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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE EM MOVIMENTO
Fabricio Alves Segura
A Meritocracia como principal fonte de motivação para o alcance dos indicadores de saúde na atenção básica do município de Araguanã/TO
PORTO ALEGRE 2016
Fabricio Alves Segura
A meritocracia como principal fonte de motivação para o alcance dos indicadores de saúde na atenção básica do município de Araguanã/TO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Especialização Educação Permanente em Saúde em Movimento, como requisito à obtenção do título de especialista.
Orientadora: Marina Uriarte Francisco Schauffert
PORTO ALEGRE 2016
Fabricio Alves Segura
A meritocracia como principal fonte de motivação para o alcance dos indicadores de saúde na atenção básica do município de Araguanã/TO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Especialização Educação Permanente em Saúde em Movimento, como requisito à obtenção do título de especialista. 
Aprovada em _______ de _______ de 2016. 
BANCA EXAMINADORA
1º membro da banca – Marina Uriarte Francisco Schauffert
2º membro da banca
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por suas constantes e inesgotáveis bênçãos em minha vida, pela inspiração e dom de criação. A minha esposa Francieli Rosa Marega, pais, familiares, razão de minhas realizações e vitórias. E aos amigos e colegas de trabalho por sua dedicação e compreensão e à tutora Marina Schauffert pela amizade, confiança, paciência e por ter acreditado em meu trabalho.
RESUMO
Os indicadores em saúde são instrumentos determinantes para medir o estado de saúde de uma população. Os mesmos visam auxiliar na implementação de ações, traçar estratégias, diminuir custos, melhorar a qualidade da assistência à população, além de ser mais efetiva na capitação de recursos. O objetivo do presente projeto é propor aos atores sociais o correto registro e aplicação dos indicadores. Quanto ao percurso metodológico fez – se levantamento das necessidades de saúde da região, mapeamento dos atores sociais e conversa com os atores sociais no município de Araguanã, local onde será desenvolvido o Projeto de Intervenção. As propostas de intervenção vão orientar as equipes quanto à importância dos indicadores de saúde e da necessidade de se gerar informações precisas; planejar ações em saúde utilizando os indicadores do SISPACTO; pactuar com as equipes, reuniões para o monitoramento dos indicadores de saúde – SISPACTO e ações de meritocracia.
Palavras – chave: Indicadores em Saúde; Planejamento; Meritocracia.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
IS – Indicadores em saúde
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano
SISPACTO - Sistema de informação do pacto pela saúde
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
NASF – Núcleo de Apoio a Saúde da família
PI – Projeto Intervenção
PSF – Programa Saúde da Família
PPI – Programação Pactuada Integrada
UBS - Unidade Básica de Saúde
PMAQ-AB - Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção básica
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO:…………………………………………………….......…….…07
2- DESENVOLVIMENTO: …………........………………………………………09
2.1 - Proposta de Avaliação das Ações Planejadas: :....................................16
3 - CONCLUSÃO:…………………………………………………...……………..20
4 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:………………………………………....21
5 - APÊNDICE:.................................................................................................23
1– INTRODUÇÃO
O município de Araguanã é um município brasileiro do estado do Tocantins. Sua população estimada em 2013 era de 5.379 habitantes. Tem 869,4 km de extensão territorial e está a 152 metros acima do nível do mar. Distante 476 km da capital do estado Palmas e possui um IDH de 0,67.
 Está localizado à margem direita do rio Araguaia. Limita-se ao norte com o município de Xambioá e com o estado do Pará; ao sul, com o município de Carmolândia; e a oeste, com Aragominas. Possui um clima tropical úmido ou estacionalmente seco. As médias máximas de temperatura acontecem durante o período seco, nos meses de julho e agosto, podendo atingir 39°C.
