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Revista Máquinas e Inovações Agrícolas nº 49 2019

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49
JANEIRO/FEVEREIRO 2019
ENTREVISTA CALEB HARPER, PESQUISADOR: FUTURO DA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS
AUTONOMIA MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS CADA VEZ MAIS CONECTADOS
BOAS PRÁTICAS PARA OTIMIZAR A PRODUTIVIDADE 
DE TRATORES E COLHEITADEIRAS NA FAZENDA
DA FROTA
GESTÃO
49
JANEIRO 
FEVEREIRO 
2019
MIA 49 - CAPA.indd 1 17/12/18 15:41
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Publisher 
Giulio Rossi
Diretor de Redação
Marcelo Couto – marcelo@bmcomm.com.br
Assistentes de Redação
Cristiane Del Gaudio – cristiane.delgaudio@bmcomm.com.br
Daniel Santos – daniel.santos@bmcomm.com.br 
Mariana Bonareli – mariana.bonareli@bmcomm.com.br 
 
Diretor de arte
Roberto Gomes – rober to@bmcomm.com.br
 
Assistentes de arte
Melissa D’Amelio e Thayná Neves (estagiária) 
Colaboradores desta edição
Clarisse Sousa, Cristina Defendi, Elaine Valdez, Gustavo Paes, 
Joel Sebastião Alves e Luciana Fleury 
 
Realização 
Editora Casa Nova Ltda. 
Rua Félix de Sousa, 305 – Vila Congonhas
04612-080 – São Paulo – Tel.: (11) 5095-0096
Publicidade
comercial@bmcomm.com.br
Marketing
marketing@bmcomm.com.br
Impressão
Grass
Máquinas & Inovações Agrícolas é uma publicação bimestral
Tecnologia, economia e SuSTenTabilidade
Alguns dos artigos são reproduzidos e traduzidos da Macchine 
Agricole – edição italiana, da editora Techniche Nuove s.p.a.
8.000 exemplares 
DISTRIBUIÇÃO NACIONAL
A revista não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos assinados. É vedada a 
reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo 
sem autorização expressa.
GESTÃO 
EFICIENTE, BONS 
RESULTADOS
A agricultura é de grande relevância para a economia brasileira, responsável pelo superávit comercial obtido nas últimas décadas, graças sobretudo às exportações de produtos como soja, milho e algodão, 
entre outros. Essa condição tem sido sustentada pelos 
contínuos avanços no campo, entre os quais se inclui a 
mecanização. Não por acaso, a safra brasileira de grãos em 
2018/2019 pode chegar a 238,28 milhões de toneladas, um 
desempenho 4,5% maior que no período anterior.
A frota de máquinas, principalmente de tratores e 
colheitadeiras, merece atenção especial, dada a sua 
importância estratégica e aos altos custos envolvidos. 
Quando bem dimensionado e adequadamente gerido esse 
valioso recurso ajuda a maximizar resultados, como mostra 
a reportagem que estampa a capa desta edição. Outro tema 
abordado é a conveniência dos consórcios para aquisição 
de máquinas, dado o crescimento da modalidade no País.
Em “Tecnologia Aplicada” mostramos que a chegada 
das máquinas autônomas é um caminho sem volta, 
embora ainda enfrente desafios. Entenda quais são e por 
que. Acompanhe ainda o apanhado de novidades que 
Máquinas & Inovações Agrícolas foi conferir de perto 
na EIMA, uma das maiores feiras de maquinários agrícolas 
do mundo, recentemente realizada na Itália.
Para completar, um panorama dos belos resultados da 
colheita de algodão na atual safra, a análise das barreiras 
técnicas impostas por meio de processos de normalização 
de maquinários, e um interessante artigo sobre os avanços 
da chamada Indústria 4.0 (a agroindústria aí incluída).
A leitura pode começar, no entanto, pela entrevista com 
o pesquisador Caleb Harper, diretor da Open Agriculture 
Initiative (OpenAG), ou Iniciativa da Agricultura Aberta, 
ligada ao Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), 
dos Estados Unidos. Ele veio ao Brasil recentemente falar 
sobre a revolução que está por vir e que considera uma 
“reinvenção da agricultura”. Acompanhe! ■
Boa leitura!
portalmaquinasagricolas.com.br
ENTREVISTA Caleb Harper, pesquisador do MiT 06
ACONTECE 10
PERFIL argo-HyTos 14
CASE 44
NORMAS 46
REFLEXÃO 55
RADAR 56
ARTIGO 58
FEIRAS E EVENTOS 60
VITRINE 64
GRANDES NÚMEROS 66
AGRO PELO MUNDO
EIMA: FEIRA NA ITÁLIA APONTA TENDÊNCIAS 16
MERCADO
CONSÓRCIO PODE SER UMA BOA OPÇÃO 22
GESTÃO DE FROTA
TIRE O MÁXIMO PROVEITO DO SEU MAQUINÁRIO 28
TECNOLOGIA APLICADA
MÁQUINAS AUTÔNOMAS JÁ SÃO REALIDADE 34
OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO
SISTEMA DE TRANSMISSÃO 40
PANORAMA SETORIAL
COLHEITA RECORDE DE ALGODÃO 50
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6
ENTREVISTA
CALEB HARPER
A
companhamos a mais recente edição do evento HSM Expo, realizado 
em São Paulo no início de novembro, para assistir à palestra do pesqui-
sador Caleb Harper, diretor da Open Agriculture Initiative (OpenAG), 
a Iniciativa da Agricultura Aberta, ligada ao prestigiado Instituto de Tec-
nologia de Massachussets (MIT), dos Estados Unidos.
Harper é conhecido mundialmente por seu trabalho de criação e desenvolvimento 
do computador alimentar (food computer), plataforma de tecnologia agrícola que 
cria ambientes específicos e controlados para o crescimento de plantas sem que ha-
ja necessidade de solo. A iniciativa traz literalmente para a realidade o conceito de 
agricultura digital, em que é possível controlar indicadores como irrigação, nível de 
dióxido de carbono no ambiente, umidade e temperatura do ar, a fim de criar o 
melhor ambiente possível para o cultivo de plantas, legumes e hortaliças, resultan-
do em um sistema de crescimento que dispõe de cerca de três mil dados por planta.
A partir de sua pesquisa, Harper pretende mudar o modo como o mundo cultivará alimen-
tos no futuro. Para alcançar tal objetivo, o pesquisador abriu o código do food computer, 
tornando possível que outras pessoas baixem as instruções sobre como construir seu 
próprio computador alimentar pessoal e, ainda, compartilhem os dados armazenados.
Engenheiro, Harper trabalhou por muitos anos desenvolvendo e projetando data cen-
ters em hospitais antes de ingressar no MediaLab, do MIT, em 2011. A entrevista a se-
guir é uma síntese da visão apresentada por Harper no Brasil na conferência HSM Expo.
A REINVENÇÃO 
DA AGRICULTURA
POR CRISTINA DEFENDI
7
Sobre a iniciativa de agricultura aberta
O projeto OpenAG foi criado em 2015 e visa desenvolver 
plataformas de agricultura em ambientes controlados, os 
chamados food computers, que utilizam uma série de sen-
sores que monitoram as condições ambientais internas de 
uma câmara de crescimento especializada e ajustam-nas 
para que permaneçam consistentes e ótimas. O sistema 
controla variáveis como dióxido de carbono, temperatura, 
umidade, oxigênio, potencial de hidrogênio e corrente elé-
trica, permitindo o cultivo do alimento com características 
exclusivas. Um exemplo concreto: estamos cultivando no 
laboratório tomates que estão fora de produção comer-
cial há mais de 150 anos, cujo gosto é único.
O food computer também é uma forma de aprendermos 
mais sobre alimentação, inspirar as próximas gerações a 
cultivar e reduzir a dependência de um clima instável e em 
contínua mutação. É ainda uma maneira de escapar da de-
gradação e das ineficiências impostas pelos métodos de 
agricultura industrial. E o melhor: trabalhamos com códi-
go aberto, de modo que qualquer um pode construir um 
computador alimentar, desde estudantes do ensino fun-
damental até cientistas.
Fonte de inspiração inicial
Comecei a estudar a agriculturadigital urbana após uma 
visita ao Japão, em 2011, na época do acidente nuclear de 
Fukushima. O que mais ouvia naquela ocasião era: “os ter-
renos agrícolas do Japão não têm água, não há jovens, nem 
terra, nem futuro”. Isso me chocou de tal maneira que co-
mecei a pensar em possibilidades de aplicar a minha expe-
riência e o meu conhecimento para fazer a diferença. Minha 
missão é permitir que todos se tornem capazes de produ-
zir a própria comida. Quero revolucionar a agricultura, para 
sairmos da era industrial e entrarmos na era moderna de 
produção de alimentos baseada em computação e em rede.
Vantagens da agricultura digital urbana
Ao contrário da agricultura tradicional, a urbana não apresenta 
limitações sazonais de cultivo, o que permite a criação de am-
bientes de crescimento ideal, onde plantas e alimentos podem 
se desenvolver mais rapidamente e ser mais nutritivos, usando 
ainda os recursos com mais eficiência, uma vez que é possí-
vel ser mais assertivo quanto ao uso da água e dos nutrientes.
Problemas resolvidos com o uso do food computer
Estamos ajudando a criar a próxima geração de agriculto-
res. Pouca gente no mundo está envolvida na produção de 
alimentos. Nos Estados Unidos, apenas 2% da população 
trabalha na agricultura atualmente. Cinquenta por cento da 
população africana tem menos de 18 anos, sendo que 80% 
não quer se tornar agricultor. Na Índia, famílias de fazendei-
ros não têm acesso básico a serviços públicos. Ou seja, nin-
guém quer se dedicar a essa atividade tão essencial. O food 
computer é uma forma de inspirar e motivar os jovens, além 
de permitir que exercitem sua inteligência, suas habilidades 
e seu conhecimento, especialmente na fase escolar.
Como funciona o food computer
Ele parece um aquário, mas, em vez de água, sob luzes vio-
letas de LED, crescem hortaliças e legumes com raízes lim-
pas, sem terra. A máquina está conectada a uma rede, de 
modo que todas as informações ambientais são armazena-
das em um banco de dados, onde outros agricultores po-
dem ver a quantidade de água e luz que os alimentos es-
tão recebendo e usar esses dados para ajustar a maneira 
como cultivam suas próprias plantações. O food compu-
ter se conecta à energia em qualquer local, não precisando 
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ENTREVISTA
CALEB HARPER
de nenhum outro recurso, além da água. Por isso, pode ser 
utilizado em uma casa ou sala de aula. Ele utiliza o sistema 
aeroponics, desenvolvido pela NASA, que reduz a quanti-
dade de água enviada para o ambiente. Com isso, a planta 
recebe exatamente o que precisa: água, minerais e oxigênio.
