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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO FIB DA BAHIA CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E MECÂNICA ROBÔ COMPETIDOR NA MODALIDADE “SUMÔ” EQUIPE PDAC Salvador 2019 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO FIB DA BAHIA CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E MECÂNICA AILSON FRANÇA DOS SANTOS CAROLINE PRATA AMÂNCIO DANILO SANTOS LEITE PAULO GIOVANI NERI RAMOS Relatório apresentado para o curso de Engenharia Elétrica e Engenharia Mecânica do Centro Universitário Estácio da Bahia como parte das exigências para a disciplina de Automação e Robótica. Prof. Lucas Salvador 2019 3 SUMÁRIO 1. OBJETIVO.......................................................................................4 2. INTRODUÇÃO TEÓRICA................................................................4 2.1. Competição e Robô autônomo..............................................5 2.1.1. Exigências relacionadas ao projeto.......................................5 3. TEORIAS APLICADAS AO PROJETO.............................................6 3.1. Esquema mecânico.................................................................6 3.1.1 Chassi....................................................................................6 3.1.2 Rodas com motores..............................................................7 3.1.3 Roda de apoio.......................................................................7 3.2. Esquema eletrônico................................................................8 3.2.1 Arduíno.................................................................................8 3.2.2 Sensor Ultrassônico.............................................................9 3.2.3 Ponte H L298N....................................................................10 3.2.4 TCRT 5000 (Sensor de linha).............................................11 3.2.5 Bateria de Lítio Recarregável.............................................11 3.2.6 Cabos Jumper....................................................................12 3.2.7 Placa Protoboard................................................................12 3.2.8 LED.....................................................................................13 3.2.9 Chave (interruptor on/off)....................................................14 3.2.10 Resistores.........................................................................14 3.3. Programação.........................................................................15 4. MONTAGEM DO ROBÔ..................................................................20 5. CONCLUSÃO...................................................................................22 4 1. OBJETIVO Desenvolver um robô competidor na modalidade “sumô” de modo que o mesmo interaja com o ambiente seguindo as regras exigidas desta batalha, mostrar os aspectos criativos e construtivos de um robô lutador sumô, e apresentar as melhorias implementadas valorizando a criatividade do projeto. 2. INTRODUÇÃO TEÓRICA Nos últimos anos observou-se um aumento na aplicação de robôs autônomos e, principalmente, na conscientização da importância dos mesmos pela sociedade. Com a imersão da robótica e automação cada vez mais constante no dia-a-dia, a utilização destes robôs atualmente se dá, mais do que antes, em diversas áreas que são bem próximas da realidade, como: áreas industriais, locomoção, entretenimento, esporte, na área educacional e até na área doméstica. Para o uso da robótica, é necessária a presença de sistemas mecânicos, elétricos e eletrônicos, com o auxílio da computação para controle e precisão destes processos. Uma característica comum da aplicação dos robôs é a utilização de um veículo móvel ou plataforma, que disponibilize a competência de navegar de uma posição conhecida a uma nova localização, assim como evitar obstáculos e se posicionar na forma que foi exigida. Para que tudo isso seja possível, é imprescindível à utilização de um sistema de sensores, o qual obterá os dados que descrevem o ambiente e passará as informações para o sistema do computador do robô, onde realizará os cálculos necessários para que o sistema piloto do robô controle os movimentos dos atuadores. 