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Revisão_de_Lit_a_Atuação_do_psicologo_na_ESF_UNIP_Tatuapé

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2 
 
 
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA 
Instituto de Ciências Humanas 
Curso de Psicologia 
 
 
 
Andreza Pabula dos Santos - RA: B77HBH-4 
Fabiana Lopez – RA: A33DJJ-0 
Flávia Biselli Rulo - RA: T57419-6 
Flávio Paranhos Mioni Cazorla – RA: T61189-0 
Gustavo Macedo de Lima – RA: B80432-7 
Juliana Marian Lima Diniz – RA: B95AII-7 
Mariana Cassimiro de Lima – RA: B91601-0 
Willians Carrion Junior – RA: B72139-1 
 
 
 
REVISÃO DE LITERATURA SOBRE A ATUAÇÃO DO 
PSICÓLOGO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA 
 
 
 
 
 
 
 
Tatuapé 
 
São Paulo 
 
2017
3 
 
 
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA 
Instituto de Ciências Humanas 
Curso de Psicologia 
 
 
 
Andreza Pabula dos Santos - RA: B77HBH-4 
Fabiana Lopez – RA: A33DJJ-0 
Flávia Biselli Rulo - RA: T57419-6 
Flávio Paranhos Mioni Cazorla – RA: T61189-0 
Gustavo Macedo de Lima – RA: B80432-7 
Juliana Marian Lima Diniz – RA: B95AII-7 
Mariana Cassimiro de Lima – RA: B91601-0 
Willians Carrion Junior – RA: B72139-1 
 
 
 
REVISÃO DE LITERATURA SOBRE A ATUAÇÃO DO 
PSICÓLOGO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA 
 
Relatório de pesquisa apresentado como requisito 
de avaliação da disciplina “Apresentação do 
Trabalho de Pesquisa” do curso de graduação em 
Psicologia da Universidade Paulista. 
Orientadora: Prof. Dra. Luan Flávia Barufi 
 
 
Tatuapé 
 
São Paulo 
 
2017 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIP - Catalogação na Publicação 
Elaborada pelo Sistema de Geração Automática de Ficha Catalográfica da Universidade Paulista 
com os dados fornecidos pelo(a) autor(a). 
 
 
 
 
A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA 
/ Andreza Pabula dos Santos... [et al.]. - 2017. 
97 f. 
 
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) apresentado ao Instituto de 
Ciência Humanas da Universidade Paulista, São Paulo, 2017. 
Área de Concentração: Curso Superior de Psicologia. 
Orientadora: Profª. Dra. Luan Flávia Barufi Fernandes. 
 
 
1. Psicólogo. 2. Estratégia Saúde da Família. 3. UBS. 4.Saúde Mental. I. Santos, 
Andreza Pabula dos. II. Fernandes, Luan Flávia Barufi (orientadora). 
5 
 
 
 
 
RESUMO 
 
A atuação do Psicólogo na Estratégia Saúde da Família. SANTOS, Andreza Pabula dos; 
LOPEZ, Fabiana; RULO, Flávia Biselli; CAZORLA, Flávio Paranhos Mioni; LIMA, Gustavo 
Macedo de; DINIZ, Juliana Marian Lima; LIMA, Mariana Cassimiro de; CARRION JUNIOR, 
Willians; FERNANDES, L. F. B. (orientadora). Curso de Psicologia. Instituto de Ciências 
Humanas. UNIP – Universidade Paulista. Campus Tatuapé, 2017. 
A Estratégia Saúde da Família (ESF) é um programa do Ministério da Saúde que visa à 
proteção e atenção básica para a saúde dos cidadãos. Neste contexto da saúde pública, o 
psicólogo precisa ter um olhar diferenciado frente à demanda que encontrará no local, 
considerando o contexto social e cultural destes indivíduos, do coletivo e dos diversos 
conteúdos que permeiam o processo de saúde-doença. Pesando nisso, partimos de uma revisão 
de literatura com o objetivo de entender qual a atuação do psicólogo na Estratégia Saúde da 
Família. Foram realizadas buscas nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde e Periódicos 
CAPES e os artigos publicados sobre o tema no período de 2006 a 2016. Os resultados 
indicaram que há certa confusão e indefinição em relação ao objeto de trabalho do psicólogo, 
vários estudos reportaram dificuldades em lidar com a equipe multidisciplinar e divergências 
sobre qual a função do psicólogo no ESF. Foram encontrados poucos artigos que descrevem a 
atuação do psicólogo no ESF. Estas informações ressaltam a necessidade do desenvolvimento 
de mais pesquisa sobre o tema. Considera-se que o psicólogo tem um papel importante no ESF, 
pois pode desenvolver práticas que melhorem a qualidade de vida das pessoas nas comunidades 
em termos de promoção de saúde e prevenção de doenças, além de aproximar a psicologia das 
camadas sociais mais excluídas da sociedade. 
Palavras-Chave: Psicologia. Estratégia Saúde da Família. SUS. Atuação do psicólogo. Saúde 
Mental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Ano de publicação dos artigos que compõe a presente revisão de literatura..19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 – Quantidade de artigos excluídos que foram resultados das pesquisas com as palavras 
chave: psicologia, programa, estratégia, saúde, família, nas bases de dados Periódicos CAPES e 
BVS e cada critério de exclusão utilizado – Brasil – 2017..........................................................17 
 
Tabela 2 – Os assuntos mais frequentes entre os títulos dos artigos selecionados que 
compõe a presente amostra – Brasil – 2017.................................................................................18 
 
Tabela 3 – Quantidade de métodos de pesquisa encontrados nos artigos, separados por categoria 
– Brasil – 2017.............................................................................................................................21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 9 
1.1 Apresentação do tema ............................................................................................................ 9 
1.2 Revisão de literatura .............................................................................................................. 9 
1.3 Objetivo ............................................................................................................................... 13 
1.4 Justificativa .......................................................................................................................... 13 
2. MÉTODO ............................................................................................................................ 15 
2.1 Procedimento de Coleta de Dados ....................................................................................... 15 
2.2 Procedimentos de análise de dados ...................................................................................... 16 
2.3 Ressalvas éticas.................................................................................................................... 16 
3. RESULTADOS ................................................................................................................... 17 
a) Autores dos Artigos ............................................................................................................. 17 
b) Títulos .................................................................................................................................. 17 
Fonte: Criação de tabela pelos pesquisadores com os artigos selecionados, 2017. .............. Erro! 
Indicador não definido. 
c) Anos de Publicação dos Artigos .......................................................................................... 18 
d) Objetivos .............................................................................................................................. 19 
e) Métodos dePesquisa............................................................................................................ 20 
f) Principais Resultados ........................................................................................................... 21 
g) Principais conclusões ........................................................................................................... 25 
4. DISCUSSÃO ....................................................................................................................... 26 
5. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 30 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................................ 32 
ANEXO I ................................................................................................................................... 38 
ANEXO II .................................................................................................................................. 71 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
1.1 Apresentação do tema 
De acordo com as atuais diretrizes curriculares dos cursos de psicologia no Brasil, a 
formação do psicólogo deve ser generalista, ou seja, este profissional deve ser capacitado a 
atuar e intervir em qualquer contexto. Porém, como estudantes de psicologia, consideramos que 
a área clínica ainda é altamente valorizada e bem embasada, tantos nos estágios quanto nas 
teorias estudadas nas grandes universidades. Ao pensarmos sobre isso, nos questionamos e 
chegamos à conclusão de que o atendimento do psicólogo deve assistir a população em todos os 
contextos, não apenas na área clínica. Deste modo, optamos por pesquisar, de forma mais 
profunda, a atuação do psicólogo na Estratégia Saúde da Família (ESF) que é uma estratégia de 
atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS). 
É importante pontuar que o SUS é o conjunto de todas as ações e serviços de saúde 
prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração 
direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público e o PSF vem para aproximar a 
saúde da população, ele facilita o contato do SUS, dentro de todo o território nacional, com seus 
usuários, a partir da grandiosidade desse Programa analisaremos como o psicólogo atua nele por 
meio de uma revisão de literatura. 
 
