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distúrbios pigmentar em melanina

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FACULD ADE MULTIVIX
CURSO DE GRADUAÇ ÃO EM MEDICINA VETERIN ÁR IA
DISTÚRBIOS D A PIGMENTAÇ ÃO
Pigmento melânico
EDUARDO GRACELACIO DE ASSIS
HENRIQUEGRACELACIO DE ASSIS
OZIANE DOS SANTOS OLIVEIRA
TURMA: NOTURNO C
VITÓRIA - ES
2020
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SUM ÁR IO
1. INTRODUÇÃO
2. ETIOLOGIA
3. PATOLOGI A
3.1 HIPERPIGMENTAÇÃO MELÂNICA
Hiperadrenococorticismo
Melanosa maculosa
Melanoma
3.2 HIPORPIGMENTAÇÃO MELÂNICA
Albinismo
Vitiligo
Hipopigmentação pós inflamatória
4. CONCLUSÃO
5. REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. INTRODUÇÃO
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A melanina é um pigmento de cor variada podendo apresentar as cores do castanho ao
negro, mais encontrada em insetos, peixes, anfíbios, répteis, a ves e mamíferos, assim como nas
plantas. Encontramos uma diversidade de cores nos seres humanos (pele, cabelos e o lhos), nas aves
(plumagem) e nos animais (couro, olhos e pêlos) onde está distribuído grande parte da melanina. As
cores da pele, do cabelo, dos olhos, dos pêlos e plumas são muito importantes nas interações
individuais, além d isso, são usadas para definir as diferentes entre raças e etnias tanto no reino
animal como humano.
A pigmentação melânica tem as seguintes funções: fotoproteção, ação antioxidante,
absorção de calor, camuflagem em várias espécies animais (peixes e anfíbios), auxiliar no reforço da
cutícula de insetos e em paredes de células ve getais. Esta ação fotoprotetora se deve à eficiência
que a melanina tem em absorver e dispersar fótons, convertendo a energia em calo r. Existem dois
tipos de melanina: a feomelanina (amarela e vermelha) e a eumelanina (preta e marrom).
A melanina é sintetizada em melanócitos, especialmente na pele, no globo ocular e
leptomeninge. Na pele, os melanócitos ficam junto à camada basal da epiderme e na m atriz do
folículo piloso. A síntese da melanina se inicia a p artir da tirosina . A enzima tirosinase é o precursor
comum da eumelanina e feomelanina.
2. ETIOLOGIA
A melanina, é um pigmento marrom que em alta concentração se destaca na cor negro.
A coloração da pele está relacionada ao número, tamanho, tipo e distribuição dos melanossomas,
onde cada um possui um biocromo marrom, originando a melanina. A m elanina é sintetizada em
melanócitos, principalmente na pele, globo ocular e leptomeninge, os melanócitos são células
neuroectodérmicas derivadas da crista neural, encontrados na camada basal da epiderme e na matriz
do folículo piloso, junto aos queratinócitos. A síntese da me lanina inicia a partir da tirosina, que é uma
enzima originada da hidroxilação da fenilalanina, ori ginando a d i-hidroxifenilalanina (dopa) que será
oxidada em dopaquinona, o p recursor da eumelanina e feomelanina. A t irosinase, é sintetizada no
retículo endoplasmático do s melanócitos e empacotada no complexo de Golgi, em seguida será
incorporada em pequenas vesículas que vão se ligar as proteínas estruturais, gerando o
melanossomo, atra vés do p rocesso de maturação que passa por quatro estágios onde vai ocorrer a
síntese da melanina.
O início do processo de fo rmação ocorre na transcrição do RNA, que irá dar ori gem à
enzima tirosinase. E ssa enzima é um catalisador que através de uma cadeia de reações oxidativas,
vai converter a L-tirosina presente na pele em L-Dopa e, em seguida, em Melanina. Após ser
produzida, a melanina precisa ser transferida dos m elanócitos para os queratinócitos localizados à
sua volta. A explicação detalhada deste processo está mais abaixo.