Vale ressaltar ainda que a produção digital de um alimen-
to é feita em três etapas. Na codificação, o alimento físico 
é digitalizado. A descodificação é a fase de entendimento 
de como o elemento digital funciona e, por último, a reco-
dificação refere-se à transformação melhorada do alimento.
Resultados obtidos com a codificação
Uma vez que um alimento é codificado, podemos criar várias 
“receitas” para produzir o que quiser. Por exemplo, quando 
digo que gosto de morangos brasileiros, significa que gos-
to dos morangos produzidos no clima do Brasil. Ou seja, 
há uma quantidade de CO2, O2 e outros elementos que 
precisam ser considerados nessa “receita”. Com a codifica-
ção de informações, posso reproduzir a expressão, a nu-
trição, o tamanho, a forma, a cor, a textura da fruta, exa-
tamente um morango brasileiro, porém estando na China. 
Imagine que, com isso, torna-se possível criar uma grande 
fazenda global, sem ficarmos escravos de variáveis climáti-
cas. Com isso, em vez de apenas 3% da população mundial 
serem responsáveis pela distribuição de alimentos para o 
resto do mundo – um processo ineficiente e caro – todos 
temos acesso a um histórico dos alimentos que podemos 
compartilhar e armazenar para qualquer pessoa, em qual-
quer lugar do planeta. O resultado disso é que as gerações 
mais jovens se conectam com a natureza, aprendem sobre 
ciência e ainda ganham alimentos saudáveis nesse processo.
Disseminação da tecnologia 
O programa OpenAg já é considerado um sucesso em vá-
rios países do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, 
os food computers foram introduzidos em algumas esco-
las para incentivar as crianças a investigar e experimentar 
a nova tecnologia de produção de alimentos.
Para saber mais sobre o OpenAG
Atualmente, somos mais de 3.000 pessoas, presentes em 
mais de 65 países. Quanto mais “agricultores nerd” tiver-
mos, melhor. Uma vez na comunidade “nerd”, as intera-
ções entre os membros da rede se intensificam. Explore 
e aprofunde-se no tema. As “receitas” certamente serão 
usadas para cultivar alimentos nas cidades no futuro. Parti-
cularmente, acho que esse é o grande legado do projeto. ■
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A Organização para Cooperação e Desenvolvimento 
Econômico (OCDE) e a Organização das Nações 
Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) 
estimam que a produção mundial de produtos 
agrícolas e pesqueiros cresça 20% na próxima 
década. O aumento será ainda maior nas regiões em 
desenvolvimento, como a África Subsaariana, Ásia 
Meridional e Oriental, Oriente Médio e Norte da 
África. Movimento oposto deve ocorrer nos países 
desenvolvidos.
A projeção está no estudo “Perspectiva Agrícola 
da OCDE-FAO 2018-2027”, recentemente 
divulgado, que traz uma análise detalhada sobre as 
expectativas para os próximos dez anos a partir do 
que ocorreu na última década. De acordo com o 
relatório, a produção agrícola global cresce de forma 
constante, conseguindo atingir níveis recordes, 
em 2017, no caso de tipos específicos de cereais, 
carne, lácteos e peixes. Porém, a manutenção deste 
cenário envolve o incentivo do comércio agrícola, 
fundamentado em políticas específicas para o setor.
Outro relatório da ONU, sobre “Perspectivas da 
População Mundial”, indica que em 2050 o planeta terá 
cerca de 10 bilhões de pessoas. Fonte: Agência Brasil
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ACONTECE
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TÉCNICAS SUSTENTÁVEIS
Nos últimos oito anos, o Brasil ampliou em 27 milhões de hectares a área 
de plantio que utiliza práticas agrícolas sustentáveis e emitem menos gases 
de efeito estufa. A área equivale à extensão territorial da Nova Zelândia 
e contribui para que o país atingisse 80% do seu compromisso voluntário 
de redução de emissões de carbono na área da agricultura. A informa-
ção foi dada pelo engenheiro agrônomo Sidney Medeiros, que integra 
a delegação brasileira do Ministério da Agricultura na 
Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças 
Climáticas (COP 24), na Polônia. Segundo ele, o 
aumento da área sustentável ocorreu a partir de 
2010, quando foi lançado o programa “Agricultu-
ra de Baixo Carbono” (ABC), que corresponde a 
uma das ações de incentivo ao produtor rural para 
adotar práticas de produção combinadas à preser-
vação ambiental ou recuperação do solo degradado.
APOSTA NA INDÚSTRIA 4.0
A Metal Work, fabricante de componentes para automação industrial, es-
tá desenvolvendo produtos alinhados ao conceito da Indústria 4.0. Entre 
eles, estão os novos módulos da linha EB80, utilizados na fabricação de 
máquinas de diversos segmentos (inclusive agrícolas), que monitoram em 
tempo real o comportamento de seus componentes, podendo prever fa-
lhas e controlar a vida útil dos elementos.
RECURSOS PARA 
O PLANO ABC 
Os financiamentos do Plano ABC (Agri-
cultura de Baixo Carbono) no Plano Agrí-
cola e Pecuário 2018/2019 atingiram 
R$ 1,03 bilhão entre julho e novembro de 
2018, comparado com igual período de 
2017. Foi registrado crescimento de 57% 
no número de contratos, alta de 104% no 
valor contratado e 74% maior emárea fi-
nanciada. A redução de 8% para 6,5% ao 
ano na taxa de juros da linha de crédito 
em relação ao ano anterior foi um estímu-
lo aos produtores para a tomada de cré-
dito, de acordo com o coordenador do 
Plano ABC, Elvison Ramos. Nos cinco pri-
meiros meses da safra atual, as tecnologias 
principais do Plano ABC, recuperação de 
pastagens degradadas, integração lavoura-
-pecuária-floresta, sistema de plantio di-
reto e florestas plantadas, obtiveram in-
cremento nos valores em quase todos os 
itens, exceto na linha de florestas planta-
das, que teve redução de 4% na sua área. 
11
PIB DO AGRONEGÓCIO 
A Produto Interno Bruto (PIB) relativo à agropecuária cres-
ceu 0,7% no terceiro trimestre de 2018, de acordo com o 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nesse 
período, a economia como um todo teve alta de 0,8%. A in-
dústria aumentou 0,4% e serviços, 0,5%. Foram gerados R$ 
61,9 bilhões pelo setor do agro, 331,6 bilhões, pela indústria, 
e, R$ 1,1 trilhão, pelas atividades de serviços. 
FLORESTAS PLANTADAS
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento lançou, em dezembro, o Plano Nacional de Desenvolvimento 
de Florestas Plantadas - PlantarFlorestas, com ações para os próximos dez anos. O objetivo é aumentar em 2 milhões 
de hectares a área de cultivos comerciais. Atualmente, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Es-
tatística (IBGE), a área cultivada chega a 10 milhões de hectares, principalmente com eucalipto, pinus e acácias. As flo-
restas plantadas estão localizadas principalmente em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso do 
Sul. No acumulado até outubro de 2018, o setor foi o terceiro do agronegócio em exportações, registrando US$ 11,61 
bilhões, atrás apenas do complexo soja (US$ 36,27 bilhões) e de carnes (US$ 12,12 bilhões).
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COMPUTADORES DE BORDO
Uma das maiores usinas de cana do Brasil, a São Martinho adquiriu 1700 computadores de bordo da Hexagon Agriculture, empre-
sa dedicada a soluções digitais. A ideia é automatizar a frota de máquinas agrícolas, que roda quase 90 mil quilômetros por dia. A 
Hexagon também forneceu a sala de controle, solução de automação dos processos logísticos e operacionais nas quatro usinas do 
grupo. São Martinho e Hexagon já eram parceiras, mas firmaram nova aliança para ampliar a produção. O grupo sucroalcooleiro 
quer triplicar o processamento de seus canaviais até 2020. Atualmente, tem capacidade de moer 24 milhões de toneladas/ano.
CRÉDITO RURAL
O volume de cré-
dito rural con-
tratado junto 
aos bancos pe-
los produ-
tores rurais 
cresceu 19%, para R$ 75,36 bilhões, nos cinco primeiros 
meses da atual temporada, entre julho e novembro. As ope-
rações de custeio agropecuário somaram R$ 43,4 bilhões, 
15% superior ao registrado no mesmo intervalo do ciclo pas-
sado. Com crescimento de 19%, o desembolso com indus-
trialização chegou a R$ 3,4 bilhões, enquanto os valores pa-
ra comercialização alcançaram R$ 13 bilhões, alta de 19%. Os 
empréstimos para investimento totalizaram R$ 15,5 bilhões, 
37% de incremento. A maior procura de recursos para inves-
timento concentra-se na aquisição de máquinas, implemen-
tos, armazenagem e infraestrutura das propriedades.
BIODIESEL PURO EM 
MÁQUINAS AGRÍCOLAS
Pesquisadores da Universidade de Rostock, na Alemanha, publi-
caram artigo em que apontam benefícios de se usar biodiesel pu-
ro em máquinas agrícolas em comparação ao diesel derivado de 
petróleo. Depois de operarem motor, do tipo Euro IV, por 1.000 
horas contínuas utilizando o B100, os resultados indicaram que 
estes podem atender aos limites de emissões e durabilidade exi-
gidos para esta categoria de veículos. O uso do biodiesel puro 
nos equipamentos não comprometeu o cumprimento das deter-
minações legais do mercado europeu. Além disso, não foram de-
tectadas alterações substanciais nos sistemas de pós-tratamento 
dos gases gerados pela operação do motor. Fonte: APROBIO
TECNOLOGIAS CONECTADAS
Visando mostrar as inovações tecnológicas da Indústria 4.0 pre-
sentes em suas fábricas, a AGCO promoveu entre 3 e 7 de de-
zembro o Smart Factory Showcase, em sua planta localizada em 
Mogi das Cruzes (SP). A unidade abriga as linhas de produção 
dos tratores Valtra, motores AGCO Power, geradores de ener-
gia elétrica e o único laboratório de emissões da indústria de 
maquinário agrícola no Brasil. O evento apresentou o que há de 
mais novo em tecnologias de manufatura. Um dos destaques foi 
a presença da Escola Móvel Indústria 4.0 do Senai – Serviço Na-
cional de Aprendiza-
gem Industrial, que 
demonstrou a evo-
lução da automação 
na indústria, bem co-
mo materiais educa-
tivos sobre tecnolo-
gias conectadas de 
fabricação.
