Prévia do material em texto
Literatura Inglesa Profa. Dra. Andréa Cotrim Objetivos Refletir criticamente sobre os aspectos literários e linguísticos relevantes das culturas de língua inglesa, por meio de obras literárias, considerando o contexto histórico. Levar em conta a relação entre discurso, texto e contexto entre algumas tradições literárias e a cultura brasileira. O que é literatura? A literatura tem uma função? Como ler? O que é qualidade literária? UNIDADE I: Tópico I: Os Primórdios da Literatura Inglesa. Em Foco: Beowulf O Período Anglo-Saxônico: Os Guerreiros Escandinavos Como o território já havia sido convertido ao cristianismo e os anglo-saxões acreditavam nos deuses germânicos, a ilha tornou-se área de contato entre diferentes culturas. Aos poucos, os anglo-saxões foram convertidos ao cristianismo pelos monges vindos da Irlanda. A ilha ficou, então, organizada em pequenos reinos de celtas, ao norte e oeste, e germânicos, no sul e leste, todos eles cristãos. Primeiro poema da tradição inglesa (séc X- ano 1000) Lenda Oral Escandinava (Suécia e Dinamarca – por volta do ano 700). 3.182 linhas Versos em aliteração (head-rhyme – mesmo som). Figura central: O guerreiro Simbologia Esse enfrentamento representa a luta entre o bem e o mal. presença de Cristo e de passagens bíblicas. Reconciliação com a ideia de que essa narrativa violenta foi escrita por um monge em um mosteiro! Beowulf /beieuwulf/ Then, Beowulf of the Scyldings, beloved king of the people, was famed among warriors long time in the strong holds. Só que em vez de lutar contra homens, ele luta contra um monstro, Grendel que, por muito tempo, tinha atacado o reino do rei Hrothgar. The grim spirit was called Grendel, a famous march-stepper, who held the moors, the fen and the fastness. The hapless creature sojourned for a space in the sea-monster’s home after the Creator had condemned him (p. 2). Grendel Main Characters Beowulf- Herói, vive em busca de aventuras que imortalizem seu nome. Eventualmente é coroado rei. Hrothgar- Rei dinamarquês cujo reino é acossado pelos monstros. Hygelac- Tio de Beowulf e rei dos gautas. Ao morrer em batalha, seu reino é herdado por seu filho e depois por Beowulf. Grendel- Criatura sanguinária. Unferth- Guerreiro de Hrothgar retratado como invejoso e covarde. O oposto de Beowulf. Mãe de Grendel- Um monstro fêmea que jura vingança aos dinamarqueses ao ver seu filho morto por Beowulf. Wiglaf- O mais fiel dos guerreiros de Beowulf, ajuda-o a matar o dragão. How does the battle in this picture differ from a modern war? Qual a angústia do monstro Grendel? Por que ele ataca? Qual a relação de Grendel com a sua mãe? E com seu pai? Shall we also pray to the new roman God, Christ Jesus? Explique esta frase no contexto escandinavo de 720 AD O que o filme CG permite? O que ele perde em cenário e caracterização de personagens? Quais as virtudes exaltadas; quais as execradas? No que Beowulf se parece com as narrativas atuais? Como a violência é caracterizada? Quais são os “monstros” sociais atuais? Tópico II: A Idade Média: Invasão Normanda Esse período começou com a chegada de William I da Normandia e sua vitória sobre o rei anglo-saxão, Harold, e estendeu-se até o final da Guerra das Duas Rosas. 1066: Invasão Normanda William I. A língua francesa: língua da nobreza. O inglês: língua do povo. O latim vai se tornar a linguagem da cultura. Nos séculos XII e XIII, aparecem músicas e livros de história em latim. Novas narrativas em uma outra língua O sistema feudal. O romanesco (narrativas associadas ao maravilhoso, ao mundo idealizado e aristocrático) havia chegado aos ingleses pela mão dos franceses: histórias de cavalaria. Ricardo Coração de Leão (1189-1199) Cruzada (recuperação de Jerusalém) A Carta Magna (1215): Fundamentos da Constituição Britânica Rei Arthur: cavaleiro ideal O Rei Artur e os Cavaleiros da Távola Redonda virtudes da época. As histórias contam a saga do Rei Artur, sua esposa Guinevere e dos cavaleiros Gawain e Percival, e sua busca pelo Cálice Sagrado. As histórias romanescas não têm um enredo central único; são compostas por uma sequência de incidentes relacionados. As personagens são “tipos”. Representação do cavalheiro ideal (Lancelot, Tristam, Gawain) que encarna as virtudes da época. A única maneira de um cavaleiro se distinguir é mostrando sua superioridade sobre os outros. (Re)escritas O romanesco é um gênero aristocrático. As primeiras narrativas sobre as lendas arturianas foram escritas, paradoxalmente, em francês. escritas em inglês no século XIII, quando os normandos já haviam saído da Inglaterra há quase um século, e o inglês se tornara a linguagem da classe alta. A lenda de Artur pertence à tradição celta. Essa lenda ficou conhecida na Europa com a publicação da Historia Regum Britannie (1137), de Geoffrey de Monmouth, e as narrativas do escritor francês Chretien de Troyes (1160‑90). Robin Hood “O príncipe dos ladrões” rouba para ajudar os pobres. Um dos fatos interessantes das histórias de Robin Hood e das lendas de Artur é que estão escritas em middle english. poemas com o propósito de instrução religiosa e guia moral. No ano de 1244, após a derrota de Normandia pelos ingleses, o inglês tornou-se a língua falada pelos habitantes do país. O Declínio do Feudalismo e a Emergência da Burguesia O Século XIII. O declínio do feudalismo. A autonomia das cidades (os burgos). Pequenos proprietários e comerciantes. As guildas (seleiros, padeiros, alfaiates, artífices) O divisão do Parlamento: A Casa dos Lordes (donos da terra) e a Casa dos Comuns ( a crescente burguesia) Uma nova ordem social: Novas