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Ligantes Asfálticos: Obtenção e Aplicações

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Ligantes AsfLigantes Asfáálticoslticos: Obten: Obtençção, ão, 
AplicaAplicaçções e Armazenamentoões e Armazenamento
TRPTRP--1002 1002 
Materiais para InfraMateriais para Infra--Estrutura de Estrutura de 
TransportesTransportes
Prof. Deividi PereiraProf. Deividi Pereira
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Asfaltos e Betumes
n Betumes
¡ ABNT: TB-27 (NBR-7208)
n É uma mistura de hidrocarbonetos de consistência sólida, líquida ou gasosa, de 
origem natural ou pirogênica, completamente solúvel em bissulfeto de carbono, 
freqüentemente acompanhado de seus derivados não-metálicos
¡ ASTM
n É uma mistura de hidrocarbonetos pesados, obtidos em estado natural ou por 
diferentes processos físicos ou químicos, com seus derivados de consistência 
variável, com poder aglutinante e impermeabilizante, sendo completamente 
solúvel em bissulfeto de carbono
¡ Traduzindo...
n Substâncias compostas por hidrocarbonetos pesados
n Propriedades ligantes
n Inflamáveis
n Elevada viscosidade em temperatura ambiente
n Ocorrência natural ou fabricados pela destilação do petróleo, de carvão 
(alcatrão), de madeira ou de resinas
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Asfaltos e Betumes
n Asfalto
¡ ABNT: TB-27 (NBR-7208)
n É um material sólido ou semi-sólido, de cor entre preta e pardo escura, 
que ocorre na natureza ou é obtido pela destilação do petróleo, que 
funde gradualmente pelo calor, e no qual os constituintes 
predominantes são de betumes
¡ Traduzindo...
n Constituídos essencialmente de betume
n Obtenção natural (presente em rochas ou em depósitos lacustres, como 
os asfaltos de Trinidad e de Bermudez)
n Obtenção industrial, a partir do refino do Petróleo
n Petróleo ó principal matéria-prima do asfalto
¡ Em Balbo (2007): “variados processos de decomposição e 
milhões de anos de ações geológicas transformaram os 
complexos compostos orgânicos que formavam os tecidos das 
plantas e animais vivos de outrora, numa mistura de alcanos, 
cujas moléculas podem conter de um a 20 ou 30 átomos de 
carbono”
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Asfaltos e Betumes
n Asfalto (Pitch Lake - Trinidad) – Depósito Lacustre
Fonte: Fonte: http://www.richardhttp://www.richard--seaman.com/Travel/TrinidadAndTobago/Trinidad/PitchLake/index.htmseaman.com/Travel/TrinidadAndTobago/Trinidad/PitchLake/index.htmll
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Processo Industrial de Obtenção do Asfalto
Fonte: Ipiranga Asfaltos S/AFonte: Ipiranga Asfaltos S/A
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Refinarias no Brasil
n Maioria das refinarias 
objetivam a produção de 
combustíveis
n Asfalto = subproduto
n Refinarias c/ Asfaltos como 
produto principal:
¡ Fortaleza – CE
¡ Mataripe – BA
¡ Cubatão – SP
n Origem do Petróleo
¡ Resultam em asfaltos com 
características distintas
¡ Mudanças diárias
¡ Elevada variabilidade de 
comportamento
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Refinarias no Brasil
Fonte: Fonte: BernucciBernucci etet al. 2006al. 2006
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Refinarias no Brasil
QUADRO RESUMO REFINARIAS, UNIDADES E 
TIPOS DE CAP.
QUADRO RESUMO REFINARIAS, UNIDADES E 
TIPOS DE CAP.
