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G1 AFRO BRASILEIRA 
1. Durante o período medieval, diversas imagens estereotipadas a respeito dos africanos foram articuladas no imaginário 
europeu. Uma delas foi a teoria Camítica, que estigmatizava os negros enquanto descendentes do personagem bíblico Cam, 
como indigno e fadado à escravidão. E outra Teoria advém de que: 
b) A África é o “continente negro” ou “África Negra” atribuídos à África Subsaariana. Onde o tratamento genérico de África 
Negra ignora as mestiçagens biológicas e culturais e as migrações de povos na África. 
 
2. Pesquisas demonstraram ser a África o nascedouro da humanidade e da civilização ocidental. Foi no imenso território africano 
que teve origem o lento processo de evolução da espécie humana há cerca de 4,5 milhões de anos. Segundo o historiador José 
Rivair Macedo, foi ali que se desenvolveram as primeiras formas de vida. Dentre as principais descobertas podemos afirmar que: 
 
I - Os primeiros fósseis do Australopithecus africanus foram descobertos em 1924, na África do Sul. 
 
II - A descoberta do fóssil mais completo ocorreu em Afar, na Etiópia, de onde vem o nome Australopithecus Afarensis, 
popularmente conhecido por Lucy, que teria vivido há cerca de 3 milhões de anos. 
 
III - A África trata-se de uma unidade monolítica. 
 
I, II 
 
3. O deserto do Saara divide o continente africano em duas regiões: ao norte do deserto, a África Saariana ou MAGREB 
(ocidente em árabe) e, ao sul do deserto, a África Subsaariana ou África Negra, assim denominada pela predominância nessa 
região de povos de pele escura. A África Subsaariana está dividida em três grandes áreas. São elas: 
 
I - África Ocidental - região no oeste da África que inclui os países com costa para o Oceano Atlântico e que partilham parte do 
deserto do Saara. Conhecida como Sael, forma um corredor ininterrupto do Atlântico ao Mar Vermelho, localizavam-se os reinos 
Sudaneses: Reinos de Gana, de Mali e Songai, em torno do rio Níger. 
 
II - África Central ou Centro-Ocidental: banhada pelo rio Congo e segue o rio Cuanza, terra dos povos bantos, agricultores, que 
viviam em aldeias e dominavam a metalurgia. 
 
III - África Oriental: Abrange os territórios na costa do Oceano Índico, onde habita grande variedade de povos bantos. Fala-se o 
Suaíli, uma língua banta com forte influência árabe. 
 
I, II, III 
 
4. A escravidão na África existiu em praticamente todas as sociedades africanas, desde as pequenas sociedades agrícolas e 
pastoris até os grandes impérios, muito antes da chegada dos europeus. Porém, deve-se observar que a escravidão na África 
apresentava objetivos diversos, tais como: 
a) As sociedades escravistas africanas utilizaram os escravos na agricultura, no pastoreio, em atividades mineradoras, assim 
como no trabalho doméstico, em construções e até mesmo na burocracia. 
b) Os muçulmanos tinham preferência pela escravidão feminina, pois transformavam as escravas em concubinas. 
c) Muitos eram prisioneiros de guerra, endividados, criminosos, filhos ilegítimos e das mulheres adúlteras ou acusadas de 
bruxaria. Tais cativos eram integrados ao grupo familiar senhorial, à linhagem paterna, em condição subordinada. 
d) O filho nascido da união com uma escrava perdia a condição de cativo e era incorporado à linhagem paterna. Como 
senhores e cativos partilhavam da mesma cultura e da mesma cor da pele, era intensa a integração do escravo ao novo grupo 
familiar. 
e) Todas as assertivas estão corretas. 
 
5. O tráfico atlântico de escravos envolveu um comércio triangular entre a Europa, a África Atlântica e a América. Dados da 
pesquisa existentes sobre o tráfico atlântico de africanos revelam que a predominância cultural e linguística de escravos traficados 
para o Brasil foram: 
 
I – Os banto, proveniente da África central, 
 
II – Os sudanês, provenientes da costa ocidental da África, 
 
III – Os Iorubá com significativa presença, através deles o termo nagô na Bahia começou a ser usado indiscriminadamente 
designando indivíduo ou língua de origem africana no Brasil. 
 
I, II, III 
 
6. O trabalho de africanos escravizados no Brasil Colônia era realizado nas zonas rurais, nos engenhos e fazendas, onde eram 
constantemente supervisionados por um feitor. As atividades obrigadas a estes homens escravizados eram as tarefas mais 
cansativas: 
a) Cultivar e a colher a cana-de-açúcar, além das atividades no engenho, que incluíam moer a cana, ferver e engrossar o 
caldo nas caldeiras; 
b) enformar em recipientes na Casa de Purgar e embalar o açúcar para ser vendido para exportação. 
c) Cortar lenha para abastecer as caldeiras, realizavam a manutenção da propriedade e plantavam para a sua própria 
subsistência, 
d) cultivar terras em usufruto, nos finais de semana e dias santos, depois que cumprissem sua cota estipulada de trabalho. 
e) Todas as assertivas estão corretas. 
 
