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ALGUMAS TERMINOLOGIAS (TERMOS TÉCNICOS) - UTILIZADOS EM TRABALHOS DE AUDITORIA 1 - AUDITORIA: Attie (1998, P. 25): É uma especialização contábil voltada a testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado. 1.1 - AUDITORIA CONTÁBIL: É a técnica contábil composta por um conjunto de normas e procedimentos específicos, utilizada por profissionais qualificado (contador – portador do diploma de ciências contábeis), que visa sobretudo demonstrar a fidedignidade dos resultados econômico-financeiros indicados nas Demonstrações Financeiras de uma entidade em determinado período e se, os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram observados em uma base uniforme. 2 - ESCOPO DE TRABALHO DE AUDITORIA: Trata-se do alvo da extensão dos procedimentos de auditoria e o instante da sua aplicabilidade. 3 - CONTROLE INTERNO: O Controle Interno compreende o plano de organização e todos os métodos e medidas, adotados numa empresa para proteger seu ativo, verificar a exatidão e fidedignidade de seus dados contábeis, incrementar a eficiência operacional e promover a obediência às diretrizes administrativas estabelecidas. 4 - PAPÉIS DE TRABALHO: Conjunto de formulários e documentos que contém as informações e apontamentos obtidos pelo auditor durante seus exames, bem como provas e descrições dessas realizações; constituem a evidência do trabalho executado e o fundamento de sua opinião. Como o auditor utiliza documentos originais de propriedades da empresa, e é grande o volume de transações e documentos, a comprovação da realização do trabalho através de cópias da documentação seria volumosa, além de onerosa. Os papéis de trabalho registram as descobertas realizadas e comprovam o trabalho realizado. 4.1 - AMARRAÇÃO DE PAPÉIS DE TRABALHO: Também conhecido como refer6encias cruzadas. Representam as indicações de onde os trabalhos foram efetuados ou onde os valores foram examinados, utilizado para tanto das letras que codificam os papeis de trabalho. 4.2 - CODIFICAÇÃO DE PAPÉIS DE TRABALHO: Tem por objetivo possibilitar que as informações inseridas nos papéis de trabalho sejam facilmente encontradas. A codificação é realizada normalmente com a utilização de letras maiúscula do alfabeto. 4.3 - FOLHA MESTRA: Também conhecida como papel de trabalho de resumo ou de sintetização. Subsidiário ao papel de trabalho dos grupos em evidências. 4.4 - REVISÃO DOS PAPÉIS DE TRABALHOS: Refere-se à supervisão ou acompanhamento da realização dos trabalhos executados pelos assistentes de auditoria, de acordo com as normas usuais de auditoria. 4.5 - LETRAS EXPLICATIVAS: É um tipo de indicação de exames nos papéis de trabalho, operacionalizado por letras minúsculas do alfabeto que correspondem aos exames realizados pelo auditor, que identifica algo mais do que simples conferência documental. 4.6 - TIQUES APLICATIVOS: É um tipo de indicação dos exames nos papéis de trabalho que representam sinais peculiares utilizados pelo auditor para referendar um exame praticado. Via regra, são utilizados para indicar a fonte de obtenção ou mesmo conferência de um valor. 4.7 - ANÁLISE: É um tipo de papel de trabalho elaborado pelo auditor, para mostrar a composição do saldo da conta examinada, com o propósito de analisar com detalhes os lançamentos ou valores que a integram. 4.8 - INDICAÇÕES DE EXAMES: São sinais peculiares ou explicações utilizadas em auditoria, ou sejam: tiques explicativos, letras explicativas e notas explicativas. 4.9 - PONTOS DE RECOMENDAÇÃO: Este papel de trabalho do auditor consiste basicamente na compilação da existência de fraquezas de procedimentos ou até mesmo de aprimoramento de controle interno da empresa auditada. Assim sendo, o auditor durante a realização do seu trabalho, indica na sua opinião, as possíveis sugestões de melhoria ou de recomendações para os pontos observados. 4.10 - LANÇAMENTOS DE AJUSTES E/OU RECLASSIFICAÇÃO: É um papel de trabalho onde são anotados pelo auditor todos os erros ou irregularidades encontradas nas peças contábeis examinadas, representado por lançamentos contábeis proposto a serem corrigidos pela empresa auditada. 