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1. Introdução
Neste capítulo, ênfase se dada às Normas 
Nacionais e Estrangeiras, a Legislação aplicada e 
a Consolidação das Leis do Trabalho com vistas 
à Segurança do Trabalho para prevenção e con-
trole de risco, cujos temas são: liberdade sindical 
e direito à negociação coletiva; liberdade sindical 
e direito à negociação coletiva sob o ponto de 
vista internacional; liberdade sindical e direito à 
negociação coletiva sob o ponto de vista nacio-
nal; erradicação do trabalho infantil; eliminação 
do trabalho forçado; e a não discriminação no 
emprego ou ocupação.
Destacam-se, também neste capítulo, as 
Convenções da OIT Ratificadas no Brasil.
O estudo da hierarquia e as normas aplicadas 
à Segurança do Trabalho para prevenção e controle 
de risco é tema de estudo, também neste capítulo.
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2.2. Normas Nacionais e
Estrangeiras
Para podermos falar em Normas Nacionais 
e Estrangeiras, devemos chamar a atenção para uma 
das funções mais importantes da Organização Inter-
nacional do Trabalho (OIT), o qual estabelece e ado-
ta normas internacionais de trabalho sob a forma de:
→ Convenções 
 ou 
→ Recomendações 
Estes instrumentos são adotados pela Con-
ferência Internacional do Trabalho com a participa-
ção de representantes dos trabalhadores, emprega-
dores e dos governos.
As Convenções da OIT são consideradas:
→ Tratados Internacionais 
Esses Tratados Internacionais, uma vez rati-
ficados pelos Estados Membros, passam a integrar a 
legislação nacional. 
A aplicação das normas pelos países é 
examinada por uma Comissão de Peritos na Aplicação 
de Convenções e Recomendações da OIT, que recebe e 
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avalia queixas, dando-lhes seguimento e produzindo rela-
tórios de memórias para discussão, publicação e difusão.
Em 1998, foi adotada a Declaração da OIT 
sobre os Princípios e Direitos Fundamentais no Tra-
balho e seu Seguimento, que é uma reafirmação uni-
versal do compromisso dos Estados Membros e da 
comunidade internacional em geral de respeitar, pro-
mover e aplicar um patamar mínimo de princípios e 
direitos no trabalho, que são reconhecidamente fun-
damentais para os trabalhadores.
Esses princípios e direitos fundamentais 
estão recolhidos em oito Convenções que cobrem 
quatro áreas básicas:
→ Liberdade sindical e direito à negociação 
coletiva
→ Erradicação do trabalho infantil, 
→ Eliminação do trabalho forçado e 
→ A não discriminação no emprego ou 
ocupação.
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2.2.1. Liberdade Sindical e Direito à 
Negociação Coletiva 
2.2.1.1. A Liberdade Sindical e Direito à 
Negociação Coletiva Sob o Ponto de 
Vista Internacional 
A Organização Internacional do Traba-
lho (OIT) defende com unhas e dentes a liber-
dade sindical e negociação coletiva como direitos 
humanos, conforme a fonte DIAP, publicado em 
26/06/2008.17
Em 26 de junho de 2008, a Organização Inter-
nacional do Trabalho (OIT) divulgou o Relatório Global:
“A liberdade de associação e a liberdade sin-
dical na prática: lições aprendidas”.
Esse documento, no entendimento da pró-
pria OIT, proporciona uma visão panorâmica da 
aplicação e do cumprimento efetivo dos princípios 
e direitos universais relativos:
→ à liberdade de associação, 
→ à liberdade sindical e
→ à negociação coletiva.
17 - http://www.oitbrasil.org.br/convention
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A ratificação das convenções internacionais do 
trabalho de número 87 e 98, relativas à liberdade sindi-
cal e à negociação coletiva, expressa o compromisso de 
implementar os princípios e direitos nelas plasmados.
O Relatório Global registra avanços na 
ampliação da ratificação dessas convenções pelos 
Estados-Membros da OIT, e indicam também que 
ainda é necessário um maior esforço para atingir a 
ratificação universal de ambas as convenções, com-
promisso assumido pelos constituintes tripartites da 
OIT há dez anos, ao aprovar a Declaração sobre os 
Direitos e Princípios Fundamentais do Trabalho.
Importante considerar que até 2007, de um 
total de 182 Estados-Membros, 148 haviam ratifica-
do a Convenção n.º 87 e 158 ratificado a Convenção 
n.º 98. O Relatório aponta que é preocupante o 
fato de a Convenção n.º 87 ter se tornado a menos 
ratificada das oito Convenções fundamentais.