7. Nas primeiras décadas do século XVIII, com a mineração de ouro e de diamantes, podemos afirmar que: 
 
I – Diminuiu a escravidão em outras regiões do Brasil para atender a demanda de Minas Gerais; 
 
II – Ocorreu uma intensificação da escravidão e do tráfico negreiro, o que resultou no aumento dos escravos importados para o 
Rio de Janeiro, advindos do Congo e de Angola; 
 
III – Salvador foi a cidade que mais recebeu homens escravizados neste período. 
 
II 
 
8. De acordo com Ciro Flamarion Cardoso (1999), o mundo dos escravos não era homogêneo, denominavam os cativos como: 
 
I - Os recém-chegados da África eram conhecidos como boçal; 
 
II – Os africanos já aculturados e entendendo o português era chamado ladino; 
 
III - Os crioulos eram os escravos negros nascidos no Brasil. 
 
I, II, III 
 
9. Sobre a fuga dos africanos escravizados: 
 
I - Era um dos recursos de resistência à escravidão mais utilizados pelos cativos. 
 
II - Tanto fugiam sozinhos, escondendo-se na casa de um liberto ou fugindo para os arredores das cidades, ou fugiam em grupo, 
escondendo-se nos matos e lugares de difícil acesso; 
 
III - Resultava na formação de agrupamentos de escravos fugidos ou de quilombos. 
 
IV - Os senhores reagiam com violência, buscando recuperar seus escravos através de anúncios nos principais jornais da época. 
I, II, III, IV 
 
10. De acordo com Mário Maestri (2002), o processo de aquilombamento existiu onde houve escravidão de africanos e seus 
descendentes. No Brasil, os quilombos variavam de tamanho e apresentaram características como: 
a) Comunidades pequenas, nas periferias das cidades, que mantinham contatos clandestinos com a sociedade escravista, 
b) Comercializavam sua produção agrícola, vendendo lenha e mel e roubando fazendas e viajantes. 
c) Formavam alianças com outros grupos sociais: indígenas, pequenos agricultores e comerciantes. 
d) Formaram o maior e mais duradouro quilombo brasileiro, o Quilombo dos Palmares. Localizado na Serra da Barriga, entre 
os atuais estados de Alagoas e Pernambuco e compreendia uma série de doze ou mais quilombos. 
e) Todas as assertivas estão corretas. 
 
G2 
1. No início dos anos de 1950 no Brasil, o modelo político para equilibrar as tensões da incipiente democracia foi identificado na 
ideologia trabalhista, promovida pelo estado e pela mobilização dos movimentos sociais originados com esse processo. Esses 
movimentos passam a ter espaço no período conhecido como populismo ou do pacto trabalhista. De acordo com o autor Sader, o 
populismo deve: 
b) ser entendido como uma forma de dominação político-ideológica exercida pela burguesia sobre as massas através da 
atuação de líderes carismáticos que respondem diretamente às aspirações populares. 
 
2. Em 1958, ocorreu o Primeiro Congresso Nacional do Negro, organizado pela Sociedade Beneficente Floresta Aurora - 
Associação negra mais antiga do Brasil, fundadaem 1872, por negros livres . Esse acontecimento recebeu delegações dos 
estados do Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Distrito Federal e interior. Contou, também, com a 
presença de estudiosos, pesquisadores, intelectuais brancos e negros e a comunidade. Os temas discutidos durante o encontro, 
foram: 
 
I - a necessidade de alfabetização frente à situação do Brasil; 
 
II - a situação do homem de cor na sociedade; 
 
III - o papel histórico do negro no Brasil. 
I, II, III 
 
3. Sobre a vida de Carlos da Silva Santos, destacado parlamentar afro-brasileiro, podemos inferir que: 
 
I - conviveu com as necessidades de afirmação de uma família negra em um contexto pós-abolicionista; 
 
II - trabalhou em estaleiros navais e tornou-se líder sindical além de ter participado de associações étnicas; 
 
III - assumiu como deputado classista, entre 1935 e 1937, representando os operários de Rio Grande na Assembleia Legislativa 
do Estado, RS. 
 
