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SOLOS TROPICAIS Douglas Avelar INTRODUÇÃO Dentro da classificação dos solos, aqueles que apresentam propriedades peculiares de comportamento, são denominados de solos tropicais em decorrência da atuação de processo geológico e/ou pedológico típicos das regiões tropicais úmidas. Dentre os solos tropicais destacam-se duas grandes classes: os solos lateríticos e os solos saprolíticos. TIPOS DE SOLOS TROPICAIS LATERÍTICOS SAPROLÍTICOS TRANSPORTADOS TIPOS DE SOLOS TROPICAIS LATERÍTICOS Os solos lateríticos são solos superficiais, típicos das partes bem drenadas das regiões tropicais úmidas, resultantes de uma transformação da parte superior do subsolo pela atuação do intemperismo, por processo denominado laterização; processo de laterização: o enriquecimento no solo de óxidos hidratados de ferro e/ou alumínio e a permanência da caulinita como argilo-mineral predominante coloração típica: vermelho, amarelo, marrom e alaranjado. PROCESSO DE LATERIAZAÇÃO A laterização é um problema típico de solos ligado às regiões de clima úmido e quente, caracteriza-se pela ocorrência de lixiviação, que ocorre pelo excesso de chuvas ou irrigação, podendo vir a formar uma crosta constituída por nutrientes do solo, como Fe e Al, impedindo assim a penetração de água até níveis de profundidade superiores ao do laterito formado. Após desidratação originam-se crostas, limoníticas (ricas em Fe2O3) e bauxitas (ricas em Al2O3). PROCESSO DE LATERIAZAÇÃO Clima (pluviometria); Topografia (erosão e drenagem); Vegetação (matéria orgânica, bactéria, ácidos húmicos) Rocha mãe e o período de formação. FATORES DETERMINANTES CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS LATERÍTICOS - MCT Foi criada por Nogami e Villibor em 1981, em virtude das limitações das Classificações tradicionais; É baseada nas propriedades mecânicas e hidráulicas de solos compactados a partir de corpos de prova de 50mm de diâmetro; É usualmente utilizada em obras viárias, obras de terra em geral, e para fins de mapeamento de solos tropicais; CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS LATERÍTICOS - MCT SUBGRUPOS LG’ – argilas lateríticas e argilas lateríticas arenosas; LA’ – areias argilosas lateríticas; LA – Areias com pouca argila laterítica; NG’ – argilas siltosas e argilas arenosas não-lateríticas NS’ – siltes cauliníticos e micáceos, siltes arenosos e siltes argilosos não lateríticos; NA’ – areias siltosas e areias argilosas não-lateríticas; NA – Areias siltosas com siltes quartzosos e siltes argilosos não-lateríticos. A classificação divide os solos em duas grandes classes de comportamento e sete subgrupos. CLASSES Solo de comportamento Lateritico Solo de comportamento não-lateritico PAVIMENTAÇÃO COM SOLOS LATERÍTICOS SOLOS SAPROLÍTICOS Os solos residuais são aqueles decorrentes da decomposição da própria rocha mão, ou seja o local de origem da rocha é o local de origem do solo. SOLOS SAPROLÍTICOS São aqueles que resultam da decomposição e/ou desagregação in situ da rocha matriz pela ação das intempéries (chuvas, insolação, geadas) e mantem, de maneira nítida, a estrutura da rocha que lhe deu origem e as partículas que o constituem permanecem no mesmo lugar em que se encontravam. Estes solos são mais heterogêneos, e constituídos por uma mineralogia complexa, contendo minerais ainda em fase de decomposição. São designados também de solos residuais jovens, em contraste com os solos superficiais lateríticos, maduros. SOLOS SAPROLÍTICOS A peculiaridade estrutural mais notável dos solos saprolíticos é a de possuir estrutura herdada da rocha que lhe deu origem. SOLOS SAPROLÍTICOS Uma feição muito comum no horizonte superficial, ou no seu limite, é a presença de uma linha de seixos de espessuras variáveis (desde alguns centímetros até 1,5m), delimitando o horizonte laterítico do saprolítico. SOLOS SAPROLÍTICOS Quanto à cor, há presença de manchas, listras e outras heterogeneidades. Há presença de algumas cores predominantes: verde, roxo, róseo, violeta, azul e branco, pouco presente em solos superficiais. SOLOS TRANSPORTADOS São aqueles formados pelo acúmulo do resíduo do intemperismo de uma rocha, em local diferente ao de formação. SOLOS TRANSPORTADOS INTEMPERISMO Conjunto de modificações: Físicas (desagregação); Químicas (decomposição); Biológicas que atuam sobre as rochas. INTEMPERISMO FÍSICO O intemperismo físico age fragmentando as rochas e aumentando a superfície em contato com o ar e água, abrindo caminho para o intemperismo químico INTEMPERISMO BIOLÓGICO Ação das Raízes, formigas, Cupins, minhocas e outros elementos biológicos – Também pode ser denominado Intemperismo Biológico INTEMPERISMO QUÍMICO O principal agente de intemperismo químico é a água da chuva que infiltra e percola através das rochas.. Dissolução Hidratação Hidrólise Oxidação Dissolução Os componentes minerais são dissolvidos por outro elemento, dando origem a um novo mineral. INTEMPERISMO QUÍMICO O principal agente de intemperismo químico é a água da chuva que infiltra e percola através das rochas.. Dissolução Hidratação Hidrólise Oxidação Hidratação Moléculas de água entram na estrutura do mineral alterando e formando um novo mineral. Disciplina: Estradas II Professor (a): THAIS RADUNZ KLEINERT Alunos: Antonio Eleandro e Douglas Avelar Obrigado!!!