O município conta com dois Projetos de Assentamento (PA) do Instituto Nacional de Colonização Agrária (INCRA), o PA Inhumas e o PA Mariza. Conta também com dois Distritos: o de Jacilândia e o de Araguaci, nos quais se concentram grande parte da população rural local.
O município conta com duas Unidade Básica de Saúde - UBS, um Pronto Atendimento - PA, um Núcleo de Apoio ao Saúde da Família - NASF III e dois Programa Saúde da Família - PSF, sendo um localizado na sede do município e o outro na zona rural e um Posto de Saúde em construção no Distrito de Araguaci, que juntos darão cobertura a 100% da população. A população ainda é assistida por grande parte dos programas do Ministério da Saúde, como saúde da mulher, saúde do homem, saúde da criança, saúde do idoso, programa hiperdia, sisprenatal, hanseníase, tuberculose e bolsa família.
Araguanã possui uma natureza exuberante em seu entorno, com correntezas do Rio Lontra e as praias do Rio Araguaia que constituem um grande potencial turístico.
 A principal fonte de trabalho no município é o setor público, que emprega uma grande parte da população na prefeitura municipal. Uma outra parcela da mão de obra é absorvida na agropecuária, em decorrência das inúmeras fazendas pertencentes ao município. E por fim saliento uma parcela para a agricultura familiar, decorrentes dos assentamentos.
No setor de Educação, o município conta com duas Escolas Estaduais, 05 Escolas Municipais e uma Creche Municipal. A taxa de Analfabetismo é da ordem de 16,88, segundo o Censo Demográfico 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com os dados do Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB), o município de Araguanã não possui aterro sanitário e o lixo coletado tem como destinação irregular para um “lixão” a 2 (dois) quilômetros do centro da cidade. 
O abastecimento de água é efetuado pela Foz Saneatins e atinge 88% dos domicílios na zona urbana e 7% na zona rural. O restante do município tem seu abastecimento de água através de poços ou nascentes. Não existem coleta nem tratamento de esgoto e a destinação dos dejetos se dá em sua grande maioria para fossas sépticas.
O município de Araguanã pertence, à Região de Saúde do Médio Norte Araguaia, o município oferta o serviço de saúde de atenção básica, onde são desenvolvidos os programas do governo federal como saúde da mulher, do homem, do idoso, puericultura, hanseníase, tuberculose e saúde na escola. Os atendimentos de media complexidade são encaminhados para o ambulatório de especialidades médicas, localizado em Araguaína. E os atendimentos de urgência e emergências são referenciados para dois hospitais regionais, um localizado em xambioá, distante 24 km e o outro em Araguaína, distante 96 km.
Pensando em uma reestruturação da saúde de Araguanã, vê a necessidade de se ampliar as ações de educação continuada e permanente no município, visto que nos últimos anos vem percebendo uma dificuldade e uma falta de comprometimento por parte dos colaboradores de saúde em estarem alcançando os indicadores de saúde pactuados pela gestão.
 O presente projeto de intervenção tem como objetivo geral estimular os colaboradores de saúde a planejarem suas atividades em saúde, visando o desenvolvimento das ações em prol de uma saúde resolutiva e de qualidade. Além de aplicar a meritocracia como forma de estimulo no desenvolvimento dessas ações de saúde pactuadas.
2– DESENVOLVIMENTO
Iniciei minha trajetória profissional trabalhando na atenção básica, como enfermeiro do Estratégia Saúde da Família no estado do Tocantins, Maranhão e Piauí, foram longos 10 anos de muita dedicação e afinco ao que me propus fazer, que foi prestar uma assistencial humanizada e de qualidade a população que servi. Por volta do ano de 2010 diante da vasta experiência em saúde pública alcei asas e fui trabalhar na gestão, emuma secretaria de saúde, onde pude vivenciar o outro lado da moeda, ou melhor pude perceber o quanto que se faz na ponta é importante para o desenvolvimento das ações de saúde de uma forma geral. A partir dessa vivencia de mais de 10 anos na área da saúde pública, na parte assistencial e a mais de 4 anos na gestão, como gestor de saúde pude observar que a saúde pública vem passando por grandes dificuldades para estar realizando o seu bem precioso, que é o cuidar, fisicamente e