13
NOVA SAFRA RECORDE 
O 3º levantamento da safra de grãos realizado pela Companhia Nacional de Abas-
tecimento (Conab) aponta que o Brasil deverá colher 238,4 milhões de toneladas, 
o que representa aumento de 10,6 milhões de t ou de 4,6% em relação à safra pas-
sada. Os principais produtos responsáveis pelo resultado são soja, milho, arroz e 
algodão, as maiores culturas do País, que juntas correspondem a 95% da produção 
total. Caso a estimativa se confirme, praticamente, se repetirá o resultado recor-
de da safra 2016/2017, de 238,8 milhões de toneladas. Quanto à área plantada, de-
verão ser alcançados 62,5 milhões de hectares, com aumento de 1,2% em relação 
à temporada anterior, correspondendo a mais 756,3 mil hectares. A razão desse 
acréscimo é o aumento de área para as culturas do algodão e da soja.
TESTES DE MOTORES DA CUMMINS
Após inaugurar novas salas de testes em sua fábrica, localizada em Guaru-
lhos (SP), a Cummins Brasil realizou a doação dos equipamentos, antes instala-
dos na unidade industrial, para distribuidores espalhados pelo País. Segundo a 
companhia, o objetivo é elevar a eficiência e qualidade nos testes de motores 
da marca na rede. Na foto, encontro de distribuidores em Guarulhos.
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PERFIL
14
GRUPO ARGO-HYTOS, DE ORIGEM ALEMÃ, COMEMORA RESULTADOS 
POSITIVOS PROPORCIONADOS PELO MERCADO AGRÍCOLA BRASILEIRO
DE CLARISSE SOUSA 
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APOSTA CERTEIRA
O grupo Argo-Hytos comple-tou 70 anos no mercado europeu recentemente e, há quatro, desembarcou no Brasil. De origem alemã, a 
empresa é especializada em tecnologia 
de controle de fluidos e de movimen-
to e filtragem hidráulica móvel e indus-
trial (válvulas, filtros e sensores). Nos 
últimos 20 anos, começou a se expan-
dir internacionalmente. Além da Ale-
manha, possui fábricas na China, Índia 
e República Tcheca, além de 18 subsi-
diárias mundo afora, inclusive no Brasil. 
Na Europa, após um período de 
contribuiu para o crescimento de dois dí-
gitos no ano passado. “Somos uma em-
presa jovem, dinâmica e inovadora na 
área em que atuamos, que tem registra-
do crescimento expressivo no mercado 
de fluid power”, conta o gerente-geral 
da Argo-Hytos Brasil, Waldir Vianna Jr..
Para o setor agrícola, o grupo oferece 
blocos manifolds para comandos de má-
quinas como pulverizadores, plantadei-
ras e colheitadeiras, entre outras; linha 
completa de filtros para tratores e outras 
máquinas e implementos; e linha de sen-
sores para equipamentos. “Temos uma 
ampla gama de produtos modulares que 
estabilidade no segmento de aplica-
ções hidráulicas, a Argo-Hytos se viu 
obrigada a repensar estratégias e en-
xergou uma maneira de virar o jogo. 
Quando não se via crescimento sig-
nificativo no setor, a empresa mante-
ve participação ativa no mercado ao 
apostar no lançamento de produtos 
com aplicações inteligentes e em es-
tratégias de marketing consistentes – 
enquanto o segmento freava investi-
mentos. A aposta deu certo.
O ressurgimento dos mercados de 
construção e máquinas agrícolas, assim 
como da engenharia mecânica em geral, 
15
podem ser expandidos de forma flexí-
vel para soluções personalizadas”, conta. 
Mercado brasileiro 
A empresa desembarcou emJarinu, no 
interior de São Paulo, em 2013 – um ano 
fora da curva para o agronegócio e, mais 
especificamente, para o setor de máqui-
nas agrícolas, que registrava recordes de 
vendas. Já no ano seguinte, no entanto, a 
companhia viu a derrocada da economia 
brasileira, que somente em 2018 come-
çou a dar sinais de retomada.
“A decisão de investir no Brasil foi ba-
seada em um plano de negócio de longo 
prazo, de 20 a 30 anos. Quando ‘olha-
mos’ para o País, enxergamos uma na-
ção com praticamente 8 milhões de me-
tros quadrados, mais de 210 milhões de 
habitantes e com potencial enorme pa-
ra a produção agrícola, reconstru-
ção de estradas, além de áre-
as como saúde, educação e 
transportes etc., que preci-
sam de investimentos. En-
tendemos que Brasil tem 
um potencial de crescimen-
to muito grande no longo pra-
zo. As turbulências iniciais nesse pe-
ríodo recessivo não afetam em nada o 
plano de negócio de investimento no 
mercado brasileiro”, explica Vianna Jr..
Ele afirma que a empre-
sa cresceu no período em 
que o mercado brasileiro en-
colheu. “Apesar de enfrentarmos 
um mercado com constantes quedas 
desde a nossa chegada, entendemos 
que foi um período importante. São 
quatro anos de desafios, e é justamen-
te isso que forma o DNA da compa-
nhia”, diz o executivo. Para ele, os pró-
ximos anos devem apresentar “uma 
situação mais favorável, para que pos-
samos até superar, de forma expres-
siva, os nossos resultados”. 
O setor de máquinas agrícolas re-
presenta 30% do faturamento da 
Argo-Hytos Brasil, “com potencial para 
chegar a 50% no curto prazo. Prevemos 
incremento de 20% ao ano para os pró-
ximos 5 a 10 anos”, completa. A empre-
sa fechou 2018 com crescimento de 40% 
nas vendas e 22% no faturamento. O re-
sultado é atribuído em parte ao aumen-
to na participação no setor agrícola. ■
O setor de máquinas agrícolas representa 30% do faturamento da Argo-Hytos Brasil
Para a empresa, investir no Brasil é uma estratégia baseada em plano de negócio de longo prazo
PRESENÇA 
NA COOPAVEL
Uma das estratégias da Argo-
Hytos Brasil para manter os 
bons resultados nas vendas e no 
faturamento é a participação 
em feiras de máquinas e 
equipamentos agrícolas para 
apresentar novos produtos. A 
marca lançará na Show Rural 
Coopavel, no Paraná, que 
ocorre de 4 a 8 de fevereiro, um 
tanque hidraúlico de plástico, 
de diferentes formatos, com 
versatilidade para integrar 
soluções de fabricantes de 
máquinas, como filtros e 
sensores de temperatura.
AGRO PELO MUNDO
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FEIRA EIMA INTERNATIONAL TRANSFORMA 
BOLONHA NA CAPITAL DA MECÂNICA AGRÍCOLA
DE ELAINE VALDEZ
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O QUE VEM POR AÍ
A 
Exposição Internacional 
de Máquinas Agrícolas e 
de Jardinagem (Eima) che-
gou em 2018 a sua 43ª edi-
ção exibindo números re-
cordes. Durante cinco dias, de 7 a 
11 de novembro, 317 mil visitantes 
de 150 países passaram pelo Centro 
de Exposições de Bolonha, uma alta 
de 11% em relação à edição de 2016. 
Os bons resultados não param por 
aqui. Desta vez, participaram da feira 
1.950 indústrias expositoras que ocu-
param 375 mil metros quadrados de 
área bruta. Deste total, cerca de 600 
empresas de 49 países interessados 
em conhecer as soluções tecnológi-
cas mais avançadas para cada tipo de 
trabalho e modelo de agricultura. Na 
feira é possível encontrar desde peças 
de máquinas agrícolas e implementos 
até a mais alta tecnologia. 
Agricultura digital
A feira dedicou amplo espaço para 
tecnologias aplicáveis no mundo agríco-
la. Não foram apenas as máquinas que 
dominaram o interesse do público, e as 
palestras também tiveram grande pro-
cura. Além da coleta de informações, 
outra grande questão debatida foi a in-
terpretação da big data, ou seja, a dis-
ponibilidade de suportes tecnológicos 
capazes de traduzir a linguagem dos nú-
meros em estratégias operacionais. Não 
basta ter as informações, mas saber o 
que fazer com elas. Esse é o desafio. 
O gerente de marketing da Image Line 
Network, Cristiano Spadoni, durante 
entrevista a Máquinas & Inova-
ções Agrícolas, explicou um pouco 
sobre a amplitude da big data. Segun-
17
Premiados do Concurso de Inovação Técnica, organizado desde 1986 pela FederUnacoma
do ele, não se trata apenas de números, 
mas também de fotos, imagens, vídeos e 
e-mails. “Até mesmo trocas de mensa-
gens em redes sociais ou partilha de in-
formação entre máquinas, por exemplo, 
entre tratores e equipamentos, configu-
ra-se como big data", afirmou. 
É impossível passar por um pavilhão 
sem ficar impressionado. Imagine, en-
tão, um lugar com 50 mil modelos de 
máquinas e equipamentos para todos 
os tipos de operações agrícolas.
Organizado desde 1986 pela 
FederUnacoma, o Concurso de Inova-
ção Técnica foi um dos grandes desta-
ques da programação. A competição re-
conhece produtos inovadores das áreas 
agrícolas e de jardinagem, unindo tecno-
logia, segurança e sustentabilidade. Ao 
que tudo indica, drones, veículos elétri-
cos, híbridos e autônomos vão dominar 
o mercado nos próximos anos.
Todavia, no concurso de inovação, 
as tecnologias premiadas possuem du-
plo valor: contribuem para o progresso 
técnico-científico da mecânica agrícola 
e oferecem solução concreta e viável. 
De acordo com Davide Gnesini, coor-
denador técnico das atividades relacio-
nadas à competição, “os modelos ava-
liados no contexto do concurso não são 
protótipos ou soluções futuristas, mas 
inovações já presentes na produção em 
massa, desde máquinas mais robustas 
até produtos menores, como disposi-
tivos eletrônicos e digitais”, enfatizou.
Na opinião de especialistas ouvidos 
pela reportagem, o trator do futuro 
será, basicamente, híbrido, mais eco-
lógico e econômico, alimentado por 
diesel e eletricidade. 
O trator híbrido fabricado pela ita-
Para Alessandro Malavolti, presidente da FederUnacoma, responsável pela organização da Eima, o sucesso 
da exposição reflete a disposição das indústrias em investir e propor novidades continuamente. “As máquinas 
apresentadas são cada vez mais poderosas e, ao mesmo tempo, cada vez mais refinadas e sensíveis ao meio 
ambiente e à segurança, e atraem uma multidão de jovens, nunca tão numerosos como nesta edição”, avaliou. 
MAIS PODEROSAS E SUSTENTÁVEIS
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AGRO PELO MUNDO
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liana Carraro Agritalia, por exemplo, 
reduz o consumo de combustível e 
tem baixo impacto ambiental. O mo-
delo apresentado exige pouca manu-
tenção e garante maior produtividade 
em comparação aos meios tradicio-
nais. Por enquanto, não há previsão 
de a novidade chegar ao Brasil. 
