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BIOLOGIA GERAL E 
HISTOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Helisângela Acris Borges de Araújo 
Jussara Santos Silveira Ferraz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIOLOGIA GERAL E 
HISTOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMES 
Instituto Mantenedor de Ensino Superior Metropolitano S/C Ltda. 
 
William Oliveira 
Presidente 
 
Cristiano Lobo 
Diretor de Operações 
 
Valdemir Ferreira 
Diretor Administrativo Financeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
MATERIAL DIDÁTICO 
 
 
 
Produção Acadêmica Produção Técnica 
HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO 
JUSSARA SANTOS SILVEIRA FERRAZ | Autor(a) 
 
 
 
 
 
Imagens 
Corbis/Image100/Imagemsource 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
copyright © REDE FTC 
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/98. 
É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, sem autorização prévia, por escrito, 
da FTC EAD - Faculdade de Tecnologia e Ciências - Educação a Distância. 
 
 
 
SUMÁRIO 
 1 APRESENTAÇÃO................................................................................................7 
 1.1 ORIGEM E DIVERSIDADE CELULAR.................................................................. 9 
1.1.1 Origem da vida ......................................................................................... 11 
1.1.2 Teoria celular ............................................................................................ 11 
1.1.3 Teoria da endossimbiose .......................................................................... 11 
1.1.4 Microscopia .............................................................................................. 12 
1.1.5 Diversidade celular ................................................................................... 13 
1.2 MEMBRANAS BIOLÓGICAS ........................................................................... 14 
1.2.1 Membrana plasmática: modelo e propriedades ........................................ 17 
1.2.2 Especializações da membrana ................................................................... 22 
1.2.3 Transporte através da membrana ............................................................. 23 
1.3 SINALIZAÇÃO CELULAR ................................................................................. 30 
1.3.1 Sinalização celular: importância e tipos ..................................................... 31 
1.4 CITOPLASMA E ESTRUTURAS CELULARES ...................................................... 35 
1.4.1 Citoplasma e estruturas celulares dos procariotos e eucariotos ................ 36 
1.5 PRODUÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA .............................................. 42 
1.5.1 Respiração celular ..................................................................................... 44 
1.5.2 Fermentação ............................................................................................ 49 
1.5.3 Fotossíntese ............................................................................................. 50 
1.6 NÚCLEO E CICLO CELULAR ............................................................................ 53 
1.6.1 Núcleo 54 
1.6.2 Ciclo celular .............................................................................................. 57 
1.7 TECIDO EPITELIAL ......................................................................................... 63 
1.7.1 Tecido epitelial de revestimento ............................................................... 65 
1.7.2 Tecido epitelial glandular .......................................................................... 67 
1.8 TECIDO CONJUNTIVO ................................................................................... 70 
1.8.1 Tecido conjuntivo propriamente dito ........................................................ 72 
1.8.2 Tecido adiposo .......................................................................................... 72 
1.8.3 Tecido cartilaginoso .................................................................................. 73 
1.8.4 Tecido ósseo ............................................................................................. 73 
1.8.5 Tecido sanguíneo ...................................................................................... 73 
1.8.6 Tecido sanguíneo ...................................................................................... 74 
1.9 TECIDO MUSCULAR ...................................................................................... 76 
1.9.1 Tecido muscular: características e tipos .................................................... 77 
1.10 TECIDO NERVOSO ...................................................................................... 80 
 
 
1.10.1 Tecido nervoso: características ............................................................... 81 
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 85 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
Querido(a) estudante, 
 
No componente curricular, Biologia Geral e Histologia, alguns recursos como textos, 
animações, vídeos, atividades, dentre outros, foram selecionados a fim de permitir que você 
amplie a compreensão dos conteúdos pertencentes à sua ementa, bem como associá-los às 
demais disciplinas constituintes da matriz curricular do seu curso. 
A preparação deste Repositório do Conhecimento foi realizada de forma cuidadosa, 
com o intuito de aprimorar os conteúdos visando a contextualização e a motivação. Esse 
Repositório fortalecerá e aprimorará a sua reflexão, criticidade e associação com a prática, 
tornando-o mais apto para atuação profissional. 
Para facilitar o seu entendimento sobre Biologia Geral e Histologia, apresentamos o 
respectivo mapa mental, que contempla desde as competências até os conteúdos de forma 
isolada e com possíveis associações. 
Lembre-se que este material aprimora o visto em sala de aula. Assim, sua presença nas 
aulas (teóricas e práticas) é de suma importância. 
 
Então, vamos conferir? 
 
 
 Figura 1- Mapa Mental: Apresentação Geral do Componente Curricular Biologia Geral e 
Histologia 
 
 
Fonte: Autoria Própria (2018)
 
 
 
Identificar os principais processos no surgimento das células vivas, associando-os com a evolução de seus 
componentes. 
 
1.1 ORIGEM E DIVERSIDADE CELULAR 
 
Agora que você já possui uma visão global dos conteúdos a serem estudados na 
disciplina Biologia Geral e Histologia, através do mapa conceitual apresentado, iniciaremos 
uma análise mais detalhada da ramificação do mapa que contempla os conteúdos iniciais, 
sendo esta: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
Figura 1 - Ramificação do Mapa Mental: Origem e Diversidade Celular 
 
 
 Fonte: Autoria Própria (2018)
10 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
1.1.1 
ORIGEM DA VIDA 
A explicação sobre a origem da vida sempre foi cercada por mistérios, hipóteses e 
descobertas, tornando este tema um dos mais polêmicos no campo da Biologia. Mas, como 
será que a vida, de fato, surgiu no planeta Terra? 
 
Para ajudá-lo na formulação de uma resposta a nível científico, sugiro a leitura de Origem da vida na Terra, 
de autoria de Pellizare e Blenda. 
 
Fonte:<http://www.io.usp.br/index.php/infraestrutura/museu-oceanografico/29-portugues/publicacoes/series-divulgacao/vida-e-
biodiversidade/807-origem-da-vida-na-terra> 
 
1.1.2 
TEORIA CELULAR 
 
Através da leitura realizada e das discussões estabelecidas em sala de aula, você já deve 
ter percebido que, desde a origem do primeiro ser vivo, a vida no planeta Terra passou por 
amplo processo de diversificação, ocupando os distintos ambientes.Embora atualmente o 
planeta apresente reconhecida biodiversidade, todos os seres vivos apresentam, 
fundamentalmente, uma estrutura em comum - a célula. 
 
Para melhor compreender a Teoria Celular, você deverá consultar o Capítulo 1 do Livro Fundamentos da 
biologia celular (Alberts, 2017), disponível na Biblioteca física e virtual. Durante a leitura, destaque as 
principais características que fundamentam a teoria citada. 
1.1.3 
TEORIA DA ENDOSSIMBIOSE 
A partir das leituras realizadas e das aulas assistidas, reflita sobre a importância da 
Teoria da Endossimbiose, postulada por Lins Margulis, em 1981, para explicar a origem das 
células eucarióticas, a partir de células procarióticas previamente existentes. 
 
11 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
 
 
Agora, assista ao vídeo indicado e reforce o seu conhecimento sobre a Teoria da Endossimbiose. 
 
Mitocôndria em Três Atos (ATO 1): 
Fonte: <https://nerdrico.com.br/como-fazer-um-video-de-alto-impacto-em-seu-site-2-de-3/> 
1.1.4 
MICROSCOPIA 
Para obtermos tais conhecimentos sobre a origem da vida, teoria celular e diversidade 
dos seres vivos, várias técnicas, reações e equipamentos foram utilizados. Dentre os 
equipamentos, o Microscópio merece destaque, pois proporcionou e nos proporciona o 
conhecimento de um mundo rico em curiosidades, encantamentos e informações. 
 
Quais os tipos de microscópio que conhece? Ao consultar o Capítulo 1, páginas 6 a 12, de Fundamentos da 
biologia celular, cujo autor é Alberts (2017), disponível na Biblioteca física e virtual, terá a caracterização 
dos principais tipos de microscópios, bem como a informação sobre o tamanho da célula e de suas partes. 
Vale a pena conferir!.. 
 
Dentre os tipos de microscópio, o microscópio óptico é o mais utilizado nas aulas 
práticas em Laboratório. Estruturalmente é divido em parte mecânica e parte ótica, fácil de 
manusear, transportar e conservar. 
 
 
Que tal ampliar o conhecimento sobre a estrutura, importância e a forma correta de manusear para obter 
uma observação de preparação microscópica de excelência? Assim, indico a leitura do Protocolo de 
Microscopia, disponível no link < http://genoma.ib.usp.br/sites/default/files/protocolos-de-aulas-
praticas/microscopia_2.pdf>. E, para fortalecer a sua aprendizagem sobre Microscópio Óptico, sugiro a 
resolução das questões apresentadas na página 2 do material indicado. 
Com o uso do microscópio foi possível mensurar o tamanho das células e de suas 
estruturas. Veja algumas curiosidades a seguir sobre esse aspecto. 
12 
HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO E JUSSARA SANTOS SILVEIRA 
 
 
 
 
Uma célula animal típica tem entre 10 e 30 μm de diâmetro, o que corresponde a 1/5 do tamanho da menor 
partícula visível a olho nu. No entanto, existem células que fogem à regra, como os óvulos humanos que 
possuem 100 μm de diâmetro e algumas células nervosas que atingem 1m de comprimento. 
(Fonte: A visualização do mundo microscópico. p.2. Disponível em: <http://www.genoma.ib.usp.br/sites/default/files/parte4_63-
73.pdf>. Acessado em: 29 mai. 2018.). 
Antigamente, achava-se que o acesso ao microscópio era realizado apenas por cientistas 
e que seu manuseio era demasiadamente difícil. Atualmente, com o uso da tecnologia, é fácil 
conhecer o mundo microscópico ao redor. Sabe como? Veja a dica a seguir! 
 
