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FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAJAZEIRAS - FESC
FACULDADE DE FILOSOFIA CIÊNCIAS E LETRAS DE CAJAZEIRAS - FAFIC
CURSO DE BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
JERISNALDA ALVES MARINHO MANIÇOBA
A CONTRIBUIÇÃO DAS FAMÍLIAS NO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS USUÁRIOS DO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (CAPS II) DE CAJAZEIRAS
CAJAZEIRAS – PB
2019
JERISNALDA ALVES MARINHO MANIÇOBA 
A CONTRIBUIÇÃO DAS FAMÍLIAS NO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS USUÁRIOS DO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (CAPS II) DE CAJAZEIRAS
Projeto apresentado as disciplinas de Projeto de Pesquisa em Serviço Social e Estágio Supervisionado II como pré-requisito parcial das disciplinas.
	
Orientandor(a): Prof.ª Mestre Mayéwe Elyênia Alves dos Santos
CAJAZEIRAS – PB
2019
SUMÁRIO
	1 RESUMO.......................................................................................................................
2 INTRODUÇÃO............................................................................................................
3 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................
4 HIPÓTESE....................................................................................................................
5 OBJETIVOS.................................................................................................................
5.1 OBJETIVO PRIMÁRIO..............................................................................................
5.2 OBJETIVOS SECUNDÁRIO.....................................................................................
6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................
6.1 A REFORMA PSIQUIÁTRICA E A CONSTRUÇÃO DE UM NOVO CONCEITO DE SAÚDE MENTAL......................................................................................................
6.2 TRANSTORNO MENTAL E O AMPARO FAMILIAR...........................................
7 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...............................................................
7.1. TIPO DE PESQUISA.................................................................................................
7.2. LOCAL DA PESQUISA............................................................................................
7.3. POPULAÇÃO E AMOSTRA....................................................................................
7.4. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO..........................................................
7.5. INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS...........................................................
7.6. PROCESSAMENTO E ANÁLISE DE DADOS.........................................................
7.7. ASPECTOS ÉTICOS.................................................................................................
8 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO.........................................................................
9 ORÇAMENTO FINANCEIRO.................................................................................
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21
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	10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................
APÊNDICES 
ANEXOS 
	24
6.1 A REFORMA PSIQUIÁTRICA E A CONSTRUÇÃO DE UM NOVO CONCEITO DE SAÚDE MENTAL
A política de saúde mental no Brasil, desde suas primeiras intervenções no século XVIII, deu início a cultura hospitalocêntrica, um modelo psiquiátrico que resultou de estratégias da classe dominante em camuflar as diversas expressões da questão social[footnoteRef:1], que se intensificavam no final do citado século. [1: Segundo Iamamoto (1999, p. 27), a Questão Social pode ser definida como: O conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que têm uma raiz comum: a produção social é cada vez mais colectiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos se mantém privada, monopolizada por uma parte da sociedade.] 
O cenário excludente, só é mudado após a Reforma Psiquiátrica, nos anos de 1970, quando profissionais da área de saúde, familiares dos usuários e a sociedade civil, passaram a exigir do Estado um novo modelo de intervenção para os usuários da política de saúde mental (LANCETTI; AMARANTE, 2012).
A partir do processo histórico que gestou as primeiras práticas de institucionalização de pessoas, consideradas como “loucas”, ocorreu no século XVII na França, quando Michel Foucault, escreveu um de seus trabalhos intitulado História da Loucura na Idade Clássica, ganhando centralidade na época de “A Grande Internação”. Seus escritos inspirou a origem da psiquiatria e psicologia que iniciou as primeiras práticas asilares.
Como acentuou Lancetti e Amarante (2012) essa reflexão se desenvolveu a partir da Revolução Francesa, trazendo consigo o lema de “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, com objetivo de solucionar o cenário de insalubridade na perspectiva de exclusão social. 
Philippe Pinel, médico considerado um revolucionário no campo da saúde mental, de sua época, construiu uma forma de intervenção classificadora das doenças. Seu método de intervir se configurou na separação das doenças, ou seja, só ficariam nos asilos aqueles sujeitos necessitados de cuidados especiais.
Dessa forma, Pinel redefiniu os hospitais naquele contexto histórico com a teoria de alienação mental, observamos que o significado de alienação consiste em separação, ruptura, delírio, o sujeito estar fora da realidade. 
A definição norteadora da loucura com sua técnica de classificação das doenças em um compromisso libertário e democrático compreende:
[...] o hospital psiquiátrico criado por ele não foi verdadeiramente um lugar de tratamento e de cuidado das pessoas com sofrimento mental. Pelo contrário, em pouco tempo passaram a existir denúncias de maus-tratos, de violências, de violação dos direitos humanos das pessoas internadas. E assim surgiram muitas propostas de mudanças do modelo psiquiátrico centrado no hospital, que demarcaram a segunda acepção da saúde mental, que diz respeito às reformas psiquiátricas (LANCETTI; AMARANTE, 2012, p. 620).