A enzima tirosinase, na presença d e cobre responsável pela síntese de m elanina. Essa enzima
catalisa as duas primeiras e tapas da reação bioquímica de formação da m elanina, oxidando a tirosina
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em 3,4-diidroxifenilalanina (DOPA) e está em DOPA-quinona. Após esta reação no interior dos
melanossomas, a DOPA-quinona pode se combinar com o oxigênio, resultando em eumelanina, ou
pode se combinar com enxofre, resultando em feomelanina.
Síntese da melanina (Fonte: GOOGLE)
Melanina é um p igmento de alto peso mo lecular, insolúvel em solventes comuns, sofre
oxidação pelo H2O2, responsável pela coloração de pêlos, pele, cabelo e etc. Protege de radiação,
calor, ações antioxidantes e auxiliam em camuf lagens e proteção em casos d e insetos e plantas.
Cada melanócito vai distribuir a melanina para os ce ratinócitos, onde os grânulos de melanina se
localizarão na região acima do núcleo absorvendo os raios ultravioleta e impedindo que atinjam o
núcleo lesando o DNA. A distribuição de melanina para os ce ratinócitos é fundamental, para
pigmentação da pele e cabelo. Indi víduos de cor negra, possui quantidades moderadas d e
melanossomos que serão encontrados em toda a epiderme, incluindo na camada córnea. Além disso,
nos indivíduos negros existe uma produção maior de m elanossomos pelos melanócitos;
apresentando grau de melanização maior. Nos casos de pessoas e animais de cores b ranca ou mais
claras, os melanossomos são encontrados quase exclusivamente na camada basal d a epiderme em
quantidades menores comparado aos de cores negra.
3. PATOLOGI A
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As lesões relacionadas a melanina ocorrem a partir da produção a normal de melanina. A
produção excessiva é denominada hiperpigmentação melânica e a redução é denominada de
hipopigmentção melânica oriundas da síntese de melanina. Essas alterações são conhecidas como
melanodermias e leucodermias, são frequentes e estão associadas um grande número de
doenças.
3.1 HIPERPIGMENTAÇÃO MELÂNICA
Usada pa ra descrever as áreas de pele com pigmentação desigual. Se manifesta como
manchas ou zonas e scurecidas na p ele essas manchas são conhecidas como manchas da idade ou
manchas induzidas pe lo sol, e a hiperpigmentação também está n a rai z de problemas que podem
desencadear processos neoplásicos como: Hiperadrenocorticismo, melanose maculosa, melanoma,
entre outras neoplasias.
MELANOSA M ACULOSA é o aumento das células p rodutoras de m elanina,
mas podem desaparecer, sem causar complicações pode ser visceral ou cutânea. A melanose
maculosa é conhecida por apresentar a aparência de um tabuleiro de xadrez, com zonas
delimitadas, mais comum em animais jovens, d esaparecendo depois sem interfe rir na função do
órgão, podendo ou não metastizar longe do local onde é normalmente encontrada .
Melanose maculosa nos pulmões de um porco
observados macroscopicamente
(Fonte: GOOGLE)
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Melanose uterina (Fonte: GOOGLE)
Melanoma na glândula suprarrenal de uma vaca observado microscopicamente (Fonte: GOOGLE)
Melanoma maligno na mucosa bucal de um cão observada microscopicamente (Fonte: GOOGLE)
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HIPERADRENOCORTICISMO ou Síndrome de Cushing é uma doença que ocorre
com mais frequência em animais de meia idade ou idosos, mais comum em cães. Ela é ca racterizada
pelas diversas alterações clínicas e laborato riais causada pela produção do cortisol, hormônio que é
sintetizado pelo córte x adrenal, que tem relação direta com a s glândulas endócrinas, existem dois
tipos da síndrome: Hiperadrenocorticismo hipófise-dependente: ocorre devido ao crescimento de um
tumor na glândula hipófise que produz quantidade excessiva d o hormônio ACTH. Ele é responsável
pelo controle da secreção de cortisol. Hiperadrenocorticismo adrenal-dependente: ocorre quando u m
tumor produz uma quantidade excessiva de cortisol se desenvolvendo em uma das glândulas
adrenais. Sintomas podem ser polidipsia (aumento na ingestão de á gua), poliúria (aumento na
freqüência urinária) e possível incontinência, polifagia (apetite exagerado) entre outros.