Narrativas Literárias Em foco: Geoffrey Chaucer Acredita-se que tenha nascido em 1340, quando a Guerra dos Cem Anos com a França tinha começado. Chaucer pertencia a essa ascendente classe social: sua família não era nem do clero nem da nobreza, mas de ricos comerciantes. Cedo, Chaucer tornou-se um pajem na casa da duquesa de Ulster. Em 1359, foi soldado na França, onde foi feito prisioneiro. O rei Eduardo III precisou pagar o seu resgate. Contexto Histórico Três vezes durante o período entre 1348 e 1349 a peste (black death) assolou a Inglaterra. A peste negra começou a se espalhar na Ásia Central e chegou à Itália em 1347. De lá, espalhou-se pela Europa, chegando ao sul da Inglaterra em 1348. A peste, também chamada de peste bubônica, foi causada por um bacilo dos roedores, transmitido aos humanos pelas pulgas. The Canterbury Tales Inglês: um dos dialetos da cidade de Londres. O dia-a-dia do homem e da mulher comum. Estrutura da narrativa: Peregrinação à Cantuária Santo Sir Thomas Becket. As histórias dos peregrinos: as diferentes “vozes” da Inglaterra. A Comédia Humana Inglesa no Século XIII. Tabard Inn, Londres: lugar de reunião: “At night came all of twenty-nine assorted Travelers, and to that same inn resorted, Who by a turn of fortune chanced to fall In fellowship together, and they were all Pilgrims who meant toward Canterbury to ride”. Sobre Thomas Becket: Enquanto as pessoas iam e voltavam para Cantuária, elas contavam histórias. O melhor narrador ganhava um jantar na Taverna Tabard, oferecido pelo dono da pousada, que também fazia parte da peregrinação. “And specially in England people ride To Canterbury from every countryside To visit there the blessed martyred saint Who gave them strength when they were sick and faint”. Tipos sociais-séc. XIV O que interessa dessa narrativa é que ela representa todos os tipos sociais. Há um barão, um cavaleiro, um doutor, um advogado, um comerciante, um marinheiro, religiosos, um fazendeiro e um cozinheiro de Londres. Por todas as vozes de suas personagens, Chaucer critica a sociedade de seu tempo. Mesmo tema de diferentes perspectivas: cavaleiro, monge, moleiro, o médico. Personagens típicas e pequenos ensinamentos morais.O médico Conosco estava um MÉDICO também; Em todo o mundo não existe alguém Tão bom em medicina e cirurgia, E alicerçado assim na astronomia. Previa a hora propícia contra o mal Pelo uso da magia natural. Com firmeza traçava ele o ascendente Dos amuletos para o seu paciente. Via a causa de cada enfermidade No frio, calor, secura ou umidade, Onde nascia, e qual o seu humor; Era um perfeito, um ótimo doutor. O médico Sabendo a fonte de onde o mal provinha, Receitava ao enfermo sua mezinha, Surgiam a seguir os boticários Com suas drogas e remédios vários, Pois a esta classe aquela classe obriga Numa amizade já bastante antiga; Seu Esculápio conhecia bem, Rufus e Deiscórides também, O velho Hipócrates, Ali, Galeno, Serapião, Razis e Damasceno; Avicena, Averróis e Constantino; Bernardo e Gatesden e Gilbertino. O médico Tinha a dieta muito moderada, Pois de supérfluo não comia nada, Mas só alimento rico e digestivo. Em ler a Bíblia parecia esquivo. É De vermelho e de azul vinha vestido; De seda e tafetá era o tecido Gastava o seu dinheiro com cuidado, Guardando o que na peste havia lucrado. Como o ouro entre os cordiais tem mais valia, Ao ouro mais que tudo ele queria. (vv. 411-444) The wife of Bath drawing One day, a lady of the court told King Arthur that a Knight had attacked her. The Queen and her ladies asked Arthur to give the Knight to them. The Queen asked him to answer a question in order to live: “What is it that women desire?”. He could not fined two people who agreed. Pleasure? A good reputation? Richness? Fine clothes? A life of love with many husbands? To be spoilt and flattered? Freedom? Women want people to believe they can keep a secret! What is your opinion? The ugliest, most horrible woman showed up. “ Promise that , if I give you the true answer, you will do anything that I ask”. What is the answer? The wife of Bath Prologue Alice sugere que o comando nas mãos de uma mulher não leva à guerra ou submissão, mas ao bem-estar comum. Seguem-se o conto do estudante e do proprietário de terras. Feminism? Some people see the Wife of Bath as an early feminist. Find a few sentences in the story that support a feminist interpretation. Analyze Chaucer as an avant-guarde writer. Analyze The wife of Bath as a character written by a male author. She wants pleasure and acts through the gaps, in the domestic world. She also dares to interpret the Bible! Remember the Mass was in Latin! She shows agency in interpreting sacred texts! Analyze this story itself. What´s more important to a man: being beautiful or faithful? Why? The end of the story is a Freudian projection? Men who wish to rule? Chaucer (2) Percebemos como Chaucer é avand-guarde: Lê em latim, italiano e francês, mas escolhe escrever em inglês. Coloca-se no locus de enunciação de uma mulher, ainda que de forma debochada– Papel da comicidade é denunciar a sociedade da época. Mulher que reivindica o prazer, mas tb sofre violência. Ressignifica textos bíblicos. A Renascença na Inglaterra (1485-1603) A passagem do teocentrismo para o antropocentrismo marcou a transição da Idade Média para a Renascença. Durante o período dos Tudors, a Inglaterra cresceu economicamente e se consolidou internamente. Sua influência estendeu-se para além das fronteiras nacionais e começou a competir com a França e com a Espanha. O Período Elisabetano e a Fundação do Império Britânico Elizabeth I (1588-1603) final da época