Utilizando a câmera do seu celular, você poderá montar um microscópio? 
Assista ao vídeo indicado abaixo, monte o seu microscópio e descubra o inesperado! 
Link do Vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=HwHJhti5fLs> 
1.1.5 
DIVERSIDADE CELULAR 
Com a microscopia foi possível confirmar que todos os seres vivos, sejam eles micro ou 
macroscópicos, são constituídos por células e que estas possuem informações que consolidam 
a sua diversidade. Esta diversidade permite agrupar os seres vivos em cinco reinos: Monera, 
Protoctista, Fungi, Animalia e Plantae. 
 
Que tal assistir ao vídeo indicado abaixo, enumerar as espécies apresentadas e, em seguida, classificá-las 
quanto ao Reino? 
Fonte: <https://www.youtube.com/watch?v=JEZE9ykJGpg> 
Agora, organize cronologicamente os principais fatos/eventos relacionados à origem da 
vida e diversidade celular. 
 
Para tanto, você deverá criar uma linha do tempo, apresentando as seguintes informações: 
- Surgimento das células eucarióticas. 
- Big bang. 
- Surgimento das células procarióticas. 
- Origem da Terra. 
13 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
 
- Descoberta da existência de célula. 
- Primeiro registro de uso do microscópio óptico no estudo das células. 
- Surgimento do microscópio eletrônico. 
- Teoria da Endossimbiose. 
- Surgimento do Microscópio Eletrônico de Varredura. 
 
 
 
1.2 
MEMBRANAS BIOLÓGICAS 
 
O tema que se inicia destaca as membranas biológicas que compõem a célula, em 
especial a membrana plasmática. Você a conhece? Caso desconheça ou ainda possua dúvidas 
sobre tal, chegou a hora de melhor compreendê-la. Para tanto, resgatemos informações sobre 
os compostos químicos presentes na célula e, em seguida, falaremos sobre a membrana. 
A seguir, apresentamos a ramificação do mapa mental geral, a qual será analisada com 
mais critérios: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO E JUSSARA SANTOS SILVEIRA 
 
 
 
 
Figura 2 - Ramificação do Mapa Mental: Membranas Biológicas 
 
 
Fonte: Autoria Própria (2018) 
 
 
Analisar as principais partes e estruturas da célula, bem como estabelecer inter-relações com a organização 
tecidual. 
 
15 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
 
A abordagem dada no final do Tema 1 sobre a Microscopia, permitiu constatar o papel 
relevante para a descoberta de um mundo além dos nossos olhos. O seu avanço tecnológico 
evidenciou particularidades da célula, como por exemplo, estruturas, composição molecular e 
funcionamento dos componentes, os quais nos fascinam a cada observação. 
O início desse Tema o remete aos componentes químicos da célula. Lembra quais são? 
Sua classificação, características e funções? Como eles interagem? Esses componentes 
conseguem determinar o tamanho, a estrutura e as funções das células vivas? 
 
Para ajudá-lo quanto a revisão dos componentes químicos da célula e responder aos questionamentos 
levantados, sugiro a leitura do Capítulo 2, do livro Fundamentos da biologia celular, cujo autor é Bruce 
Alberts, disponível na Biblioteca física e virtual. 
Em seguida, realize a seguinte atividade sobre os componentes químicos da célula: 
 
Em posse das resoluções dos questionamentos levantados acima, organize um quadro, com as seguintes 
informações: 
 
- classificação (substância inorgânica ou substância orgânica). 
- nome do componente químico. 
- unidade estrutural. 
- tipo de ligação. 
- porcentagem no interior da célula. 
- função. 
- exemplo (quando possível). 
 
 
 
 
16 
HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO E JUSSARA SANTOS SILVEIRA 
 
 
 
1.2.1 
MEMBRANA PLASMÁTICA: MODELO E PROPRIEDADES 
Agora, para caracterizar uma típica célula, preciso que responda bem rápido: Quais são 
as principais partes da célula? Caso não se recorde ou esteja com dúvidas, a imagem a seguir 
demonstra tais partes. 
 
Figura 3 - Modelo de uma Típica Célula Eucariótica 
 
Fonte: Disponível em: < http://www.colegioweb.com.br/nucleo/a-funcao-do-
nucleo.html> 
 
O estudo das estruturas celulares dar-se-á de fora para dentro. Então, iniciaremos com a 
Membrana. 
A membrana plasmática também chamada de membrana celular passou por vários 
estudos e análises para descrever a distribuição e/ou localização dos componentes químicos 
que a possui. Diante de inúmeras observações, vários modelos foram propostos, como 
demonstra a escalaevolutiva a seguir. 
 
Figura 4 - Evolução dos Modelos da Membrana Plasmática 
 
Fonte: Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/abaaagzuuad/evolucao-dos-modelos-
membrana- plasmatica> 
17 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
 
Diante dos modelos elencados, o último proposto apresentou especificidades até então, 
tidas como incógnitas na ciência. Ao conquistar a academia de ciência da época e por não ter 
contato com outro modelo que efetivasse todas as propriedades e funções desenvolvidas pela 
membrana, o modelo apresentado em 1972 é aceito até os dias atuais, sendo chamado de 
Mosaico fluido. 
 
Na revisão sobre Membrana Celular, escrita por Moreira (2014), temos uma breve caracterização dos 
modelos propostos e apresentados na escala evolutiva. Além disso, evidencia particularidades dos seus 
constituintes químicos. Que tal verificar tais informações? 
 
O link da revisão publicada na Revista de Ciência Elementar é < 
https://www.fc.up.pt/pessoas/jfgomes/pdf/vol_2_num_2_62_art_membranaCelular.pdf> 
Agora, você deverá associar as observações e leituras sobre os modelos propostos da 
membrana e tentar responder a seguinte atividade: 
 
Ao observar a escala evolutiva, analise o modelo proposto em 1972, o qual recebe o nome de modelo do 
Mosaico fluido. 
Para melhor compreendê-lo, enumere as diferenças estruturais ao comparar com os modelos anteriores. 
 
A membrana, embora apresente lipídios, proteínas e carboidratos, com proporções 
variadas conforme o seu tipo, possui uma espessura delgada, sendo visível apenas ao 
microscópio eletrônico. Segundo Junqueira & Carneiro (2012), a membrana plasmática 
realiza a permeabilidade seletiva, sendo também responsável pela manutença ̃o da constância 
do meio intracelular, que é diferente do meio extracelular. 
De forma mais detalhada, a imagem apresenta a membrana, reforçando seus 
componentes e classificações. 
 
 
 
 
 
 
 
18 
HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO E JUSSARA SANTOS SILVEIRA 
 
 
 
 
Figura 5 - O Modelo do Mosaico Fluido 
 
Fonte: sadava, d. et al. vida: a ciência da biologia. 8. ed. porto alegre: artmed, 2009.p.98. 
disponívelem: 
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536320502/cfi/128!/4/4@0.00:15.6> 
 
No microscópio eletrônico, a membrana plasmática e as demais membranas celulares aparecem como duas 
camadas escuras (medindo aproximadamente 2,0 nm cada uma), separadas por uma camada clara central 
(com aproximadamente 3,5 nm). Essa estrutura trilaminar foi denominada unidade de membrana ou 
membrana unitária, cuja espessura total varia de 7 a 10 nm. 
Mas lembre-se... apesar das unidades de membrana serem morfologicamente parecidas, elas não são iguais, 
nem na morfologia, nem nas funções. 
Fonte: JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 9.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. p.87. 
Diante da composição e organização da membrana, esta estrutura possui algumas 
propriedades, como por exemplo: assimetria, fluidez, resistência, porosidade e autosselante. 
 
No vídeo indicado a seguir, você consolidará o conhecimento da composição e do modelo mais aceito da 
membrana. Além disso, perceberá algumas das propriedades mencionadas anteriormente. 
Link do vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=Qqsf_UJcfBc> 
19 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
 
Após assistir ao vídeo indicado acima, você deverá responder aos seguintes 
questionamentos: 
 
- Quais propriedades da membrana o vídeo destacou? 
 
- As propriedades da membrana têm relação com seus componentes químicos? Se sim, estabeleça a 
associação. 
 
Outro item sobre a membrana que merece destaque são as várias funções que 
desempenha, visando a homeostase da célula. Dentre elas, temos: delimitação, proteção, 
adesão, reconhecimento e permeabilidade seletiva. 
Além da proteção natural que a membrana possibilita à célula, você se recorda que esta 
pode ser potencializada através de reforços? Para as células procariótica e eucariótica vegetal, 
temos a parede celular e, para célula eucariótica animal, o glicocálice (glicocálix). 
Em relação à parede celular, o pesquisador da Fio Cruz Flávio Alves, juntamente com a 
sua orientanda Lívia Lobato, divulgou o resultado do seu estudo envolvendo tal estrutura com 
as patologias hanseníase e tuberculose. Veja que interessante! 
 
