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FICHAMENTO – 6º PERÍODO 2016-2
COLEGIADO DE PSICOLOGIA–CENTRO UNIVERSITÁRIO AGES.
COLEGIADO DE PSICOLOGIA
“INTRODUÇÃO Á PSICOPATOLOGIA”
	ALUNO
Nayane Gama Ramos
	TURMA
6\NOT
FICHAMENTO
“HOLOCAUSTO BRASILEIRO”
	Critérios de Avaliação
	Estrutura, formatação e referência
	0,5
	
	Credenciais 
	1,0
	
	Citações
	1,5
	
	Parecer por capítulo
	2,0
	
	Parecer crítico
	5,0
	
	 Resultado Final
	10,0
	
PARIPIRANGA/2016-2
CREDENCIAIS DO AUTOR E REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA DA OBRA FICHADA 
ARBEX. Daniela. Holocausto Brasileiro. 4 ed. São Paulo: Geração Editorial, 2013.
Daniela Arbex, 42 anos, é autora do best-seller Holocausto brasileiro eleito melhor livro-reportagem do Ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte (2013) e segundo melhor livro-reportagem no prêmio Jabuti (2014). Daniela tem mais de 20 prêmios nacionais e internacionais no currículo, entre eles três prêmios Esso, o americano Knight International Journalism Award (2010) e do prêmio IPYS de Melhor Investigação Jornalística da América Latina (2009). 
CAPÍTULO 1: O PAVILHÃO AFONSO PENA:
[...] Marlene foi surpreendida pelo odor fétido, vindo do interior do prédio. Nem tinha se refeito de tamanho mal-estar, quando avistou montes de capim espalhados pelo chão. Junto ao mato havia seres humanos esquálidos. Duzentos e oitenta homens, a maioria nu, rastejavam pelo assoalho branco com tozetos pretos em meio à imundície do esgoto aberto que cruzava todo o pavilhão. (p. 20).
“Sessenta mil pessoas perderam a vida no Colônia. As cinco décadas mais dramáticas do país fazem parte do período em que a loucura dos chamados normais dizimou, pelo menos, duas gerações de inocentes em 18.250 dias de horror.” (p. 24).
 
 Pode-se observar neste capítulo como era o Colônia e como viviam os sujeitos neste ambiente. Marlene ao ir trabalhar no manicômio ficou surpresa com o fedor e a sujeira daquele ambiente, além disso, ela também observou que os sujeitos além de morar em um ambiente depravado, tinham uma má alimentação, e devido à super lotação do manicômio os “loucos” tinham que dormir no chão ou em cima dos capins. Diante dessas condições e os modos de vida que esses sujeitos tinham, muitos não resistiram e acabaram morrendo.
CAPÍTULO 2: NA RODA DA LOUCURA:
Sônia Maria da Costa, paciente internada no Colônia por mais de quarenta anos, era temida por muitos, mas também reconhecida como tutora do grupo. Embora tivesse adotado o comportamento agressivo como arma, era ela quem ajudava a curar sem remédio. (p.43).
Sônia cresceu sozinha no hospital. Foi vítima de todos os tipos de violação. Sofreu agressão física, tomava choques diários, ficou trancada em cela úmida sem um único cobertor para se aquecer e tomou as famosas injeções de “entorta”, que causavam impregnação no organismo e faziam a boca encher de cuspe. (p.45).
 
 A autora neste capítulo enfatiza a história de Sônia. Sônia, não apresentava nenhum discurso desorganizado, mas foi parar no manicômio por praticar atos de vandalismo. Assim como as outras pessoas, ao chegar à Colônia, a garota sofreu várias torturas, no entanto, ao longo dos anos tornou-se uma mulher forte e defensora. Desta forma, Sônia passou a ser conhecida como protetora do grupo, pois a mesma ajudava e cuidava dos demais colegas.
CAPÍTULO 3: O ÚNICO HOMEM QUE AMOU O COLÔNIA: 
“De longe, Luiz Felipe observava a lida daquela gente. Não pareciam doentes, mas escravos, embora a escravatura no Brasil tivesse terminado havia quase trinta anos.” (p.54).
“Apesar de ter nascido no hospício, berço de uma tragédia silenciosa, seus olhos de criança pouco puderam ver. Hoje, entende por que ninguém consegue enxergar o Colônia através do seu olhar e muito menos amá-lo como ele.” (p.55).
 