medieval e o começo da Renascença. É essa uma época de desenvolvimento econômico e político, propício para a literatura e outras manifestações artísticas. Manter a ordem dentro das fronteiras nacionais: subordinar a religião ao estado (Conflitos entre Católicos, Protestantes e Puritanos) O Teatro no centro do Palco O teatro: a oralidade. “Mistérios” (mystery plays)- personagens das Sagradas Escrituras “Milagres” (miracle plays); “Moralidade” (morality plays)- alegorias religiosas; lição de moral; ideias abstratas como se fossem pessoas. “The University Wits” (Oxford e Cambridge) Christopher Marlowe (1564-1593). Ben Jonson (1572-1637). William Shakespeare (1564-1616) Dramaturgo da corte de Elizabeth I e James I. Escritor canônico: Camões – Cervantes – Dante Ator Dono do teatro “The Globe” (1599) Comédias: casamento Tragédias : morte Peças históricas: a história da Inglaterra; louvam os Tudors. Sonetos Em foco: o teatro, a poesia e a prosa As fontes: narrativas de viagem, narrativas históricas, narrativas literárias “Put new Wine into old Bottles” A riqueza poética: as metáforas estendidas Personagens principais - versos Personagens secundárias -prosa O humor - diferentes audiências Movie: “Shakespeare in Love” 0:49 Sonnets Poetry Poesia lírica -> soneto (amor, admiração pela beleza física, riqueza intelectual, arte) Dedicatória a “uma bela dama” ou a “um jovem amigo” Shall I compare you to a summer’s day? So long as men can breathe or eyes can see, So long lives this, and this gives life to thee. Períodos da obra shakespeariana Comédias, tragédias e dramas históricos podem ser elencados em três períodos. No primeiro (1590-1595), ou o Período da Experiência, encontramos Henry V, Henry; Comedy of errors; Richard III (Ricardo III). O segundo (1595-1599) é conhecido como o Período do Desenvolvimento ou das Comédias porque, além da tragédia Romeo and Juliet e dos dramas históricos Henry IV e Henry V, inclui A Midsummer Night´s Dream Night’s Dream (Sonho de uma noite de verão); The Merchant of Venice (O mercador de Veneza); The Merry Wives of Windsor (As alegres comadres de Windsor); Much Ado about Nothing (Muito barulho por nada) e As you Like it (Como gostais). O terceiro (1600-1608) é o período das tragédias: Hamlet; Othello; King Lear (Rei Lear); Macbeth. Considerações Por meio das peças de Shakespeare, podemos nos transladar dos campos de batalha da Guerra das Duas Rosas à Dinamarca de Hamlet, da Verona de Romeu e Julieta à ilha de Próspero, no Novo Mundo e, em todos os casos, aos intrincados labirintos que são a alma e o coração humano. Então, seu público se defrontava tanto com cenas relacionadas com a sua cultura (em que ele se reconhecia nas personagens no palco) como com cenas de mundos desconhecidos, o que o fazia atraente. Characters Otelo, o “Mouro”, general das forças venezianas Brabâncio, pai de Desdêmona, senador Cássio, honrado tenente, segundo em comando depois de Otelo Iago, vilão, alferes de Otelo Rodrigo, um cavaleiro, pretendente de Desdêmona Duque de Veneza Montano, governador de Chipre Ludovico, nobre veneziano Graciano, irmão de Brabâncio Palhaço Desdêmona, mulher de Otelo e filha de Brabâncio Emília, mulher de Iago e camareira de Desdêmona Bianca, cortesã, amante de Cássio Demais senadores, fidalgos, músicos, servidores, oficiais, mensageiro... Otelo Identidade híbrida (mouro, cristão, negro em Veneza, “forasteiro”, equilibrado como general x insano, ciumento. Identidade fraturada: bravura e lascividade. Linguagem simples x grande oratória Narrativa que mescla o fantástico com o plausível e o verificável. Apaixona-se por quem lhe mostra afeto e pode lhe garantir aceitação social. Desdêmona Filha da nobreza veneziana Habita o ambiente doméstico. Tem consideração, doçura, juventude, recato Presa a uma rotina calma e segura. Apaixona-se por alguém que lhe fala do que está fora de seu alcance. Iago Iago, homem frio e calculista – razão? – p. 158. Ele realmente não se deixa levar pelas emoções?- plano engendrado. Vive de aparências: Justo Discreto Honesto Ato I: apresentação das personagens e intrigas Cena I Iago conversa com Rodrigo, demonstrando seu ressentimento por Otelo ter escolhido Cássio para o cargo de tenente. Eu não sou o que sou (Ato I, cena I, l.64). Racismo (p. 138). Brabâncio parte em busca da filha. Ato I Cena II e III Iago: Creio que o cerne da consciência consisteem não tramar assassinatos (p.142). Naus turcas avançam em direção ao Chipre. Otelo: ela me amou pelos perigos que passei, E eu a amei pela sua pena das minas penas. E foi esse o único feitiço que usei. Brabâncio para Desdêmona: A quem mais deve obediência? Aniquilação de si própria – p. 155 Racismo – 156 Em seu genro há mais beleza que negrura. Ato II plano em ação Cenas I e II Jogo de palavras shakespeareano Montano: Quem é ela? Cássio: Eu já lhe falei, É quem comanda o nosso grande comandante (p, 164). Demonstração de machismo – p. 165 e 173. Intrigas tecidas cuidadosamente por Iago, convidando Cássio a beber (174). Ato III plano em ação Afirmando, sub-repticiamente, sem se comprometer (Ato III, cena III): Cuidado, senhor, com o ciúme, Ele é um monstro De olho verde que vive a escarnecer da carne Que o nutriu. Feliz é o corno que, consciente De seu fado, não ama aquela que o ofendeu, Mas que tétricas horas daquele homem Que venera e duvida, suspeita e adora! Ato III Manipulação 1. bajulação 2. intriga 3. exploração dos medos do rival 4. vaidades ( inteligência, astúcia, experiência) 5. baixa autoestima (falta de erudição, cor da pele, dinheiro etc.). Otelo destruído – ler p. 203. Ato IV a natureza e suas paixões Existe