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RESENHA ACADÊMICA - Brasil x Austrália - Comparativo da Logística Interna

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WANDERSON DE PAULA CUNHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brasil x Austrália 
Comparativo da Logística Interna 
 
 
 
 
 
Resenha acadêmica da pesquisa comparativa 
entre o Brasil e Austrália referente à logística 
interna dos dois países, para fins de avaliação 
parcial da disciplina de Transportes e Seguros, 
para Curso Superior de Tecnologia em Gestão 
Portuária pela Universidade do Vale do Itajaí, 
Escola de Negócios. 
 
 
 
Docente: Robson Diego Lamin 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Itajaí 
2020 
 
 
 
 
É notável a extensão territorial que o Brasil possuí, assim como alguns outros países 
no mundo. Suas dimensões são uma vantagem quando bem aproveitadas, sua extensão a 
nível continental é medida através de um comparativo tendo como base a Austrália, o país 
que praticamente representa todo um continente devido sua extensão e os demais países 
serem pequenas ilhas ao redor. Assim para a análise foi optado pela própria Austrália como 
base do comparativo referente a logística interna. 
 
A Austrália possuí dentro de seu território uma rede de estradas que compreende um 
total de 913.000 km, sendo 353.331 km pavimentadas, dentro desse valor 3,132 km de via 
expressa, mas 559,669 km ainda não possuem pavimentação. Seu principal modal é o 
terrestre, sendo o transporte rodoviário um facilitador da economia australiana e sua 
dependência se dá pela sua grande área territorial e a baixa densidade populacional em uma 
área considerável do país. Um segundo ponto que é levantado a respeito da dependência do 
transporte rodoviário é o fato de não ter havido os investimentos na malha ferroviária 
suficiente para acompanhada do nível de movimentação de cargas e passageiros. Assim os 
produtos que poderiam ser transportados via ferroviária são transportados por meios de 
comboios rodoviários. 
 
A grande parte do transporte é feito com trem de estrada (B-double), veículos que tem 
capacidades de 9 eixos e 2 pontos de articulação. Nas áreas do norte e oeste da Austrália os 
trens de estrada, três ou quatro reboques, são utilizados para carga geral, combustível, gado 
e minério, os com dois reboques nas áreas povoadas para granéis e carga geral. Possuem 
também o B-triple que têm uma regulamentação determinando estradas especificas que 
podem rodar, transportam com cinco reboques. (TRANSPORT... 2020). No transporte de 
passageiros possuem sistemas de rotas fixas, ponto a ponto, privados, fretamento, entre 
outros semelhantes ao Brasil. Nas regiões mais populosas possuem sistemas de bondes 
elétricos. No Brasil um sistema semelhante é o VLT, no Rio de Janeiro. 
 
No quesito segurança o nível é de moderado a alto padrão, sendo o moderado dentro 
das áreas urbanas e alto padrão nas novas estradas, mas em algumas estradas principais e em 
áreas regionais existe uma precariedade causada pela falta de manutenção e investimentos. 
O investimento e financiamento e de responsabilidade do governo australiano e dividido 
entre os três níveis, federal, estadual e local. Durante toda história o maior problema era as 
questões fiscais na malha rodoviária. Desde os anos 80, após um problema que tiveram 
semelhante ao Brasil em 2018, foram criadas medidas e repartição dos custos. Atualmente o 
governo um possuí um pacote de investimento na infraestrutura de transporte do país, 
principalmente no rodoviário. 
 
A malha ferroviária possuí uma extensão de 33.189 km, divididas em: 2.540 km em 
linhas eletrificadas, 3.719 km em bitola larga, 15.422 km em bitola padrão, 14.506 km em 
bitola estreita, 172 km em bitola dupla. Essa herança se dá do período colonial, onde as 
colônias foram contra as orientações de Londres e as empresas optaram por bitolas 
diferentes. As linhas efetuam ligações por todo o território australiano. Elas se dividem para 
passageiros e para cargas. As linhas de cargas são exclusivas e usadas para o escoamento 
dos mineiros e para os portos e para cana-de-açúcar para as fábricas. No Brasil o modal 
terrestre, transporte rodoviário é o principal para a logística interna. Sua malha rodoviária 
tem uma extensão de 2.000.000 km, onde 246.000 km são pavimentadas e 1.754.000 km não 
são pavimentadas. Existe uma grande precariedade nos investimentos em infraestruturas 
rodoviária. 
 
