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/ Literatura de Países de Língua Portuguesa Atividade anterior Próxima atividade Iniciado em sexta, 8 Nov 2019, 21:15 Estado Finalizada Concluída em sexta, 8 Nov 2019, 21:27 Avaliar Ainda não avaliado / Questão 1 Completo Questão A (Fonte: https://www.pensador.com/frase/MTI2MDkwMg/. Acesso em 28/08/2019) Sabe-se que José Saramago, autor português transformado em autor-ídolo, com um status idolátrico ainda em vida, segundo alguns críticos, utilizava-se de estratégias de construção para suas narrativas, calcadas num patamar que fogem do senso comum. Na verdade, a trajetória literária do autor em estudo, é vasta e bastante instigante, pelos variados gêneros que desenvolveu: da poesia ao teatro, ao jornalismo e à �cção. Além das categorias exploradas, muitas con�gurações podem ser percebidas, como por exemplo: a meta�cção historiográ�ca, aspectos do neorrealismo, o insólito, o fantástico, o maravilhoso, o sobrenatural, as tendências contemporâneas, a alegoria, entre outras muitas vertentes. Assim, a partir desse contexto, produza um texto abordando alguns aspectos da obra e da vida de José Saramago. O texto escrito deve ser construído com base em suas ideias acerca do assunto estudado, fundamentado corretamente com o conteúdo abordado no livro, nas videoaulas da disciplina e em pesquisa sobre o assunto. Lembre-se de que não são aceitas cópias, nem do livro, nem da internet. Você deve fazer as referências corretamente aos textos que utilizou para fundamentar o seu texto, ou seja, indicar a fonte da sua pesquisa. QUESTÃO B / Um dos conteúdos obrigatórios para o estudo da literatura no ensino médio são as cantigas trovadorescas. De acordo com o livro da disciplina (pág. 12), “As cantigas medievais se dividem em composições líricas e satíricas. No primeiro caso, situam-se as cantigas de amor e as cantigas de amigo. Já as composições satíricas se dividem em cantigas de escárnio e cantigas de maldizer. Se as cantigas líricas versam em geral sobre o amor ou sua ausência, nas cantigas satíricas faz-se a crítica a pessoas, comportamentos ou instituições do mundo feudal. Caso a crítica seja velada, indireta, temos uma cantiga de escárnio. Já a zombaria direta, agressiva, com expressões de baixo calão, de�ne uma cantiga de maldizer.” Escolha uma cantiga trovadoresca (pode ser de amigo, amor, escárnio e maldizer) e elabore um roteiro de aula para explicar o tema e a interpretação da cantiga. Questão B Os aspectos que destaca a vida de Jose Saramago e de sua obra são a visão comunista e marxista sobre ideias no contexto social, visto que o autor era explicitamente declarado comunista e um crítico ao capitalismo e à Igreja. Nas suas obras podemos encontrar muitas criticas à religião cristã, tal como em "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" e "Caim". Criticas sociais ao próprio ser humano também são pontuados em "Ensaio sobre a Cegueira “, uma de suas mais famosas obras, seus pensamentos eram evolucionistas e certeiros. Um autor que desde as primícias de seus pensamentos literárias redimensiona a ideia de história, �cção e identidade determinantes para um pensamento dinâmico da contemporaneidade. Ele era um critica sobre como é o ensino nas escolas, pois ele acreditava que a escola ainda não é o lugar que subverte e revoluciona a língua portuguesa infelizmente este papel ainda é e será dos escritores. Questão A “Seu Jorge” Mina do Condomínio Tô namorando aquela mina Mas não sei se ela me namora Mina maneira do condomínio Lá do bairro onde eu moro Seu cabelo me alucina Sua boca me devora Sua voz me ilumina Seu olhar me apavora Me perdi no seu sorriso Nem preciso me encontrar Não me mostre o paraíso Que se eu for, não vou voltar Pois eu vou / Eu vou Eu digo "oi" ela nem nada Passa na minha calçada Dou bom dia ela nem liga Se ela chega eu paro tudo Se ela passa eu �co doido Se vem vindo eu faço �ga Eu mando um beijo ela não pega Pisco olho ela se nega Faço pose ela não vê Jogo charme ela ignora Chego junto ela sai fora Eu escrevo ela não lê Minha mina Minha amiga Minha namorada Minha gata Minha sina Do meu condomínio Minha musa Minha vida Minha monalisa Minha vênus Minha deusa Quero seu fascínio (desde o começo) Minha namorada Do meu condomínio Minha monalisa Quero seu fascínio Roteiro de aula 1º aula: Entender o contexto sócio-histórico, inicio do trovadorismo explicando sobre as artes na época medieval. 