5 2.1 Competição e Robô Autônomo Nesta competição de robô modalidade “sumô” a intenção é conseguir empurrar o robô oponente, de forma autônoma, para fora da área limitada ou arena, onde a disputa é realizada. Vale ressaltar que todas as categorias devem respeitar os limites preestabelecidos impostos pelo organizador ou bancada organizadora, como peso e dimensionamento do robô, e as regras da competição. É possível realizar a competição através de robôs controlados, ou robôs autônomos. Nesta atividade será utilizado um robô autônomo, que traz como característica principal a capacidade de receber ordens para a execução de tarefas, e realizar os objetivos desejados em ambientes desestruturados sem a ajuda humana. Um robô autônomo deverá ser equipado com sensores (visão, infravermelho, sonar, tato, toque, sistemas de navegação inercial e etc.) que oferecem ao robô a capacidade de percepção do meio ambiente, e a partir disto os robôs obtêm a capacidade de decisão, que os permitem cumprir uma tarefa sem intervenção humana. Estes sensores permitem que o robô interaja com o ambiente, fazendo- o perceber e construir o modelo do ambiente no qual o movimento se desenvolve e depois tomar decisões, baseados em comandos pré-determinados na programação, para as suas ações e a realização de uma tarefa. 2.1.1 Exigências relacionadas ao projeto As principais exigências do robô estão relacionadas ao tipo de controle, a dimensão e o peso. O robô terá um tipo de controle autônomo; a sua dimensão é estabelecida por 20x20 cm (largura x comprimento), sem limitação de altura; e o seu peso deve ser no máximo de 3 Kg. Além disso, o robô deve possuir, no mínimo, 3 sensores. A arena do campo de batalha do robô que terá a dimensão de 1,4m² possuirá uma borda branca que delimita à área e uma parte interna de cor preta. 6 3. TEORIAS APLICADAS AO PROJETO Para a construção de um robô de sumô se faz necessária a aplicação de teorias relacionadas a mecânica, eletrônica e programação. A parte da mecânica será responsável pela estrutura e locomoção do robô; a eletrônica é composta por componentes e sinais eletrônicos que formam o circuito que mantêm a interface mecânica/programação e realizam a leitura do ambiente externo; a programação será responsável por interpretar esses dados lidospelos sensores e processá- los para tomar as decisões de atuação dos robôs. 3.1 Esquema mecânico 3.1.1 Chassi Para a construção da base do robô modalidade tipo sumô, foi confeccionado um chassi de material metálico (ferro galvanizado). Figura 1 – Chassi de ferro galvanizado 7 3.1.2 Rodas com motores As e-wheels são, basicamente, rodas que possuem motores elétricos acoplados as mesmas. A grande vantagem delas é que, sem a necessidade da intermediação de um sistema de transmissão, conseguem obter mais rendimento dos motores. Estes motores fazem o trabalho de converter a energia elétrica da bateria para energia mecânica. Figura 2 – Rodas com motores 3.1.3 Roda de Apoio Foi utilizada uma roda de apoio para suportar e equilibrar o chassi do robô modalidade sumô. Figura 3 – Roda de apoio 8 3.2 Esquema eletrônico 3.2.1 Arduíno A placa Arduíno é uma plataforma de prototipagem eletrônica de hardware livre e de placa única, projetada com um micro controladorAtmel AVR com suporte de entrada/saída embutido, uma linguagem de programação padrão, a qual tem origem em Wiring, e é essencialmente C/C++. O objetivo do projeto é criar ferramentas que são acessíveis, com baixo custo, flexíveis e fáceis de usar por principiantes e profissionais. Principalmente para aqueles que não teriam alcance aos controladores mais sofisticados e ferramentas mais complicadas. Figura 4 – Arduíno 9 Tabela 1 – Características do Arduíno 3.2.2 Sensor Ultrassônico O Sensor Ultrasônico HC-SR04 é um dos sensores mais conhecido do mercado. Pode-se dizer que todos que estão iniciando com Arduíno sempre procuram pelo Sensor Ultrasônico HC-SR04 para desenvolver seus primeiros projetos medindo distâncias de obstáculos / objetos em relação ao sensor. Este sensor permite realizar leituras de distâncias entre 2 cm e 4 metros, com