Mesmo com as fragilidades da saúde mental, Philippe Pinel contribuiu para uma reformulação na classificação das doenças e no tratamento de pessoas com doenças mentais, através da soltura de suas algemas e a possibilidade da voz dos sujeitos serem ouvidas pela primeira vez. Sua proposta de intervenção psiquiátrica não teve êxito no território Francês, devido algumas inovações de caráter hospitalocêntrico, que preconizava o afastamento do sujeito do convívio social.
 Foi nesse cenário; que obtivemos a terceira forma de enfrentamento dos problemas oriundos dos transtornos mentais.A partir da segunda metade do século XX, Franco Basaglia, instigado com os aspectos revolucionários de Pinel, propôs um novo modelo de intervenção para o sujeito social ser visto na sua totalidade social, rompendo com as antigas práticas hospitalocêntricas de caráter asilar, de violência, alienação mental e moral.
A história da psiquiatria no Brasil se configurou no processo de asilamento, isto é, o processo de medicalização social, iniciado no século XVIII com a chegada da família real, o Estado passou a intervir na loucura, devido às mudanças societárias e do modelo econômico, para isso em 1830 o Estado requisitou à comissão dos médicos do Rio de Janeiro favorecendo um diagnóstico da situação dos loucos na cidade. Diante dessa conjuntura as pessoas com transtorno mental, os sujeitos vistos como “loucos”, eram:
[...] os miseráveis, os marginais, os pobres, que padeciam de todo tipo de marginalização. Assim, os trabalhadores, camponeses, desempregados, índios, negros, “degenerados”, perigosos em geral para ordem pública, retirantes que, de alguma forma ou por algum motivo, padecem de algo que se convenciona englobar sobre o título de doença mental (AMARANTE, 1994, p. 75). 
A década de 1920 marcou um desenvolvimento na psiquiatria, ampliando o espaço asilar, sob o qual no Riode Janeiro foi criada a Colônia de Alienadas do Engenho de Dentro em 1911, para as mulheres indigentes. 
Em 1930, a psiquiatria desenvolveu um mecanismo de uma suposta cura para as doenças mentais, aplicando nos doentes mentais choques elétricos que poderiam levá-los a morte, com os experimentos psiquiátricos, na procura de corrigir a razão das pessoas, aumentava a violência física e psicológica contra os mesmos (DELGADO et al., 2007).
Em 1940, fortalecendo o modelo asilar, o Hospício Nacional de Alienados é transferido da Praia vermelha para o Engenho de Dentro, abrangendo o seu número de vagas. Conforme Amarante (1994, p.78-79) “[…] na década de 19 50, fortalece-se este processo de psiquiatrização, com o aparecimento dos primeiros neurolépticos”.
A década de 1960 trouxe um aspecto relevante ao rumo da saúde mental, com unificação dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs), em Instituto Nacional da Previdência Social (INPS) que possibilitou o setor privado vender os serviços psiquiátricos para o Estado.
Nesse sentido, a doença mental passa ser alvo da mercantilização, abrindo oportunidades para um maior número de pessoas internadas nos hospitais psiquiátricos privados, provocando assim um fortalecimento do modelo hospitalocêntrico já identificados desde o século XVIII. 
Como iniciativa da experiência revolucionária na Itália por Basaglia, o Brasil se nesse paradigma visando uma transformação no modelo assistencial psiquiátrico, bem como a promulgação da Constituição Federal de 1988 e a construção do SUS, que possibilitaram uma criticidade no tratamento de pessoas com transtornos mentais e a minimização dos modelos hospitalocêntricos.
A Reforma Psiquiátrica no Brasil aconteceu na década de 1970, juntamente com o Movimento da Reforma Sanitária, ambos se preocuparam na mudança do modelo de saúde que até então o país vivenciava, lutando por uma saúde coletiva e pela equidade nos serviços ofertados. Os dois movimentos ocorreram na mesma época, porém, cada um tem sua própria história. O processo de Reforma psiquiátrica lutou pelo fim do modelo hospitalocêntrico e da violência aos pacientes psiquiátricos, o que chegava a ferir aos direitos humanos. 
Essa reforma tinha como pressuposto a construção de uma nova prática de assistência médica, cuja inovação iniciou-se tanto no cenário internacional como também no Brasil, na intenção de superar as diversas formas de violência ocasionadas em manicômios ou asilos aos usuários com transtornos mentais. 
Embora contemporâneo da reforma sanitária, o processo de reforma psiquiátrica brasileira, tem uma história própria, inscrita em um contexto internacional de mudanças pela superação da violência asilar. Fundado ao final dos anos 1970, na crise de existência fundado no Hospital psiquiátrico, por um lado, e na eclosão, por outro, dos esforços dos movimentos sociais pelos direitos dos pacientes psiquiátricos, o processo de Reforma Psiquiátrica Brasileira é maior do que a sanção de novas leis e normas e maior do que o conjunto de mudanças nas políticas governamentais e nos serviços de saúde (DELGADO et al., 2007, p. 39).
Esse processo social teve como aliados os movimentos sociais representados por familiares dos usuários, trabalhadores da saúde, insatisfeitos com a política governamental existente naquele contexto, além de outros saberes profissionais que compreendiam a necessidade de inserir os pacientes tidos como “loucos” na sociedade. O objetivo da Reforma Psiquiátrica era romper com o modelo estabelecido nas práticas anteriores e socializá-los na perspectiva do direito.
Mediante o fortalecimento da sociedade civil e profissionais do Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM) e suas estratégias de enfrentamento de uma suposta mudança dos manicômios que aconteceu com o II Congresso Nacional do MTSM que tinham como tema “Por uma sociedade sem manicômios”, conforme afirma Amarante (1995, p. 81),