Fígado apresentando arquitetura alterada, com hepatócitos com citoplasma preenchido por vacúolos que não
se coram, compatíveis com acúmulo de glicogênio (seta preta) entremeadas a hepatócitos normais (seta azul). (b) Rim
apresentando células tubulares com citoplasma preenchido por vacúolos que não se coram (seta azul). (c) Pulmão
apresentando áreas de mineralização distribuído de forma difusa (cabeça de seta). (d) Fragmento de pele apresentando local
de mineralização. (Fonte: GOOGLE)
(Fonte: GOOGLE)
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Cão podle macho com Hiperadrenocorticismo (Fonte: GOOGLE)
Exame externo do animal evidenciando (a) abdômen distendido e pendulado; lesões cutâneas em (b)
focinho e (c) região ventro-lateral de abdômen; e lesões ulceradas em (d) lábio inferior e (e) língua. (Fonte: GOOGLE)
MELANOMA são neoplasias cutâneas primárias, porém, podem ser encontradas em
qualquer localização anatômica onde existe acúmulos de melanócitos podendo ser m alignos o u
benignos. São encontrados mais frequentemente na pele, também pode ocorrer na cavidade oral e
nos olhos de cães, e quinos e suínos. O melanoma é uma m ácula (mancha) preta que se transforma
em massa firme, com crescimento rápido, com infiltração loca l e metástase p recoce. A maioria dos
melanomas malignos aparece como um nódulo, geralmente ulcerado pigmentado. Melanomas
profundamente invasivos estão associados com metástase. Na maioria dos casos, quando se
diagnostica melanoma m aligno, e m poucos meses após a cirurgia de extirpação (remoção), ocorre a
morte do ind ivíduo em decorrência de complicações relacionadas à metástase, ou seja , o prognóstico
do melanoma maligno é ruim e a taxa de sobrevivência de um ano é inferior a 10% dos casos.
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Melanoma em equino (Fonte: GOOGLE)
Melanoma bucal em cão (Fonte: GOOGLE)
3.2 HIPORPIGMENTAÇÃO MELÂNICA
É uma quantidade reduzida de p igmento, limitada em pequenas áreas de pele e tende a
surgir de um processo inflamatório prévio na pele. Mais raramente, pode representar uma doença
hereditária e quando ocorre o inverso da hiperpigmentação, ou seja, diminuição o u perda da cor
natural. As neoplasias originadas pela hiporpigmentação são o a lbinismo, o vitiligo, os Melasma e as
alterações causadas por lesões da pele como hiporpigmentação pós inflamatória.
ALBINISMO: é um d istúrbio d e natureza genética em que redução ou ausência
congênita do pigmento melanina. O principal tipo de albinismo é o oculocutâneo (OCA), caracterizado
pela ausência to tal ou parcial de pigmento. O albinismo é classificado em: ocular (quando somente
os olhos sofrem despigmentação), parcial (o organismo produz melanina na maior parte do corpo,
mas em outras partes isso não ocorre) e oculocutâneo (todo corpo é afetado). Os albinos são
praticamente incapazes de transformar a t irosina em melanina. Consequentemente, têm a pele muito
clara, cabelos brancos ou claros e seus olhos são vermelhos, pois, a luz refletida atravessa os vasos
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sanguíneos dos olhos, ou, ainda, a zul-esverdeados, se hou ver f ormação de a lgum p igmento n a íris.
Possuem fotofobia, astigmatismo, miopia, além de outros distúrbios visuais, P ortadores de a lbinismo
oculocutâneo não conseguem oxidar a tirosina em Dopa através da tirosinase.
O objetivo era mostrar as diferentes formas do albinismo, porém não foi encontrado imagem com tais
descrições. (Fonte: GOOGLE)
(Fonte: GOOGLE)
VITILIGO é a perda de melanócitos de forma progressiva. É con siderado um distúrbio
adquirido que pode ocorrer de forma localizada ou generalizada. A forma localizada é comum em
cães adultos jovens. Porém, a forma generalizada raramente é encontrada nesta espécie.