Fonte: Eng. Dultevir MeloFonte: Eng. Dultevir Melo
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Petróleo/CAP’s – Consumo Nacional (t)
15
38
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1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
CONSUMO DE ASFALTO NO BRASIL
FONTE: PETROBRAS
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Petróleo/CAP’s – insumos em extinção
n Consumo médio de CAP no CBUQ: 6%
n Considerando uma vias de pista simples com 7m de largura e uma camada 
asfáltica de 5cm ð Consumo de 50,4 t/km
n Reserva de asfalto do Brasil ó 1.317.381 km de pista de rolamento ó
extensão de vias existentes não-pavimentadas
n Solução:
¡ Busca de novas reservas de petróleo Reserva de Campos (2007)
¡ Alteração da matriz energética do planeta
n Caso contrário: CAP existente somente suprirá a demanda destinada à
restauração/conservação dos pavimentos existentes
País
Reserva de Petróleo 
em 2004 (milhões de 
barris)
Reserva de Asfalto 
em 2005 (milhões de 
toneladas)
Ano da Crise
Brasil 8.500 66 2.020
EUA 22.677 172 2.015
Venezuela 77.800 643 2.097
Grã-Bretanha 4.655 32 2.010
Emirados Árabes Unidos 97.800 811 2.147
Iraque 115.000 954 2.160
Irã 125.800 1.040 2.104
Kwait 99.000 822 2.174
1 Barril Petróleo = 159 l = 167 kg
Desconsiderando 
as Reservas 
descobertas em 
2007/8
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Classificação dos Ligantes Asfálticos
Fonte: Notas de Aula Prof. Luciano Fonte: Notas de Aula Prof. Luciano SpechtSpecht
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CAP’s
n Cimento Asfáltico de Petróleo
¡ Compostos obtidos a partir do refinamento do 
petróleo cru
¡ Possuem grande quantidade de betume 
(hidrocarbonetos não voláteis pesados)
¡ Cor negra ou marrom muito escuro
¡ Elevada viscosidade (função da temperatura)
¡ Consistência sólida a semi-sólida (função da 
temperatura)
¡ Atua como ligante (aglutinador)
¡ Propriedades para pavimentação
n Boa aderência com os agregados
n Impermeabilização
n Flexibilidade
n Durabilidade
n Resistência à maior parte dos ácidos, sais e 
álcalis
n Insolúvel em água
Fonte: Bernucci et al, 2006
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CAP’s
n Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP)
¡ Constituição
n Asfaltenos
¡ Parte ssóólidalida do produto
¡ Concede rigidezrigidez e a coloracoloraççãoão típica do produto
n Resinas
¡ Envolvem os asfaltenos
¡ Impedem a floculação
n Maltenos
¡ Parte oleosaoleosa do CAP, ou veículo
¡ Responsável pelas propriedades plpláásticassticas e de viscosidadeviscosidade
¡ Sistema Sol (ã temperaturas)
n Asfaltenos bem dispersos nos óleos maltenos
n Ocorre em altas temperaturas
nn CAP se comporta como um lCAP se comporta como um lííquido viscosoquido viscoso (Newtoniano)
¡ Sistema Gel (ä temperaturas)
n Asfaltenos juntando-se aos óleos maltenos, formando cadeias
n Ocorre em baixas temperaturas
nn Comportamento como um sComportamento como um sóólidolido--eleláásticostico (Tensões proporcionais às 
deformações)
¡ Normalmente: Sistema Sol-Gel
óleos
Maltenos
Resina
Asfaltenos
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CAP’s
n Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP)
¡ Propriedades Reológicas (materiais não-líquidos e não-sólidos)
n Visco-elasto-plástico e Termo-suscetível (comportamento dependente da 
temperatura e do tempo de aplicação da carga)
n Sofrem transformações químicas quando exposto à
¡ Radiação solar
¡ Águas ácidas e sulfatadas
¡ Ações de óleos, graxas, lubrificantes e combustíveis de veículos
n Processo de oxidação do ligante
¡ Elevadas temperaturas (durante usinagem) e ação da radiação solar (pista)
¡ Evaporação dos óleos
¡ Resinas se transformam em asfaltenos
¡ Resultado: aumento da viscosidade do CAP, tornandoaumento da viscosidade do CAP, tornando--o mais fro mais fráágil (quebradigil (quebradiçço o 
e comprometendo seu comportamento frente e comprometendo seu comportamento frente àà esforesforççosrepetitivos/Fadiga)os repetitivos/Fadiga)
¡¡ Os agentes externos mencionados transformam maltenos em asfaltenOs agentes externos mencionados transformam maltenos em asfaltenos... os... 
