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Universidade Lúrio 
Faculdade de Engenharia 
Departamento de Engenharia Geológica 
Dinâmica de Solo e Minas 
 
 
 
Projecto de Pedreira 
 
 
 
Discente: Docente: 
Bianca C. Alberto Desejo Mechequene, Lic 
Mário Lucas Zamudine Cafuro, Lic 
Yuni Inxala 
 
 
 
 
 
 
Pemba, Novembro de 2019 
 
2 
Índice de figura 
Figura 1: Localização geográfica de Montepuez. ........................................................................... 6 
Figura 2: Geologia local adaptado por autores. .............................................................................. 8 
Figura 3 Ilustração do ciclo de produção do calcário ornamental. ............................................... 11 
Figura 4: Ilustração das operações que compõem o método de desmonte da rocha. 
(SANTARÉM, 2010) .................................................................................................................... 11 
Figura 5: método de desmonte. ..................................................................................................... 13 
Figura 8: Sinais de Aviso. (Carvalho, Benedita, Alcobaça, & Leiria, 2014) ................................ 21 
Figura 9: Sinais de obrigação. (Carvalho, Benedita, Alcobaça, & Leiria, 2014) ......................... 22 
Figura 10: Sinais de salvamento ou de emergência. (Carvalho, Benedita, Alcobaça, & Leiria, 
2014) ............................................................................................................................................. 23 
Figura 11: Sinais de material de combate a incêndio. (Carvalho, Benedita, Alcobaça, & Leiria, 
2014) ............................................................................................................................................. 23 
Figura 12: Sinais de proibição. (Carvalho, Benedita, Alcobaça, & Leiria, 2014) ........................ 24 
Figura 13: Sinalização de matérias perigosas. (Carvalho, Benedita, Alcobaça, & Leiria, 2014) . 24 
Figura 14: Desenho esquemático da filosofia de concepção da recuperação paisagística. .......... 33 
Figura 15:Metodologia preconizada para a lavra/recuperação. .................................................... 34 
 
Índice de quadro 
Quadro 1: Aspectos a ter conta no cálculo de reserva. ................................................................. 10 
Quadro 2: ilustração das várias operações que compõem o método de desmonte a utilizar na 
pedreira para desmonte dos blocos de rocha ornamental. ............................................................. 12 
Quadro 3:Lista de actividades e riscos potenciais. ....................................................................... 17 
Quadro 4: Meios utilizados para os diversos tipos de sinalização. ............................................... 20 
Quadro 5: Significado e indicações associadas a cada cor de segurança. .................................... 21 
 
 
 
3 
Indice 
1. DESCRIÇÃO DO PROJECTO ........................................................................................................................ 4 
2. Localização e acesso do projecto .............................................................................................................. 6 
3. Geologia local ............................................................................................................................................ 7 
4. Calculo de Reserva .................................................................................................................................... 8 
5. Circuito produtivo ................................................................................................................................... 10 
5.1. Método de desmonte ...................................................................................................................... 11 
6. PLANO DE SEGURANÇA ........................................................................................................................... 16 
6.1. Medidas de Prevenção ..................................................................................................................... 17 
6.2. Sinalização ........................................................................................................................................ 19 
6.3. Tipos de sinais .................................................................................................................................. 19 
7. AVALIAÇÃO DE IMPACTES AMBIENTAIS ................................................................................................. 25 
7.1. Medidas de minimização ..................................................................................................................... 28 
8. Plano ambiental e de recuperação paisagística (PARP) .......................................................................... 31 
9. O PLANO DE DESACTIVAÇÃO .................................................................................................................. 34 
9.1. Plano de monitorização ................................................................................................................... 35 
10. BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................................ 36 
 
 
 
 
4 
1. DESCRIÇÃO DO PROJECTO 
A atividade mineradora é responsável pela maior parte da matéria-prima utilizada pela construção 
civil e pelas indústrias em geral. Ao longo dos anos, essa atividade tem beneficiado a humanidade 
possibilitando o desenvolvimento das cidades. 
O projeto da pedreira “Pedreira BIYUMAR” foi elaborado de acordo com as condições técnicas e 
geológicas da área. 
Trata-se, portanto, de um vasto documento técnico que descreve os métodos e técnicas associadas 
à atividade da pedreira e no qual se incluem o Plano de Lavra, o Plano de Segurança e Saúde, o 
Plano de Deposição ou Aterro, o Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística (PARP) e o 
Estudo de Viabilidade Económica, visto que se trata de uma pedreira da classe ou categoria 2. 
Salienta-se que, na conceção do projeto, foram já integrados os dados e as recomendações 
resultantes da elaboração do Estudo de Impacte Ambiental. Dentro dos principais objetivos que se 
pretendem alcançar com o Projeto referem-se os seguintes: 
 Racionalizar o aproveitamento e a exploração do recurso mineral, minimizando potenciais 
impactes ambientais e compatibilizar a pedreira com o espaço envolvente em que se insere, 
durante e após as atividades de exploração; 
 Reconverter paisagisticamente o espaço afetado pela pedreira, em concomitância com o 
desenvolvimento da lavra, através da implementação do Plano Ambiental e de 
Recuperação Paisagística (PARP), possibilitando uma gradual requalificação ambiental 
dos espaços afetados. 
 Minimizar os impactes ambientais induzidos pelo projeto, através da adoção de medidas 
preventivas e corretivas cuja eficácia será avaliada por atividades de monitorização 
contempladas no Plano de Monitorização definido no estudo de impacto ambiental (EIA). 
O projecto que se pretende desenvolver consiste, especificamente, na implantação de uma 
exploração de calcário ornamental. A exploração do maciço na área intervenção será precedida 
por um conjunto de operações preparatórias da lavra com vista a serem garantidos os parâmetros 
de segurança, de economia,de bom aproveitamento do recurso e de protecção ambiental. 
A primeira dessas operações é a desmatagem sendo a sequência temporal da retirada do coberto 
vegetal articulada com o avanço da lavra e com a subsequente recuperação paisagística. De seguida 
 