Considerada uma desordem adquirida rara causando a despigmentação da pele e pêlos, através da
destruição crônica e progressiva dos melanócitos, caracterizada pelo surgimento de áreas de
leucodermia e leucotriquia, é considerada uma doença auto-imune, responsá vel pela perda de
melanócitos das áreas envolvidas, em resposta aos anticorpos antimelanócitos. p ode ser classificado
como localizado (VL) e generalizado (VG). A ocorrência em pequenos animais e rara, sendo as raças
caninas mais acometidas: Rottweiler, Doberman pinscher e Grande dinamarquês e Boxer.
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FACULDADE MULTIVIX
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA
DISTÚRBIOS DA PIGMENTAÇÃO
 Pigmento melânico
EDUARDO GRACELACIO DE ASSIS
HENRIQUEGRACELACIO DE ASSIS
OZIANE DOS SANTOS OLIVEIRA
TURMA: NOTURNO C
VITÓRIA - ES
2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. ETIOLOGIA
3. PATOLOGIA
3.1 HIPERPIGMENTAÇÃO MELÂNICA
· Hiperadrenococorticismo 
· Melanosa maculosa
· Melanoma
3.2 HIPORPIGMENTAÇÃO MELÂNICA
· Albinismo 
· Vitiligo
· Hipopigmentação pós inflamatória
4. CONCLUSÃO 
5. REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. INTRODUÇÃO
A melanina é um pigmento de cor variada podendo apresentar as cores do castanho ao negro, mais encontrada em insetos, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos, assim como nas plantas. Encontramos uma diversidade de cores nos seres humanos (pele, cabelos e olhos), nas aves (plumagem) e nos animais (couro, olhos e pêlos) onde está distribuído grande parte da melanina. As cores da pele, do cabelo, dos olhos, dos pêlos e plumas são muito importantes nas interações individuais, além disso, são usadas para definir as diferentes entre raças e etnias tanto no reino animal como humano.
A pigmentação melânica tem as seguintes funções: fotoproteção, ação antioxidante, absorção de calor, camuflagem em várias espécies animais (peixes e anfíbios), auxiliar no reforço da cutícula de insetos e em paredes de células vegetais. Esta ação fotoprotetora se deve à eficiência que a melanina tem em absorver e dispersar fótons, convertendo a energia em calor. Existem dois tipos de melanina: a feomelanina (amarela e vermelha) e a eumelanina (preta e marrom). 
A melanina é sintetizada em melanócitos, especialmente na pele, no globo ocular e leptomeninge. Na pele, os melanócitos ficam junto à camada basal da epiderme e na matriz do folículo piloso. A síntese da melanina se inicia a partir da tirosina. A enzima tirosinase é o precursor comum da eumelanina e feomelanina. 
2. ETIOLOGIA
A melanina, é um pigmento marrom que em alta concentração se destaca na cor negro. A coloração da pele está relacionada ao número, tamanho, tipo e distribuição dos melanossomas, onde cada um possui um biocromo marrom, originando a melanina. A melanina é sintetizada em melanócitos, principalmente na pele, globo ocular e leptomeninge, os melanócitos são células neuroectodérmicas derivadas da crista neural, encontrados na camada basal da epiderme e na matriz do folículo piloso, junto aos queratinócitos. A síntese da melanina inicia a partir da tirosina, que é uma enzima originada da hidroxilação da fenilalanina, originando a di-hidroxifenilalanina (dopa) que será oxidada em dopaquinona, o precursor da eumelanina e feomelanina. A tirosinase, é sintetizada no retículo endoplasmático dos melanócitos e empacotada no complexo de Golgi, em seguida será incorporada em pequenas vesículas que vão se ligar as proteínas estruturais, gerando o melanossomo, através do processo de maturação que passa por quatro estágios onde vai ocorrer a síntese da melanina.
O início do processo de formação ocorre na transcrição do RNA, que irá dar origem à enzima tirosinase. Essa enzima é um catalisador que através de uma cadeia de reações oxidativas, vai converter a L-tirosina presente na pele em L-Dopa e, em seguida, em Melanina. Após ser produzida, a melanina precisa ser transferida dos melanócitos para os queratinócitos localizados à sua volta. A explicação detalhada deste processo está mais abaixo.
