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6 Gerenciamento das vias aéreas

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GERENCIAMENTO DAS VIAS AÉREAS
PROF. ESP. RAIMUNDO MIRANDA NETO
FISIOTERAPIA APLICADA À UTI
	“Assegurar a patência das vias aérea e manter a ventilação de suporte do paciente, quando necessária, são etapas crucias na redução da lesão cerebral e aumento de um bom prognóstico”
	“A manutenção de uma via aérea pérvia e a oxigenação adequada dos tecidos são as primeiras preocupações nas emergências. Para tanto é necessário conhecimento anatômico da via aérea e os principais métodos para a manutenção da mesma.”
INDICAÇÕES
 Oxigenação inadequada
Ventilação inadequada
Cirurgias nas quais a intubação é obrigatória, entre elas:
cirurgias de cabeça e pescoço, 
intratorácicas e 
intra- abdominais.
INDICAÇÕES PARA CONSTITUIÇÃO DE VIA AÉREA ARTIFICIAL
Insulficiências respiratórias agudas
Rebaixamento do nível de consciência
Broncoaspiração (Restos alimentares)
Relaxamento da língua
Corpos estranhos
Traumatismo facial: hemorragias e avulsões dentárias
Fratura de laringe e traquéia
Fratura bilateral de mandíbula
Ferimentos penetrantes no pescoço
O que é Intubação Traqueal?
É a introdução de um tubo na luz da traquéia para assegurar a passagem de ar para as vias aéreas. Ela pode ser realizada através das; 
narinas(via nasotraqueal), 
boca(via orotraqueal) 
ou abertura da parede da traquéia(transtraqueal).
ANATOMIA
AVALIAÇÃO CLÍNICA
 Nível de consciência do paciente
Abertura da boca
Dimensões da língua
Mobilidade da mandíbula
Dentição
Mobilidade atlanto-occipital
Desvios da traquéia
PREPARO
 Jejum prévio
Aspiração e retirada de sonda gástrica(em pacientes previamente sondados)
Pré-oxigenação
Monitorização respiratória e hemodinâmica
Na ausência de limitações de ordem clínica, a intubação faz-se sob anestesia geral
Bloqueio neuromuscular 
MATERIAL
TÉCNICA
 Posicionamento do paciente
Posição olfativa: cabeça estendida e elevada – melhor alinhamento dos eixos oral, faríngeo e laríngeo.
A cabeça ao ser elevada em “posição olfativa”, torna a visualização das estruturas laríngeas mais fácil.
Posicionamento do laringoscópio
A ponta da lâmina deve ser inserida na valécula (espaço acima da epiglote)
Tracionar o laringoscópio para cima e para trás. 
TÉCNICA
COMPLICAÇÕES
Intubação esofágica.
Indução ao vômito, levando a aspiração.
Luxação da mandíbula.
Laceração de partes moles das vias aéreas, faringe posterior, epiglote e/ ou larínge.
Fratura de dentes (causados por movimento de alavanca).
Ruptura ou vazamento do balonete do tubo, resultando em perda de vedação durante a ventilação.
CUFF
Máscara Laríngea (ML)
A Máscara Laríngea (ML) é um dispositivo desenvolvido para o manuseio supraglótico das vias aéreas, podendo ser considerado como funcionalmente intermediário entre a máscara facial e o tubo traqueal., dispensando o uso de laringoscópio, ou instrumentos especiais para sua inserção.
Classificação
n.º 1 - RN a lactentes até 5kg
n.º 1,5 - lactentes de 5 a 10 kg 
n.º 2 - lactentes de 10kg até pré-escolares de 20kg 
n.º 2,5 - crianças de 20 a 30kg 
n.º 3 - crianças / adolescentes de 30 a 50 Kg 
n.º 4 - adultos de 50 a 70 Kg (geralmente mulheres / homens menor porte) 
n.º 5 - adultos de 70 a 100 Kg (geralmente homens / idosos – ausência de dentes)
Técnica
Estando a ML corretamente alinhada, observa-se uma linha preta ao longo do tubo indicando o lado posterior (convexo) da ML. Esta
Mantenha o pescoço fletido e a cabeça estendida com uma mão, enquanto que com a outra, inicie a passagem da ML, com sua abertura dirigida para FRENTE e o dorso aplanado contra os dentes incisivos do paciente.
TRAQUEOSTOMIA
A criação de uma comunicação permanente ou temporária da pele à traquéia atráves de uma incisão no pescoço com o propósito de estabelecer uma via aérea chamada traqueostomia.
A traqueostomia é uma das cirurgias mais antigas e foi usada por um tempo no tratamento de emergência de obstrução das vias aéreas.
INDICAÇÕES
OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS
LESÕES TRAQUEAIS, PARALISIA DE CORDAS VOCAIS
ANOMALIA CONGENITAS
CORPO ESTRANHO
TUMORES
SUPORTE VENTILATÓRIO PROLONGADO
INABILIDADE EM PROTEGER VIA AÉREA
TRAQUEOSTOMIA
COMPLICAÇÕES
Pneumotórax – mais comum em crianças;
Lesão de esôfago;
Lesão da parede posterior da traquéia;
Lesão do nervo recorrente;
Falso trajéto da cânula traqueal;
Edema falso de glote; - Aspiração de corpo estranho;
Lesão da glândula tireóide.
CÂNULA OROFARÍNGEA - GUEDEL
É um dispositivo destinado a manter pérvia a via aérea superior em pacientes inconscientes ou com rebaixamento do nível de consciência.
Introduzida em vítima consciente ou em estupor, pode produzir vômito ou laringoespasmo
TÉCNICA
EXISTEM DIVERSOS TAMANHOS
MEDIR DISTÂNCIA ENTRE COMISURA LABIAL E ÂNGULO INFERIOR DA MANDÍBULA
INTRODUZIR COM CONCAVIDADE VOLTADA PARA CIMA E REALIZAR UM ROTAÇÃO DE 180 GRAUS
TÉCNICA
CÂNULA NASOFARÍNGEA
É uma cânula que vai manter a permeabilidade da via aérea da vítima semi – consciente através das narinas até a farínge
Essa cânula é mais flexível e portanto melhor suportada pelo paciente. 
Contra-indicada em vítima com lesão de base de crânio, pessoas com adenóide proeminentes e distúrbios de coagulação (pode provocar hemorragias devido a lesão de cornetos). 
O trauma facial não é absolutamente uma contra-indicação, mas pode agravar o traumatismo.