SituaSituaçção tão tíípica de misturas asfpica de misturas asfáálticas antigaslticas antigas
n Excesso de Asfalteno (mais de 30%) ð Perda de elasticidade (frágil)
n Escassez de Asfalteno (menos de 20%) ð Elevada suscetibilidade térmica e 
deformação plástica excessiva (trilhas de roda)
¡ Comportamento é dependente do petróleo de origem e do processo de 
obtenção (refino)
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Classificação dos CAP’s
n Quanto à Penetração ou consistência
¡ Medida em décimos de milímetros da penetração no CAP 
de uma agulha padronizada (100g), sob determinadas 
condições (tempo-5s e temperatura-25°C)
n CAP Duro ð penetração entre 30 e 45 x10-1 mm
n CAP Médio ð penetração entre 50-70 e 85-100 x10-1 mm
n CAP Mole ð penetração entre 150 e 200 x10-1 mm
¡¡ EspecificaEspecificaçção ão atualatual dos CAPdos CAP’’s fundamentada na s fundamentada na 
penetrapenetraççãoão
Fonte: Notas de Aula Prof. Luciano Fonte: Notas de Aula Prof. Luciano SpechtSpecht
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Classificação dos CAP’s
n Quanto à Viscosidade
¡ Relacionada com sua fricção interna (medida da resistência ao escoamento)
¡ Propriedade importante para a determinação das temperaturas de:
nn Mistura do CAPMistura do CAP
nn Espalhamento do CBUQEspalhamento do CBUQ
nn CompactaCompactaçção do CBUQão do CBUQ
¡ Medida em Poise a 60°C
n CAP-7 (viscosidade mínima de 700 Poise)
nn CAPCAP--20 (viscosidade m20 (viscosidade míínima de 2.000 nima de 2.000 PoisePoise))
n CAP-40 (viscosidade mínima de 4.000 Poise)
¡¡ Fundamentava a Fundamentava a antigaantiga especificaespecificaçção dos CAPão dos CAP’’s no Brasils no Brasil
Fonte: Notas de Aula Prof. Luciano Fonte: Notas de Aula Prof. Luciano SpechtSpecht Fonte: Fonte: BernucciBernucci etet al. 2006al. 2006
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Principais Propriedades Físicas dos CAP’s
n Durabilidade
¡ Capacidade de o CAP, exposto às condições climáticas ou processos de 
envelhecimento, preservar suas propriedades originais
n Adesividade
¡ Propriedade relativa à tendência do CAP “colar” no agregado
¡ Pode requerer melhoradores de adesividade (dopes e filler calcário)
¡ Asfaltos modificados com polímeros melhoram tal propriedade
n Suscetibilidade Térmica
¡ ñT ò Viscosidade
¡ Propriedade importante na fase de mistura e no desempenho de pavimentos 
(deformações nas trilhas de roda)
¡ Propriedade dependente da origem do petróleo cru
Fonte: Magalhães (2004)Fonte: Magalhães (2004)
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Principais Propriedades Físicas dos CAP’s
n Endurecimento/Envelhecimento
¡ Decorrente da Oxidação do CAP
n Elevadas temperaturas (Usinagem)
n Ação contínua dos fatores climáticos (Radiação Solar)
¡ Perda da ductilidade – torna-o frágil
¡ Fissuração precoce do CBUQ
Fonte: Fonte: BernucciBernucci etet al. 2006al. 2006
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Principais Propriedades Físicas dos CAP’s
n Oxidação/Queima do CAP durante a Usinagem
¡ Fissuração Precoce do CBUQ (menos de 6 meses)
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Principais Propriedades Físicas dos CAP’s
n Endurecimento/Envelhecimento
Fonte: BASMFonte: BASM
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Principais Propriedades Físicas dos CAP’s
n Ductilidade
¡ Propriedade do CAP relativo ao 
alongamento de suas fibras sem 
caracterização da ruptura do mesmo
¡ ñ Ductilidade ñ sensíveis às condições 
climáticas ñ propriedades aglutinantes. 