alguma função para o ciúmes? – p. 154 Otelo sabe que irá matar Cássio e Desdêmona. Ele a agride física e verbalmente. Emília parece insinuar a trama de Iago – p. 232 Desdêmona prevê sua morte? E como age? P. 237 O autor, nas palavras de Emília, questiona a moralidade da época para as mulheres (p. 239). O mesmo raciocínio evolui para uma moralidade torta que justifica os meios para um determinado fim. Novamente, um julgamento sobre a sociedade que desdenha suas mulheres. Simbologia O lar, para Otelo, é tempo perdido, um fantasma da efeminação. Ele enxerga sua esposa, passando de um extremo a outro. Ato V desfecho Iago atenta contra a vida de Cássio e Rodrigo. Otelo, guiado pelo ciúmes (baixa autoestima), assassina sua esposa. Questões Qual a dimensão trágica desta história? Quão imaturo é o casal protagonista? Qual o grau de autoestima de ambos? O que se alega(va) para a execução do “crime de honra”? Qual a ponte com nosso contexto? O que muda com a categorização “feminicídio”? Food for thought Existem outras lógicas em nós ou somente o racional? O Outro confirma a minha identidade ou me desampara? (Vladimir Safatle). Existe racionalidade nos afetos? É possível lidar com meus heterônimos de forma racional? Como me possuir? (Hobbes). Como me ver desvinculado das minhas emoções, separado (a) do medo? Reflita sobre estas questões, tendo em vista que o amor é um conceito burguês, portanto, a história lida muito mais com o que se concebia como “obediência”, “honra” e deveres de cada parceiro. Hamlet 1599-1600 Ambições políticas Desejos avassaladores História de vingança Mentiras que contamos para os outros e, sobretudo, para nós mesmos Characters Cláudio, Rei da Dinamarca Gertrudes Hamlet Voltemand Cornélio Polônio Laerte Ofélia Ato I O espectro do rei assombra o castelo Biopoder – p.62 Desconfiança da mãe = rancor que nutre a si mesmo. Imagem da mulher: fraqueza. Laerte adverte Ofélia sobre manter sua maior virtude, mas ele não segue seu conselho (p. 68). O espectro revela o assassinato vil e Hamlet morre para a vida – 1 só sentido: vingar-se (ler p.79). Vingança como justiça – p. 82. Ato II ‘Ser honesto, num mundo como este, é ser um no meio de um milhão’ (Hamlet, p. 94). ‘ O bom e o mal não existem. É o pensamento que o faz assim.” (p.96). “Eu poderia viver enclausurado dentro de uma nós.” Ler p 96 e 97: devaneios de Hamlet e trama - p. 107). P. 99- estratégia política: polarização. Poder, legitimidade, dever e vingança(Karnal, Hamlet e o mundo como Palco). Se, como il viso, si mostrasse il core Ludovico Ariosto (Orlando Furioso) Polônio: Está bem provado que, com rosto devoto E piedosas ações, até o próprio demônio Sabemos adoçar. Rei: É verdade. Que açoite Ardente esse assunto na minha consciência. O rosto da rameira ornado com emplastros, Atrás do disfarce não parece mais feio Do que meu crime oculto atrás das belas frases. (grau de consciência) Hamlet a Ofélia: Ser ou não ser, eis a questão. (p. 111-112). Ser aprisionado pelas leis humanas ou senhor do seu destino? Misoginia – 113. Ato III Hamlet atua como louco. A peça dentro da peça. Hamlet mata Polônio, atrás da cortina. Ato IV Hamlet: Um rei pode fazer sua parada pelas tripas de um mendigo. P. 148. O rei atiça Laerte para vingar seu pai.- p.167. Morre Ofélia afogada. Ato V Hamlet conversa com a caveira de Yóris e descobre sobre Ofélia. Hamlet descobre a ordem para seu assassinato. Duelo entre Hamlet e Laerte. Sobre a gênese das nossas paixões Conseguimos sair do círculo de afetos do medo, da esperança e criar políticas, visibilidades diversas? Em outras palavras: é possível re- construir novas narrativas de si mesmo e do outro? Como? O que é preciso largar para que isso aconteça? Como pensar fora das representações fixas que fazemos da vida, de nós, dos outros? Posso controlar a forma daquilo que me afeta? Como viver com o desamparo? Não sentir/ agir como o esperado é uma demanda política? Liberdade é conhecer as gêneses das nossas ideias e unir-se a objetos que aumentem a nossa potência (Oswaldo Giacoia). O Fim das Monarquias Absolutistas (1603-1714) A Idade da Razão O Iluminismo. O poder da razão humana. A inovação das doutrinas políticas, religiosas e educacionais. Incompatibilidade entre Puritanismo e absolutismo Real. As Narrativas dos Poetas Metafísicos A Bíblia em Língua Inglesa -King James. Os Poetas Metafísicos (assuntos espirituais e filosóficos). John Donne (1572-1631) Temas: a emoção e o engenho intelectual; o conflito entre a fé e a razão; o desejo carnal; o desejo espiritual; a relação entre pensamento e sentimento; Forma: o uso de conceitos (justaposição e comparação de objetos dessemelhantes); argumentação; forma elíptica. NO MAN IS AN ISLAND, de JOHN DONNE NINGUÉM É UMA ILHA Tradução de João Machado Ninguém é uma ilha Entregue a si só. Todos são pedra do continente Uma parte do todo. Se uma terra a arrasta o mar A Europa vai-se. Como se fosse um promontório. Como se fosse a tua própria casa Ou a do teu amigo. A morte de um homem priva-me Pois pertenço à humanidade. Por isso, não mandes perguntar Por quem o sino dobra Ele dobra por ti Classicismo X Romantismo Segue um padrão clássico Não há modelo a ser seguido Universal Individual Impessoal e objetivo Pessoal e subjetivo Razão Sensibilidade Disciplina Libertação Imagem racional do Imagem sentimental homem e da mulher e subjetiva Perfeccionismo na forma Versos livres, brancos. Classicismo X Romantismo A Liberdade guiando o povo – Eugène Delacroix A Escola de Atenas, afresco no Vaticano – Rafael, 1509 67 A ascensão do Romance Daniel Defoe (1660‑1731), Samuel Richardson (1689‑1761) e Henry