[...] Nossa atitude marca uma ruptura. A recusarmos o papel de agentes de exclusão e da violência institucionalizadas, que desrespeita os mínimos direitos da pessoa humana inauguramos um novo compromisso. Temos claro que não basta racionalizar e modernizar os serviços nos quais trabalhamos. O Estado que gerencia tais serviços é o mesmo que sustenta os mecanismos de exploração e da produção social da loucura e da violência. O compromisso estabelecido pela luta antimanicomial impõe uma aliança com o movimento popular da classe trabalhadora organizada.
Face a essa compreensão, partindo dos próprios profissionais da saúde e obtendo adesão da sociedade através dos movimentos sociais, se possibilitou a articulação para a elaboração e proposições para uma nova configuração de assistência a esse público, propiciando a realização da I Conferência Nacional de Saúde Mental no Estado do Rio de Janeiro, marco histórico para o surgimento dos primeiros Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que tem como pressuposto a desospitalização dos usuários com transtornos mentais, possibilitando-os a um tratamento de caráter humanizado e de reabilitação social. 
A história da psiquiatria brasileira é uma história de asilamento e medicalização da loucura tornando-a, assim, uma patologia social. No Brasil, só a partir de 1830, com a chegada da família real, é que o processo de loucura passa a ser objeto de intervenção do Estado. Então, é só a partir desse momento histórico que essa problemática passa a ser considerada doença mental, se fazendo necessário, ter um espaço próprio, que é o de asilamento e exclusão social.
Na década de 1930, a psiquiatria encontra-se mais poderosa e baseava nas descobertas de diversos tratamentos, como por exemplo, os tratamentos à base de choque. Já na década de 1940 aumenta-se o processo de asilamento, com ampliação das vagas de internamentos. Amarante (1994) aponta que com o fim da Segunda Guerra Mundial, surgem também variadas experiências de reformas no âmbito da psiquiatria, dentre as quais se destacam as comunidades terapêuticas, de psicoterapia institucional, de psiquiatria de setor, de psiquiatria preventiva e comunitária, de antipsiquiatria e da psiquiatria democrática.
Já nos anos de 1950, a psiquiatria se fortalece no que diz respeito ao aparecimento de novos medicamentos para tratar os transtornos mentais, como por exemplo, os psicotrópicos. 
Na conjuntura dos anos de 1960 ocorre a privatização na psiquiatria, na qual a loucura se torna objeto de lucro, ou seja, torna-se uma mercadoria. Nesse contexto, ocorre o aumento de vagas para internações em hospitais psiquiátricos com caráter privado.
Amarante (1994) coloca que após a unificação dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs) foi criado o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), dessa maneira, o Estado começa a comprar serviços psiquiátricos das empresas privadas, ocorrendo um grande aumento no número de internações, sendo que 97% das verbas da previdência social se destinavam a internações no âmbito da saúde mental.
Conforme esclarece Amarante (1994), esse modelo privatizante é por vezes hostil condensado, fraudulento e egoísta, contribuindo com uma expressiva parcela de responsabilidade para a ocorrência da crise institucional e econômica, evidenciada no início da década de 1980 pela Previdência Social.
A partir do final da década de 1970, o Brasil vai vivenciando uma reformulação no modelo de assistência às pessoas com transtornos mentais, almejando um tratamento menos alienante e a reinserção do indivíduo com sofrimento mental ao meio social. 
O ano de 1978 é considerado o ponto de partida do movimento social que vai lutar por melhores condições para os pacientes psiquiátricos. O MSTM, um movimento plural, era composto tantos pelos profissionais da saúde mental, como também por familiares dos pacientes, sindicatos e associações. Este movimento foi responsável por denunciar à violência nos manicômios, assim como a mercantilização da loucura, e o crescimento da rede privada de assistência às pessoas com transtornos mentais.
É, sobretudo, este movimento, por meiode variados campos de lutas, que passa a protagonizar e a construir a partir desse período a denúncia da violência dos manicômios, da mercantilização da loucura, da hegemonia de uma rede privada de assistência e a construir coletivamente uma crítica ao chamado saber psiquiátrico e ao modelo hospitalocêntrico na assistência a pessoas com transtorno mentais (DELGADO et al, 2007, p. 40).
Em 1987, o Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM) se apresenta enquanto movimento social e defende uma sociedade sem manicômios, começando assim o processo de desinstitucionalização da psiquiatria tradicional. Esse movimento não é apenas de profissionais, mas de vários segmentos da sociedade que vai se colocar contra o modelo de psiquiatria tradicional, centrada nos hospitais, lutando dessa forma por um processo de desconstrução e desinstitucionalização dos conceitos e práticas existentes. Vale salientar, que o modelo italiano foi tomado como exemplo a ser seguido mundialmente, pois foi a partir de Franco Basaglia, médico psiquiátrico italiano, que foi repensado o modelo manicomial.
É um processo complexo que vai se desenvolver no exato período de ressurgimento dos movimentos sociais que até então estavam na retaguarda, por ocasião do período ditatorial que impedia qualquer tipo de expressão política da sociedade brasileira. 
No ano de 1987 acontece o II Congresso Nacional do MTSM na cidade de Bauru – SP, que abordava como tema para debate: “Por uma sociedade sem manicômios”, inspirado pela experiência de desinstitucionalização que ocorreu na Itália. Ainda neste mesmo ano ocorre a I Conferência Nacional de Saúde Mental no Rio de Janeiro.
Neste âmbito, são fundados no município de Santos, o Núcleo de Atenção Psicossocial (NAPS), sendo que estas instituições funcionam 24 horas, foram criadas cooperativas, residências para usuários que saiam de hospitais psiquiátricos. Conforme Delgado et al (2007), essa experiência passa a ser considerado um marco no Processo de Reforma Psiquiátrica Brasileira.
