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Doação e Revogação de Doação

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Resumo do julgado
Um promitente comprador poderá deixar de pagar as parcelas previstas em contrato alegando a exceptio non adimpleti contractus (exceção do contrato não cumprido) se o promitente vendedor não entregar o bem objeto do negócio no prazo previsto, havendo receio concreto de que ele não transferirá o imóvel ao promitente comprador.
STJ. 3ª Turma. REsp 1193739-SP, Rel. Min. Massami Uyeda, julgado em 3/5/2012.
Obs.: a incorporadora não entregou o imóvel na data ajustada no contrato. Ademais, surgiu receio concreto de que o promitente vendedor (incorporadora) não iria transferir o imóvel ao promitente comprador
	DOAÇÃO
	Resumo do julgado
A doação remuneratória é aquela na qual a coisa é doada como forma de recompensa por um serviço prestado pelo donatário.
A doação remuneratória deve respeitar os limites impostos pelo legislador.
O Código Civil proíbe a doação universal (doação de todos os bens do doador sem que seja a ele resguardado o mínimo existencial) e a doação inoficiosa (aquela que ocorre em prejuízo à legítima dos herdeiros necessários).
O fato de a doação ser remuneratória não a isenta de respeitar essas limitações. Assim, a doação remuneratória não pode se constituir em uma doação universal nem em uma doação inoficiosa.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.708.951-SE, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 14/05/2019 (Info 648).
veremos casos paradigmáticos remuneração pode fazer uma doação remuneratória 
100 doa 80 seria doação inoficiosa mas 50 não seria 
Não posso Resumo do julgado
É inválida a doação realizada por meio de procurador se o instrumento procuratório concedido pelo proprietário do bem não mencionar o donatário, sendo insuficiente a declaração de poderes gerais na procuração.
STJ. 4ª Turma. REsp 1575048-SP, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 23/2/2016 (Info 577).
Resumo do julgado
É possível o cancelamento da cláusula de inalienabilidade de imóvel após a morte dos doadores se não houver justa causa para a manutenção da restrição ao direito de propriedade.
A doação do genitor para os filhos e a instituição de cláusula de inalienabilidade, por representar adiantamento de legítima, deve ser interpretada na linha do que prescreve o art. 1. 848 do CC, exigindo-se justa causa notadamente para a instituição da restrição ao direito de propriedade.
Caso concreto: decidiu ser possível o cancelamento da cláusula de inalienabilidade após a morte dos doadores, considerando que já se passou quase duas décadas do ato de liberalidade e tendo em vista a ausência de justa causa para a manutenção da restrição. Não havendo justo motivo para que se mantenha congelado o bem sob a propriedade dos donatários, todos maiores, que manifestam não possuir interesse em manter sob o seu domínio o imóvel, há de se cancelar as cláusulas que o restrigem.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.631.278-PR, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 19/03/2019 (Info 646).
Enquanto o doador estava vivo e existia o usufruto, era razoável ser mantida a restrição (inalienabilidade), pois a venda do imóvel enquanto estivesse vivo poderia comprometer o seu uso tranquilo do bem. No entanto, após a morte do doador, ocorreu, como consequência, a extinção do usufruto e acabou o justo motivo que impedia a alienação.
Caso especifico doação com cláusula de usufruto tem essa cláusula 
Serie de complicações e empecilhos se mae falece a finalidade persiste não pode alienar então nesse caso não há justa causa possível cancelamento importante restrição ao \D propriedade pesar ônus nesse caso não haveria justa causa para essa limitação 
Resumo do julgado