2.2.1.2. A Liberdade Sindical e Direito à 
Negociação Coletiva Sob o Ponto de 
Vista Nacional.
O Brasil ratificou a Convenção n.º 98 em 
novembro de 1952. Porém, o mesmo não aconteceu 
até hoje com a Convenção n.º 87, sobre liberdade 
sindical e direito de sindicalização, considerada um 
dos mais importantes tratados multilaterais da OIT.
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Todos os trabalhadores e empregadores têm 
o direito de constituir as organizações que julgarem 
convenientes e de afiliarem-se a elas, com o objetivo 
de promover e defender seus respectivos interesses e 
de celebrar negociações coletivas com a outra parte, 
livremente e sem ingerência de umas sobre as outras, 
nem intromissão do Estado.
Os direitos de sindicalização e de negocia-
ção coletiva permitem promover a democracia, uma 
boa governança do mercado de trabalho e condições 
de trabalho decentes.
O presente Relatório parte, como os outros 
dois Relatórios Globais que foram publicados sobre 
este tema em 2000 e 2004, respectivamente, da pre-
missa que para se conseguir o objetivo da OIT, um 
trabalho decente para todas as mulheres e homens 
deve abranger:
→ liberdade,
→ igualdade,
→ segurança
→ dignidade humana
E, que tenham a oportunidade de expressar-
-se sobre o que estes conceitos significam.
A liberdade sindical e de associação, o di-
reito de sindicalização e de negociação coletiva são 
direitos humanos fundamentais, cujo exercício tem 
71
grande transcendência nas condições de trabalho e 
de vida, assim como o desenvolvimento e o progres-
so dos sistemas econômicos e sociais.
2.2.2. Erradicação do Trabalho Infantil
2.2.2.1. A Erradicação do Trabalho Infantil 
Sob o Ponto de Vista Internacional 
A Conferência Geral da Organização Inter-
nacional do Trabalho (OIT), convocada em Genebra 
pelo Conselho de Administração da Secretaria Inter-
nacional do Trabalho e reunida em 1ª de junho de 
1999, em sua 87ª Reunião, trata da Convenção sobre 
proibição das piores formas de trabalho infantil e ação 
imediata para eliminação, aprovada em 17/06/1999, 
em versões inglês e francês, igualmente oficiais, foi 
publicado em 19 de novembro a Convenção n.º 182 
da Organização Internacional do Trabalho (OIT), no 
Brasil pelo Decreto 3597 de 12/09/2000.
As motivações se verificam nas suas consi-
derações preliminares que justificam a necessidade 
precípua de efetividade para a proibição das piores 
formas de trabalho infantil, senão vejamos:
Tendo em vista a necessidade de adotar no-
vos instrumentos para proibição e eliminação das 
72
piores formas de trabalho infantil, como a prin-
cipal prioridade de ação nacional e internacional, 
que inclui cooperação e assistência internacionais, 
para complementar a Convenção e a Recomen-
dação sobre Idade Mínima para Admissão a Em-
prego, 1973, que continuam sendo instrumentos 
fundamentais sobre trabalho infantil.
Considerando que a efetiva eliminação das 
piores formas de trabalho infantil requer ação ime-
diata e global, que leve em conta a importância da 
educação fundamental e gratuita e a necessidade de 
retirar a criança de todos esses trabalhos, promo-
ver sua reabilitação e integração social e, ao mesmo 
tempo, atender as necessidades de suas famílias;
Tendo em vista a resolução sobre a eli-
minação do trabalho infantil adotada pela Con-
ferência Internacional do Trabalho, em sua 83a 
Reunião, em 1996.
Reconhecendo que o trabalho infantil é de-
vido, em grande parte, à pobreza e que a solução 
a longo prazo reside no crescimento econômico 
sustentado, que conduz ao progresso social, sobre-
tudoao alívio da pobreza e à educação universal;
Tendo em vista a Convenção sobre os Di-
reitos da Criança, adotada pela Assembléia das 
Nações Unidas, em 20 de novembro de 1989.