Uma iniciativa que vai dar mais força neste processo é justamente o projeto de Lei Paulo Delgado que regulamenta os direitos das pessoas com transtornos mentais e estabelece a progressiva extinção e substituição dos manicômios no país. 
Na década de 1990, os movimentos sociais ganham novo impulso com o compromisso assinado pelo Brasil na Declaração de Caracas, documento que aponta as diretrizes e princípios do novo atendimento a pessoas com transtornos mentais.
 A Declaração de Caracas objetiva um modelo de atendimento, tem por base os vínculos familiares e comunitários, sendo esse atendimento descentralizado, participativo integral e preventivo. Ocorreu também a realização da II Conferência Nacional de Saúde que passa a regulamentar a implantação de novos serviços de atenção psiquiátrica baseados nas primeiras experiências dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), NAPS e hospitais-dia.
Em 1992, as normatizações do Ministério da Saúde regulamentavam os novos serviços, mas não estabelecia como seria feito o financiamento. Com o surgimento dos CAPS tem-se início o processo de redução dos leitos, porém os recursos destinados a Saúde Mental em sua maioria continuam sendo destinados aos hospitais psiquiátricos. 
Neste período, ganha destaque o pouco avanço da luta antimanicomial no plano legislativo, pois não se obteve sucesso na aprovação do projeto de Lei Paulo Delgado, que só vai ser sancionada 12 anos depois, em 2001. 
A aprovação, no entanto, é um substutivo do Projeto de Lei original, que traz modificações importantes no texto normativo. Assim, a Lei 10.216 redireciona a assistência em saúde mental, privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base comunitária, dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtorno mentais, mas não institui mecanismos claros para progressiva extinção dos manicômios (DELGADO et al, 2007, p. 42).
Com a promulgação da Lei 10.216 de 2001 e com a realização da III Conferência Nacional de Saúde Mental, a Política de Saúde Mental ganha maior visibilidade e sustentação. São criadas linhas especificas de financiamento e novas formas de fiscalização, gestão e redução dos leitos psiquiátricos. Com isso a rede de atenção diária à saúde mental passa por um processo de expansão. 
O Programa “De Volta para casa” é o ponto de início do processo de desinstitucionalização de pacientes que estão internados há muitos anos. Dentro desse processo surge também uma política de recursos humanos, uma política voltada para a problemática do álcool e de outras drogas, numa perspectiva de redução de danos. 	Realizada em 2001, merece grande destaque a III Conferência Nacional de Saúde Mental, importante instrumento de consolidação da Reforma Psiquiátrica no Brasil. Dispositivo fundamental de controle social e participação popular, que incumbe aos CAPS o modelo de mudança da assistência psiquiátrica. Segundo Delgado et al (2007), é na III Conferência Nacional de Saúde Mental que se fornece substratos políticos e teóricos para a efetivação da política de saúde mental no Brasil.
A reinserção das pessoas com transtornos mentais graves exigia-se do SUS novas estratégias, e sendo assim foram implementados e financiados os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), que objetivam a substituição do modelo hospitalocêntrico para aquelas pessoas portadoras de transtornos mentais graves advindas de psiquiátricos ou não. Assim, exige-se maior compromisso e responsabilidade da família.
O atendimento ao portador de transtornos mentais no CAPS II são estabelecidos segundo as necessidades dos usuários.
Atendimento Intensivo: “trata-se de atendimento diário, oferecido quando a pessoa se encontra com grave sofrimento psíquico, em situação de crise ou dificuldades intensas no convívio social e familiar, precisando de atenção contínua. Esse atendimento pode ser domiciliar, se necessário”. Semi-Intensivo, ou seja, uma “modalidade de atendimento, o usuário pode ser atendido até 12 dias no mês. Essa modalidade é oferecida quando o sofrimento e a desestruturação psíquica da pessoa diminuíram, melhorando as possibilidades de relacionamento, mas a pessoa ainda necessita de atenção direta da equipe para se estruturar e recuperar sua autonomia. Esse atendimento pode ser domiciliar, se necessário” (BRASIL, 2004, p. 16).
6.2 TRANSTORNO MENTAL E O AMPARO FAMILIAR
Nesse contexto, busca-se integrar a família na atenção em saúde mental como uma forma de estar lutando pela viabilização do direito à saúde, que o usuário que necessite de atendimento no âmbito da saúde mental seja atendido de forma integral, e no caso especifico das crianças e adolescentes que precisam ser assistidos por essa política devem ser vistos como indivíduos que estão em fase de desenvolvimento e que devem ser assistidas tanto pela família, pelo Estado e pela sociedade.
A defesa do direito à saúde, do exercício da cidadania e do reconhecimento deve ser assistido integralmente constituindo um direito dos sujeitos, assegurado pelo Estado, pela sociedade e pela família, e não na perspectiva do assistencialismo que muitas vezes é passado para os usuários da política de saúde mental.
	Percebemos também que existe uma correlação de forças entre os interesses daqueles que dominam e os interesses da classe subalterna, e que o Estado não tem interesses em assegurar políticas sociais universalizantes, que atendam o indivíduo numa perspectiva integral, porque o objetivo do Estado é proporcionar meios que dê condições de reprodução para o capital. É necessário que a sociedade também reivindique por seus direitos, já que o Estado só dá alguma resposta à população mediante sua mobilização.
	A luta, portanto, deve continuar e precisa ser travada cotidianamente no interior dos serviços de saúde e pelos próprios gestores da saúde, pelos profissionais, como também pelas instâncias deliberativas que contam com a participação popular. 
	Assim, para que a realidade seja mudada é necessário que a família se torne protagonista desse processo e participe de maneiraefetiva, reivindicando e pressionando do Estado para que os direitos cidadãos sejam assegurados.