Aliadas no tratamento da hanseníase e tuberculose 
 
Pesquisadores comprovam que as estatinas potencializam o poder de ação do medicamento utilizado no 
tratamento destas doenças 
 
Algumas das doenças mais antigas da história, a hanseníase e a tuberculose permanecem como uma 
preocupação para a saúde pública brasileira. Nos últimos anos, a resistência aos medicamentos vigentes tem 
chamado a atenção de cientistas. Em busca de alternativas que colaborem para resolver esta questão, 
pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) comprovaram que as estatinas, substâncias 
amplamente usadas para o controle das taxas de colesterol, são capazes de potencializar a ação da 
rifampicina, principal antibiótico utilizado atualmente no tratamento destas enfermidades. O estudo é 
resultado da dissertação de mestrado defendida pelo Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e 
Molecular do IOC por Lívia Silva Lobato. 
A hanseníase e a tuberculose são doenças infecciosas provocadas pelos microrganismos Mycobacterium 
leprae e Mycobacterium tuberculosis, respectivamente. O tratamento é realizado de forma padronizada por 
meio da combinação de drogas, entre elas a rifampicina. Coordenador do estudo e pesquisador do 
Laboratório de Microbiologia Celular do IOC, Flávio Alves Lara, afirma que a resistência crescente aos 
medicamentos durante os últimos anos é um fator de preocupação. "Para as duas doenças o tratamento atual 
é tido como eficaz. Apesar disso, o que temos observado é que, após alguns anos, esses pacientes retornam ao 
centro médico", afirma. 
20 
HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO E JUSSARA SANTOS SILVEIRA 
 
 
 
De acordo com o microbiologista, por conta do mecanismo de resistência aos antibióticos, algumas bactérias 
podem sobreviver ao tratamento e, com o tempo, os pacientes voltam a apresentar sintomas das doenças. 
Essa resistência pode ocorrer de duas formas: os microorganismos podem, por meio de mutações, alterar o 
sítio alvo da droga ou se esconder dela, através do acúmulo de moléculas gordurosas (como colesterol) na 
parede celular, formando uma barreira que impede o acesso do medicamento à célula. É neste ponto que o 
colesterol entra como uma peça-chave. 
 
Conhecimento em construção 
 
Investigações anteriores haviam constatado que o colesterol apresenta função importante na tuberculose e na 
hanseníase, uma vez que é importante para a sobrevivência das micobactérias e para seus mecanismos de 
resistência. A pesquisadora Maria Cristina Vidal Pessolani, chefe do Laboratório de Microbiologia Celular, já 
havia demonstrado que o M. leprae, ao invadir as células, aumenta consideravelmente o metabolismo e a 
captação de colesterol. Uma possibilidade, portanto, seria estudar a viabilidade do uso das estatinas como 
alternativa para o controle das duas doenças. Partindo de todos estes dados, Flavio traz uma nova pergunta: 
verificar se o uso das estatinas conjugada à rifampicina reduziria a capacidade de ação e de multiplicação das 
micobactérias, com impactos positivos sobre as lesões teciduais relacionadas às doenças e à resistência ao 
medicamento. 
O pesquisador testou a substância atorvastatina em camundongos divididos em grupos, que foram 
submetidos a diferentes modalidades de tratamento. Os resultados indicaram que, após o tratamento com a 
estatina, a viabilidade das micobactérias no organismo dos animais foi diminuída. Com o uso das estatinas 
de forma isolada, houve redução de 60% naviabilidade. Já quando a atorvastatina foi combinada com a 
rifampicina, o efeito foi uma capacidade de eliminar as bactérias mediante o uso de uma dose 10 vezes 
menor que a recomendada atualmente. “O mecanismo de ação das estatinas limitou a oferta de colesterol às 
bactérias, fazendo com que elas perdessem uma fonte importante para o seu crescimento e multiplicação. 
Além disso, já era sabido que nessas condições suas paredes celulares tornam-se mais permeáveis à droga, 
facilitando assim a ação da rifampicina no organismo”, explica o especialista. 
 
Fonte: NETTO, P. Aliadas no tratamento da hanseníase e tuberculose. 2015. Disponível em: < 
http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=2228&sid=32>. Acessado em: 06 jun. 2018. 
As células eucarióticas animais têm uma proteção de membrana chamada glicocálice e 
dois componentes chamam a atenção quando visualizados no microscópio. Você imagina 
quais são? Veja a seguir. 
 
A presença dos glicosaminoglicanos e proteoglicanos no revestimento externo da membrana plasmática, 
como parte integrante do glicocálice, pode ser evidenciada ao microscópio de luz com colorações específicas 
para esses elementos. Ao microscópio eletrônico de transmissão conferem maior densidade à superfície 
membranar voltada para o meio extracelular. 
Fonte: Glicocálice. Disponível em:<http://www.ufrgs.br/biologiacelularatlas /memb1.htm>. Acessado em: 06 jun. 2018. 
Exercitando um pouco sobre essas estruturas de reforço da membrana, temos: 
21 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
 
 
- Será que a parede celular encontrada na célula procariótica possui a mesma composição química da parede 
da célula eucariótica vegetal? Diferencie. 
- Além de reforçar a proteção, o glicocálice (glicocálix) desempenha outras funções para as células 
eucarióticas animais. Enumere tais funções. 
 
1.2.2 
ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA 
A membrana para promover adesão, utiliza de algumas especializações, conforme 
imagem abaixo. 
Figura 6 - Complexo Juncional 
 
 Fonte: Disponível em:<http://biologiacelularufg.blogspot.com/2011/05/> 
 
 
Você sabe como as microvilosidades atuam? Nos vídeos indicados abaixo, você conseguirá visualizar tal ação 
e importância. 
Link dos vídeos: <https://www.youtube.com/watch?v=P1sDOJM65Bc> e 
<https://www.youtube.com/watch?v=SDbjwMS_1vI> 
Revisitando a imagem que demonstra as especializações, você observa a existência de 
especializações na região baso-lateral da célula. Você as conhece? 
22 
HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO E JUSSARA SANTOS SILVEIRA 
 
 
 
 
O Atlas Digital de Biologia Celular da UFRGS, disponível no link < 
http://www.ufrgs.br/biologiacelularatlas/membrana.htm>, nos presenteia com descrições riquíssimas sobre 
as especializações da membrana, bem como imagens de microscopia de excelente resolução. Vale a pena 
conferir! 
Após acessar a referência indicada acima, como também as referências básicas citadas 
no Plano de Ensino, realize a atividade abaixo: 
 
Para melhor compreender as especializações existentes na superfície baso-lateral das células, você deverá 
elaborar um quadro com as seguintes informações: 
- nome ; 
- localização na célula; 
- característica; 
- função; 
- exemplo de célula/tecido/órgão que possui. 
1.2.3 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
De acordo com a necessidade celular, esta aciona sua membrana para realizar a 
permeabilidade seletiva, o que mantém o fluxo constante de substâncias. Isto quer dizer, que a 
membrana seleciona a entrada de substâncias necessárias para manter as reações metabólicas, 
bem como expulsa outras produzidas destinadas à exportação ou produtos residuais, visando 
estabelecer um equilíbrio entre os meios extra e intracelular. 
Através desse mecanismo, verifica-se que os meios podem apresentar diferentes 
gradientes de concentração, permitindo o deslocamento de substâncias por processos 
chamados de passivos (redução de uma substância a favor do gradiente de concentração, 
utilizando energia cinética) ou ativo (aumento de uma substância contra o gradiente de 
concentração, utilizando energia celular chamada ATP – adenosina trifosfato). 
 
 
Você conseguiu lembrar quais são os tipos de transportes realizados através da membrana que são 
classificados como passivo e ativo 
23 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
 
A maioria dessas substâncias possuem estreita relação com a membrana, visto 
apresentarem solubilidade nos lipídios, resultando em seu fácil deslocamento, sendo 
classificadas como compostos hidrofóbicos (ácidos graxos, hormônios esteroides e 
anestésicos). Já as substâncias classificadas como hidrofílicas, insolúveis nos lipídios, têm seu 
deslocamento através da membrana com mais dificuldade, cujo mecanismo utilizado para sua 
penetração na célula depende do tamanho da molécula e características químicas. 
Figura 7 - Permeabilidade Relativa de Uma Bicamada Lipídica Sintética a Diferentes Classes de 
Moléculas. Quanto Menor a Molécula e, mais Importante, Quanto Menos Fortemente Ela se Associa 
à Água, Mais Rápido a Molécula Difunde-se Através da Bicamada. 
 
 
Fonte: ALBERTS, B. et al.. Biologia molecular da célula. 6. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2017. p.598. Disponível em: 
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714232/cfi/63
3!/4/4@0.00:0.00> 
 
De acordo com as características e afinidades químicas, a membrana conseguiu 
desenvolver os seguintes mecanismos para transportar tanto substâncias hidrofóbicas como 
hidrofílicas. 
 
 
 
 
 
24 
HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO E JUSSARA SANTOS SILVEIRA 
 
 
 
Figura 8 - Transporte de Substâncias Através da Membrana 
 
 Fonte: Adaptada de: <http://slideplayer.com.br/slide/10461109/> 
 
- Osmose: a concentração de solutos no meio (extra ou intracelular) determina a 
direção do deslocamento das moléculas de água que são abundantes e pequenas, pois a 
membrana é muito permeável à água. Logo, a osmose acontece a favor do gradiente de 
concentração, sendo então um tipo de transporte passivo. 
As células podem ser submetidas a três tipos de soluções, conforme concentração de 
solutos: 
- solução isotônica: os meios (intra e extracelular) apresentarem iguais concentrações de 
solutos, mantendo a célula com o volume e a forma inalterados. 
- solução hipotônica: o meio possui menor concentração de solutos, proporcionando às 
células o aumento de volume em razão à penetração de água. 
- solução hipertônica: o meio apresenta maior concentração de solutos, levando às 
células a redução de volume em razão da saída de água. 
 
Figura 9 - Osmose 
 
 Fonte: Disponível em: <http://www.ferran.com.br/o-que-e-osmose/> 
25 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
 
 
As células animais quando expostas à solução hipotônica, pode sofrer lise, devido ao aumento acentuado do 
seu volume e consequente rompimento da membrana. Já as células vegetais, embora aumentem de volume, 
não sofrem lise por causa da parede celulósica que é rígida e impede exceder a resistência da membrana 
plasmática. 
Quando a célula vegetal está em solução hipertônica, temos uma plasmólise. Quando em solução hipotônica, 
desplasmólise. 
- Difusão simples ou Difusão passiva: ocorre quando o soluto, substância hidrofóbica, 
penetra na célula quando sua concentração é menor no interior celular do que no meio 
externo, e sai da célula na situação inversa. Quanto mais solúvel em lipídio, maior facilidade 
terá para atravessar a bicamada lipídica. Logo, essa difusão não possui gasto de energia, sendo 
um tipo de transporte passivo. 
 
