucionalidade. A emissão de guia de recolhimento de tributos é de 
interesse exclusivo da administração, sendo mero instrumento de arrecadação, não envolvendo a 
prestação de um serviço público ao contribuinte. Possui repercussão geral a questão constitucional 
suscitada no apelo extremo. Ratifica-se, no caso, a jurisprudência da Corte consolidada no sentido de ser 
inconstitucional a instituição e a cobrança de taxas por emissão ou remessa de carnês/guias de 
recolhimento de tributos. [RE 789.218 RG, rel. min. Dias Toffoli, j. 17-4-2014, P, DJE de 1º-8-2014, com 
repercussão geral.] 
 Taxa de Licença para Localização, Funcionamento e Instalação. Base de cálculo. Número de 
empregados. Dado insuficiente para aferir o efetivo poder de polícia. Art. 6º da Lei 9.670/1983. 
Inconstitucionalidade. Jurisprudência pacífica da Corte. A taxa é um tributo contraprestacional (vinculado) 
usado na remuneração de uma atividade específica, seja serviço ou exercício do poder de polícia e, por 
isso, não se atém a signos presuntivos de riqueza. As taxas comprometem-se tão somente com o custo do 
serviço específico e divisível que as motiva, ou com a atividade de polícia desenvolvida. A base de cálculo 
proposta no art. 6º da Lei 9.670/1983 atinente à taxa de polícia se desvincula do maior ou menor trabalho 
ou atividade que o poder público se vê obrigado a desempenhar em decorrência da força econômica do 
contribuinte. O que se leva em conta, pois, não é a efetiva atividade do poder público, mas, simplesmente, 
um dado objetivo, meramente estimativo ou presuntivo de um ônus à administração pública. No tocante à 
base de cálculo questionada nos autos, é de se notar que, no RE 88.327/SP, rel. min. Décio Miranda 
(DJ de 28-9-1979), o Tribunal Pleno já havia assentado a ilegitimidade de taxas cobradas em razão do 
número de empregados. Essa jurisprudência vem sendo mantida de forma mansa e pacífica. [RE 554.951, 
rel. min. Dias Toffoli, j. 15-10-2013, 1ª T, DJE de 19-11-2013.] 
 Taxa e preço público diferem quanto à compulsoriedade de seu pagamento. A taxa é cobrada em 
razão de uma obrigação legal enquanto o preço público é de pagamento facultativo por quem pretende sebeneficiar de um serviço prestado. [RE 556.854, rel. min. Cármen Lúcia, j. 30-6-2011, P, DJE de 11-10-
2011.] 
Vide ADI 447, rel. min. Octavio Gallotti, voto do Min. Carlos Velloso, j. 5-6-1991, P, DJ de 5-3-1993 
 Taxa de incêndio. Constitucionalidade. (...) É legítima a cobrança da Taxa cobrada em razão da 
prevenção de incêndios, porquanto instituída como contraprestação a serviço essencial, específico e 
divisível. [AI 677.891 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 17-3-2009, 1ª T, DJE de 17-4-2009.] 
Vide RE 206.777, rel. min. Ilmar Galvão, j. 25-2-1999, P, DJ de 30-4-1999 
 Com efeito, a Corte entende como específicos e divisíveis os serviços públicos de coleta, remoção 
e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, desde que essas atividades 
sejam completamente dissociadas de outras serviços públicos de limpeza realizados em benefício da 
população em geral (uti universi) e de forma indivisível, tais como os de conservação e limpeza de 
logradouros e bens públicos (praças, calçadas, vias, ruas, bueiros). Decorre daí que as taxas cobradas em 
razão exclusivamente dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou 
resíduos provenientes de imóveis são constitucionais, ao passo que é inconstitucional a cobrança de 
valores tidos como taxa em razão de serviços de conservação e limpeza de logradouros e bens públicos. 
[RE 576.321 QO-RG, voto do rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 4-12-2008, P, DJE de 12-2-2008, com 
repercussão geral.] 
Vide RE 501.876 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 1º-2-2011, 1ª T, DJE de 23-2-2011 
 Em face do art. 144, caput, V e parágrafo 5º, da Constituição, sendo a segurança pública, dever do 
Estado e direito de todos, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e 
do patrimônio, através, entre outras, da polícia militar, essa atividade do Estado só pode ser sustentada 
pelos impostos, e não por taxa, se for solicitada por particular para a sua segurança ou para a de terceiros, 
a título preventivo, ainda quando essa necessidade decorra de evento aberto ao público. Ademais, o fato 
gerador da taxa em questão não caracteriza sequer taxa em razão do exercício do poder de polícia, mas 
taxa pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, o que, em exame 
compatível com pedido de liminar, não é admissível em se tratando de segurança pública. [ADI 1.942 MC, 
rel. min. Moreira Alves, j. 5-5-1999, P, DJ de 22-10-1999.] = RE 536.639 AgR, rel. min. Cezar Peluso, j. 
7-8-2012, 2ª T, DJE de 29-8-2012 
 Taxa de iluminação pública. (…) Tributo de exação inviável, posto ter por fato gerador serviço 
inespecífico, não mensurável, indivisível e insuscetível de ser referido a determinado contribuinte, a ser 
custeado por meio do produto da arrecadação dos impostos gerais. [RE 233.332, rel. min. Ilmar Galvão, j. 
10-3-1999, P, DJ de 14-5-1999.] = AI 479.587 AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 3-3-2009, 2ª T, DJE de 
20-3-2009 
 A jurisprudência do STF firmou orientação no sentido de que as custas judiciais e os emolumentos 
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http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=1942&CLASSE=ADI%2DMC&cod_classe=555&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=M
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http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=233332&CLASSE=RE&cod_classe=437&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=M
http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=582822&idDocumento=&codigoClasse=510&numero=479587&siglaRecurso=AgR&classe=AI
concernentes aos serviços notariais e registrais possuem natureza tributária, qualificando-se como taxas 
remuneratórias de serviços públicos, sujeitando-se, em consequência, quer no que concerne à sua 
instituição e majoração, quer no que se refere à sua exigibilidade, ao regime jurídico-constitucional 
pertinente a essa especial modalidade de tributo vinculado, notadamente aos princípios fundamentais que 
proclamam, dentre outras, as garantias essenciais (a) da reserva de competência impositiva, (b) da 
legalidade, (c) da isonomia e (d) da anterioridade. [ADI 1.378 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 30-11-1995, 
P, DJ de 30-5-1997.] = ADI 3.260, rel. min. Eros Grau, j. 29-3-2007, P, DJ de 29-6-2007 
Vide ADI 1.926 MC, rel. min. Sepúlveda Pertence, j. 19-4-1999, P, DJ de 10-9-1999 
 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
 Esta Corte consolidou o entendimento no sentido de que a contribuição de melhoria incide sobre 
o quantum da valorização imobiliária. [AI 694.836 AgR, rel. min. Ellen Gracie, j. 24-11-2009, 2ª T, DJE de 
18-12-2009.] 
 Sem valorização imobiliária, decorrente de obra pública, não há contribuição de melhoria, porque a 
hipótese de incidência desta é a valorização e a sua base é a diferença entre dois momentos: o anterior e 
o posterior à obra pública, vale dizer, o quantum da valorização imobiliária. [RE 114.069, rel. min. Carlos 
Velloso, j. 15-4-1994, 2ª T, DJ de 30-9-1994.] 
 
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade 
econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a 
esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os 
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
 É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da EC 29/2000, alíquotas 
progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade 
urbana. [Súmula 668.] 
 