Fielding (1707‑1754) são considerados os precursores do gênero romance no século XVIII. Até hoje, os críticos discutem se o gênero começou na Inglaterra, com Robinson Crusoe , ou na Espanha, com Don Quijote de la Mancha , de Don Miguel de Cervantes Saavedra. Esses escritores têm em comum narrativas que relatam uma nova realidade social: a ascensão da classe média como resultado das transformações do contexto social da Inglaterra no século XVIII. Essa mudança na sociedade vai acarretar uma mudança na maneira de narrar. A Revolução Industrial (1750-1837) Mudanças Políticas:A Independência dos Estados Unidos (1772). A Revolução Francesa (1789). Mudanças Sociais: Do campo à cidade (1750-1850). Mudanças Econômicas: Cercado das Terras Sec. XVI e XVII: O mercado de lã. Sec. XVIII e XIX: novo sistema de cultivo. As novas fábricas. O Norte e o Sul. O surgimento dos sindicatos. Em foco: a poesia do Romantismo: crítica à nova ordem industrial O Romantismo foi o produto do movimento social, político e cultural inspirado na profunda mudança de sensibilidade, resultado da Revolução Francesa e Americana, e afetou não só a literatura, mas todas as artes. No nível intelectual, implicou uma reação violenta contra o racionalismo do Iluminismo e o interesse na literatura neoclássica da Idade da Razão. Na esfera social, foi a favor dos movimentos humanitários, como a luta contra a escravidão e a melhora das condições de vida dos trabalhadores O Romantismo na Inglaterra Obra de início: A publicação das Lyrical Ballads (Baladas Líricas) em 1798 pelos poetas William Wordsworth e Samuel Taylor Coleridge. English Romantic Poets 1st Generation of Romantic Poets: William Blake (1757-1827). William Wordsworth (1770-1850). Samuel Taylor Coleridge (1732-1834). 2nd Generation of Romantic Poets: George Gordon, Lord Byron (1788-1824). John Keats (1795-1821). Percy Bysshe Shelley (1792-1822). Its Philosophy It expressed an assertion of the 'Self' and the value of 'individual experience'. Sense of the 'transcendental' and 'infinite'. Its 'key word': imagination. Material world imagination (perception/intuition) transcendence spiritual world poem. The Daffodils by William Wordsworth I wandered lonely as a cloud That floats on high o’er vales and hills, When all at once I saw a crowd, A host, of golden daffodils; Beside the lake, beneath the trees, Fluttering and dancing in the breeze. Continuous as the stars that shine And twinkle on the Milky Way, They stretched in never-ending line Along the margin of a bay: Ten thousand saw I at a glance, Tossing their heads in sprightly dance. The Daffodils by William Wordsworth The waves beside them danced, but they Out-did the sparkling waves in glee: A Poet could not but be gay, In such a jocund company: I gazed—and gazed—but little thought What wealth the show to me had brought: For oft, when on my couch I lie In vacant or in pensive mood, They flash upon that inward eye Which is the bliss of solitude; And then my heart with pleasure fills, And dances with the daffodils. William Blake – 1757- 1827 A poet and an engraver Leading of the early Romantic movement Supporter of the ideals of the French Revolution William Blake, poeta e artista plástico inglês, nasceu em Londres, capital da Inglaterra, em 1757. William dedicou boa parte de sua infância à leitura e ao desenho. Ao completar dez anos ele entrou em uma escola de desenho e passou a produzir estampas em reproduções de imagens de objetos antigos da Grécia, adquiridas pelo seu pai, e a criar ilustrações para poemas escritos por ele mesmo. A Sagrada Escritura era sua mais dileta inspiração. William Blake O artista afirmava ver, desde cedo, anjos e outras figuras celestiais à sua volta, os quais ele reproduzia em sua obra, tanto na pintura considerada de natureza fantástica, quanto em seus poemas ilustrados. Aos quatorze anos, em agosto de 1772, ele se tornou discípulo do célebre estampador James Basire. William Blake A união entre o céu e o inferno Neste período Blake também iniciou suas pesquisas e obras sobre as igrejas londrinas, especialmente sobre a Abadia de Westminster, com seu estilo gótico, que o impressionava vivamente. O resultado deste empenho do artista foi a realização de estampas nestes templos, principalmente nesta catedral, trabalho no qual seu talento se desenvolveu de forma acentuada. William Blake Abadia de Westminster Imagens de igrejas góticas londrinas Seus primeiros poemas foram publicados em 1792 na obra intitulada Poetical Sketches. Em sua poesia ele apela particularmente ao recurso métrico do verso branco. Algumas de suas poesias, porém, foram lançadas de 1784 em diante, entre elas ‘Song of Innocence’, ‘The Book of Thel’ e ‘The Marriage of Heaven and Hell’, impressas e estampadas pelo próprio artista. com a parceria de sua esposa, Catherine Boucher, a quem ele alfabetizou e iniciou na arte tipográfica. William Blake William Blake, o artista plástico Blake tinha um extenso universo mitológico formado por vários personagens. Era por meio dessas figuras presentes em seus livros considerados proféticos que ele disfarçava o seu espírito inovador e opiniões políticas sob a forma de profecias. O personagem nesta obra é Urizen. Ele representa o senso comum e as leis, e costuma ser retratado com uma longa barba e uma espécie de régua em mãos, de forma que parece estar criando o universo. William Blake produzia não só as ilustrações de sua obra, mas igualmente a de seus companheiros. Entre seus principais trabalhos estão as ilustrações de clássicos como "O livro de Jó" da Bíblia, "A Divina Comédia" de Dante Alighieri – tarefa infelizmente