No entanto, podem constituir CBUQ mais 
propenso à deformação plástica
Fonte: Construtora Fonte: Construtora HecoHeco S/AS/A
Fonte: Notas de Aula Prof. Luciano Fonte: Notas de Aula Prof. Luciano SpechtSpecht
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Especificações dos CAP’s
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CAP’s Especiais
n CAP’s Poliméricos
¡ Objetivo das modificações do CAP
n Torná-lo mais rígido (reduzir suas deformações)
n Fazê-lo mais “mole” para aliviar os esforços nas misturas betuminosas 
(maior recuperação elástica e melhor comportamento frente à fadiga)
¡ Efeito da adição de Polímeros
n Elevação da Coesão do CAP
n Redução da Suscetibilidade Térmica
n Redução da viscosidade à temperatura de mistura e aplicação
n Redução da fluência (deformações nas trilhas de roda)
n Elevação da resistência do CAP frente
¡ Deformação Plástica
¡ Fissuração
¡ Fadiga
n Boa adesividade (inclusive com o paralelepípedo)
n Redução do envelhecimento/oxidação dos CAP’s
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CAP’s Especiais
n CAP’s Poliméricos
¡ Polímeros
n Compostos químicos orgânicos
n Obtenção:
¡ Madeira, óleos lubrificantes, cortiça
¡ Artificialmente - Sintéticos
¡ Tipos principais de Polímeros empregados em Pavimentação
nn TermoplTermopláásticossticos: amolecem quando aquecidos e endurecem ao serem 
resfriados
¡ EVA (Etileno Acetato de Vinila)
nn ElastômerosElastômeros: propriedades elásticas semelhantes às borrachas; ao serem 
aquecidos, se decompõem antes mesmo de amolecerem
¡ Empregados em emulsão e CAP’s
¡ SBR (Styrene-Butadiene-Rubber ou Estireno-Butadieno-Rubber) - Petrobrás
nn ElastômerosElastômeros TermoplTermopláásticossticos: comportamento de termoplásticos ao serem 
aquecidos e elevada elasticidade quando resfriados
¡¡ PolPolíímeros mais empregadosmeros mais empregados
¡ Empregados em emulsão e CAP’s
¡ SBS (Styrene-Butadiene-Styrene ou Estireno-Butadieno-Estireno) – Ipiranga e Ipiranga e 
PetrobrPetrobrááss
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CAP’s Especiais
n CAP’s Poliméricos
¡ Efeito do Polímero nas propriedades básicas do CAP-20
¡ Em misturas abertas, os polímeros contribuem para a 
redução da oxidação
Características CAP-20 CAP-20 + 4%SBS CAP-20 + 6%SBS
Recuperação Elástica (%) 11 80 90
Penetração a 25°C (0,1mm) 59 74 75
Ponto de Fulgor (°C) 358 320 310
Viscosidade Saybolt-Furol a 165°C (s) 47 100 168
Viscosidade Absoluta a 60°C (Poise) 2.211 5.784 54.563
Ponto de Amolecimento (°C) 51 60 73
Fonte: DNER, 1998
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CAP’s Especiais
n CAP’s Poliméricos
¡ Vantagens e Desvantagens (Fonte: Bernucci et al, 2006)
VANTAGENS
¡ maior coesão 
¡ melhor adesão
¡ alta viscosidade*
¡ resistência ao envelhecimento**
¡ maior elasticidade
¡ resistência a tensões cisalhantes
¡ maior benefício/custo
DESVANTAGENS
o risco de estocagem a longo prazo
o risco de ligante heterogêneo
o Maior custo
* evita reflexão de trincas
** asfalto borracha se destaca entre os demais nestas propriedades
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CAP’s Especiais
n Asfalto Borracha
¡ Apelo ambiental – redução do passivo
¡ Borracha triturada de pneus
n Emprego como Agregado
nn Modificador de CAPModificador de CAP
¡ Borracha triturada (diâm < 2mm)
¡ Adição ao CAP em tanques aquecidos (200°C) + 
agitadores/misturadores
¡ Teor de borracha no CAP 
n ˜ 15% para CAP’s destinados a misturas densas
n 18-25% para CAP’s destinados a misturas abertas ou descontínuas
¡ Melhoram o comportamento elástico do CAP
Fonte: Fonte: BernucciBernucci etet al. 2006al. 2006
ConvencionalConvencional AsfaltoAsfalto--BorrachaBorracha
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CAP’s Especiais
n Asfalto Borracha
Fonte: Fonte: BernucciBernucci etet al. 2006al. 2006
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CAP’s Liquefeitos
n CAP’s à temperatura ambiente
¡ Semi-sólidos
n Alguns serviços de pavimentação necessitam de CAP’s fluídos 
na pista
¡ Solução:
n Aquecer o CAP