 É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter 
vivos de bens imóveis – ITBI com base no valor venal do imóvel. [Súmula 656.] 
 IPVA. Progressividade. Todos os tributos submetem-se ao princípio da capacidade contributiva 
(precedentes), ao menos em relação a um de seus três aspectos (objetivo, subjetivo e proporcional), 
independentemente de classificação extraída de critérios puramente econômicos. 
[RE 406.955 AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 4-10-2011, 2ª T, DJE de 21-10-2011.] 
 Fiscalização tributária. Apreensão de livros contábeis e documentos fiscais realizada, em escritório 
de contabilidade, por agentes fazendários e policiais federais, sem mandado judicial. Inadmissibilidade. 
Espaço privado, Não aberto ao público, Sujeito à proteção constitucional da Inviolabilidade domiciliar (CF, 
art. 5º, XI). Subsunção ao conceito normativo de "casa". Necessidade de ordem judicial. Administração 
pública e fiscalização tributária. Dever de observância, por parte de seus órgãos e agentes, dos limites 
jurídicos impostos pela constituição e pelas leis da República. Impossibilidade de utilização, pelo Ministério 
Público, de prova obtida com transgressão à garantia de inviolabilidade domiciliar. Prova ilícita. 
Inidoneidade jurídica (...). Administração tributária. Fiscalização. Poderes. Necessário respeito aos direitos 
e garantias individuais dos contribuintes e terceiros. Aos direitos e garantias individuais dos contribuintes e 
de terceiros. Não são absolutos os poderes de que se acham investidos os órgãos e agentes da 
administração tributária, pois o Estado, em tema detributação, inclusive em matéria de fiscalização 
tributária, está sujeito à observância de um complexo de direitos e prerrogativas que assistem, 
constitucionalmente, aos contribuintes e aos cidadãos em geral. Na realidade, os poderes do Estado 
encontram, nos direitos e garantias individuais, limites intransponíveis, cujo desrespeito pode caracterizar 
ilícito constitucional. A administração tributária, por isso mesmo, embora podendo muito, não pode tudo. É 
que, ao Estado, é somente lícito atuar, "respeitados os direitos individuais e nos termos da lei" (CF, art. 
145, § 1º), consideradas, sobretudo, e para esse específico efeito, as limitações jurídicas decorrentes do 
próprio sistema instituído pela Lei Fundamental, cuja eficácia – que prepondera sobre todos os órgãos e 
agentes fazendários – restringe-lhes o alcance do poder de que se acham investidos, especialmente 
quando exercido em face do contribuinte e dos cidadãos da República, que são titulares de garantias 
impregnadas de estatura constitucional e que, por tal razão, não podem ser transgredidas por aqueles que 
exercem a autoridade em nome do Estado. A garantia da inviolabilidade domiciliar como limitação 
constitucional ao poder do Estado em tema de fiscalização tributária. Conceito de "casa" para efeito de 
proteção constitucional. Amplitude dessa noção conceitual, que também compreendem os espaços 
privados não abertos ao público, onde alguém exerce atividade profissional: necessidade, em tal hipótese, 
de mandado judicial (CF, art. 5º, XI). [HC 93.050, rel. min. Celso de Mello, j. 10-6-2008, 2ª T, DJE de 1º-8-
2008.] 
 O fato de um dos elementos utilizados na fixação da base de cálculo do IPTU – a metragem da 
área construída do imóvel – que é o valor do imóvel (CTN, art. 33), ser tomado em linha de conta na 
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determinação da alíquota da taxa de coleta de lixo, não quer dizer que teria essa taxa base de cálculo igual 
à do IPTU: o custo do serviço constitui a base imponível da taxa. Todavia, para o fim de aferir, em cada 
caso concreto, a alíquota, utiliza-se a metragem da área construída do imóvel, certo que a alíquota não se 
confunde com a base imponível do tributo. Tem-se, com isto, também, forma de realização da isonomia 
tributária e do princípio da capacidade contributiva: CF, arts. 150, II, 145, § 1º. [RE 232.393, rel. 
min. Carlos Velloso, j. 12-8-1999, P, DJ de 5-4-2002.] = RE 596.945 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 14-2-
2012, 1ª T, DJE de 29-3-2012 = RE 232.577-EDv, rel. min. Cezar Peluso, j. 17-2-10, P, DJE de 9-4-10 
= RE 336.782 AgR, rel. min. Cármen Lúcia, j. 26-5-2009, 1ª T, DJE de 1º-7-2009 
 
§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. 
 É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de 
cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra. 
[Súmula Vinculante 29.] 
 É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários instituída pela 
Lei 7940/1989. [Súmula 665.] 
 
 É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de rodagem cuja base de cálculo 
seja idêntica à do imposto territorial rural. [Súmula 595.] 
 Taxa de construção, conservação e melhoramento de estrada de rodagem. Arts. 212 a 215 da Lei 
1.942/1983 do Município de Votuporanga. Inconstitucionalidade. Base de cálculo que é própria de imposto 
e não de taxa por serviços específicos e divisíveis postos à disposição do seu contribuinte. [RE 121.617, 
rel. min. Moreira Alves, j. 22-2-1996, P, DJ de 6-10-2000.] 
 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios; 
 
 ICMS e repulsa constitucional à guerra tributária entre os Estados-membros: o legislador constituinte 
republicano, com o propósito de impedir a "guerra tributária" entre os Estados-membros, enunciou postulados 
e prescreveu diretrizes gerais de caráter subordinados a compor o estatuto constitucional do ICMS. (...) 
justificam a edição de lei complementar nacional vocacionada a regular o modo e a forma como os Estados-
membros e o Distrito Federal, sempre após deliberação conjunta, poderão, por ato próprio, conceder e/ou 
revogar isenções, incentivos e benefícios fiscais. [ADI 1.247 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 17-8-1995, 
P, DJ de 8-9-1995.] 
 
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; 
 As limitações constitucionais ao poder de tributar são o conjunto de princípios e demais regras 
disciplinadoras da definição e do exercício da competência tributária, bem como das imunidades. O art. 146, 
II, da CF/1988 regula as limitações constitucionais ao poder de tributar reservadas à lei complementar, até 
então carente de formal edição. (...) A Suprema Corte, guardiã da CF, indicia que somente se exige lei 
complementar para a definição dos seus limites objetivos (materiais), e não para a fixação das normas de 
constituição e de funcionamento das entidades imunes (aspectos formais ou subjetivos), os quais podem ser 
veiculados por lei ordinária, como sois ocorrer com o art. 55 da Lei 8.212/1991, que pode estabelecer 
requisitos formais para o gozo da imunidade sem caracterizar ofensa ao art. 146, II, da CF, ex vi dos incisos I 
e II (...). [RE 636.941, rel. min. Luiz Fux, j. 13-2-2014, P, DJE de 4-4-2014, com repercussão geral.] 
 
 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: 
 
 Todas as espécies tributárias, entre as quais as contribuições de seguridade social, estão sujeitas às 
normas gerais de direito tributário. O Código Tributário Nacional estabelece algumas regras matrizes de 
responsabilidade tributária, como a do art. 135, III, bem como diretrizes para que o legislador de cada ente 
político estabeleça outras regras específicas de responsabilidade tributária relativamente aos tributos da sua 
competência, conforme seu art. 128. O preceito do art. 124, II, no sentido de que são solidariamente 
obrigadas "as pessoas expressamente designadas por lei", não autoriza o legislador a criar novos casos de 
responsabilidade tributária sem a observância dos requisitos exigidos pelo art. 128 do CTN, tampouco a 
desconsiderar as regras matrizes de responsabilidade de terceiros estabelecidas em caráter geral pelos arts. 
134 e 135 do mesmo diploma. A previsão legal de solidariedade entre devedores – de modo que o 
pagamento efetuado por um aproveite aos demais, que a interrupção da prescrição, em favor ou contra um 
dos obrigados, também lhes tenha efeitos comuns e que a isenção ou remissão de crédito exonere a todos 
os obrigados quando não seja pessoal (art. 125 do CTN) – pressupõe que a própria condição de devedor 
 
