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Aula 02 - Planejamento de Auditoria

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Auditoria II - UNIGRAN
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Depois de estudar os conceitos desta aula você será capaz de identifi car a 
importância do planejamento de auditoria, bem como suas etapas de execução.
PLaNEJaMENto Da auDitoria
 
Conforme Franco e Marra (1992), o planejamento da auditoria deverá elaborar 
programas específi cos para cada área a ser auditada, com o objetivo de propiciar maiores 
aula 02
PLaNEJaMENto
DE auDitoria
Aula retirada, resumida e adaptada dos livros “Auditoria Contábil”, de Hilário Franco e Ernesto Marra, “Auditoria”, de Marcelo 
Cavalcanti Almeida, “Auditoria Independente”, de José Ademir Dalmas, “Auditoria”, de William Attie e “Auditoria Contábil”, de Silvio 
Aparecido Crepaudi.
Auditoria II - UNIGRAN
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facilidades na execução do trabalho, e, permitir que vários auditores possam trabalhar 
concomitantemente.
Para Sá (1993), plano de auditoria, programa de auditoria, previsão de auditoria, 
roteiro de verificações e expressões equivalentes significam:
Tarefa preliminar traçada pelo auditor, que se caracteriza pela previsão de trabalhos 
que devem ser executados em cada serviço, a fim de que se cumpra integralmente 
as suas finalidades dentro das normas científicas da contabilidade e da técnica de 
auditoria.
 
O planejamento de auditoria, ou plano de auditoria, precisa ditar: “o que” se vai 
examinar, “o quanto” de cada coisa se examinará, “quando” será feito o exame, “por quem” 
será examinado e finalmente “para que” será examinado.
ProCEDiMENtoS DE auDitoria
De acordo com os críticos Franco e Marra (1992), o desempenho da atividade de 
auditoria requer, como em qualquer outra função, a utilização de ferramentas de trabalho 
que possibilitem formar uma opinião. Geralmente, o objetivo da auditoria é fundamentar seu 
ponto de vista com fatos, evidências e informações possíveis, necessárias e materiais.
Cabe ao auditor identificar e atestar a validade de qualquer afirmação, aplicando os 
procedimentos adequados a cada caso, na extensão e profundidade que cada caso requer, até 
a obtenção de provas materiais que comprovem, satisfatoriamente, a afirmação analisada.
A aplicação dos procedimentos de auditoria precisa estar atrelada ao objetivo que se 
quer atingir, haja vista que o objetivo é a meta a ser alcançada. E, os procedimentos são os 
caminhos que levam à consecução do objetivo.
Dessa forma, se o objetivo é determinar a existência de um bem, o caminho a seguir 
é inspecioná-lo fisicamente, buscar uma prova material e satisfatória.
A atitude no recolhimento e na avaliação das provas necessita ser independente e 
impessoal, e o auditor deve agir com critério de forma isenta e inquestionável.
diante disso, elucidamos que os procedimentos de auditoria consistem nas 
investigações técnicas que, tomadas em conjunto, permitem a formação fundamentada da 
opinião do auditor sobre as demonstrações financeiras ou sobre o trabalho realizado.
Ao certo, os procedimentos de auditoria são as ferramentas técnicas, das quais o 
auditor se utiliza para a realização de seu trabalho, consistindo na reunião das informações 
possíveis e necessárias e avaliação das informações obtidas, para a formação de sua 
opinião imparcial.
Fatos, evidências e informações
A opinião formada pelo auditor, conforme esclarece Crepaudi (2000), precisa estar 
Auditoria II - UNIGRAN
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apoiada em bases sólidas, alicerçada em fatos comprovados, evidências factuais e informações 
irrefutáveis. O auditor é, em essência, um elemento ligado a investigações minuciosas que lhe 
deem a certeza de que os dados submetidos ao exame são ou não exatos. Caso obtenha provas 
concretas suficientes que o convençam, precisa estar seguro para convencer, por outro lado, 
pessoas que não estejam ligadas ao fato.