Ainda seguindo a trilha da sustenta-
bilidade, outra inovação foi apresen-
tada pela Aermática 3D. É o D-Kit, 
um distribuidor modular que pode ser 
instalado em drones com diferentes 
capacidades de carga para distribui-
ção de produtos líquidos, pós, granu-
lados e cápsulas, utilizando o mesmo 
hardware e software. O D-KIT permi-
te uma distribuição econômica, rápida, 
segura e não invasiva, uma alternativa 
ao tratamento manual ou mecaniza-
do. Essa ferramenta evita dispersões 
inúteis e rendeu à empresa o prêmio 
de Inovação Técnica em 2018.
Outra marca que ganhou reconhe-
cimentos na feira foi a New Holland. 
Ela conquistou o prêmio de inovação 
técnica com o sistema IntelliSense das 
colheitadeiras CR Revelation, premia-
do também na Agritechnica 2017. Além 
O Programa Brazil Machinery 
Solutions visa promover 
exportações de máquinas e 
equipamentos brasileiros e 
fortalecer a imagem do País 
como potencial parceiro de 
tecnologia e soluções criativas. 
Como parte desse trabalho, 
estiveram na Eima por meio do 
projeto as empresas AEMCO 
Transmissões; Contrame 
Componentes; Indústria de 
Implementos Agrícolas Vence 
Tudo; Indústrias Reunidas 
Colombo; Tuzzi; Menta 
Máquinas Agrícolas; Metisa 
Metalúrgica Tiboense; e NB 
Máquinas (Nogueira). 
EXPORTAÇÕES 
BRASILEIRAS
disso, recebeu duas menções honrosas: 
pela nova série de tratores T5 AutoCommand, com tecnologia de trans-
missão contínua variável, e pelo sistema 
inteligente de freio de reboque.
O sistema IntelliSense possui regu-
lagem automática dos parâmetros de 
colheita da linha CR Revelation, maxi-
mizando a produtividade da máquina e 
diminuindo perdas e danos dos grãos. 
Ele oferece quatro opções de configu-
ração ao operador: diminuição das per-
das; qualidade de grão; máxima produ-
tividade; e produtividade limitada pelo 
usuário. Resumidamente, ajusta auto-
maticamente todos os parâmetros de 
colheita, deixando o operador apenas 
com a incumbência de guiar a máquina. 
A máquina de esteira desenvolvida 
pela italiana MDB, a Green Climber, 
foi outro destaque. Trata-se de uma 
máquina que é metade trator meta-
de manipulador telescópico, que per-
mite cortar grama e arbustos, mesmo 
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picos de potência são garantidos por 
motor elétrico. Outro híbrido.
A unidade gera energia combinan-
do um motor KDW 1003 de 18 Kw, 
compatível com os padrões Stage V e 
sem DPF, a um motor elétrico de 48 
volts, que garante 15 Kw de potência 
de pico e 9 Kw de potência contínua. 
Isso significa que a unidade é capaz de 
fornecer mais de 30 Kw sem necessi-
dade de gás de exaustão após os sis-
temas de tratamento.
O K-HEM pode operar como um 
gerador de sistemas de acumulação 
de energia, atendendo todos os tipos 
de equipamentos que realizam ciclos 
de funcionamento intermitente e que 
exigem picos de energia. 
Número 1 na China, a Wusheng 
Group apresentou três modelos do 
em terrenos mais íngremes. 
Rastreada por telecomando, o mo-
delo apresentado é equipado com ca-
bine de elevação para o operador e 
possui um motor diesel de dois cilin-
dros, refrigerado a ar, de 25HP. Com 
filiais instaladas em vários países, está 
também no Rio de Janeiro.
Elétricos e híbridos
À luz das mudanças que a nova dire-
tiva de emissões trará para o setor de 
aplicações off-road a partir de 1º de ja-
neiro de 2019, a Kohler adicionou um 
produto a sua matriz, capaz de aten-
der às novas necessidades dos fabri-
cantes de equipamentos. É a K-HEM, 
unidade de geração de energia na qual 
a base de potência é fornecida pe-
lo motor de combustão, enquanto os 
novo 3MX. Parecido com um tuque-
-tuque, os caminhões compactos de 
três rodas chamaram a atenção do pú-
blico. Com suspensão Swing Arm, ou 
seja, usam duas molas em vez de uma, 
o resultado é que esse caminhão resis-
te ao terreno mais difícil, sem manu-
tenção. Mesmo sendo menor, ele su-
porta até seis toneladas, dependendo 
do modelo, na carroceria. 
O 3MX tem outro detalhe inte-
ressante: foi projetado para resistir a 
temperaturas extremas e a grande in-
cidência de raios ultravioletas. A ilu-
minação de led, resistente ao choque, 
dura 50 mil horas. Apesar de também 
fabricarem modelos a gás e a diesel, é 
o elétrico que mais se destaca. 
Questionado sobre o mercado bra-
sileiro, o vice-presidente da empre-
Lançamentos e máquinas destacadas na feira: alguns bons exemplos de tecnologia, excelente desempenho e design
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AGRO PELO MUNDO
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sa para Negócios Internacionais da 
Wusheng, Smith Thepvongs, abriu um 
sorriso largo e disse que ficaria feliz 
em atuar no País. “Antes, buscávamos 
somente o mercado chinês, onde so-
mos líderes. Agora, estamos de olho 
no mercado mundial. Seria ótimo po-
der ir ao Brasil, mas ainda não encon-
tramos nenhum fabricante disposto a 
fazer essa ponte”, indicou. 
Prêmio Trator do ano
Em todas as edições da Eima são pre-
miados os melhores tratores. Logo no 
primeiro dia, um júri internacional com-
posto por 25 jornalistas vindos de to-
da a Europa, elegeu quatro categorias: 
Trator do Ano de 2019; Melhor Utilitá-
rio; Melhor dos Especializados; e Me-
lhor Design. Os vencedores foram es-
colhidos entre 10 tratores selecionados. 
A grande vencedora foi a Case IH. 
Após a nova transmissão Active-Drive 
8 receber o prêmio de Máquina do 
Ano de 2018 na Agritechnica, na Ale-
manha, agora foi a vez do modelo 
Maxxum 145 Multicontroller ser pre-
miado com o título de Trator do Ano 
de 2019 e de Melhor Design 2019. 
Como complemento às transmis-
sões semi-powershift continuamente 
variáveis de quatro estágios do Acti-
ve Drive 4 e CVXDrive, o principal 
desenvolvimento da nova série Ma-
xxum Multicontroller é a transmis-
são Active Drive de oito estágios e 
semi-powershift de três estágios. A 
transmissão e muitas outras funções 
operacionais do trator podem ser con-
troladas por meio do apoio de braços 
e do joystick do Multicontroller.
“É um reconhecimento justo ver as 
características do Multicontrolador 
Maxxum recompensadas desta for-
ma. Nosso papel é tornar a agricultura 
não apenas mais lucrativa, mas também 
mais sustentável. Contribuir para tor-
nar as operações mais fáceis, mais efi-
cientes e ecológicas é uma considera-
ção fundamental no design das nossas 
máquinas”, declarou Thierry Panadero, 
vice-presidente da Case IH para Euro-
pa, África e Oriente Médio.
Já o prêmio de Melhor Utilitário de 
2019 ficou com a Fendt 313 Vario. Pa-
ra o júri, foi o trator que apresentou 
a melhor agilidade e a mais moder-
na tecnologia do mercado. Dentre os 
itens destacados pelo júri está o baixo 
consumo de combustível, cabine mo-
derna com para-brisas contínuo, eixo 
dianteiro suspenso e opções eletrô-
nicas o tornam adequado para qual-
quer trabalho na fazenda. 
No quesito Melhor dos Especializados 
2019, o vencedor foi o trator fruteiro da 
Same, o modelo CVT 115 S. Com trans-
missão contínua, sistema hidráulico de 
alta potência, alavanca de acionamento 
multifuncional e controle eletrônico da 
maioria das funções, esse pequeno tra-
tor mereceu atenção especial do júri. 
Três feiras de mecanização 
agrícola figuram entre 
as maiores do mundo: 
Agritechnica (Alemanha), Eima 
International (Itália) e Sima 
(França). No entanto, a que 
mais se aproxima da realidade 
do agronegócio brasileiro é a 
Eima International - Exposição 
Internacional de Máquinas 
Agrícolas e de Jardinagem. 
Realizada a cada dois anos, 
em Bolonha, a Eima tem como 
expositores apenas fabricantes.
AS MAIORES
 Colheitadeira da New Holland premiada durante a feira; e representantes da Case IH, vencedora nas categorias Melhor Trator e Melhor Design
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Presença brasileira
Uma parceria realizada entre a As-
sociação Brasileira da Indústria de 
Máquinas e Equipamentos Agrícolas 
(Abimaq) e a Agência Brasileira de 
Promoção de Exportações e Inves-
timentos (Apex-Brasil), por meio do 
programa Brazil Machinery Solutions, 
possibilitou que fabricantes brasileiras 
de máquinas e implementos agrícolas 
pudessem participar da feira com um 
estande estrategicamente localizado. 
Segundo o presidente da Abimaq, 
João Marchesan, o mercado europeu 
tem sido relevante para o setor. “As 
exportações brasileiras de máquinas 
e equipamentos para o continente eu-
ropeu, a partir de uma análise de 44 
países, apresentam uma alta expres-
siva. Em 2016, o faturamento foi de 
US$ 1.46 bilhão; no ano seguinte, as 
vendas atingiram US$ 1.71 bilhão, au-
mento de 17%. Já em 2018, as expor-
tações somente no período de janeiro 
a agosto para aqueles países já compu-
tam US$ 1.5 bilhão”, destaca.
Quando as comparações são feitas 
no âmbito da União Europeia, num 
total de 28 países, os resultados são 
bastante animadores. As exportações 
de máquinas e equipamentos para pa-
íses do bloco, no período compreen-
dido entre janeiro e agosto de 2018, 
registraram US$ 1.46 bilhão, um cres-
cimento de 67% em relação às rea-
lizadas no mesmo período de 2017, 
quando alcançaram US$ 873 milhões.
Desta forma, ainda de acordo com o 
presidente da Abimaq, que é também 
empresário do segmento de máquinas 
agrícolas, participar da Eima é estraté-
gico para o Brasil, “além de importa-
dores da UE, a feira tem apresentado 
visitação muito forte do norte da Áfri-
ca, de países como Argélia, Marrocos 
e Egito, e da Índia, mercados que têm 
interesseem nossos produtos”. 
A participação do Brasil não foi so-
mente através das oito fabricantes de 
máquinas contempladas pelo progra-
ma Brazil Machinery Solutions. Ou-
tras empresas marcaram presença pa-
ra conhecer a realidade dos demais 
mercados mundiais e conhecer as no-
vidades, tais como a Ipacol, GTS do 
Brasil e Casale Equipamentos. 