A inexecução do encargo assumido pelo donatário em face do doador como condição para a celebração da doação onerosa poderá ensejar a sua revogação.
Não previsto prazo determinado para o cumprimento da contraprestação, o doador, mediante notificação judicial ou extrajudicial, pode constituir em mora o donatário, fixando-lhe prazo para a execução do encargo. Restando este inerte (“parado”), opera-se a revogação da doação.
Apesar do art. 562 do CC falar em notificação judicial, admite-se também a notificação extrajudicial com base no art. 397, parágrafo único do CC, sendo excesso de formalismo exigir a notificação judicial.
STJ. 3ª Turma. REsp 1622377/MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 11/12/2018.
Encargo: ônus imposto a liberalidades
Condição x Termo x Encargo: elementos acidentais dos NJ
Alargou possibilidade ,encargo ônus as liberalidades 
Termo data prazo termo evento futuro certo 10 de outubro 
	💐💐💐
Resumo do julgado
A pessoa que tenha herdeiros necessários só pode doar até o limite máximo da metade de seu patrimônio, considerando que a outra metade é a chamada “legítima” (art. 1.846 do CC) e pertence aos herdeiros necessários.
Doação inoficiosa é a que invade a legítima dos herdeiros necessários, sendo vedada pelo ordenamento jurídico (art. 549 do CC).
O excesso na doação (invasão da legítima) é apurado levando-se em conta o valor do patrimônio do doador ao tempo da doação, e não o patrimônio estimado no momento da abertura da sucessão do doador.
STJ. 2ª Seção. AR 3493-PE, Rel. Min. Massami Uyeda, Rel. p/ Acórdão Ministro Luis Felipe Salomão, julgado em 12/12/2012 (Info 512).
Exemplo:
João, viúvo e pai de dois filhos, possuía um patrimônio de um milhão de reais. Em um determinado dia, decide doar uma casa de 500 mil reais para seu melhor amigo. Essa doação é possível? Sim, considerando que não invadiu a legítima, ou seja, não doou a metade destinada aos herdeiros necessários (seus filhos). Meses depois, os negócios empresariais de João começam a ruir e ele perde 400 mil reais em dívidas. Quando João morre, seu patrimônio era de 100 mil reais. A doação feita por João continua sendo válida, tendo em vista que, quando foi realizada, seu patrimônio era maior e não houve invasão da legítima.
A doutrina costuma utilizar a seguinte frase para explicar essa solução jurídica: o posterior empobrecimento do doador não anula as doações feitas quando ainda era homem rico.
Poderia patrimônio era de 1miçhao e doou metade não é inoficiosa , mas na data de abertura ele gasta tudo ,momento de aferição e é de doação e não de abertura de sucessão a doação não é invalida 
	STJ reconhece novamente a exigibilidade da promessa de doação de imóveis efetivada, de forma livre e lícita, em processos de separação ou divórcio.
Recurso Especial nº 1.355.007 - SP em 27/06/2017
No âmbito do Superior Tribunal de Justiça, após divergência entre a 3ª e a 4ª Turmas, a matéria restou pacificada pela Segunda Seção, por ocasião do julgamento do EREsp n.º 125859⁄RJ, Rel. Ministro Ruy Rosado de Aguiar, DJ 24⁄03⁄2003, no sentido da validade e eficácia do compromisso de transferência de bens assumidos pelos cônjuges na separação judicial, pois, nestes casos, não se trataria de mera promessa de liberalidade, mas de promessa de um fato futuro que entrou na composição do acordo de partilha dos bens do casal.
QUESTÃO PROVA EMERJ 2017.2
Partilha prometem doação para partilha fica equilibrada embora não tenha previsão expressa se não acato isso levaria a enriquecimento ilícito não seria meramente liberatória deveria reequilibrar 
Seguro 
Resumo do julgado
Súmula 632-STJ: Nos contratos de seguro regidos pelo Código Civil, a correção monetária sobre a indenização securitária incide a partir da contratação até o efetivo pagamento.
STJ. 2ª Seção. Aprovada em 08/05/2019, DJe 13/05/2019