n Torná-lo menos viscoso e liquefeito à temperatura de trabalho:
¡¡ Asfaltos DiluAsfaltos Diluíídosdos
¡¡ Emulsões AsfEmulsões Asfáálticaslticas
nn Asfaltos DiluAsfaltos Diluíídos (AD)dos (AD)
¡ CAP’s liquefeitos por adição e mistura de solventes (destilados leves de 
petróleo)
¡ Cura dos AD: evaporação dos solventes quando de sua exposição às 
condições ambientais, restando somente o CAP
¡ Tal diluição, reduz a viscosidade do conjunto, possibilitando seu 
emprego em condições ambientais de temperatura
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CAP’s Liquefeitos
n Asfaltos Diluídos (AD)
¡ Conforme o diluente empregado, tem-se os AD de Cura Rápida (Nafta 
ou Gasolina) ou Média (Querosene)
¡ Classificam-se por sua Viscosidade
¡ Emprego
n Impermeabilização de camadas
n Ligação/aderência entre bases de solos/agregados e revestimentos (CA e 
CCP)
nn CMCM--3030
¡ Imprimação/impermeabilização de superfícies com textura fechada
nn CMCM--7070
¡ Imprimação/impermeabilização de superfícies com textura aberta
nn CRCR--7070
¡ Pintura de ligação sobre superfícies não absorventes
nn CRCR--7070
¡ Tratamentos superficiais invertidos e pré-misturados a frio
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CAP’s Liquefeitos
n Asfaltos Diluídos (AD)
¡ Exemplo de Aplicação
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CAP’s Liquefeitos
n Asfaltos Diluídos (AD)
¡ Exemplo de Aplicação
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CAP’s Liquefeitos
n Asfaltos Diluídos de Cura Média – Especificações (DNER-EM 363/97)
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CAP’s Liquefeitos
n Asfaltos Diluídos de Cura Rápida – Especificações (DNER-EM 362/97)
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CAP’s Liquefeitos
n Emulsões Asfálticas (EA)
¡ Produzidas a partir da adição de água e agentes emulsificantes - em 
pequena proporção (0,2-1%) - ao CAP
¡ Fabricação:
n Diluição do CAP em meio solvente ð fase sólida
n Fase líquida ð água+emulsificante+solvente+ácido
n Mistura-se, energicamente, as duas fases (sólida e líquida)
n Emprega-se produtos tenso-ativos para reduzir a tensão interfacial 
asfalto/água
¡ Emulsificante:
n Afinidade com o asfalto e com a água (sal de amina, base fraca ou sal de 
amônia)
n Darão origem às emulsões aniônicas e catiônicascatiônicas
¡ Teor de ligante na emulsão: 60-70% volume
¡ Viscosidade da Emulsão:
n Função da quantidade de CAP na mistura
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CAP’s Liquefeitos
n Emulsões 
Asfálticas (EA)
Fonte: Fonte: BernucciBernucci etet al. 2006al. 2006
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CAP’s Liquefeitos
n Emulsões Asfálticas (EA)
¡ Ruptura da Emulsão
n Conversão do produto em duas fases (liquida/evapora + sólida/CAP)
n CAP da emulsão reage com o agregado, sendo adsorvido pela 
superfície do material pétreo
n A ruptura também se processa pela evaporação da água presente 
na emulsão
n Evidência da cura
¡ Marrom ð Preta
n Velocidade da Ruptura, função
¡ Tipo e quantidade de emulsificante
¡ Quantidade e viscosidade do CAP
¡ Superfície específica do agregado
¡ Temperatura de aplicação (ambiente) e do agregado
¡ Umidade da superfície de aplicação
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CAP’s Liquefeitos
n Fatores que Afetam a Ruptura das Emulsões Asfálticas
FATORES QUE RETARDAM
A RUPTURA
Emprego de um asfalto de 
alta viscosidade (cimentos 
asfálticos)
Pequena concentração 
de asfalto
Emprego de uma elevada 
quantidade de emulsivo
Emprego de um emulsivo
aniônico
Utilização de um material úmido 
pouco reativo e uma pequena 
superfície específica
Temperatura ambiente. 
Temperatura baixa dos 
agregados e da emulsão
Ausência ou pequena agitação 
das misturas emulsão + 
agregados
FATORES QUE ACELERAM
A RUPTURA
Emprego de um asfalto de 
baixa viscosidade (asfaltos 
diluídos ou fluxados)
Concentração de 
asfalto elevada
Emprego de uma pequena 
quantidade de emulsivo
Emprego de um 
emulsivo catiônico
Utilização de um material 
seco reativo e com alta 
superfície específica
Temperatura ambiente. 