A enzima tirosinase, na presença de cobre responsável pela síntese de melanina. Essa enzima catalisa as duas primeiras etapas da reação bioquímica de formação da melanina, oxidando a tirosina em 3,4-diidroxifenilalanina (DOPA) e está em DOPA-quinona. Após esta reação no interior dos melanossomas, a DOPA-quinona pode se combinar com o oxigênio, resultando em eumelanina, ou pode se combinar com enxofre, resultando em feomelanina.
Síntese da melanina (Fonte: GOOGLE)
Melanina é um pigmento de alto peso molecular, insolúvel em solventes comuns, sofre oxidação pelo H2O2, responsável pela coloração de pêlos, pele, cabelo e etc. Protege de radiação, calor, ações antioxidantes e auxiliam em camuflagens e proteção em casos de insetos e plantas. Cada melanócito vai distribuir a melanina para os ceratinócitos, onde os grânulos de melanina se localizarão na região acima do núcleo absorvendo os raios ultravioleta e impedindo que atinjam o núcleo lesando o DNA. A distribuição de melanina para os ceratinócitos é fundamental, para pigmentação da pele e cabelo. Indivíduos de cor negra, possui quantidades moderadas de melanossomos que serão encontrados em toda a epiderme, incluindo na camada córnea. Além disso, nos indivíduos negros existe uma produção maior de melanossomos pelos melanócitos; apresentando grau de melanização maior. Nos casos de pessoas e animais de cores branca ou mais claras, os melanossomos são encontrados quase exclusivamente na camada basal da epiderme em quantidades menores comparado aos de cores negra.
3. PATOLOGIA
As lesões relacionadas a melanina ocorrem a partir da produção a normal de melanina. A produção excessiva é denominada hiperpigmentação melânica e a redução é denominada de hipopigmentção melânica oriundas da síntese de melanina. Essas alterações são conhecidas como melanodermias e leucodermias, são frequentes e estão associadas há um grande número de doenças.
 3.1 HIPERPIGMENTAÇÃO MELÂNICA 
Usada para descrever as áreas de pele com pigmentação desigual. Se manifesta como manchas ou zonas escurecidas na pele essas manchas são conhecidas como manchas da idade ou manchas induzidas pelo sol, e a hiperpigmentação também está na raiz de problemas que podem desencadear processos neoplásicos como: Hiperadrenocorticismo, melanose maculosa, melanoma, entre outras neoplasias.
· MELANOSA MACULOSA é o aumento das células produtoras de melanina, mas podem desaparecer, sem causar complicações pode ser visceral ou cutânea. A melanose maculosa é conhecida por apresentar a aparência de um tabuleiro de xadrez, com zonas delimitadas, mais comum em animais jovens, desaparecendo depois sem interferir na função do órgão, podendo ou não metastizar longe do local onde é normalmente encontrada.
Melanose maculosa nos pulmões de um porco 
observados macroscopicamente 
(Fonte: GOOGLE)
Melanose uterina (Fonte: GOOGLE)
Melanoma na glândula suprarrenal de uma vaca observado microscopicamente (Fonte: GOOGLE)
Melanoma maligno na mucosa bucal de um cão observada microscopicamente (Fonte: GOOGLE)
· HIPERADRENOCORTICISMO ou Síndrome de Cushing é uma doença que ocorre com mais frequência em animais de meia idade ou idosos, mais comum em cães. Ela é caracterizada pelas diversas alterações clínicas e laboratoriais causada pela produção do cortisol, hormônio que é sintetizado pelo córtex adrenal, que tem relação direta com as glândulas endócrinas, existem dois tipos da síndrome: Hiperadrenocorticismo hipófise-dependente: ocorre devido ao crescimento de um tumor na glândula hipófise que produz quantidade excessiva do hormônio ACTH. Ele é responsável pelo controle da secreção de cortisol. Hiperadrenocorticismo adrenal-dependente: ocorre quando um tumor produz uma quantidade excessiva de cortisol se desenvolvendo em uma das glândulas adrenais. Sintomas podem ser polidipsia (aumento na ingestão de água), poliúria (aumento na freqüência urinária) e possível incontinência, polifagia (apetite exagerado) entre outros.