5 
procede-se à decapagem (remoção da terra vegetal), efectuada com recurso a uma pá carregadora, 
funcionando com o balde (pá) em posição rasante ao solo. O solo resultante da decapagem será 
guardado num depósito denominado parga, e estas terras serão posteriormente reutilizadas na 
recuperação paisagística da pedreira. 
O desmonte do recurso mineral será realizado do seguinte modo primeiramente procede-se à 
perfuração vertical e horizontal, nos limites do bloco a extrair, de forma a passar o fio diamantado 
que procederá ao corte das faces laterais (verticais). No corte horizontal da base do bloco (corte de 
levante) e da face de tardoz (vertical), será utilizada uma roçadora de cadeia diamantada. O corte 
das faces laterais realiza-se através de uma máquina de fio diamantado. 
As operações principais da actividade desta pedreira são o corte do calcário ornamental (mármore), 
o derrube das talhadas individualizadas, o esquartejamento da talhada desmontada em blocos 
transportáveis, a remoção dos blocos vendáveis para o parque de blocos e dos estéreis para a 
escombreira. Relativamente aos blocos irregulares, será efectuada a operação de esquadriamento, 
no fundo da pedreira (com recurso a martelos pneumáticos ou máquinas de fio diamantado) ou à 
superfície (com recurso a monolâminas ou monofio). 
 A totalidade de reservas úteis da pedreira cifram-se em cerca de 97 600 m3 (253 760 t) de calcário 
ornamental. Para tal, serão escavados cerca de 244 000 m3 (634 400 t) de material, dos quais cerca 
de 146 400 m3 (380 640 t) serão estéreis. 
Refira-se que o material estéril (rejeitados) produzido na pedreira será incorporado no processo de 
recuperação paisagística, mais concretamente na modelação da área explorada. Esta modelação irá 
permitir efectuar a reposição parcial do relevo da área explorada. 
 Atendendo às reservas existentes, a exploração deverá estar concluída em cerca de 16 anos, 
considerando uma produção de 6 000 m3/ano. 
A exploração da pedreira será desenvolvida de forma a compatibilizar-se a lavra com a recuperação 
paisagística permitindo que estas possam evoluir paralelamente, minimizando, em cada momento, 
a área a afectar à lavra. A estratégia de base para uma correcta recuperação paisagística é a de 
possuir uma zona de exploração atrás da qual existe uma zona a ser aterrada e outra em que o 
aterro possui a configuração próxima da final. 
 
6 
2. Localização e acesso do projecto 
 O distrito de Montepuez está localizado na parte sul da Província de Cabo Delgado a 210 km da 
Capital Provincial - Pemba, confinando a Norte com o distrito de Mueda, a Sul com os distritos de 
Namuno e Chiúre, a Leste com os distritos de Ancuabe e Meluco e a Oeste com os distritos de 
Balama e Mecula, este último da Província do Niassa. A superfície do distrito é de 17.874 km2. 
O acesso a pedreira faz-se a partir da estrada nacional N 6 a oeste percorrendo cerca de 5km da 
cidade em direção a Balama. Apartir da estrada desvia-se em direção a este percorrendo cerca de 
2 km. Uma vez percorrida essa distancia encotra-se a pedreira BIYUMAR. 
 
 
Figura 1: Localização geográfica de Montepuez. 
Clima e Relevo 
Climaticamente a região é dominada por climas do tipo semiárido e sub-húmido seco. A 
precipitação média anual varia de 800 a 1200 mm, enquanto a evapotranspiração potencial de 
referência (ETo) está entre os 1300 e 1500 mm. A precipitação média anual pode, contudo, mais 
perto do litoral, por vezes exceder os 1500 mm, tornando-se o clima do tipo sub-húmido chuvoso. 
Em termos da temperatura média durante o período de crescimento das culturas, há regiões cujas 
temperaturas excedem os 25ºC, embora em geral a temperatura média anual varie entre os 20 e 
25ºC. O Distrito é atravessado por importantes rios não permanentes ao longo de todo o ano, 
exceptuando o rio Lugenda que serve de limite com o Distrito de Mecula da vizinha Província do 
Niassa. 
 
7 
Os rios não são navegáveis devido ao seu curso acidentado, mas contribuem para a prática de 
actividades agrícolas e de pesca artesanal, gerando rendimentos à população e tornandose uma 
fonte importante da economia do Distrito. 
Uma parte considerável do interior é de altitudes compreendidas entre os 200 e 500 metros, de 
relevo ondulado, interrompido de quando em quando pelas formações rochosas dos “inselbergs”. 
Fisiograficamente a área é constituída por uma zona planáltica baixa que, gradualmente passa para 
um relevo mais dissecado com encostas mais declivosas intermédias, da zona subplanáltica de 
transição para a zona litoral. 
O escoamento superficial é lento e difuso para além de poder ainda beneficiar da contribuição do 
fluxo de água subterrânea, principalmente nas zonas cujos depósitos apresentam texturas grosseira 
e arenosa. Estas unidades de terreno são ainda características das áreas mais planas ao longo dos 
divisores de água dos rios. 
3. Geologia local 
A vegetação está relacionada com a extensão à qual a geologia da rocha-mãe foi exposta à 
meteorização, principalmente no rejuvenescimento da paisagem. A geologia da região de 
Montepuez oferece formações cristalinas e vulcânicas do Pré-câmbrico. Os principais recursos 
minerais existentes na região são: 
• Grafite, cuja existência é conhecida entre Montepuez e Balama 
• Mármore, em grandes quantidades, apresentando-se em camadas de 1.500m de largura e estende-
se por 25Km de um modo contínuo entre Montepuez – Balama. 
O elevado potencial do jazigo, quanto à disponibilidade de recursos, pode cobrir o aumento da 
capacidade de exploração e, simultaneamente, assegurar um longo período de extracção. As 
principais unidades pétreas apresentam as tonalidades cinzenta e branca. 
• Pedra abundante utilizada no fabrico de cal para construção. 
 • Recursos hídricos, as águas subterrâneas são muito circunscritas e modestas. O rio Montepuez, 
o maior do Distrito, não oferece potencial hidroeléctrico. 
 
8 
 
Figura 2: Geologia local adaptado por autores. 
 
4. Calculo de Reserva 
O plano de lavra e, consequentemente, o cálculo de reservas, teve em consideração alguns aspectos 
que condicionam a exploração, dos quais se destacam os geológicos, os ambientais, os logísticos 
e os técnico-económicos. 
 
9 
PRESSUPOSTOS DESCRIÇÃO ASPECTOS A TER EM 
CONTA NA 
LAVRA 
Geológicos A unidade Calcários Ornamentais (com 
aptidão) contacta com a unidade 
Vidraços 
de Topo (sem aptidão) à cota 
aproximada 
de 460 m junto ao vértice da poligonal 
nº 
14. A atitude geral dos níveis 
litológicos 
identificados na área a licenciar, em 
particular os calcários com potencial 
ornamental é N60°W, 10°NE. 
A evolução da exploração no topo 
da área de exploração a céu aberto 
estará dependente da verdadeira 
possança da camada de vidraço de 
topo (fase 2 e 3). 
Para garantir condições de 
segurança a exploração deverá 
avançar, evitando os pisos 
inclinados. 
Ambientais Criação de ruído e poeiras no interior da 
área de exploração. Compatibilidade 
com 
as figuras de ordenamento do território. 
Os potenciais impactes gerados 
pelo ruído e poeiras devem ser 
minimizados. 
Minimizar as áreas afectadas pela 
lavra a céu aberto em cada instante 
através de uma exploração e 
recuperação faseada. 
Técnicos 
Económicos 
Aumento da espessura para NW da 
unidade Vidraços de topo. 
Probabilidade 
de variação lateral de fácies nos 
calcários 
da unidadeCalcários Ornamentais. 
Aparecimento de novos sistemas de 
fracturação ou densificação da 
fracturação 
A bancada de Vidraços de topo é 
bem visível na exploração de 
calçada existente na área 
identificada como fase 2. Podendo 
aumentar a espessura de camada 
de carga inviabilizando as 
operações a céu aberto. 
A fracturação e a variação lateral 
das camadas de calcário 
 