psicologicamente. Muito se faz, mas ainda falta por parte da grande maioria uma entrega profissional. Falo isso porque muitos trabalhadores de saúde não gostam do que fazem, trabalham meramente pelo salario, não ocorrendo de forma integral o seu comprometimento com a instituição. Um outro ponto que destaco são os colaboradores de saúde que são concursados e for esse motivo também acham que não necessitam se comprometer com o serviço prestado, não veem a necessidade de estarem planejando suas ações de saúde em prol do alcance das metas pactuadas. Essa falta de comprometimento por parte da grande maioria dos colaboradores de saúde faz com que a saúde seja ofertada de forma precária e deficiente. 
A partir dessa reflexão e da minha vivencia em saúde pública em parceria com minha equipe de gestão pudemos perceber que o município de Araguanã, não diferente dos demais da região de saúde, apresenta alguns problemas de saúde que veem prejudicando a prestação de serviço de qualidade a população. Após a realização de varias reuniões com a equipe de gestão, foram elencados 05 principais problemas, sendo: 1- Mau Gerenciamento do Tempo Laboral; 2- Falta de Comunicação Inter Setorial; 3- Regulação ineficiente; PPI utópica; 4- Falta de Utilização dos IS no Planejamento das ações por Parte dos Colaboradores de Saúde e 5- Subnotificação de Agravos.
Após a identificação dos problemas, a gestão optou em priorizar e trabalhar a falta de utilização dos Indicadores de Saúde no planejamento das ações por parte dos colaboradores da Saúde, visto que, a grande maioria dos colaboradores de saúde apresentam dificuldades em utiliza-los adequadamente, prejudicando dessa forma o serviço prestado e o alcance das metas pactuadas. 
Uma das dificuldades atuais no acompanhamento dos programas públicos é dispor de informações periódicas e específicas acerca do processo de sua implementação e do alcance dos resultados e do impacto social que tais programas tem nos segmentos sociodemográficos ou nas comunidades focalizadas por eles. (Jannuzzi, 2004). 
 Seja da perspectiva da avaliação formativa, isto é, aquela com os propósitos de acompanhar e monitorar a implementação de programas, a fim de verificar se os rumos traçados estão sendo seguidos e permitir intervenções corretivas, seja de perspectiva da avaliação somativa, isto é, aquela mais ao final do processo de implementação, com propósitos mais amplos e meritórios, o gestor de programas sociais defronta-se com a dificuldade de obter dados válidos, específicos e regulares para seus propósitos. (Jannuzzi, 2004).
De acordo com Barbarói (2012), para a melhoria na qualidade da assistência em saúde, a adoção de uma metodologia de trabalho que complemente o monitoramento e avaliação embasada nos princípios e diretrizes do SUS, são elementos necessários para a reorganização das ações em saúde. 
Segundo Brasil (2002), a disponibilidade de informação apoiada em dados válidos e confiáveis é condição essencial para a análise objetiva da situação sanitária, assim como para a tomada de decisões baseadas em evidências e para a programação de ações de saúde. 
A busca de medidas do estado de saúde da população é uma antiga tradição em saúde pública, iniciada com o registro sistemático de dados de mortalidade e de sobrevivência. Com os avanços obtidos no controle das doenças infecciosas e a melhor compreensão do conceito de saúde e de seus determinantes populacionais, a análise da situação sanitária passou a incorporar outras dimensões do estado de saúde, medidas por dados de morbidade, incapacidade, acesso a serviços, qualidade da atenção, condições de vida e fatores ambientais. 
Barbosa (2006) sublinhou a importância da análise das informações de saúde, principalmente dos indicadores locais para que os serviços de saúde das regiões tenham conhecimento atualizado e estruturado sobre as condições de saúde da população. Já para a gestão, possibilita a formulação e avaliação das politicas, planos e cronogramas de saúde, subsidiando o processo de tomadas de decisões e contribuindo para a melhora na qualidade de vida individual e coletiva.