http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=253993&idDocumento=&codigoClasse=437&numero=232393&siglaRecurso=&classe=RE
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1863745
http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=609927http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=598753&idDocumento=&codigoClasse=4038&numero=336782&siglaRecurso=AgR&classe=RE
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=29.NUME.%20E%20S.FLSV.&base=baseSumulasVinculantes
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=665.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas
http://www.stf.jus.br/cgi-bin/nph-brs?d=SUMU&n=&s1=595&l=20&u=http://www.stf.jus.br/Jurisprudencia/Jurisp.asp&Sect1=IMAGE&Sect2=THESOFF&Sect3=PLURON&Sect6=SUMUN&p=1&r=1&f=G
http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=121617&CLASSE=RE&cod_classe=437&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=M
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http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5581480
tenha sido estabelecida validamente. A responsabilidade tributária pressupõe duas normas autônomas: a 
regra matriz de incidência tributária e a regra matriz de responsabilidade tributária, cada uma com seu 
pressuposto de fato e seus sujeitos próprios. A referência ao responsável enquanto terceiro (dritter Persone, 
terzo ou tercero) evidencia que não participa da relação contributiva, mas de uma relação específica de 
responsabilidade tributária, inconfundível com aquela. O "terceiro" só pode ser chamado responsabilizado na 
hipótese de descumprimento de deveres próprios de colaboração para com a Administração Tributária, 
estabelecidos, ainda que a contrario sensu, na regra matriz de responsabilidade tributária, e desde que tenha 
contribuído para a situação de inadimplemento pelo contribuinte. O art. 135, III, do CTN responsabiliza 
apenas aqueles que estejam na direção, gerência ou representação da pessoa jurídica e tão somente 
quando pratiquem atos com excesso de poder ou infração à lei, contrato social ou estatutos. Desse modo, 
apenas o sócio com poderes de gestão ou representação da sociedade é que pode ser responsabilizado, o 
que resguarda a pessoalidade entre o ilícito (mal gestão ou representação) e a consequência de ter de 
responder pelo tributo devido pela sociedade. O art. 13 da Lei 8.620/1993 não se limitou a repetir ou detalhar 
a regra de responsabilidade constante do art. 135 do CTN, tampouco cuidou de uma nova hipótese 
específica e distinta. Ao vincular à simples condição de sócio a obrigação de responder solidariamente pelos 
débitos da sociedade limitada perante a Seguridade Social, tratou a mesma situação genérica regulada pelo 
art. 135, III, do CTN, mas de modo diverso, incorrendo em inconstitucionalidade por violação ao art. 146, III, 
da CF. [RE 562.276, rel. min. Ellen Gracie, j. 3-11-2010, P, DJE de 10-2-2011, com repercussão geral.] 
 Os institutos da imunidade e da isenção tributária não se confundem. É perfeitamente possível ao 
Estado conceder, mediante lei, isenção de tributo de sua competência, visto que está atuando nos limites de 
sua autonomia. Enquanto não editada a lei a que se refere o § 21 do art. 40 da CF/1988, vigem os diplomas 
estaduais que regem a matéria, que só serão suspensos se, e no que, forem contrários à lei complementar 
nacional (CF, art. 24, § 3º e § 4º). [SS 3.679 AgR, rel. min. Gilmar Mendes, j. 4-2-2010, P, DJE de 26-2-
2010.] 
 
 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta 
Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; 
 
 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
 
 São inconstitucionais o parágrafo único do art. 5º do DL 1.569/1977 e os arts. 45 e 46 da Lei 
8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário. [Súmula Vinculante 8.] 
 
 Quando do advento da LC 118/2005, estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no 
sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para repetição ou 
compensação de indébito era de dez anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação 
combinada dos arts. 150, § 4º; 156, VII; e 168, I, do CTN. A LC 118/2005, embora tenha-se autoproclamado 
interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo de dez anos contados do fato gerador 
para cinco anos contados do pagamento indevido. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no 
mundo jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação à autonomia e independência 
dos Poderes, porquanto a lei expressamente interpretativa também se submete, como qualquer outra, ao 
controle judicial quanto à sua natureza, validade e aplicação. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo 
para a repetição ou compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, fulminando, de imediato, 
pretensões deduzidas tempestivamente à luz do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às 
pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem resguardo de nenhuma regra de 
transição, implicam ofensa ao princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e 
de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a 
eficácia da norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações ajuizadas após a vacatio 
legis, conforme entendimento consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. O prazo 
de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não apenas que tomassem ciência do novo prazo, 
mas também que ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. Inaplicabilidade do art. 2.028 
do CC, pois, não havendo lacuna na LC 118/2005, que pretendeu a aplicação do novo prazo na maior 
extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além disso, não se trata de lei geral, tampouco 
impede iniciativa legislativa em contrário. Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC 
118/2005, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de cinco anos tão somente às ações ajuizadas 
após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9-6-2005. [RE 566.621, rel. min. Ellen 
Gracie, j. 4-8-2011, P, DJE de 11-10-2011, com repercussão geral.] = RE 732.370 AgR, rel. min. Cármen 
Lúcia, j. 22-4-2014, 2ª T, DJE de 6-5-2014 
 
 Norma do Estado de Santa Catarina que estabelece hipótese de extinção do crédito tributário por 
transcurso de prazo para apreciação de recurso administrativo fiscal. (...) A determinação do arquivamento 
de processo administrativo tributário por decurso de prazo, sem a possibilidade de revisão do lançamento 
equivale à extinção do crédito tributário cuja validade está em discussão no campo administrativo. Em 
matéria tributária, a extinção do crédito tributário ou do direito de constituir o crédito tributário por decurso de 
prazo, combinado a qualquer outro critério, corresponde à decadência. Nos termos do Código Tributário 
 
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Nacional (Lei 5.172/1996), a decadência do direito do Fisco ao crédito tributário, contudo, está vinculada ao 
lançamento extemporâneo (constituição), e não, propriamente, ao decurso de prazo e à inércia da autoridade 
fiscal na revisão do lançamento originário. Extingue-se um crédito que resultou de lançamento indevido, por 
ter sido realizado fora do prazo, e que goza de presunção de validade até a aplicação dessa regra específica 
de decadência. O lançamento tributário não pode durar indefinidamente, sob risco de violação da segurança 
jurídica, mas a Constituição de 1988 reserva à lei complementar federal aptidão para dispor sobre 
decadência em matéria tributária. Viola oart. 146, III, b, da CF, norma que estabelece hipótese de 
decadência do crédito tributário não prevista em lei complementar federal. [ADI 124, rel. min. Joaquim 
Barbosa, j. 1º-8-2008, P, DJE de 17-4-2009.] 
 
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. 
 
 
 O adequado tratamento tributário referido no art. 146, III, c, CF é dirigido ao ato cooperativo. A norma 
constitucional concerne à tributação do ato cooperativo, e não aos tributos dos quais as cooperativas possam 
vir a ser contribuintes. O art. 146, III, c, CF pressupõe a possibilidade de tributação do ato cooperativo ao 
dispor que a lei complementar estabelecerá a forma adequada para tanto. O texto constitucional a ele não 
garante imunidade ou mesmo não incidência de tributos, tampouco decorre diretamente da Constituição 
direito subjetivo das cooperativas à isenção. A definição do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo 
se insere na órbita da opção política do legislador. Até que sobrevenha a lei complementar que definirá esse 
adequado tratamento, a legislação ordinária relativa a cada espécie tributária deve, com relação a ele, 
garantir a neutralidade e a transparência, evitando tratamento gravoso ou prejudicial ao ato cooperativo e 
respeitando, ademais, as peculiaridades das cooperativas com relação às demais sociedades de pessoas e 
de capitais. [RE 599.362, rel. min. Dias Toffoli, j. 6-11-2014, P, DJE de 10-2-2015, com repercussão geral.] 
= RE 598.085, rel. min. Luiz Fux, j. 6-11-2014, P, DJE de 10-2-2015, com repercussão geral 
Vide RE 599.362 ED, rel. min. Dias Toffoli, j. 18-8-2016, P, Informativo 835, com repercussão geral 
 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de 
pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das 
contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239. (Incluída pela 
EC 42/2003) 
 
 Ação direta de inconstitucionalidade ajuizada contra o art. 13, § 3º, da LC 123/2006, que isentou as 
microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação 
de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Simples Nacional 
(Supersimples). (...) A isenção concedida não viola o art. 146, III, d, da Constituição, pois a lista de tributos 
prevista no texto legal que define o campo de reserva da lei complementar é exemplificativa, e não taxativa. 
Leitura do art. 146, III, d, juntamente com o art. 170, IX, da Constituição. O fomento da micro e da pequena 
empresa foi elevado à condição de princípio constitucional, de modo a orientar todos os entes federados a 
conferir tratamento favorecido aos empreendedores que contam com menos recursos para fazer frente à 
concorrência. Por tal motivo, a literalidade da complexa legislação tributária deve ceder à interpretação mais 
adequada e harmônica com a finalidade de assegurar equivalência de condições para as empresas de menor 
porte. Risco à autonomia sindical afastado, na medida em que o benefício em exame poderá tanto elevar o 
número de empresas a patamar superior ao da faixa de isenção quanto fomentar a atividade econômica e o 
consumo para as empresas de médio ou de grande porte, ao incentivar a regularização de 
empreendimentos. [ADI 4.033, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 15-9-2010, P, DJE de 7-2-2011.] 
 