10 
existente. ornamental poderão condicionar a 
extracção tanto em subterrâneo 
como a céu aberto, implicando a 
alteração da geometria da 
exploração. 
Quadro 1: Aspectos a ter conta no cálculo de reserva. 
Reserva total = 97 600m3 = 253 760 toneladas 
Densidade= 2,6 g/cm3 
Volume anual explorado= 6 000m3= 15 600 toneladas 
Capital inicial = 350 000 000 meticais 
Total do valor adquirido em temo útil de vida da mina: 
1 m3 10 000 meticais 
6 000 m3 x meticais 
X= 6 000 × 10 000 = 60 000 000 𝑚𝑒𝑡𝑖𝑐𝑎𝑖𝑠 
Total do valor adquirido em tempo útil de vida da mina = 60 000 000 × 16 𝑎𝑛𝑜𝑠 =
960 000 000 𝑚𝑒𝑡𝑖𝑐𝑎𝑖𝑠 
Tempo útil de mina=
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙 𝑒𝑥𝑝𝑙𝑜𝑟𝑎𝑑𝑜
=
253 760
15 600
= 16 𝑎𝑛𝑜𝑠 
Período de retorno de capital=
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑢𝑡𝑖𝑙 𝑑𝑒 𝑚𝑖𝑛𝑎×𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑎𝑑𝑞𝑢𝑖𝑟𝑖𝑑𝑜 𝑒𝑚 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑢𝑡𝑖𝑙 𝑑𝑒 𝑣𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑎 𝑚𝑖𝑛𝑎
=
350 000 000×16
960 000 000
=
5 600 000 000
960 000 000
= 6 𝑎𝑛𝑜𝑠. 
A partir do sexto ano de produção, começaremos a ter retorno do capital inicial investido. 
5. Circuito produtivo 
A atividade extrativa projetada envolve um conjunto de operações sequenciais que traduzem o 
circuito produtivo esquematizado na Figura. 
 
 
11 
 
Figura 3 Ilustração do ciclo de produção do calcário ornamental. 
5.1. Método de desmonte 
As operações principais que compõem o método de desmonte utilizado para a exploração e que 
possibilitam o arranque da rocha e a sua preparação para futura transformação encontram-se 
descritas no Quadro. 
 
Figura 4: Ilustração das operações que compõem o método de desmonte da rocha. (SANTARÉM, 2010) 
 
12 
 
Quadro 2: ilustração das várias operações que compõem o método de desmonte a utilizar na pedreira para desmonte 
dos blocos de rocha ornamental. 
Configuração da escavação 
A exploração irá desenvolver-se em profundidade, a céu aberto, por degraus direitos. A lavra será 
realizada com recurso a bancadas de desmonte com altura máxima de 10 m. A inclinação das 
frentes de desmonte será na ordem dos 90º, compatível com as características geotécnicas do 
maciço. Entre bancadas sucessivas serão deixados patamares mínimos na ordem dos 10 m, na 
situação intermédia e final da lavra. 
A altura máxima das bancadas de exploração, na situação final de escavação, será de 10 m, de 
forma a permitir a integração paisagística dos trabalhos e dar cumprimento à legislação vigente. 
Também a largura mínima de pisos, na situação final da escavação, será de 10 m, de modo a 
assegurar a estabilidade estrutural das frentes e do maciço rochoso remanescente, facilitando a 
circulação dos equipamentos móveis e as atividades de recuperação paisagística subsequentes. 
 
Malha de perfuração 
A geometria das malhas de perfuração será triângulo equilátero ou malha alongada. 
Malha Triângulo Equilátero: são malhas estagiadas com a relação E/A = 1,15. São indicadas para 
rochas compactas e duras. Possuem ótima distribuição da energia do explosivo na área de 
 
13 
influencia do furo, maximizando a fragmentação. O centro do triângulo equilátero, o ponto mais 
crítico para fragmentação, recebe igual influência dos três furos circundantes. 
 
Figura 5: método de desmonte. 
Dados a considerar na configuração de furos temos: 
 Diâmetro do furo: 0,3m 
 Profundidade de furo: 15m 
 Afastamento entre os furos: 10m 
 Espaçamento entre os furos: 10m. 
 Números de furos: 20 
 Longitude do tampão (T) ou posição do plugue em relação ao topo do furo: 3m. 
Equipamentos 
Os equipamentos necessários previstos para realizar as atividades de exploração incluem: 1 Pá 
carregadora frontal, 1 Escavadora giratória, 1 Dumper, 1 Torre de perfuração, 3 Máquinas de fio 
diamantado, 1 Serrote de bancada, 1 Perfuradora e 1 Compressor. Além destes equipamentos 
existem na pedreira ferramentas mecânicas diversas utilizadas para operações específicas em 
determinados momentos. 
 
14 
Operações preparatórias 
As ações de desmonte do maciço rochoso serão precedidas por um conjunto de operações 
preparatórias da lavra que visam garantir os parâmetros de segurança, de economia, de bom 
aproveitamento do recurso mineral e de proteção ambiental. Essas atividades englobam a 
desmatação e decapagem do solo, a traçagem gradual dos acessos e das rampas e a preparação das 
frentes que englobará o saneamento das bancadas e a manutenção dos acessos às bancadas 
inferiores, os quais evoluem com a progressão da lavra. 
 
Remoção 
A remoção dos blocos desmontados será executada desde a frente de desmonte até à área destinada 
a parque de blocos que poderá ser relocalizada para Oeste, podendo ainda ser utilizadas outras 
áreas de exploração disponíveis) através de uma pá carregadora. O material sem aptidão 
ornamental (escombros) será removido com recurso a uma pá carregadora e/ou dumpers, desde a 
frente de desmonte para a área prevista para a deposição temporária e posteriormente vendidos 
como agregados ou alvenaria ou utilizados na recuperação paisagística da pedreira. Os blocos de 
calcário ornamental, bem como os subprodutos, serão carregados com auxílio de 
uma pá carregadora em camiões de expedição para os clientes. 
 
Tratamento 
Os blocos de rocha ornamental explorados, antes de serem expedidos da pedreira sofrem, regra 
geral, uma transformação primária de esquadriamento, que proporciona aos blocos uma forma 
paralelepipédica de faces mais ou menos regulares. O tratamento e beneficiação do material 
produzido poderá ser realizado junto do parque de blocos através de guilhação (perfuração em 
linha) ou de máquinas de fio diamantado, podendo ser equacionada a hipótese de instalar, no 
futuro, máquinas de fio diamantado do tipo monofio ou outro similar. 
 
Parqueamento e expedição 
Os blocos prontos para venda serão armazenados no parque de blocos no interior da área de 
exploração e serão expedidos em camiões próprios. O projeto estima uma produção média futura 
de 6 000 m3/ano que, a verificar-se, representará um tráfego de expedição de cerca de 3 camiões 
por dia, ou seja, menos de 1 camião por hora. 
 