No contrato de seguro, “o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados” (art. 757 do CC).
Obrigação de meio x obrigação de resultado x obrigação de garantia.
Ex.: Seguro de vida contratado em 01/01/2019, morte em 01/01/2020 e pagamento em 01/01/2021. Desde quando corre a correção monetária?
Primero tinha segunda não tinha jurisprudência mudou 
Obrigação de resultado Resumo do julgado
Súmula 620-STJ: A embriaguez do segurado não exime a seguradora do pagamento da indenização prevista em contrato de seguro de vida.
STJ. 2ªSeção. Aprovada em 12/12/2018, DJe17/12/2018.
A jurisprudência do STJ entende que a cláusula presente no contrato de seguro de vida que exclua a cobertura em caso de morte decorrente de embriaguez é uma cláusula muito restritiva que acaba contrariando a própria finalidade do contrato.
Risco de vida em virtude de embriagues STJ entende que clasula é abusiva 
Resumo do julgado
No contrato de seguro de automóvel, é lícita a cláusula que exclui a cobertura securitária para o caso de o acidente de trânsito (sinistro) ter sido causado em decorrência da embriaguez do segurado. No entanto, esta cláusula é ineficaz perante terceiros (garantia de responsabilidade civil).
Isso significa que, mesmo que contrato preveja a exclusão da cobertura em caso de embriaguez do segurado, a seguradora será obrigada a indenizar a vítima (terceiro) caso o acidente tenha sido causado pelo segurado embriagado.
Em outras palavras, não se pode invocar essa cláusula contra a vítima.
Depois de indenizar a vítima, a seguradora poderá exigir seu direito de regresso contra o segurado (causador do dano).
A garantia de responsabilidade civil não visa apenas proteger o interesse econômico do segurado tendo, também como objetivo preservar o interesse dos terceiros prejudicados.
O seguro de responsabilidade civil se transmudou após a edição do Código Civil de 2002, de forma que deixou de ser apenas uma forma de reembolsar as indenizações pagas pelo segurado e passou a ser também um meio de proteção das vítimas, prestigiando, assim, a sua função social.
É inidônea a exclusão da cobertura de responsabilidade civil no seguro de automóvel quando o motorista dirige em estado de embriaguez, visto que somente prejudicaria a vítima já penalizada, o que esvaziaria a finalidade e a função social dessa garantia, de proteção dos interesses dos terceiros prejudicados à indenização, ao lado da proteção patrimonial do segurado.
STJ. 3ª Turma. REsp 1738247-SC, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 27/11/2018 (Info 639).
Cobra de pessoa embrigada mais vantagem cobra de asseguradora 
Resumo do julgado
É abusiva a exclusão do seguro de acidentes pessoais em contrato de adesão para as hipóteses de:
a) gravidez, parto ou aborto e suas consequências;
b) perturbações e intoxicações alimentares de qualquer espécie; e
c) todas as intercorrências ou complicações consequentes da realização de exames, tratamentos clínicos ou cirúrgicos.
STJ. 3ª Turma. REsp 1635238-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 11/12/2018 (Info 640).
Segundo a Resolução CNSP nº 117/04, da SUSEP, acidente pessoal é o “evento com data caracterizada, exclusivo e diretamente externo, súbito, involuntário, violento, e causador de lesão física, que, por si só e independente de toda e qualquer outra causa, tenha como consequência direta a morte, ou a invalidez permanente, total ou parcial, do segurado, ou que torne necessário tratamento médico”.
As complicações decorrentes de gravidez, parto, aborto, perturbações e intoxicações alimentares, intercorrências ou complicações consequentes da realização de exames, tratamentos clínicos ou cirúrgicos constituem eventos imprevisíveis, fortuitos e inserem-se dentro do conceito de “acidente pessoal” de forma que qualquer cláusula excludente da cobertura é efetivamente abusiva porque limita os direitos do consumidor.
	