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de 
arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
observado que: (Incluído pela EC 42/2003) 
 
I - será opcional para o contribuinte; (Incluído pela EC 42/2003) 
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; (Incluído pela 
EC 42/2003) 
 
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos 
respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; (Incluído pela 
EC 42/2003) 
 
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado 
cadastro nacional único de contribuintes. (Incluído pela EC 42/2003) 
 
Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de 
tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem 
http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=586937&idDocumento=&codigoClasse=504&numero=124&siglaRecurso=&classe=ADI
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=7709680
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=7708834
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=2673369
http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo835.htm
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=618678
prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual 
objetivo. (Incluído pela EC 42/2003): 
 
Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, 
se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos 
municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. 
 
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos 
compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua 
iminência; 
 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o 
disposto no art. 150, III, "b". 
 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à 
despesa que fundamentou sua instituição. 
 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de 
intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias 
profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas 
respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem 
prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que 
alude o dispositivo. 
 
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para 
o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior 
à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. (Redação da EC 41/2003) 
 Lei 8.633/2005 do Estado do Rio Grande do Norte. Contribuição social incidente sobre proventos de 
aposentadoria e pensões. Dispensa na reforma da Carta estadual para instituição da exação em tela, a qual 
pode perfeitamente ser criada pela lei estadual. A CRFB/88, em seu artigo 40, com redação conferida pela EC 
41/2003, estabelece regra geral a ser observada pelos Estados, Municípios e Distrito Federal. Parágrafo 1º do 
art. 149 da CRFB/88. Imposição aos Estados de obrigatoriedade de instituição da contribuição social para 
custeio do regime previdenciário de seus servidores. Parágrafo único do art. 3º da lei hostilizada. Interpretação 
à luz do parágrafo 21 do art. 40 da CRFB/88, segundo a técnica de interpretação conforme. [ADI 3.477, rel. p/ 
o ac. min. Luiz Fux, j. 4-3-2015, P, DJE de 4-5-2015.] 
 
 O art. 149, caput, da Constituição, atribui à União a competência exclusiva para a instituição de 
contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais e 
econômicas. Essa regra contempla duas exceções, contidas nos arts. 149, § 1º, e 149-A, da Constituição. À 
exceção desses dois casos, aos Estados-membros não foi atribuída competência para a instituição de 
contribuição, seja qual for a sua finalidade. A competência, privativa ou concorrente, para legislar sobre 
determinada matéria não implica automaticamente a competência para a instituição de tributos. Os entes 
federativossomente podem instituir os impostos e as contribuições que lhes foram expressamente outorgados 
pela Constituição. Os Estados-membros podem instituir apenas contribuição que tenha por finalidade o custeio 
do regime de previdência de seus servidores. A expressão "regime previdenciário" não abrange a prestação 
de serviços médicos, hospitalares, odontológicos e farmacêuticos. [RE 573.540, rel. min. Gilmar Mendes, j. 
14-4-2010, P, DJE de 11-6-2010, com repercussão geral.] 
Vide AI 788.935 ED, rel. min. Cármen Lúcia, j. 1º-2-2011, 1ª T, DJE de 11-3-2011 
Vide AI 577.304 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 19-10-2010, 1ª T, DJE de 16-11-2010 
 
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=8342162
http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=612268
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=620396
http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=616649
Vide ADI 3.106, rel. min. Eros Grau, j. 14-4-2010, P, DJE de 24-9-2010 
 
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: 
(Incluído pela EC 33/2001) 
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; (Incluído pela EC 33/2001) 
 Esta Suprema Corte, nas inúmeras oportunidades em que debatida a questão da hermenêutica 
constitucional aplicada ao tema das imunidades, adotou a interpretação teleológica do instituto, a 
emprestar-lhe abrangência maior, com escopo de assegurar à norma supralegal máxima efetividade. O 
contrato de câmbio constitui negócio inerente à exportação, diretamente associado aos negócios 
realizados em moeda estrangeira. Consubstancia etapa inafastável do processo de exportação de bens 
e serviços, pois todas as transações com residentes no exterior pressupõem a efetivação de uma 
operação cambial, consistente na troca de moedas. O legislador constituinte – ao contemplar na redação 
do art. 149, § 2º, I, da Lei Maior as "receitas decorrentes de exportação" – conferiu maior amplitude à 
desoneração constitucional, suprimindo do alcance da competência impositiva federal todas as receitas 
que resultem da exportação, que nela encontrem a sua causa, representando consequências financeiras 
do negócio jurídico de compra e venda internacional. A intenção plasmada na Carta Política é a de 
desonerar as exportações por completo, a fim de que as empresas brasileiras não sejam coagidas a 
exportarem os tributos que, de outra forma, onerariam as operações de exportação, quer de modo 
direto, quer indireto. Consideram-se receitas decorrentes de exportação as receitas das variações 
cambiais ativas, a atrair a aplicação da regra de imunidade e afastar a incidência da contribuição ao PIS 
e da Cofins. Assenta esta Suprema Corte, ao exame do leading case, a tese da inconstitucionalidade da 
incidência da contribuição ao PIS e da Cofins sobre a receita decorrente da variação cambial positiva 
obtida nas operações de exportação de produtos. [RE 627.815, rel. min. Rosa Weber, j. 23-5-2013, 
P, DJE de 1º-10-2013, com repercussão geral.] 
 
 A imunidade prevista no inciso I do § 2º do art. 149 da Carta Federal não alcança o lucro das 
empresas exportadoras. [RE 564.413, rel. min. Marco Aurélio, j. 12-8-2010, P, DJE de 6-12-2010, com 
repercussão geral.] 
 
II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; (Redação da EC 42/2003) 
Redação Anterior: 
II - poderão incidir sobre a importação de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool 
combustível; (EC nº 33/01) 
 
III - poderão ter alíquotas: (Incluído pela EC 33/2001) 
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, 
o valor aduaneiro; (Incluída pela EC 33/2001) 
 Ao dizer que a contribuição ao Pis/Pasep-Importação e a Cofins-Importação poderão ter 
alíquotas ad valorem e base de cálculo o valor aduaneiro, o constituinte derivado circunscreveu a tal 
base a respectiva competência. A referência ao valor aduaneiro no art. 149, § 2º, III, a, da CF implicou 
utilização de expressão com sentido técnico inequívoco, porquanto já era utilizada pela legislação 
tributária para indicar a base de cálculo do Imposto sobre a Importação. A Lei 10.865/2004, ao instituir o 
Pis/Pasep-Importação e a Cofins-Importação, não alargou propriamente o conceito de valor aduaneiro, 
de modo que passasse a abranger, para fins de apuração de tais contribuições, outras grandezas nele 
não contidas. O que fez foi desconsiderar a imposição constitucional de que as contribuições sociais 
sobre a importação que tenham alíquota ad valorem sejam calculadas com base no valor aduaneiro, 
extrapolando a norma do art. 149, § 2º, III, a, da CF. Não há como equiparar, de modo absoluto, a 
tributação da importação com a tributação das operações internas. O Pis/Pasep-Importação e a Cofins-
Importação incidem sobre operação na qual o contribuinte efetuou despesas com a aquisição do produto 
importado, enquanto a Pis e a Cofins internas incidem sobre o faturamento ou a receita, conforme o 
regime. São tributos distintos. O gravame das operações de importação se dá não como concretização 
do princípio da isonomia, mas como medida de política tributária tendente a evitar que a entrada de 
produtos desonerados tenha efeitos predatórios relativamente às empresas sediadas no País, visando, 
assim, ao equilíbrio da balança comercial. Inconstitucionalidade da seguinte parte do art. 7º, I, da Lei 
10.865/2004: "acrescido do valor do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e 
sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS 
incidente no desembaraço aduaneiro e do valor das próprias contribuições, por violação do art. 149, § 
2º, III, a, da CF, acrescido pela EC 33/01”. [RE 559.937, rel. p/ o ac. min. Dias Toffoli, j. 20-3-2013, 
P, DJE de 17-10-2013, com repercussão geral.] 
http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=614441
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http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=617645
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=630033
 