Temperatura alta dos 
agregados e da emulsão
Agitação intensa da mistura 
emulsão + agregadosF
o
n
te
: 
F
o
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al
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6
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CAP’s Liquefeitos
n Emulsões Asfálticas (EA)
¡ Classificação
n Velocidade de Ruptura (RR, RM e RL)
n Viscosidade (1C e 2C)
¡ 1C ð menor viscosidade e menor teor de resíduo
n LA-1C e LA-2C são produzidas para Lama Asfáltica
¡ CAP-7 ou CAP-20 (classificação antiga do CAP)
¡ Ruptura Lenta
¡ Catiônica ou Aniônica
n Emulsões Asfálticas Modificadas com Polímeros
¡ Emprego do polímero SBS
¡ Utilizadas para:
n Micro-revestimentos asfálticos a frio
n Tratamentos superficiais
n Objetivo: Rejuvenescimento da camada de rolamento e manutenção 
preventiva
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CAP’s Liquefeitos
n Emulsões Asfálticas Catiônicas – Especificações (DNER-EM 
369/97)
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CAP’s Liquefeitos
n Emulsões Asfálticas Lama – Especificações (DNER-EM 365/97)
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CAP’s Liquefeitos
n Emulsões Asfálticas (EA)
¡ Aplicação
n RR-1C e RR-2C
¡ Pintura de Ligação, tratamentos superficiais, macadame betuminoso
n RM-1C e RM-2C
¡ Pintura de Ligação, pré-misturado a frio, areia-asfalto
n RL-1C
¡ Pintura de Ligação, pré-misturado a frio, areia-asfalto, solo-betume
n LA-1C e LA-2C
¡ Lama asfáltica, solo-betume
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CAP’s Liquefeitos
n Emulsões Asfálticas (EA)
¡ Exemplos de Aplicação
n Pintura de ligação
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CAP’s Liquefeitos
n Emulsões Asfálticas (EA)
¡ Exemplos de Aplicação
n Pintura de ligação
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CAP’s Liquefeitos
n Emulsões Asfálticas (EA)
¡ Exemplos de Aplicação
n Tratamentos Superficiais
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CAP’s Liquefeitos
n Emulsões Asfálticas (EA)
¡ Exemplos de Aplicação
n Lama Asfáltica
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CAP’s Liquefeitos
n Emulsões Asfálticas (EA)
¡ Exemplos de Aplicação
n Micro-revestimento Asfáltico a Frio
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Transporte e Estocagem
n Transporte em Caminhões-Tanque
¡ CAP – necessita aquecimento e sistema de circulação do 
asfalto para distribuição uniforme do calor
n Tanques de Estocagem deverão estar limpos e secos
n Sistemas de aquecimento dos CAP’s e AD’s
¡ Preferencialmentepor meio de serpentinas instaladas 
dentro do tanque (circulando óleo aquecido)
¡ Evitar aquecimento por chama direta ð oxidação do CAP
¡ Temperatura deve ser inferior ao ponto de Fulgor
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Transporte e Estocagem
Fonte: Balbo, 2007Fonte: Balbo, 2007
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Transporte e Estocagem
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Transporte e Estocagem
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Mercado Brasileiro
PAVIMENTAÇÃO X LIGANTE ASFÁLTICOPAVIMENTAÇÃO X LIGANTE ASFÁLTICO
PAÍS REDE
PAVIMENTADA
(km)
CONSUMO DE
ASFALTOS
(ton /ano)
CONSUMO DE
EMULSÃO
ASFÁLTICA
(ton /ano)
RELAÇÃO DE
EMULSÃO /
ASFALTO
(%)
EUA 3.600.000 25.000.000 2.300.000 9
FRANÇA 1.740.000 3.000.000 1.200.000 40
MÉXICO
BRASIL 153.000 1.600.000 500.000 31
ESPANHA 180.000 1.500.000 350.000 23
100.000 1.000.000 550.000 55
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Propriedade Reológica - CAP
n Elevada Temperatura e Pequena Velocidade _ Def. Plástica 
ou Permanente (Trilhas de Roda)
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Propriedade Reológica - CAP
n Baixas Temperaturas e Velocidade Operacional _ Fissuração 
(Trincamento) _ Ruptura por Fadiga do CBUQ