Considera-se que esse novo paradigma de atenção em saúde mental, pauta-se no cuidado coletivo e na prestação dos serviços alternativos ao internato, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS II), cuja incumbência é a promoção da qualidade de vida dos indivíduos com transtornos mentais e, consequentemente, aos seus familiares, pois a desistintucionalização psiquiátrica acarreta inúmeros desafios que devem ter seu enfrentamento com base no atendimento ofertado, bem como, as demandas que ainda não tiveram seus problemas solucionados. 
A Reforma Psiquiátrica concebeu a família uma certa “pluralidade de sentidos e dimensões, preponderantemente como: 1) um grupo que precisa de assistência e cuidados; 2) como um recurso ou lugar, como outro qualquer, mas não o único; 3) como provedora de cuidados; 4) como avaliadora dos serviços e 5) como sujeito político” (ROSA, 2009, p. 162).
Nesse âmbito, a família é concebida como uma entidade que necessita de cuidados e assistência, mas, por estar inserida num viés de cuidado familiar, em que alguns familiares possuem necessidades de atenção, acaba sendo, na maioria das vezes, esquecida pelas políticas públicas do Estado. 
Nesse cenário, faz-se inteiramente necessárias redes de apoio que amplie o amparo à família pelo Estado, já que a ação estatal de forma abrangente proporciona uma melhor qualidade de vida ao indivíduo com transtorno mental, bem como aos seus familiares, fazendo assim com que a sociedade se torne mais justa no tocante ao acolhimento da saúde mental e, atenuando a sobrecarga familiar que tanto oprime os familiares na assistência ao portador de transtorno mental.
7 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
7.1 TIPO DE PESQUISA
Com relação a esta pesquisa, foi empregada a metodologia de cunho exploratório e descritivo, com uma abordagem qualitativa, pois terá por finalidade apresentar de forma detalhada informações relevantes que servirão de auxílio na reflexão e compreensão das sobrecargas impostas e as vulnerabilidades enfrentadas pelos familiares de usuários do (CAPSII) que se apresenta como a problemática desta pesquisa. Também será desenvolvido um estudo de campo com o objetivo de pesquisar os aspectos que permeiam este cenário.
Pesquisas exploratórias são desenvolvidas com o objetivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato. Esse tipo de pesquisa é realizado especialmente quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil sobre ele formular hipóteses precisas e operacionalizáveis (GIL, 2008, pg,46).
Para Triviños (1987, p. 110), “o estudo descritivo pretende descrever “com exatidão” os fatos e fenômenos de determinada realidade. 
Com base nisto, este estudo pretende descrever a realidade das famílias a partir da reflexão crítica das transformações advindas da nova política de saúde mental promovidas pelos CAPS e a adesão da família ao contexto de saúde mental.
7.2 LOCAL DA PESQUISA
A pesquisa aqui apresentada, será desenvolvida no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II), localizado no município de Cajazeiras/PB. Esta opção é justificada pela necessidade de se apontar a considerável relevância que tem o acompanhamento e contribuição familiar no processo terapêutico dos usuários deste serviço, como também ressaltar a omissão do Estado para com a saúde mental, transferindo para as famílias a completa responsabilidade sobre os cuidados de seus membros portadores de sofrimento mental e a completa ausência do mesmo no desenvolvimento de políticas públicas que ampare estas famílias.
7.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA
Para Gil (2008), população é um conjunto definido de elementos que possuem determinadas características, enquanto que, amostra é o subconjunto do universo ou da população, por meio do qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo ou população
A população deste estudo será composta por familiares de primeiro grau dos usuários intensivos e semi-intensivo que estão sendo acompanhados pelo Centro de Atenção Psicossocial-CAPS II, sendo delimitado um parente para cada usuário, num universo de 20 indivíduos que estão sendo acompanhados neste serviço de saúde mental durante o período de estágio que ocorreu entre agosto e dezembro de dois mil e dezenove.
No que diz respeito a amostra, esta será representada pelo percentual de 30%, o que equivalerá a 06 famílias do total populacional compreendido por 20 famílias.
7.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO 
Para o desenvolvimento desta pesquisa faz-se necessário a adoção de critérios que apontarão o perfil de seleção e inclusão dos entrevistados participantes. Desta forma, no vasto universo de usuários do CAPS, serão selecionados apenas os familiares dos usuários de caráter intensivo e semi-intensivo assistidos na instituição. 
Sendo descartados os familiares de pacientes que são atendidos apenas de forma ambulatorial, chamados de não intensivos, pois compreende-se que estes em sua maioria, são portadores de transtornos leves, onde o indivíduo ainda possui certa autonomia para reger sua própria vida. Este modelo de seleção, visa atender a necessidade de se obter elementos e informações mais profundas e objetivas sobre os familiares que acompanham seus membros que possuem transtornos severos e persistentes e o seu olhar diante desta rede de atendimento.
7.5 INSTRUMENTO E PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS
Tendo em vista a natureza do fenômeno, o instrumento que servirá de coleta de dados para esta pesquisa será uma entrevista semiestruturada construída a partir da relação previamente estabelecida entre os questionamentos e o objeto de estudo, informações estas, que deverão ser gravadas ou anotadas pelo entrevistador reproduzindo com fidedignidade as respostas do entrevistado, através da qual obterter-se-á a coleta de informações, afim de se realizar uma correta análise e obter-se uma compreensão mais ampla e clara acerca destes questionamentos.
7.6 PROCESSAMENTO E ANÁLISE DE DADOS
 
