Atividade Contextualizada Libras

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UNIVERSIDADE UNIVERSUS VERITAS UNIVERITAS
Curso: LETRAS
ALUNO: Susiane de Carvalho Bueno Dias
RGI 28286176
LIBRAS – LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
PROFESSOR EXECUTOR: Daniela Siqueira Veras
TUTOR: Bianca Ingrid Figueiredo de Oliveira
2020
ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA
Enunciado
Conteúdo do exercício
Olá meu caro(a) estudante. 
Chegamos a sua última atividade avaliava da disciplina de Libras. 
Espero que tenha aproveitado cada momento de nossos encontros, vamos agora colocar em prática tudo que aprendemos? 
Então, a partir de algumas questões abordadas e que são expostas no material de estudos, gostaria de conhecer um pouco de sua opinião e saber qual o conhecimento referente a Libras, a comunidade surda, e quais as curiosidades e expectativas em relação a disciplina.
Podemos continuar? 
Mediante o material de estudos, me responda: 
Somente surdos podem pertencer a comunidade surda e fazer aquisição da Língua?
Justifique a resposta. 
Gostaria de agradecer a sua atenção e quem sabe nos encontraremos em outro momento em sua caminhada acadêmica. 
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A Língua Brasileira de Sinas - LIBRAS foi reconhecida como língua oficial da comunidade surda pela Lei Federal nº 10.436 de 24 de abril de 2002, e trouxe mudanças significativas para a educação dos surdos.
Por força do Decreto Federal 5626 de 22 de dezembro de 2005, a Língua brasileira de sinais foi incluída como disciplina obrigatória na graduação de pedagogia, fonoaudiologia e licenciatura.
É essencial saber que a comunidade surda tem a língua de sinais como língua materna reconhecida como meio de comunicação e protegida pela Lei.
A disciplina oferece o contato com a comunidade surda, abordando o histórico das lutas que envolve os surdos no Brasil, os preconceitos linguísticos, fornecendo subsídios para a tomadas de decisões na carreira e traz uma abordagem específica para a educação de surdos.
Importante ter em mente que questões como a insegurança da incompreensão vivida por muitos surdos afeta a vida do indivíduo e com todas as dificuldades históricas (100 anos) a língua de sinais trouxeram uma realidade mais acessível a comunidade surda, proporcionando a compressão das diferenças entre os eles os surdos, além de apresentar técnicas de comunicação e métodos para identificar e solucionar problemas relacionados a convivência e a executar os procedimentos que envolvem o aprendizado e aspectos da cultura surda.
Entender a diferença e o conceito entre surdos (que nascem) e deficientes auditivos (nascem ouvintes mas perdem total ou parcialmente a audição), é importante para entender o desenvolver de cada um, isso porque historicamente temos o olhar medicinal e o olhar doutrinário que por anos causou enganos influenciando significamente na construção da comunidade surda.
Durante muito tempo acreditava-se que o surdo tinha a habilidade de desenvolver a língua oral, mas esta não tinha significado para eles, somente após a inserção da língua de sinais é que os surdos tiveram oportunidade para acessar novas culturas e conhecimentos dando sentido a relação com o mundo proporcionando uma interação social.
A cultura surda é formada tanto por surdos que se apropriaram da língua de sinais, definição dada para se expressar, como dos deficientes auditivos que adquiriram a surdez e hoje se beneficiam de uma nova forma de comunicação e interação com o mundo.	Comment by Susiane Carvalho Bueno Dias: 
Partindo do conceito de Cultura como sendo linha de comportamento que traz uma percepção de um grupo social, podemos concluir que é esse grupo que compõe uma comunidade.
A comunidade Surda está organizada em diversos aspectos, mas a principal delas, as Associações de Surdos, tem “o espaço dialógico garantido, pois a língua de sinais está presente em todos os momentos” (Guia de Estudo Libras - Unidade I – Grupo Ser).
No presente trabalho com Base na composição da Associações de surdos, em resposta a pergunta do enunciado podemos concluir que a comunidade Surda também é composta por “pessoas ouvintes que fazem trabalhos de assistência social ou religiosa, ou são interpretes, ou são familiares, pais de surdos ou cônjuges, ou ainda amigos nas comunidades tornando-se membros”(Fonte: FENEIS, folder informativo e Guia de Estudo Libras Unidade 1 – Grupo Ser)
Partindo do conceito de Cultura, ou seja, uma “linha de comportamento que traz uma percepção social”, a cultura surda nasceu do grupo social que através da língua de sinais teve acesso a novas culturas e conhecimentos.