 
 
 
O Brasil possuí um plano nacional de logística, onde para 2025 prevê melhorias nas 
rodovias e novas ligações. De acordo com levantamentos em 2015 os modais do Brasil 
apresentaram um número 65% em transporte rodoviário, 15% ferroviário com e 20% 
aquaviário e outros, enquanto na Austrália os números são de 53% para o rodoviário, 43% 
ferroviário e 4% aquaviário e outros. Mesmo com toda as dificuldades e problemas que 
existe na Austrália eles não deixaram de utilizar suas ferrovias e procuraram através das 
privatizações. Infelizmente no Brasil o caminho foi outro, onde muitas ferrovias foram 
abandonadas e com a iniciativa na década de cinquenta de desenvolver a indústria 
rodoviária, algo que os governos posteriores procuraram manter um foco principal no setor 
rodoviário. 
Não só a Austrália, mas outros países de proporções continentais também mostram em 
seus números que sua logística interna tem grande influência do transporte ferroviário, um 
exemplo da Rússia onde na sua logística interna 81% é ferroviário e somente 8% rodoviário, 
China com seus 37% no ferroviário e 50% e o Canadá tem 46% no ferroviário e 43% no 
rodoviário. Diante desses comparativos não há o que negar que a escolha em suprimir o uso 
das ferrovias em prol da fomentação do uso do rodoviário no seu início trouxe os problemas 
logísticos que possuímos hoje, que em conjunto com o grande problema de uma boa 
regulamentação para os modais de transportes e logística nacional. Onde infelizmente para 
alcançar o nível logístico tido em muitos países ainda se perdurara por um longo tempo, mas 
que o caminho. Não é algo impossível, tendo em vista que a história mostra que o Brasil já 
foi um país nesse nível, mas que se perdeu no caminho enquanto os demais começaram a 
encontrar o seu. 
 
 
 
Fonte: Caderno de Opiniões, julho 2018 - FVG Energia 
Concorrência Interenergética e Intermodal no setor de transportes 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
AUSTRALIAN Rail Maps. Disponível em: 
https://web.archive.org/web/20030801094913if_/http://www.railpage.org.au:80/railmaps/. 
Acesso em: 08 maio 2020. 
 
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY. The World 
Factbook 2000. 2000. Disponível em: 
https://www.cia.gov/library/publications/download/download-2000/index.html. Acesso em: 
09 maio 2020. 
 
IMAM, Revista Logística & Supply -. Fora dos trilhos da competitividade. 2018. 
Disponível em: https://www.imam.com.br/logistica/noticias/armazenagem/3341-fora-dos-
trilhos-da-competitividade. Acesso em: 08 maio 2020. 
 
ROITMAN, Tamar; SILVA, Tatiana Bruce da. Concorrência Interenergética e 
Intermodal no setor de transportes: possibilidades para o Brasil. Rio de Janeiro: FGV 
Energia, 2018. Disponível em: https://fgvenergia.fgv.br/sites/fgvenergia.fgv.br/files/julho-
_concorrencia_interenergetica.pdf. Acesso em: 09 maio 2020. 
 
TRANSPORT in Australia. Disponível em: 
https://pt.qwe.wiki/wiki/Transport_in_Australia#Sources. Acesso em: 08 maio 2020. 
 
VIAGEM Técnica SETCESP 2017: Austrália. Austrália. 2017. Disponível em: 
https://setcesp.org.br/noticias/viagem-tecnica-setcesp-2017-australia/. Acesso em: 06 maio 
2020.