1.2 Revisão de literatura 
Dentro de 50 anos de regulamentação da psicologia como profissão no Brasil, as 
mudanças sociais e na saúde aconteceram em nosso país e se mostraram fortes e verdadeiras 
com o passar dos anos, podemos citar como exemplo a luta antimanicomial e a relevância do 
trabalho do psicólogo dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão de reorganizar a 
rede de assistência à saúde com uma política que apontasse para a universalização do acesso da 
população brasileira à atenção básica e, também, consolidasse o recente processo de 
descentralização foi pautado pela constituição de 1988, que tem como proposta um atendimento 
igualitário para cuidar e promover a saúde de todos. 
Para atender a essas exigências feitas pelo Ministério da Saúde (2010), foi criada uma 
estratégia que visa à proteção e atenção básica para a saúde dos cidadãos, ação essa denominada 
10 
 
 
de Programa Saúde da Família (PSF). Buscando a promoção da saúde no âmbito individual e 
coletivo, o PSF também age no tratamento, reabilitação, diagnóstico e manutenção da saúde 
populacional. Surgindo através da necessidade frente a situação da saúde e a precariedade da 
mesma, foi implantado pelo Ministério da Saúde em 1994, devido a demanda de cerca de 1.000 
municípios brasileiros não possuírem à sua disposição nenhum profissional médico. Seu 
objetivo é a reorganização da atenção básica de saúde e fundamenta-se em possibilitar o acesso 
universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade. Atualmente é descrito como Estratégia 
Saúde da Família (ESF) por não se tratar mais de um Programa e está integrado ao nível 
primário de atendimento à saúde pelo SUS. 
É importante pontuar que o SUS é o conjunto de todas as ações e serviços de saúde 
prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração 
direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, ele tem a função de atender toda 
a população de forma humanizada, podemos citar como exemplo, o que Silva (2015) descreve 
como os conceitos de Universalização, Equidade e Integralidade, em que o primeiro tem por 
definição que a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas, o segundo tem como 
objetivo diminuir desigualdades e por fim, o terceiro considera as pessoas como um todo, 
atendendo a todas as suas necessidades. 
No Brasil, o sistema de saúde é fragmentado e organizado por níveis de atenção. E é 
exatamente essa descentralização a responsável por promover um melhor atendimento à 
população, uma vez que cada um desses níveis corresponde a determinado conjunto de serviços 
assistenciais disponibilizados aos usuários (sendo alguns de maior complexidade e outros mais 
básicos). Tais categorias, determinadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), buscam 
promover, restaurar e manter a saúde dos indivíduos. 
Abordaremos aqui uma estratégia que se mostra importante ao pensarmos nos 
profissionais de saúde que se articulam para atuar não apenas nas Unidades Básicas, mas 
também fazem visitas domiciliares às famílias. Pode-se entender esse nível primário de atenção 
como a porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS). Nessa etapa, são marcadas 
consultas e exames básicos (hemograma, citopatológico, etc.), além de também poderem ser 
realizados procedimentos básicos, como curativos, por exemplo. Já em relação à capacitação 
dos profissionais de saúde, trata-se de uma formação mais ampla, com a fundamental presença 
de médicos de saúde da família e clínicos gerais. 
De maneira abrangente o Nível Secundário de atenção à saúde é formado pelas 
Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), os hospitais e outras unidades de atendimento 
11 
 
 
especializado ou de média complexidade. Nesses estabelecimentos podem ser realizados 
procedimentos de intervenção, tratamento de situações crônicas e de doenças agudas. Além do 
mais, podem haver também recursos para a realização de outros exames como endoscopias e 
ecocardiogramas. Sobre os profissionais envolvidos, no nível secundário já se pode contar com 
médicos de áreas especializadas, como Cardiologia, Endocrinologia, Ortopedia ou mesmo 
Psiquiatria e Oftalmologia. 
Por fim, o nível Terciário de atenção à saúde estão os hospitais de grande porte (alta 
complexidade), subsidiados pela esfera privada ou pelo estado. Nessas instituições podem ser 
realizadas manobras mais invasivas, caso haja necessidade, intervindo em situações nas quais a 
vida do usuário do serviço está em risco. No aparelhamento dos estabelecimentos do nível 
terciário estão presente máquinas de tecnologia avançada (como equipamentos para ressonância 
magnética, tomógrafos e hemodinâmicas, por exemplo). O objetivo nesse nível de atenção à 
saúde é garantir que procedimentos para a manutenção dos sinais vitais possam ser realizados, 
dando suporte mínimo para a preservação da vida sempre que preciso e nessa etapa atuam 
médicos especialistas. 
É importante ressaltar que o sucesso do funcionamento de um sistema de saúde 
fragmentado por níveis de atenção depende essencialmente de uma boa gestão. E isso, por sua 
vez, implica em preparo, planejamento e no uso de soluções tecnológicas que tragam mais 
eficiência às instituições. O efetivo controle sobre os processos é o que garante o 
funcionamentoadequado dos serviços. E esse controle se deve ao uso de um banco de dados ou 
à implementação de protocolos com registros eletrônicos das informações médicas sobre os 
usuários e as devidas orientações para o tratamento da doença em questão. 
Partindo da atenção básica em nível primário temos na ESF a composição profissional 
(equipe de Saúde da Família) de: médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou 
médico de Família e Comunidade; enfermeiros generalistas ou especialista em Saúde da 
Família; auxiliar ou técnico de enfermagem; e agentes comunitários de saúde. Podem ser 
acrescentados a essa composição os profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-dentista generalista 
ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal assim como outros 
profissionais que irão agregar a equipe. 
(...) a constituição de 1988 e a Lei 8080/90, vem para oferecer atendimento 
igualitário e cuidar e promover a saúde de toda a população nas bases da integralidade, 
equidade e acesso universal constituindo-se num projeto social único que se 
caracteriza por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde dos 
brasileiros um dos eixos principais a Atenção Básica/Estratégia Saúde da Família 
(BRASIL, 2016). 
 
12 
 
 
A partir das afirmações supracitadas foi garantido, assim, uma modificação e a 
experiência inovadora do ESF no nível municipal trazendo um impacto alvissareiro à medida 
que houve um comprometimento de recursos federais para a expansão da rede assistencial local 
e uma autonomia municipal na orientação do programa. O ESF não foi implantado somente 
para organizar a atenção básica no SUS temporariamente, mas essencialmente para estruturar 
esse sistema público de saúde na medida em que houve um redirecionamento das prioridades de 
ação em saúde, reafirmação de uma nova filosofia de atenção à saúde e uma consolidação dos 
princípios organizativos do SUS. As equipes são compostas por um médico, um enfermeiro, 
dois auxiliares de enfermagem e seis agentes comunitários de saúde (ACS), apoiados em uma 
unidade básica de saúde (UBS), sendo que, cada UBS possui oito equipes multidisciplinares. A 
inserção do psicólogo no ESF foi resultado de uma proposta de reorganização do sistema de 
saúde e ele passa a integrar a equipe multiprofissional com a responsabilidade de estabelecer um 
vínculo com o público atendido, aproximando-se e acolhendo esses indivíduos, compreendendo 
o contexto em sua totalidade e quais são as principais demandas, e assim, desenvolver, 
juntamente com outros profissionais, planos de ação no enfrentamento do processo saúde-
doença, buscando não somente a cura das doenças, mas também a prevenção delas. 
Diante de um vasto debate sobre as questões que envolvem a saúde, cabe-nos olhar 
especificamente para certa necessidade que o SUS vem encontrando ao longo dos anos, de obter 
dentro da equipe multidisciplinar um psicólogo, ou seja, seu campo de atuação vem se abrindo 
desde então, porém a psicologia é uma prática reconhecida muito recentemente, ou seja, o 
profissional desta área se vê diante do despreparo histórico para desenvolver um trabalho em 
harmonia com os imperativos de mudança. Na realidade brasileira, temos modelo de formação 
limitado que ainda se apresenta como obstrução para o avanço das técnicas psicológicas, dentro 
das mais diversas dificuldades encontradas pelo psicólogo para atuar no ESF, encontramos as 
necessidades para o aprimoramento da Psicologia: apropriação do tema das políticas públicas, 
discussão teórica e exercício prático em processos de trabalho interdisciplinar, reflexão sobre os 
princípios do SUS e seu contexto histórico, ampliação e renovação das práticas clínicas, 
discussão e envolvimento com questões sociais e políticas e desenvolvimento do campo da 
Psicologia comunitária e dos trabalhos com grupo, entre outros. Ou seja, existe uma 
necessidade de aproximar os conteúdos da psicologia nas políticas públicas. 
O profissional psicólogo que trabalha dentro do ESF, precisa ter um olhar diferenciado 
frente à demanda que encontrará no local, considerando o contexto social e cultural destes 
indivíduos, do coletivo e dos diversos conteúdos que permeiam o processo de saúde-doença. 
Trata-se, portanto, da superação de uma visão médica apenas, que se fecha na questão “tratar o 
13 
 