Pela sexta edição consecutiva, a Ipa-
col visitou a feira. Para o diretor de 
desenvolvimento, Carlos Antoniolli, é 
uma grande oportunidade de conhe-
cer a realidade de todos os mercados 
e tentar levar para o Brasil ideias e so-
luções. “Se faltar inspiração, na Itália, 
na Eima, sobra inspiração. É um privi-
légio participar”, declarou. 
A próxima edição da Eima será de 
11 a 15 de novembro de 2020, como 
sempre, realizada na tradicional cida-
de de Bolonha, na Itália. ■
Os pavilhões de exposições receberam 50 mil modelos de máquinas e equipamentos para todos os tipos de operações agrícolas
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MERCADO
MODALIDADE DE FINANCIAMENTO É OPÇÃO PARA 
RENOVAR OU AMPLIAR FROTA DE MAQUINÁRIOS
O 
consórcio de máquinas agrí-
colas voltou a estar mais 
presente no agronegócio 
brasileiro. O mais recen-
te levantamento realiza-
do pela Associação Brasileira de Ad-
ministradoras de Consórcios (ABAC) 
mostra que essa modalidade de finan-
ciamento cresceu 33,8% nos últimos 
três anos, entre março de 2015 e de 
2018. No mesmo período, o total de 
participantes passou de 69,5 mil pa-
ra 93 mil produtores rurais. “Graças 
a essa modalidade de acesso a bens 
e serviços, produtores e empresários 
rurais puderam planejar e investir em 
tecnologia para impulsionar a produ-
ção”, destaca o presidente executivo 
da ABAC, Paulo Roberto Rossi.
Do total de consorciados ativos 
registrados em março, 48 mil eram 
pessoas físicas que representaram um 
percentual de 51,6%, enquanto as jurí-
dicas, com 36,25 mil, significaram 39%. 
Os produtores rurais f icaram com 
9,4%, somando 8,75 mil consorcia-
dos. A Região Sudeste respondia pe-
lo maior volume de consorciados ati-
vos, com 33,7%. Nas demais regiões, 
foram observados os percentuais de 
CONSÓRCIOS 
GANHAM TERRENO
DE GUSTAVO PAES
26,9% no Sul, 25% no Centro-Oeste, 
10,6% no Nordeste e 3,8% no Norte.
Com crédito médio de R$ 191,5 mil, 
o setor anotou valores praticados en-
tre R$ 11,3 mil a R$ 680 mil. “O cresci-
mento dos consórcios é explicado pe-
las vantagens que o sistema traz para 
o produtor rural. A prática comercial 
permite planejamento de médio e lon-
go prazo, atendendo uma necessida-
de do setor agrícola”, destaca Rossi. 
Vantagens
O levantamento da ABAC aponta 
que parcela significativa dos contempla-
dos adquiriu tratores de rodas e esteira 
(38%), seguidos dos implementos agrí-
colas/rodoviários (32%). Na sequência, 
vieram as colheitadeiras (18%) e os 
cultivadores motorizados (12%). Com 
grupos variando de 60 a 120 meses, na 
média de 114 meses, a taxa média men-
sal de administração praticada mante-
ve-se em 0,110% no último ano. 
O investimento tecnológico é fa-
vorecido pelo sistema de consórcios, 
pois permite ao produtor e empresá-
rio rural planejar investimentos a mé-
dio e longo prazo, respeitando a sa-
zonalidade do agronegócio. As formas 
de pagamento são diferenciadas para o 
segmento, podendo ser por safra com 
pagamento anual, por safra com adian-
tamentos (pagamento trimestral ou se-
mestral), meia parcela (reforço trimes-
tral ou semestral) ou normal.
O consórcio também é uma opção 
mais vantajosa em relação aos juros. 
“Enquanto os financiamentos têm ta-
xas de juros de 7,5% ao ano, o con-
sórcio tem apenas uma taxa de admi-
nistração, de 0,11% ao mês”, compara. 
Além disso, não é exigido hipoteca e 
nem cobrada taxa de adesão. A estima-
tiva da Companhia Nacional de Abas-
tecimento (Conab) de que a safra de 
grãos 2018/2019 chegue a 238,28 mi-
lhões de toneladas anima o segmento. 
“Apostamos que o consórcio seguirá 
como opção interessante para o pro-
dutor rural renovar ou ampliar a fro-
ta. A tendência é de crescimento nas 
vendas”, aposta Rossi.
Aquisição planejada
Em outubro passado, a Porto Segu-
ros lançou seu consórcio para aquisi-
ção planejada de caminhões, ônibus, 
tratores, máquinas e implementos agrí-
colas. A decisão de investir na modali-
23
Enquanto a modalidade de consórcio cresce, as operações de barter (pagamento do bem ou de parte dele com 
mercadorias produzidas) despencam, pelo menos no segmento de máquinas agrícolas. 
O barter foi introduzido no Brasil na década de 1990 em resposta à escassez de crédito rural e se tornou 
“popular” no Centro-Oeste, com o interesse das tradings em negócios de compra e venda de soja no Cerrado. 
A operação passou a ser um mecanismo de financiamento de safra por meio da troca de insumos (fertilizantes, 
sementes e defensivos) por soja, sem intermediação monetária. Naquele período, o financiamento agrícola era 
quase todo oferecido pelo governo federal e estava sujeito às oscilações da disponibilidade de recursos, devido a 
crises ou endividamentos do Estado.
A estimativa é de que, em média, entre 30% e 35% dos negócios de insumo no Brasil sejam feitos por meio desse 
mecanismo. Entre as principais commodities usadas na operação estão a soja, milho, algodão, café e cana de açúcar. 
A novidade mais recente foi a entrada das montadoras no negócio, trocando máquinas e implementos agrícolas 
por grãos. No entanto, após um período de crescimento, houve um refluxo significativo desse movimento. Há 
cerca de três anos, a LS Tractor, New Holland e a Agritech largaram na frente dos concorrentes e ofereceram 
operações barter a seus clientes que pretendiam adquirir máquinas novas. No entanto, atualmente apenas a New 
Holland segue oferecendo essa modalidade de negócio.
E O BARTER?
dade foi tomada após estudo do mer-
cado de pesados e de administradoras 
que atuam nesse segmento. “De acor-
do com a ABAC, nos últimos três anos 
o número de consorciados para a mo-
dalidade veículos pesados cres-
ceu 33,8%. No acumulado 
até julho de 2018, a venda 
de novas cotas registrou al-
ta de 26,4% sobre os mes-
mos sete meses de 2017”, afirma o ge-
rente de Desenvolvimento Comercial 
de Consórcio da Porto Seguro, Rafael 
Boldo. “Além disso, o agronegócio é o 
setor da economia brasileira que mais 
cresce”, acrescenta. 
O consórcio oferece créditos de 
R$ 151 mil a R$ 300 mil, prazo de 
120 vezes para pagar, possibilidade 
de parcelas de menores valores 
mensais, contemplações mensais 
por meio de sorteio, lance fixo de 
30% ou lance livre, além de não 
contar com taxa de adesão. “Ou-
tra vantagem é que a modalida-
de de crédito garante a possi-
bilidade de o agricultor fazer Fot
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MERCADO
cisão dos investimentos em máquinas”, 
diz o gerente de marketing, Astor Kilpp.
Os clientes são atraídos pela pro-
gramação de compra, prazos flexíveis 
e parcelas de acordo com disposição 
de pagamento, taxa de administração 
baixa comparada com juros bancários, 
além de contemplações por sorteio e 
lance e aprovação de crédito rápida e 
flexível. “E o consórcio não compro-
mete o limite de crédito junto a ins-
tituições financeiras, deixando libera-
do o crédito para financiar custeio”, 
salienta. Kilpp lembra que a prática 
comercial também é uma opção mais 
vantajosa em relação aos juros. “A ta-
xa de financiamento gira em torno de 
5,5% ao ano e o consórcio por volta 
de 1,5% ao ano”, compara.
O consórcio da LS oferece créditos 
a partir de R$ 22 mil até R$ 220 mil 
A flexibilidade e possibilidade 
de crédito acessível, sem 
incidência dos juros praticados 
pelo financiamento bancário, 
tem atraído cada vez mais o 
consumidor. Veja algumas 
das vantagens do sistema 
de consórcios:
➢ Várias opções de crédito, 
prazos e parcelas
➢ Consorciado tem liberdade 
de escolha para planejar 
compras no longo prazo
➢ Valor da carta de crédito 
acompanha o reajuste 
do valor do bem, mantendo 
o poder de compra
➢ Contemplações podem ser 
por sorteios ou lances mensais
➢ Ao apresentarlance, o 
consorciado antecipa parcelas no 
valor correspondente para receber 
o direito imediato à carta de crédito
➢ Consórcios possuem legislação 
específica e a administradora deve 
ser autorizada e fiscalizada pelo 
Banco Central, o que traz mais 
segurança ao consumidor.
PRINCIPAIS 
VANTAGENS 
uma compra planejada, programada, 
sem ter grandes descapitalizações”, diz.
A prática comercial também é uma 
opção mais vantajosa em relação aos 
juros, já que é cobrada apenas a taxa 
de administração. “No consórcio não 
tem juros. Nessa opção, o produtor ru-
ral pagará 0,12% ao mês e 1,45% ao ano 
de taxa administrativa. No total do pla-
no, esse valor equivalerá a 14,5%. Ou 
seja, é uma condição mais vantajosa, 
pois o cliente paga menos, ao invés de 
fazer a capitação do mercado”, aponta. 
Os valores vendidos têm sido supe-
riores à média de mercado em pelo 
menos 20%. “No primeiro semestre, 
por exemplo, a ABAC registrou uma 
alta de 26,4% em novas cotas de veí-
culos pesados, comparado ao mesmo 
período de 2017. Com isso, a previsão 
segue positiva para o próximo ano”, 
adianta o gerente. 
Estratégia para renovar frota
A constatação de que mais de 20% 
das vendas de máquinas agrícolas ocor-
rerem por meio do consórcio levou a LS 
Tractor a investir na modalidade de fi-
nanciamento. “Além de ser utilizada co-
mo uma forma de alívio nas análises de 
crédito, o consórcio é uma excelente 
estratégia para renovação da frota de 
máquinas, ele é parte fundamental na 
gestão financeira para tomada de de-
25
com contemplações mensais por sor-
teio, lance fixo e lance livre, possibi-
lidade de embutir parte do lance nas 
parcelas para que o desembolso seja 
menor no momento da contempla-
ção. “Os grupos têm quantidade re-
duzida de participantes, aumentando 
a chance de contemplação mais rápi-
da”, acrescenta.
