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Apostila RECURSOS HUMANOS X GESTÃO DE PESSOAS Recursos Humanos é o departamento que tem a função de criar, manter e desenvolver os recursos humanos das organizações e as condições para que os mesmos atinjam seus objetivos individuais ao contribuir para que a empresa alcance suas metas organizacionais. Fischer e Fleury (1990): “um conjunto de políticas e práticas definidas de uma organização para orientar o comportamento humano e as relações interpessoais no ambiente de trabalho”. GESTÃO DE PESSOAS / ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DEPARTAMENTO ➢ Departamento de Pessoal (até anos 30) Papel burocrático (controle) ➢ Departamento de Recursos Humanos (30/60) Papel burocrático (controle) + Motivação ➢ Departamento de Gestão de Pessoas (60/90) Papel burocrático (controle) + Motivação + Treinamento/Desenvolvimento/Qualidade de Vida ➢ Departamento de Gestão de Competências (90 Papel burocrático (controle) + Motivação + Treinamento/Desenvolvimento/Qualidade de Vida + Capital Intelectual CAPITAL INTELECTUAL Na era da informação, o recurso mais importante deixou de ser o capital financeiro para ser o capital intelectual, baseado no conhecimento. Isto significa que o recurso mais importante na atualidade não é mais o dinheiro, mas o conhecimento. O capital financeiro mantém sua importância relativa, mas ele depende do conhecimento sobre como aplicá-lo e rentabilizá-lo adequadamente. O conhecimento ficou na dianteira de todos os demais recursos organizacionais, pois todos eles passaram a depender do conhecimento. CARACTERÍSTICAS E DIFICULDADES DA ÁREADERECURSOS HUMANOS - Lida com atividade meio - Lida com recursos vivos - Não administra os departamentos que influencia - Difícil medir sua efetividade em valores financeiros - Não gera fontes de receita - Donos de empresas não compreendem exatamente seu papel - Funcionários não compreendem exatamente seu papel - É um órgão de linha, com função de staff (assessoria) - Falta de preparo dos profissionais da área -Indefinição do perfil adequado de profissionais A ARH lida com meios, com recursos intermediários e não com fins. É uma função de assessoria, cuja atividade fundamental consiste em planejar, prestar serviços especializados, assessorar, recomendar e controlar. A ARH Lida com recursos vivos - extremamente complexos, diversificados e variáveis, que são as pessoas. Esses recursos são importados do ambiente para dentro da organização, crescem, desenvolvem-se, mudam de atividade, de posição e de valor. Os recursos humanos não estão somente dentro da área de ARH, mas principalmente alocados nos diversos órgãos da organização e sob a autoridade de diversos chefes ou gerentes. Assim, cada chefe ou gerente é o responsável direto por seus subordinados. A ARH é uma responsabilidade de linha (cada chefe) e uma função de staff (assessoria do orgão RH). Responsabilidade de linha é quando está constituída em um departamento, uma seção ou setor e staff é quando entra o setor de RH, pois tem responsabilidade de linha (seu setor) e ao mesmo tempo assessora todos os departamentos, seções e setores. O conceito de gestão de pessoas ou administração de recursos humanos é uma associação de habilidades e métodos, políticas, técnicas e práticas definidas, com o objetivo de administrar os comportamentos internos e potencializar o capital humano nas organizações. A Gestão de Pessoas ocorre através da participação, capacitação, envolvimento e desenvolvimento de funcionários de uma empresa, e a área tem a função de humanizar as empresas. Muitas vezes, a gestão de pessoa é confundida com o setor de Recursos Humanos, porém RH é a técnica e os mecanismos que o profissional utiliza e gestão de pessoas tem como objetivo a valorização dos profissionais O setor de gestão de pessoas possui uma grande responsabilidade na formação dos profissionais que a instituição deseja, com o objetivo de desenvolver e colaborar para o crescimento da instituição como e do próprio profissional. Gestão de Pessoas por Idalberto Chiavenato A gestão de pessoas, assim como recursos humanos, fazem parte da área de administração, e uma das obras mais conhecida é “Gestão de Pessoas” de Idalberto Chiavenato. Chiavenato é um autor brasileiro na área de administração de empresas e de recursos humanos, seus livros são utilizados por administradores de todo Brasil, além de países da América Latina, e na Europa, como Portugal e Espanha. Chiavenato possui várias obras que versam sobre o tema gestão de pessoas, como “Gerenciando as Pessoas”, “Administração de Recursos Humanos”, “Treinamento e Desenvolvimento de Recursos Humanos” e outros. Conceito de Gestão de Pessoas A Gestão de Pessoas é uma área muito sensível à mentalidade que predomina nas organizações. Ela é contingencial e situacional, pois depende de vários aspectos como a cultura que existe em cada organização, a estrutura organizacional adotada, as características do contexto ambiental, o negócio da organização, a tecnologia utilizada, os processos internos e uma infinidade de outras variáveis importantes. • As pessoas como parceiros da organização • Pessoas como recursos ou como parceiros da organização • Aspectos fundamentais da moderna Gestão de Pessoas Nos tempos atuais, as organizações estão ampliando a sua visão e atuação estratégica. Todo processo produtivo somente se realiza com a participação conjunta de diversos parceiros, cada qual contribuindo com algum recurso. Os fornecedores contribuem com matérias-primas, insumos básicos, serviços e tecnologias. Os acionistas e investidores contribuem com capital e investimentos que permitem o aporte financeiro para a aquisição de recursos. Os empregados contribuem com seus conhecimentos, capacidades e habilidades, proporcionando decisões e ações que dinamizam a organização. Os clientes e consumidores contribuem para a organização, adquirindo seus bens ou serviços colocados no mercado. Cada um dos parceiros da organização contribui com algo na expectativa de obter um retorno pela sua contribuição. As alianças estratégicas constituem meios através dos quais a organização obtém a inclusão de novos e diferentes parceiros para consolidar e fortificar seus negócios e expandir suas fronteiras. Cada