suspensa por sua morte. William Blake – o artista plástico William Blake – o artista plástico William Blake – Principais obras Poetical Sketches (1783); There is no Natural Religion (1788); All Religions Are One (1788); Songs of Innocence (1789); Book of Thel (1789); The French Revolution: A Poem in Seven Books (1791); A Song of Liberty (1792); The Marriage of Heaven and Hell (1793); Visions of the Daughters of Albion (1793); America, A Prophecy (1793); Songs of Experience (1794); Songs of Innocence and of Experience (1794); A poesia de William Blake Os livros Songs of innocence e Songs of experience exprimiriam, segundo Blake, “estados contrários da alma humana”. No primeiro volume de poemas, Canções da inocência (1789), aparecem traços de misticismo. Cinco anos depois, Blake retoma o tema com Canções da experiência, estabelecendo uma relação dialética com o volume anterior, acentuando a malignidade da sociedade. O símbolo da primeira obra é o Cordeiro, símbolo da bondade patriarcal de Deus; o da segunda é o Tigre, símbolo da tirania divina, à qual o homem se submete. Os dois livros juntos exprimem a contradição mística do espírito de Blake. The Tyger 1794 1st stanza What magnificent hand made you, Tiger? 2nd stanza Where were you made? 3rd stanza How were you made? 4th stanza What devices were used to create you? 5th stanza What was the reaction of the deity that made you? Is the God who made the tiger the same one that made the lamb? 6th stanza [a repetition of the first question with a stronger inference] Why would this deity risk making something like you, Tiger? What are the questions ask in each stanza? The poem has both a literal and figurative interpretation. It consists of six quatrains. The poet began and ended his poem with the same stanza except for changing one word—could to dare. There are thirteen questions that are asked within the poem which speak to the tiger. Each stanza focuses on a different aspect of the question presented in the first stanza. With the use of apostrophes, the poem directly addresses an unseen force [God] that shaped the world. The tiger seems to be symbolic of evil to the poet. Blake questions the God who would create a world that has both evil and good [lamb]. He further wonders why would he do this, and what is the purpose of the evil in the world. Is God happy that he created such a fiery, terrifying creature? Jane Austen (1775-1817) Ms. Andréa Cotrim - USP - CLB A Inglaterra Vitoriana (1837-1901) A Rainha Vitória Grã Bretanha: sociedade industrializada. Século XIX: auge da Revolução Industrial. Novas tecnologias: Ferrovias; Navio a vapor; Telégrafo; Telefone. “The Great Exhibition” (1851). a primeira grande celebraçãodos produtos industriais A Inglaterra Imperial (1837-1901) Grã Bretanha: Poder Imperial. Século XVIII: Colônias Americanas. Século XIX: Canadá, Índia, Caribe. Commonwealth: Canadá, Austrália e Nova Zelândia auto-governo (domínios e não mais colônias) Estados Unidos e Alemanha. De oficina do mundo à banqueiro do mundo. O Romance Vitoriano Irmãs Brontë Anne (1820‑1849), Emily (1818‑1848) e Charlotte (1816‑1855) – foram as escritoras mais lidas e populares da época. Filhas de um pastor anglicano, moravam na reitoria de Haworth, Yorkshire, no norte da Inglaterra, nos morros, perto de uma área industrial. Sua vida isolada e trágica (morreram ainda jovens) é já parte da lenda que as rodeia. Sua solidão não foi só geográfica, mas também social. O fato de serem mulheres educadas separava as irmãs das pessoas comuns. Ao mesmo tempo, eram romancistas provincianas que escreviam para o público cultivado da metrópole. Para os vitorianos já era chocante ler sobre bigamia, ascensão social, violência física e casamento entre grupos raciais diferentes, sem o aditamento de pensar que a mente frágil de uma mulher estava por trás dessas narrativas! Charlotte Brontë (1816-1855) (CURRER BELL): Jane Eyre Emily Brontë (1818–1848) (ELLIS BELL): Wuthering Heights Anne Brontë (1820–1849) (ACTON BELL): The Tenant of Wildfell Hall Branwell Brontë Yorkshire, Haworth Parsonage Patrick Bronte: Irish Anglican clergyman; perpetual curate of St Michael and All Angels Church Maria Branwell: early death Family Idealization of the feminine figure Aristocratic women: decadent Working class women: lacked refinement Idealized middle-class woman: “...was a refined, selfless (and frequently self-effacing), morally upright, sometimes almost ethereal being whose moral guidance and exemplar behaviour ensured that he would be capable of keeping not only her children but also her husband in line morally” (p. 9) Proposta e Recusa de Casamento No último dia de fevereiro de 1839, oito anos antes da publicação de Jane Eyre, Charlotte Brontë foi pedida em casamento pelo jovem pároco Henry Nussey, irmão de sua melhor amiga. A resposta que enviou-lhe, escrita no dia cinco de março, foi brilhante; ao mesmo tempo assertiva e generosa, pode ser considerada um exemplo de “o problema é comigo, não com você”. Ela realmente explica os motivos pelos quais seria uma péssima companheira de acordo com o padrão da época. “Meu caro senhor, Antes de responder sua carta, eu poderia ter passado um longo tempo considerando seu conteúdo; mas como decidi, desde o momento em que a recebi e a li, o caminho pelo qual enveredaria, tal atraso pareceu-me completamente desnecessário. Você sabe que tenho muitas razões para sentir gratidão por sua família, amar ao menos uma entre as suas irmãs e estimá-lo muito fortemente. Não acuse-me, portanto, de más intenções... quando eu disser que a minha resposta para a sua proposta deve ser um determinado