 
sintoma”. O papel da psicologia se diferencia ao passo que, existe a escuta, existe a 
individualidade de cada ser mesmo no coletivo, criando espaços de reflexão, abordando 
dimensões mais profundas da saúde. É o desenvolvimento do olhar e da intervenção sobre o 
contexto social e os fatores sócio-psicológicos, que estão relacionados às bases das 
necessidades e dos potenciais de saúde da população a ser assistida. 
A intervenção do profissional deve ocorrer de forma mais flexível, considerando as 
necessidades e prioridades de saúde da demanda, tendo a capacidade de lidar com uma 
realidade desafiadora e complexa, indo além dos modelos teóricos aprendidos em sua formação. 
Desta maneira, o trabalho em equipe dentro da Estratégia Saúde da Família (Programa Saúde da 
Família) é de extrema importância, se, e somente se considerarmos o termo “Saúde” como 
saúde física, emocional e social. Essa integralidade busca olhar para todos os âmbitos de saúde, 
ou seja, existe uma validação continua de aspectos subjetivos ao que se refere saúde dentro da 
proposta do SUS e da ESF. O trabalho em equipe tem como objetivo atingir impactos sobre os 
diversos elementos que afetam no procedimento saúde-doença, está na divergência sobre o que 
é equipe, entretanto, torna-se crucial que exista um mesmo objetivo dentre os agentes. Na 
produção em saúde, a “equipe” sempre terá relação com a situação de trabalho, e este, 
referindo-se à conquista de bens ou produtos para o cuidado frente às necessidades humanas. 
Trata-se, portanto, de uma divisão de responsabilidades entre os profissionais que atuam em 
conjunto dentro da Estratégia Saúde da Família, ou seja, com base nestes pressupostos teóricos, 
nos questionamos sobre como o psicólogo tem atuado como membro de uma equipe 
multidisciplinar no ESF. Qual é o seu papel? Quais as intervenções mais aplicadas? Quais as 
suas dificuldades? Uma das possibilidades de responder a estas questões é realizar um 
levantamento na literatura acerca da atuação do psicólogo no ESF a fim de organizar e ampliar 
conhecimentos sobre o estado da arte do trabalho do psicólogo neste contexto da saúde pública. 
1.3 Objetivo 
Realizar um levantamento na literatura sobre a atuação do psicólogo como membro da 
equipe da Estratégia Saúde da família (ESF). 
1.4 Justificativa 
O Programa Saúde da Família foi um dos pioneiros a desmistificar a figura do 
psicólogo, colocando-o como importante para todas as classes sociais, retirando a visão de que 
apenas o indivíduo com maior poder aquisitivo poderia ter acesso a esse profissional. Rosa 
(2005) mostra, ainda, que a saúde mental pode e deve estar acessível a todos os públicos. A 
14 
 
 
abrangência do ESF é expressiva já que o atendimento vai até a comunidade e ocorre de 
maneira multiprofissional. 
Neste sentido, estudos que objetivam conhecer o trabalho do psicólogo além da clínica e 
do modelo de atendimento clínico individual são importantes para demostrar para a sociedade 
civil e para a acadêmica as diferentes possibilidades de área de atuação e diversas formas de 
intervenção que podem ser desenvolvidas pelos psicólogos. O fato do ESF ir até a comunidade 
é um diferencial muito grande, pois atinge diferentes públicos e abrange a população de baixa 
renda ou em situação de vulnerabilidade. Sendo assim, o presente trabalho pretende contribuir 
com o enriquecimento e ampliação do conhecimentoacerca da atuação do psicólogo no 
contexto da saúde pública, especificamente, no que se refere ao papel do psicólogo no ESF. 
Segundo A Organização Mundial de Saúde (OMS) a “saúde é um estado dinâmico de completo 
bem-estar físico, mental, espiritual e social, e não meramente a ausência de doença ou 
enfermidade”. (SALGADO, 2006) e para nós, estudantes de psicologia, esta afirmativa é válida 
e precisamos considerar cada ser humano como único, para que possamos levar este “estado de 
bem-estar” de maneira aprimorada, devemos repensar nossos conceitos e aprender como se 
deve atuar em situações que envolvem o contexto social, com uma intervenção mais abrangente 
e acessível do psicólogo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
2. MÉTODO 
O delineamento do estudo foi uma revisão sistemática da literatura, que se configura 
como uma síntese de pesquisas e consiste em uma avaliação crítica de material já publicado. 
2.1 Procedimento de Coleta de Dados 
Optamos por duas bases de dados, a Periódicos CAPES e a Biblioteca Virtual em Saúde 
(BVS), com as palavras-chave: psicologia, programa, estratégia, saúde, família. Estas duas 
bases de dados foram escolhidas por serem as mais acessadas em nosso país e pelo nosso tema 
possuir uma característica regional, já que a Estratégia Saúde da Família com a participação de 
psicólogos não possui equivalentes em outros países. 
Após a realização das buscas, os títulos e resumos de todos os artigos resultantes foram 
analisados e selecionados para a composição desta revisão. Os artigos em que os resumos não 
possuíam dados suficientes para inclusão em nossa pesquisa foram lidos na íntegra. 
Estabeleceram-se como critérios de inclusão dos estudos: 1) tratar-se de artigos 
científicos; 2) publicações em português; 3) artigos que tenham como objeto de estudo a 
atuação do psicólogo no Programa Saúde da Família; 4) Artigos publicados nos últimos dez 
anos (2006 – 2016). Os critérios de exclusão foram: 1) artigos duplicados; 2) artigos sem a 
disponibilização de resumo ou de texto completo on-line; 3) livros, capítulos de livros, 
monografia, dissertação e tese; 4) artigos disponibilizados somente em outro idioma que não o 
português. 
No dia 16 de Agosto de 2017, a busca nas bases de dados foi realizada por duas alunas 
pesquisadoras de maneira simultânea, mas em computadores separados. Na base de dados 
Periódicos CAPES, no link http://www.periodicos.capes.gov.br/, digitamos as palavras-chaves: 
“psicologia, programa, estratégia, saúde, família” na área de “BUSCAR ASSUNTO” presente 
na mesma página, no canto esquerdo, selecionamos o filtro selecionamos apenas o idioma 
“Português” no campo “Refinar Resultados”, obtivemos 229 resultados, a listagem de todos os 
resultados está apresentada no ANEXO I. 
Em nossa segunda plataforma de pesquisa a Biblioteca Virtual em Saúde, no link 
http://brasil.bvs.br/, também no dia 16 de Agosto de 2017, no campo intitulado “Pesquisa” 
foram colocadas as palavras-chaves: “psicologia, programa, estratégia, saúde, família”, após 
16 
 