Fígado apresentando arquitetura alterada, com hepatócitos com citoplasma preenchido por vacúolos que não se coram, compatíveis com acúmulo de glicogênio (seta preta) entremeadas a hepatócitos normais (seta azul). (b) Rim apresentando células tubulares com citoplasma preenchido por vacúolos que não se coram (seta azul). (c) Pulmão apresentando áreas de mineralização distribuído de forma difusa (cabeça de seta). (d) Fragmento de pele apresentando local de mineralização. (Fonte: GOOGLE)
(Fonte: GOOGLE)
 
Cão podle macho com Hiperadrenocorticismo (Fonte: GOOGLE)
Exame externo do animal evidenciando (a) abdômen distendido e pendulado; lesõescutâneas em (b) focinho e (c) região ventro-lateral de abdômen; e lesões ulceradas em (d) lábio inferior e (e) língua. (Fonte: GOOGLE)
· MELANOMA são neoplasias cutâneas primárias, porém, podem ser encontradas em qualquer localização anatômica onde existe acúmulos de melanócitos podendo ser malignos ou benignos. São encontrados mais frequentemente na pele, também pode ocorrer na cavidade oral e nos olhos de cães, equinos e suínos. O melanoma é uma mácula (mancha) preta que se transforma em massa firme, com crescimento rápido, com infiltração local e metástase precoce. A maioria dos melanomas malignos aparece como um nódulo, geralmente ulcerado pigmentado. Melanomas profundamente invasivos estão associados com metástase. Na maioria dos casos, quando se diagnostica melanoma maligno, em poucos meses após a cirurgia de extirpação (remoção), ocorre a morte do indivíduo em decorrência de complicações relacionadas à metástase, ou seja, o prognóstico do melanoma maligno é ruim e a taxa de sobrevivência de um ano é inferior a 10% dos casos.
Melanoma em equino (Fonte: GOOGLE)
Melanoma bucal em cão (Fonte: GOOGLE)
 
3.2 HIPORPIGMENTAÇÃO MELÂNICA
 É uma quantidade reduzida de pigmento, limitada em pequenas áreas de pele e tende a surgir de um processo inflamatório prévio na pele. Mais raramente, pode representar uma doença hereditária e quando ocorre o inverso da hiperpigmentação, ou seja, diminuição ou perda da cor natural. As neoplasias originadas pela hiporpigmentação são o albinismo, o vitiligo, os Melasma e as alterações causadas por lesões da pele como hiporpigmentação pós inflamatória.
· ALBINISMO: é um distúrbio de natureza genética em que há redução ou ausência congênita do pigmento melanina. O principal tipo de albinismo é o oculocutâneo (OCA), caracterizado pela ausência total ou parcial de pigmento. O albinismo é classificado em: ocular (quando somente os olhos sofrem despigmentação), parcial (o organismo produz melanina na maior parte do corpo, mas em outras partes isso não ocorre) e oculocutâneo (todo corpo é afetado). Os albinos são praticamente incapazes de transformar a tirosina em melanina. Consequentemente, têm a pele muito clara, cabelos brancos ou claros e seus olhos são vermelhos, pois, a luz refletida atravessa os vasos sanguíneos dos olhos, ou, ainda, azul-esverdeados, se houver formação de algum pigmento na íris. Possuem fotofobia, astigmatismo, miopia, além de outros distúrbios visuais, Portadores de albinismo oculocutâneo não conseguem oxidar a tirosina em Dopa através da tirosinase. 
 
O objetivo era mostrar as diferentes formas do albinismo, porém não foi encontrado imagem com tais descrições. (Fonte: GOOGLE)
 
(Fonte: GOOGLE)
· VITILIGO é a perda de melanócitos de forma progressiva. É considerado um distúrbio adquirido que pode ocorrer de forma localizada ou generalizada. A forma localizada é comum em cães adultos jovens. Porém, a forma generalizada raramente é encontrada nesta espécie. Considerada uma desordem adquirida rara causando a despigmentação da pele e pêlos, através da destruição crônica e progressiva dos melanócitos, caracterizada pelo surgimento de áreas de leucodermia e leucotriquia, é considerada uma doença auto-imune, responsável pela perda de melanócitos das áreas envolvidas, em resposta aos anticorpos antimelanócitos. pode ser classificado como localizado (VL) e generalizado (VG). A ocorrência em pequenos animais e rara, sendo as raças caninas mais acometidas: Rottweiler, Doberman pinscher e Grande dinamarquês e Boxer.