5 - CIRCULARIZAÇÃO: É o procedimento substantivo de auditoria realizado junto a fontes independentes externas à empresa auditada, como por exemplo, clientes, fornecedores, bancos, advogados etc., cujas informações e ou resultados geralmente consubstanciam em evidência corroborativa no trabalho do auditor externo. 6 - PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA: Também conhecido por Técnicas de Auditoria 6.1- PROGRAMA DE TRABALHO: Representa o plano de ação que se utiliza para orientar o controlar a exequibilidade dos exames de auditoria. O programa de trabalho envolve as seguintes divisões: objetivo da auditoria, determinação do escopo da auditoria e procedimento de auditoria. 6.2-AGING: É um mapa demonstrativo das duplicatas a receber compondo seus saldos discriminados por idade de vencimento. 6.3-CONFIRMAÇÃO: É um procedimento de auditoria que resulta na obtenção de declaração formal e imparcial de pessoas independentes à empresa as quais estão habilitadas a confirmar informações solicitadas pelo auditor. O pedido de confirmação pode ser positivo ou negativo. 6.3.1 - PEDIDO DE CONFIRMAÇÃO POSITIVO: É usado para se obter a resposta da pessoa de quem se quer obter uma confirmação formal, que pode ser: branco ou preto. 6.3.1.1 - PEDIDO DE CONFIRMAÇÃO POSITIVO BRANCO: Quando no pedido de confirmação como o próprio nome indica, não se coloca valores. 6.3.1.2 - PEDIDO DE CONFIRMAÇÃO POSITIVO PRETO: Quando é indicado no pedido valores ou saldos a serem confirmados na data-base. 6.3.2 - PEDIDO DE CONFIRMAÇÃO NEGATIVO: É usado somente quando a resposta for necessária em caso de discordância da pessoa de quem se quer obter a confirmação. 6.4 - INQUÉRITO: É um procedimento de auditoria utilizado sob as formas de declarações formais, conversações normais ou sem compromisso que consiste na formulação de questionamentos e na obtenção de resposta satisfatória 6.5 - EXAME FÍSICO: É a constatação “In loco” procedida pelo auditor o qual obtém a formação de opinião quanto à existência física de um determinado item examinado. As características essenciais do exame físico são: quantidade, existência física, identificação, autenticidade e qualidade. 6.6 - CUT-OFF: Também conhecido como “corte”. Especificamente para inventários, representa o momento, a data de interrupção das operações para efeito do seu levantamento da contagem física dos estoques armazenados na empresa, bem como, os produtos em elaboração na fábrica. 6.7 - FOLLOW-UP: Procedimento de acompanhamento de trabalho de auditoria. 6.8 - MEMORANDO: Também conhecido como memo. É um documento de trabalho no qual o auditor descreve os dados constantes em determinada área de auditoria. Por exemplo, quando estiver trabalhando com contratos de financiamento, ele faz um memorando contendo os dados de todos os contratos de financiamento existentes naquela data, este memorando ficará fazendo parte dos papéis de trabalho para consulta, informações ou confrontações com outros relatórios. 7- DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS: Attie (1998, P. 82): Ao abordar sobre a Auditoria das Demonstrações Financeiras, diz textualmente em seu trabalho: “As Demonstrações Financeiras representam o meio pelo qual as informações acumuladas e processadas pela contabilidade são comunicadas aos interessados: elas devem exprimir, com clareza, a situação patrimonial e financeira da entidade em determinado momento. Em Geral, são quatro as demonstrações financeiras, a saber: Balanço Patrimonial: que representa bens, direitos e obrigações assumidas pela entidade, espelhando sua posição patrimonial financeira em determinado momento; Demonstração do Resultado do Exercício: que representa as operações realizadas pela entidade, em determinado período, contendo suas receitas,custos e despesas auferidos e indicando ao seu final o resultado líquido apurado; Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido e/ou Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados: que representa a movimentação e as mutações ocorridas durante o exercício. Opcionalmente pode ser elaborada a demonstrações das mutações patrimoniais, que representa as transações ocorridas nas contas componentes do patrimônio líquido durante o exercício; Demonstração do Fluxo de Caixa: é um relatório de contabilidade que pretende mostrar as entradas e saídas de dinheiro do caixa de uma empresa e quais foram os resultados desse fluxo. Também conhecida como Demonstrativo do Fluxo de Caixa, a DFC ajuda a entender e analisar a capacidade de uma empresa de gerar caixa e equivalentes de caixa em um determinado período por meio dos seus pagamentos e recebimentos em dinheiro. Esse relatório detalha qual a origem dos recursos obtidos por uma empresa e como eles foram aplicados. Apesar de seu nome, a DFC não inclui apenas o fluxo de caixa propriamente dito. Entram na demonstração, além do caixa, todas as outras contas do grupo do disponível, como contas bancárias e aplicações de liquidez imediata. 