 
clicar em pesquisa no canto direito selecionamos a aba “FILTROS” e em seguida “Idiomas” 
indicando apenas resultados “português” e, obtivemos 182 resultados que estão descritos de 
forma detalhada no ANEXO II. 
Uma dupla de alunos pesquisadores ficou responsável por realizar a busca em cada base 
de dados, depois de feita a busca foram aplicados os critérios de inclusão e exclusão. Em 
seguida, foi feita a comparação das publicações resultantes por cada aluno com a de seu 
parceiro e obteve-se uma concordância de 100% na seleção dos artigos. 
2.2 Procedimentos de análise de dados 
Para melhor organização e compreensão dos estudos resultantes das buscas nas bases de 
dados pesquisadas, foi feito um tabulamento do material e uma análise dos resultados de cada 
trabalho que seguiu a identificação de nove dimensões de análise, a saber: ano de publicação, 
autores, base de dados (periódicos de indexação), título do estudo, objetivo, descrição sumária 
do método, tipo de delineamento de pesquisa, principais resultados, principais conclusões. 
Em seguida, foi feito um levantamento dos temas que emergiram da leitura e análise de 
todos os artigos. As etapas seguidas para esse procedimento de análise temática (TRIVIÑOS, 
1987) envolveu: 1) pré-análise: organização dos dados por meio da leitura flutuante e exaustiva 
de cada artigo, compreendendo a sistematização geral das principais ideias em forma de tabelas; 
2) exploração do material: elaboração de sínteses convergentes e divergentes de ideias; 3) 
interpretação dos dados: a partir das sínteses realizadas, serão selecionados os temas mais 
recorrentes, destacados por categorias temáticas; nessa etapa, serão construídos significados 
para os principais achados. 
2.3 Ressalvas éticas 
O presente trabalho seguiu as diretrizes contidas na Resolução N° 510/16 do Conselho 
Nacional de Saúde no que diz respeito à pesquisa envolvendo seres humanos nas Ciências 
Humanas. Ressalta-se que como se trata de uma revisão de literatura, os dados foram coletados 
com base em análise de publicações da literatura sobre psicologia, sem qualquer contato dos 
pesquisadores com os autores ou participantes dos estudos, ou seja, sem abordagem ou 
participação de seres humanos, apenas análise de publicações. Deste modo, considera-se que a 
presente pesquisa apresenta risco baixo. 
 
 
17 
 
 
 
 
3. RESULTADOS 
Na busca nas bases de dados Periódicos Capes e Biblioteca Virtual em Saúde foram 
localizados 411 resultados somando as duas plataformas, aplicamos os critérios de exclusão em 
cada uma. O procedimento de busca nas bases de dados foi feito por uma dupla de alunos 
pesquisadores, que realizaram os mesmos passos de forma simultânea, porém independente, ou 
seja, cada um em um computador e sem consultar o outro durante o processo de busca. 
Primeiramente, os dois alunos foram avaliando cada documento que surgiu nos resultados, 
começaram pelo portal Capes, aplicando os critérios de inclusão e exclusão, chegamos ao 
resultado análogo de 22 artigos, logo aplicamos os mesmos critérios de maneira simultânea nos 
documentos da BVS e chegamos à quantidade de 31 artigos. A Tabela 1 apresenta quantos 
artigos foram excluídos em cada base de dados e por cada critério de exclusão: 
 
Tabela 1 – Quantidade de artigos excluídos que foram resultados das pesquisas com as palavras 
chave: psicologia, programa, estratégia, saúde, família, nas bases de dados Periódicos 
CAPES e BVS e cada critério de exclusão utilizado. 
 
Critérios de Exclusão 
Periódicos 
CAPES 
BVS 
1) Artigos que não têm relação com o tema 187 95 
2) Livros, capítulos de livros, monografia, dissertação e tese 16 21 
3) Artigos Duplicados 13 20 
4) Publicados antes de 2006 3 2 
5) Artigos sem a disponibilização de resumo ou texto 
completo on-line 
0 0 
6) Artigos em outros idiomas 0 1 
Total 218 138 
Total de resultados excluídos em ambas as bases de dados 356 
Deste modo, a amostra da presente revisão de literatura sobre a atuação do psicólogo no 
ESF foi composta por 53 artigos, que foram organizados em uma tabela na qual foram 
analisadas as seguintes características de cada estudo: autores, ano de publicação, o tema 
investigado (título), objetivos, método de investigação, principais resultados e principais 
conclusões. 
a) Autores dos Artigos 
18 
 
 
Não foi evidenciada uma frequência de autores falando do tema abordado. 
b) Títulos 
Após chegarmos aos 53 artigos que utilizaríamos para análise, fizemos um levantamento 
de títulos. E observamos que um artigo fala sobre a avaliação do programa saúde da família;nove trazem a criança e suas dificuldades como a temática central, frisando ainda a atenção 
primária, violência e adolescência; dez deles relatam sobre a equipe multiprofissional e como 
agem na comunidade e nas organizações; 13 deles suscitam ideias sobre o Sistema Único de 
Saúde e o Núcleo de Apoio à Saúde da Família; seis deles apresentam ideias sobre a saúde 
mental e, por fim, 14 são voltados para a visão do Programa Saúde da Família, abrangendo seus 
usuários e seus colaboradores. A Tabela 2 apresenta a classificação dos artigos que compõem a 
amostra da presente revisão de literatura por tema definido com base no título de cada estudo. 
 
Tabela 2 – Os assuntos mais frequentes entre os títulos dos artigos selecionados que 
compõe a presente amostra – Brasil – 2017. 
Temas Quantidade 
Visão do Programa Saúde da Família (Equipe e Usuários) 14 
Sistema Único de Saúde e Núcleo de Apoio a Saúde da 
Família 
13 
Equipe Multiprofissional 6 
Atenção Básica 4 
Crianças 3 
Estagiários 2 
Atenção Primária 2 
Organização 2 
Comunitária 2 
Saúde mental 2 
Avaliação 1 
Violência 1 
Adolescência 1 
Total 53 
c) Anos de Publicação dos Artigos 
Ao avaliarmos os anos de publicação dos artigos, notamos que a distribuição se deu em 
maior escala no ano de 2013 e 2015, observamos na Figura 1 a distribuição das publicações, 
mostrando que no ano de 2009 e 2015 a quantidade de publicações é maior que nos demais 
anos, em 2013 não tivemos uma grande produção sobre o tema, nos primeiros cinco anos (2007 
19 
 
 
a 2011) foram publicados 30 artigos e nos cinco anos seguintes (2012 a 2016) 23 artigos. . 
 
 
Figura 1 - Ano de publicação dos artigos que compõe a presente revisão de literatura 
d) Objetivos 
Os objetivos dos artigos analisados evidenciam o trabalho do psicólogo dentro do ESF. 
Tal objetivo avalia como é feito o trabalho e qual a importância dele no momento em que 
acontece a pesquisa. Dos 53 artigos, 12 falam sobre essa importância e garantem que a atuação 
do psicólogo é fundamental, (FONSECA, 2012; VELOSO; SOUZA, 2013; SILVIA; SILVA, 
2014; RONZANI; MESQUITA, 2008; FERREIRA; NAJBERG; FERREIRA, 2014; 
OLIVEIRA; CAMPOS, 2015; RUF, 2007; FLORIANO; DALGALARRONDO, 2007; 
FERREIRA NETO et al., 2016; SANTOS JUNIOR; CARVALHO, 2008). A construção do 
significado da atuação do psicólogo é muito importante e foi adotado como objetivo em nove 
deles: PERES, 2010; AZAMBUJA, 2007; MARTINS; LAPORT; MENEZES, 2014; 
GUANAES; AUGUSTUS, 2011; SILVA; CARDOSO, 2013; HERMES; LAMARCA, 2013; 
SOUSA; CURY, 2009; COUTO; SCHIMITH; DALBELLO-ARAUJO, 2013; FONSECA; 
OZELLA, 2010. A formação dada aos estudantes de psicologia facilita a inserção em um 
trabalho tão complexo e dinâmico como o do ESF, dessa forma, seis dos artigos (CLEMENTE, 
2008; MIRANDA, 2012; RAMOS; PIO, 2010; OLIVEIRA; SILVA; YAMAMOTO, 2007; 
PORTUGAL; CAMPOS; GONÇALVES, 2016; VASCONCELOS, 2009), falam 
especificamente da atuação do estagiário e de seu aprendizado. 
Outro objetivo de estudo dos artigos é a correlação entre a ideia socioeconômica e a 
saúde mental, já que pouco se sabe sobre essa relação. Quatro dos artigos (BERREBSE, 2010; 
OLIVEIRA FILHO; VELÔSO; COELHO, 2012; CARDOSO, 2009; LOCH-NECKEL, 2009) 
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Quantidade de Artigos Públicados por ano 
Quantidade
20 
 