A partir da priorização do problema, foi identificado as possíveis causas para a não utilização dos indicadores de saúde no planejamento das ações de saúde. De posse dessas causas construímos a árvore de problemas que fora desenhada em cadeia multicausal lógica. Tendo como causas 1- Falta de comprometimento por parte dos colaboradores da saúde; 2- Acúmulo de funções/atividades desenvolvidas por parte dos colaboradores da saúde; 3- Indisponibilidade dos indicadores por parte da gestão e 4- Alcance de Indicadores de saúde duvidosos. 
A partir do levantamento das causas, na minha visão como gestor, pode-se destacar a falta de comprometimento por parte dos colaboradores da saúde, como uma das principais causas. Visto que a grande parte tem vinculo empregatício por concurso público, o que os torna mais acomodados, muitas vezes só estão preocupados com o recebimento do pagamento mensal. 
A falta de comprometimento dos colaboradores de saúde com o local de trabalho gera uma série de problemas, entre eles: pouco engajamento com as atividades, ou seja, os integrantes não se entregam às atividades, executando apenas as funções necessárias e requisitadas. Essa falta de comprometimento dos integrantes gera uma fuga de responsabilidade, ou seja, eles buscam assumir o mínimo de responsabilidades sobre as questões da instituição.
Na área da psicologia comportamental, os estudos sobre comprometimento do trabalhador procuram desvendar o que faz com que os indivíduos se diferenciem na forma como reagem e enfrentam os desafios do seu contexto de trabalho. Comprometer-se significa sentir-se vinculado a algo e ter o desejo de permanecer naquele curso de ação (SOLDI, 2006).
O comprometimento refere-se a uma forte crença e à aceitação dos valores e objetivos da organização, estar disposto a exercer um esforço considerável em benefício da organização e um forte desejo de nela se manter (SOLDI,2006).
Portanto manter os funcionários comprometidos e motivados não são coisas simples. O comprometimento é multidimensional, e altamente subjetivo e dinâmico (MEDEIROS,1997).
Ainda considerando a construção da árvore de problemas, enumerou-se as consequências da seguinte forma: 1- Dificuldade no alcance de metas pactuadas; 2- Desconhecimento das prioridades a serem executadas pelos colaboradores; 3- Falta de planejamento do trabalho e ações a serem desenvolvidas na comunidade; 4- Diminuição de recursos financeiros e 5- Baixa produtividade.
 As dificuldades nos alcances das metas gera um déficit na quantificação e na avaliação das informações produzidas com tal finalidade. Dessa forma deixam de refletir a situação sanitária de uma população e de servir para vigilância das condições de saúde, dessa forma deixa de estimular o fortalecimento da capacidade analítica das equipes e de seu desenvolvimento. 
Por fim a dificuldade no alcance das metas deixa de facilitar o monitoramento dos objetos e metas em saúde, de estimular o fortalecimento da capacidade analítica das equipes, consequentemente deixa de promover o desenvolvimento de sistemas de informação. (DATASUS 2008).
	Diante do exposto o propósito desse projeto é introduzir ações de meritocracia como forma de motivação profissional para o alcance dos indicadores de saúde pactuados pelas equipes de saúde da Atenção Básica e a Gestão Municipal. 
Para alcançarmos essa intervenção elencou-se algumas ações que auxiliaram na execução do projeto:
· Orientar as equipesquanto à importância dos indicadores de saúde e da necessidade de se gerar informações precisas;
· Planejar ações estratégicas para melhoria da atenção a saúde da comunidade, priorizando as condições de produção do conhecimento ou das condições de utilização do conhecimento (tomadas de decisão, aprimoramentos na gestão), através da participação das equipes de saúde tendo como base os indicadores em saúde do ano anterior;
· Pactuar com as equipes, reuniões mensais para coleta de dados e monitoramento dos indicadores de saúde – SISPACTO,
· Contribuir para o aumento da eficiência, sustentabilidade, eficácia e efetividade das ações desenvolvidas pelas equipes de saúde, por meio da valorização, desenvolvimento e melhoria contínua do desempenho dos servidores – meritocracia. 