8-EVENTOS SUBSEQÜENTES: Attie (1998, P. 433): Assim enfatiza em seu trabalho sobre eventos subsequentes: “O parecer do auditor é emitido sobre as demonstrações financeiras que reflitam sua posição patrimonial e financeira, bem como o resultado das operações relativas ao período findo em certa data. Como regra geral, as companhias auditadas jamais encerram suas demonstrações financeiras logo após o término de seu exercício social. Do ponto de vista do auditor, seu trabalho se inicia após a companhia ter encerrado suas demonstrações financeiras, e consequentemente, grande parte de seu exame é realizado nesta época em que um novo exercício social é iniciado pela companhia.” 9 - PARECER DE AUDITORIA: É o documento mediante o qual o auditor expressa sua opinião, de forma clara e objetiva, sobre as demonstrações contábeis nele indicadas, em obediência às normas de auditoria. 9.1 - PARECER SEM RESSALVA: É emitido quando as demonstrações contábeis representam adequadamente a posição patrimonial e financeira e o resultado das operações da empresa auditada estão em conformidade com os Princípios Fundamentais de Contabilidade. 9.2 - PARECER COM RESSALVA: Este parecer é emitido quando um ou mais valores nas demonstrações contábeis não refletem adequadamente a posição correta, de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade. 9.3 - PARECER COM ABSTENÇÃO DE OPINIÃO: Neste parecer o auditor deixa de emitir opi- nião sobre as demonstrações contábeis, pela falta de comprovação suficiente para justificá-la. 9.4 - PARECER ADVERSO: A emissão do parecer adverso é emitida quando o auditor possui informação suficiente para formar a opinião que as demonstrações financeiras contábeis não representam adequadamente a posição patrimonial e financeira. Esse fato ocorre quando o auditor constata que a transação é tão importante que não justifica a simples emissão de um parecer com ressalva. Assim relata o item 11.3.5. da Resolução n.º 820/97 – do Conselho Federal de Contabilidade ao tratar sobre Parecer Adverso: “11.3.5.1 – No parecer adverso, o auditor emite opinião de que as demonstrações contábeis não representam, adequadamente, a posição patrimonial e financeira, e/ou o resultado das operações, e/ou as mutações do patrimônio líquido, e/ou as origens e aplicações dos recursos da entidade, nas datas e períodos indicados, de acordo com as disposições contidas no item 11.3.5.2 – O auditor deve emitir parecer adverso quando verificar que as demonstrações contábeis estão incorretas ou incompletas, em tal magnitude que possibilite a emissão do parecer com ressalva.” 10 - DATA DO PARECER: A data do parecer é a do término de todos os procedimentos importantes de auditoria, que, na maioria dos casos, coincide com o encerramento dos trabalhos de campo. 11 - NOTAS EXPLICATIVAS: São dados complementares às demonstrações financeiras, expressas tanto na forma descritiva como na forma de quadros analíticos, com o objetivo principal de facilitar uma melhor interpretação por parte do usuário. As notas explicativas têm sentido de ordem geral e não podem ser indicadas por meio de tiques e letras explicativas. 12 - RELATÓRIO DE AUDITORIA: Também conhecido como relatório-comentário. Assim Expressa CAVALCANTI ALMEIDA: “[...] Recomendações construtivas visando o aprimoramento dos controles internos, redução de custos, melhoramentos das práticas contábeis e administrativas e até mesmo uma forma mais adequada de como conduzir a sua companhia.” O relatório de auditoria é mais do que um simples parecer de auditoria. Referências Bibliográficas: Este Estudo foi realizado com base nos livros a seguir: ATTIE, Willian. AUDITORIA – Conceitos e Aplicações, São Paulo: Atlas. 1998 CAVALCANTI, Almeida. AUDITORIA – UM Curso Moderno e Completo 5.ed. São Paulo: Atlas, 1998.