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. (Incluída pela EC 33/2001) 
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na 
forma da lei. (Incluído pela EC 33/2001 
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez. (Incluído pela EC 33/2001) 
 
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na 
forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, 
observado o disposto no art. 150, I e III. (Incluído pela EC 39/2002). 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de 
energia elétrica. (Incluído pela EC 39/2002). 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
 O Estado não pode legislar abusivamente, eis que todas as normas emanadas do Poder Público – 
Tratando-se, ou não, de matéria tributária – Devem ajustar-se à cláusula que consagra, em sua dimensão 
material, o princípio do substantive due process of law (CF, art. 5º, LIV). O postulado da proporcionalidade 
qualifica-se como parâmetro de aferição da própria constitucionalidade material dos atos estatais. Hipótese 
em que a legislação tributária reveste-se do necessário coeficiente de razoabilidade. [RE 200.844 AgR, rel. 
min. Celso de Mello, j. 25-6-2002, 2ª T, DJ de 16-8-2002.] = RE 480.110 AgR e RE 572.664 AgR, rel. 
min. Ricardo Lewandowski, j. 8-9-2009, 1ª T, DJE de 25-9-2009 
 
 A criação de imunidade tributária é matéria típica do texto constitucional enquanto a de isenção é 
versada na lei ordinária; não há, pois, invasão da área reservada à emenda constitucionalquando a lei 
ordinária cria isenção. O Poder Público tem legitimidade para isentar contribuições por ele instituídas, nos 
limites das suas atribuições (art. 149 da Constituição). [ADI 2.006 MC, rel. min. Maurício Corrêa, j. 1º-7-
1999, P, DJ de 24-9-1999.] 
 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; 
 NOVO: O Plenário concluiu o julgamento conjunto de dois recursos extraordinários (...). No RE 
838.284/SC, discutiu-se a validade da exigência de taxa para a expedição da Anotação de 
Responsabilidade Técnica (ART) baseada na Lei 6.994/1982, que estabelece limites máximos para a ART. 
O Colegiado, por maioria, negou provimento ao recurso. Assentou que não viola a legalidade tributária lei 
que, prescrevendo o teto, possibilita ao ato normativo infralegal fixar o valor de taxa em proporção razoável 
com os custos da atuação estatal, valor esse que não pode ser atualizado por ato do próprio conselho de 
fiscalização em percentual superior aos índices de correção monetária legalmente previstos. Já no que se 
refere ao RE 704.292/PR, o Colegiado debateu a natureza jurídica da anuidade de conselhos de 
fiscalização profissional, bem como a possibilidade de fixação de seu valor por meio de resolução interna 
de cada conselho. O Tribunal negou provimento ao recurso e declarou a inconstitucionalidade do art. 2º da 
Lei 11.000/2004. Assim, excluiu de sua incidência a autorização dada aos conselhos de fiscalização de 
profissões regulamentadas para fixar as contribuições anuais devidas por pessoas físicas ou jurídicas. Por 
arrastamento, também reputou inconstitucional a integralidade do § 1º do aludido preceito. Para o 
Colegiado, é inconstitucional, por ofensa ao princípio da legalidade tributária, lei que delega aos conselhos 
de fiscalização de profissões regulamentadas a competência de fixar ou majorar, sem parâmetro legal, o 
valor das contribuições de interesse das categorias profissionais e econômicas, usualmente cobradas sob o 
título de anuidades, vedada, ademais, a atualização desse valor pelos conselhos em percentual superior 
aos índices legalmente previstos. (...) O Tribunal verificou que a jurisprudência tem acompanhado esse 
entendimento. Assim, da mesma forma que é vedado aos conselhos de fiscalização de profissões 
regulamentadas fixar em abstrato as contribuições anuais, é defeso, a pretexto de atualização monetária, 
majorar as anuidades em patamar superior ao teto fixado em lei. Orientação diversa possibilitaria a efetiva 
majoração do tributo por ato infralegal, em nítida ofensa ao art. 150, I, da Constituição Federal. [RE 
838.284 e RE 704.292, rel. min. Dias Toffoli, j. 19-10-2016, P, Informativo 844.] 
 
 A criação de nova maneira de recolhimento do tributo, partindo-se de estimativa considerado o 
mês anterior, deve ocorrer mediante lei no sentido formal e material, descabendo, para tal fim, a edição de 
http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=200844&CLASSE=RE%2DAgR&cod_classe=539&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=M
http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=603093&pgI=1&pgF=100000
http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=603149&pgI=1&pgF=100000
http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=2006&CLASSE=ADI%2DMC&cod_classe=555&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=4637342
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=4637342
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=4282374
http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo844.htm
decreto, a revelar o extravasamento do poder regulamentador do Executivo. [RE 632.265, rel. min. Marco 
Aurélio, j. 18-6-2015, P, DJE de 5-10-2015, com repercussão geral.] 
 
 É inconstitucional a majoração do IPTU sem edição de lei em sentido formal, vedada a 
atualização, por ato do Executivo, em percentual superior aos índices oficiais. [RE 648.245, rel. min. Gilmar 
Mendes, j. 1º-8-2013, P, DJE de 24-2-2014, com repercussão geral.] Vide RE 234.605, rel. min. Ilmar 
Galvão, j. 8-8-2000, 1ª T, DJ de 1º-12-2000 
 
 ICMS. Fato gerador. Desembaraço aduaneiro das mercadorias importadas do exterior. 
Antecipação da data de recolhimento. Legitimidade por meio de decreto. Apresenta-se sem utilidade o 
processamento de recurso extraordinário quando o acórdão recorrido se harmoniza com a orientação desta 
Corte no sentido da possibilidade da cobrança do ICMS quando do desembaraço aduaneiro da mercadoria 
(REs 192.711, 193.817 e 194.268), bem como de não se encontrar sujeita ao princípio da legalidade a 
fixação da data do recolhimento do ICMS (RE 197.948, RE 253.395 e RE 140.669). [AI 339.528 AgR, rel. 
min. Ilmar Galvão, j. 20-11-2001, 1ª T, DJ de 22-2-2002.] 
 
 Legitimidade, ao primeiro exame, da instituição de tributos por medida provisória com força de lei, 
e, ainda, do cometimento da fiscalização de contribuições previdenciárias à Secretaria da Receita Federal. 
[ADI 1.417 MC, rel. min. Octavio Gallotti, j. 7-3-1996, P, DJ de 24-5-1996.] = RE 479.134 AgR, rel. 
min. Sepúlveda Pertence, j. 26-6-2007, 1ª T, DJ de 17-8-2007 
 
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida 
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da 
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; 
 Concessão de isenção à operação de aquisição de automóveis por oficiais de justiça estaduais. 
(...) A isonomia tributária (CF, art. 150, II) torna inválidas as distinções entre contribuintes "em razão de 
ocupação profissional ou função por eles exercida", máxime nas hipóteses nas quais, sem qualquer base 
axiológica no postulado da razoabilidade, engendra-se tratamento discriminatório em benefício da categoria 
dos oficiais de justiça estaduais. [ADI 4.276, rel. min. Luiz Fux, j. 20-8-2014, P, DJE de 18-9-2014.] 
 