 
abordam a importância do trabalho em equipe e a fundamentação da definição de saúde mental, 
deixando cada vez mais clara a sua forma de auxílio ao que precisa. 
Artigos que possuíam assuntos únicos, mas que também remetiam a atuação do 
psicólogo no ESF também foram selecionados, tais estudo tiveram como objetivo: a 
apresentação da proposta do ESF e são eles: CEZAR; RODRIGUES, ARPINI, 2015; a 
investigação do trabalho do psicólogo por LEITE; MACHADO; VIEIRA, 2015; a discussão das 
transformações no ESF por AZEVEDO; KIND, 2013; FREIRE; PICHELLI, 2013; a atuação 
com crianças por VECCHIA; MARTINA, 2009 e NETTO; DESLANDES, 2016; a 
reconstrução social pós-internação psiquiátrica por SOUZA, 2012 e HORI; NASCIMENTO, 
2014; o trabalho dos membros da equipe por DORICCI; GUANAES-LORENZI; PEREIRA, 
2016; BARROS; GONÇALVES; KALTNER, 2015; PADILHA; OLIVEIRA, 2012; educação e 
saúde para os usuários LACAZ, 2013; ALVES; XIMENES; ARAÚJO, 2015 e pôr fim a 
promover a discussão sobre o trabalho dos profissionais com dez artigos sendo dos seguintes 
autores: GAMA; KODA, 2008; MELO; ALCHIERI; MELO, 2014; ROSADO; RUSSO; 
MAIA, 2015; SOUSA; OLIVEIRA; COSTA, 201; RIBEIRO; MARTINS, 2011; TRAVERSO-
YÉPES; BERNARDINO; GOMES, 2007; NEUMANN; CARDOSO; OLIVEIRA, 2011; 
MOREIRA; BANDEIRA; CARDOSO; SCALON, 2011; SANTOS; SILVA, 2007; ROCHA; 
MORAES,2011; BELÉM, 2016. 
e) Métodos de Pesquisa 
Ao realizar a análise dos métodos de pesquisa aplicados nos artigos selecionados, 42 se 
configuram como pesquisas de campo, nas quais os pesquisadores coletaram dados ou 
realizaram intervenções no campo, na realidade social sobre a qual se debruçaram. Dentre as 
formas de coleta de dados, pode-se notar preferência evidente dos pesquisadores pelo método 
de Entrevista, contando com o total de 26 publicações (FONSECA; OZELLA, 2010; FREIRE; 
PICHELLI, 2013; VECCHIA; MARTINA, 2009; HORI; NASCIMENTO, 2014; DORICCI; 
GUANAES-LORENZI; PEREIRA, 2016; MELO; ALCHIERI; MELO, 2014; FONSECA, 
2012; SILVIA; SILVA, 2014; LOCH-NECKEL, 2009; LEITE; MACHADO; VIEIRA, 2015; 
SOUSA; OLIVEIRA; COSTA, 2015; VIEIRA, 2015; BELÉM, 2016; RONZANI; 
MESQUITA, 2008; AZEVEDO; KIND, 2013; SOUSA; CURY, 2009; PADILHA; OLIVEIRA, 
2012; OLIVEIRA FILHO; VELOSO; COELHO, 2012; AZAMBUJA, 2007; SOUZA, 2013; 
BERREBSE, 2010; RIBEIRO; MARTINS, 2011; BARROS; GONÇALVES; KALTNER, 
2015). Em sequência, um dos instrumentos mais utilizados foi o questionário de pesquisa com 
06 estudos (MARTINS; LAPORT; MENEZES, 2014; TRAVERSO-YÉPES; BERNARDINO; 
21 
 
 
GOMES, 2007; SANTOS; SILVA, 2007). Como intervenção oito pesquisas realizaram 
Oficinas de Intervenção (COUTO, SCHIMITH, DALBELLO-ARAUJO, 2013; SANTOS 
JUNIOR; CARVALHO, 2008; VASCONCELOS, 2009; ALVES; XIMENES; ARAUJO, 2015; 
NEUMANN; CARDOSO; OLIVEIRA, 2011; CARDOSO, 2009; ROSADO; RUSSO; MAIA, 
2015). 
Estudo Transversal aparece com 04 trabalhos (DALGALARRONDO, 2007; FERREIRA 
NETO et al. 2016; PORTUGAL; CAMPOS; GONÇALVES, 2016), e por último aparece a 
Narrativa (PERES, 2010). 
O outro tipo de delineamento mais empregado pelos artigos analisados foi a revisão 
bibliográfica, com 08 contribuições (HERMES; LAMARCA, 2013; NETTO; DESLANDES, 
2016; SILVA; CARDOSO,2013; GUANAES; AUGUSTUS, 2011; SOUZA, 2012) 
 
Tabela 3 – Tipo de método de coleta de dados empregados pelos artigos analisados. 
 
Método de Pesquisa Números de Artigos 
Entrevista 26 
Revisão Bibliográfica 08 
Oficinas de Intervenção 08 
Questionário 06 
Estudo Transversal 04 
Narrativa 01 
Total 53 
 
f) Principais Resultados 
Nos principais resultados, dentre os 53 artigos selecionados, 23 artigos relatam sobre a 
experiência de psicólogos e estagiários no PSF. Constatou-se também, que há uma necessidade 
de adequação desses profissionais ao contexto social, apesar de haver uma tendência para 
adoção de novas práticas, os psicólogos ainda apresentam crenças e práticas enraizadas no 
modelo biomédico. Como exemplo disto, podemos citar o estudo de Oliveira, Silva e 
Yamamoto (2007) texto em que os resultados trazem a importância de um aperfeiçoamento 
profissional e grupal no ESF, o que gera desafios no dia-a-dia da equipe multiprofissional. A 
perda de postos de trabalho, a permanência fora das equipes, à falta de conhecimento acerca dopapel do psicólogo nas equipes e o aumento da demanda reprimida para a psicologia também 
merecem destaque. 
Foram encontrados também, estudos que falam sobre o trabalho da equipe 
multiprofissional, foi possível notar, de modo geral, a importância do trabalho interdisciplinar 
para que os objetivos propostos sejam alcançados. De acordo com Ferreira Neto et al (2016); 
22 
 
 
Clemente (2008); Vecchia; Martina (2009); Couto; Schimith; Dalbello-Araujo (2013) a 
diversidade de categorias profissionais que compõe a equipe PSF favorece o diálogo, a reflexão 
e a ampliação da compreensão acerca da complexidade de cada caso e, consequentemente, 
melhoram a efetividade e resolutividade dos mesmos. A Psicologia pode contribuir de forma 
efetiva para a promoção da saúde no contexto do Programa. Observou-se que a equipe 
considera relevante a determinação das condições de vida no processo saúde-doença da 
população atendida, a necessidade de lançar mão de estratégias diversificadas no cuidado para 
além da consulta, a importância de se cuidar da saúde mental da própria equipe, bem como 
dificuldades na abordagem da família. 
Dois textos têm como tema o adolescente usuário do ESF, no primeiro Netto e 
Deslandes (2016) é relatado como o programa lida com caso de violência a adolescentes, esse 
estudo reconhece que os profissionais estariam sensibilizados com o crescimento das violências 
envolvendo adolescentes, porém, destaca-se a ausência de medidas especificas de 
enfrentamento. No segundo texto de Fonseca; Ozella, (2010) apresenta a necessidade de os 
profissionais repensarem suas práticas com vistas à ressignificação da imagem do adolescente, 
das formas de trabalho de prevenção às violências junto a esse segmento e da promoção de 
práticas alternativas e criativas que valorizem o protagonismo juvenil, com vistas à promoção 
de saúde e de uma cultura de paz. A formação dos profissionais sobre o tema; a priorização do 
problema nas programações de trabalho; a criação de redes de apoio e proteção continuam a 
desafiar gestores e profissionais da ESF e a demandar ações concretas. 
Foram realizados dois estudos sobre a qualidade de vida dos idosos usuários do ESF, o 
primeiro trata-se de um estudo que buscou identificar a saúde mental, qualidade de vida e 
religião em idosos usuários deste programa, por meio da coleta de dados, constatou-se que a 
presença de transtornos mentais associa-se a morar só ou com apenas uma pessoa, os idosos que 
não recebem aposentadoria e que fizeram uso de benzodiazepínicos no último ano e que tem na 
religião a base de seu convívio apresentaram piores escores. (FLORIANO; 
DALGALARRONDO, 2007). O segundo estudo, (BELÉM, 2016), refere-se a auto avaliação 
do estado de saúde e fatores associados em idosos cadastrados no ESF, o estudo realizado em 
Campina Grande – Paraíba, avaliou 420 idosos. Os resultados mostram que a avaliação negativa 
do estado de saúde esteve associada com o número de doenças crônicas, com o grau de 
dependência nas atividades básicas de vida diária, assim como apresentou tendência de 
associação com estado conjugal. Esses resultados sugerem, a necessidade de ações voltadas à 
prevenção e diagnóstico de doenças crônicas, assim como a promoção e manutenção da 
23 
 