15 
Resíduos mineiros 
 A atividade de extração de calcário ornamental irá originar a produção de resíduos mineiros e 
resíduos não mineiros no decurso das diferentes fases da sua exploração. A totalidade de reservas 
úteis da pedreira cifram-se em cerca de 97 600 m3 (253 760 t) de calcário ornamental. Para tal, 
serão escavados cerca de 244 000 m3 (634 400 t) de material, dos quais cerca de 146 400 m3 (380 
640 t) serão estéreis. 
Os estéreis da exploração a utilizar na recuperação da pedreira serão, essencialmente, constituídos 
por blocos de rocha, pedras e terras. 
Resíduos não mineiros 
 Os principais resíduos não mineiros produzidos pela pedreira, resultantes da normal atividade 
industrial, os óleos de motores, transmissões e lubrificação, os pneus usados e os filtros usados são 
armazenados, em recipientes próprios, num local impermeabilizado de modo a prevenir potenciais 
derrames e, consequentemente, a contaminação dos solos e dos aquíferos. Os resíduos domésticos 
são levados para os contentores dos serviços municipalizados e os esgotos domésticos da pedreira,são encaminhados para uma fossa estanque, a qual é periodicamente esgotada pelos serviços 
Municipais ou por outra entidade licenciada. 
Plano de deposição e de gestão de resíduos 
O Plano de Deposição e de Gestão de Resíduos tem como principal função promover a correta 
gestão desses materiais, compatibilizando as tarefas de deposição com as atividades de lavra e de 
recuperação paisagística, de modo a promover, gradualmente, o enquadramento paisagístico, 
ambiental e de segurança da área intervencionada. O Plano de Deposição garante, ao nível 
estratégico, o enquadramento em termos paisagísticos, ambientais e de segurança da área 
intervencionada pela exploração. 
O faseamento da construção do aterro decorrerá em concomitância com a lavra, de forma a permitir 
uma rápida reabilitação da área da pedreira e a melhorar o seu enquadramento paisagístico. O 
faseamento do aterro acompanhará o faseamento da recuperação paisagística que será 
desenvolvido de Este para Oeste. De referir que, após a deposição definitiva dos resíduos mineiros, 
 
16 
será espalhada terra viva resultante da decapagem, de forma a permitir a fixação da vegetação 
proposta. 
6. PLANO DE SEGURANÇA 
O sector de indústrias extractivas engloba um vasto e diversificado conjunto de características em 
geral únicas, envolvendo por isso riscos específicos que importa prevenir, eliminando-os na 
origem ou minimizando os seus efeitos. Tal prevenção implica um conjunto de acções em todas as 
fases de realização dos trabalhos, sendo importante o envolvimento de todos, que 
directa ou indirectamente intervêm no processo. 
Assim, na execução dos trabalhos de lavra desta Pedreira são de realçar os procedimentos gerais 
seguintes: 
 Fazer cumprir a legislação nacional aplicável e todas as directrizes provenientes das 
entidades fiscalizadoras competentes; 
 Organizar um sistema de segurança que permita uma eficaz prevenção dos riscos que 
podem afectar a vida, a saúde e integridade física dos trabalhadores presentes na Pedreira; 
 Fomentar a cooperação entre os trabalhadores tendo em vista a prevenção dos riscos 
profissionais; 
 Informar os trabalhadores de todas as medidas a tomar na Pedreira, no que respeita à 
Segurança e Saúde no trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
Identificação de riscos potenciais – medidas de prevenção 
 
Quadro 3:Lista de actividades e riscos potenciais. 
 
Avaliação de riscos: B = Baixo, M = Médio, A = Alto 
6.1. Medidas de Prevenção 
 Colocação de chapas sinalizadoras de circulação, limites de velocidade; Obrigatoriedade 
de utilização de equipamentos de protecção individual por parte das visitas da pedreira, as 
quais deverão preencher as fichas de visita e segurança e entrega de equipamentos EPI. 
Todas as visitas são informadas pelo responsável de Higiene e Segurança a cerca dos riscos 
e providências a adoptar durante a visita; 
 Deverão existir entradas separadas para viaturas e pessoal; 
 As Instalações fixas estão providas de guarda-corpos; 
 Reduzir os percursos internos dos trabalhadores, de materiais e equipamentos tendo em 
conta os riscos específicos da Pedreira; 
 Verificar o estado de conservação das vias circulação e limpar detritos ou objectos 
encontrados; 
 
18 
 Nas vedações metálicas, sempre que existirem, em depósitos ou provisoriamente noutros 
locais da pedreira, ter o cuidado de as afastar convenientemente dos elementos eléctricos 
nus e em tensão; 
 Criar saídas e caminhos de emergência. 
 Não exceder a lotação legal das máquinas e veículos em geral; 
 Não transportar trabalhadores na caixa de atrelados e/ou camiões basculantes; 
 
Medidas de protecção colectiva 
A Segurança, Higiene e Saúde em vigor determina a necessidade de o empregador aplicar, entre 
outras, as medidas necessárias de protecção colectiva visando a redução de riscos profissionais, 
acidentes de trabalho e doenças profissionais. 
As medidas de Protecção Colectiva a desenvolver, deverão definir objectivamente os 
equipamentos a empregar, devidamente dimensionados e especificados, e os respectivos locais de 
implantação, em função dos riscos a que os trabalhadores e terceiros poderão estar expostos (risco 
de queda em altura, risco de queda de objectos, risco de electrização/ electrocussão). 
Sem prejuízo de outras protecções que se entenda necessário, ou que o Responsável de Segurança 
e Higiene determine, no estabelecimento das Medidas de Protecção Colectiva, deve atender-se ao 
seguinte: 
 
Frentes de desmonte da pedreira: 
 Todas as zonas com risco de queda, projecção de objectos para vias de circulação e serviço, 
provocar distracção e/ou intervenções com terceiros, devem ser protegidas com sistemas 
de protecção adequados; 
 As pás carregadoras, retro e dumpers deverão ser providas de alarme de marcha atrás; 
 Utilizar tipos de extintores adequados aos diversos locais de trabalho. 
 
Medidas de protecção individual 
Antes da utilização de equipamentos de protecção individual (EPI), o Responsável de Segurança 
e Higiene terá que assegurar que são transmitidas ao trabalhador que vai utilizar o EPI todas as 
instruções necessárias para o correcto uso dos equipamentos. 
 