IV- encontrou campo às suas reivindicações, já que o programa político do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) contemplava 
aspectos alusivos às questões raciais e à harmonização das classes; 
 
V - foi deputado estadual em outras quatro ocasiões. Primeiro, junto aos quadros do PTB, por duas vezes, na 40ª e 41ª legislatura 
(1959-62 e 1963-66) e, após o Golpe Civil-Militar, no Movimento Democrático Brasileiro (MDB), novamente, por duas vezes (1966-
70 e 1971-74), na 42º e 43º legislaturas. Foi governador interino em 1967, em duas ocasiões. De 1975 até 1982, Santos exerceu o 
cargo de deputado federal, perfazendo 50 anos de carreira pública. 
I, II, III, IV, V 
 
4.. Para Abdias do Nascimento (1968, p. 3), “a democracia racial servia ainda para manter o negro enganado e domesticado.” 
A Lei de Segurança Nacional, de 1967, condenava de 10 a 20 anos de prisão, de incitar: VI – ao ódio ou à discriminação 
racial. Diante disto podemos inferir que: 
 
I - os setores conservadores mantinham os negros “domesticados” por meio da ideia pacifista da democracia racial; 
 
II - foi fundado em Porto Alegre o Grupo Palmares, que propôs o dia 20 de novembro como data alusiva à consciência negra; 
 
III - O Grupo Palmares, foi fundado em 1971 e tinha como objetivo a revisão da história do Brasil para desvelar a “tradição de 
resistência”, a fim de recuperar a autoestima étnica e, com isso, tirar a maioria dos negros do imobilismo político. 
I, II, III 
 
5. De acordo com Santos (2016), a Imprensa Negra, como todo artefato da cultura, precisa ser entendida de lugar e de um 
tempo. Neste sentido podemos inferir que, a organização da Imprensa no final do século XIX e boa parte do século XX estava: 
 
I - relacionada ao questionamento sobre os reflexos do período escravista, 
 
II – vinculada a ideias que diluíam-se em discursos no sentido do conhecimento da situação dos negros no processo de integração 
na sociedade de classes; 
 
III – voltada para a supressão de direitos dos homens livres. 
 
I, II 
 
6. De acordo com Sodré (1998), a partir da década de 80, os pequenos jornais que começaram a aparecer, refletiam em geral as 
linhas ideológicas e emocionais do “Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial (MNU)”. Esses pretendiam: 
 
I - coibir juízos afirmativos de identidade negra que procuram resgatar os valores políticos das lutas anticoloniais na África; 
 
II – dar lugar a enunciados de denúncia do preconceito de cor, análises da consciência discriminatória, a informações históricas 
sobre colonialismo e escravatura; 
 
III – desmontar o mito da democracia racial brasileira e montar estratégias antirracistas. 
II, III 
 
7. Sobre o Samba no Brasil, de acordo com Santos (2016) podemos inferir que: 
 
I - O samba, em sua pluralidade, reconhece-se em momentos políticos e de efervescências culturais. 
 
II - No período getulista, o incentivo aos ritmos populares e ao carnaval como festa pública e popular está presente na agenda da 
cultura nacional. Nesse contexto (1930 – 1945), a figura de Noel Rosa é emblemática. 
 
III - O compositor Noel Rosa é o sintoma de um Brasil diferente, com um samba descritivo, construído na boêmia do bar, em que 
trazia o cotidiano urbano, assim como em uma leitura política do período (1930-1945). 
I, II, III 
 
8. Em relação ao movimento Funk no Brasil, dos anos 1980 e 1990 e dos elementos da sua constituição, importante é: 
a) Reconhecer no movimento funk dos anos 80 uma ação política importante. 
b) Observar que os bailes eram artefatos culturais que construíram uma forma de ver o mundo. 
c) O estilo da dança, as roupas, a forma de falar, as relações interpessoais e senso de pertencimento a um espaço que 
diferenciava do grande grupo social, mas individualizava e marcava aqueles que eram do lugar. 
d) Os bailes funk eram eventos étnicos, mas não excludentes e avisavam para todos os frequentadores (independentemente 
da origem étnica) que aquele conjunto de signos possuía uma construção negra. 
e) Todas as assertivas estão corretas. 
 
9. A multiplicidade das religiões afro-brasileiras realizou inúmeras alternativas em todo território nacional. Dentre as diferentes 
Nações existentes temos: 
 
I - O tambor de Mina; 
 
II - O Xangô ou o Batuque; 
 
III – Candomblé. 
I, II, III 
 
10. A dinâmica e a circularidade da religiosidade africana, que se traduz no Brasil em afro-brasileira, permitiram também por 
necessidade de sobrevivência, na construção de uma ligação com o Catolicismo através de uma leitura muito específica do 
cristianismo. Para esta ligação acontecer: 
 
I - Orixás e rituais foram articulados para existirem nas práticas religiosas do Catolicismo; dessa forma, os orixás passaram a ter 
correlatos no panteão de santos; 
 
II - O Candomblé desconstruiu-se em torno do Senhor do Bonfim;; 
 
III – As crenças em Oxalá transformaram a vida dos santos católicos. 
I