 
capacidade funcional e prevenção ou tratamento de incapacidades. 
Dentre os estudos, três falam sobre a atuação do psicólogo com base na abordagem 
fenomenologia-existencial. As pessoas moradoras das comunidades populares, frequentemente, 
são desacreditadas e desconfirmadas no seu saber e no seu conhecimento de vida, o que elas, 
muitas vezes, ampliam para si mesmas como um todo e para os diversos aspectos de sua vida. A 
postura fenomenológica, proposta pela abordagem gestáltica, de acolhimento, de 
disponibilidade para escutar genuinamente as pessoas atendidas e o interesse por suas vivências, 
bem como a valorização da experiência de vida dos participantes do grupo, permitiram uma 
aproximação maior entre estes e os estagiários de psicologia. (SILVA; CARDOSO, 2013); 
(GUANAES; AUGUSTUS, 2011); (CARDOSO, 2009). 
Dois artigos falam sobre as crianças como usuárias do PSF, o primeiro (ROCHA; 
MORAES, 2011), descreve sobre a violência familiar contra a criança que pôde constatar que a 
agressão psicológica ocorreu juntamente com o castigo corporal. A violência física menor e a 
grave também foram praticadas e a mãe foi à principal autora de todos os tipos de maus-tratos, 
embora a maioria das crianças sofra agressões psicológicas e punições corporais por parte de 
ambos os pais. O segundo (VASCONCELOS, 2009), relata sobre a normatização do cuidar da 
criança menor de um ano no PSF, neste os resultados demonstraram que o cuidado ao menor de 
um ano tem sido majoritariamente normativo, as instituições pesquisadas não possuem 
ambiente e instrumental adequado para o atendimento de crianças, a formação acadêmica dos 
profissionais é inadequada e estes não têm recebido capacitação continuada para atuação nesta 
faixa etária. 
Três textos relatam o esgotamento e o sofrimento psíquico do trabalhador da saúde da 
família (RIBEIRO; MARTINS, 2011; MARTINS; LAPORT; MENEZES, 2014; ROSADO; 
RUSSO; MAIA, 2015). Nestes constatou-se que, de forma geral, o sofrimento apareceu como 
desânimo, angústia, conflito na equipe, falta de rede de apoio, acúmulo de atividades, atribuição 
dos problemas do usuário a si mesmo, desvalorização profissional, sobrecarga de trabalho e 
impotência ante a dificuldade de dar conta da demanda. Os resultados demonstraram que os 
sujeitos reconhecem a importância do trabalho para garantia de condições favoráveis à saúde. 
Entretanto, destacam seus efeitos no desgaste físico e psíquico dos trabalhadores, por 
impulsionar estresse, ausência de hábitos saudáveis, hipertensão arterial, distúrbios do sono, 
osteomusculares e gastrintestinais. 
O tema de outro texto refere-se ao trabalho do ESF no incentivo ao parto normal através 
24 
 
 
do uso de um método psicossomático de alívio da dor. O estudo impulsionou o aprimoramento 
e a implementação continuada no trabalho das equipes do ESF, em virtude do elo entre equipe e 
gestante, o que favorece uma interação positiva entre ambas, proporcionando maior nível de 
informação e autoconfiança, além da diminuição do medo da dor. (SANTOS; SILVA, 2007). 
Um dos artigos trouxe a questão da terapia comunitária, relatada pelos profissionais do 
SUS de Santa Catarina. Neste, obteve-se como resultado o fortalecimento das redes de apoio 
familiar e social e a melhoria dos vínculos familiares e comunitários são benefícios decorrentes 
dos encontros de Terapia Comunitária que podem contribuir para a construção de uma clínica 
ampliada e para a valorização dos recursos do território. Além disso, o princípio da 
horizontalidade promove acolhimento, atenção humanizada e empoderamento dos integrantes 
da Terapia Comunitária, configurando um grupo que se constrói, se gerencia, se 
corresponsabiliza para com as mudanças que precisam ser operadas. (PADILHA; OLIVEIRA, 
2012) 
Outro tema tratado em um dos artigos foi o projeto terapêutico singular e as práticas de 
saúde mental nos Núcleos de Apoios a Saúde da Família (NASF), em Guarulhos/SP. Sobre isso, 
pode-se concluir que a indefinição de objeto de trabalho (atenção, apoio matricial ou apoio à 
gestão?) e a precariedade das condições de trabalho dificultam a implantação de ações que 
tenham como foco a promoção à saúde e a prevenção de doenças, deixando à deriva as 
diretrizes da Atenção Primária a Saúde e do NASF, como a integralidade, a 
interdisciplinaridade, a territorialidade, a articulação em rede de saúde e psicossocial e o 
incentivo à participação social. (HORI; NASCIMENTO, 2014) 
Cuidadospaliativos foi o assunto de um dos artigos, neste, o principal resultado foi a 
afirmação que o trabalho do psicólogo em cuidados paliativos consiste em atuar nas desordens 
psíquicas que geram estresse, depressão e sofrimento, fornecendo um suporte emocional à 
família, que permita a ela conhecer e compreender o processo da doença nas suas diferentes 
fases, além de buscar a todo tempo, maneiras do paciente ter sua autonomia respeitada. 
(HERMES; LAMARCA, 2013) 
O último tema a ser citado dos artigos pesquisados, refere-se à opinião dos usuários do 
PSF sobre este programa, sobre isto, foram encontrados dois artigos. No primeiro, foi possível 
concluir que a análise dos discursos dos participantes apresentou, de maneira clara, as tensões 
que atravessam os atos de significação relacionados ao PSF em duas unidades do programa na 
cidade de Campina Grande/PB. Alguns usuários ressaltaram as qualidades do PSF, como o fato 
25 
 