 Emenda constitucional (EC 41/2003, art. 4º, parágrafo único, I e II). Servidor público. 
Vencimentos. Proventos de aposentadoria e pensões. Sujeição à incidência de contribuição previdenciária. 
Bases de cálculo diferenciadas. Arbitrariedade. Tratamento discriminatório entre servidores e pensionistas 
da União, de um lado, e servidores e pensionistas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de 
outro. Ofensa ao princípio constitucional da isonomia tributária, que é particularização do princípio 
fundamental da igualdade. [ADI 3.105, rel. min. Cezar Peluso, j. 18-8-2004, P, DJ de 18-2-2005.] = ADI 
3.188, rel. min. Ayres Britto, j. 18-10-2006, P, DJ de 17-11-2006 
 
 Isenção de IPTU, em razão da qualidade de servidor estadual do agravante, postulada em 
desrespeito da proibição contida no art. 150, II, da CF de 1988. [AI 157.871 AgR, rel. min. Octavio Gallotti, 
j. 15-9-1995, 1ª T, DJ de 9-2-1996.] 
 
 A isenção fiscal decorre do implemento da política fiscal e econômica, pelo Estado, tendo em vista 
o interesse social. É ato discricionário que escapa ao controle do Poder Judiciário e envolve juízo de 
conveniência e oportunidade do Poder Executivo. O termo inicial de vigência da isenção, fixada a partir da 
data da expedição da guia de importação, não infringe o princípio da isonomia tributária, nem desloca a 
data da ocorrência do fato gerador do tributo, porque a isenção diz respeito à exclusão do crédito tributário, 
enquanto o fato gerador tem pertinência com o nascimento da obrigação tributária. [AI 151.855 AgR, rel. 
min. Paulo Brossard, j. 24-5-1994, 2ª T, DJ de 2-12-1994.] 
 
III - cobrar tributos: 
 
 Decisão que declara indevida a cobrança do imposto em determinado exercício não faz coisa 
julgada em relação aos posteriores. [Súmula 239.] 
 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído 
ou aumentado; 
 
 Ao imposto de renda calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no 
exercício financeiroem que deve ser apresentada a declaração. [Súmula 584.] 
 
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5323879
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=254669
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=232929
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=233571
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=233840
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=235866
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=258275
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=208415
http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=339528&CLASSE=AI%2DAgR&cod_classe=510&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=M
http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=1417&CLASSE=ADI%2DMC&cod_classe=555&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=M
http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?SEQ=478162&PROCESSO=479134&CLASSE=RE%2DAgR&cod_classe=539&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=&EMENTA=2285
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=6760771
http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=3105&CLASSE=ADI&cod_classe=504&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=M
http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/in_processo.asp?origem=IT&classe=&processo=3188&recurso=0&tip_julgamento=M
http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/in_processo.asp?origem=IT&classe=&processo=3188&recurso=0&tip_julgamento=M
http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=157871&CLASSE=AI%2DAgR&cod_classe=510&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=M
http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=151855&CLASSE=AI%2DAgR&cod_classe=510&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=M
http://www.stf.jus.br/cgi-bin/nph-brs?d=SUMU&n=&s1=239.NUME.&l=20&u=http://www.stf.jus.br/Jurisprudencia/Jurisp.asp&Sect1=IMAGE&Sect2=THESOFF&Sect3=PLURON&Sect6=SUMUN&p=1&r=1&f=G
http://www.stf.jus.br/cgi-bin/nph-brs?d=SUMU&n=&s1=584.NUME.&l=20&u=http://www.stf.jus.br/Jurisprudencia/Jurisp.asp&Sect1=IMAGE&Sect2=THESOFF&Sect3=PLURON&Sect6=SUMUN&p=1&r=1&f=G
 Seguridade social. Servidor público. Vencimentos. Proventos de aposentadoria e pensões. 
Sujeição à incidência de contribuição previdenciária, por força de Emenda Constitucional. Ofensa a 
outros direitos e garantias individuais. Não ocorrência. Contribuição social. Exigência patrimonial de 
natureza tributária. Inexistência de norma de imunidade tributária absoluta. Regra não retroativa. 
Instrumento de atuação do Estado na área da previdência social. Obediência aos princípios da 
solidariedade e do equilíbrio financeiro e atuarial, bem como aos objetivos constitucionais de 
universalidade, equidade na forma de participação no custeio e diversidade da base de financiamento 
(...). [ADI 3.105, rel. min. Cezar Peluso, j. 18-8-2004, P, DJ de 18-2-2005.] 
 
 O princípio da irretroatividade "somente" condiciona a atividade jurídica do estado nas hipóteses 
expressamente previstas pela Constituição, em ordem a inibir a ação do poder público eventualmente 
configuradora de restrição gravosa (a) ao status libertatis da pessoa (CF, art. 5º, XL), (b) ao status 
subjectionaisdo contribuinte em matéria tributária (CF, art. 150, III, a) e (c) a segurançajurídica no 
domínio das relações sociais (CF, art. 5º, XXXVI). Na medida em que a retroprojeção normativa da lei 
"não" gere e "nem" produza os gravames referidos, nada impede que o Estado edite e prescreva atos 
normativos com efeito retroativo. As leis, em face do caráter prospectivo de que se revestem, devem, 
"ordinariamente", dispor para o futuro. O sistema jurídico-constitucional brasileiro, contudo, "não" 
assentou, como postulado absoluto, incondicional e inderrogável, o princípio da irretroatividade. A 
questão da retroatividade das leis interpretativas. [ADI 605 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 23-10-1991, 
P, DJ de 5-3-1993.] 
 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou 
 
 Imposto de Renda. Apuração semestral. Lei 7.450/1985 e Decreto-Lei 2.341/1987. Apuração 
anual. Decreto-Lei 2.354/1987. Irretroatividade. A Corte possui firme entendimento no sentido de que 
viola o princípio da irretroatividade a introdução de mudanças na sistemática de apuração do tributo 
capazes de majorá-lo, se o período de apuração estava encerrado. [ARE 660.173 AgR, rel. min. Dias 
Toffoli, j. 5-11-2013, 1ª T, DJE de 28-11-2013.] 
 
 Revogada a isenção, o tributo torna-se imediatamente exigível. Em caso assim, não há que se 
observar o princípio da anterioridade, dado que o tributo já é existente. [RE 204.062, rel. min. Carlos 
Velloso, j. 27-9-1996, 2ª T, DJ de 19-12-1996.] 
 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou 
aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluída pela EC 42/2003) 
 Mostra-se relevante pedido de concessão de medida acauteladora objetivando afastar a 
exigibilidade da majoração do Imposto sobre Produtos Industrializados, promovida mediante decreto, 
antes de decorridos os noventa dias previstos no art. 150, III, c, da Carta da República. [ADI 4.661 MC, 
rel. min. Marco Aurélio, j. 20-10-2011, P, DJE de 23-3-2012.] = RE 671.927, rel. min. Ayres Britto, 
decisão monocrática, j. 15-3-2012, DJEde 3-4-2012 
 
 As contribuições sociais da seguridade social previstas no art. 195 da CF que foram incluídas no 
capítulo do Sistema Tributário Nacional, poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da 
publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, 
b, do Sistema Tributário, posto que excluídas do regime dos tributos. [AI 174.540 AgR, rel. 
min. Maurício Corrêa, j. 13-2-1996, 2ª T, DJ de 26-4-1996.] 
 