Custos mais baixos
O consórcio da New Holland é uma 
alternativa de crédito cada vez mais 
utilizada para atender à demanda dos 
clientes por máquinas agrícolas. Com 
custos mais baixos que os do sistema 
financeiro tradicional, por meio do con-
sórcio, além do crédito facilitado e me-
nos burocrático, o cliente pode planejar 
a renovação ou ampliação de sua fro-
ta a médio e longo prazo, conforme 
Mariton Batista Moraes, gerente nacio-
nal do consórcio New Holland. 
A modalidade de comercialização, 
que surgiu logo após o começo da 
operação no Brasil, não exige hipo-
teca ou cobrança de juros e taxa de 
expediente. A taxa de administração 
é de 1,5% ao ano, no 
prazo de 120 me-
ses. O valor dos 
crédi tos var ia 
de R$ 82,5 mil a 
R$ 457 mil, mas 
a companhia con-
segue unir mais de 
uma cota para a com-
pra de equipamentos de 
maior valor. “Se o produtor qui-
ser adquirir uma co-
lheitadeira de R$ 1,2 
milhão, podemos 
vender três cotas 
de R$ 400 mil”, ex-
plica Moraes.
A contemplação 
ocorre por sorteio 
ou lance. Mensal-
mente são contem-
plados um consor-
ciado por sorteio 
e, por lance, tan-
tos quantos o sal-
do do grupo per-
mitir. O agricultor tem à disposição 
planos de 24 meses até 120 meses e 
a ferramenta se aplica a toda linha de 
tratores, colheitadeiras, pulverizado-
res, enfardadeiras e plantadeiras fabri-
cados pela montadora. 
As máquinas mais procuradas pe-
los agropecuaristas são os tratores 
de média potência. “Os tratores são 
o carro-chefe”, observa Moraes. As 
vendas de maquinário por meio do 
consórcio cresceram 10% em 2017 e a 
expectativa agora é repetir o desem-
penho. “Vendemos cerca de 3 mil co-
tas em 2017 e deveremos comercia-
lizar 3,2 mil cotas até dezembro (de 
2018)”, afirma.
Sem burocracia
Com taxas muito menores que os fi-
nanciamentos e quase nenhuma buro-
Astor Kilpp, gerente de 
marketing da LS Tractor
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o
26
MERCADO
cracia, há 25 anos o consórcio Jacto é 
uma opção para a aquisição de máqui-
nas e implementos agrícolas. Há planos 
diferenciados para aquisição de todo o 
portfólio de sua linha de produtos, co-
mo pulverizadores e adubadoras au-
tomotrizes, colhedoras de café e tam-
bém equipamentos da linha tratorizada 
e Agricultura de Precisão.
Existem dois segmentos dentro do 
consórcio da Jacto: para máquinas tra-
torizadas, sejam elas acopladas ou de 
arrasto, os prazos de pagamento va-
riam entre 12, 18 e 24 meses, sendo 
que, em casos especiais, eles podem 
alcançar até 72 meses. Todos os me-
ses, dois participantes são contempla-
dos, um por sorteio e outro por lance.
Já no caso de máquinas automotri-
zes, como as colhedoras de café, o 
prazo é maior, até 102 parcelas. Os 
pagamentos podem ser mensais, tri-
mestrais, semestrais ou anuais, o que 
são modelos interessantes para quem 
pretende pagar só após os resultados 
da colheita. No consórcio de máqui-
nas automotrizes também são dois 
contemplados por mês, um por sor-
teio e outro por lance. 
O consórcio é mais uma opção pa-
ra atender ao produtor que procura 
formas diferenciadas de adquirir um 
equipamento da empresa, segundo o 
diretor comercial Valdir Martins. “Ao 
adquirir uma cota do consórcio, o pro-
dutor aumenta seu poder de compra e 
tem inúmeras vantagens como a priori-
dade na entrega, compra programada 
sem juros e facilidade de aprovação do 
cadastro sem taxa de adesão”, ressalta. 
A modalidade de crédito responde por 
8% do faturamento da Jacto. 
Pioneirismo
A Massey Ferguson criou seu consór-
cio em 1980 e foi a primeira adminis-
tradora de consórcios do Brasil com o 
perfil voltado exclusivamente ao mer-
cado de máquinas agrícolas. “Ao longo 
destes 38 anos, mais de 70 mil máqui-
nas agrícolas já foram comercializadas 
mediante esta modalidade”, destaca o 
gerente comercial, Juan Latorre. 
A confiança do produtor rural vem 
sendo recuperada diante de um cená-
rio mais favorável ao agronegócio e os 
investimentos em novos maquinários 
vem acompanhando este movimento, 
com vendas aquecidas, observa. “Para 
2019, as expectativas são muito posi-
tivas, principalmente em função da re-
novação do portfólio preparado para 
o novo ano”, diz o gerente. 
O consórcio traz vantagens para o 
produtor, como a garantia de entrega e 
de bom preço, a flexibilidade de paga-
mento, planos com parcelas de até 120 
meses, sem a cobrança de juros ou de 
taxa de adesão, além de uma das me-
nores taxas administrativas do mer-
cado. “É uma excelente alternativa 
de investimento para o produtor 
que busca a renovação de maqui-
nário e ainda é um aliado no plane-
jamento financeiro. Não há cobrança 
de juros ou de entrada, a taxa ad-
ministrativa é baixa e a modalidade 
possibilita uma vasta opção de planos 
e prazos”, enumera. Na Massey Fergu-
son, a maior parte das vendas via con-
sórcio tem sido de máquinas de média 
potência, conforme Latorre. ■
É a modalidade de compra 
baseada na união de pessoas 
físicas ou jurídicas em grupos, 
para formar poupança e adquirir 
bens móveis, imóveis ou 
serviços. A formação dos grupos 
é feita por uma administradora, 
autorizada e fiscalizada pelo 
Banco Central do Brasil. O valor 
do bem ou serviço é diluído 
em um prazo predeterminado, 
e os integrantes do grupo 
contribuem ao longo do período. 
A administradora coordena os 
sorteios ou lances até que todos 
sejam contemplados.
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PLANEJAR OPERAÇÕES OTIMIZA O APROVEITAMENTO 
E A PRODUTIVIDADE DE TRATORES E COLHEITADEIRAS
DE GUSTAVO PAES
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Ca
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 IH
BOA GESTÃO 
DO MAQUINÁRIO
M ecanizar é sinônimo de aumentar a área útil cul-tivada, imprimir rapidez às operações e melho-rar a qualidade aos tra-
balhos. No entanto, se a mecanização 
ocorrer de forma inadequada, torna-
-se um alto custo, gera prejuízos e ele-
va os preços dos produtos. Isso por-
que o sistema mecanizado representa 
cerca de 20% a 40% do custo total da 
produção de uma cultura. 
A aquisição de máquinas e imple-
mentos que excedam a demanda das 
operações agrícolas resulta em um au-
29
quentemente, impactar a qualidade ou 
quantidade do produto, observa Rosa, 
que coordena o Núcleo de Estudos de 
Solos e Máquinas Agrícolas (Nesma), do 
Instituto Federal de Educação, Ciência e 
Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS).
Rosa lamenta que o dimensionamen-
to da frota agrícola seja tão pouco de-
batido no Brasil. Como o investimento 
em mecanização é alto, é fundamen-
tal realizar um bom planejamento para 
otimizar a tecnologia e garantir a efici-
ência nas operações. “O planejamento 
das operações agrícolas, por meio de 
modelos de dimensionamento, otimiza 
o aproveitamento do maquinário agrí-
cola, com o aumento da produtividade 
e a redução de desperdícios”, reforça. 
Rosa adota uma metodologia de di-
mensionamento que inclui o sistema 
passo a passo, buscando prever e an-
tecipar futuros problemas. O procedi-
mento, desenvolvido na Wageningen 
Agriculture University, na Holanda, é 
caracterizado pelo planejamento em 
etapas ou pela rotina de trabalho e pela 
facilidade de aplicação. “A grande van-
tagem é que o método também pode 
ser aperfeiçoado por retroalimentação. 
De uma safra para a outra, o produ-
mento considerável do custo final pe-
la baixa utilização dos equipamentos. 
“Em muitas propriedades do Planalto 
Médio do Rio Grande do Sul, em que 
a área total não passa de 10 a 15 hec-
tares, os produtores usam colheita-
deiras com capacidade para 100 hec-
tares”, aponta o engenheiro agrícola 
David Peres da Rosa, de Sertão (RS). 
Prejuízos na qualidade
Por outro lado, reduzir o sistema me-
canizado a uma capacidade abaixo da 
recomendada pode inviabilizar opera-
ções nos prazos estimados e, conse-
Há um consenso que as propriedades rurais precisam avançar no 
processo de gestão cada vez mais eficiente para garantir, naquilo que 
é previsível, aumento de rentabilidade do negócio produzir alimento. 
Uma das áreas que fazem parte do composto de produção é a frota de 
equipamentos agrícolas e veículos dedicados ao trabalho no campo. 
MÁXIMA EFICIÊNCIA
O sistema mecanizado representa 
cerca de 20% a 40% do custo total 
da produção de uma cultura
FROTA
30
tor inclui novas infor-
mações”, destaca o 
especialista. 
A técnica consi-
dera os dados da 
propriedade, como 
a área das lavouras e 
características da loca-
lidade. A segunda etapa 
detalha informações do ca-
lendário de trabalho, em que o agricul-
tor define as atividades ligada à cultura, 
incluindo preparo do solo e tratamen-
to fitossanitário. Já na etapa do dimen-
sionamento, deve apontar as capaci-
dades, o ritmo operacional, o tempo 
disponível, períodos, tempo médio 
(ha/hora) e a quantidade de máquinas. 
“Ao definir o tempo para fazer as 
operações, o produtor tem que levan-
tar os dias em que pode realizar o tra-
balho motomecanizado, levando em 
consideração dias de chuva, feriados 
e domingos, a intensidade de precipi-
tação, fatores como vento, tempera-
tura, insolação e nebulosidade, além 
dos tipos de solo”, enumera.
Rosa frisa que a aperfeiçoamento da 
rotina operacional ou ritmo operacional 
é importante para aumentar a rentabili-
dade de uma lavoura. “É preciso lembrar 
que, nas épocas de requerimento máxi-
mo, haverá falta de 
máquinas ou uso no 
limite nos períodos de 
requerimento mínimo 
ocorrerá ociosidade de 
máquinas”, ensina. 