precisão de 3 mm. Pode ser utilizado simplesmente para medir a distância entre o sensor e um objeto, como para acionar portas do microcontrolador, desviar um robô de obstáculos, acionar alarmes, etc. O mesmo é aplicado com mais frequência em projetos de robótica, principalmente em chassis robóticos, robôs ou carrinhos. Microcontrolador Atmega328 Tensão de funcionamento 5 v Tensão de entrada (recomendado) 7-12 v Tensão de entrada (limites) 6-20 v Digitais pinos de I / O 14 (dos quais seis fornecer uma saída de PWM) Entrada Analógica Pinos 6 DC Current per I / O Pin 40 mA Corrente DC para Pin 3.3V 50 mA Memória Flash 32 KB (Atmega328), dos quais 0,5 KB utilizado pelo bootloader. SRAM 2 KB (Atmega328) EEPROM 1 KB (Atmega328) Velocidade do relógio 16 MHz RESUMO ARDUÍNO 10 Figura 5 – Sensor Ultrassônico 3.2.3 Ponte H L298N A ponte H consiste em um dispositivo eletrônico que é utilizado para controlar motores de corrente contínua através de componentes capazes de conduzir elevados níveis de corrente, sendo controlados por pulsos externos gerados geralmente por micro controladores. O mesmo possui dois canais e permite controlar velocidade e sentido de rotação de até dois motores ao mesmo tempo. Figura 6 – Ponte H 11 3.2.4 TCRT 5000 (Sensor de linha) Sensor Óptico Reflexivo possui acoplado no mesmo dispositivo um sensor infravermelho (emissor) e um foto transistor (receptor). Foi especialmente projetado para bloquear outras faixas de luz que não seja a do próprio emissor, evitando que iluminações do ambiente venham causar alguma interferência. Ele é ótimo para identificar obstáculos a sua frente e possui várias aplicações na robótica. Ele pode ser utilizado em robôs de linhas e em robôs de batalha como em outras inúmeras aplicações. Figura 7 – Sensor de Linha 3.2.5 Bateria de Lítio Recarregável Essencialmente, uma bateria é um contentor cheio de químicos que produz elétrons. É uma máquina eletroquímica, ou seja, um dispositivo que cria eletricidade através de reações químicas. A bateria utilizada, foi uma do tipo recarregável ou de armazenamento, sendo um tipo de bateria elétrica que pode ser recarregada e usada muitas vezes sem danificar seu elemento. As baterias recarregáveis têm um apelo social e ambiental maior do que as baterias comuns por diminuir seu descarte. Foi utilizada uma mesma fonte de alimentação 7v para o Arduíno, ponte H e motores. 12 Figura 8 – Bateria de Lítio Recarregável 3.2.6 Cabos Jumper Os cabos jumper são segmentos de fios condutores soldados diretamente às ilhas de uma placa de circuito impresso com a função de interligar dois pontos do circuito. Figura 9 – Cabos Jumper 3.2.7 Placa Protoboard Uma placa protoboard, de ensaio ou matriz de contato, é uma placa com furos e conexões condutoras para montagem de circuitos elétricos experimentais. A grande vantagem da placa de ensaio na montagem de circuitos eletrônicos é a facilidade de inserção de componentes, uma vez que não necessita soldagem. 13 Figura 10 – Protoboard 3.2.8 LED Trata-se de um componente eletrônico capaz de emitir luz visível transformando energia elétrica em energia luminosa. Esse processo é chamado de eletroluminescência. Foram utilizados 3 LEDs no nosso robô: 1 LED verde, 1 LED amarelo e 1 LED vermelho. Figura 11 – LEDs https://brasilescola.uol.com.br/fisica/radiacao-eletromagnetica.htm 14 3.2.9 Chave (Interruptor on/off) Esta chave permite um controle on/off e é utilizada quando o processo permite uma oscilação contínua da variável controlada em torno do setpoint. A saída do controlador muda de ligada para desligada, ou vice-e-versa, à medida que o sinal do erro passa pelo ponto de ajuste (setpoint). O elemento final de controle é uma válvula do tipo solenoide, que assume somente uma das duas posições possíveis: aberta ou fechada. Figura 12 – Chave (Interruptor on/off) 3.2.10 Resistores O resistor é um componente elétrico passivo, sendo muito utilizado em eletrônica, que tem a função tanto de limitar o fluxo da corrente elétrica em um circuito quanto de transformar energia elétrica em energia térmica por meio do efeito joule. Figura 13 – Resistores 15 Existe uma relação direta a tensão aplicada sobre um resistor, a corrente que atravessa e o valor da sua resistência. Esta relação é chamada lei de Ohm. Ela diz que se um resistor de valor R é ligado a uma tensão V, sua corrente I é dada pela equação da figura abaixo. Equação 1 – Equação da Lei de Ohm Foram utilizados resistores de 220 Ohm para a execução do robô modalidade sumô proposto no relatório. 