parceiro está disposto a continuar investindo seus recursos na medida em que obtém retornos e resultados satisfatórios de seus investimentos. Graças ao emergente sistêmico — que é o efeito sinergístico da organização —, esta consegue reunir todos os recursos oferecidos pelos diversos parceiros e alavancar seus resultados. Através dos seus resultados, a organização pode proporcionar um retorno maior às contribuições efetuadas e manter a continuidade do negócio. Geralmente, as organizações procuram privilegiar os parceiros mais importantes. Os acionistas e investidores eram, até há pouco tempo, os mais privilegiados na distribuição e apropriação dos resultados organizacionais. Essa assimetria está sendo substituída por uma visão sistêmica e integrada de todos os parceiros do negócio, já que todos são indispensáveis para o sucesso da empresa. Acontece que o parceiro mais íntimo da organização é o empregado: aquele que está dentro dela e que lhe dá vida e dinamismo. Dentro desse contexto, a questão básica é escolher entre tratar as pessoas como recursos organizacionais ou como parceiros da organização. Os empregados podem sertratados como recursos produtivos das organizações: os chamados recursos humanos. Como recursos, eles precisam ser administrados, o que envolve planejamento, organização, direção e controle de suas atividades, já que são considerados sujeitos passivos da ação organizacional. Daí a necessidade de administrar os recursos humanos para obter deles o máximo rendimento possível. Neste sentido, as pessoas constituem parte do patrimônio físico na contabilidade da organização. Mas as pessoas podem ser visualizadas como parceiros das organizações. Como tais, elas são fornecedoras de conhecimentos, habilidades, capacidades e, sobretudo, o mais importante aporte para as organizações — a inteligência, que proporciona decisões racionais e imprime o significado e rumo aos objetivos globais. Desse modo, as pessoas constituem o capital intelectual da organização. As organizações bem-sucedidas se deram conta disso e tratam seus funcionários como parceiros do negócio e não mais como simples empregados contratados. AS PESSOAS SÃO RECURSOS OU PARCEIROS DA ORGANIZAÇÃO? Pessoas como Recursos Empregados isolados Horários rigidamente estabelecido Preocupação com normas e regras Subordinação ao chefe Fidelidade à organização Dependência da chefia Alienação em relação à organização Ênfase na especialização Executoras de tarefas Ênfase nas destrezas manuais Mão-de-obra Pessoas como Parceiros Colaboradores agrupados em equipes Metas negociadas e compartilhadas Preocupação com resultados Atendimento e satisfação do cliente Vinculação à missão e à visão Interdependência entre colegas e equipes Participação e comprometimento Ênfase na ética e na responsabilidade Fornecedores de atividade Ênfase no conhecimento Inteligência e talento Assim, a Gestão de Pessoas se baseia em três aspectos fundamentais: 1. As pessoas como seres humanos: dotados de personalidade própria, profundamente diferentes entre si, com uma história particular e diferenciada, possuidores de conhecimentos, habilidades, destrezas e capacidades indispensáveis à adequada gestão dos recursos organizacionais. Pessoas como pessoas e não como meros recursos da organização. 2. As pessoas como ativadores inteligentes de recursos organizacionais: como elementos impulsionadores da organização e capazes de dotá-la de inteligência, talento e aprendizados indispensáveis à sua constante renovação e competitividade em um mundo de mudanças e desafios. As pessoas como fonte de impulso próprio que dinamiza a organização e não como agentes passivos, inertes e estáticos. 3. As pessoas como parceiros da organização: capazes de conduzi-la à excelência e ao sucesso. Como parceiros, as pessoas fazem investimentos na organização — como esforço, dedicação, responsabilidade, comprometimento, riscos etc. — na expectativa de colher retornos desses investimentos — como salários, incentivos financeiros, crescimento profissional, carreira etc. Qualquer investimento somente se justifica quando traz um retorno razoável. Na medida em que o retorno é bom e sustentado, a tendência certamente será a manutenção ou aumento do investimento. Daí o caráter de reciprocidade na interação entre pessoas e organizações. E também o caráter de atividade e autonomia e não mais de passividade e inércia das pessoas. Pessoas como parceiros ativos da organização e não como meros sujeitos passivos. Doravante utilizaremos o termo Gestão de Pessoas ou Administração de Recursos Humanos (ARH) ao longo deste livro, de acordo com os conceitos anteriores, para maior facilidade de exposição. DICAS Conceitos de RH ou de Gestão de Pessoas Administração de Recursos Humanos (ARH) é o conjunto de políticas e práticas necessárias para conduzir os aspectos da posição gerencial relacionados com as "pessoas" ou recursos humanos, incluindo recrutamento, seleção, treinamento, recompensas e avaliação de desempenho. ARH é a função administrativa devotada à aquisição, treinamento, avaliação e remuneração dos empregados. Todos os gerentes são, em um certo sentido, gerentes de pessoas, porque todos estão envolvidos em atividades como recrutamento, entrevistas, seleção e treinamento. ARH é o conjunto de decisões integradas sobre as relações de emprego que influenciam a eficácia dos funcionários e das organizações. ARH é a função na organização que está relacionada com provisão, treinamento, desenvolvimento, motivação e manutenção dos empregados. ARH de Hoje O Papel Expansivo da Função de RH Por muitos anos se pensou que o obstáculo que segura o desenvolvimento da indústria fosse o capital. Era uma crença generalizada. Todavia, é a inabilidade de uma empresa em recrutar e manter uma boa força de trabalho que constitui o principal obstáculo para a produção. Não existe nenhum projeto baseado em boas idéias, vigor e entusiasmo que tenha sido interrompido por falta de caixa ou recursos financeiros. Existem indústrias que cresceram e cujo crescimento foi parcialmente bloqueado ou dificultado porque não puderam manter uma força de trabalho eficiente e entusiasmada. Esse será o panorama do futuro. Objetivos da Gestão de Pessoas As pessoas constituem o principal ativo