Figura 10 - Difusão Simples ou Passiva 
 
 Fonte: <https://isoscience2.wordpress.com/tag/gif/> 
 
- Difusão facilitada: se processaa favor do gradiente de concentração, sem gasto de 
energia, porém em velocidade maior do que na difusão simples. As substâncias que realizam 
tal transporte não possuem afinidade com os lipídios, necessitando assim, associar-se com as 
proteínas da membrana. A entrada ou saída de substâncias tipo aminoácidos, açúcares e íons 
na e da célula, ocorre via dois caminhos: proteínas canais (proteínas integrais que possuem 
um poro central e permitem a passagem das substâncias) ou proteínas transportadoras 
(também chamadas de carreadoras ou permeases, consiste nas proteínas de membrana que 
estabelecem uma combinação com o soluto, através de um sítio específico, a qual alterna sua 
sequência de conformação expondo o sítio de ligação em um dos lados da membrana para 
transferir o soluto). 
 
 
 
26 
HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO E JUSSARA SANTOS SILVEIRA 
 
 
 
Figura 11 - Difusão Facilitada: (A) Proteínas Transportadoras E (B) Proteínas de Canal 
 
Fonte: ALBERTS, B. et al.. Biologia molecular da célula. 6. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2017. p.599. Disponível em: 
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714232/cfi/634!/4/
4@0.00:50.4> 
 
 
 
Que tal observar a animação indicada no link < https://gfycat.com/gifs/detail 
/HappygoluckyDistinctGalapagoshawk>, para perceber como ocorre a difusão facilitada? Em seguida, 
classifique as proteínas como poro fixo ou transportadora. 
Para fortalecer mais ainda seu conhecimento sobre tal difusão, assista o vídeo disponível em 
<https://www.youtube.com/watch?v=AJ1wKsmBPvA> 
- Transporte ativo: utiliza-se proteínas transportadoras de membrana para permitir a 
entrada ou saída de substâncias na célula, com consumo de energia, por ser um deslocamento 
contra um gradiente químico ou elétrico e químico. 
Três tipos de proteínas de membranas estão envolvidas nesse tipo de transporte. São 
elas: uniporte (transporta em única substância em uma direção), simporte (transportam duas 
substâncias na mesma direção) e antiporte (transportam duas substâncias em direções 
opostas). Como exemplo de antiporte, temos a bomba de sódio-potássio (Na+ - K+), a qual está 
representada a seguir: 
 
Figura 12 - Transporte Ativo 
 
 Fonte: Disponível em:<http://gifimage.net/difusao-simples 
 -gif-animado-5/> 
27 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
 
 
O transporte ativo tem como exemplo a bomba de sódio-potássio (Na+ - K+) encontrada em diversas células, 
a bomba de cálcio (Ca2+) existente nas células musculares, dentre outras bombas. 
No entanto, você sabia que as células podem apresentar três tipos de bombas dirigidas por ATP? Realize a 
leitura do Capítulo 11 do livro de ALBERTS, B. et al.. Biologia molecular da célula (2017), para conhecer 
tais tipos. Além disso, essa leitura trará mais subsídios para compreender os tipos de difusão. 
- Endocitose e Exocitose: esses mecanismos ocorrem quando macromoléculas 
(proteínas, polissacarídeos e polinucleotídios) e microrganismos (bactérias, etc.) buscam 
atravessar a membrana. Tais transportes formam vesículas quer por invaginações (endocitose) 
ou por fusão à membrana plasmática (exocitose). 
 
 
Observe como as vesículas são formadas através da animação disponível no link 
<https://gfycat.com/gifs/detail/MinorOpenGrison> 
A endocitose, termo geral para designar os processos de entrada de macromoléculas e/ou 
microrganismos em célula eucariótica, apresenta três tipos: Fagocitose (substâncias sólidas), 
Pinocitose (substâncias líquidas) e Endocitose mediada por receptores (captura seletiva de 
macromoléculas, que envolve vesículas revestidas com receptores). Já a exocitose transporta 
material para fora da célula, pela fusão da membrana da vesícula com a membrana plasmática. 
 
Observe como ocorre a endocitose, através do link <https://www.youtube.com/ watch?v=bt4jUsa7Xjo> 
Chegou a hora de exercitar! 
 
Você sabe diferenciar os tipos de endocitose? Observe as imagens a seguir e classifique: (I) Endocitose 
mediado por receptor, (II) Pinocitose e (III) Fagocitose. 
 
 
 
 
28 
HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO E JUSSARA SANTOS SILVEIRA 
 
 
 
 
( ) 
 
 
 
Imagem modificada. Fonte: Disponível em: 
<http://www.teliga.net/2013/05/endocitose-um-
tipo-especial-de.html> 
 
 
 
 
( ) 
 
 
 
 
Fonte: Disponível em: 
<https://essaseoutras.com.br/endocitose-
fagocitose-e- pinocitose-e-exocitose-resumo-e-
explicacao/> 
 
 
 
( ) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem modificada. Fonte:Disponível em:< 
https://pt.slideshare.net/maxmiller18/membra
na-celular-e-citoesqueleto> 
 
 
29 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
 
1.3 
SINALIZAÇÃO CELULAR 
 
Agora, o Tema a ser apresentado é denominado de Sinalização celular. A seguir, 
apresentamos a ramificação do mapa mental geral, a qual apresenta informações sobre tal: 
 
Figura 13 - Ramificação do Mapa Mental: Sinalização Celular 
 
Fonte: Autoria Própria (2018) 
 
 
Analisar as principais partes e estruturas da célula, bem como estabelecer inter-relações com a organização 
tecidual. 
30 
HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO E JUSSARA SANTOS SILVEIRA 
 
 
 
1.3.1 
SINALIZAÇÃO CELULAR: IMPORTÂNCIA E TIPOS 
 
As células estabelecem comunicação entre si, através de sinais ou mensageiros químicos, 
que permitem ativar e/ou retardar vários processos/atividades celulares, como por exemplo, 
multiplicação celular, secreção, fagocitose, produção de hormônios, contração muscular, 
dentre outros. 
Para você perceber como essa sinalização celular atua, iniciaremos com o texto Beba 
uma xícara de sinais, extraído de Sadava (2009), que retrata situações típicas de um estudante. 
Será que você já passou por tal? 
 
 
BEBA UMA XÍCARA DE SINAIS 
Isto provavelmente já aconteceu com você: é tarde, você tem um relatório a entregar amanhã e deixou para a 
última hora. Você está exausto, mas precisa manter-se acordado e alerta para poder terminar o trabalho. O 
que você faz? Bem, para começar, pode beber uma xícara (ou várias xícaras) de café. Muitas pessoas 
recorrem ao café quando precisam despertar ou de energia extra. 
Reza a lenda que os efeitos energéticos induzidos pelo café foram primeiramente observados há mil anos, 
onde hoje é a Etiópia. Conta-se que um criador de cabras chamado Kaldi notou que suas cabras tornavam-se 
muito agitadas (ativas) após comerem os frutos de certa planta. Despertada sua curiosidade, o próprio Kaldi 
comeu alguns frutos e desfrutou completamente o resultado. Notícias de sua descoberta espalharam por toda 
a região. Logo, monges em um mosteiro próximo descobriram que, comendo os frutos, mantinham-se 
acordados durante as preces de madrugada. Os monges tiveram a ideia de secar os frutos para estoque e 
transporte, e, posteriormente, descobriram que, moendo os grãos secos e aquecendo o pó em água, o 
resultado era uma bebida agradável. 
Hoje em dia, ao menos 90% dos norte-americanos e europeus consomem cafeína de alguma forma – no chá 
(que pode conter 90 mg de cafeína por xícara de 280 mL), refrigerantes de cola (50 mg), chocolate (20 mg em 
uma barra), bem como café (cerca de 180 mg por xícara). A cafeína é nossa droga mais popular e, como 
muitas outras, é uma molécula sinal. Para entender os efeitos da cafeína, devemos primeiramente entender as 
vias pelas quais as células do corpo respondem aos sinais no seu ambiente. 
 
A resposta de uma célula para qualquer molécula sinal ocorre em três processos sequenciais. Primeiro, o 
sinal liga-se a uma proteína receptora na célula, geralmente na superfície externa da membrana plasmática. 
Segundo, a ligação do sinal gera uma mensagem a ser transmitida parao interior da célula e amplificada. 
Terceiro, a célula altera sua atividade em resposta ao sinal. 
A cafeína atua de diferentes maneiras em diferentes tecidos. O cérebro de uma pessoa cansada produz 
moléculas de adenosina que se ligam a proteínas receptoras específicas, resultando em diminuição da 
atividade cerebral e em aumento da sonolência. A estrutura molecular da cafeína assemelha-se à da 
adenosina; dessa forma, ela ocupa os receptores adenosina sem inibir a função celular do cérebro, de modo 
similar a um inibidor enzimático competitivo, e a vigília é restaurada. A adenosina também abre, ou dilata, 
31 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
 
os vasos sanguíneos que nutrem o cérebro, causando dores de cabeça; portanto, a cafeína é um ingrediente 
comum nos remédios para dor de cabeça. 
Nas células do coração e fígado, a cafeína estimula indiretamente a mesma via de sinalização normalmente 
estimulada pela epinefrina (adrenalina), o hormônio da “luta ou fuga”. O resultado é um aumento na 
frequência de batimentos cardíacos. Os músculos se contraem, e o fígado é estimulado a converter glicogênio 
em glicose e a liberá-la na corrente sanguínea. 
Como pode uma única molécula de fora do corpo ter tantos efeitos biológicos? 
 