19 
6.2. Sinalização 
considera-se como sinalização "aquela que, relacionada com determinado objecto, actividade ou 
situação, fornece uma indicação ou uma prescrição relativa à segurança e/ou saúde no trabalho, 
por intermédio, consoante o caso, de uma placa, uma cor ou um sinal luminoso ou acústico, uma 
comunicação verbal ou um sinal gestual." 
A sinalização tem, pois, por objectivo, chamar a atenção, de forma e perceptível, para objectos e 
situações susceptíveis de provocar determinados perigos, identificar e localizar os meios, 
particularmente importantes do ponto de vista da segurança, quer para todos os colaboradores que 
habitualmente trabalham na empresa, quer para outros que só aí se encontrem temporariamente 
(por exemplo, visitas, fornecedores, colaboradores externos, etc.). 
A sinalização, deve ser sempre encarada como uma técnica auxiliar e complementar. A sinalização 
nunca substitui as medidas técnicas preventivas, para a eliminação ou controlo do risco e, por isso, 
deve utilizar-se essencialmente nas seguintes situações: 
 Quando não é possível eliminar o risco, ao projectar a instalação e/ou os equipamentos; 
 Quando não se podem instalar medidas técnicas que protejam as pessoas; 
 Como complemento de qualquer outro sistema de segurança. 
6.3. Tipos de sinais 
Existem vários tipos de sinais: 
Sinal de proibição 
Proíbe um comportamento susceptível de expor uma pessoa a um perigo ou de provocar um perigo. 
- Sinal de aviso (perigo) 
Adverte de um risco ou perigo. 
- Sinal de obrigação 
Prescreve um comportamento determinado. 
- Sinal de salvamento ou de socorro 
Dá indicações relativas às saídas de emergência ou aos meios de socorro ou salvamento. 
- Sinal de indicação 
Sinal que fornece outro tipo de indicações para além das mencionadas nos pontos anteriores. 
Formas de sinalização 
A sinalização pode ser permanente ou acidental. 
Sinalização Permanente 
 
20 
Serão efectuadas com carácter permanente, as seguintes sinalizações: 
Proibições, avisos e obrigações. Através de placas 
Localização e identificação dos meios de 
salvamento ou de socorro 
Placas 
Localização e identificação de material e 
equipamentos de combate a incêndios 
Através de placas ou cor de segurança 
Riscos de choque contra obstáculo e de quedas 
de pessoas 
Através de placas ou cor de segurança 
Marcação de via de circulação Através de cor de segurança 
Sinalização sobre recipientes e tubagens Atravésde pictograma adequado, de acordo 
com determinadas regras 
Quadro 4: Meios utilizados para os diversos tipos de sinalização. 
 
Sinalização Acidental 
Serão efectuadas com carácter acidental, as sinalizações de: 
a) Acontecimentos perigosos, chamada de pessoas para uma acção específica, evacuação de 
emergência de pessoas: 
Através de sinal luminoso, acústico e/ou comunicação verbal. 
b) Orientação de pessoas que efectuem manobras que impliquem 
riscos ou perigos: 
- Através de sinal gestual ou comunicação verbal. 
Códigos de Sinalização 
O código normalizado utilizado no sistema de Sinalização baseia-se em 
três elementos: 
 Cor; 
 Forma; 
 Símbolo. 
Cor 
No quadro da página seguinte indica-se o significado e as indicações associadas a cada cor de 
segurança: 
 
21 
Cor de Segurança Significado ou objetivo Indicações e Precisões 
Vermelho Sinal de Proibição Atitudes perigosas 
Perigo-Alarme Stop, Pausa, dispositivos de corte de 
emergência, Evacuação 
Vermelho Material e equipamento de 
combate a incêndios 
Identificação e localização 
Amarelo ou 
amarelo-alaranjado 
Sinal de Aviso (perigos) Atenção, precaução, verificação 
Azul Sinal de Obrigação Comportamento ou acção específicos- 
obrigação de utilizar equipamento de 
protecção individual 
Verde Sinal de salvamento ou de 
socorro 
Portas, saídas, vias, material, postos, locais 
específicos 
Situacao de seguranca Regresso a normalidade 
Quadro 5: Significado e indicações associadas a cada cor de segurança. 
 
Sinais de aviso 
Características intrínsecas: 
- Forma triangular; 
- Pictograma negro sobre fundo amarelo, margem negra (a cor amarela 
deve cobrir pelo menos 50 % da superfície da placa). 
 
Figura 6: Sinais de Aviso. (Carvalho, Benedita, Alcobaça, & Leiria, 2014) 
 
 
22 
Sinais de obrigação 
Características intrínsecas: 
- Forma circular; 
- Pictograma branco sobre fundo azul (a cor azul deve cobrir pelo 
menos 50 % da superfície da placa). 
 Uso obrigatório de óculos de protecção; 
 Uso obrigatório de capacete; 
 Uso obrigatório de protectores auriculares; 
 Uso obrigatório de protectores respiratórios; 
 Uso obrigatório de botas; 
 Uso obrigatório de luvas; 
 Várias obrigatoriedades; 
 Uso obrigatório de máscara; 
 Uso obrigatório de dispositivos anti-queda. 
 
Figura 7: Sinais de obrigação. (Carvalho, Benedita, Alcobaça, & Leiria, 2014) 
 Sinais de salvamento ou de emergência 
 Características intrínsecas: 
 - Forma rectangular ou quadrada; 
 - Pictograma branco sobre fundo verde (a cor verde deve cobrir pelo 
 menos 50 %da superfície da placa). 
 
23 
 
Figura 8: Sinais de salvamento ou de emergência. (Carvalho, Benedita, Alcobaça, & Leiria, 2014) 
Sinais de material de combate a incêndio 
Características intrínsecas: 
- Forma rectangular ou quadrada; 
- Pictograma branco sobre fundo vermelho (a cor vermelha deve cobrir 
pelo menos 50 %da superfície da placa). 
 
Figura 9: Sinais de material de combate a incêndio. (Carvalho, Benedita, Alcobaça, & Leiria, 2014) 
 
Sinais de proibição 
Características intrínsecas 
- Forma circular; 
- Fundo branco, símbolo a preto e banda oblíqua a vermelho (cor de 
segurança). 
 
24 
 
Figura 10: Sinais de proibição. (Carvalho, Benedita, Alcobaça, & Leiria, 2014) 
Sinalização de matérias perigosas 
As matérias e as substâncias que são utilizadas no dia-a-dia, na indústria, no comércio ou em casa, 
têm todos os seus riscos. No entanto, alguns destes materiais são particularmente perigosos: 
tóxicos, nocivos inflamáveis, explosivos, radioactivos, comburentes, corrosivos, entre outros. 
 
 
Figura 11: Sinalização de matérias perigosas. (Carvalho, Benedita, Alcobaça, & Leiria, 2014) 
 