Sobre a análise de dados, (Gil,1999, p. 168), diz que ela tem por finalidade organizar as informações de forma que se permita o fornecimento da resposta ao problema proposto para investigação. Já a interpretação, propriamente dita, procura o sentido mais amplo das respostas.
Neste sentido, posteriormente a coleta de dados obtida através dos questionamentos feitos ao público alvo deste estudo, que deverá contribuir de forma direta no desenvolvimento desta avaliação, será realizada uma análise das respostas dos participantes embasados na fundamentação teórica e nos estudos anteriores, para uma correta interpretação dos dados coletados. Desta forma, busca-se organizar os elementos necessários e constitutivos para que se realize uma reflexão crítica sobre os dados obtidos.
7.7 ASPECTOS ÉTICOS
Em atenção ao que se estabelece nas Resoluções 466/12, e 510/16, aos preceitos éticos que devem nortear qualquer profissão e em respeito a própria dignidade da pessoa humana, a fundamentação será regulada da seguinte forma: Dentro do espaço ético limitando os procedimentos para que a participação do entrevistado ocorra da maneira mais confortável possível, prezando sempre pelo bem estar dos sujeitos participantes do processo da coleta de dados, de forma tal, a não interferir, nem constranger sob nenhuma circunstância.
Podemos atestar este fato, em seu inciso III, dos aspectos da pesquisa envolvendo seres humanos: “a) respeito ao participante da pesquisa em sua dignidade e autonomia, reconhecendo sua vulnerabilidade, assegurando sua vontade de contribuir e permanecer, ou não, na pesquisa, por intermédio de manifestação expressa, livre e esclarecida” (BRASIL, 13, p. 3).
8 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
	