Tendo em vista a Declaração da OIT sobre 
Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho e 
73
seu Seguimento, adotada pela Conferência Interna-
cional do Trabalho em sua 86 a Reunião, em 1998;
Tendo em vista que algumas das piores for-
mas de trabalho infantil são objeto de outros instru-
mentos internacionais, particularmente a Conven-
ção sobre Trabalho Forçado, 1930, e a Convenção 
Suplementar das Nações Unidas sobre Abolição da 
Escravidão, do Tráfico de Escravos e de Instituições 
e Práticas Similares à Escravidão, 1956;
Tendo-se decidido pela adoção de diver-
sas proposições relativas a trabalho infantil, ma-
téria que constitui a quarta questão da ordem do 
dia da Reunião, e após determinar que essas pro-
posições se revestissem da forma de convenção 
internacional, adota, neste décimo sétimo dia 
de junho do ano de mil novecentos e noventa e 
nove, a seguinte Convenção que poderá ser cita-
da como Convenção sobre as Piores Formas de 
Trabalho Infantil, 1999.
Dos artigos da Convenção, destaque deve 
ser dado ao seguinte:
Artigo 3º:
Para os fins desta Convenção, as piores for-
mas de trabalho infantil compreendem:
(a) todas as formas de escravidão ou práticas 
74
análogas à escravidão, como venda e tráfico de crian-
ças, sujeição por dívida, servidão, trabalho forçado 
ou compulsório, inclusive recrutamento forçado ou 
compulsório de crianças para serem utilizadas em 
conflitos armados;
(b) utilização, demanda e oferta de criança 
para fins de prostituição, produção de material por-
nográfico ou espetáculos pornográficos;
(c) utilização, demanda e oferta de criança 
para atividades ilícitas, particularmente para a produ-
ção e tráfico de drogas conforme definidos nos trata-
dos internacionais pertinentes;
(d) trabalhos que, por sua natureza ou pelas cir-
cunstâncias em que são executados, são susceptíveis de 
prejudicar a saúde, a segurança e a moral da criança.18
2.2.2.2. A Erradicação do Trabalho Infantil 
Sob o Ponto de Vista Nacional
É importante ressaltar que diversos fatores 
contribuíram para que o Brasil experimentasse a 
violação da criança e do adolescente, explorando o 
trabalho infantil. Dentre eles, temos os fatores his-
tóricos, políticos e sociais, independentemente de 
18 - http://canalconselhotutelar.wordpress.com/category/artigos-e-ponto-
de-vista/trabalho-infantil-artigos-e-ponto-de-vista/07/082013às00h13
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recursos naturais escassos, permitindo que alguns 
segmentos aceitassem com naturalidade. A elite po-
lítica e econômica, composta de empresários sem 
compromisso social e políticos ultraconservadores, 
acabaram fomentando as injustiças sociais na maio-
ria do povo brasileiro, inclusive no tocante à criança 
e ao adolescente.
Contudo, o Brasil tem sido apontado como 
um dos países que mais avançou no combate ao 
trabalho infantil, pelo seu conjunto que vem desde 
1891, com a criação do Decreto 1.313, que definia 
a jornada de trabalho mínima para os menores do 
sexo masculino e feminino, passando pela Conso-
lidação das Leis Trabalhistas (CLT) respaldado pela 
atual Constituição Federal e finalmente disciplinado 
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), 
Lei 8.069/90, que traz inovações fundamentais. 
Entre as mais diversas ações criadas pelo 
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) está a 
criação dos Conselhos Municipais, Estaduais e Fede-
rais, que fazem a defesa dos direitos da Criança e do 
Adolescente, determinando que:
ECA-Art. 86: a política de atendimento dos 
direitos da criança e do adolescente far-se-á através 
de um conjunto articulado de ações governamen-
tais e não-governamentais da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios.
76
O embasamento para a promoção e a prote-
ção dos direitos da criança e do adolescente, em al-
guns documentos internacionais apoiados pelas Or-
ganizações das Nações Unidas (ONU), é inspirado 
no ECA, numa demonstração da importância deste 
documento para o combate ao trabalho infantil.
Na sua demonstração de erradicar o traba-
lho infantil, as autoridades brasileiras têm participa-
do de forma exemplar, em eventos internacionais 
sobre assunto.
O trabalho infantil ainda é um dado nacional 
negativo para o Brasil. Contudo, o nosso país, nos en-
contros internacionais, tem sido referenciado pelos seus 
projetos e ações na erradicação deste tipo de trabalho.
Importante ressaltar que programas sociais, 
como o programa “Bolsa família”, o Programa de 
Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) dentre ou-
tros, constituem-se de meios utilizados pelo Estado 
para o combate e erradicação do trabalho infantil. 