 
25 
7. AVALIAÇÃO DE IMPACTES AMBIENTAIS 
O objectivo deste EIA (estudo do impacto ambiental) consistiu na identificação, previsão e 
avaliação dos impactes associados ao projecto da pedreira “BIYUMAR”, face à situação de 
referência, considerada como a que irá existe no local de implantação do projecto. 
A área de intervenção do projecto foi caracterizada através do estudo de todas as componentes 
ambientais potencialmente afectadas, abrangendo aspectos biofísicos, sócio-económicos, 
patrimoniais, de planeamento e qualidade do ambiente. As componentes estudadas foram: o clima, 
a geologia e geomorfologia, os recursos hídricos superficiais, os recursos hídricos subterrâneos, a 
qualidade das águas superficiais e subterrâneas, os solos e a ocupação actual dos solos, a ecologia 
(dividida em flora e vegetação e fauna e biótopos), a qualidade do ar, o ambiente sonoro, a 
paisagem, a sócio-economia, o ordenamento do território e o património arqueológico e 
arquitectónico. 
Em função dos impactes negativos previstos, para cada uma das componentes ambientais 
estudadas, o EIA considerou medidas de minimização específicas. 
Relativamente ao clima, não se prevê que as actividades da pedreira venham a ter impactes. No 
entanto verificou-se que algumas características climáticas, por exemplo os ventos e a chuva, 
poderão influenciar a dispersão de poeiras. 
Relativamente à geologia, não existem quaisquer aspectos de interesse particular que importem 
preservar, pelo que não existem quaisquer impactes gerados pelo projecto. 
 Em relação à geomorfologia, o impacte directo e negativo que resulta da modificação do relevo, 
é permanente e irreversível, uma vez que os estéreis não são suficientes para repor a topografia 
inicial. As operações de recuperação paisagística serão simultâneas à exploração, pelo que 
existirão apenas depósitos temporários de estéreis e de terra vegetal. Nestas condições, conclui-se 
que os impactes, sendo negativos, serão pouco importantes e temporários. 
Relativamente aos recursos hídricos subterrâneos não se prevê a ocorrência de impactes 
resultantes da escavação do maciço calcário ornamental, uma vez que o projecto não irá interceptar 
qualquer lençol freático existente na região. 
Ao nível dos recursos hídricos superficiais, não se prevê que haja qualquer impacte; dada a 
permeabilidade das formações calcárias, verifica-se que não existem linhas de água com água na 
 
26 
área de intervenção da pedreira ou sua envolvente próxima, mesmo em épocas chuvosas. Na fase 
de desactivação, e na impossibilidade da reposição das cotas originais do terreno, o projecto prevê 
a instalação de sistemas de drenagem que encaminham as águas para as linhas de escorrência 
natural e a implantação de vegetação, pelo que cessará qualquer tipo de afectação que 
eventualmente se possa verificar. 
Relativamente à qualidade das águas subterrâneas, os impactes negativos poderão ser devidos 
a alguma descarga acidental de esgotos das instalações sociais, ou no caso de se verterem 
acidentalmente óleos ou combustíveis, que poderiam afectar as águas subterrâneas. Perante uma 
eventual situação de acidente, o impacte na qualidade das águas será negativo e muito importante, 
se não forem tomadas medidas imediatas de controlo. 
A qualidade das águas superficiais poderá ser afectada pelas actividades extractivas devido ao 
arrastamento ou deposição de partículas de poeiras ou por descarga acidental de óleos e 
lubrificantes utilizados nas máquinas e veículos utilizados na exploração e transporte dos calcários. 
O impacte resultante, ao nível da qualidade da água, por partículas de poeiras é considerado pouco 
importante, uma vez que não existem linhas de água de carácter permanente que as transportem. 
A descarga de óleos e lubrificantes na água ou no solo poderá resultar de uma situação acidental, 
num curto espaço de tempo e de âmbito muito localizado,pelo que o impacte resultante, embora 
negativo, é considerado pouco importante. 
Os solos presentes na área de intervenção da pedreira são, essencialmente, solos calcários e 
apresentam bastantes limitações para a utilização agrícola. A área de intervenção encontra-se 
actualmente ocupada por matos de médio porte, sendo notório que a utilização agrícola desta área 
foi abandonada há muito tempo. O Plano de Pedreira prevê a retirada das terras de cobertura, mais 
férteis, o seu armazenamento, tratamento e posterior colocação nas zonas a recuperar. Deste modo, 
independentemente da capacidade produtiva que os solos em causa apresentam, considera-se que 
os impactes associados ao projecto serão pouco importantes, uma vez que os solos aqui presentes 
serão preservados. 
Quanto à qualidade do ar, destaca-se que este tipo de actividade implica, acima de tudo, a 
produção de poeiras. No entanto, não existem, na envolvente da pedreira, casas ou áreas industriais 
que possam vir a ser afectados por estas poeiras. O controlo das poeiras por aspersão de água, 
especialmente nos acessos não asfaltados, contribuirá para uma importante redução da quantidade 
 
27 
de poeiras no ar. Realizando-se a aspersão de água, não são de esperar situações em que a 
quantidade de poeiras no ar atinjam níveis superiores ao legislado, pelo que os impactes gerados 
embora negativos são pouco importantes. 
No que respeita à flora e à vegetação, foram analisados dois aspectos fundamentais: a presença 
ou ausência de plantas raras ou ameaçadas de extinção em Montepuez ou protegidas por legislação 
nacional e comunitária, e a qualidade do coberto vegetal, conclui-se que não existe espécies de 
grande importância. No entanto, dado que a nossa área de exploração não se localiza no interior 
de nenhuma zona com importância para a Conservação da Natureza, considerou-se que os 
impactes associados ao projecto, durante a exploração da pedreira são globalmente negativos, 
decorrentes essencialmente da remoção do coberto vegetal, mas pouco importantes. Salienta-se 
que com a implementação das actividades de recuperação paisagística será assegurada a 
reversibilidade dos impactes, compensando a afectação causada. 
No que respeita à flora e à fauna, os impactes não são muito significativos pelo facto de a área de 
intervenção possuir um interesse faunístico baixo e porque não existem plantas raras ou 
ameaçadas. 
Com vista à avaliação da afectação da paisagem, avaliaram-se os impactes visuais resultantes da 
exploração da pedreira. Assim, face às características do relevo e da ocupação do território na 
envolvente à área da pedreira, não se prevê que exista uma afectação significativa das povoações 
ou vias de comunicação aqui presentes. Com a implementação do PARP, a visibilidade da pedreira 
será mais atenuada, pelo que se concluiu que os impactes sobre a paisagem são negativos mas 
pouco importantes, temporários e reversíveis porque o projecto inclui a recuperação paisagística 
faseada das áreas exploradas, isto é, à medida que as cotas finais da exploração vão sendo atingidas 
é reposto um coberto vegetal com características semelhantes ao da envolvência. 
A avaliação dos impactes de um projecto associado à indústria extractiva, sobre o descritor da 
sócio-economia, é a que apresenta maior complexidade. De facto, a determinação da sua 
importância não se pode aferir simplesmente pelos empregos directos que cria ou pelo seu volume 
de facturação, dada a importância que assume para a viabilidade de toda uma fileira industrial que 
abastece, em especial para o sector da Construção Civil e Obras Públicas. É sobre a sócio-
economia que irão incidir os impactes positivos mais importantes, quer localmente quer a um nível 
mais abrangente. Destaca-se que o calcário extraído nesta zona, é alvo de grandes solicitações do 
 