Para o desenvolvimento das supracitadas primeiramente ocorrera uma reunião com todos os colaboradores da ESF no inicio do ano de 2016, com o intuito de apresentar todos os indicadores de saúde pactuados, realizando uma analise sistêmica das metas alcançadas e não alcançadas. A partir desta análise pretende-se sensibilizar cada membro da equipe de saúde (médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, dentista, auxiliar consultório odontológico, técnico higiene bucal, agente comunitário de saúde e agente comunitário de endemias) quanto a importância de utilizar os indicadores de saúde como meio para o desenvolvimento das ações propostas em saúde pública.
Será implementada a educação continuada a fim de melhorar o conhecimento do sistema pelos profissionais e promover a conscientização da importância do trabalho em saúde. Isso se dará através de capacitações constantes. As mesmas serão realizadas através de mesa redonda bimestralmente, coordenada pelas coordenações dos programas em saúde. 
Também serão instituídas reuniões mensais com toda a equipe para monitoramento dos indicadores de saúde, visando sempre a conscientização de todos os envolvidos no planejamento e no monitoramento das ações realizadas. Essas reuniões acontecerão sempre na última sexta feira do mês e serão articuladas pelas coordenadoras dos programas de saúde.
A realização dessas reuniões será pactuada com toda a equipe de saúde. Nessas reuniões deverão ser trabalhados instrumentos de avaliação e planejamento. Todos os momentos de reuniões deverão ser valorizados e potencializados na ótica dos processos de trabalho, não se colocando nos moldes de “prescrições” ou de agendas inflexíveis, mas, pelo contrário, instituindo-se como práticas flexíveis e atraentes para os atores que deles participem.
As equipes deverão também pautar e negociar, coletivamente, outros momentos, considerados também pertinentes e necessários, para nortear seu trabalho.
No ano subsequente a partir da avaliação dos indicadores de saúde alcançados serão realizadas ações de meritocracia através de pagamento de adicional pecuniário para todo equipe de saúde, totalizando 36 colaboradores (02 médicos, 04 enfermeiros, 02 técnicos enfermagem, 02 dentista, 02 auxiliar de consultório odontológico, 01 técnico higiene bucal, 17 agente comunitário de saúde e 06 agente de endemias), tendo como parâmetro o alcance de pelo menos 70% dos indicadores pactuados no SISPACTO. Essa gratificação será em parcela única e igualitária, tendo o valor de rateio à importância de R$ 10.800,00. 
O princípio básico da remuneração por desempenho será o pagamento de adicionais pecuniários as equipes condicionados ao alcance de metas. Para isso, será utilizada a lei Municipal Nº 150, que prevê incentivo financeiro mediante alcance de metas pactuadas. Essa remuneração somente acontecerá quando as equipes da atenção básica alcançarem o desempenho negociado no processo de contratualização junto à gestão municipal; deixando clara a estreita vinculação entre o pagamento do adicional e o cumprimento das metas. 
Essa é também uma medida de segurança, visto que as despesas com o pagamento do incentivo serão cobertas com recursos oriundos das transferências federais ao município, a título de pagamento do PAB-Variável. É, ainda, desejável e salutar que, além de a Equipe da Atenção Básica alcançar o desempenho esperado, o pagamento do incentivo financeiro a cada servidor da equipe seja condicionado à constatação de seu desempenho individual satisfatório.
Com isso, atrelam-se os mecanismos de avaliação de desempenho institucional (das equipes) com o desempenho individual, que deverá ser aferido, inclusive, por meio dos tradicionais instrumentos de avaliação de desempenho de servidores já existentes e aplicados pela Gestão Municipal.
25
2.1 – Proposta de Avaliação das Ações planejadas
	Município/Região de Saúde: Araguanã/Médio Norte Araguaia
	Macroproblema: Subutilização dos Indicadores no Planejamento das ações em saúde na Atenção Primária
	Nó Crítico: Desconhecimento por parte dos profissionais de saúde dos indicadores pactuados pela gestão
	Resultado Esperado: Alcance dos Indicadores em Saúde – SISPACTO conforme pactuado pela gestão municipal em CIR, para alcance dos mesmos e melhoria na qualidade do serviço prestado
	What
O que fazer?
	Why
Porque fazer?
	How
Como fazer?
	Who
Quem vai fazer?
	Whem
Quando fazer?
	Where
Onde?
	HowMeasure
Qual indicador?
	Howmuch
Quanto custa?
	