 
de as residências se localizarem próximo às unidades e o bom atendimento prestado pelos 
profissionais. (OLIVEIRA FILHO; VELÔSO; COELHO, 2012); já o segundo texto traz o tema 
do sentido de saúde e modos de cuidar de si elaborados por homens usuários de Unidade Básica 
de Saúde – UBS, esta pesquisa refletiu que a pluralidade dos sentidos de saúde e as 
performances de cuidado de si, conferem à saúde o caráter humano e reivindicam o 
protagonismo dos usuários na construção do sistema de atenção integral à saúde. (SILVIA; 
SILVA, 2014). 
g) Principais conclusões 
Ao realizar análise das principais conclusões dos quais dois artigos falam sobre os 
problemas de saúde (stress, depressão) que são causados no psicólogo como sujeito atuante do 
programa da família (RIBEIRO; MARTINS, 2011; MARTINS; LAPORT; MENEZES, 2014; 
ROSADO; RUSSO; MAIA, 2015). Dois artigos falam sobre a falta de recursos do programa 
PSF e como o psicólogo vai lidar com esses problemas, para continuar atendendo a população 
como, por exemplo, Santos e Silva (2007). Nove artigos falam sobre a necessidade de trabalhar 
o bem-estar do grupo multidisciplinar, questões como hierarquia, métodos de trabalhos, saúde 
biológica e mental da equipe para que assim os participantes da equipe multidisciplinar tenham 
condições de trabalhar os problemas da comunidade, citamos aqui Rocha; Moraes (2011) e 
Vasconcelos (2009). 
Temos 13 artigos que falam sobre a necessidade de formação para o psicólogo atuar no 
PSF, pois de acordo com os estudos, as faculdades não dão o respaldo suficiente para um 
psicólogo ir a campo com o material que tem, tomamos alguns que são as referências sobre 
estas conclusões e são eles: Ferreira Neto et al. (2016); Clemente (2008); Vecchia; Martina 
(2009); Couto; Schimith; Dalbello-Araujo (2013), e por fim 29 artigos falam sobre a atuação do 
psicólogo no ESF com a criação de políticas públicas na comunidade nas quais se encontram, 
com a criação de estratégias familiares, promoção à saúde e fazendo com que a população se 
aproprie dos programas da prefeitura e de suas vidas na comunidade. Alguns são de Santos 
Junior e Carvalho (2008); Martins; Laport e Menezes (2014); Veloso e Souza (2013); Floriano; 
Clemente (2008); Dalgalarrondo (2007); Ferreira Neto et al (2016); Alves; Ximenes; Araujo 
(2015); Neumann; Cardoso e Oliveira (2011). 
26 
 
 
4. DISCUSSÃO 
O objetivo foi realizar uma revisão sistemática da literatura nacional sobre a atuação do 
psicólogo no ESF e considera-se que foi atingido, porém, observou-se que há poucas 
publicações que descrevem a atuação do psicólogo no ESF. 
Em 2016 foi levada a público a cartilha que explica a fundamentação e funcional idade 
do SUS, nela, observamos que o atendimento igualitário, a promoção e cuidado da saúde e da 
população de maneira básica são a essência da atuação do psicólogo. Ferreira, Najberg e 
Ferreira (2014) anteriormente à cartilha do SUS já destacam que o atendimento igualitário e 
preventivo, como norteadores da atuação do psicólogo são fundamentais para a promoção da 
saúde na rede pública. A importância do olhar dos servidores na atenção básica, englobando a 
promoção da saúde psicológica e de atividades voltadas para a comunidade é uma das 
discussões levantadas por Sousa, Oliveira e Costa (2015) que trazem a ponderação sobre 
igualdade, não acontecendo somente entre os usuários do ESF, mas também dentro da equipe 
multidisciplinar, para que todos possam se reconhecer como participantes. Ao observarmos o 
que é tratado pelos autores dos artigos pesquisados, não elencamos uma coerência entre aquilo 
que é exigido pela cartilha do SUS (Brasil, 2016), pelo contrário, o serviço público não vê cada 
sujeito como único. Com essas considerações, deve-se repensar em como é importante o 
desenvolvimento de práticas grupais, como forma de promover mais saúde e prevenir doenças, 
no sentido macro e coletivo, visto a importância que os autores trazem para a atuação voltada 
para a comunidade. 
Considerando que, apesar dos avanços no novo desenho da rede, como descrito nos 
estudos de Oliveira, Silva e Yamamoto (2007) houve uma dificuldade na inserção do psicólogo 
no ESF e este perdeu assim postos de trabalho por não conseguir justificar sua presença em 
ações que objetivam a prevenção de doenças, promoção de saúde e educação popular, conforme 
cita a cartilha que desenha o SUS (BRASIL, 2016). Os principais desafios ao se trabalhar com o 
ESF são a ‘psicologização’ e a ‘psiquiatrização’, que existem nos serviços de saúde e são 
retratados por Guanaes e Augustos (2011), as instituições que servem de base para o ESF, 
acreditam que apenas a medicalização pode ser útil no tratamento dos usuários, quando na 
verdade o psicólogo tem papel fundamental na reinserção social do indivíduo. 
A incoerência entre o discurso oficial e as estratégias efetivamente disponibilizadas aos 
profissionais no ESF, apesar de prever ações em saúde mental, até o momento não estabeleceu 
os parâmetros para inserção desses profissionais nas equipes, conforme Traverso-Yépes, 
Bernardino e Gomes (2007). Baseando-nos em Rosa (2005) vemos que o trabalho do psicólogo 
deve possibilitar a alteração da condição de louco e alienado para atores que constroem a sua 
27 
 
 
própria cidadania, os artigos selecionados relataram as dificuldades que o psicólogo pode 
encontrar como, por exemplo, a definição de um objeto de trabalho que existe na implantação 
da saúde básica, conforme explana Hori (2014). Tais desafios bloqueiam a atuação de forma 
coerente do psicólogo dentro do ESF, pois padronizam ações que deveriam ser feitas de 
maneira individual e que possam ser coerentes com as demandas de cada situação problema. 
Já que não se tem uma determinação de qual é o foco de trabalho do psicólogo, 
verificamos que os problemas da atuação do psicólogo estão embasados na economia, na 
sistematização e na intervenção em saúde mental que necessita de uma mudança na estrutura 
humana – corpo, psique, espirito e o ato empático – que é pouco estudada na psicologia, 
conforme atentam as considerações de Silva (2014), Floriano, Dalgalarrondo (2017), Belém 
(2016) e Padilha e Oliveira (2012). Existem alguns contrapontos, acreditamos que o principal 
deles é a falta de inserção do psicólogo como parte da equipe. Por mais que ele esteja 
trabalhando no ESF, o seu objeto de trabalho não é compreendido e ele acaba sendo isolado do 
contexto de trabalho, mesmo tendo que lidar com casos de doenças tão complexas, como as 
presenciadas no ESF pelos psicólogos e citadas nas produções, em que foi avaliada a 
prevalência de transtornos mentais, como ansiedade, depressão e transtornos somatoformes. 
Um dos principais assuntos atendidos dentro do ESF é a violência de maneira geral, os 
profissionaisreconhecem a vulnerabilidade do usuário para praticar e sofrer violência, 
entretanto, a ESF mostra-se pouco atuante no enfretamento e prevenção de acordo com Netto e 
Deslandes (2016). Dessa forma, as pessoas inseridas na comunidade frequentemente são 
desacreditadas e desconfirmadas no seu saber e no seu conhecimento de vida, o que, muitas 
vezes, ampliam as verdades que são implantadas pelo convívio social, segundo Cardoso (2009), 
as vivencias sociais são as principais formas de tirar o poder da sociedade e é nesse contexto 
que o psicólogo deve trabalhar no ESF. Eis aí a importância da atuação do psicólogo, 
compreender as variedades de visões de mundo e instaurar um método adequado para cada 
situação. 
Foram diversos os tratamentos e a variedade de estratégias de intervenção aplicadas 
pelos psicólogos: acolhimento, oficinas psicossociais, grupos operativos, grupos de mediação, 
grupos de psicoterapia, de psicoterapia breve, atendimento familiar, educação em saúde na sala 
de espera, entre outros, conforme nos mostra Moreira, Bandeira, Cardoso e Scalon (2011). 
As pessoas atendidas nesse programa esbarram nas questões sociais, econômicas, 
sexuais, políticas e culturais (PERES, 2010). Uma das formas sugeridas de tratamento é o 
cuidado paliativo, aliviando as dores e o sofrimento, empregando um método psicossomático de 
28 
 