não. Minha decisão, que foi baseada nos ditames da consciência e não da inclinação, não foi fundamentada em um desprezo em particular pela ideia de unir-me a você – mas estou certa de que a minha disposição natural não foi calculada para fazer um homem como você feliz. Tenho o hábito de analisar o caráter daqueles a quem sou apresentada, e acho que o conheço bem o suficiente para imaginar o tipo de mulher que se adequaria à você. Seu caráter não deveria ser acentuado, ardente e original – ela deveria possuir um temperamento manso, uma religiosidade incontestável, um espírito equilibrado e bem disposto e beleza o suficiente para agradar aos seus olhos e gratificar seu orgulho. Quanto a mim, eu não sou tão séria, solene e serena quanto você pensa – você me consideraria demasiadamente romântica – “excêntrica”, você diria; e pensaria que sou satírica e inflexível. O fato é que eu não pretendo fazê-lo de tolo, e jamais o enganaria a fim de me casar e escapar do estigma de ser uma solteirona, porque desse modo comprometeria o futuro de um bom homem a quem não posso fazer feliz. Adeus! De sua amiga, C. Brontë” FAMILY (2) own resources; devoted to one another; shy with strangers Ferociously inteligent; self-educated; voracious readers; unorthodox education; influenced by Romantic poets, like Lord Byron; acted plays Married Reverend Arthur Bell Nicholls (1854-1855) She died, nine month later: TB or pregnancy? Jane Eyre - synopsis Jane Eyre é uma menina órfã que vive com sua tia, a sra. Reed, e seus primos, que sempre a maltratam. Até que, cansada do convívio forçado com a sobrinha de seu falecido esposo, a mulher envia Jane a um colégio para moças, onde ela cresce e se torna professora. Com o tempo, cresce nela a vontade de expandir seus horizontes. Ela põe um anúncio no jornal em busca de trabalho como governanta. O anúncio é respondido pela senhora Fairfax, e Jane parte do colégio para trabalhar em Thornfield Hall. Lá, ela conhece seu patrão, o sr. Rochester, um homem brusco e sombrio, por quem se apaixona. Mas um grande segredo do passado se interpõe entre eles. Jane Eyre - characters Jane Eyre Mrs. Reed John Reed Bessie Lee Mr. Brocklerhurst Helen Burns Maria Temple Miss Scatcherd Edward Rochester St.John Rivers Themes Love versus autonomy (not just for romantic love, but also for a sense of being valued, of belonging). Religion Social Class Gender Relations Jane Eyre - HW Stereotypes of Victorian women: pure sexual behaviour and desire Does Jane Eyre deconstruct the ideal of the ‘angel in the house’? Does the novel debunk the conventions of ideal femininity? Does it participate in the middle class discourse that sought to define the ideal woman for middle-class readers? To what an extent? Symbols Fire and Ice Substitute Mothers The Red Room Fantasia, Realismo e Narrativa fairy tales, prophetic dreams, mythic imagery and extraordinary plot twists. the fantastic - emotional subtexts in the novel. Her prophetic dreams - information regarding the state of Jane's emotional health. Brontë's departure from a realistic plot might derive from Emotionalist moral philosophy, a school of moral philosophy which significantly affected nineteenth-century intellectual life in Britain. Brontë uses the fantastic to expand the parameters of societal conceptions of what is comprised by reality. the healthy human mind is organized hierarchically with reason, like a king, ruling will and passions. Reason now shares rule with feelings or emotions. Bertha caribenha primeira esposa de Edward Rochester vive presa no sótão da casa devido à sua loucura – herdada graças à miscigenação. Na obra de Rhys, em contrapartida à explicação biológica, são os confrontos culturais e regionais que levam Antoinette (Bertha) à loucura. Jane Eyre: resultado do desconhecimento do colonizador em relação às suas colônias. Questões de (não) pertencimento e da posição do mestiço Questions about Eyre 1- Como aconteceu o encontro entre Mr.Rochester e Jane? 2- O que aconteceu aos Reeds? 3- Qual o crime de Rochester? 4- Como a mulher ( que vive no quarto) é tratada? 5- O que você acha que surpreendeu os leitores de Jane Eyre da época? 6- Existe alguma relação entre Bertha e Jane? 7-Qual a atitude de Jane em relação à vida? 8- Qual a impressão da Sra. Fairfax sobre Jane e o Sr. Rochester? 9- Defina o locus de enunciação das personagens Jane e Bertha. Jane Eyre’s reception. A Critical History of Jane Eyre by Beth Newman Refreshing unconventionalities; departure from formula of contemporary fiction; powerful voice of the author Negative criticism: ‘departures from verissimilitude, from real life’ (p. 445) ‘plot: most extravagantly improbable’ (p. 445) ‘melodrama and improbability’ (p. 446) The Political implications of the novel Anti-christian ? Hostile towards priviledge of rank Conservative novel, in the end: accepts Victorian values and atitudes toward class, race, and even gender. In-between ‘the mad woman in the attic” and“the angel in the house Movie (2011) Quais são os acréscimos e as supressões na passagem do livro para o filme? Há personagens silenciadas na obra? E no filme? Qual a razão desta(s) escolhas(s)? Como a narrativa fílmica trata questões como o tempo dos acontecimentos – paixões, conflitos? O filme obedece ou transgride a estética das grandes narrativas? O filme obedece ou transgride os cinco espaços narrativos do livro? Oscar Wilde 1854- 1900 irlandês radicado em Londres. poemas, peças de teatro, contos e um romance, The Picture of Dorian Gray, no qual, por meio da relação entre as três personagens principais, ele discute sua teoria da “arte pela