 Felipe passou grande parte da sua vida presenciando a tragédia que aconteceu na Colônia. Desde novo, mesmo sem compreender as coisas, ao observar os comportamentos dos sujeitos que viviam naquele ambiente, acreditava que eles pareciam ser mais escravos do que doentes. Assim, após alguns anos o seu pai por necessidades financeiras precisou se mudar, e o levou junto com ele. Felipe, depois de algum tempo, decidiu fazer medicina, e ao se formar especializou-se em psiquiatria, o mesmo enfatiza, que ninguém consegue enxergar e amar aqueles sujeitos com ele.
CAPÍTULO 4: A VENDAS DE CADÁVERES:
“Rapaz, que luta! Essa madrugada uma camioneta de Barbacena chegou lotada de cadáveres. O responsável localizou o diretor da medicina e ofereceu cada corpo por 1 milhão (cerca de R$ 364 nos dias atuais).” (p.65).
“Eu não sabia que a universidade comprava corpos. Isso me parece um crime. Como ela contabiliza tais gastos? Duvido que haja uma conta para “compra de defuntos” questionou Ivanzir, já um pouco irritado.” (p.66).
 
 O presente capítulo enfatiza que Ivanzir ao chegar à universidade aonde leciona, encontrou a mesma fechada, e ao entrar percebeu um mau cheiro, o mesmo sem saber o que estava acontecendo, começou a procurar da onde vinha esse odor. Assim, ao investigar ele descobre que aquele ambiente estava cheio de cadáveres e, ao indagar o rapaz, ele percebeu que os cadáveres vinham de Barbacena. Ivanzir ficou perplexo ao saber que a universidade na qual trabalha, participa de compras ilegais de cadáveres.
CAPÍTULO 5: OS MENINOS DE OLIVEIRA:
Em Barbacena, elas passaram a dividir com os outros pacientes as condições degradantes do hospital. E, apesar de existir uma ala infantil, ela era tão desbotada quanto as outras. A diferença é que lá, em vez de camas de capim, havia berços onde crianças aleijadas ou com paralisia cerebral vegetavam. Ninguém os retirava de lá nem para tomar sol. (p.p, 78, 79).
A nova concursada presenciou, ainda, momentos emblemáticos no hospital, como a cirurgia de lobotomia realizada em um garoto de apenas doze anos que sofria crises de epilepsia. A cirurgia foi feita em 78, quando uma parte do cérebro do menino foi retirada. A intervenção tem a finalidade de seccionar as vias que ligam os lobos frontais ao tálamo. O procedimento foi utilizado no Colônia com o objetivo de conter a agressividade e fazer surtos cessarem. (p.p, 79,80).
 Percebe-se neste capítulo que no Colônia não tinha somente adultos, mas também havia crianças naquele lugar. As crianças do Colônia tinha uma sala somente para elas, e dormiam em berços, no entanto, as mesmas eram privadas, ou seja, não saiam para outros pavilhões, além disso, as crianças levavam choques e sofriam outros tipos de maus tratos. A autora enfatiza também neste capítulo que certo dia uma nova concursada ao chegar ao hospital deparou-se com alguns profissionais realizando uma cirurgia em um garoto, o objetivo da mesma era retirar a metade do cérebro da criança, para que ele ficasse menos agressivo. 
CAPÍTULO 6: A MÃE DOS MENINOS DE BARBACENA: 
As impressões são da coordenadora do Lar Abrigado, irmã Mercês, como é chamada a freira. Aluna do Colégio Helena Guerra, em Belo Horizonte, integrou, mais tarde, a comunidade religiosa homônima. Na instituição, aprendeu a ensinar sem cartilha e a preparar as aulas, com base no universo dos alunos. (p.91).
“Após convencer a comunidade terapêutica da capacidade de os meninos se desenvolverem, a coordenadora entendeu que precisava vencer o preconceito social.” (p. 96).
 