Esses casos são sim cobertos pelo seguro 
Súmula 616-STJ: A indenização securitária é devida quando ausente a comunicação prévia do segurado acerca do atraso no pagamento do prêmio, por constituir requisito essencial para a suspensão ou resolução do contrato de seguro.
STJ. 2ª Seção. Aprovada em 23/05/2018, DJe 28/05/2018.
Resumo do julgado
Súmula 610-STJ: O suicídio não é coberto nos dois primeiros anos de vigência do contrato de seguro de vida, ressalvado o direito do beneficiário à devolução do montante da reserva técnica formada.
STJ. 2ª Seção. Aprovada em 25/04/2018, DJe 07/05/2018 (Info 624).
ATENÇÃO! MUDANÇA DE ENTENDIMENTO DO STJ!!!
COBRADO PELA EMERJ EM 2015.1 E 2018.2
 
Resumo do julgado
 
Um promitente comprador poderá deixar de pagar as parcelas previstas em contrato 
alegando a exceptio non adimpleti contractus (exceção do contrato não cumprido) se o 
promitente vendedor n
ão entregar o bem objeto do negócio no prazo previsto, havendo 
receio concreto de que ele não transferirá o imóvel ao promitente comprador.
 
STJ. 3ª Turma. REsp 1193739
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SP, Rel. Min. Massami U
yeda, julgado em 3/5/2012.
 
Obs.: a incorporadora não entregou o imóvel na data ajustada no contrato. Ademais, 
surgiu receio concreto de que o promitente vendedor (incorporadora) não iria tra
nsferir o 
imóvel ao promitente comprador
 
 
 
DOAÇÃO
 
 
Resumo do julgado
 
A doação remuneratória é aquela na qual a coisa é doada como f
orma de 
recompensa por um serviço prestado pelo donatário.
 
A doação remuneratória deve respeitar os limites impostos pelo legislador.
 
O Código Civil proíbe a 
doação universal (doação de todos os bens do doador sem 
que seja a ele resguardado o mínimo existencial) e a doação inoficiosa (aquela que ocorre 
em prejuíz
o à legítima dos herdeiros necessários)
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O fato de a doação ser remuneratória não a isenta de respeitar essas limitações. 
A
ssim, a doação remuneratória não pode se constituir em uma doação universal nem em uma 
doação inoficiosa.
 
STJ. 3ª Turma. REsp 1.708.951
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SE, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 14/05/2019 
(In
fo 648).
 
 
veremos
 
casos 
paradigmáticos
 
remuneração
 
pode fazer uma 
doação
 
remuneratória
 
 
100 doa 80 seria 
doação
 
inoficiosa
 
mas 50 
não
 
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N
ão
 
posso 
Resumo do julgado
 
É inválida a doaçã
o realizada por meio de procurador se o instrumento procuratório 
concedido pelo proprietário do bem não mencionar o donatário, sendo insuficiente a 
declaração de poderes gerais na procuração.
 
STJ. 4ª Turma. REsp 1575048
-
SP, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 23/2/2016 (Info 
577).
 
Resumo do julgado
 
É possível o ca
ncelamento da cláusula de inalienabilidade de imóvel após a morte 
dos doadores se não houver justa causa para a manutenção da restrição ao direito de 
propriedade.
 
 
Resumo do julgado 
Um promitente comprador poderá deixar de pagar as parcelas previstas em contrato 
alegando a exceptio non adimpleti contractus (exceção do contrato não cumprido) se o 
promitente vendedor não entregar o bem objeto do negócio no prazo previsto, havendo 
receio concreto de que ele não transferirá o imóvel ao promitente comprador. 
STJ. 3ª Turma. REsp 1193739-SP, Rel. Min. Massami Uyeda, julgado em 3/5/2012. 
Obs.: a incorporadora não entregou o imóvel na data ajustada no contrato. Ademais, 
surgiu receio concreto de que o promitente vendedor (incorporadora) não iria transferir o 
imóvel ao promitente comprador 
 
 DOAÇÃO 
 Resumo do julgado 
A doação remuneratória é aquela na qual a coisa é doada como forma de 
recompensa por um serviço prestado pelo donatário. 
A doação remuneratória deve respeitar os limites impostos pelo legislador. 
O Código Civil proíbe a doação universal (doação de todos os bens do doador sem 
que seja a ele resguardado o mínimo existencial) e a doação inoficiosa (aquela que ocorre 
em prejuízo à legítima dos herdeiros necessários). 
O fato de a doação ser remuneratória não a isenta de respeitar essas limitações. 
Assim, a doação remuneratória não pode se constituir em uma doação universal nem em uma 
doação inoficiosa. 
STJ. 3ª Turma. REsp 1.708.951-SE, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 14/05/2019 
(Info 648). 
 
veremos casos paradigmáticos remuneração pode fazer uma doação remuneratória 
100 doa 80 seria doação inoficiosa mas 50 não seria 
Não posso Resumo do julgado 
É inválida a doação realizada por meio de procurador se o instrumento procuratório 
concedido pelo proprietário do bem não mencionar o donatário, sendo insuficiente a 
declaração de poderes gerais na procuração. 
STJ. 4ª Turma. REsp 1575048-SP, Rel. Min.Marco Buzzi, julgado em 23/2/2016 (Info 
577). 
Resumo do julgado 
É possível o cancelamento da cláusula de inalienabilidade de imóvel após a morte 
dos doadores se não houver justa causa para a manutenção da restrição ao direito de 
propriedade.

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