da organização. Daí a necessidade de tornar as organizações mais conscientes e atentas a seus funcionários. As organizações bem-sucedidas estão percebendo que somente podem crescer, prosperar e manter sua continuidade se forem capazes de otimizar o retorno sobre os investimentos de todos os parceiros, principalmente o dos empregados. Quando uma organização está realmente voltada para as pessoas, a sua filosofia global e sua cultura organizacional passam a refletir essa crença. A Gestão de Pessoas nas organizações é a função que permite a colaboração eficaz das pessoas — empregados, funcionários, recursos humanos ou qualquer denominação utilizada — para alcançar os objetivos organizacionais e individuais. Os nomes — como departamento de pessoal, relações industriais, recursos humanos, desenvolvimento de talentos, capital humano ou capital intelectual — são utilizados para descrever a unidade, o departamento ou a equipe relacionada com a gestão das pessoas. Cada qual reflete uma maneira de lidar com as pessoas. O termo Administração de Recursos Humanos (ARH) ainda é o mais comum de todos eles. As pessoas podem ampliar ou limitar as forças e fraquezas de uma organização, dependendo da maneira como elas são tratadas. Para que os objetivos da Gestão de Pessoas sejam alcançados, é necessário que os gerentes tratem as pessoas como elementos básicos para a eficácia organizacional. Os objetivos da Gestão de Pessoas são variados. A ARH deve contribuir para a eficácia organizacional através dos seguintes meios: 1. Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão: A função de RH é um componente fundamental da organização de hoje. Antigamente, a ênfase era colocada no fazer corretamente as coisas através dos métodos e regras impostos aos funcionários e, assim, obter eficiência. salto para a eficácia veio com a preocupação em atingir objetivos e resultados. Não se pode imaginar a função de RH sem se conhecer os negócios de uma organização. Cada negócio tem diferentes implicações na ARH. O principal objetivo desta é ajudar a organização a atingir suas metas, objetivos e realizar sua missão. 2. Proporcionar competitividadeà organização: Isto significa saber empregar as habilidades e capacidades da força de trabalho. A função da ARH é fazer com que as forças das pessoas sejam mais produtivas para beneficiar clientes, parceiros e empregados. Esta foi a crença que levou Walt Disney a construir a Disney a partir de suas próprias pessoas. No nível macroeconômico, a competitividade é o grau em que uma nação pode, em condições livres e justas de mercado, produzir bens e serviços que sejam bem aceitos nos mercados internacionais, enquanto simultaneamente mantém ou expande os ganhos reais de seus cidadãos. Nesta definição, a palavra nação pode ser substituída pela palavra organização e a palavra cidadãos por empregados. 3. Proporcionar à organização empregados bem treinados e bem motivados: Quando um executivo diz que o propósito da ARH é "construir e proteger o mais valioso patrimônio da empresa: as pessoas", ele está se referindo a este objetivo da ARH. Dar reconhecimento às pessoas e não apenas dar dinheiro é o que constitui o elemento básico da motivação humana. Para melhorar o seu desempenho, as pessoas devem perceber justiça nas recompensas que recebem. Recompensar bons resultados e não recompensar pessoas que não tenham um bom desempenho. Tornar claros os objetivos e o modo como eles são medidos. As medidas de eficácia da ARH — e não apenas a medida do chefe — é que devem proporcionar as pessoas certas na fase certa do desempenho de um trabalho e no tempo certo para a organização. 4. Aumentar a auto-atualização e a satisfação dos empregados no trabalho: Antigamente, a ênfase era colocada nas necessidades da organização. Hoje, apesar dos computadores e dos balanços contábeis, os empregados precisam ser felizes. Para que sejam produtivos, os empregados devem sentir que o trabalho é adequado às suas capacidades e que estão sendo tratados eqüitativamente. Para os empregados, o trabalho é a maior fonte de identidade pessoal. As pessoas despendem a maior parte de suas vidas no trabalho e isto requer uma estreita identidade com o trabalho que fazem. Empregados satisfeitos não são necessariamente os mais produtivos, mas empregados insatisfeitos tendem a se desligar da empresa, se ausentar freqüentemente e produzir pior qualidade do que empregados satisfeitos. A felicidade na organização e a satisfação no trabalho são fortes determinantes do sucesso organizacional. 5. Desenvolver e manter qualidade de vida no trabalho: Qualidade de vida no trabalho (QVT) é um conceito que se refere aos aspectos da experiência do trabalho, como estilo de gerência, liberdade e autonomia para tomar decisões, ambiente de trabalho agradável, segurança no emprego, horas adequadas de trabalho e tarefas significativas. Um programa de QVT procura estruturar o trabalho e o ambiente de trabalho no sentido de satisfazer a maioria das necessidades individuais do empregado e tornar a organização um local desejável e atraente.. A confiança do empregado na organização também é fundamental para a retenção e fixação do pessoal. 6. Administrar a mudança: Nas últimas décadas, houve um período turbulento de mudanças sociais, tecnológicas, econômicas, culturais e políticas. Essas mudanças e tendências trazem novas abordagens, mais flexíveis e ágeis, que devem ser utilizadas para garantir a sobrevivência das organizações. Os profissionais de ARH devem saber lidar com as mudanças, se querem realmente contribuir para sua organização. São mudanças que se multiplicam exponencialmente e cujas soluções impõem novas estratégias, programas, procedimentos e soluções. 