IV - utilizar tributo com efeito de confisco; 
 
 A multa punitiva é aplicada em situações nas quais se verifica o descumprimento voluntário da 
obrigação tributária prevista na legislação pertinente. Trata-se da sanção prevista para coibir a prática de 
ilícitos tributários. Nessas circunstâncias, conferindo especial relevo ao caráter pedagógico da sanção, 
que visa desestimular a burla à atuação da Administração tributária, deve ser reconhecida a 
possibilidade de aplicação da multa em percentuais mais rigorosos. Nesses casos, a Corte vem 
adotando como limite o valor devido pela obrigação principal. [RE 602.686 AgR-segundo, rel. 
min. Roberto Barroso, j. 9-12-2014, 1ª T, DJE de 5-2-2015.] Vide RE 523.471 AgR, rel. min. Joaquim 
Barbosa, j. 6-4-2010, 2ª T, DJE de 23-4-2010 
 
 A aplicação da multa moratória tem o objetivo de sancionar o contribuinte que não cumpre suas 
obrigações tributárias, prestigiando a conduta daqueles que pagam em dia seus tributos aos cofres 
públicos. Assim, para que a multa moratória cumpra sua função de desencorajar a elisão fiscal, de um 
lado não pode ser pífia, mas, de outro, não pode ter um importe que lhe confira característica 
http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=3105&CLASSE=ADI&cod_classe=504&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=M
http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=605&CLASSE=ADI%2DMC&cod_classe=555&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=M
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=4931920
http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=204062&CLASSE=RE&cod_classe=437&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=M
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1837739
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=%28%28671927%2ENUME%2E+OU+671927%2EDMS%2E%29%28%28AYRES+BRITTO%29%2ENORL%2E+OU+%28AYRES+BRITTO%29%2ENPRO%2E%29+OU+%28%28CARLOS+BRITTO%29%2ENORL%2E+OU+%28CARLOS+BRITTO%29%2ENPRO%2E%29%29+NAO+S%2EPRES%2E&base=baseMonocraticas
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=280646
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=7678361
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=610232confiscatória, inviabilizando inclusive o recolhimento de futuros tributos. [RE 582.461, rel. min. Gilmar 
Mendes, j. 18-5-2011, P, DJE de 18-8-2011, com repercussão geral.] 
 
 Tributário. ICMS. Multa com caráter confiscatório. Não ocorrência. Não se pode pretender 
desarrazoada e abusiva a imposição por lei de multa – que é pena pelo descumprimento da obrigação 
tributária –, sob o fundamento de que ela, por si mesma, tem caráter confiscatório. [RE 590.754 AgR, 
rel. min. Eros Grau, j. 30-9-2008, 2ª T, DJE de 24-10-2008.] 
 
 O depósito judicial, sendo uma faculdade do contribuinte a ser exercida ou não, dependendo de 
sua vontade, não tem característica de empréstimo compulsório, nem índole confiscatória (CF, art. 150, 
IV), pois o mesmo valor corrigido monetariamente lhe será restituído se vencedor na ação, rendendo 
juros com taxa de melhor aproveitamento do que à época anterior à vigência da norma. [ADI 2.214 MC, 
rel. min. Maurício Corrêa, j. 6-2-2002, P, DJ de 19-4-2002.] = ADI 1.933, rel. min. Eros Grau, j. 14-4-
2010, P, DJE de 3-9-2010 
 
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou 
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; 
 O ICMS incidente na aquisição decorrente de operação interestadual e por meio não presencial 
(internet, telemarketing, showroom) por consumidor final não contribuinte do tributo não pode ter regime 
jurídico fixado por Estados-membros não favorecidos, sob pena de contrariar o arquétipo constitucional 
delineado pelos arts. 155, § 2º, inciso VII, b, e 150, IV e V, da CRFB/88. (...) O tráfego de pessoas e 
bens, consagrado como princípio constitucional tributário (CRFB/88, art. 150, V), subjaz infringido pelo 
ônus tributário inaugurado pelo Protocolo ICMS nº 21/2011 nas denominadas operações não presenciais 
e interestaduais. [ADI 4.628, rel. min. Luiz Fux, j. 17-9-2014, P, DJE de 24-11-2014. 
 
 O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias conservadas pelo poder público, cuja 
cobrança está autorizada pelo inciso V, parte final, do art. 150 da Constituição de 1988, não tem 
natureza jurídica de taxa, mas sim de preço público, não estando a sua instituição, consequentemente, 
sujeita ao princípio da legalidade estrita. [ADI 800, rel. min. Teori Zavascki, j. 11-6-2014, P, DJE de 1º-
7-2014.] 
 
VI - instituir impostos sobre: 
 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
 
 A imunidade tributária recíproca não exonera o sucessor das obrigações tributárias relativas aos 
fatos jurídicos tributários ocorridos antes da sucessão (aplicação "retroativa" da imunidade tributária). 
[RE 599.176, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 5-6-2014, P, DJE de 30-10-2014, com repercussão geral.] 
 
 A jurisprudência do STF entende que a sociedade de economia mista prestadora de serviço 
público de água e esgoto é abrangida pela imunidade tributária recíproca, nos termos da alínea a do 
inciso VI do art. 150 da CF. [RE 631.309 AgR, rel. min. Ayres Britto, j. 27-3-2012, 2ª T, DJE de 26-4-
2012.] 
 
 As sociedades de economia mista prestadoras de ações e serviços de saúde, cujo capital social 
seja majoritariamente estatal, gozam da imunidade tributária prevista na alínea a do inciso VI do art. 150 
da CF. [RE 580.264, rel. p/ o ac. min. Ayres Britto, j. 16-12-2010, P, DJE de 6-10-2011, com 
repercussão geral.] 
 
 Imunidade recíproca. Caracterização. (...) Segundo teste proposto pelo ministro relator, a 
aplicabilidade da imunidade tributária recíproca (art. 150, VI, a, da Constituição) deve passar por três 
estágios, sem prejuízo do atendimento de outras normas constitucionais e legais: A imunidade tributária 
recíproca se aplica à propriedade, bens e serviços utilizados na satisfação dos objetivos institucionais 
imanentes do ente federado, cuja tributação poderia colocar em risco a respectiva autonomia política. 
Em consequência, é incorreto ler a cláusula de imunização de modo a reduzi-la a mero instrumento 
destinado a dar ao ente federado condições de contratar em circunstâncias mais vantajosas, 
independentemente do contexto. Atividades de exploração econômica, destinadas primordialmente a 
aumentar o patrimônio do Estado ou de particulares, devem ser submetidas à tributação, por 
apresentarem-se como manifestações de riqueza e deixarem a salvo a autonomia política. A 
desoneração não deve ter como efeito colateral relevante a quebra dos princípios da livre concorrência e 
do exercício de atividade profissional ou econômica lícita. Em princípio, o sucesso ou a desventura 
empresarial devem pautar-se por virtudes e vícios próprios do mercado e da administração, sem que a 
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=626092
http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=557615&codigoClasse=539&numero=590754&siglaRecurso=AgR&classe=RE
http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=347487
http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=613871
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=7310046
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=6274991
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=7065098
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1941338
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=628371
intervenção do Estado seja favor preponderante. (...) Segundo se depreende dos autos, a Codesp é 
instrumentalidade estatal, pois: Em uma série de precedentes, esta Corte reconheceu que a exploração 
dos portos marítimos, fluviais e lacustres caracteriza-se como serviço público. O controle acionário da 
Codesp pertence em sua quase totalidade à União (99,97%). Falta da indicação de que a atividade da 
pessoa jurídica satisfaça primordialmente interesse de acúmulo patrimonial público ou privado. Não há 
indicação de risco de quebra do equilíbrio concorrencial ou de livre iniciativa, eis que ausente 
comprovação de que a Codesp concorra com outras entidades no campo de sua atuação. Ressalva do 
ministro relator, no sentido de que "cabe à autoridade fiscal indicar com precisão se a destinação 
concreta dada ao imóvel atende ao interesse público primário ou à geração de receita de interesse 
particular ou privado". [RE 253.472, rel. p/ o ac. min. Joaquim Barbosa, j. 25-8-2010, P, DJE de 1º-2-
2011.] = RE 458.164 AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 21-6-2011, 2ª T, DJE de 23-8-2011 Vide RE 
253.394, rel. min. Ilmar Galvão, j. 26-11-2002, 1ª T, DJ de 11-4-2003 Vide AI 558.682 AgR, rel. 
min. Joaquim Barbosa, j. 29-5-2012, 2ª T, DJE de 19-6-2012 
 
 É irrelevante para definição da aplicabilidade da imunidade tributária recíproca a circunstância de 
a atividade desempenhada estar ou não sujeita a monopólio estatal. O alcance da salvaguarda 
constitucional pressupõe o exame (i) da caracterização econômica da atividade (lucrativa ou não), (ii) do 
risco à concorrência e à livre-iniciativa e (iii) de riscos ao pacto federativo pela pressão política ou 
econômica. A imunidade tributária recíproca não se aplica à Petrobrás, pois: Trata-se de sociedade de 
economia mista destinada à exploração econômica em benefício de seus acionistas, pessoas de direito 
público e privado, e a salvaguarda não se presta a proteger aumento patrimonial dissociado de interesse 
público primário; A Petrobrás visa a distribuição de lucros, e, portanto, tem capacidade contributiva para 
participar do apoio econômico aos entes federados; A tributação de atividade econômica lucrativa não 
implica risco ao pacto federativo. [RE 285.716 AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 2-3-2010, 2ª 
T, DJE de 26-3-2010.] 
 