A solução é reduzir os extremos. Pa-
ra isso, o produtor pode aumentar o 
período de execução das etapas flexí-
veis, aumentar a jornada de trabalho 
nos momentos de pico, suprimir folgas, 
procurar outras atividades econômicas, 
prover atividades de manutenção e re-
forma e alugar ou conseguir máquinas 
emprestadas. “Às vezes, o dimensiona-
mento indica que o melhor seria tercei-
rizar o serviço, mas em algumas regiões 
não há este serviço e o produtor acaba 
tendo de comprar uma máquina nova 
por causa dessa deficiência”, diz Rosa.
O especialista recomenda que, ao ad-
quirir uma nova máquina, o produtor 
considere a sua demanda, o que real-
mente precisa e quais as possibilidades 
que tragam maior rentabilidade ao ne-
gócio. “Quanto mais uma máquina for 
usada, mais lucrativa se torna”, assinala. 
O engenheiro agrícola explica que a 
hora de adquirir uma nova máquina é 
quando o custo de manutenção do equi-
pamento está acima de sua depreciação. 
“Quando estamos muito tempo parados 
em função de quebras mecânicas, em 
função da ineficiência mecânica da má-
quina quando ela é usada corretamente, 
também está na hora de comprar outra. 
É troca até de tecnologia”, afirma. 
Na hora da compra
Outra situação que é recomendável 
adquirir um novo equipamento é quan-
do o dimensionamento indica a falta de 
capacidade operacional da frota. “Os 
filhos de agricultores reclamam que o 
pai tem um trator de 30 anos e está na 
hora de trocar. Aí você levanta infor-
mações sobre as atividades e vê que a 
situação está adequada, pois área pe-
quena em que o trator não faz nenhu-
ma das operações da produção, mas 
realiza atividades primordiais na opera-
ção de sobrevivência da família, como 
ir transportar produtos produzidos ar-
tesanalmente, servem de fonte de po-
tência de equipamentos acionados pela 
TDP, atividades que necessitam o tra-
David Peres da Rosa, engenheiro agrícola 
do Nesma, no Rio Grande do Sul F
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A metodologia preventiva desenvolvida na Wageningen Agriculture University, 
na Holanda, propõe o planejamento em etapas ou pela rotina de trabalho
31
oferecer uma ferramenta para auxiliar 
o produtor a melhorar o planejamen-
to da propriedade, destaca o pesqui-
sador Anderson de Toledo, do Iapar.
Com acesso por computador, tablet 
e smartphone, o Sigma possibilita ao 
produtor registrar as atividades e ob-
ter informações sobre o dimensiona-
mento do conjunto mecanizado e o 
custo de cada operação. “O produtor 
pode inserir no sistema a programação 
das atividades do próximo ano agríco-
la. Ele informa os dados por cultura e 
tamanho de área utilizada e o Sig-
ma mostra se o conjunto me-
canizado está adequado pa-
ra a operação”, explica.
tor, e um novo não teria uma relação 
custo-benefício adequada”, completa.
Em 2017, o Instituto Agronômico do 
Paraná (Iapar) lançou o Sistema para 
Gestão de Máquinas Agrícolas (Sigma), 
uma plataforma dirigida a produtores 
de grãos. Ela permite avaliar o quanto 
da produção é necessário para cobrir 
o investimento realizado em máquinas, 
e também indica as operações que po-
dem ter seu custo reduzido. “A ideia é 
Os produtores que fazem esse con-
trole em geral usam cadernos ou plani-
lhas, conforme o profissional. “O Sigma 
permite registrar e saber em detalhes, 
e on-line se as máquinas estão se pa-
gando. Com o tempo, ele terá um his-
tórico das atividades e poderá fazer 
simulações para novas operações”, es-
clarece. A ferramenta, que foi desen-
volvida em parceria entre o Iapar e a 
Agropixel, de Londrina (PR), ganhou 
novas funcionalidades para a gestão 
operacional, com a coleta de dados 
das máquinas, análise de desempenho 
e até auxílio na seleção apropriada dos 
equipamentos e sua regulagem.
Há cerca de dois anos, a Case IH lan-
çou um aplicativo exclusivo para co-
lheitadeiras Axial-Flow Série 130, que 
Há vários modelos de dimensionamento, mas a grande maioria ainda 
funciona por meio de anotações em cadernos e planilhas manuais. No 
entanto, o planejamento do maquinário teve um desenvolvimentomuito 
grande com o uso de softwares e aplicativos (apps). 
APLICATIVOS
Antes de adquirir uma 
máquina, a orientação dos 
especialistas é avaliar a demanda 
da produção, visando 
a melhor rentabilidade ao negócio. 
A terceirização do serviço também 
deve ser considerada.
FROTA
32
fornece as informações que ser-
virão de suporte na configura-
ção e ajustes iniciais das colhei-
tadeiras Axial-Flow Série 130, o 
que garante seu melhor desempe-
nho. O Pró-Colheita possui dados dos 
modelos 4130 (classe 5), 5130 e 6130 
(classe 6) e 7130 (classe 7), e para os 
mais variados tipos de grãos como so-
ja, milho, feijão, girassol, entre outros. 
O usuário do Pró-Colheita inicia o 
processo, que se divide em três etapas. 
Primeiro seleciona o modelo da máqui-
na, a cultura e a plataforma para con-
figurar a colheitadeira. Faz os ajustes 
externos da cabine, passando para as 
configurações internas, o que já permite 
o início da operação de colheita. Após 
esse passo, o produtor passa para o di-
mensionamento, em que faz projeções 
para o aumento da frota e o alcance de 
suas metas. O produtor insere a cultu-
ra e o que espera colher, além da decli-
vidade da área, uma variável que pode 
reduzir a velocidade de colheita. 
Depois, de acordo com as informa-
ções prestadas, o aplicativo informa o 
quanto cada máquina consegue colher 
e aponta o número necessário de má-
quinas, explica o gerente de produto 
de colheitadeiras de grãos da Case IH, 
Eduardo Júnior. “O app também infor-
ma se o dado está dentro do padrão 
do produtor ou se ele precisa fazer um 
investimento em um novo equipamen-
to”, acrescenta. Na sequência, há a 
calculadora de possíveis perdas, que 
possibilita ao cliente avaliar o impacto 
dessas avarias (que podem ser grãos 
perdidos, índice de impurezas e des-
contos por umidade), bem como um 
método específico para calculá-las. Por 
fim, é possível emitir relatórios com to-
das estas informações compiladas.
Solução da LS Tractor
Para auxiliar o produtor, a fabricante 
sul-coreana LS Tractor também lançou 
a Plataforma Web de Gestão de Fro-
ta, produto inserido no pacote LS Te-
ch Unit Control e que é uma evolução 
das ferramentas de telemetria e prote-
ção ao motor. Desenvolvida em parce-
Com os dados em mão, operador 
pode tomar medidas que tornem 
mais eficiente o uso da máquina
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274_203 - Anuncio Maquinas e Inovacoes Agricolas.pdf 1 11/12/18 15:51
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ria com a argentina Colven, a platafor-
ma traz a expertise de um programa 
aplicado com sucesso na área de logís-
tica de transporte rodoviário. 
Telemetria – Acompanhar as ativi-
dades do trator a distância, sem neces-
sidade de ir a campo e ainda ter um sis-
tema eletrônico de proteção do motor, 
que evita prejuízos, são funcionalidades 
que se tornam úteis no gerenciamento 
da frota. Novidade entre tratores de 
baixa e média potência, o LS Tech é 
um conjunto de tecnologias que ofere-
ce sistemas de controle da produtivida-
de e das condições mecânicas do trator. 
Uma das novidades é a telemetria, que 
proporciona uma gama de informações 
sobre o funcionamento de uma máqui-
na agrícola. “Com ela é possível saber 
quantas horas o trator trabalhou em um 
dia, qual foi a produtividade, o consu-
mo de combustível e se já está na hora 
de fazer alguma manutenção preventi-
va”, salienta o diretor de Marketing da 
LS, Astor Ricardo Kilpp. 
O gestor pode controlar tudo o que 
o equipamento está fazendo, minuto 
a minuto. Consegue saber o núme-
ro de horas efetivamente trabalhadas, 
consumo de combustível, situação do 
motor, velocidade utilizada entre ou-
tras funções. “Com os dados na mão, 
pode orientar o operador para tomar 
medidas que tornem mais eficientes o 
uso daquela máquina, melhorando sua 
produtividade e, quem sabe, reduzin-
do custos”, informa Kilpp. 
Já o Protetor Eletrônico de Motor 
avisa quando a temperatura do mo-
tor se eleva a níveis críticos ou quan-
do a pressão de óleo diminui peri-
gosamente, impedindo, assim, que 
ocorram graves danos ao motor. Em 
casos drásticos, detém a marcha do 
motor, emite um sinal sonoro e en-
caminha uma mensagem eletrônica 
ao proprietário. O sistema de prote-
ção eletrônica do motor age em caso 
de falhas na bomba de água, correia 
do ventilador, bomba de óleo, radia-
dor, entre outros componentes. As-
sim consegue aumentar a vida útil do 
motor e reduzir o custo de manuten-
ção, melhorando o resultado final. ■
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TECNOLOGIA APLICADA
34
FUTURO AINDA 
DISTANTE?
MÁQUINAS AUTÔNOMAS CHEGAM PARA FICAR, 
MAS ANTES DEVEM SUPERAR ENTRAVES
DE GUSTAVO PAES
35
E
stima-se que mais da metade 
dos agricultores dos Estados 
Unidos já utilize alguma forma 
de direção automática, e a pre-
visão é de que o índice aumen-
te, chegando a quase 1/3 do total no 
curto prazo. O processo de automa-
ção das máquinas agrícolas deve seguir 
crescendo em todo o mundo. No Brasil, 
a indústria tem apostado em conectivi-
dade e há uma progressiva automação.
Atualmente, cerca de 80% das má-
quinas agrícolas novas já são dotadas de 
piloto automático, ferramenta que me-
lhora a eficiência e rentabilidade da ope-
ração, reduzindo custos com insumos, 
diminuindo o consumo de combustí-
vel e melhorando a produtividade do 
operador. “O futuro é automação to-
tal, quando o operador sairá da máqui-
na e passará ao gerenciamento”, disse o 
presidente da John Deere, Paulo Renato 
Hermann, durante o 7º Fórum Lide de 
Agronegócios, em Ribeirão Preto (SP).
Assim, surge uma nova agricultura, 
que permite a tomada de decisões em 
tempo real. A agricultura 5.0 deve ter 
início a partir de 2022, quando as má-
quinas trabalharão com mais autonomia. 
O pesquisador Silvio Crestana, da 
Embrapa Instrumentação, acredita 
que as pesquisas da indústria automo-
tiva beneficiarão a indústria agrícola, 
ainda que com o perigo de se misturar 
o urbano e o campo. O principal en-
trave, diz ele, não será a questão tec-
nológica, mas sim a falta de uma le-
gislação para as máquinas autônomas. 