SADAVA, D. et al. Vida: a ciência da biologia. 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. p.332-333. 
Diante da leitura realizada, como responderia o questionamento apresentado no final do 
texto? Você percebeu como a cafeína atua no nosso corpo para nos mantermos ativos, quer 
dizer, resistentes ao sono? 
 
Tanto as células de procariotos quanto as de eucariotos processam informações a partir do seu meio, as quais 
podem vir de fora do organismo como de células vizinhas dentro do organismo. Essa informação pode estar 
na forma de um estímulo físico (por exemplo, luz atingindo os olhos enquanto lê o material) ou substâncias 
químicas que banham uma célula (por exemplo, lactose no meio ao redor da E. coli). 
 
Fonte: Adaptado de SADAVA, D. et al. Vida: a ciência da biologia. 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. p.333. 
Para contribuir com o seu aprendizado e norteá-lo para responder as questões 
apresentadas acima, compartilharemos o texto a seguir que possui definições, características e 
classificações sobre a sinalização celular. 
 
A troca de informações entre as células que constituem o corpo de um ser pluricelular se estabelece já na fase 
embrionária e mantém sua importância durante toda a vida do animal. Essas informações são transmitidas 
por meio de moléculas (sinais químicos) que percorrem distâncias diversas entre a célula emissora e a 
receptora do sinal. 
Os sinais químicos possibilitam a organização das células em tecidos e estes em órgãos, pela agregação 
coerente de tecidos diferentes. Esses sinais coordenam o crescimento e as funções dos diversos órgãos do 
corpo, controlam o metabolismo, coordenam a secreção, influenciam mecanismos de defesa, bem como a 
contração dos músculos independente do seu tipo, etc., ou seja, quase todas as funções celulares são 
reguladas pela troca de sinais químicos. 
A molécula sinalizadora é chamada de ligante, e a molécula celular que se prende ao ligante e possibilita a 
resposta chama-se receptor. 
Quando os sinais químicos se difundem e afetam as células que os produzem, temos os chamados sinais 
autócrinos. No entanto, ao considerar a distância percorrida pela molécula sinalizadora e as características 
de seu trajeto, é possível constatar três tipos de comunicação: 
Comunicação por meio de hormônios ou endócrina, os quais atingem células distantes que contêm os 
receptores respectivos, ditas células-alvo. 
32 
HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO E JUSSARA SANTOS SILVEIRA 
 
 
 
Comunicação parácrina, os sinais se difundem a alguns milímetros ou centímetros no meio extracelular e 
afetam células próximas. 
Comunicação por meio de moléculas neurotransmissoras, que ocorre nas sinapses, uma célula nervosa 
(neurônio) com outra, ou com células musculares ou glandulares. 
Cerca de 80% dos hormônios são moléculas hidrossolúveis (polipeptídios, proteínas) e se ligam a receptores 
que são proteínas integrais da membrana das células-alvo. Ao se combinarem aos respectivos hormônios, os 
receptores acionam os mecanismos intracelulares que aumentam a concentração de Ca2+ ou de cAMP 
(adenosina-monofosfato cíclico). 
Os hormônios lipossolúveis, como os hormônios esteroides da camada cortical da glândula adrenal, os dos 
ovários (estrógenos, progesterona) e dos testículos (testosterona), bem como os hormônios da glândula 
tireoide (T3 e T4) que são aminoácidos modificados, atravessam facilmente a membrana celular e penetram 
nas células, indo agir em receptores específicos localizados no citoplasma e no núcleo. Ao se combinarem 
com os respectivos hormônios, esses receptores adquirem afinidade para determinadas sequências 
nucleotídicas do DNA, com as quais se combinam de modo reversível. Essa combinação altera a atividade 
dos genes próximos, que passam, geralmente, a produzir maior quantidade dos respectivos RNA 
mensageiros, mas algumas vezes há diminuição e não aumento da transcrição gênica. 
Como exemplo da comunicação parácrina pode ser citada a histamina produzida pelos mastócitos (células 
do tecido conjuntivo), que atua sobre as células musculares lisas, células do endotélio dos capilares 
sanguíneos e outras. 
Os neurotransmissores são de ação rápida, de breve duração e participam das funções cerebrais superiores e 
do controle da contração muscular e da secreção das glândulas endócrinas e exócrinas. Os receptores dos 
neurotransmissores estão sempre localizados na membrana da célula receptora, nos locais das sinapses. 
 
Fonte: Adaptado de JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, C. Biologia celular e molecular. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2012.p.117-118. 
 
Observe a imagem que apresenta tipos de sinalização celular. 
 Figura 14. Tipos de Sinalização Celular 
 
 Fonte: Disponível em:< https://alunosonline.uol.com.br/biologia/ 
 sinalizacao-celular.html> 
33 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
 
 
Após a análise da imagem, ficou mais fácil diferenciar os tipos de sinalização celular? 
 
Através da leitura realizada e das discussões estabelecidas em sala de aula, você já deve ter percebido que o 
processo de sinalização celular está relacionado com a patologia denominada Câncer. Para melhor 
compreender tal relação, sugerimos a leitura do artigo Sinalização celular em câncer, disponível no link 
<http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic /v66n1/a13v66n1.pdf> 
Que tal realizar a proposta de atividade a seguir? 
 
Para desenvolver a atividade, você precisa: 
- Ler o artigo intitulado Diabetes mellitus e estresse oxidativo: produtos naturais como alvo de novos modelos 
terapêuticos, disponível no link <http://www.rbfarma.org.br/ files/pag_49a54_DIABETES_MELLITUS.pdf>. 
- Destacar as principais informações. 
- Associar fragmentos do artigo com conteúdos trabalhados na disciplina Biologia Geral e Histologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO E JUSSARA SANTOS SILVEIRA 
 
 
 
1.4 
CITOPLASMA E ESTRUTURAS CELULARES 
 
Este tema destaca o citoplasma e as estruturas/organelas que compõem os seres 
procariotos e eucariotos. Inicie seu estudo visitando a ramificação do mapa mental geral, 
abaixo: 
 
Figura 15 - Ramificação do Mapa Mental: Citoplasma e Estruturas Celulares 
 
 
 
Fonte: Autoria Própria (2018) 
35 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
 
 
Analisar as principais partes e estruturas da célula, bem como estabelecer inter-relações com a organização 
tecidual. 
1.4.1 
CITOPLASMA E ESTRUTURAS CELULARES DOS PROCARIOTOS E 
EUCARIOTOS 
 
Creioque você já deve ter levantado alguns questionamentos sobre a célula, como por 
exemplo: O que ocorre no interior de uma célula? Como ela aproveita as substâncias que são 
englobadas? Qual a origem das substâncias eliminadas? Quais estruturas são responsáveis pelo 
funcionamento interno da célula? Esses e outros questionamentos são respondidos quando 
analisamos o citoplasma da célula. 
Você já teve a oportunidade de observar o citoplasma de uma célula? Caso ainda não, 
digo que é um ambiente de muita organização e que requer análise minuciosa para entender 
todas as estruturas e reações presentes nesse espaço. Quando você analisa o citoplasma de um 
ser procarioto, percebe que este compreende todo o ambiente delimitado pela membrana 
plasmática e comportando poucas estruturas. No entanto, ao observar o citoplasma de um ser 
eucarioto, se deslumbra com a região existente entre a membrana plasmática e o núcleo, pois 
esta é riquíssima em sistema de endomembrana. 
 
Figura 16 - Tipos de Células Quanto a Presença do Núcleo Celular 
 
Fonte: Disponível em:<https://en.wikipedia.org/wiki/File:Celltypes.svg> 
 
Para você entender melhor a fala acima, observe a imagem de uma típica célula 
procariótica e, em especial, o seu citoplasma. 
 
36 
HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO E JUSSARA SANTOS SILVEIRA 
 
 
 
 
 Figura 17. Célula Procariótica 
 
Fonte:Disponível em:<http://docente.ifsc.edu.br/melissa.kayser 
/MaterialDidatico/Citohistologia%20Animal/Aula%201.1%20%20Citoplasma%20e%20Orga
nelas%20Citoplasm%C3%A1ticas.pdf 
 
Veja que nesse citoplasma temos os seguintes componentes: 
- Citosol: aspecto líquido gelatinoso, formado principalmente por água com íons em 
solução, moléculas pequenas e macromoléculas solúveis, tais como proteínas. 
- Nucleoide: contém o material hereditário (DNA) da célula. 
- Cromossomo bacteriano: longa molécula de DNA circular. 
- Plasmídeos: pequenas moléculas de DNA circulares. 
- Ribossomos: apresentam-se em grande número, são complexos de RNA e proteínas, 
de aproximadamente 25 nm de diâmetro, correspondendo aos locais de síntese proteica. 
Os procariotos em geral não possuem citoesqueleto, mas bactérias do tipo bastonete, 
possui uma estrutura interna filamentosa e helicoidal imediatamente abaixo da membrana 
plasmática, cuja estrutura é similar à actina (parte do citoesqueleto) das células eucarióticas. 
Logo, acredita-se que a estrutura helicoidal desempenhe a função de manutenção da forma 
celular. 
 
Alguns grupos de bactérias – as cianobactérias e alguns outros – realizam fotossíntese. Para desenvolver tal 
processo, a membrana plasmática dobra-se no citoplasma, formando um sistema de membranas internas 
que contém os componentes necessários para a fotossíntese. Outros procariotos contêm dobramentos de 
membrana interna que permanecem conectados à plasmática, cuja função é atuar na divisão celular ou em 
reações liberadoras de energia. 
 