 A jurisprudência do Supremo firmou-se no sentido de que a imunidade de que trata o art. 150, 
VI, a, da CF/1988, somente se aplica a imposto incidente sobre serviço, patrimônio ou renda do próprio 
Município. Esta Corte firmou entendimento no sentido de que o Município não é contribuintede direito do 
ICMS, descabendo confundi-lo com a figura do contribuinte de fato e a imunidade recíproca não 
beneficia o contribuinte de fato. [AI 671.412 AgR, rel. min. Eros Grau, j. 1º-4-2008, 2ª T, DJE de 25-4-
2008.] = AI 736.607 AgR, rel. min. Ayres Britto, j. 16-8-2011, 2ª T, DJE de 19-10-2011 Vide AI 518.405 
AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 6-4-2010, 2ª T, DJE de 30-4-2010 
 
 É da jurisprudência do Supremo Tribunal que o princípio da imunidade tributária recíproca (CF, 
art. 150, VI, a) – ainda que se discuta a sua aplicabilidade a outros tributos, que não os impostos – não 
pode ser invocado na hipótese de contribuições previdenciárias. [ADI 2.024, rel. min. Sepúlveda 
Pertence, j. 3-5-2007, P, DJ de 22-6-2007.] 
 
b) templos de qualquer culto; 
 
 O Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento de que não cabe à entidade religiosa 
demonstrar que utiliza o bem de acordo com suas finalidades institucionais. Ao contrário, compete à 
Administração tributária demonstrar a eventual tredestinação do bem gravado pela imunidade. [ARE 
800.395 AgR, rel. min. Roberto Barroso, j. 28-10-2014, 1ª T, DJE de 14-11-2014.] 
 
 A imunidade tributária conferida pelo art. 150, VI, b, é restrita aos templos de qualquer culto 
religioso, não se aplicando à maçonaria, em cujas lojas não se professa qualquer religião. [RE 562.351, 
rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 4-9-2012, 1ª T, DJE de 14-12-2012.] 
 
 Recurso extraordinário. Constitucional. Imunidade Tributária. IPTU. Art. 150, VI, b, CF/1988. 
Cemitério. Extensão de entidade de cunho religioso. Os cemitérios que consubstanciam extensões de 
entidades de cunho religioso estão abrangidos pela garantia contemplada no art. 150 da Constituição do 
Brasil. Impossibilidade da incidência de IPTU em relação a eles. A imunidade aos tributos de que gozam 
os templos de qualquer culto é projetada a partir da interpretação da totalidade que o texto da 
Constituição é, sobretudo do disposto nos arts. 5º, VI, 19, I, e 150, VI, b. As áreas da incidência e da 
imunidade tributária são antípodas. [RE 578.562, rel. min. Eros Grau, j. 21-5-2008, P, DJE de 12-9-
2008.] 
 
 Instituição religiosa. IPTU sobre imóveis de sua propriedade que se encontram alugados. A 
imunidade prevista no art. 150, VI, b, CF, deve abranger não somente os prédios destinados ao culto, 
mas, também, o patrimônio, a renda e os serviços "relacionados com as finalidades essenciais das 
entidades nelas mencionadas". O § 4º do dispositivo constitucional serve de vetor interpretativo das 
alíneas b e c do inciso VI do art. 150 da CF. Equiparação entre as hipóteses das alíneas referidas. [RE 
325.822, rel. p/ o ac. min. Gilmar Mendes, j. 18-12-2002, P, DJ de 14-5-2004.] = ARE 658.080 AgR, rel. 
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=618164
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http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=523707&codigoClasse=510&numero=671412&siglaRecurso=AgR&classe=AI
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http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=610367
http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=610367
http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?SEQ=465164&PROCESSO=2024&CLASSE=ADI&cod_classe=504&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=&EMENTA=2281
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=7236119
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http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=325822&CLASSE=RE&cod_classe=437&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=M
http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=325822&CLASSE=RE&cod_classe=437&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=M
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min. Luiz Fux, j. 13-12-2011, 1ª T, DJE de 15-2-2012 = AI 690.712-AgR, rel. min. Ricardo 
Lewandowski, j. 23-6-2009, 1ª T, DJEde 14-8-2009 = AI 651.138-AgR, rel. min. Eros Grau, j. 26-6-
2007, 2ª T, DJ de 17-8-2007 
 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades 
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, 
atendidos os requisitos da lei; 
 
 Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer 
das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja 
aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas. [Súmula Vinculante 52.] 
 
 A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art. 
150, VI, c, da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não 
houver contribuição dos beneficiários. [Súmula 730.] 
 
 Na tributação das operações de importação, o contribuinte por excelência do tributo é o 
importador (que tende a ser o adquirente da mercadoria) e não o vendedor. Há confusão entre as figuras 
do contribuinte de direito e do contribuinte de fato. Assim, não faz sentido argumentar que a imunidade 
tributária não se aplica à entidade beneficente de assistência social nas operações de importação, em 
razão de a regra constitucional não se prestar à proteção de terceiros que arquem com o ônus da 
tributação. [AI 476.664 AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 6-4-2010, 2ª T, DJE de 7-5-2010.] Vide AI 
669.257 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 17-3-2009, 1ª T, DJE de 17-4-2009 
 
 Imunidade. (...) Inaplicabilidade às hipóteses de responsabilidade ou substituição tributária. (...) 
Recurso extraordinário interposto de acórdão que considerou válida a responsabilização tributária do 
Serviço Social da Indústria – SESI pelo recolhimento de ICMS devido em operação de circulação de 
mercadoria, sob o regime de diferimento. Alegada violação do art. 150, IV, c, da Constituição, que dispõe 
sobre a imunidade das entidades assistenciais sem fins lucrativos. A responsabilidade ou a substituição 
tributária não alteram as premissas centrais da tributação, cuja regra-matriz continua a incidir sobre a 
operação realizada pelo contribuinte. Portanto, a imunidade tributária não afeta, tão somente por si, a 
relação de responsabilidade tributária ou de substituição e não exonera o responsável tributário ou o 
substituto. [RE 202.987, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 30-6-2009, 2ª T, DJE de 25-9-2009.] = RE 
446.530 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 29-5-2012, 2ª T, DJE de 13-6-2012 
 
 Imunidade tributária do patrimônio das instituições de educação sem fins lucrativos (CF, art. 150, 
VI, c): sua aplicabilidade de modo a preexcluir a incidência do IPTU sobre imóvel de propriedade da 
entidade imune, destinado a estacionamento gratuito de estudantes (...). [RE 308.449, rel. 
min. Sepúlveda Pertence, j. 27-8-2002, 1ª T, DJ de 20-9-2002.] 
 
 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. 
 
 A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da CF, abrange os filmes e papéis fotográficos 
necessários à publicação de jornais e periódicos. [Súmula 657. 
 
 A imunidade tributária relativa a livros, jornais e periódicos é ampla, total, apanhando produto, 
maquinário e insumos. A referência, no preceito, a papel é exemplificativa, e não exaustiva. [RE 
202.149, rel. p/ o ac. min. Marco Aurélio, j. 26-4-2011, 1ª T, DJE de 11-10-2011.] ≠ RE 324.600 AgR, 
rel. min. Ellen Gracie, j. 3-9-2002, 1ª T, DJ de 25-10-2002 Vide RE 178.863, rel. min. Carlos Velloso, j. 
25-3-1997,