7. Manter políticas éticas e comportamento socialmente responsável: Toda atividade de ARH deve ser aberta, confiável e ética. As pessoas não devem ser discriminadas e seus direitos básicos devem ser garantidos. Os princípios éticos devem ser aplicados a todas as atividades da ARH. Tanto as pessoas como as organizações devem seguir padrões éticos e de responsabilidade social. A responsabilidade social não é uma exigência feita somente às organizações, mas também, e principalmente, às pessoas que nelas trabalham. SOCIETY FOR HUMAN RESOURCE MANAGEMENT Código de Ética Como membro da Society Human Resource Management, comprometo-me a: • Manter os mais elevados padrões de conduta pessoal e profissional. • Incentivar o crescimento das pessoas no campo da administração de RH. • Apoiar os objetivos e metas da Sociedade para o desenvolvimento da profissão de administrador de recursos humanos. • Fazer com meu empregador trate de maneira aberta e eqüitativa todos os empregados. • Ajudar meu empregador a ser lucrativo em termos monetários, através do apoio e encorajamento de práticas eficazes de emprego. • Transmitir aos empregados e ao público um senso de confiança sobre a conduta e as intenções do meu empregador. • Manter lealdade a meu empregador e perseguir seus objetivos através de meios coerentes com os interesses públicos. • Obedecer às leis e aos regulamentos relacionados com as atividades de meu empregador. • Evitar usar minha posição oficial para assegurar privilégios ou benefícios pessoais. • Manter a confidencialidade sobre informações privilegiadas. • Melhorar a compreensão do público a respeito do papel da administração de RH. Este Código de Ética dos membros da SHRM é adotado para promover e manter os mais altos padrões de conduta pessoal e profissional em seus membros. A adesão a este código é solicitado a todos os membros para assegurar confiança na integridade e serviço dos profissionais de RH. A ARH refere-se às políticas e práticas necessárias para se administrar o trabalho das pessoas: Em seu trabalho, cada administrador — seja ele, um diretor, gerente, chefe ou supervisor — desempenha as quatro funções administrativas que constituem o processo administrativo: planejar, organizar, dirigir e controlar. A ARH está relacionada a todas essas funções do administrador, trabalhando principalmente em suas práticas, são elas: 1. Análise e descrição de cargos. 2. Desenho de cargos. 3. Recrutamento e seleção de pessoal. 4. Admissão de candidatos selecionados. 5. Orientação e integração de novos funcionários. 6. Administração de cargos e salários. 7. Incentivos salariais e benefícios sociais. 8. Avaliação do desempenho dos funcionários. 9. Comunicação aos funcionários. 10. Treinamento e desenvolvimento de pessoal. 11. Desenvolvimento organizacional. 12. Higiene, segurança e qualidade de vida no trabalho. 13. Relações com empregados e relações sindicais. POLÍTICAS DE GESTÃO DE PESSOAS O capital humano tem sido cada vez mais valorizado pelas organizações, pois elas entenderam que devem oferecer o suporte necessário para que essas pessoas desenvolvam novas aptidões e aperfeiçoem características que já possuem. Se as pessoas dentro das organizações tiverem oportunidade de progressão, elas vão poder dar o melhor delas, originando resultados positivos para a empresa em questão. Uma boa gestão dos elementos de uma organização causa um crescimento contínuo, onde todos contribuem para um ambiente de eficiência e eficácia. A GESTÃO DE PESSOAS SE DIVIDE EM: - Provisão de recursos humanos; - Aplicação de recursos humanos; - Recompensar pessoas; - Manutenção de recursos humanos; -Desenvolvimento de recursos humanos; - Monitoração de recursos humanos. OS SEIS PROCESSOS GESTÃO DE PESSOAS As pessoasconstituem um dos elementos mais importante de uma organização. Ao longo do tempo, elas passaram a ser consideradas como partes inteligentes responsáveis por introduzir o conhecimento dentro de uma organização e, deste modo, tornaram-se o grande diferencial competitivo das mesmas. Partindo desse pressuposto a gestão de pessoas deve contribuir para que as organizações sejam eficazes por meio das pessoas, e assim buscar a cooperação dos indivíduos que atuam nas organizações tanto para o alcance de seus objetivos individuais quanto para o alcance dos objetivos organizacionais (GIL, 2006). Os seis processos básicos da Gestão de Pessoas se resumem em: 1. Processos de Agregar Pessoas: são os processos utilizados para incluir novas pessoas na empresa. Podem ser denominados processos de provisão ou de suprimento de pessoas. Incluem recrutamento, seleção de pessoas e integração. 2. Processos de Aplicar Pessoas: são os processos utilizados para desenhar as atividades que as pessoas irão realizar na empresa, orientar e acompanhar seu desempenho. Incluem desenho organizacional e desenho de cargos, análise e descrição de cargos. 3. Processos de Recompensar Pessoas: são os processos utilizados para incentivar as pessoas e satisfazer suas necessidades individuais mais elevadas. Incluem recompensas, remuneração e benefícios e serviços sociais. 4. Processos de Desenvolver Pessoas: são os processos utilizados para capacitar e incrementar o desenvolvimento profissional e pessoal. Incluem treinamento e desenvolvimento das pessoas e da organização. 5. Processos de Manter Pessoas: são os processos utilizados para criar condições ambientais e psicológicas satisfatórias para as atividades das pessoas. Incluem administração da disciplina, higiene, segurança e qualidade de vida e manutenção de relações sindicais. 6. Processos de Monitorar Pessoas: são os processos utilizados para acompanhar e controlar as atividades das pessoas e verificar resultados. Incluem banco de dados e sistemas de informações gerenciais. Todos esses processos estão intimamente relacionados entre si, de tal maneira que se interpenetram e se influenciam reciprocamente. Cada processo tende a favorecer ou prejudicar os demais, quando bem ou mal utilizados. Um processo de agregar pessoas malfeito passa a exigir um processo de desenvolver pessoas mais intenso para compensar as suas falhas. Se o processo de recompensar pessoas é falho, ele exige um processo de manter pessoas mais intenso. Agregar Pessoas O processo de Agregar Pessoas tem como finalidade selecionar pessoas com perfil adequado para cada cargo de forma que a empresa agregue um capital humano qualificado e capacitado para o cargo e o candidato possa desempenhar todo seu conhecimento em uma função que o mesmo escolheu e definiu para sua carreira, assim se desenvolvendo rapidamente e com isso fazendo com que a empresa alcance os resultados desejados (VIEIRA, 2010). De acordo com Chiavenato (2008), o processo de aplicar pessoas significa; "que, uma vez recrutadas e selecionadas, as pessoas deverão ser