37 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
 
Fonte: Adaptado de SADAVA, D. et al. Vida: a ciência da biologia. 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. p.73. 
 
Após reconhecer os componentes do citoplasma da célula procariótica, você facilmente 
perceberá os distintos componentes do citoplasma da célula eucariótica, principalmente o 
sistema de endomembrana. Observe as imagens a seguir: 
Quadro 1 - Tipos de Células Eucarióticas 
 
(I) (II) 
 
 
Fonte: Disponível 
em:<http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/han
dle/mec/18686/1292519221781_celula_vegetal_cederj_ok.j
pg?sequence=1> 
Fonte: Disponível 
em:<www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/g
aleria/detalhe.php?foto=2213&evento=3> 
 
 
As imagens retratam os tipos de células eucarióticas, vegetal (I) e animal (II), as quais 
possuem estruturas em comum e outras que as diferenciam. Você recorda os nomes das 
organelas apresentadas nas imagens e suas respectivas funções? 
 
Para estimular a sua mente quanto ao reconhecimento das organelas e suas funções, indico o vídeo intitulado 
A célula e suas organelas, disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=gyGWN_Vk2ps&t=283s>, que 
nos leva a um passeio pelo interior da célula. 
Como visualizado nas imagens e no vídeo, o citoplasma da célula eucariótica apresenta 
organelas (membranosas e não membranosas), depósito de substâncias diversas (grânulos de 
glicogênio, gotículas de lipídios, etc.) e matriz citoplasmática ou citosol (preenchendo o espaço 
entre as organelas e os depósitos). 
 
- Organelas: embora apresente divergências entre autores sobre o conceito de organelas, 
considere nesse material todas as estruturas envolvidas ou não por membranas. Assim, temos: 
retículo endoplasmático granular ou rugoso, retículo endoplasmático agranular ou liso, 
38 
HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO E JUSSARA SANTOS SILVEIRA 
 
 
 
complexo de Golgi ou complexo golgiense, lisossomo, mitocôndria, cloroplasto, vacúolo, 
peroxissomo, citoesqueleto, centríolo e núcleo. 
Agora, sugiro a visualização dos vídeos/animações referentes a algumas organelas, para 
você consolidar o seu aprendizado sobre a morfologia e funcionamento de tais. 
 
 
ORGANELAS LINK 
Citoesqueleto www.youtube.com/watch?v=tO-W8mvBa78> 
Microtúbulo e sua dinâmica www.youtube.com/watch?v=21P100yiEN8> 
Ribossomos: origem, estrutura e 
funcionamento 
www.youtube.com/watch?v=lWX88X1naPk> 
Retículo endoplasmático: imagens e 
descrições. 
www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK9889/figure/
&id/> 
Complexo de Golgi ou golgiense www.youtube.com/watch?v=NZy38FbWjlM> 
Síntese e secreção celular: interligação do 
ribossomo, Retículo Endoplasmático 
granular e Complexo de Golgi. 
www.youtube.com/watch?v=N7WutbMim1E> 
Lisossomo www.youtube.com/watch?v=21P100yiEN8> 
Mitocôndria: morfologia e função. www.youtube.com/watch?v=dbrqNryD2A4> 
www.youtube.com/watch?v=b7q3d48YAJ8> 
Cloroplasto: morfologia. www.youtube.com/watch?v=ExHUwxc1RQI> 
 
Chamo a atenção para o peroxissomo que, morfologicamente, é muito parecido com o 
lisossomo, mas difere quanto a origem, tipos de enzimas e substrato de atuação. Essa organela 
além de promover a desintoxicação celular, realiza a degradação do peróxido de hidrogênio, 
participa do metabolismo do lipídio, ciclo do ácido glioxílico e foto-respiração. Também estão 
presentes nas células vegetais das folhas e sementes, recebendo o nome de glioxissomos. Já o 
lisossomo atua na digestão intracelular. 
39 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
 
 
Os peroxissomos além de desenvolver as funções citadas anteriormente, são fundamentais para o 
desenvolvimento do sistema nervoso, em especial, no controle da síntese da bainha de mielina. Assim, 
quando uma pessoa possui erros na síntese das enzimas peroxissomais leva à patologia denominada 
Adrenoleucodistrofia (ADL). Você sabia dessa ação do peroxissomo? E sobre a patologia? Não! Então, acesse 
o link <http://lab-siviero.icb.usp.br/biocel/modulos/peroxissomos/>. 
E em relação aos lisossomos? Embora seja uma organela mais comentada por atuar na digestão intracelular 
das células eucarióticas, e apresentar uma associação para sua origem com ribossomos – retículo 
endoplasmático rugoso – complexo de Golgi, essa organela também pode apresentar algum desajuste, seja na 
produção da proteína ou na sua conversão em enzima. Quando isso acontece, a pessoa desenvolve as 
chamadas patologias do armazenamento lisossômico, as quais são organizadas em três grupos: 
Mucopolissacaridoses, Doenças de depósitos de lipídios e Mucolipidoses. 
Ficou curioso? Será que você conhece alguma patologia do armazenamento lisossômico? 
Que tal acessar o link <http://lab-siviero.icb.usp.br/biocel/modulos/doencas-relacionadas-ao-
armazenamento-lisossomico/>, para obter maiores informações? 
- Depósito de substâncias: a depender do tipode célula, podemos encontrar vários 
depósitos de substâncias, como por exemplo, grânulos de glicogênio que consistem na reserva 
energética das células eucarióticas animais, como também, gotículas lipídicas, as quais podem 
ser originadas pela síntese e/ou ingestão. 
 
- Citosol: possui água, íons diversos, aminoácidos, precursores dos ácidos nucleicos, 
numerosas enzimas, microfibrilas (actina) e microtúbulos (tubulina). A consistência de sol e 
gel do citosol ocorre, respectivamente, com a despolimerização e polimerização das 
microfibrilas e microtúbulos. 
 
Sabe aquele material super interessante que revisa os aspectos da Membrana e aborda as Organelas existentes 
nas células eucarióticas que possui uma linguagem bem objetiva, com indicação de links e até mesmo 
propostas de atividades para fortalecer a aprendizagem? Pois é, ele está disponível em 
<https://cejarj.cecierj.edu.br/pdf_mod2/CN/Unidade03_Bio.pdf>. Vale a pena acessar! 
Ao entrar em contato com os recursos citados acima, acredito que sua visão sobre as 
células se tornou mais macro, o que favorece à compreensão e associação dos diversos 
processos existentes nessa unidade morfo-fisiológica. 
 
Para complementar seus estudos, indico a leitura abaixo: 
40 
HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO E JUSSARA SANTOS SILVEIRA 
 
 
 
 
Revisão de Biologia celular e ultraestrutura, produzido por Helene Barbosa e Suzana Côrte-Real, que aborda 
a importância da microscopia, a caracterização do modelo da membrana plasmática e seus transportes, bem 
como a distinção das organelas e técnicas para respectivas visualizações. Esse material está disponível em 
<http://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/capitulo_1_vol2.pdf> 
Chegou a hora de você exercitar! 
 
1. Graças ao citoesqueleto as organelas ocupam locais específicos no interior da célula. Baseando-se na célula 
animal evidenciada na animação disponível no link < 
http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/7625/organelas_celula_animal.swf?sequence=
1>, reconheça as organelas e sua localização. 
 
2. Ao analisar as organelas presentes no citoplasma das células eucarióticas, você percebe a presença de 
muitas nos dois tipos celulares (animal e vegetal). No entanto, é sabido que algumas organelas são 
específicas. Assista o vídeo Célula animal e vegetal – Projeto Biozoom, disponível no link < 
https://www.youtube.com/watch?v=xIqH1a_r65I>, para subsidiá-lo na elaboração de quadro com os 
seguintes itens: tipo de célula eucariótica, nome da organela, presença no tipo celular, função desenvolvida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
 
1.5 
PRODUÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA 
 
A ramificação do mapa geral que destaca o Tema Produção e armazenamento de energia 
está logo abaixo. Que tal analisar? 
 
Figura 18 - Ramificação do Mapa Mental: Produção e Armazenamento de Energia 
 
Fonte: Autoria Própria (2018) 
 
 
Analisar as principais partes e estruturas da célula, bem como estabelecer inter-relações com a organização 
tecidual. 
 
42 
HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO E JUSSARA SANTOS SILVEIRA 
 
 
 
Será que você gasta energia para ler esse material, articular suas ideias, movimentar seus 
músculos, ativar a bomba de sódio e potássio e até mesmo quando dorme? Mas então, de onde 
vem essa energia? 
Essa energia é oriunda de substâncias existentes em nosso corpo, como também dos 
alimentos ingeridos. A obtenção desses alimentos e sua absorção pelo sistema gastrintestinal 
possuem três destinos principais, conforme mencionam TORTORA & DERRICKSON (2012, 
p.518): 
- fornecer energia para os processos vitais de sustentação, como por exemplo, transporte 
ativo, replicação do DNA, síntese de proteínas, contração muscular, manutenção da 
temperatura do corpo e divisão celular. 
- servir como componente estrutural para a síntese de macromoléculas, como as 
proteínas dos músculos, os hormônios e as enzimas. 
- armazenar nutrientes para uso posterior, como o glicogênio nas células hepáticas e 
musculares, os triglicerídeos nas células adiposas. 
Tais destinos são permitidos porque desenvolvemos reações químicas (metabólicas) 
constantemente, seja de síntese (reações anabólicas que requerem entrada de energia), seja de 
degradação (reações catabólicas que liberam a energia armazenada). O conjunto dessas 
reações chama-se Metabolismo. 
Então, quais processos desenvolvidos pelas células são classificados como reações 
anabólicas e catabólicas? Conhece algum? 
Serão apresentados três processos metabólicos: Respiração celular, Fotossíntese e 
Fermentação. 
Antes de caracterizar os processos metabólicos, você precisa relembrar as principais 
moléculas transportadoras de energia: 
 
Quadro 2 - Principais Moléculas Transportadoras de Energia 
NOME DA MOLÉCULA ESTRUTURA MOLECULAR 
NAD (nicotinamida 
adenina dinucleotídeo): 
coenzima que transporta 
elétrons em reações redox. 
 