3.3 Programação Para a criação do programa, foi feito um embasamento em Linguagem C original do Arduíno, sendo um programa de fácil acesso e de fácil instalação gratuita de um software livre e facilmente encontrado no site oficial do Arduíno. Foi elaborado uma programação (baseado em Wiring1) e o meio de desenvolvimento pode ser encontrado em Processing. Os projetos podem ser autônomos ou embarcados como também podem trocar informações através de comunicação serial entre micro controlador ou com computadores. 16 De acordo com a programação, segue abaixo legenda com as siglas utilizadas para cada componente: Os sensores de linha denominados SLF1 e SLF2 foram posicionados nas portas 3 e A0 respectivamente; Para o sensor ultrassônico ECHO, o mesmo foi posicionado na porta 10; Para o sensor ultrassônico TRIG, o mesmo foi posicionado na porta 11; Motores M1, M2, M3 e M4 com saídas na ponte H foram posicionados nas portas 8, 9, 6 e 7 respectivamente; Os LEDs denominados LED1, LED2 e LED3 foram posicionados nas portas 13, 12 e 5 respectivamente. Através das sequências lógicas da programação, foi possível determinar comandos em que o robô pudesse executar seguindo um raciocínio de acordo com o objetivo da luta modalidade sumô. Este raciocínio que o robô deve seguir pode ser verificado no fluxograma abaixo. Fluxograma 1 – Esboço do raciocínio seguido pelo robô através da programação 17 A programação detalhada para o funcionamento do robô pode ser observada através das figuras ilustradas abaixo. 18 19 Foram instalados 3 LEDs no robô: 1 LED de cor verde, 1 LED de cor amarela e 1 LED de cor vermelha. A intenção da instalação destes LEDs foi simular um aviso de alerta através das cores de acordo com a proximidade que o oponente pudesse estar localizado. Na programação do robô, o LED verde acenderá em uma condição em que o oponente se encontre posicionado em uma distância maior que 30cm e menor que 70cm, indicando que ainda existe um espaço considerável entre eles. O LED amarelo acenderá, ainda com o verde aceso, em uma condição em que o oponente se encontre posicionado em uma distância maior que 10cm e menor que 30cm, indicandoque o oponente está se aproximando. 20 O LED vermelho acenderá, ainda com o amarelo e o verde acesos, em uma condição em que o oponente se encontre em uma distância maior que 0cm e menor que 10cm. Quando o oponente se encontrar em uma distância menor que 10cm, todas os LEDs ficarão acesos. 4. MONTAGEM DO ROBÔ O robô PDAC foi montado seguindo todos os padrões e regras da competição, conforme imagens abaixo. Figura 14 – Robô PDAC montado parte superior 21 Figura 15 – Robô PDAC montado parte superior Figura 16 – Robô PDAC montado parte inferior 22 Figura 17 – Carroceria do Robô PDAC Figura 18 – Montagem final do Robô PDAC 23 5. CONCLUSÃO Com o objetivo principal de desenvolver, montar e programar um robô autônomo de competição modalidade sumô, este trabalho apresentou resultados satisfatórios e confiáveis. Os conceitos e teorias utilizadas no robô foram estudados em semestres anteriores e no semestre corrente, sendo todos aplicados da melhor forma para eficiência no desenvolvimento do projeto. Através deste projeto, foi possível observar a grande importância que robôs autônomos possuem, principalmente na atualidade. Neste relatório consta a exemplificação, de forma mais objetiva, de todos os componentes utilizados, bem como os processos e passos executados para construção do robô autônomo, e todos resultados obtidos. O robô PDAC obedeceu às regras da competição assim como todas as exigências propostas no trabalho, possuindo dimensões de 20x20cm, não ultrapassando o peso de 3kg, e contendo 3 sensores, sendo eles 2 sensores de linha e 1 sensor ultrassônico. Sendo assim, o robô PDAC possui todas as exigências para que possa participar de forma eficiente na competição.