Extensão e profundidade
De acordo com Attie (1998), a complexidade e o volume das operações realizadas 
pelas empresas fazem com que os procedimentos de auditoria sejam aplicados por meio 
de provas seletivas, testes e amostragem, conforme veremos em uma aula próxima. Cabe 
ao auditor, com base nos elementos de juízos de que disponha determinar o número e a 
profundidade de operações a serem examinadas, de forma a obter elementos de convicção 
que sejam válidos para o todo.
A quantidade e a profundidade requeridas para suportar a opinião do auditor são 
questões que o mesmo deve determinar quando no exercício de seu juízo profissional, 
após estudo meticuloso que cada caso requer. Não há uma receita para medir a extensão 
e a profundidade que cada caso requer, como na composição, a título ilustrativo de 
um bolo. A natureza do item em exame, a materialidade, o risco envolvido e o tipo de 
material como prova disponível devem ser analisados pelo auditor para exercer juízo à 
luz de elementos palpáveis.
Segundo Attie (1998), o uso de amostragem tem sido em alguns casos, considerado 
vantajoso. O emprego dessa prática não restringe o julgamento do auditor, mas fornece 
fórmulas estatísticas para a medição dos resultados obtidos que, de outro modo, poderiam 
não ser conseguidos.
Oportunidade
A oportunidade com que se aplicam os procedimentos de auditoria implica a fixação 
de época apropriada a sua realização.
Um procedimento de auditoria proporciona maior ou menor beneficio em decorrência 
de ser aplicado no momento oportuno. A execução da auditoria tem por objetivo determinar a 
adequação do dado colocado à prova.
Assim sendo, vemos que a oportunidade deve ser vista e perseguida permanentemente. 
Para Attie (1998), muitas vezes, a argúcia e a perspicácia tornam-se fatores imprescindíveis 
para a aplicação do procedimento em momento oportuno. À medida que o conhecimento do 
auditor avança em todos os sentidos, sua visão torna-se mais ampla, conhecendo em detalhes 
a forma com que se processam os elementos e seus riscos, podendo determinar a aplicação de 
determinados procedimentos nos momentos mais oportunos.
Diferença entre normas e procedimentos
As normas de auditoria são os requisitos a serem observados no desempenho do 
Auditoria II - UNIGRAN
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trabalho de auditoria. De acordo com Dalmas (2000), elas diferem dos procedimentos de 
auditoria naquilo em que os procedimentos se relacionam com atos a serem praticados. Já 
as normas, que tratam das medidas de qualidade na execução desses atos e dos objetivos a 
serem alcançados com o uso dos procedimentos de auditoria, dizem respeito não apenas às 
qualidades profissionais do auditor, mas também à sua avaliação pessoal do exame efetuado 
e do parecer emitido. 
aPLiCaÇÃo DoS ProCEDiMENtoS DE auDitoria
Para Almeida (2003), a aplicação dos procedimentos de auditoria deve ser realizada 
em razão da complexidade e do volume das operações, por meio de provas seletivas, testes e 
amostragens, cabendo ao auditor, com base na análise de riscos de auditoria e outros elementos 
de que dispuser, determinar a amplitude dos exames necessários à obtenção dos elementos de 
convicção que sejam válidos para o todo.
Exame físico
Segundo Attie (2000), o exame físico é a verificação. Deverá proporcionar ao auditor 
a formação de opinião quanto à existência física do objeto ou item examinado. Este, deve 
conter as seguintes características:
Identificação, existência física, autenticidade, quantidade e qualidade.
O exame físico não existe por si só. Ele é um procedimento complementar para o 
auditor certificar-se de que há uma correspondência contábil. Assim, a existência física serve 
para determinar se os registros contábeis estão corretos e seus valores adequados, em função 
da qualidade do item examinado.
Itens de procedimentos de auditoria de exame físico:
• Contagem de caixa; (conforme exemplo a seguir).
• Contagem de estoques;
• Contagem de investimentos;
• Contagem de ativo imobilizado;
• Contagem de duplicatas a receber/a pagar; 
• Contagem de cautela de ações do capital.