 Nas palavras da Professora Etna do Grupo Ser, a língua e cultura caminham juntos pois uma é ferramenta de construção da outra já que a cultura não é apenas uma relação linguística, mas sim uma forma de relacionar-se com o mundo.
Comunidade está ligada a uma questão regional onde “pessoas que moram juntas tem o mesmo objetivo”, e no caso podendo ser composta também por pessoas ouvintes.
Enquanto a cultura surda é integrada apenas por surdos, e de caráter universal, onde seus membros expressão comportamento singular comunicação por sinais e repartem experiencias e crenças formando assim um grupo social, a comunidade surda envolve todos aqueles que interagem diretamente com os surdos ou deficientes, conforme já mencionado acima,.
Existe uma cultura para o surdo e a comunidade onde ele está inserido e se comunica desenvolvendo habilidades para se expressar sua própria língua e identidade.
 Necessário ainda mencionar que os surdos que fazem parte das comunidades surdas convivem com as comunidades dos surdos e dos ouvintes utilizando-se de duas línguas para se comunicar sendo a língua de sinais e a língua portuguesa e assim, apresentam uma diversidade de identidade que conforme estudos de Perlin (1998) Classifica as identidades em: 
· identidade surda: aquela que cria um espaço cultural visual dentro de um espaço cultural diverso, ou seja, recria a cultura visual, reivindicando à História a alteridade surda;
· identidades surdas híbridas: referem-se aos ouvintes que por algum motivo (enfermidade, acidentes, entre outros) perderam a audição e se apropriam da Língua de Sinais para se comunicar.
· identidade surda de transição: presentes na maioria dos casos de surdos filhos de ouvintes. Eles cresceram com a ideia da oralização justamente por causa dos familiares ouvintes, depois tiveram a experiência da Língua de Sinais
· identidade surda incompleta: surdos que vivem sob o comando de uma ideologia ouvintista latente”
· identidade surda flutuante. São muitos os casos de surdos profissionalizados que vivem as identidades flutuantes, pois não conseguiram estar a serviço da comunidade ouvinte por falta de comunicação e nem a serviço da comunidade surda por falta da língua de sinais. “É o sujeito surdo construindo sua identidade com fragmentos das múltiplas identidades de nosso tempo, não centradas, fragmentadas”. (PERLIN, 1998, p. 66)
Apesar de todo o avanço, no quesito ensino ainda temos muito que evoluir, sendo necessário um investimento em politicas públicas para a construção de um projeto educacional para surdos.
Nas palavras de Eulalia Fernandes, “Não há apenas surdos a ensinar, mas ouvintes e surdos a aprender como educar surdos. Os últimos 100 anos de educação de surdos, no Brasil, foram mais do que suficientes para aprendermos como não educar surdos e, também, como não formar educadores surdos, ... Sabemos, também, da importância da aquisição da língua portuguesa. Mas ainda não está claro, para muitos dos profissionais de nossa área, que bilinguismo na educação não se confunde ou não se deve confundir com gramaticalidade, com a mera aquisição de duas línguas no espaço escolar”.
E é por isso e muito mais que o contato com a disciplina LIBRAS tem o condão de abrir os olhos dos profissionais para a necessidade de manter-se atualizado buscando métodos e procedimentos para alcançar com excelência não somente os alunos ouvintes, mas inclusive o surdo e o deficiente auditivo, e assim ajuda-lo inclusive a melhor se relacionar em sua própria comunidade.
REFERÊNCIAS:
· PEREIRA, Maria Cristina da Cunha(organizadora) – LIBRAS LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - Pearson Education do Brasil, 2011
· Guia de Estudos da Unidade 1 LIBRAS- Grupo Ser
· Honora, Marcia – Livro Ilustrado de Língua Brasileira de Sinais - São Paulo – Ciranda Cultural - 2009
· http://books.scielo.org/id/rp6gk/pdf/diaz-9788523209285-02.pdf
· http://www.scielo.br/pdf/es/v27n94/a14v27n94.pdf
Fontes de pesquisa:
Links: 
· https://culturasurda.net/audismo-ouvintismo/
· https://www.youtube.com/watch?v=08A5kYM6CpM
· https://www.libras.com.br/feneis
· https://issuu.com/feneisbr/docs/feneis_relat__rio_2013
· https://medium.com/camaleotica/dia-do-surdo-o-valor-da-comunidade-surda-e-a-inclus%C3%A3o-social-297fabc3be3a