ATIVIDADES
ANO/2019
	
	
AGO
	
SET
	
OUT
	
NOV
	
DEZ
	
Coleta de Dados da Pequisa
	
	
	
	
	
	
Tabulação de Dados da Pesquisa
	
	
	
	
	
	
Elaboração e Entrega do Relatório Final
	
	
	
	
	
	
9 ORÇAMENTO
	COMPONENTES DA DESPESA
	QUANTIDADE
	VALORUNITÁRIO R$
	VALOR
TOTAL R$
	Xerox
	40
	R$ 0,15
	R$ 6,00
	Canetas Esferográficas
	02
	R$ 1,00
	R$ 2,00
	Canetas Marca texto
	02
	R$ 2.25
	R$ 4,50
	Impressão do projeto
	102
	R$ 0,25
	R$ 25,50
	Encadernação
	03
	R$ 2,00
	R$ 6,00
	
TOTAL
	
	
R$ 44,00
REFERÊNCIAS
AMARANTE, P. D. C. Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1995.
AMARANTE, P. D. C. Psiquiatria social e reforma psiquiátrica. Rio de Janeiro: editora Fiocruz, 1994.
BRASIL Resolução 466/12. Trata de pesquisas em seres humanos e atualiza a resolução 196. Conselho Nacional de Saúde. Diário Oficial da União. 12 dez. 2012. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf. Acesso em: 22 out. 2019
BRASIL Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Saúde mental no SUS: os centros de atenção psicossocial / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. - Brasília: Ministério da Saúde, 2004. Disponível em: http://www.ccs.saude.gov.br/saude_mental/pdf/sm_sus.pdf. Acesso em: 29 out. 2019
DELGADO, P. G. G. et al. Reforma Psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil - Conferência Regional de Reforma dos serviços de saúde mental: 15 anos de Caracas, 2007.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social, 6. Ed. –São Paulo: Atlas. 2008.
IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na contemporaneidade; trabalho e formação profissional. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1999.
LANCETTI, A.; AMARANTE, P. D. C. Saúde mental e saúde coletiva. In: CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa et al. (Org.). Tratado de saúde coletiva. 2. ed. São Paulo: Hucitec, 2012. p. 616-636.
ROSA, L. C. S. Transtorno mental e o cuidado na família. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2008. 
ROSA, L. C. S. Provimento de cuidado doméstico à pessoa com transtorno mental: a questão de gênero em evidência. In: VASCONCELOS, E. M. Abordagens psicossociais: reforma psiquiátrica e saúde mental na ótica da cultura e das lutas populares. v. II: Perspectivas para o Serviço Social. São Paulo: Aderaldo & Rothschild, 2009.
APÊNDICES
FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAJAZEIRAS – FESC
FACULDADE DE FILOSOFIA CIÊNCIAS E LETRAS DE CAJAZEIRAS – FAFIC
COORDENAÇÃO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
APÊNDICE A – INSTRUMENTO DA PESQUISA
Pesquisadores(a)s: Jerisnalda Alves Marinho Maniçoba.
Pesquisa: A CONTRIBUIÇÃO DAS FAMÍLIAS NO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS USUÁRIOS DO CAPS II DE CAJAZEIRAS
Data: ________/________/________
N°: ________
QUESTIONÁRIO
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA AMOSTRA PARTICIPANTE
1. Nome:___________________________________________________________________
2. Grau de parentesco:________________________________________________________
3. Cidade onde mora:_________________________________________________________
4. Composição Familiar:______________________________________________________
5. Renda Famíliar:___________________________________________________________
6. O usuário possui BPC:______________________________________________________
7. Tipo de Moradia:__________________________________________________________
8. Religião predominante na Família:___________________________________________
II DADOS REFERENTES À PROPOSTA DE ANÁLISE
1. Como sua família lida com o fato de possuir um integrante com transtorno mental ? E qual a reação da mesma ao descobrir esse diagnóstico ?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
2. A que você atribui o desenvolvimento desta doença?
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3. Por possuir um familiar com transtorno mental, sua família sofre algum tipo de preconceito por parte dos vizinhos ou até mesmo por parte de outros parentes?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4. Que dificuldades você encontra em conviver e lidar com um portador de transtorno mental? Mais alguém da família divide com você os cuidados com esse familiar? 
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5. Você consegue perceber alguma diferença na recuperação antes e depois que ele passou a realizar o tratamento do CAPS?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
6. Você já participou de alguma atividade do CAPS ou acompanha de perto o tratamento e recuperação do seu familiar? Como?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
7. Qual a sua perspectiva para o futuro do familiar com transtorno mental ?
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAJAZEIRAS – FESC
FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE CAJAZEIRAS – FAFIC
CURSO DE BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
APÊNDICE B -TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Bom dia, meu nome é Jerisnalda Alves Marinho Maniçoba, eu sou graduanda do curso de Serviço Social da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Cajazeiras (FAFIC) e o Sr. (a) está sendo convidado (a), como voluntário (a), à participar da pesquisa intitulada: “A CONTRIBUIÇÃO DOS FAMILIARES NO PROCESSO DE TRAMENTO DOS USUÁRIOS DO CAPS II DE CAJAZEIRAS”. 
JUSTIFICATIVA, OBJETIVOS E PROCEDIMENTOS: O motivo que nos leva a estudar esta problemática foi elaboradoa partir da experiência de estágio e da reflexão acerca da importância da coloboração das famílias para a evolução dos quadros clínicos de pessoas com sofrimento mental. O objetivo dessa pesquisa é analisar os aspectos que perpassam a realidade dessas famílias, juntamente com as dificudades e sobrecargas existentes nesse contexto. O procedimento de coleta de dados será realizado da seguinte forma: A população deste estudo deverá ser composta por familiares de primeiro grau dos usuários que são atendidos pelo Centro de Atenção Psicossocial-CAPS, sendo delimitado 20 usuários, que estão sendo acompanhados no espaço de tempo entre agosto a dezembro de dois mil e dezenove, ou seja, no período de 05 meses. Com relação a amostra, esta será representada pelo percentual de 30%, o que equivalerá a 06 parentes dos usuários do total populacional.
DESCONFORTOS, RISCOS E BENEFÍCIOS: Esta pesquisa poderá enfrentar alguns riscos em seu processo de desenvolvimento. Cabe aqui destacar, por exemplo, que respeitando aos preceitos éticos, os entrevistados participantes poderão descontinuar a sua participação a qualquer momento, durante a entrevista. Como também, poderão se negarem a fornecer quaisquer respostas que serão indicadas no instrumento da pesquisa. Os resultados desta pesquisa poderão contribuir de forma significativa para a compreensão da relevância que o profissional do Serviço Social desempenha na efetivação dos direitos na área sociojurídica.
FORMA DE ACOMPANHAMENTO E ASSISTÊNCIA: A participação do Sr.(a) nessa pesquisa não implica necessidade de acompanhamento e/ou assistência posterior, tendo em vista que a intensão da pesquisa é somente a coleta de dados para a análise da problemática o que não acarretará necessidade de acompanhamento.
 