integradas à organização, posicionadas em seus respectivos cargos e tarefas e avaliadas quanto ao seu desempenho". - Recrutamento Atrair candidatos para uma vaga ociosa. É o conjunto de técnicas e procedimentos que visa atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos na organização. Esse processo de busca de candidatos pode ser realizado dentro ou fora da empresa. O recrutamento requer um cuidadoso planejamento, que constitui uma seqüência de três fases, a saber: - Pesquisa interna: O que a organização precisa: Pessoas necessárias para a tarefa organizacional. - Pesquisa externa: O que o mercado de RH pode oferecer: Fontes de recrutamento a localizar. - Técnicas de recrutamento a aplicar: O planejamento do recrutamento tem a finalidade de estruturar o sistema de trabalho a ser desenvolvido. Recrutamento significa acima de tudo, atrair candidatos para uma vaga ociosa, e temos: - Recrutamento Interno – quando, havendo determinada vaga, a empresa procura preenchê-la através do remanejamento de seus empregados, que podem ser promovidos ou transferidos. - Recrutamento Externo – realizado com candidatos vindos de fora da organização. - Recrutamento Misto – Pode-se caracterizar o Recrutamento Misto como aquele que busca as vantagens dos dois métodos conhecidos de recrutamento: interno e externo. Exemplo de formas mais comuns de recrutamento são por meio de: jornais, revistas especializadas, agências de recrutamento, anúncios em locais visíveis, internet, intranet, mural da empresa, consulta a arquivos de candidatos, indicações, CIEE, etc. VANTAGENS DO RECRUTAMENTO INTERNO • Aproveita melhor o potencial humano das organizações. • É econômico, rápido e seguro; • Motiva o desenvolvimento de todos; • Motiva a permanência e lealdade para com a empresa; Desvantagens do recrutamento interno • Pode gerar frustração nos funcionários que não forem aprovados; • Desmotiva e gera conflitos internos; VANTAGENS DO RECRUTAMENTO EXTERNO • Sangue novo para a empresa; • Novos talentos; • Enriquece o patrimônio humano; • Enriquece o capital intelectual da empresa; Desvantagens do recrutamento Externo • É mais caro, mais demorado e menos seguro; • Desmotiva os funcionários da empresa que esperam por uma oportunidade. - Seleção Comparação e escolha dos candidatos. A seleção é um processo de comparação entre duas variáveis: - de um lado,comparar o perfil do candidato, obtida por meio da aplicação das técnicas de seleção. - de outro lado,o que se é exigido pelo cargo, fornecida pela descrição e análise do cargo. Técnicas de seleção de pessoas: Entrevistas –descrição comportamental; Testes de conhecimento – orais e escritos; Testes psicotécnicos – amostras de comportamento; Testes de personalidade –relacionados com sua estrutura de personalidade; Dinâmicas de grupo – analisam o comportamento em coletivo. - Integração Os programas de integração são realizados a funcionários recém admitidos e também em outros momentos, com funcionários mais antigos, por períodos como, por exemplo: para a implantação de um novo sistema, palestras e dinâmicas. No processo de integração para novos funcionários ele passa por um processo de conhecimento da empresa e do ramo que ela atua. Quando um funcionário é contratado, geralmente ele se sente desambientado. Afinal, está em um local novo, não conhece as pessoas e isso pode deixá-lo retraído. Não é possível sentir-se à vontade em um ambiente sem saber onde se está “pisando”. Para tanto, utilizaremos de algumas ações básicas para integrar o colaborador ao novo ambiente de trabalho, tais como: 1 – Integração institucional; 2 – Integração com a equipe; 3 – Integração com os departamentos; 4 – Integração com o RH. O processo de integração para funcionários mais antigos é feito de forma que venha motivar o funcionário através de premiações, reuniões para trocas de informações, seminários, ginásticas laborais, palestras e dinâmicas, até cafés da manhã e festas de fim de ano. Aplicar Pessoas Colocar a pessoa certa no lugar certo. De acordo com Chiavenato (2008), o processo de aplicar pessoas significa: “que, uma vez recrutadas e selecionadas, as pessoas deverão ser integradas à organização, posicionadas em seus respectivos cargos e tarefas e avaliadas quanto ao seu desempenho”. O primeiropasso para a excelência na definição do que as pessoas farão na organização é o cuidado prévio ao recrutamento, e constante no dia-a-dia organizacional, de a área de RH conduzir o chamado desenho de cargos. Desenhar um cargo significa compor as atividades dos cargos organizacionais, sempre os repensando e definindo novas atribuições ou deletando antigas e dispensáveis. Envolve o desenho de cargos: descrição, análise e desenho de cargos. - Descrição de cargos A descrição de cargos é a base do sistema. Geralmente, é realizada pelo superior hierárquico do cargo descrito ou por um profissional da área de RH, com base em entrevistas e observações. Costuma conter os seguintes dados: Título do cargo, titulo do cargo do superior imediato, missão ou sumário das atividades, responsabilidades, limites de autoridade sobre as pessoas, requisitos mínimos e desejáveis sobre os critérios do perfil e outros recursos em termos de experiência e formação. Essas informações são obtidas na empresa e comparadas com dados de mercado perante pesquisa. - Análise de cargos Feita a descrição,segue-se a análise de cargos. Passa-se a analisar o cargo em relação aos aspectos extrínseco, aos requisitos que o cargo impõe ao seu ocupante. Análise pretende estudar e determinar todos os requisitos qualificativos, as responsabilidades envolvidas e as condições exigidas pelo cargo, avaliados e devidamente classificados para efeito de comparação. A análise de cargos concentra-se em quatro requisitos: mentais, físicos, responsabilidades envolvidas e condições de trabalho. - Desenho de cargo É criar um cargo dentro da estrutura organizacional, especificando o conteúdo, os métodos de trabalho e as relações com os demais cargos, no sentido de satisfazer os requisitos tecnológicos, sociais, pessoais e organizacionais de seu ocupante. É o processo de organizar o trabalho através das tarefas que são necessárias para desempenhar um cargo específico. Para p desenho de cargos é necessário a definição de: Conteúdo: conjunto de tarefas ou atribuições que o ocupante deverá desempenhar; Métodos e processos de trabalho: como as tarefas ou atribuições deverão ser desempenhadas; Responsabilidade: a quem o ocupante do cargo deverá se reportar. Autoridade: a quem o ocupante deverá supervisionar, ou seja, quem são seus subordinados? Avaliação de desempenho Avaliar o desempenho das pessoas da empresa é uma tarefa estrategicamente vital, pois somos movidos por resultados, e estes estão diretamente relacionados com nosso desempenho na organização. Para entender a avaliação de desempenho conceitua-se desempenho humano como sendo o ato ou efeito de cumprir ou executar determinada missão ou meta previamente traçada. É diretamente proporcional a duas condições do ser humano o “querer fazer” que explicita o desejo endógeno de realizar (motivação), e o de “saber fazer”, isto é, a condição cognitiva e experimental que possibilita o indivíduo a realizar com eficiência e eficácia alguma coisa. Objetivos da avaliação de desempenho - Adequação do indivíduo ao cargo; - Treinamento; - Promoção; - Incentivo salarial ao bom desempenho; - Melhoria das relações humanas; - Estímulo a produtividade; - Demissões, etc... Responsáveis: - Auto-avaliação do desempenho; - O gerente; - A equipe de trabalho. Processo de Desenvolver Pessoas TREINAMENTO DESENVOLVIMENTO Treinamento: - Meio para adequar cada pessoa ao seu cargo; - Processo educacional de curto prazo; - Prepara para o cargo; - Muda comportamentos. Desenvolvimento: - Capacidade de aprender; - Crescimento individual; - Sem relação com um trabalho específico; - Prepara para a carreira. Treinamento: Orientado para o presente, tem por finalidade qualificar, reciclar, atualizar e/ou aperfeiçoar o desempenho dos colaboradores no cargo. Deve atingir os seguintes resultados estratégicos: - Aumentar a produtividade, as vendas, o lucro e o retorno do investimento; - Reduzir acidentes e rotatividade do pessoal; - Melhorar continuamente a gestão da qualidade. Processo de Treinamento: - Diagnóstico (LNT); - Planejamento; - Execução; - Avaliação. 1. Levantamento de Necessidades: • Análise: - Organização; - Departamento; - Operações. 2. Planejamento: 1- O que deve ser ensinado – Conteúdo do treinamento; 2 – Quem deve aprender – Treinando ou aprendizes; 3 – Como se deve ensinar – Métodos e recursos instrucionais; 4 – Quem deve ensinar – Treinador ou instrutor; 5 – Onde deve ser ensinado – Local do treinamento; 6 – Quando deve ser ensinado – Época ou periodicidade. 3.Execução: Refere-se a implementação da programação do treinamento. Modalidades: Treinamento no trabalho ou on –the- job, é aquele que ocorre no dia a dia, com a realização de tarefas rotineiras e orientação da chefia, através de feedbacks. Treinamento formal interno é composto por cursos, palestras e seminários para a capacitação dos funcionários e é realizado fora do local de trabalho. Normalmente é ministrado para um grande número de pessoas, minimizando o risco de perda de investimento. É exclusivo para funcionários. Treinamento formal externo é aberto ao público, tendo como uma de suas vantagens o contato com colegas de outras empresas e a troca de experiências além de realizar networking. Treinamento a distancia vem ganhado adeptos hoje em dia com o avanço da Internet. Este tem como vantagem, possibilitar a pessoas que não teria acesso a um local específico ou aquelas que trabalham e não disponibilizariam de um horário “comercial” para isso. 4.Avaliação: Verificar se o treinamento atingiu o objetivo, se os sintomas desapareceram ou se persistem. Realizada em 4 dimensões: - Reação; - Aprendizagem; - Impacto no trabalho; - Impacto na organização. Desenvolvimento: É um processo de aperfeiçoamento das capacidades dos funcionários com o objetivo de prepará-los para cenários mais exigentes, que requerem maior nível de comprometimento e apresentam maiores níveis de dificuldade. Métodos de Desenvolvimento: Rotação de cargos = movimentarem as pessoas em varias posições na organização, com finalidade de expandir suas habilidades, conhecimento e capacidades. Rotação vertical (promoção provisória) e horizontal (transferência de curto prazo). Atribuição de comissões = oportunidade para a pessoa participar de comissões de trabalho compartilhando da tomada de decisões, aprendendo com os outros e pesquisando problemas específicos da organização. Geralmente são atribuições temporárias e desafiadoras. Exercícios de simulação ou Estudo de caso = a pessoa se defronta com uma situação no qual deve ser analisada e solucionada. Permite diagnosticar um problema real, desenvolvendo habilidades de análise, comunicação e persuasão. Trata-se de aprender com a experimentação sobre a experiência passada, ainda que alguns casos sejam fictícios e elaborados sob medida para essa finalidade. Os cases são apropriados para o desenvolvimento de executivos, a sua aplicação coletiva é particularmente enriquecedora em face do debate sobre as diversas possibilidades oferecidas por sua “realidade”. - Coaching: é um processo com início, meio e fim, definido em comum acordo entre o coach (profissional) e o coachee (cliente) de acordo com a meta desejada pelo cliente, onde o coach o apoia na busca de realizar metas de curto, médio e longo prazo, através da identificação e uso das competências desenvolvidas, como também do reconhecimento e superação de suas fragilidades. O coach (treinador, numa tradução à letra) atua encorajandoe/ou motivando o seu cliente, procurando transmitir-lhe capacidades ou técnicas que melhorem as suas competências profissionais ou pessoais, visando a satisfação de objetivos definidos por ambos, tranformando-os em metas desafiantes através de um Plano de Ações. - Mentoring: é um termo inglês, normalmente traduzido como "tutoria", "mentoria", "mentorado" ou "apadrinhamento". O mentoring é uma ferramenta de desenvolvimento profissional e consiste em uma pessoa experiente ajudar outra menos experiente. O mentor é um guia, um mestre, conselheiro, alguém que tem vasta experiência profissional no campo de trabalho da pessoa que está sendo ajudada. O mentoring inclui conversas e debates acercas de assuntos que não estão necessariamente ligados ao trabalho. Este processo possibilita o aprendizado