 Mercês, muito religiosa, tornou-se freira, e ao ingressar na comunidade religiosa começou a preparar aulas e alfabetizar algumas crianças. A freira precisou mudar de cidade e ao chegar a Assis, desenvolveu um belíssimo trabalho ao cuidar de mulheres portadoras de doença mental. Mercês ao voltar para o Brasil decidiu viver sozinha em comunhão com sua religião, algum tempo depois, foi trabalhar em uma creche de criança e adolescente e a mesma conheceu algumas crianças de Barbacena, e começou a desenvolver alguns trabalhos com eles. A freira ensinou como as crianças deveriam se comportar para que assim tornasse independentes, além de ajudar as crianças ela mostrou e provou para as pessoaspreconceituosas que aquelas crianças eram como qualquer outra pessoa. Mercês foi muito Amanda por estas crianças e por esta maneira, a mesma tornou-se mãe de todas elas.
CAPÍTULO 7: A FILHA DA MENINA DE OLIVEIRA: 
Você pode dizer o que quiser. Que Sueli matou alguém, que ela é um monstro, mas é sobre a minha mãe que está se referindo. A noite chegou, e Débora não conseguia dormir. Tinha pressa que o dia clareasse para se encontrar com seu passado. Quando a luz do sol entrou pelo quarto, a jovem já não estava lá. Partiu antes, carregando na bagagem um plano de vida para ela e Sueli. Se não conseguisse retirar a mãe do hospital, a estudante se internaria. (p.p. 105, 106).
Naquele mesmo ano, a paciente passou seu último Natal internada no hospital regional, mesmo lugar para onde Débora foi levada por causa da tentativa de suicídio. Por ironia do destino, mãe e filha estavam a poucos leitos uma da outra. Em janeiro de 2006, Sueli não resistiu ao infarto. Faleceu chamando por Débora. (p.112).
 Neste capítulo a autora enfatiza a história de Débora e Sueli, mãe e filha vitimam da tragédia de Barbacena. Sueli era epilética, e por isso acabou parando no manicômio, a mesma engravidou de Débora, e poucos meses depois do nascimento foi separada da sua filha. Débora foi morar com uma das funcionárias do manicômio, a mesma viveu muito tempo da sua vida sem saber sua verdadeira história, até que certo dia ela descobriu que era filha adotiva e que sua verdadeira mãe era uma “louca”. Ao saber disso, Débora foi à procura da sua mãe, mas infelizmente foi tarde demais, sua mãe já havia morrido. Lamentavelmente mãe e filha foram vitimas da loucura.
CAPÍTULO 8: SOBREVIVENDO AO HOLOCAUSTO: 
Na sua cidade natal, para onde viajou com a ajuda de um monitor da residência terapêutica onde mora, Luiz reconheceu o caminho da antiga casa, lugar em que ele e a irmã viveram no curto período em que foram uma família. De braços dados com Lilia, os dois caminharam até a matriz de Santo Antônio, igreja em estilo colonial construída pelos seus antepassados. (P.P. 118, 119).
Já Nilta chegou ao Colônia em 30 de março de 1976. Não sabe nada sobre seus parentes nem os motivos de sua internação. A mulher sem passado não tem nenhum registro afetivo sobre sua família. Sua única referência é o hospital, onde viveu anos de martírio. Foi em meio ao frio, à fome e ao medo que ela encontrou Adelino [...] (P.120).
 A autora neste capítulo enfatiza a história de Luiz e Nilta, ambos passaram grande parte da sua vida no manicômio. Luiz foi parar no manicômio por que as pessoas acreditavam que o mesmo era portador de transtornos mentais, a mãe de Luiz acabou aceitando que ele fosse, mas a mesma tinha esperança que logo voltasse. Já Nilta perdeu os contatos com os seus familiares, no entanto, dentro do hospital acabou conhecendo e se apaixonando por Adelino. Nilta, Adelino e Luiz conseguiram sobreviver o holocausto, saíram daquele lugar horrível. Luiz ao sair do manicômio conseguiu encontrar somente sua irmã, sua mãe já não mãe estava lá. Adelino e Nilta construíram suas vidas juntos e foram muitos felizes foram do manicômio.
CAPÍTULO 9: ENCONTRO, DESENCONTRO, REENCONTRO: 
Geralda tinha completado vinte e nove anos em 1979. Fazia catorze anos que estava sem notícias do filho. Um ano depois de João Bosco ter sido arrancado do seu convívio, ela conheceu o marido, morador do município mineiro de Alfredo Vasconcelos, com quem teve outros três filhos: [...] (p. 138).
“Geralda entrou na sala sob os aplausos dos colegas de farda do filho. Naquele exato momento, o gigante se quedou. Envolvido pelos braços dela, ele sentiu-se novamente um menino.” (p.145).
 