EXEMPLo DE CoNtaGEM DE CaiXa
CIA. AU+DITO+RIA
Caixa
Contagem física de Caixa, em 31/12/X3, às 18:00 horas
Auditoria II - UNIGRAN
23
_____________________________________________________________________________________________
 Ref. Valor
__________________________________________________________________________
___________________
 w
 Valor em espécie: 100,00
 moedas de 0,01 **
 moedas de 0,05 **
 moedas de 0,10 **
 moedas de 0,25 **
 moedas de 0,50 **
 moedas de 1,00 **
 notas de 5,00 **
 nota de 10,00 **
 Vale em nome de Antônio da Silva de 10/09/X3, 20,00
 Nota Fiscal n0 164 Cial. Auriverde Ltda., aquisição 
 a vista de material dc copa/cozinha. **
 Retirada de numerário para viagem de funcionário 
 a Lençóis Paulista (SP). **
 Cheque n0 434.434 emissão de Arthur Mcdonald 
 (diretor da empresa). **
 Cheque n0 100.348 emissão de Cial. Faleiro Ltda. 
devolvido em 20/f12/X3 por falta de fundos. **
 Saldo conforme boletim de caixa 120,00
 T
Recibo-Devolução
Recebi em devolução do Sr. SILVIO (auditor da UNIGRAN Auditores Ltda.) a 
quantia de _120,00_(cento e vinte reais), como acima demonstrado, os quais estavam intactos. 
Declaro ter presenciado a contagem e não dispor de outros valores da Cia. AU+DITO+RIA 
que não tenham sido entregues para contagem.
Dourados, 31/12/X3
Ass: Luis Siul (caixa)
Inspecionado fisicamente.
Preparação Data
SILVIO 31/12/X3
Revisão Data Aprovação Data
Auditoria II - UNIGRAN
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Exame dos documentos originais
É o procedimento de auditoria voltada para o exame de documentos que comprovem 
transações comerciais ou de controle.
De acrodo com Crepaudi (2000), as transações comerciais compreendem o repasse 
de propriedades de bens ou serviços prestados. Esta, acompanha e atesta a idoneidade de 
sua realização, documentação hábil que é à base de inúmeras ocorrências contábeis, fiscais 
e legais. Por outro lado, dentro da própria empresa, existem transações que merecem ser 
evidenciadas por documentação que forneça suporte contábil e de controle interno de sua 
realização.
Quando o auditor realizar o exame dos documentos originais, deve ter sempre 
em mente:
Autenticidade, normalidade, aprovação e registro.
Exemplos de procedimentos de auditoria de exame dos documentos originais:
• Documentação de aquisição de matérias primas;
• Documentação de aquisição de itens do imobilizado;
• Documentação de vendas realizadas;
• Documentação de serviços adquiridos ou vendidos;
• Documentação de requisição de matérias primas;
• Documentação de apontamento de mão de obra direta;
• Documentação de contratos de empréstimos obtidos.
Conferência de cálculos
Segundo Attie (1998), essa técnica é amplamente utilizada em virtude da quase 
totalidade das operações dentro da empresa estar voltada para esse processo contábil. Não se 
deve, em qualquer que seja a situação, subestimar essa técnica, que pode relevar as situações 
em que erros possam ter sido cometidos e que levaram, conseqüentemente, a distorções nas 
demonstrações financeiras.
Exemplos de procedimentos de auditoria de ocorrências de cálculos:
• Cálculo da listagem de estoque;
• Soma do razão auxiliar de clientes/fornecedores;
• Soma do diário auxiliar de clientes/fornecedores;
• Cálculo da equivalência patrimonial sobre os investimentos;
• Cálculo dos dividendos a distribuir aos acionistas;
• Cálculo da depreciação dos bens do imobilizado;
• Cálculo da variação cambial sobre empréstimos;
• Cálculo dos juros a receber/pagar.
Auditoria II - UNIGRAN
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atiViDaDES 
As atividades referentes a esta aula estão disponibilizadas na ferramenta 
“Atividades”. Após respondê-las, envie-nas por meio do Portfólio- ferramenta do 
ambiente de aprendizagem UNIGRAN Virtual. Em caso de dúvidas, utilize as ferramentas 
apropriadas para se comunicar com o professor.