Orientaras equipes quanto a importância dos indicadores de saúde e da necessidade de se gerar informações precisas
	
Para obter dados fidedignos, que melhorem a eficácia das ações em saúde ofertadas a população
	
Reuniões com a equipe de saúde e incorporação da educação permanente
	
Coordenador da Atenção Básica
-Secretário Municipal de Saúde
	
Semestral
(Janeiro e Agosto)
2017
	
Unidades Básicas de Saúde - UBS
	
Alcance das metas do SISPACTO pactuados pela gestão
	
1.150,00
	Planejar ações em saúde utilizando os indicadores do SISPACTO
	Para garantir e melhorar a qualidade da assistência prestada
	Oficina de planejamento com a equipe de saúde
	
Coordenador da Atenção Básica
-Secretário Municipal de Saúde
	 Anual/
Fevereiro/
2017
	Unidades Básicas de Saúde – UBS
	Alcance das metas do SISPACTO pactuadas pela gestão
	650,00
	Pactuar com as equipes, reuniões para o monitoramento dos indicadores de saúde – SISPACTO
	Avaliar o desempenho das equipes e acompanhar o andamento das ações planejadas
	
Reuniões de monitoramento com a equipe de saúde
	Gestor Municipal e coordenador da Atenção Básica
	Mensal
	Unidades Básicas de Saúde – UBS
	Alcance das metas do SISPACTO pactuadas pela gestão
	1.850,00
	Ações de meritocracia
	Estimularas equipes de saúde ao cumprimentado das metas dos indicadores de saúde – SISPACTO
	
Gratificando as equipes de saúde em parcela única e igualitária pelo alcance de no mínimo 70% dos indicadores de saúde
	Gestor Municipal e coordenador da Atenção Básica
	
Janeiro
2018
	SMS
	Colaborador empenhado e motivado na realização das ações necesssarias para o alcance dos indicadores de saúde.
	10.800,00
	
A avaliação de desempenho ocorrerá tanto na gestão individual dos componentes da equipe de saúde como na analise do resultado do alcance dos indicadores de saúde. Ter um parâmetro palpável de avaliação, onde possamos promover um ambiente meritocrático em que as decisões (de promoção, de premiações e bônus) são pautadas no desempenho individual e coletivo é simplesmente muito bom pra a saúde como todo e para motivar seus colaboradores a se desenvolver. 
A avaliação de desempenho pessoal vai avaliar o processo de atuação dos colaboradores da saúde em um período de um ano, a partir de janeiro de 2017. Serão avaliados aspectos relacionados ao domínio técnico das atividades, relacionamento com superiores, colegas e usuários e postura profissional, dentre outros. Essa avaliação será capaz de alinhar os objetivos dos colaboradores com os da gestão, além de favorecer o diálogo e a confiança mútua entre os vários níveis hierárquicos, abrindo espaço para a troca de feedbacks. Poderá ainda identificar situações problema no ambiente detrabalho, que poderão ser assim corrigidas.
Iremos aplicar a Avaliação de Desempenho por Competência, onde estaremos avaliando as competências comportamentais, como a proatividade e o comprometimento de cada servidor, visto que um dos problemas enfrentados pela gestão é a falta de comprometimento. Também estaremos avaliando as competências técnicas, onde cada um será avaliado conforme sua área de atuação. E Para realizarmos essas avaliações utilizaremos uma planilha de Excel chamada “Planilha de Desempenho por Competência 3.0” (LUZ, Planilhas Empresariais). 
Além da avaliação individual de comportamento, estaremos também avaliando o alcance das metas pactuadas pela gestão, o SISPACTO. Estaremos nesse momento avaliando se as ações realizadas durante todo o ano de 2017 como as reuniões, as rodas de conversas, serviram para que ocorra por parte de todos os atores sociais envolvidos uma mudança de comportamento e um maior comprometimento profissional nas execuções das ações de saúde. Visando dessa forma a aplicação da meritocracia como recompensa às mudanças comportamentais individuais e coletivas e consequentente ao alcance dos indicadores de saúde. 
3– CONCLUSÃO
Ao final da implantação deste projeto a gestão municipal espera que os profissionais de saúde conscientizem-se da importância da utilização dos indicadores de saúde na programação e na realização das ações planejadas, visando o fortalecimento do trabalho em equipe e a melhoria na qualidade da assistência prestada à população Araguanense. E para isso ocorrer será necessário investir na meritocracia e na capacitação dos profissionais de saúde, para que os mesmos possam fortalecer a gestão, a resolutividade do trabalho, e a avaliação dos indicadores de saúde.
4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Barbosa DCM. Sistemas de Informação em Saúde: A percepção e a avaliação dos profissionais diretamente envolvidos na atenção básica de Ribeirção Preto/SP (Dissertação de Mestrado). Ribeirão Preto: Faculdade de Medicina da USP; 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Indicadores Básicos Saúde no Brasil: conceitos e aplicações/Rede Interagencial de Informação para a Saúde – RIPSA – Brasília: Organização Pan - Americana da Saúde, 2002.
BITTAR, OJNV. Indicadores de Qualidade em Saúde. Revista de Administração em Saúde. 2001.
JANNUZZI, P. M. Indicadores sociais no Brasil: conceitos, fonte de dados e aplicações. Campinas; Alínea, 2004.
MATTOS, Ruben Araújo (Org). Cuidar do Cuidado: Responsabilidade com Integralidade das Ações em Saúde. Rio de janeiro: CEPESC: IMS/UERJ: ABRASCO, 2008, p. 311-328.
MEDEIROS, C. A. F. Comprometimento organizacional, características pessoais e performance no trabalho: um estudo dos padrões de comprometimento organizacional. Defesa de Mestrado. Natal: UFRN,1997.
MEYER, J. P., ALLEN, N. J. A tree-component conceptualization of organizational commitment. Human Resource Management Review. v 1, p. 61-89, 1991.
Rede Interagencial de Informação para a Saúde - RIPSA. Indicadores básicos para a saúde no Brasil: conceitos e aplicações – 2ª ed. – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2008. 349 p.
Rouquasyrol, Maria Zélia; Almeida Filho, Naomar de. Epidemiologia &Saúde. 5. ed. 1999.
Silveira, Rodrigo; Lofego, Juliano; Leal, Osvaldo. Representação Social da Medicina em Estudantes do Primeiro Período da UFAC e as Possibilidades de Ensino-Aprendizagem. In: PINHEIRO, Roseni. 2008.
SOLDI, R. M.; ZANELLI, J. C. Comprometimento organizacional de trabalhadores terceirizados e efetivos: um estudo comparativo em uma empresa de telefonia. In: XXX EnANPAD. Salvador. ANPAD, 2006.
5 - APÊNDICE
	