Apesar de a tecnologia da automa-
ção ter evoluído muito nos últimos 
anos, ainda precisa dar passos impor-
tantes. “Desde a apresentação do seu 
trator-conceito autônomo, que exe-
cuta as mesmas tarefas de um trator 
Os avanços tecnológicos 
verificados nos últimos anos, 
como a Agricultura de Precisão 
(AP), permitiram elevar a 
produtividade. Prova disso é 
o levantamento da Comissão 
Brasileira de Agricultura de 
Precisão, o qual mostra que 
67% das propriedades agrícolas 
brasileiras usam algum tipo de 
tecnologia em seus processos. 
No entanto, a tecnologia não 
para de avançar e já estamos 
entrando em uma nova 
modalidade: a agricultura 4.0, 
que considera a automação das 
máquinas e dos implementos 
agrícolas, segundo destaca o 
pesquisador Silvio Crestana, da 
Embrapa Instrumentação, de 
São Carlos (SP). “As máquinas 
são automáticas, conseguem 
fazer operações que antes 
precisavam de um operador, 
graças à conectividade”, aponta. 
BUSCA DE 
PRODUTIVIDADE
convencional, a Case IH tem desenvol-
vido tecnologia e definido ainda mais a 
automação e a autonomia na agricul-
tura”, afirma o diretor de Marketing de 
Produto da Case IH, Silvio Campos.
Ele explica que, por meio do seu 
programa de autonomia e automa-
ção, a companhia vem pesquisando 
e desbravando a tecnologia autôno-
ma em cenários reais. A empresa co-
locou alguns tratores em campo com 
os equipamentos necessários para que 
trabalhassem de forma autônoma. Os 
Silvio Campos, diretor de Marketing 
de Produto da Case IH
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o
TECNOLOGIA APLICADA
36
testes foram realizados em um pro-
grama-piloto nos EUA, com tratores 
da linha Steiger, que chegam a ter po-
tência máxima de 620 cv. O objeti-
vo é entender como a nova tecnolo-
gia pode ser usada e como responde 
a necessidades reais da propriedade. 
Com as pesquisas, a Case IH desco-
briuque as necessidades tecnológicas 
atuais e futuras se enquadram em cin-
co categorias de automação para apli-
cações agrícolas de campo. As catego-
rias e os tipos de atividades associados 
a cada uma incluem orientação, coor-
denação e otimização, autonomia au-
xiliada por operador, autonomia su-
pervisionada e autonomia total. Essas 
cinco categorias começam com a au-
tomação de tarefas específ icas em 
um equipamento. A primeira catego-
ria utiliza piloto automático. A segun-
da, além do piloto automático, tem a 
atuação coordenada entre máquinas. 
A terceira categoria engloba veículos 
autônomos com inteligência artificial. 
Na quarta, eles são coordenados e 
não tripulados e a última categoria é 
o veículo totalmente autônomo, foca-
do em melhor produtividade e baixo 
consumo. “Muitas das tecnologias que 
levam à autonomia total já estão à dis-
posição e vêm sendo usadas”, ressalta. 
Segundo ele, a previsão mundial para 
comercialização das tecnologias que 
levam à autonomia é de cinco anos. 
O executivo lembra que ainda é um 
trator-conceito, mas acredita que os 
custos em tecnologia fundamental fi-
carão mais baixos nos próximos anos. 
Boa parte da tecnologia necessária pa-
ra veículos autônomos já está dispo-
nível, mas com uma faixa de preço 
relativamente alta, segundo ele. “De-
tecção de obstáculos e tecnologias de 
condução são compartilhadas entre as 
indústrias automotivas e agrícolas, e, 
quanto mais essas tecnologias forem 
adotadas por fabricantes, mais anteci-
pamos a redução de custos”, destaca.
Sérgio Sartori Junior, diretor de 
pesquisa e desenvolvimento da Jacto
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37
Esforços direcionados
 A Jacto também vem realizando 
pesquisas para aprimorar o seu pul-
verizador autônomo (vide quadro na 
página ao lado). Atualmente, o equipa-
mento está em fase de testes, visando 
à checagem de tópicos para aprimo-
rar a utilização do veículo em campo 
e garantir que possa trabalhar em si-
tuações adversas. Adicionalmente aos 
sistemas que compõem o veículo em 
si, será necessário investigar quais as 
modificações na infraestrutura do am-
biente de trabalho no qual ele será 
inserido para maximizar a produtivi-
dade com segurança. “Referente às 
questões legais e normativas, o pro-
jeto também está em constante ob-
servação dos requisitos das normas 
de segurança e de produto que terão 
de ser adotadas para viabilizar a co-
mercialização deste tipo de tecnolo-
gia”, declara diretor de pesquisa e de-
senvolvimento, Sérgio Sartori Junior.
A empresa trabalha com a expecta-
tiva de, em 2019, ter um lote experi-
mental para uma nova etapa de testes 
controlados em clientes e avaliar, após 
os resultados dessa fase, a viabilidade 
do lançamento comercial do veículo, 
tendo em mente o estudo contínuo 
para avaliação e melhorias no desem-
penho. No entanto, algumas dificulda-
des devem ser superadas. A falta de 
sinal de internet é um gargalo para a 
digitalização do campo e o pleno uso 
das novas tecnologias. 
A questão da segurança em situ-
ações adversas é fundamental, bem 
como a melhoria de tecnologias de 
localização (como GPS) para uma as-
ser tividade do equipamento na sua 
A Jacto trabalha no 
desenvolvimento do veículo 
autônomo JAV (do inglês Jacto 
Autonomous Vehicle), desde 
2008. Uma primeira versão 
do equipamento, o JAV I, 
foi apresentada em 2010, na 
Agrishow, e o JAV II em 2013, 
também no mesmo evento. 
O conceito do equipamento é 
um veículo autônomo para uso 
na atividade de pulverização. 
Dessa forma, o ‘pulverizador 
autônomo’ aplicará defensivos 
somente onde há necessidade, 
a partir de tecnologia que 
identifica a presença/ausência da 
planta e monitora as condições 
de clima. “O JAV poderá ser 
utilizado tanto em ambientes 
controlados, como estufas, 
quanto em culturas perenes ou 
extensivas”, sublinha o diretor 
de pesquisa e desenvolvimento, 
Sérgio Sartori Junior.
PULVERIZADOR
AUTÔNOMO
TECNOLOGIA APLICADA
38
função de promover ecoeficiência e 
produtividade, alinhamento para to-
dos os equipamentos da Jacto, con-
forme o executivo. “Quanto mais pre-
cisos forem os equipamentos, menor 
será o gasto de insumos, reduzindo ao 
mesmo tempo os custos do produtor 
e o impacto ambiental”, diz. 
A necessidade de formação de mão 
de obra qualificada também é funda-
mental. “Por isso, iniciativas como cur-
sos pioneiros na área, como o de Big 
Data no Agronegócio e Mecanização 
em Agricultura, oferecidos pela Fatec 
Shinji Nishimura em Pompeia [SP], e 
também o CIAg [Centro de Inovação 
em IoT no Agronegócio] são impor-
tantes nesse ecossistema”, completa.
Controle total
A New Holland aposta no trator autô-
nomo conceito NHDrive, uma máquina 
sem motorista que pode executar uma 
ampla gama de tarefas agrícolas dia e 
noite. O equipamento é capaz de chegar 
ao campo de forma autônoma, para tra-
balhar em conjunto com outras máqui-
nas controladas por operadores tradi-
cionais ou autônomos e, graças à cabina, 
pode ser conduzido por um operador. 
Desenvolvido pela CNH Industrial, 
em colaboração com seu provedor 
de tecnologia ASI (Autonomous So-
lutions Incorporated), o NHDrive é 
um veículo não tripulado totalmente 
Marco Milan, especialista de Marketing 
da New Holland Agriculture para o 
sistema de agricultura de precisão
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No Brasil, a indústria 
aposta em conectividade 
e registra progressiva 
automação
Capaz de trabalhar 24 horas 
por dia, sete dias por semana, o 
trator NHDrive, da New Holland, 
ajuda a reduzir os riscos associados 
a erros humanos, pois segue planos 
predeterminados e otimizados para 
todas as atividades. O equipamento 
pode atingir níveis mais altos 
de produtividade e eficiência do 
que os métodos tradicionais. O 
NHDrive pode aproveitar ao 
máximo os períodos de clima 
favorável para as operações 
agrícolas, trabalhando dia e noite. 
No futuro, o trator será capaz 
de automatizar completamente 
o manuseio de grãos durante a 
colheita, quando equipado com um 
reboque, incluindo atividades de 
descarga, transporte e descarga. 
O projeto NHDrive começou 
com os tratores das linhas T7 
Heavy Duty e T8. Em 2018, a 
companhia fez uma parceria com 
uma vinícola da Califórnia em 
um projeto-piloto para testar sua 
tecnologia autônoma aplicada aos 
tratores de vinhedos T4.110F. 
SEM DESCANSO
39
autônomo e que pode ser monitora-
do e controlado por meio de um com-
putador de mesa ou de uma interface 
de tablet portátil. 
Isso permite que os agricultores aces-
sem os dados do trator e dos imple-
mentos, onde quer que estejam, o que 
facilita a tomada de decisões no mo-
mento certo para aumentar a eficiência 
operacional e a produtividade. Além dis-
so, os agricultores manterão o contro-
le total e a propriedade de seus dados.
Marco Milan, especialista de Marketing 
da New Holland Agriculture para o sis-
tema de agricultura de precisão, frisa 
que o grande desafio de implementa-
ção desse tipo de maquinário no Brasil 
é a variedade de ambientes e de cultu-
ras encontradas no País, desde poma-
res e hortaliças até as extensas lavou-
ras de cana de açúcar, grãos e algodão. 
Aposta da ZF
A multinacional alemã ZF, em parce-
ria com a montadora austríaca Lindner, 
desenvolveu o protótipo de um trator-
-conceito semiautônomo que integra 
conectividade, inteligência artificial e 
automação. O protótipo se baseia no 
trator Lindner Lintrac 90, que, há cerca 
de dois anos, opera em teste na Europa.
A ZF equipou o conceito com uma 
combinação de câmeras com senso-
res, radar e GPS. Os sinais são pro-
cessados pela plataforma de contro-
le ZF Pro AI, que opera por meio de 
“deep learning”, mapeando um am-
biente de 360° com reconhecimento 
de presença de pessoas, processan-
do ações que priorizem a segurança 
e produtividade e executam coman-
dos por meio da conectividade com os 
controles do Driveline e Powertrain. 
Um módulo adicional GPS conectado 
ao sistema de direção e à transmissão 
CVT TMT09 da ZF, torna possível a 
automatização de diversos processos.
A tecnologia revelando