 
 Fonte: Disponível em:<http://slideplayer.com.br/slide/7600376/> 
43 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
 
FAD (flavina adenina 
dinucleotídeo): cofator que 
transporta elétrons em 
reações redox. 
 
 
 Fonte: Disponível em:<https://pt.slideshare.net/risoares/4-coenzimas-1> 
ATP (adenosina trifosfato): 
nucleotídeo responsável em 
armazenar energia em suas 
ligações químicas. 
 
 
Fonte: Disponível em: <http://profvicenteneto.blogspot.com/2013/01/a-
bioquimica-dos- vagalumes.html> 
 
Fonte: Autoria Própria (2018) 
1.5.1 
RESPIRAÇÃO CELULAR 
 
Para falar de Respiração celular você precisa lembrar qual organela desempenha tal 
processo. Lembra? Isso mesmo, a mitocôndria! Para tanto, é necessário resgatar a sua 
morfologia para entender as etapas da Respiração celular. Que tal assistir um vídeo? 
 
 
O vídeo indicado a seguir, permite revisar cada compartimento da mitocôndria de forma bem didática. Não 
deixe de assistir. 
O vídeo em questão é Estrutura e função da mitocôndria, disponível em < 
https://www.youtube.com/watch?v=Gh7B7JnTVMo> 
Veja que descoberta interessante: A forma e tamanho das mitocôndrias influenciam o 
amadurecimento celular. Você ficou curioso? Realize a leitura do artigo e socialize com os 
colegas. 
44 
HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO E JUSSARA SANTOS SILVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
O destino das células 
Forma e tamanho das mitocôndrias influenciam o 
amadurecimento celular 
 
Rodrigo de Oliveira Andrade 
Não são apenas os genes que definem o destino 
das células. Nem só o ambiente em que se 
desenvolvem. Algumas de suas estruturas internas, 
sabe-se agora, parecem influenciar a função que as 
células vão desempenhar depois de maduras. Uma 
dessas estruturas capazes de alterar os rumos das 
células são as mitocôndrias, organelas responsáveis 
pela produção de energia. Um grupo de 
pesquisadores brasileiros e norte-americanos 
coordenado pela médica Alicia Kowaltowski e pela 
bióloga Maria Fernanda Forni, ambas do Instituto de 
Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP), 
verificou que a forma e o tamanho das mitocôndrias 
ajudam a definir o tipo de tecido que as células-
tronco adultas podem originar. 
Em experimentos realizados em laboratório, os 
pesquisadores extraíram da pele de camundongos 
células-tronco adultas e, por meio de estímulos 
químicos, as induziram a se transformar em células 
de osso, cartilagem ou gordura. Durante esse 
processo de amadurecimento, chamado 
diferenciação ou especialização celular, eles 
acompanharam as transformações por que passavam as mitocôndrias. Os resultados, 
apresentados em dezembro em um artigo na revista Stem Cells, sugerem que a forma e o 
tamanho das mitocôndrias, ora maiores e bastante alongadas, ora pequenas e arredondadas,seriam um dos fatores determinantes para a diferenciação celular. 
O amadurecimento das células é um processo complexo, e em grande parte ainda 
desconhecido, em que diversas vias moleculares interagem e muitas vezes se influenciam 
mutuamente. É por meio dele que as células adquirem características específicas — as 
células de gordura, por exemplo, tornam-se especializadas em estocar energia. Para 
45 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
 
entender um pouco mais esse evento complicado, Alicia e Maria Fernanda decidiram 
analisar a dinâmica das mitocôndrias, organelas que atraem a atenção de pesquisadores nos 
últimos anos por estarem associadas ao desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, 
ao diabetes e também ao aumento do apetite e do acúmulo de gordura. 
Por muito tempo julgou-se que as mitocôndrias permaneciam estáticas e imutáveis no 
interior das células. Na última década, no entanto, estudos diversos mostraram que elas são 
bastante dinâmicas. As mitocôndrias podem se fundir umas com as outras e gerar 
mitocôndrias maiores e mais alongadas. Podem ainda se dividir e originar mitocôndrias 
menores e de formato arredondado. Várias proteínas coordenam essa dinâmica 
mitocondrial. Uma delas, a mitofusina 2, ajuda essas organelas a se unirem e se alongarem. 
Já a proteína DRP1 é fundamental para as mitocôndrias se dividirem e originarem organelas 
menores. Mitocôndrias mais longas produzem proporcionalmente mais energia na forma 
de trifosfato de adenosina (ATP), uma molécula que acumula muita energia em suas 
ligações químicas. As menores são menos eficientes na produção de ATP. 
 
Especialização 
No estudo publicado na Stem Cells, o grupo da USP induziu as células-tronco a se 
especializarem e avaliou como variavam a forma e a função das mitocôndrias e a produção 
de mitofusina 2 e DRP1. Os pesquisadores também analisaram o metabolismo energético 
das células ao medir o consumo de oxigênio pelas mitocôndrias. Por meio de um processo 
chamado respiração celular, essas organelas usam o oxigênio para quebrar moléculas de 
açúcar (glicose), gerando energia na forma de ATP. 
Os pesquisadores observaram que, durante a diferenciação celular, a produção de 
mitofusina 2 e DRP1 variava de acordo com o destino da célula. “As células que viravam 
osso e gordura produziam mais mitofusina 2 e tinham mitocôndrias alongadas, enquanto as 
que se transformavam em cartilagem sintetizavam mais DRP1 e tinham mitocôndrias 
menores e arredondadas”, diz Maria Fernanda. As células com mitocôndrias mais 
alongadas respiravam mais — e produziam mais energia — do que aquelas com 
mitocôndrias esféricas. De acordo com algumas hipóteses, as mitocôndrias mais alongadas 
produziriam mais energia porque teriam mais cópias das enzimas envolvidas no ciclo de 
Krebs, a sequência de reações químicas que produz ATP. 
Causa ou consequência? 
Mas ainda restavam dúvidas. Esses resultados não permitiam saber se a mudança na 
forma e no tamanho das mitocôndrias estava direcionando o destino da célula ou se, ao 
contrário, era a função final da célula que definia a morfologia das mitocôndrias. Para 
desfazer a dúvida, foram necessários novos experimentos. Alicia e Maria Fernanda 
decidiram, então, restringir a síntese de mitofusina 2 nas células com mitocôndrias 
alongadas e bloquear a produção de DRP1 nas células em que essas organelas eram 
pequenas e arredondadas. 
Para a surpresa de todos, quando as mitocôndrias pararam de se fundir ou de se 
46 
HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO E JUSSARA SANTOS SILVEIRA 
 
 
 
dividir, as células perderam a capacidade de se diferenciar. “Elas não conseguiam mais se 
transformar em células maduras”, diz Alicia. “Isso significa que a alteração na forma das 
mitocôndrias é essencial para a diferenciação das células-tronco”, conclui. Segundo as 
pesquisadoras, essa mesma influência deve ocorrer com outros tipos de célula-tronco. 
O grupo agora pretende comparar camundongos submetidos a diferentes tipos de 
dieta, uma livre, em que os animais podem comer quando e o quanto quiserem, e outra, 
controlada, para verificar o impacto da alimentação no metabolismo mitocondrial e se isso 
interfere na diferenciação das células-tronco. 
 
Fonte: Disponível em:<http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/12/15/o-destino-das-celulas/> 
 
O processo de respiração celular é caracterizado como catabólico. Esse processo envolve 
reações anaeróbicas (ausência de oxigênio) e aeróbicas (presença de oxigênio). De acordo com 
essa classificação, temos as seguintes etapas: 
 
Figura 19 - Respiração Celular: Reações e Etapas 
 
 Fonte: Autoria Própria (2018) 
 
1. A respiração celular é realizada em etapas, conforme esquema acima. Será que todas essas etapas ocorrem 
no mesmo lugar? Investigue tal situação e informe onde cada etapa da respiração celular acontece. 
 
2. É possível estabelecer uma equação geral para a respiração celular? Se sim, informe e identifique cada 
molécula, independente de ser reagente ou produto. 
 
3. Um dos produtos da respiração celular é a produção de energia. Quais reações e/ou processos realizados 
pela célula que você conhece e que necessitam de energia? 
47 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
 
Ao responder a Questão 1, você pôde notar que as etapas da respiração celular ocorrem 
em locais distintos. Mas será que essas etapas são independentes ou possuem inter-relação? 
Para desmistificar esse questionamento, o convido para realizar a leitura de uma breve 
descrição dessas etapas. 
 
As moléculas energéticas mais usadas pelas células são os ácidos graxos e a glicose. Esta é degradada na 
matriz citoplasmática, sem participação de oxigênio, pelo processo de glicólise anaeróbia, e cada mol de 
glicose produz e mols de ATP e deixa como resíduo 2 mols de piruvato, que ainda contém muita energia. 
Moléculas de piruvato e de ADP passam para a matriz mitocondrial, onde também chega oxigênio da 
respiração e se forma acetil coenzima A ou acetil-CoA, que entra no ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico. 
Este e o transportador de elétrons, localizados nas cristas mitocondriais, produzem mais 36 mols de ATP. 
 
