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Operações Unitárias em Farmácia Centrifugação Prof. Luiz Carlos Física Aplicada UNIP APLICAÇÕES Separação de substâncias biologicamente importantes, e poucos experimentos podem ser realizados sem o uso da centrífuga. Pode ser realizada com o objetivo de separar sólidos de líquidos ou mesmo uma mistura de líquidos. Testes de análises clínicas, testes bioquímicos, sedimentação de células e vírus, a separação de massa celular, isolamento de DNA, RNA, proteínas ou lipídios Há tubos especializados, rotores e centrífugas especiais para qualquer tarefa. Centrífugas – rotores e tubos. FILTRAÇÃO X CENTRIFUGAÇÃO Decantação de uma partícula suspensa ocorre por ação da gravidade (g=9,8 m/s2) Através da centrifugação a decantação é acelerada, pela aplicação da força centrífuga. Se compararmos com a filtração, a centrifugação é mais cara, porém, a filtração pode sofrer entupimento rápido do meio filtrante. Sedimentação Sedimentação t Centrifugação Sedimentação t 1 t >>> t1 FORÇA CENTRÍFUGA: Qualquer corpo ou partícula que apresente um movimento circular uniforme está submetido a uma força centrífuga, que tem como referência, o centro da trajetória circular que a partícula descreve, e pode ser representada pela relação: Fc = m* 2 * R, onde: m = massa do corpo; ω = velocidade angular do movimento de rotação e, r = raio de rotação FORÇA CENTRÍFUGA RELATIVA: Quando uma suspensão é submetida a uma elevada rotação (RPM), a força centrífuga faz com que as partículas se afastem radialmente do eixo da rotação. A força aplicada nas partículas é chamada de Força Centrífuga Relativa (FCR). FCR = 1,118. 10 -5 * R * N2 Onde: R = raio de centrifugação, em m ou cm, N = velocidade de centrifugação em rotações por minuto (rpm) Um FCR de 500g indica que a força centrífuga aplicada é 500 vezes maior que a força gravitacional da Terra. FCR COMO PARÂMETRO DE CENTRIFUGAÇÃO: A força g e as rotações por minuto (rpm) relacionadas são aproximadas, no entanto, são dependentes do modelo da centrífuga e do rotor utilizado. TIPOS DE ROTORES 1- Basculante 2- Angular 3- Vertical FATORES PARA SELEÇÃO DE MATERIAL DE TUBOS PARA CENTRÍFUGA: em escala laboratorial, os tubos devem ser transparentes, resistentes a solventes químicos e com boa vedação, compatibilidade química e boa recuperação da amostra. Todo material fluido tende a expansão, gerando uma pressão sobre os tubos. Esta força (P) será somada à força centrífuga e, a somatória pode romper tubos. Atualmente, máquinas modernas possuem sistemas de proteção. (P=d.g.h) TIPOS DE CENTRÍFUGAS – Centrífuga de Bancada – Uso: peletizar células e bactérias; – Força g e RPM: 3800 g/4800 rpm; – Centrífuga Clínica – Sedimentação de soro, urina, células e sangue – 4600 g e 6000 rpm – Microcentrífuga – Extração de DNA e RNA – 13 000 g e 14 500 rpm – Centrífuga de alta velocidade (supercentrífuga) – Peletização de bactérias, precipitação de proteínas; – 75 000 g – Ultracentrífuga – Concentração de vírus, isolamento de membranas – 100.000 rpm CENTRÍFUGA TUBULAR: CENTRÍFUGA DE MÚLTIPLOS DISCOS CENTRÍFUGA CONTÍNUA CENTRÍFUGA DE CESTO http://www.wielkaencyklopedia.com/pt/wiki/Imagem:Pusher_Rotor.png.html CENTRIFUGAÇÃO DIFERENCIAL (PELETIZAÇÃO) As amostras são centrifugadas a uma dada velocidade, resultando em um sobrenadante e uma fração denominada pélete. A amostra isolada pela velocidade de sedimentação que, pela força centrífuga constante, é proporcional ao tamanho da partícula e a diferença entre a densidade da partícula e o líquido. CENTRIFUGAÇÃO POR GRADIENTE: Suspensão de partículas a uma força centrífuga constante, em meio de densidade /peso gradualmente variável, de uma extremidade à outra do tubo. Ex: sacarose. As partículas com densidades diferentes, se deslocam até alcançar o local de igual densidade (isopícnica). SEPARAÇÃO POR GRADIENTE DE TAMANHO: Esta separação baseia-se no tamanho e massa da partícula para sedimentação. Uma utilização para este tipo de centrifugação é a separação de proteínas e anticorpos, que possuem densidades similares, porém massas diferentes. Assim, a separação com base na massa separará as diferentes classes. CONVERSÃO DE UNIDADES DE CENTRIFUGAÇÃO: A rotação de uma centrífuga pode ser especificada em termos de Força Centrífuga Relativa (RCF) expressa em unidades de gravidade (g). Muitas centrífugas expressam a velocidade em termos de revoluções por minuto (rpm). A conversão entre g (a força centrífuga) e rpm é dada pela relação: FC = (1.118*10 -5)M R S2 ou FCR = (1.118*10 -5) R S2, onde: Fc = força centrífuga; FCR = força centrífuga relativa; R = diâmetro do rotor (cm) S = velocidade da centrífuga (rpm) M = massa da amostra No caso do cálculo da Força centrífuga relativa, esta não considera a massa da amostra, ou a sua densidade. Quando se troca a centrífuga, deve-se recalcular o g.