28 
mercado nacional e mesmo internacional. Em resumo, os impactes do projecto são, na sua 
generalidade positivos, sendo muito importantes à escala regional e local, pois garantirão a 
manutenção de emprego directo e, igualmente, muito relevantes ao nível da manutenção e criação 
de emprego indirecto, contribuindo de forma importante para a diversificação do tecido económico 
local, regional e mesmo nacional. 
Relativamente ao património arqueológico e construído, no decurso dos trabalhos de campo não 
se identificaram ocorrências na área de intervenção direta, razão pela qual não se reconhecem 
impactes negativos no descritor. Ainda assim, e como medida de minimização geral, é 
recomendado o acompanhamento arqueológico para todas as operações que envolvam o 
revolvimento da camada superior do solo. 
7.1. Medidas de minimização 
Após a identificação dos principais impactes, associados à implementação do projecto, definiram-
se as medidas correctivas e minimizadoras que garantem o adequado equilíbrio do ambiente na 
área de intervenção e na sua envolvente. São apresentadas as medidas de minimização a adoptar 
durante as várias fases de implementação do projecto (exploração, desactivação e pós-
desactivação) com vista à mitigação das perturbações previstas. 
Algumas destas medidas constituem aspectos integrados ou complementares das intervenções 
inscritas no Plano de Pedreira que são incluídas tanto nos respectivos Projectos parcelares (Plano 
de Lavra e Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística - PARP), como na própria laboração 
da pedreira. Outras referem-se às soluções técnicas e ambientalmente mais adequadas, de forma a 
garantir que este Projecto constitua uma referência no domínio da integração e da protecção 
ambiental. Destaca-se, assim, a existência de algumas regras e procedimentos comuns a 
praticamente todos os factores ambientais que permitirão atenuar de uma forma eficaz os impactes 
perspectivados. 
 
Fase de exploração 
Na fase de exploração as medidas de minimização de carácter geral a implementar passam pelas 
seguintes actuações: 
 
29 
 • o avanço da exploração será efectuada de forma faseada, com o objectivo de promover a 
revitalização das áreas intervencionadas no mais curto espaço de tempo possível, concentrando as 
afectações em áreas bem delimitadas, evitando a dispersão de frentes de lavra em diferentes locais 
e em simultâneo; 
• as acções respeitantes à exploração serão confinadas ao menor espaço possível, limitando as áreas 
de intervenção para que estas não extravasem e afectem, desnecessariamente, as zonas limítrofes; 
• todo o perímetro da área de intervenção será vedado e sinalizado, de forma a limitar o mais 
possível a entrada de estranhos à pedreira e, desta forma, evitar acidentes; 
• a destruição do coberto vegetal será limitada às áreas estritamente necessárias à execução dos 
trabalhos e a prossecução do projecto garante que estas são convenientemente replantadas no mais 
curto espaço de tempo possível (pela avanço faseado da recuperação em função da lavra); 
 • os locais de deposição dos stocks de materiais, da terra viva decapada (pargas) e dos depósitos 
de estéreis, e respectivos percursos entre estes e as áreas de depósito final foram definidos clara e 
antecipadamente; 
• o PARP contempla a decapagem e armazenamento da camada superficial do solo para posterior 
utilização dos trabalhos de recuperação paisagística e desta forma garantir um maior sucesso na 
implantação da vegetação; 
• os estéreis serão transportados e depositados o mais rapidamente possível para as áreas a modelar 
definitivamente, evitando a permanência e acumulação destes materiais no interior da pedreira; 
• será implementado o plano de gestão de resíduos integrado no Plano de Pedreira, que garante a 
correcta gestão e manuseamento dos resíduos e efluentes produzidos e associados à pedreira, 
nomeadamente,óleos e combustíveis, resíduos sólidos e águas residuais, através da sua recolha e 
condução a depósito/destino final apropriado, reduzindo assim, a possibilidade de ocorrência de 
acidentes e contaminações; 
 • os equipamentos a utilizar na pedreira deverão respeitar as normas legais em vigor, relativas às 
emissões gasosas e ruído, minimizando os efeitos da sua presença; 
• todos os acessos à pedreira terão que ser regados regular e sistematicamente, durante as épocas 
mais secas, de forma a minimizar a emissão de poeiras; 
 
30 
• todos os acessos à pedreira terão que ser regados regular e sistematicamente, durante as épocas 
mais secas, de forma a minimizar a emissão de poeiras; 
Fase de desativação 
Na fase de desativação preconizam-se as seguintes medidas gerais: 
• a remoção e limpeza de todos os depósitos de resíduos ou substâncias perigosas (tanques de 
depósito de óleos usados, depósitos de combustíveis, etc.) terá que ser assegurada, garantindo o 
seu adequado encaminhamento para destino final de acordo com o especificado; 
• será efectuado o desmantelamento e remoção do equipamento existente na pedreira procedendo 
às necessárias diligências de forma a garantir que, sempre que possível, este será reutilizado ou 
reciclado ou, na sua impossibilidade, enviado para destino final adequado; 
• será efectuada uma vistoria a fim de garantir que todas as áreas afectadas pelas actividades 
associadas à exploração da pedreira são devidamente recuperadas de acordo com o PARP definido, 
procedendo-se aos necessários ajustes de forma a que exista, no mais curto espaço de tempo 
possível, uma ligação formal entre a área intervencionada e a paisagem envolvente. 
Fase de desativação 
Finalmente, para a fase de pós-desactivação destacam-se as seguintes medidas gerais: 
 • avaliar a evolução da área recuperada através da prossecução das actividades de monitorização 
e conservação da área da pedreira, com especial atenção para o comportamento dos taludes e 
crescimento da vegetação; 
• efectuar vistorias regulares à área da pedreira de forma a verificar o estado de conservação da 
vedação e sinalização, de forma a garantir a adequada protecção contra acidentes. 
A implementação destas medidas de minimização trará benefícios, directos e indirectos, sobre a 
generalidade dos factores ambientais analisados, pelo que seguidamente só se procede à sua 
descrição quando existem acções concretas com influência sobre os domínios de análise em causa. 
A implementação destas medidas de minimização trará benefícios, directos e indirectos, sobre a 
generalidade dos factores ambientais analisados, pelo que seguidamente só se procede à sua 
descrição quando existem acções concretas com influência sobre os domínios de análise em causa. 
 
31 
 
Medidas específicas 
 Recursos hídricos superficiais e subterrâneos: Ainda que não se prevejam quaisquer impactes 
negativos significativos sobre os recursos hídricos, reforça-se a necessidade de dar cumprimento 
a medidas preventivas como: 
 • Garantir a adequada manutenção do estado de limpeza dos órgãos de drenagem pluvial, 
nomeadamente das valas a instalar na periferia das áreas de escavação, e dos acessos às zonas de 
trabalho; 
• Uma gestão adequada das pargas que albergam os solos de cobertura decapados nas fases 
preparatórias dos trabalhos de extracção; 
 • O desmantelamento, segundo as normas que constam no Plano de Desactivação, de todas as 
estruturas associadas à actividade industrial. 
Qualidade do ar: As poeiras constituem o principal poluente atmosférico que emitido pelos 
trabalhos de exploração da pedreira “BIYUMAR” pelo que se recomenda que se efectue rega por 
aspersão de água dos caminhos não asfaltados no interior das áreas de exploração e nos acessos à 
pedreira. A aspersão de água poderá ser realizada com recurso a um Joper ou poderá ser criado um 
sistema permanente de aspersores ao longo dos acessos não pavimentados. 
A implementação destas medidas contribuirá para o cumprimento dos limites impostos pela 
legislação em vigor. Relativamente ao transporte dos materiais, deverá ser dada especial atenção 
ao controlo do estado de conservação e de limpeza das viaturas utilizadas para este transporte, uma 
vez que o percurso que será utilizado obriga ao atravessamento de algumas localidades. 
Sócio-economia: Nos empregos criados na pedreira BIYUMAR deverá ser dada preferência à 
população local com o objectivo de reduzir os níveis de desemprego e permitir uma maior 
aceitação da incomodidade associada à implementação do projecto por parte da população local. 
8. Plano ambiental e de recuperação paisagística (PARP) 
 A intervenção preconizada no PARP pretende garantir a recuperação faseada da área 
intervencionada, conjugando o interesse futuro dos proprietários dos terrenos com as funções 
determinadas pela sua capacidade de uso e em conformidade com os planos de ordenamento em 
 