Texto adaptado. JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 9.ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2012. p.80. 
Que tal visualizar o descrito acima, de forma animada? O que você está esperando para 
acessar o vídeo indicado abaixo? 
 
O vídeo Biologia – Respiração celular, disponível em www.youtube.com/watch?v= NV6qqcr4o6s>, apresenta 
de forma objetiva os locais de ocorrência, os principais produtos e o rendimento energético de cada etapa. 
 
Assistiu ao vídeo? Conseguiu acompanhar todas as etapas e respectivas caracterizações? 
Não! 
Então, acesse a Biblioteca Virtual da FTC e siga a indicação abaixo. 
 
 
Acesse a Biblioteca Virtual da FTC, selecione a referência denominada Fundamentos da Biologia Celular de 
Bruce Alberts, realize a leitura do Capítulo 14 – A geração de energia em mitocôndrias e cloroplastos para 
compreender de forma detalhada todo o processo da respiração celular, bem como estabelecer comparações 
com outro processo bioenergético, a fotossíntese. 
Para aprimorar o descrito no Capítulo 14 de forma animada, sugiro visualizar um outro 
material. 
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HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO E JUSSARA SANTOS SILVEIRA 
 
 
 
 
Os vídeos sugeridos esboçam com mais detalhe as etapas da Respiração celular. São eles: 
- Glicólise: www.youtube.com/watch?v=3qdJ2oJW5qQ> 
- Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido cíclico: www.youtube.com/watch?v=xvhUx-P9fKQ> 
- Fosforilação oxidativa ou Cadeia transportadora de elétrons ou Cadeia respiratória: 
www.youtube.com/watch?v=0K7Ixbs8lBQ> 
1.5.2 
FERMENTAÇÃO 
 
Reflita sobre essas questões: Existe alguma relação da respiração celular com 
fermentação? Qual processo produzmais energia? Qual a quantidade de energia liberada? 
Todos os seres vivos realizam fermentação? Existem alimentos resultantes da fermentação? 
Qual é o tipo de fermentação que você realiza? 
E então, como você responderia? Será que todas as suas respostas estão corretas? 
Certifique. 
O processo chamado Fermentação ocorre quando o piruvato resultante da glicólise 
anaeróbica permanece na via sem oxigênio, e a depender do ser vivo, é oxidado em álcool 
etílico (etanol) e CO2, ácido láctico e ácido acético (acetato). Embora essas moléculas sejam 
relativamente ricas em energia, não conseguem degradar totalmente a glicose, resultando na 
liberação de pouca energia química, ou seja 2 moléculas de ATP. Já a respiração celular 
produz 36 a 38 ATP. 
Para compreender como a fermentação está presente em nosso dia a dia, acesse os 
vídeos indicados. 
 
 
O vídeo O que é fermentação?, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=AWBZ8PfHTmo>, 
aborda o processo fermentativo com uma linguagem clara e objetiva. Já o vídeo Fermentação alcoólica e 
produção de bebidas, disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=xAisq9WcAFM>, permite 
fortalecer a presença desse processo na produção de bebidas. Vale a pena assistir! 
A depender do ser vivo o produto da fermentação difere, como por exemplo: 
 
 
 
49 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
 
Quadro 3 - Tipos de Fermentação 
 
 
 Fonte: Disponível em:<https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategiasensino/fermentacao 
 .htm> 
 
E qual tipo de fermentação realizamos? Isso mesmo. A fermentação lática desenvolvida 
pelos músculos quando entram em fadiga. Assista ao vídeo indicado abaixo. 
 
Mecanismos anaeróbicos para a produção de ATP, disponível em: 
www.youtube.com/watch?v=eQEd0rGucN0 
Esse vídeo retrata uma situação que pode ocorrer com qualquer pessoa, independente do membro (superior 
ou inferior). Será que você já vivenciou tal situação? 
Agora, para analisar de forma comparativa os tipos de fermentação, separamos os 
seguintes vídeos: 
 
 
 
Os vídeos indicados variam a forma de apresentação: um é mais teórico e o outro possui linguagem mais 
cotidiana. São eles: 
- Fermentação, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=5bk3_x28VVk>, 
- Ácido acético ou etanoico, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=wsdajKfoHMw> 
1.5.3 
FOTOSSÍNTESE 
Os plastídeos ou plastos constituem um grupo de organelas específicas das células 
vegetais que possuem uma membrana dupla e um material genético próprio, características 
encontradas também nas mitocôndrias. 
Diferentes plastos são encontrados e classificados de acordo com a cor e função. Você 
sabe como são classificados? Que tal certificar? 
50 
HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO E JUSSARA SANTOS SILVEIRA 
 
 
 
- Cromoplastos: quando apresentam cor. 
- Leucoplastos: quando são incolores. 
Dentre os cromoplastos, destacam-se os cloroplastos que apresentam clorofila, presentes 
em algas verdes e nas partes aéreas verdes das plantas. Essas organelas são os sítios para a 
fotossíntese. Ou seja, na presença da luz, os seres portadores de cloroplastos removem o 
carbono do dióxido de carbono do ar e incorpora-o em suas próprias substâncias, liberando 
oxigênio da célula, concomitantemente. 
 
Assista o vídeo disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=eOPEn2qYff4>, para resgatar toda a 
morfologia do cloroplasto. 
Vários estudos foram realizados para compreender como a Fotossíntese ocorre. Você 
tem interesse em conhecer a evolução histórica da fotossíntese? Então, sugiro a leitura de um 
excelente material. 
 
No material disponível em < http://www.fisiologiavegetal.ufc.br/APOSTILA/FOTOSSINTESE.pdf>, você 
encontrará a compilação da evolução histórica sobre a fotossíntese, bem como o desenvolvimento de suas 
reações. 
Como a respiração celular, a fotossíntese também ocorre em etapas. As etapas 
fotossintéticas são: reações de luz ou reações fotoquímicas e reações bioquímicas ou reações 
de escuro. Será que você consegue diferenciá-las? Veja o vídeo indicado abaixo para depois 
fazer as devidas anotações. 
 
O vídeo que sugiro para fortalecer seu conhecimento com a leitura anterior, embora esteja em inglês, é de 
fácil compreensão. Seu título é Reações de claro e de escuro, disponível em 
<https://www.youtube.com/watch?v=v-G-d27C1TU>. 
O processo fotossintético é de suma importância não apenas para quem o realiza, mas 
para a maioria dos seres vivos que necessitam de oxigênio para sobreviver, além da fonte 
energética produzida e consumida, o carboidrato. 
 
 
 
 
51 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
 
Amplie suas informações sobre a fotossíntese, consultando o material a seguir: 
 
No material disponível em < http://docentes.esalq.usp.br/luagallo/fotossintese.html>, você encontrará vários 
vídeos e textos, os quais agregam informações fundamentais para a compreensão da fotossíntese. 
Chegou a hora de você exercitar! 
 
Após revisar os processos bioenergéticos, você consegue estabelecer relações entre eles? Se sim, elabore um 
mapa mental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO E JUSSARA SANTOS SILVEIRA 
 
 
 
1.6 
NÚCLEO E CICLO CELULAR 
 
O tema Núcleo e ciclo celular é iniciado com a ramificação mais detalhada do mapa 
geral. Observe: 
 
Figura 20 - Ramificação do Mapa Mental: Núcleo e Ciclo Celular 
 
 
 
 Fonte: Autoria Própria (2018) 
 
Analisar as principais partes e estruturas da célula, bem como estabelecer inter-relações com a organização 
tecidual. 
53 
BIOLOGIA GERAL E HISTOLOGIA 
 
 
 
1.6.1 
NÚCLEO 
Todas as células possuem material genético, o qual pode estar desprotegido ou 
envolvido por uma dupla membrana, sendo este último, chamado de núcleo. Essa organela é 
caracterizada como fator prioritário para classificarmos as células em eucarióticas. 
O núcleo apresenta polimorfismo, ou seja, possui tamanho (5 a 10μm) e forma 
(alongado, ovoide, esférico ou lobulado) diferentes a depender do tipo de célula. Além disso, 
possui uma variação em seu número, classificando as células em uninucleadas (um só núcleo) 
ou multinucleadas (vários núcleos). 
Você lembra dos componentes do núcleo? Veja o que diz o texto produzido por Tatiana 
Montanari, em Atlas digital de Biologia celular e tecidual, a respeito dessa estrutura. 
 
Núcleo 
 
[...] O núcleo tem o material genético, o ácido desoxirribonucleico (DNA), o qual está enrolado em proteínas 
básicas, as histonas, formando a cromatina. Segundo o seu grau de condensação, ela é classificada em 
eucromatina (difusa e transcrita) e heterocromatina (condensada e geralmente inativa). 
O núcleo está presente quando a célula encontra-se na interfase do ciclo celular. Durante a divisão, a 
cromatina condensa-se em cromossomos, e a membrana nuclear desintegra-se. 
O nucléolo é uma área não circundada por membrana, geralmente esférica, onde ocorre a produção dos 
ribossomos. Nele o DNA ribossômico (DNAr) é transcrito em RNAr, e este é envolvido por proteínas para 
formar as subunidades ribossômicas. 
Nas pessoas do sexo feminino, há um pequeno apêndice em forma de baqueta de tambor no núcleo. Consiste 
em um dos cromossomos X bastante condensado e, consequentemente, inativo. É chamado de cromatina 
sexual ou corpúsculo de Barr. 
Ao microscópio eletrônico, é possível distinguir, no nucléolo, três áreas: a pars amorfa (região amorfa), clara, 
corresponde Às alças de DNA das regiões organizadoras nucleolares (NOR de nucleolar organizing regions), 
que codificam o RNAr; a pars fibrosa (porção fibrosa), com o DNAr sendo transcrito em RNAr, e a pars 
granulosa (porção granulosa), onde