2º aula Os alunos primeiramente identi�caram a origem do Trovadorismo, analisaram os principais compositores e as características poéticas de cada um. A partir deste levantamento estudaremos o cantigo D. Dinis: - Chamar a atenção da linguagem usada. - Retirar do texto o que o autor deixou implícito; - Analisar o discurso do autor e seu protagonista do texto; Explicar e expor o cantigo e tentar trazer o tema para nosso cotidiano e para o cotidiano do aluno, para que ele consiga assimilar melhor o estudo. Referências https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/cantigas-trovadorescas http://letraspitorescas-unipvergueiro.blogspot.com/2013/05/plano-de-aula-trovadorismo.html / / Questão 2 Incorreto ( Enade 2011) Em reportagem, Owen Jones, autor do livro Chavs: a difamação da classe trabalhadora, publicado no Reino Unido, comenta as recentes manifestações de rua em Londres e em outras principais cidades inglesas. Jones prefere chamar atenção para as camadas sociais mais desfavorecidas do país, que desde o início dos distúrbios, �caram conhecidas no mundo todo pelo apelido chavs, usado pelos britânicos para escarnecer dos hábitos de consumo da classe trabalhadora. Jones denuncia um sistemático abandono governamental dessa parcela da população: “Os políticos insistem em culpar os indivíduos pela desigualdade”, diz. (...) “você não vai ver alguém assumir ser um chav, pois se trata de um insulto criado como forma de generalizar o comportamento das classes mais baixas. Meu medo não é o preconceito e, sim, a cortina de fumaça que ele oferece. Os distúrbios estão servindo como o argumento ideal para que se faça valer a ideologia de que os problemas sociais são resultados de defeitos individuais, não de falhas maiores. Trata-se de uma �loso�a que tomou conta da sociedade britânica com a chegada de Margaret Thatcher ao poder, em 1979, e que basicamente funciona assim: você é culpado pela falta de oportunidades. (...) Os políticos insistem em culpar os indivíduos pela desigualdade”. Suplemento Prosa & Verso, O Globo, Rio de Janeiro, 20 ago. 2011, p. 6 (adaptado). Considerando as ideias do texto, avalie as a�rmações a seguir: I. Chavs é um apelido que exalta hábitos de consumo de parcela da população britânica. II. Os distúrbios ocorridos na Inglaterra serviram para atribuir deslizes de comportamento individual como causas de problemas sociais. III. Indivíduos da classe trabalhadora britânica são responsabilizados pela falta de oportunidades decorrente da ausência de políticas públicas. IV. As manifestações de rua na Inglaterra reivindicavam formas de inclusão nos padrões de consumo vigente. É correto apenas o que se a�rma em: Escolha uma: a. II e III. b. I e II. c. II, III e IV. d. I, III e IV. / A resposta correta é: II, III e IV.. II. Os distúrbios ocorridos na Inglaterra serviram para atribuir deslizes de comportamento individual como causas de problemas sociais. III. Indivíduos da classe trabalhadora britânica são responsabilizados pela falta de oportunidades decorrente da ausência de políticas públicas. IV. As manifestações de rua na Inglaterra reivindicavam formas de inclusão nos padrões de consumo vigente. e. I e IV. / Questão 3 Correto (ENADE – 2008) Não, não é fácil escrever.É duro como quebrar rochas. Mas voam faíscas e lascas como aços espalhados. Ah que medo de começar e ainda nem sequer sei o nome da moça. Sem falar que a história me desespera por ser simples demais. O que me proponho contar parece fácil e à mão de todos. Mas a sua elaboração é muito difícil. Pois tenho que tornar nítido o que está quase apagado e que mal vejo. Com mãos de dedos duros enlameados apalpar o invisível na própria lama. Clarice Lispector. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p. 25. No trecho do romance A hora da Estrela, de Clarice Lispector, apresenta-se uma concepção do fazer literário, segundo a qual a literatura é: Escolha uma: A resposta correta é: uma forma de, pelo trabalho do escritor, tornar sensível o que não está claramente disponível na realidade.. a. um modo mágico de expressão, por meio do qual se de abandona a realidade histórica em favor da pura beleza estética graças à sensibilidade do escritor. b. uma forma de resolver os problemas sociais abordados pelo escritor ao escrever suas histórias. uma forma de, pelo trabalho do escritor, tornar sensível o que não está claramente disponível na realidade. c. uma forma de, pelo trabalho do escritor, tornar sensível o que não está claramente disponível na realidade. d. o resultado do trabalho árduo do escritor, que transforma histórias complexas em textos simples e interessantes. e. um dom do escritor, que, de forma espontânea e fácil, alcança o indizível e o mistério graças a sua genialidade. / Questão 4 Incorreto ( Enade 2011) Para estudar a história literária brasileira, em vez de um critério político, deve-se adotar uma �loso�a estética compreendendo-a como um valor literário. Para tal, a periodização correspondente é de natureza estilística, isto é, em lugar da divisão em períodos cronológicos ou políticos, a ordenação por estilos. COUTINHO, A. (Org.) Literatura brasileira: (introdução). In: A literatura no Brasil: introdução geral. 6. ed. São Paulo: Global, 2003, v.1, p. 132. Nas sequências, está destacado um trecho da obra História Concisa da Literatura Brasileira, de Alfredo Bosi. Avalie se tanto o autor quanto o estilo literário indicados correspondem ao que Bosi trata no respectivo trecho. I. “Não se trata, aqui, de fechar os olhos aos evidentes defeitos de fatura que mancham a prosa do romancista: repetições abusivas, incerteza na concepção de protagonistas, uso convencional da linguagem...; trata-se de compreender o nexo de intenção e forma que os seus romances lograram estabelecer quando atingiram o social médio pelo psicológico médio (...)” Érico Veríssimo. Pré-Modernismo. II. “Sempre se salva, no foro íntimo, a dignidade última dos protagonistas, e se redimem as transações vis repondo de pé herói e heroína. Daí os enredos valerem como documento apenas indireto de um estado de coisas, no caso, o tomar corpo de uma estética burguesa e ‘realista’ das conveniências durante o Segundo Império” José de Alencar. Romantismo. III. “Teve mão de artista bastante leve para não se perder nos determinismos de raça ou de sangue que presidiriam aos enredos e estofariam as digressões dos naturalistas de estreita observância [...]” Adolfo Caminha. Naturalismo. IV. “O seu equilíbrio não era o gotheano – dos fortes e dos felizes, destinados a compor hinos de glória à natureza e ao tempo; mas o dos homens que, sensíveis à mesquinhez humana e à sorte precária do indivíduo, aceitam por �m uma e outra como herança inalienável, e fazem delas alimento de sua re�exão cotidiana” Machado de Assis. Realismo. São corretas apenas as correspondências feitas em: Escolha uma: II. “Sempre se salva, no foro íntimo, a dignidade última dos protagonistas, e se redimem as transações vis repondo de pé herói e heroína. Daí os enredos valerem como documento apenas indireto de um estado de coisas, no caso, o tomar corpo de uma estética burguesa e ‘realista’ das conveniências durante o Segundo Império” José de Alencar. Romantismo. IV. “O a. I e III. / A resposta correta é: II e IV.. seu equilíbrio não era o gotheano – dos fortes e dos felizes, destinados a compor hinos de glória à natureza e ao tempo; mas o dos homens que, sensíveis à mesquinhez humana e à sorte precária do indivíduo, aceitam por �m uma e outra como herança inalienável, e fazem delas alimento de sua re�exão cotidiana” Machado de Assis. Realismo. b. I e II. c. II, III e IV. d. II e IV. e. I, III e IV. / Questão 5 Correto (ENADE – 2008). Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas uma in�nidade de portas e janelas alinhadas. (...) Sentia- se naquela fermentação sanguínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham o pé na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante sensação de respirar sobre a terra. Da porta da venda que dava para o cortiço iam e vinham como formigas, fazendo compras. Aluísio Azevedo. O cortiço. São Paulo: Ática, 1989, p. 28-9. Aliás, o cortiço andava no ar, excitado pela festa, alvoroçado pelo jantar, que eles apressavam para se dirigirem a Montsou. Grupos de crianças corriam, homens em mangas de camisa arrastavam chinelos com o gingar dos dias de repouso. As janelas e as portas escancaradas por causa do tempo quente deixavam ver a correnteza das salas, transbordando em gesticulações e em gritos o formigueiro das famílias. Émile Zola. Germinal. São Paulo: Nova Cultural, 1996, p. 136. Aluísio Azevedo certamente se inspirou em L’Assommoir (A Taberna), de Émile Zola, para escrever O Cortiço (1890), e por muitos aspectos seu texto é um texto segundo, que tomou de empréstimo não apenas a ideia de descrever a vida do trabalhador pobre no quadro de um cortiço, mas um bom número de pormenores, mais ou menos importantes. Mas, ao mesmo tempo, Aluísio quis reproduzir e interpretar a realidade que o cercava e sob esse aspecto elaborou um texto primeiro. Texto primeiro na medida em que �ltra o meio; texto segundo na medida em que vê o meio com lentes de empréstimo. Se pudermos marcar alguns aspectos dessa interação, talvez possamos esclarecer como, em um país subdesenvolvido, a elaboração de um mundo �ccional coerente sofre de maneira acentuada o impacto dos textos feitos nos países centrais e, ao mesmo tempo, a solicitação imperiosa da realidade natural e social imediata. Antonio Candido. / De cortiço a cortiço. In: O discurso e a cidade. São Paulo / Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2004, p.106-7/128-9 (com adaptações). Assinale a opção em que a relação intertextual entre O Cortiço e Germinal é interpretada pelos parâmetros críticos apresentados no texto de Antonio Candido acerca da relação entre a obra de Aluísio Azevedo e a de Émile Zola. Escolha uma: A resposta correta é: O texto de Aluísio Azevedo, por suas condições de produção, está submetido ao modelo naturalista europeu, ao mesmo tempo em que atende a demandas da realidade nacional.. a. A presença de elementos do naturalismo francês em O Cortiço é indicativo da troca cultural que ocorre no espaço do intertexto, independentemente das realidades locais de produção. b. O Cortiço é um texto segundo em relação ao texto de Zola porque é, sobretudo, a duplicação do modelo literário francês e da realidade social das classes operárias europeias. c. O texto de Aluísio Azevedo é um texto primeiro em relação ao de Zola porque foi escrito anteriormente e in�uenciou a produção naturalista do escritor francês. d. A relação de proximidade entre o texto de Azevedo e o de Zola evidencia que o diálogo entre os textos desassociá-los da realidade social em que foram produzidos. O texto de Aluísio Azevedo, por suas condições de produção, está submetido ao modelo naturalista europeu, ao mesmo tempo em que atende a demandasda realidade nacional. e. O texto de Aluísio Azevedo, por suas condições de produção, está submetido ao modelo naturalista europeu, ao mesmo tempo em que atende a demandas da realidade nacional. / Questão 6 Correto ( Enade 2008) Autopsicogra�a O poeta é um �ngidor. Finge tão completamente Que chega a �ngir que é dor A dor que deveras sente. E os que leem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração. Fernando Pessoa. Autopsicogra�a. In: Obra completa. Porto: Lello & Irmãos, 1975, p. 255. De acordo com o poema, é especí�co do processo de criação literária o fato de o poeta: I- escrever não o que pensa, mas aquilo que deveras sente; II- ser capaz de captar e expressar os sentimentos dos leitores; III- transformar um elemento extraliterário, como a dor, em objeto estético. Está certo o que se a�rma apenas em: Escolha uma: a. II b. I e II c. I e III d. I / A resposta correta é: III. transformar um elemento extraliterários, como a dor, em objeto estético. e. III