 
Imagem ilustrativa de tecido histopatológico de animais com vitiligo. (Fonte: google)
Caso 1. A: área despigmentada, pele: Epiderme: Ausência de pigmento menalocítico e pelos sem pigmento nos septos. Derme: Infiltrado inflamatório composto por histiócito, plasmócito e linfócito perivascular leve. B: área de transição, pele: em epiderme observa-se intensa diminuição da pigmentação de melanócitos e áreas de ausência do pigmento na derme. Há infiltrado inflamatório perivascular leve, composto por histiócitos, plasmócitos e linfócitos e pelos com ausência de pigmento. Coloração H.E., 20x. (Fonte: GOOGLE)
 
(Fonte: GOOGLE)
Caso A: Pele: Epiderme: Intensa diminuição, com áreas de ausência, de melanócitos epidérmicos e de melanina. Derme: Há também leve infiltrado inflamatório predominantemente composto por linfócitos e alguns plasmócitos em padrão perivascular. Coloração de HE, 10x.. CASO B: Pele: Epiderme: Raros pontos com deposito de melanina. Derme superficial: Leve infiltrado de linfócitos e plasmócitos difuso. Coloração de HE, 20x (Fonte: GOOGLE)
· HIPOPIGMENTAÇÃO PÓS-INFLAMATÓRIA: a inflamação cutânea normalmente promove aumento da pigmentação, mas pode induzir também à perda ou diminuição da cloração da pele em casos de calos de apoio inflamados, incluem a leishmaniose, a blastomicose, a esporotricose e a foliculite bacteriana.
 
Leschimaniose (Fonte: GOOGLE) Esporotricose (Fonte: GOOGLE)
 
Blastomicose (Fonte: GOOGLE) Foliculite bacteriana (Fonte: GOOGLE)
4. CONCLUSÃO
Melanina é o pigmento que vai produzir diversas tonalidades da pele, pêlos, olhos entre outros. A pigmentação é determinada pela quantidade de melanina. Cores claras e sinal de pouca produção de melanina, já as colorações mais escuras, significa que existe uma produção maior, lembrando que quanto mais escuro maior e a produção de melanina. 
A melanina é produzida pelos melanócitos através da tirosina, após a sintetização a melanina e transferida dos melanócitos para os queratinócitos localizados na epiderme. A produção de melanina dará origem a feomelanina (amarela e vermelha) e a eumelanina (preta e marrom) são a variação da melanina responsáveis pela coloração. Uma das funções mais importantes é a proteção contra radiação, absorção de calor e proteção contra radicais livres. Assim como outras patologias da derme o excesso da produção de melanocitos podem causas distúrbios de pigmentação, podendo se estender pelo corpo afetando áreas da pele ou ser generalizada acometendo alguns órgãos. O excesso e chamado de hiperpigmentação melânica, o inverso e a hiporpigmentação melânica. Na hipopigmentação as patologias geradas pela baixa produção anormal de melanina, pode causar: Lesões na pele, como bolha, úlcera, queimadura, exposição a um produto químico ou infecção por quadros inflamatórios como vitiligo, melasma e doenças hereditárias de causas genética como o albinismo.
A hiperpigmentação geralmente é causada por uma quantidade anormal na alta produção de melanina, mas às vezes é causada por deposição de outras substâncias que normalmente não estão presentes na pele. A hiperpigmentação pode ser causada por: Distúrbios que causam inflamação, pelo uso de medicamentos ou exposição excessiva à luz solar. Umas das patologias ocasionada pela hiperpigmentação são neoplasias como melanoma, melanose maculosa entre outras.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962009000600008>acesso em:29 de março de 2020 
http://depto.icb.ufmg.br/dpat/old/9pigpat.htm >acesso em:30 de março de 2020
http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/17/tratamento_de_hipercromia.pdf >acesso em:30 de março de 2020
http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v46n4/10.pdf >acesso em:31 de março de 2020
https://www.locus.ufv.br/bitstream/handle/123456789/18183/artigo.pdf?sequence=1 >acesso em:31 de março de 2020
Brasileiro filho, Geraldo. Bogliolo patologia geral. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
Brasileiro filho, Geraldo. Bogliolo patologia geral. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.