e consequente desenvolvimento na carreira do profissional mais jovem. Processo de Manter Pessoas Higiene Ocupacional Segurança do trabalho Qualidade de vida no trabalho Higiene Ocupacional É o conjunto de medidas preventivas relacionadas com as condições ambientais de trabalho que assegurem saúde física e mental às pessoas. A prevenção de lesões e doenças profissionais pode ser feita através: - Estudos e modificações ergonômicas dos postos de trabalho; - Uso de ferramentas e equipamentos ergonomicamente adaptados ao trabalhador; - Diminuição do ritmo e da jornada de trabalho; - Adequação e manutenção do ambiente físico; - Estabelecimento de pausas para descanso; -Diversificação de tarefas; - Eliminação de clima autoritário; - Gestão participativa e empowerment; -Reconhecimento e valorização do trabalho; -Valorização das queixas dos trabalhadores. Segurança do Trabalho É um conjunto de medidas técnicas, administrativas, educacionais, médicas e psicológicas empregadas para prevenir acidentes, incêndios e roubos. Causas de Acidentes de Trabalho - Atos Inseguros; - Condições Inseguras; - Outros. Consequências dos Acidentes de Trabalho - Para a Organização; - Para o funcionário; - Para a Família do Funcionário; - Para a Sociedade. Como Evitar Acidentes de Trabalho - Reduzir condições inseguras; - Conscientizar sobre riscos e cuidados em cada atividade; - Criar políticas de Segurança do Trabalho; - Avaliar a condição psicológica e emocional e as habilidades dos funcionários; - Sinalizar sobre perigo e risco; - Fornecer e fiscalizar o uso dos EPI’s; - Implantar ações e proporcionar cursos de prevenção de acidentes. Qualidade de Vida no Trabalho – QVT Conjunto das ações de uma empresa que envolve a implantação de melhorias e inovações gerenciais e tecnológicas no ambiente de trabalho. Processo de Recompensar Pessoas - Remuneração - Programas de incentivo - Benefícios e serviços Recompensas - Recompensas financeiras diretas: salários, prêmios, comissões... - Recompensas financeiras indiretas: gorjetas, gratificações, férias, horas extras... - Recompensas não financeiras: oportunidades de desenvolvimento, reconhecimento, segurança no emprego... Composição do processo de Recompensar Pessoas - Planos de remuneração - Benefícios sociais - Relações trabalhistas existentes Remuneração A remuneração total de um funcionário é constituída de três componentes principais: - Remuneração básica; - Incentivos salariais; - Benefícios. Plano de remuneração - O plano de remuneração deve ter equidade e equilíbrio entre as possibilidades da organização, os cargos e as responsabilidades e o equilíbrio interno versus equilíbrio externo, bem como a definição das políticas idéias de remuneração para cada tipo de organização. - A transparência também é um item essencial. Remuneração Variável - Remunerar as pessoas pelos resultados alcançados. - Os resultados são rateados entre a organização e as pessoas que ajudaram a alcançá-lo. - Trata-se de uma parceria que funciona nas duas vertentes: lucro ou prejuízo. - Outras formas: distribuição de ações, opção de compra de ações, remuneração por competência, participação nos lucros. Administração Salarial Conjunto de normas e procedimentos que visam estabelecer e manter estruturas de salários equitativas. Administração de salários procura obter: - Equilíbrio interno de salários dentro da organização. - Equilíbrio externo de salários em relação ao mercado de trabalho. Programas de incentivo - Com a maior parte das organizações partindo para sistemas e programas de remuneração flexíveis, os programas de incentivo estão em alta. - É o pacote total de benefícios que a organização coloca à disposição de seus membros, bem como os mecanismos e procedimentos pelos quais estes benefícios são distribuídos. Benefícios e Serviços - São formas indiretas da compensação total. - Muitos dos benefícios, se a organização não oferecesse, teriam que ser adquiridos pelos colaboradores com seus salários no mercado. - Influencia na qualidade de vida. Benefícios Sociais - São certas regalias e vantagens concedidas pelas organizações, a título de pagamento adicional dos salários. Ex. Assistência médico-hospitalar, seguro de vida, transporte, alimentação, etc. Tipos de Benefícios Sociais - De um modo geral, os benefícios sociais podem ser classificados quanto a sua exigibilidade legal, quanto a sua natureza e quanto aos seus objetivos. * Benefícios sociais quanto a sua exigibilidade legal: - Os planos de benefícios podem ser classificados em legais ou espontâneos, conforme sua exigibilidade legal: Legais: férias, família, etc. Espontâneos: gratificações, refeições subsidiadas, seguro de vida em grupo, empréstimo aos funcionários, complementação de aposentadoria. * Benefícios sociais quanto a sua natureza: Monetários: férias, 13o salário, gratificações, etc. Não monetários: refeitório, assistência médico-hospitalar, clubes, horário flexível, etc. Desenho do plano de benefícios - Critérios: Princípio do retorno do investimento e princípio da mútua responsabilidade. - Etapas: Estabelecer objetivos e a estratégia de benefícios. Envolver todos os participantes e sindicatos. Comunicar os benefícios. Monitorar os custos. Previdência Social e Privada - A Previdência social: depende das contribuições do empregado e empregador. Vai gerar renda futura na aposentadoria ou pensão, e o valor é calculado pelo INSS. - Previdência privada: baseiam-se em contribuições feitas, em nome do participante às instituições ofertantes e vão gerar renda futura. Objetivos de um plano de benefícios - Melhoria da qualidade de vida dos empregados: - Melhoria do clima organizacional; - Redução da rotação de pessoal e do absenteísmo; - Facilidade na atração e na manutenção de recursos humanos - Aumento da produtividade em geral OBS.: Vimos nesta aula que tão importante quanto agregar pessoas e aplicar pessoas é ter um plano de remuneração que atenda as expectativas dos indivíduos e que seja um investimento cujo retorno é compatível para a organização. Para tanto, vimos a composição das recompensas em organizações e as particularidades de cada caso. Monitorar Pessoas Banco de Dados Sistemas de Informações Gerenciais Banco de Dados Sistema de armazenamento e acumulação de dados disponíveis