 
alivio da dor que é de extrema importância para Santos e Silva, (2007), Hermes e Lamarca 
(2013), notamos nessas leituras que o campo de atuação do psicólogo é vasto e pode abranger 
muitos temas, acredita-se que aí está a importância de uma formação competente, já que há uma 
pluralidade de demandas. 
Durante a presente revisão da literatura, observamos profissionais de concepção 
restritas, centradas apenas no transtorno que o paciente apresenta. Veloso e Souza (2013) 
esclarecem que o fato de ainda terem psicólogos que pensam somente nos aspectos patológicos 
do sujeito, acaba por ser um fator que denigre o próprio trabalho, os autores recomendam que o 
trabalho do psicólogo seja focado na ampliação do conceito de doença em saúde mental, 
servindo assim de uma classificação para os principais determinantes sociais. 
O desafio de formar profissionais para atuar no ESF não é exclusividade da psicologia, 
mas também das demais profissões do campo da saúde. Preocupando-se com isso, o Ministério 
da Saúde propõe o programa de residência multiprofissional com a finalidade de formar 
profissionais capazes de desenvolver intervenções ampliadas e condizentes conforme destacam 
Clemente (2008), Fonseca (2012), Cezar, Rodrigues e Arpine (2015). Ao se iniciar uma 
formação em psicologia temos muitos olhares sobre a importância e a atuação do psicólogo na 
sociedade e na melhora do indivíduo, quando, dentro dos estágios obrigatórios para a formação 
do psicólogo, existe a experiência no ESF, notamos em Sousa e Cury (2000) que há uma 
sensação de constrangimento e contrariedade a princípio, mas, após conhecer o programa, essas 
experiências de atendimento foram transformadas em acolhimento, o que é de suma 
importância para a atuação do psicólogo, que visa a singularidade do sujeito, já que o acolher e 
escutar proporcionam a compreensão do usuário do serviço em sua subjetividade. A diferença 
da formação do psicólogo é notória dentro da intervenção do psicólogo na equipe 
interdisciplinar, já que aquele profissional que tem uma especialização acaba destacando-se 
mais, colocando a prova sua subjetividade nas suas interpretações, mas sendo bem-sucedido por 
ter mais habilidade para lidar com situações distintas. 
A empregabilidade do psicólogo está intimamente ligada com a sua qualificação 
profissional devendo ser incentivada através de estratégias de formação continuada e o aumento 
do cuidado, na atenção aos riscos de se focar somente na demanda conforme Ferreira Neto et al. 
(2016). Os profissionais de Psicologia têm a expectativa de que aumente o número de psicólogo 
nas equipes e que diminua o número de UBS pelas quais são responsáveis, esperam, 
principalmente, que o trabalho da psicologia, tenha maior visibilidade, seja reconhecido e 
valorizado (AZEVEDO; KIND, 2013), garantindo assim uma melhor qualidade de trabalho, 
29 
 
 
mas sem perder o intuito do interesse na abrangência de sua atuação à nível quantitativo. A 
política do trabalhador apresentada pelo SUS não é aplicada no dia a dia, partindo dos relatos 
sobre extenuantes cargas de trabalho, entrevemos a importância da manutenção de 
trabalhadores em número suficiente para atender as demandas institucionais, bem como, de 
remunerações condizentes com suas necessidades e qualificação conforme apontam Azambuja 
(2007), Ribeiro e Martins (2011); Rosado, Russo e Maia (2015), gerando a minimização e o 
acumulo de atividade e vínculos profissionais. As modificações e problemas o esgotamento 
profissional, acontece e tem três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e realização 
pessoal. Perpassam pela execução de diversas atividades que não são especificas de suas 
profissões para Loch-Neckel (2009). 
Devido a tantas dificuldades apresentadas na formação, construção e atuação do 
psicólogo foi sugerida, em alguns artigos a apropriação do conceito de matricidade, que é lançar 
luz sobre os desdobramentos do conceito e das práticas incorporadas às políticas do ESP como 
nos mostra Oliveira e Campos (2015). Tal processo pode ser materializado nas práticas de 
saúde de distintas formas: discussões de caso e de temáticas consideradas relevantes para as 
equipes; atendimento individuais e grupos compartilhados; visitas e atendimentos domiciliares 
compartilhados; e, quando necessário, a equipe de apoio acolhe diretamente o sujeito em 
questão. Nesse novo contexto, o papel a desempenhar não é mais o de “curador”, mas o de 
agente de mudanças, que, deve ser construído a partir de um compromisso social, considerando 
sempre o ideário do sistema de saúde e seus usuários. O psicólogo, de acordo com Nepomuceno 
et al. (2008) pode proporcionar uma práxis libertadora, em que se valoriza o potencial 
comunitário, desenvolvendo a comunidade para que uma sociedade seja melhor construída, 
transformando a realidade em que esses estão inseridos. 
Percebemos durante a presente revisão de literatura que quando se trata da equipe 
multiprofissional há uma valorização da equipe como um todo, e dentro dessa, o médico e o 
enfermeiro têm seu papel e objeto de trabalho bem delineados. O psicólogo não tem clareza de 
qual é o seu papel no ESF, dificultando, assim, todo o seu trabalho. 
A pesquisa apresentou limitações devido ao idioma - já que filtramos apenas para o 
português - e pelo recorte feito apenas a artigos - não considerando teses, dissertações, 
monografias ou livros. Considerar a inclusão desses resultados em futuras pesquisas poderá 
possibilitar uma maior discussão e aprofundamento sobre o tema proposto, visto que, mesmo 
considerando bases de dados importantes, não há esgotamento dos dados nessa pesquisa 
realizada. 
30 
 
 
5. CONCLUSÃO 
O ESF foi criado com a expectativa de atender a população de baixa renda, a fim de 
garantir aquilo que é direcionado pela constituição de 1988, o direito a saúde e sua promoção. 
Por mais que no contexto ideológico esta premissa seja verdadeira, não podemos generalizar, 
pois foram estas as informações que vislumbramos nessa pesquisa. 
A partir da presente revisão bibliográfica pudemos contribuir com o campo da 
psicologia ao realizar a discussão sobre o tema, possibilitando assim recursos para futuras 
pesquisas, assim como a possibilidade de terem mais discussões sobre como o psicólogo atua 
no ESF. 
A atuação do psicólogo poderia ser vista como um dos pontos essenciaispara a saúde do 
sujeito, já que a psicologia abrange o indivíduo em sua totalidade relevando sua singularidade. 
Diante das investigações realizadas, notamos que o trabalho desse profissional não é 
reconhecido ou valorizado, muitas vezes pela falta de delimitação de seu objeto de trabalho, 
outras vezes pela falta de oportunidade de contato com os usuários do ESF. 
Como contribuição, percebe-se que a falta de interesse por pesquisadores em entender a 
atuação específica do psicólogo no ESF é um dos fatores a serem ressaltados como resultados 
da presente revisão de literatura, uma vez que a literatura nacional parece apresentar poucas 
referências específicas sobre a execução da função do psicólogo nesta importante etapa de 
atendimento da atenção primária do SUS. 
O foco das pesquisas toma um rumo mais especifico quando frisamos a equipe 
multidisciplinar. É nela que constatamos a não participação do psicólogo, já que ele é visto 
apenas como uma forma de agregar um auxílio ao tratamento já iniciado pela medicalização, e 
não uma forma nova de ressignificação do estágio da doença para os usuários. 
A visão da equipe multidisciplinar está engessada, de forma a não perceber que a 
atuação do psicólogo não se limita apenas a subjetividade do paciente ou usuário do ESF, mas 
que essa está intimamente ligada a objetividade, visando promover a saúde biopsicossocial. As 
pesquisas, com foco na atuação do psicólogo, precisam acontecer para que não só a equipe, mas 
a sociedade em geral perceba que esse profissional pode acrescer na promoção da saúde. 
Por fim, podemos concluir que, a pesquisa enfatizada na atuação do psicólogo é pouco 
explorada; que a formação do psicólogo não o prepara para lidar com situações que surgem no 
ESF; que muitas questões multidisciplinares são tratadas, mas em poucos estudos temos o olhar 
voltado apenas para o psicólogo, assim acreditamos que relevar apenas o psicólogo na área do 
ESF é o que falta nas pesquisas e que por mais que nossa pesquisa tenha algumas limitações, 
trazer à luz a importância desse profissional no campo de atuação social é o que fará a diferença 
31 
 
 
na comunidade cientifica e evidenciará a atuação do psicólogo nessa estratégia de suma 
importância para a sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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