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Campos vetoriais Um campo vetorial no plano e´ uma func¸a˜o que associa a cada ponto P do plano um vetor F (P) no plano. Se P = (x , y) ∈ R2, escrevemos F (P) = F (x , y) = f (x , y)i + g(x , y)j = (f (x , y), g(x , y)) onde f (x , y) e g(x , y) sa˜o func¸o˜es reais de duas varia´veis. Analogamente definimos campos vetoriais no espac¸o. Exemplo. Exemplo. Campos de quadrado inverso De acordo com a lei de gravitac¸a˜o de Newton, part´ıculas de massa m e M atraem uma a` outra com uma forc¸a F de grandeza ‖F‖ = GMm r2 onde r e´ a distaˆncia entre as part´ıculas e G e´ uma constante. Supondo que o objeto de massa M esta´ localizado na origem de um sistema de coordenadas xyz , e que r e´ o vetor posic¸a˜o do objeto de massa m, enta˜o r = ‖r‖ e a forc¸a F (r) exercida pela part´ıcula de massa M sobre a part´ıcula de massa m tem a direc¸a˜o e o sentido do vetor unita´rio −r/‖r‖ (fac¸a a figura). ‖F‖ = GMm r2 Portanto, F (r) = −GMm‖r‖2 r ‖r‖ = − GMm ‖r‖3 r Se M e m sa˜o constantes, e escrevendo c = −GMm, temos F (r) = c ‖r‖3 r (∗) Campos desta forma sa˜o ditos campos de quadrado inverso. Exerc´ıcio. Mostre que a fo´rmula (*) pode ser escrita como F (x , y) = c (x2 + y2)3/2 (x i + y j) Obtenha a expressa˜o ana´loga para R3. F (r) = c ‖r‖3 r (∗) Exemplo. A lei de Coulomb afirma que a forc¸a eletrosta´tica exercida por uma part´ıcula carregada sobre outra e´ diretamente proporcional ao produto das cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distaˆncia entre elas. Logo, temos um campo de quadrado inverso. Se uma part´ıcula de carga Q estiver na origem de um sistema de coordenadas e se r for o vetor posic¸a˜o de uma part´ıcula de carga q, enta˜o a forc¸a F (r) que a part´ıcula de carga Q exerce sobre a outra e´ F (r) = qQ 4pi�0‖r‖3 r Campos gradiente e conservativos Se φ for uma func¸a˜o de 2 varia´veis, enta˜o o gradiente de φ e´ ∇φ = ∂φ ∂x i + ∂φ ∂y j = (∂φ ∂x , ∂φ ∂x ) Analogamente para func¸o˜es de 3 ou mais varia´veis. Mas para cada ponto do dom´ınio de φ, ∇φ fornece um vetor. Dizemos que ∇φ e´ o campo gradiente de φ. Exemplo. Se φ(x , y) = x + y enta˜o ∇φ = (1, 1), ou seja, e´ o mesmo em todos os pontos do plano. Desenhe tal campo. Note que: se φ e´ uma func¸a˜o de 2, 3 ou mais varia´veis que e´ deriva´vel, enta˜o ∇φ e´ um campo vetorial, que podemos chamar, digamos, de F , F = ∇φ (∗∗) Pergunta: Sera´ que todo campo e´ da forma (**)? Ou seja, dado um campo G no plano, qualquer, sera´ que existe uma func¸a˜o β tal que ∇β = G ?????? Isto nem sempre ocorre. Quando isto for verdade, diremos que o campo e´ conservativo. Definic¸a˜o. Se um dado campo F : R2 → R2 e´ tal que existe φ : R2 → R tal que F = ∇φ em um certo dom´ınio R ⊂ R2, enta˜o dizemos que F e´ um campo conservativo em R. Analogamente para func¸o˜es do Rn, n ≥ 3. A func¸a˜o φ e´ dita potencial para F na regia˜o R. Exemplo. Considere um campo de quadrado inverso F (r) = F (x , y) = c ‖r‖3 r = c (x2 + y2)3/2 (x i + y j) E´ conservativo? Para isto, devemos obter φ : R2 → R tal que ∇φ = F . Existe tal φ? F (r) = F (x , y) = c ‖r‖3 r = c (x2 + y2)3/2 (x i + y j) Defina φ(x , y) = − c (x2 + y2)1/2 Vale que ∇φ = F em para qualquer regia˜o que na˜o contenha a origem. De fato, ∇φ(x , y) = ( cx (x2 + y2)3/2 , cy (x2 + y2)3/2 ) = c (x2 + y2)3/2 (x i + y j) = F (x , y) Nem todo campo e´ conservativo, mas quando isso for va´lido, teremos teoremas muito u´teis a` nossa disposic¸a˜o. Exerc´ıcio. Confirme que φ e´ uma func¸a˜o potencial de F em alguma regia˜o, e determine a regia˜o: φ(x , y) = 2y2+3x2y−xy3, F (x , y) = (6xy−y3)i+(4y+3x2−3xy2)j Exerc´ıcio. V ou F. Seja F (x , y) = x2i− y j. 1 ‖F (x , y)‖ → 0 se (x , y)→ (0, 0). 2 Se (x , y) estiver no eixo y positivo, o vetor aponta da direc¸a˜o e sentido do eixo y negativo. 3 Se (x , y) estiver no primeiro quadrante, enta˜o o vetor aponta para baixo e para a direita.