para o processamento e obtenção de informações. É uma ferramenta muito útil para as organizações, pois mantém dados disponíveis para o processamento e obtenção de informações. Principais Banco de Dados de GP Sistemas de Informações Gerenciais Sistemas ou processos que transforma dados em informações que são necessárias e utilizadas no processo decisório da empresa. São resultado da interação colaborativa entre pessoas, tecnologias e procedimentos, que ajudam uma organização a atingir as suas metas. Benefícios do SIG - Redução de custos nas operações; - Melhoria no acesso às informações; - Melhoria na produtividade; - Melhoria nos serviços realizadose oferecidos; - Melhoria na tomada de decisões; - Melhoria na estrutura organizacional; - Redução do grau de centralização de decisões; - Melhoria na adaptação da empresa para enfrentar os acontecimentos não previstos. GESTÃO DE COMPETÊNCIAS O que é Gestão por Competências? Pra que serve? Por que utilizar? A Gestão por Competências consiste em observar, desenvolver e prover pessoas capacitadas para a realização de atividades. A Gestão por Competências deve detectar as competências que são importantes para a realização das atividades de uma função/cargo, isto é, as competências que um funcionário deve possuir para exercer bem uma determinada função. O que são competências? São um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA) expressos por uma pessoa. São um conjunto de capacidade/aptidão técnica e comportamental que um indivíduo possui. Portanto, para gerir as competências das pessoas, é necessário observá-las por meio de comportamentos, avaliá-las dentro de padrões mensuráveis e desenvolvê-las por meio de um processo de treinamento e aprendizagem. Mas qual o propósito de se monitorar e gerir competências? A Gestão por Competências permite que as organizações planejem seu futuro, alinhando os objetivos e estratégias do negócio com as competências essenciais para o seu desenvolvimento e operacionalização. Ela permite que as empresas analisem rapidamente os pontos fortes e fracos de seus funcionários. Assim, é possível priorizar o desenvolvimento de competências mais relevante para o negócio da organização e necessárias para o alcance de seus objetivos. Os principais benefícios que a Gestão por Competências promove são: a melhoria do nível de motivação e produtividade dos trabalhadores; adequação dos funcionários às funções/cargos, isto é, a pessoa certa no lugar certo; o desenvolvimento mais rápido das competências dos colaboradores; e o aumento da satisfação dos clientes. Para que a Gestão por Competências promova transformações permanentes no ambiente corporativo, ela deve estar baseada num ciclo contínuo de desenvolvimento, isto é, os indivíduos devem estar em constante treinamento nas competências essenciais para o crescimento e avanço da organização. A definição de competências está baseada no CHA, que são os conhecimentos (C), e as habilidades (H), competências técnicas, e as atitudes (A), competências comportamentais, que uma pessoa possui. O conhecimento tem relação com a formação acadêmica, o conhecimento teórico. A habilidade está ligada ao prático, a vivência e ao domínio do conhecimento. Já a atitude representa as emoções, os valores e sentimentos das pessoas, isto é, o comprometimento humano. Para Covey, as novas competências pessoais exigidas pelas empresas nos novos ambientes de negócios são as seguintes: 1) Aprender a aprender: devem ter flexibilidade, apreensão e inovação; 2) Comunicação e colaboração: trabalho solitário e individual cede lugar ao trabalho solidário e grupal; 3) Raciocínio criativo e resolução de problemas: espera-se que os funcionários descubram por si mesmos como agilizar e melhorar seu próprio trabalho; 4) Conhecimento tecnológico: o conhecimento está a serviço da equipe e não do individuo isolado; 5) Conhecimento de negócios globais: a globalização está ampliando as fronteiras do conhecimento das pessoas. 6) Desenvolvimento de liderança: capacitação das pessoas em termos de espírito empreendedor e de liderança. 7) Autogerenciamento da carreira: as pessoas precisam assumir o compromisso de assegurar que possuem as qualificações, o conhecimento e as competências exigidas, tanto na atividade atual, como nas futuras. Categorias de competências 1) Competências essenciais: são as competências básicas e fundamentais para o sucesso da organização em relação aos clientes, à sociedade e aos concorrentes. Correspondem àquilo que cada organização sabe fazer melhor do que ninguém. Cada organização precisa identificar e localizar as competências essenciais capazes de levá-las ao sucesso. 2) Competências de gestão: são as relacionadas com a gestão de recursos – financeiros, comerciais, produtivos, etc. Refere-se a como os recursos organizacionais são utilizados e os processos mobilizados para obter os melhores resultados. As competências e a gestão são fundamentais para sua eficiência interna. 3) Competências organizacionais: são as relacionadas com a vida íntima da organização. Referem-se ao aparato interno por meio do qual a organização se articula e se integra para poder funcionar. 4) Competências pessoais: são as que cada indivíduo aprende e desenvolve em suas atividades pessoais na organização. As organizações avaliam e definem quais são suas competências essenciais – atuais ou exigidas – e daí, partem para suas competências de gestão, competências organizacionais até chegar as competências individuais por meio de um processo estratégico de desenvolvimento de competências. Procedimentos de implementação da Gestão de Competências 1a etapa – Etapa de enquadramento (definição dos objetivos, identificação das competências existentes, identificação e descrição das competências necessárias) 2a etapa – Sensibilização 3a etapa – Aplicação da gestão por competências 4a etapa – Avaliação das competências Vantagens para a empresa - Integração das áreas de RH na estratégia e objetivos da empresa. - Atração e retenção de talentos. - Criação do banco de Potencial Interno - Definição das necessidades de treinamento - Descrição e avaliação dos cargos - Reavaliação e redesenho da estrutura dos cargos - Remuneração por competências - Avaliação das competências e resultados