GARANTIA DE ESCLARECIMENTO, LIBERDADE DE RECUSA E GARANTIA DE SIGILO: O Sr. (a) será esclarecido (a) sobre a pesquisa em qualquer aspecto que desejar. O Sr. (a) é livre para recusar-se a participar, retirar seu consentimento ou interromper a participação a qualquer momento. A sua participação é voluntária e a recusa em participar não irá acarretar qualquer penalidade ou perda de prestação de serviços aqui no estabelecimento. Os pesquisadores irão tratar a sua identidade com padrões profissionais de sigilo. Os resultados da pesquisa permanecerão confidenciais podendo ser utilizados apenas para a execução dessa pesquisa. Você não será citado (a) nominalmente ou por qualquer outro meio, que o identifique individualmente, em nenhuma publicação que possa resultar deste estudo. Uma cópia deste consentimento informado, assinada pelo Sr. (a) na última folha e rubricado nas demais, ficará sob a responsabilidade do pesquisador responsável e outra será fornecida ao (a) Sr. (a).
CUSTOS DA PARTICIPAÇÃO, RESSARCIMENTO E INDENIZAÇÃO POR EVENTUAIS DANOS: A participação no estudo não acarretará custos para Sr. (a) e não será disponível nenhuma compensação financeira adicional. Não é previsível dano decorrente dessa pesquisa ao (a) Sr. (a).
DECLARAÇÃO DO PARTICIPANTE OU DO RESPONSÁVEL PELO PARTICIPANTE: Eu______________________________________________________, fui informado (a) dos objetivos da pesquisa acima de maneira clara e detalhada e esclareci todas minhas dúvidas. Sei que em qualquer momento poderei solicitar novas informações e desistir de participar da pesquisa se assim o desejar. O (a) pesquisador (a) Jerisnalda Alves Marinho Mançoba certificou-me de que todos os dados desta pesquisa serão confidenciais, no que se refere a minha identificação individualizada, e deverão ser tornados públicos através de algum meio. Ele compromete-se, também, seguir os padrões éticos definidos na Resolução CNS 466/12. Também sei que em caso de dúvidas poderei contatar o (a) estudante Jerisnalda Alves marinho Maniçoba pelo telefone (83) 9 8112-1671 e pelo e-mail ninhaalves84@hotmail.com ou professor (a) orientador (a) Mayéwe Eliênya Alves dos Santos pelo telefone (83) 9 9987-9604 e pelo e-mail mayewe_pb@hotmail.com. 
				 
________________________________ __________________________ ___/__/__ 
Nome Assinatura do Participante da Pesquisa Data
________________________________ __________________________ __/__/__ Nome		 Assinatura do Pesquisador	 Data
ANEXOS
FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAJAZEIRAS – FESC
FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE CAJAZEIRAS – FAFIC
CURSO DE BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
ANEXO A - TERMO DE RESPONSABILIDADE
Por este termo, eu, abaixo assinado, assumo a responsabilidade de autoria do conteúdo deste Projeto de Pesquisa, estando ciente das sansões legais previstas, em caso de plágio, na Lei 9610/98. Ficam, portanto, a Instituição e o Professor Orientador isentos de qualquer ação negligente da minha parte, pela veracidade e originalidade desta obra. 
Cajazeiras/PB, 20 de Outubro de 2019.
_____________________________________________
Jerisnalda Alves Marinho Maniçoba
Nome do Aluno
Estamos cientes da intenção da realização do projeto intitulado “A CONTRIBUIÇÃO DAS FAMÍLIAS NO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS USUÁRIOS DO CAPS II DE CAJAZEIRAS” desenvolvida pela aluna Jerisnalda Alves Marinho Maniçoba do Curso de Serviço social Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Cajazeiras/FAFIC, sob a orientação da professora Mayéwe Eliênya Alves dos Santos. 
Cajazeiras/PB, 20 de Outubro de 2019.
_____________________________________________
Darlania Pinheiro Leandro
Coordenador(a) de Estágio
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE CAJAZEIRAS-PB
CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL-CAPS II
CNPJ MANTENEDORA: 08.923.971/0001-15
ANEXO C - TERMO DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL
Estamos cientes da intenção da realização do projeto “ A CONTRIBUIÇÃO DAS FAMÍLIAS NO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS USUÁRIOS DO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL-CAPS II” desenvolvida pela aluna JERISNALDA ALVES MARINHO MANIÇOBA do Curso de Serviço Social da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Cajazeiras/FAFIC, sob a orientação da professora Mayéwe Eliênya Alves dos Santos.
Cajazeiras/PB, 20 de Outubro de 2019.
________________________________________
Yatta Anderson Farias Pereira
Coordenador do Centro de Atenção Psicossocial-CAPS II

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