32 
vigor para a área de projeto. Desse modo, a execução das medidas e objetivos do projeto permitirão 
a integração da pedreira na paisagem envolvente com vista, não só, à mitigação dos impactes 
visuais relevantes, mas também, ao cumprimento dos princípios de proteção ambiental e de 
segurança de terceiros, tendo como objetivo final a constituição de uma paisagem sustentável, 
multifuncional e de elevada diversidade biológica. 
A solução de recuperação paisagística, recorre ao aterro e modelação na base da corta, no tardoz 
dos taludes de escavação e nas bancadas. Para tal, serão utilizados na íntegra os estéreis a produzir 
na pedreira, posteriormente revestidos com uma camada de terra vegetal, sobre a qual serão 
efetuadas as sementeiras e plantações propostas. Relativamente à estrutura verde, os critérios de 
seleção foram funcionais, ecológicos e de integração paisagística e, também, técnicos e 
económicos, tendo-se optado por espécies vegetais autóctones ou tradicionais da paisagem 
regional. 
 O PARP será aplicado em três estágios principais, correspondentes a faseamentos distintos em 
termos de ações, que se podem sistematizar do seguinte modo: 
 Recuperação inicial: Recuperação e integração paisagística de todas as áreas que tenham sido 
exploradas anteriormente e que já não sejam alvo de exploração futura, nomeadamente, 
escombreiras e antigas áreas intervencionadas. Essas áreas serão recuperadas através de trabalhos 
de modelação topográfica, com vista a suavizar os taludes existentes, bem como revestimento 
vegetal, nomeadamente, sementeiras herbáceo-arbustivas, integradas na tipologia de recuperação 
efetuada para a restante área de projeto. 
 Recuperação intermédia: As intervenções de integração paisagística terão início após a 
finalização das operações de lavra e a respetiva modelação com os estéreis até obtenção das cotas 
finais de projeto. Salienta-se que, no âmbito do PARP, se encontra previsto que assim que a lavra 
atinja as cotas finais num determinado local haverá lugar à sua modelação final e recuperação 
paisagística. Será assim garantida uma intervenção mínima das áreas afetas à lavra. As operações 
associadas à recuperação passarão pela modelação final da área, para ajustamento de pormenor às 
cotas previstas, espalhamento da terra viva e sementeiras e plantação das espécies propostas. Desse 
modo, o desenvolvimento da recuperação estará sempre dependente da conclusão dos trabalhos de 
lavra e da modelação com os estéreis. 
 
33 
 Recuperação final e Conservação/Manutenção: A recuperação final refere-se à fase de 
desativação das áreas exploradas sendo por isso, considerada uma etapa crucial, uma vez que é 
nela que deverá haver uma maior preocupação de integração entre as diversas áreas recuperadas e 
dessas com a envolvente. A últimafase corresponde às operações de manutenção e conservação. 
da vegetação, a qual decorrerá durante um período de 2 anos após a conclusão dos trabalhos de 
recuperação propriamente ditos. As operações de manutenção e conservação da recuperação 
paisagística prolongar-se-ão por um período de 2 anos após a conclusão dos trabalhos em cada 
fase, incluindo trabalhos de rega, corte ou ceifa, fertilização, ressementeiras, retancha e desbaste, 
conforme detalhado e calendarizado no Plano de Pedreira. 
O desenvolvimento da exploração irá decorrer de forma faseada, alcançando-se um compromisso 
exequível entre a exploração e a recuperação das áreas afetadas, garantindo que o somatório das 
áreas em recuperação e das áreas não exploradas terá de ser sempre superior a 50 % da área total. 
 
Figura 12: Desenho esquemático da filosofia de concepção da recuperação paisagística. 
 
34 
 
Figura 13:Metodologia preconizada para a lavra/recuperação. 
 
9. O PLANO DE DESACTIVAÇÃO 
O Plano de Desactivação deverá processar-se em cinco (5) Fases, distribuídas ao longo de quatro 
(4) semestres procurando uma utilização de espaços e privilegiando a execução de um Plano de 
ordenamento conforme. 
As Fases deste Plano, de acordo com as actuais condições de exploração, seriam as seguintes: 
Fase i – proceder-se-á à regularização de terrenos e a revegetação das zonas libertas, alem de 
arranjos e adaptação de caminhos e arruamentos a realizar nos segundo e terceiro semestres. 
Fase ii – os equipamentos existentes na pedreira serão transportados para outros locais. 
Ao mesmo tempo proceder-se-á a trabalhos de revegetação e arranjo de caminhos e acessos, em 
terrenos que terão de ser regularizados e terraplenados, ajustando-os ao projecto aprovado para 
cada um dos casos; 
Fase iii – execução do PARP e consolidação de taludes; 
Fase iv - durante o 2º, 3º e 4º semestres deverão ser regularizados os terrenos e construídos acessos 
e caminhos, procedendo-se ao mesmo tempo à regularização da drenagem natural. 
Fase v - o plano de recuperação paisagística será revisto, bem como o arranjo de caminhos e 
beneficiação de acessos, tornando toda a área de percurso agradável e informando toda uma rede 
de acessos à pedreira. 
 
 
35 
9.1. Plano de monitorização 
Este EIA inclui um plano de monitorização onde se definem os procedimentos para o controlo da 
evolução das vertentes ambientais consideradas mais sensíveis na sequência da previsão de 
impactes, e que são as seguintes: a Qualidade do Ar, o Ambiente Sonoro e o Património 
Arqueológico. A implementação do plano de monitorização permite a avaliação contínua da 
qualidade ambiental da área de implementação do projecto, baseada na recolha sistemática de 
informação primária e na sua interpretação permitindo, através da análise de indicadores 
relevantes, estabelecer o quadro evolutivo da situação de referência e efectuar o contraste 
relativamente aos objectivos pré-definidos. Desta forma, será também possível estabelecer 
relações entre os padrões observados e as acções específicas do projecto e encontrar as medidas 
de gestão ambiental mais adequadas face a eventuais desvios que venham a ser detectados. 
 
 
 
 
 
36 
10. BIBLIOGRAFIA 
Carvalho, C. d., Benedita, F. d., Alcobaça, C. d., & Leiria, D. d. (2014). Plano de pedreira. 
Santarém, A. . (2010). Projecto da pedreira “malhada”.

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