arte mesma” e a relação entre a obra, o crítico e o artista. Dorian, como Fausto, vende sua alma ao diabo para conservar a sua beleza. Sua teoria da arte (o esteticismo) foi, por um lado, um culto ao individualismo. condenado à prisão por homossexualidade, lá escreveu seu depoimento em forma de ensaio: De profundis. The Picture of Dorian Gray 1890 Have you ever thought of being Young forever? What would you do differently? What are the pros and cons? What if a picture could figure your soul? What would it reveal? Characters Basil Hallward Lord Henry Wotton Dorian Gray Sybil Vane Dorian homem fatal: nobre e belo, misterioso e decaído, satânico e perigoso, agente da ruína daquele que os cercam. Ao rejeitar a consciência coletiva em nome do prazer individual, o protagonista diverte-se com a coleção de homens e mulheres que seduz e descarta. temas A Arte pela Arte Superficialidade ou frivolidade como mimos para a alma (p. 48). Manutenção do cânone – ver Shakespeare encenado em um lugar tão pobre x quebra do cânone- qdo se questiona que os valores contemporâneo são melhores do que os antepassados )p. 48). subtemas Desejo físico homoafetivo e intelectual Ser x parecer ser Gótico ( o que é assustador está em nós) + domínio / fascínio vampiresco de um sobre o outro. O pacto- p. 76 – o quadro envelhecia e espelhava as crueldades de Dorian. O quadro como emblema de sua consciência. Papel da consciência Apesar do estilo dândi, há consequências para uma vida frívola e descomprometida com os outros. A consciência de Dorian está revelada no quadro, mas há maneiras de se lidar com ela. Para o menino mimado a culpa de suas atitudes é sempre dos outros. Não há garantias. Não se sabe se tudo o que acontece é para melhorarmos ou apenas, experiências. Sensação de desolação. P. 57 – ler O ápice da tensão é reservado ao próprio protagonista, que descobre não ser capaz de fugir de si para sempre. Aos poucos, sua consciência vai se corroendo, mergulhando em uma crise da qual ele não consegue se libertar, por mais que o busque. Sua única boa ação tinha sido fruto meramente da vaidade? Ou a busca de uma nova sensação como sugerido por Lorde Henry com seu sorriso de mofa? P.171 Modernismo Virginia Stephen Woolf nasce em Londres em 1882, em uma abastada família de literatos. Instruída em casa segundo as regras rígidas da educação vitoriana, em 1904 transfere-se para o bairro de Bloomsbury, dando vida, junto com outros intelectuais, ao assim chamado Grupo de Bloomsbury. Em 1912, casa-se com Leonard Woolf, com o qual funda uma pequena editora. Tem intensas relações de amizade e amor com várias mulheres, dentre as quais a escritora Vita Sackville West, que, contudo, jamais colocarão em risco a solidez de seu matrimônio. Vítima, desde o início da adolescência, de fortes e recorrentes distúrbios depressivos, suicida-se em 1941, afogando-se no rio Ouse, perto de Rodmell. Obras Mrs. Dalloway (1925) To the lighthouse ( 1927) As ondas (1931) Escrita experimental Eliminar da página não apenas a voz, mas também a presença organizadora do autor, confiando o procedimento da narração quase exclusivamente “ao reflexo na consciência da personagens” (Auerbach). Diversas individualidades das personagens. De vez em quando, essas consciências se intersectam para fazer emergir uma verdade, iluminando uma visão. Não há uma trama convencional. Há detalhes que corroboram para uma epifania. Mrs. Dalloway in Bond Street” Read and draw – page 21 Kazuo Ishiguro Nasce em Nagasaki, no Japão, mas emigra à Inglaterra, aos seis anos. Na sua adolescência sonhava ser um músico, atuando em vários clubes e enviando gravações a várias editoras. Sendo rejeitado por estas, e não tendo futuro com a música, decide dedicar-se à escrita. Estudou nas universidades de Kent e East Anglia, no curso de "escrita criativa“. Em 2017 foi laureado com o Nobel de Literatura, em virtude da grande força emocional presente em seus romances. A sua obra foi traduzida em mais de 28 países. Obras Nocturnes 2010 cinco narrativas concisas, leves e com humor. Noturnos traz contos sobre instrumentistas e amantes da música, de diversas partes do mundo. Tony Gardner, um velho crooner americano, já não desfruta do mesmo prestígio, mas para o jovem músico Jan ele ainda é um ícone. O Consagrado cantor o surpreende ao convidá-lo para uma parceria inusitada. Um professor de inglês que vive na Espanha, amante dos standards americanos, vai a Londres visitar um casal de amigos, e se descobre numa roda-viva de ressentimentos e neuroses. Na mesma cidade, um músico procura emprego em uma banda, mas decide recuperar a inspiração nas colinas britânicas. Um saxofonista competente se rende à ideia de fazer uma plástica facial em Beverly Hills para entrar para o primeiro time da música. UM violoncelista húngaro procura se estabelecer na Itália, mas acaba seduzido por uma viajante americana. Nestas histórias, emoções suscitadas por belas melodias convivem com as limitações do mundo da música. SE o poder de tocar o sentimento faz dos músicos seres próximos da genialidade, as exigências do senso comum e da profissionalização os submetem a situações muitas vezes patéticas e hilariantes. I was ugly. And that this was what was keeping me from the big league. p. 129 O que a literatura tem a ver com a música? Nocturne O quarto conto, Noturnos. É o conto de um músico muito talentoso, mas muito feio, que resolve, por pressão do seu empresário, fazer uma plástica numa clínica frequentada por muita gente famosa. Nesta clínica ele conhece uma atriz famosíssima e decadente, e vive uma aventura meio surreal com ela. Aparência x essência