 Geralda abusada pelo seu patrão acabou engravidando dele, e por esse motivo tornou-se vítima do holocausto. A garota ao chegar ao manicômio, mesmo grávida não foi privada dos maus tratos, além disso, não conseguia se alimentar o que acabou deixando bastante fraca. Geralda conseguiu resistir a todas essas situações e deu a luz um garoto, o qual recebeu o nome de João Bosco. João Bosco com pouco tempo de vida foi separado da sua mãe e levado para morar com as freiras. Depois de algum tempo, o garoto passou na FEBEM e foi morar lá. João tornou-se exemplo de ser humano e amado por todos. Por esse motivo, os amigos dele ao saber da sua triste história e ao saber que seu aniversário estava próximo, resolveram ir à busca da mãe de João, e com muitas investigações acabaram encontrando. E no dia do aniversário dele fizeram o reencontro de mãe e filho.
CAPÍTULO 10: A HISTÓRIA POR TRÁS DA HISTÓRIA
Milhares de mulheres e homens sujos, de cabelos desgrenhados e corpos esquálidos cercaram os jornalistas. A primeira imagem que veio à cabeça de José Franco foi a do inferno de Dante. Difícil disfarçar o choque. O jornalista levou um tempo para se refazer e começar a rascunhar em seu bloco suas primeiras impressões. (p.149).
“Aquilo não é um acidente, mas um assassinato em massa. Só precisei clicar a máquina, porque o horror estava ali.” (p.152).
 
 A autora neste capítulo enfatiza a história de Luiz Alfredo, o mesmo era fotográfico da revista cruzeiro e tinha uma missão, fotografar as pessoas que viviam na Colônia. Ao chegar ao Hospital Luiz depara-se com homens sujos, mal arrumados e com aspectos abatidos. Além disso, o mau cheiro tomava conta daquele ambiente. Luiz pegou a sua câmera e começou a fotografar todas as imagens, ao finalizar seu trabalho relata o quão ficou surpreso com aquele ambiente, e como as pessoas viviam nele. O Colônia parecia um inferno, e não precisou fazer nada para mostrar isso, os seus próprios cliques descrevia o horror do manicômio.
CAPÍTULO 11: TURISMO COM FOUCAULT: 
“A influência foucaultiana fortaleceu ainda mais o desejo do psiquiatra Ronaldo Simões de subverter a ordem das coisas. Um ano antes do encontro, Simões já havia apresentado um projeto visando à extinção do Colônia [...]” (P.180).
Foi o próprio Simone quem levou Basaglia, de carro, a Barbacena. De temperamento expansivo, o italiano passou a viagem de volta a Belo Horizonte em silêncio. Quando chegaram, seguiram direto para a Associação Médica Mineira, onde o estrangeiro ministraria um curso de psiquiatria social. Ao final da conferência, ele fez um pedido ao brasileiro (p.187).
 
 A autora neste capítulo descreve como surgiram as primeiras lutas para que o Colônia fosse fechado. Simões era o principal responsável dessas lutas, o mesmo queria conscientizar os seus colegas, sobre o horror que estava ocorrendo em Barbacena, no entanto, nada conseguiu, até que um dia ele ficou sabendo da chegada de Franco. Franco tinha a mesma visão que Simões tinha por isso o mesmo é considerado o primeiro pioneiro da luta anti-manicomial. Simões foi à procura de Franco, e o levou para visitar o manicômio, e ao perceber a situação daquele lugar ficou espantado. Depois de tantas lutas, finalmente o manicômio foi fechado. 
CAPÍTULO 12: A LUTA ENTRE O VELHO E O NOVO: 
A necessidade de uma lei que regulamentasse a saúde mental e impusesse um novo rumo para a reforma psiquiátrica nascente encontrou terreno fértil nos movimentos sociais e de saúde mineiros, que já haviam deflagrado a mobilização pela reformulação no setor. Mesmo enfrentando resistência entre a classe médica, famílias de doentes e colegas parlamentares, Delgado conseguiu aprovar seu projeto, em 1990, na Câmara dos Deputados, por meio do acordo de lideranças, constituindo-se na primeira lei de desospitalização em discussão no parlamento latino-americano. (p.204).
 
 O autor neste capítulo enfatiza como surgia a lei da reforma psiquiatra, a mesma foi criada por Paulo no ano de 1989 e somente no ano de 1990 foi aprovado. O Objetivo dessa lei é promover uma vida normal para sujeitos com transtornos mentais, ou seja, é oferecer tratamento e inserção social, para que assim os mesmos tenham autonomia e liberdade para desfrutar da sua vida.
CAPÍTULO 13: TRIBUTO ÀS VÍTIMAS: 
 Jairo não se dava conta,mas já estava ligado ao hospital. Assim, no ano do seu casamento com a advogada Flora Lúcia Moura, ele aceitou a proposta de trabalho de Paiva Filho. Ainda em 1979 foi transferido do Hospital Galba Veloso, na capital, para Barbacena, começando a mudar a ordem das coisas. A primeira alteração na unidade foi a determinação de transferência dos trinta e três meninos de Barbacena para local mais adequado. (p. 217).
O Museu da Loucura acabara de nascer. Em 16 de agosto de 1996, uma sexta-feira, o prédio que guardava quase um século de memória foi inaugurado. Nada melhor do que transformar em museu um dos mais simbólicos edifícios do Colônia, o local onde foram realizadas as tais duchas escocesas. Construído em 1922, o torreão do antigo Hospital Colônia foi reformado; e suas cinco salas, abertas à visitação. (p.219).
 