PROJETO INTERVENÇÃO
PERIODO: JAN. 2017 A JAN. 2018
PLANILHA ORÇAMENTARIA
	
MACROPLOBLEMA
	
NO CRITICO
	
AÇÃO
	
MATERIAL
DE APOIO
	
DEPESAS
	
FONTE
	
	
	
	
	CUSTEIO/
R$
	INVESTIMENTO/ R$
	
	
Subutilização dos Indicadores no Planejamento das ações em saúde na Atenção Primária
	
Desconhecimento por parte dos profissionais de saúde dos indicadores pactuados pela gestão
	
· Orientar as equipes quanto a importância dos indicadores de saúde e da necessidade de se gerar informações precisas;
	
· Material de expediente: 100 canetas azuis; 01 resma papel A4; 06 blocos de papel flipchart; 10 pincéis atômicos pretos. 
· Lanche para 50 pessoas x 06 encontros;
	
250,00
150,00 x 6= 900,00
	
---
	
FUS
FUS
	
	
	
· Oficina de Orientação para o planejamento de ações em saúde utilizando os indicadores do SISPACTO
	
· Material de expediente: 100 canetas azuis; 01 resma papel A4; 02 blocos de papel flipchart; 10 pincéis atômicos pretos. 
· coof brek 50 pessoas 
	
150,00
500,00 
	
---
	
FUS
FUS
	
	
	
· Enfatizar entre os atores a importância de pactuar com as equipes, reuniões para o monitoramento dos indicadores de saúde – SISPACTO
	
· Material de expediente: 100 canetas azuis; 01 resma papel A4; 10 blocos de papel flipchart; 10 pincéis atômicos pretos. 
· Lanche 50 pessoas x 10 reuniões;
	
350,00
150,00 x 10= 1.500,00
	
---
	
FUS
FUS
	
	
	
· Enfatizar a implantação de ação de meritocracia
	
· Adicional Pecuniário x 36 colaboradores; 
	
300,00 x 36 = 10.800,00
	
---
	
FNS/
PMAQ
	
TOTAL
	
14.450,00
	
---
	
FPM/ FNS
	
NÓ – CRÍTICO/AÇÃO
	
CRONOGRAMA
	
	
01/17
	
02/17
	
03/17
	
04/17
	
05/17
	
06/17
	
07/17
	
08/17
	
09/17
	
10/17
	
11/17
	
12/17
	
01/18
	AÇÃO *1
	
X
	
	
X
	
	
X
	
	
X
	
	
X
	
	
X
	
	
	AÇÃO *2
	
	
X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	AÇÃO *3
	
	
	
X
	
X
	
X
	
X
	
X
	
X
	
X
	
X
	
X
	
X
	
	AÇÃO *4
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
X
*1 Orientaras equipes quanto a importância dos indicadores de saúde e da necessidade de se gerar informações precisas
*2 Planejar ações em saúde utilizando os indicadores do SISPACTO
*3 Pactuar com as equipes, reuniões para o monitoramento dos indicadores de saúde – SISPACTO
*4 Ações de meritocracia

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