 A autora relata neste capítulo que no ano de 1979 Jairo foi convidado para trabalhar em Barbacena, assim aceitando o convite foi transferido no mesmo ano, entretanto, ao chegar ao local, exerceu uma função completamente diferente. Jairo transferiu alguns meninos para local adequado. O objetivo do trabalho dele era oferecer tratamento de qualidade para os sujeitos com transtornos mentais. A autora enfatiza também neste capítulo que no ano de 1996 o Colônia tornou-se um museu e foi aberto para visitação.
CAPÍTULO 14: A HERANÇA DO COLÔNIA:
Quase quatro décadas depois de entrar no Colônia pela primeira vez, quando tinha apenas vinte anos, Marlene tirou o primeiro dos oito meses de férias-prêmio acumuladas no antigo hospital, onde ainda trabalha nos módulos residenciais. Aos cinquenta e oito anos e com tempo de serviço para se aposentar, ela não conseguiu se desligar do lugar onde viveu a maior parte de sua vida. Testemunha do holocausto brasileiro, a funcionária resistiu aos piores anos do hospício sem dizer uma palavra do que viu. (p.226).
 
 A autora enfatiza neste capítulo a história de Marlene funcionária do Colônia, a mesma por muito tempo observou os horrores que acontecia naquele lugar, no entanto, mesmo chocada com as cenas vivenciadas, ela não podia sair, pois não podia ficar desempregada. Desta forma, percebe-se que a funcionária vivenciou o holocausto em silêncio, e somente depois do acontecido, que a mesma conseguiu descrever o que presenciou.
PARECER CRÍTICO: 
 Analisando a obra de Daniela, percebe-se que autora enfatiza durante os capítulos os horrores vivenciados pelos loucos normais, assim eram chamados os prisioneiros de Barbacena, pois os mesmos muitas vezes não apresentavam nenhum problema, e eram mandados para o manicômio. È pertinente enfatizar que as condições que os sujeitos tinham dentro do manicômio, a superlotação e outros fatores são pontos que podem-se relacionar com o vídeo apresentado pela conexão reporte explicando as condições do hospital psiquiátrico no interior de São Paulo. Percebe-se nesse vídeo que os indivíduos eram excluídos da sociedade, vivendo assim, em um lugar com condições precárias, sendo mal tratados e violentados. Além disso, os mesmos não tinham direito de usar roupas e dormiam em camas sem colchões.
 Outro fator observado no vídeo e no livro é a falta de treinamento e cuidado dos funcionários, os mesmo não tinham controle dos pacientes e não davam conta de manter o ambiente limpo, como mostra o repórter dos vídeos, por falta de cuidado dos profissionais os portadores de doença mental acabam fazendo fezes no chão e comendo a mesma. 
 Desta forma, como pode-se observar no livro que mesmo com surgimento da lei que garante os direitos dos portadores de doença mental, ainda assim, existe práticas profissionais que não visam a promoção de saúde e bem estar dos sujeitos, ainda existe profissionais que exclui e mau trata os indivíduos.
 Portanto é pertinente enfatizar que é por esses e outros motivos que devemos continuar lutando par construção de uma sociedade igualitária, para que haja reforma no sistema de atuação dos profissionais, para que assim os mesmos possam desenvolver tratamentos que vise à promoção e prevenção, tratamento que não coloque em risco a liberdade e o bem estar dos sujeitos.
 Contudo, percebe-se que as discussões apresentadas tanto no livro quanto nos vídeos tem relação com a disciplina introdução à psicopatologia, ao observar como eram e são tratados os portadores de sofrimento mentais. Desta forma, percebe-se que mesmo depois da luta anti-manicomial, ainda existe hospitais que mal trata os doentes, por essa e outras questões, nós enquanto profissionais devemos continuar lutando para garantir os direitos desses sujeitos, para promover saúde e bem-estar. Por fim, essas discussões serão relevantes para compreen
são da disciplina e para aquisição de novos conhecimentos.

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