O Estado tem se assistido das Organizações 
Internacionais e Organizações não governamentais 
em defesa do Direito da Criança e do Adolescente.
77
2.2.3. Eliminação do Trabalho Forçado 
2.2.3.1. A Eliminação do Trabalho Forçado 
sob o ponto de vista internacional
No que se refere ao conceito de trabalho 
escravo, é importante distinguir o conceito atual do 
conceito do período colonial brasileiro, o qual tinha 
a escravidão como ideia de propriedade, ideia de do-
mínio, no qual um homem dominava o outro.
Assim sendo, verifica-se nos instrumentos 
internacionais a não utilização do termo “trabalho 
escravo”, mas sim “trabalho forçado, formas con-
temporâneas ou análogas à escravidão.”19
Para ser escravo não era necessário ser de 
outra raça: “a condição de escravo derivava do fato 
de nascer de mãe escrava, de ser prisioneiro de guer-
ra, de condenação penal, de descumprimento de 
obrigações tributárias, de deserção do exército, entre 
outras razões.”20
O trabalho escravo contemporâneo pode 
ser conceituado como: 
19 - CASTILHO, Ela Wiecko V. de. Em busca de uma definição jurídico-
penal de trabalho escravo. In: Comissão Pastoral da Terra. Trabalho escravo 
no Brasil contemporâneo. São Paulo: Loyola, 1999. Pag. 83
20 - BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho, 2. ed. São 
Paulo: LTr, 2006.pag. 50
78
O estado ou a condição de um indivíduo que 
é constrangido à prestação de trabalho, em condições 
destinadas à frustração de direito assegurado pela 
legislação do trabalho, permanecendo vinculado, de 
forma compulsória, ao contrato de trabalho mediante 
fraude, violência ou grave ameaça, inclusive mediante 
a retenção de documentos pessoais ou contratuais ou 
em virtude de dívida contraída junto ao empregador 
ou pessoa com ele relacionada. 21
A Organização do Trabalho (OIT) condena o 
cerceamento da liberdade do trabalhador, notadamente: 
com a apreensão de documentos pessoais; com a presença 
de guardas fortemente armados; com dívidas ilegalmente 
impostas e em decorrência das condições geográficas do 
local de trabalho, que inviabilizam a fuga; tudo isso atrela-
do a péssimas condições de higiene e saúde, nos termos 
da Professora Sônia Mascaro do Nascimento.
2.2.3.2. A Eliminação do Trabalho 
Forçado Sob o Ponto de Vista Nacional
No ordenamento jurídico pátrio, o crime de 
redução à condição análoga à de escravo, tipificado 
21 - SCHWARZ, Rodrigo Garcia. Trabalho escravo: a abolição necessária: 
uma análise da efetividade e da eficácia das políticas de combate à 
escravidão contemporânea no Brasil. São Paulo:LTr, 2008.pag. 117-118
79
no artigo 149 do Código Penal, foi alterado substan-
cialmente com o advento da Lei n.º 10.803, de 11 de 
dezembro de 2003, ampliando as formas e os meios 
pelos quais o crime pode ser executado, trazendo 
uma ideia do que se deve entender por condição 
análoga à de escravo. 
A citada Lei vem a reforçar a proteção pe-
nal ao prever que “quando a vítima for submetida 
a ‘trabalhosforçados’ ou à ‘jornada exaustiva’, quer 
sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, 
quer restringindo, por qualquer meio, sua locomo-
ção em razão de dívida contraída com o empregador 
ou preposto” 22
O trabalho escravo contemporâneo é 
uma realidade cruel que ainda assola o país, mos-
trando pessoas privadas de sua liberdade de di-
versos modos.
Aquele que escraviza não priva o trabalha-
dor apenas da liberdade, mas também não respeita 
direitos mínimos que garantam a dignidade humana.
As condições, na maioria das vezes, são 
piores do que as narradas nos livros que retratam a 
era colonial no Brasil.
22 - BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal: parte 
especial, v. 2 – 7. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2007.pag 389
80
2.2.4. A Não Discriminação no
Emprego ou Ocupação
A aprovação na 42ª reunião da Conferência 
Internacional do Trabalho, ocorrida em Genebra, 
em 1958, deu ensejo a entrar em vigor no plano in-
ternacional em 15 de junho de 1960 a Convenção 
111, que trata Discriminação em Matéria de Empre-
go e Ocupação.
E neste sentido, destaca-se o que diz Arnal-
do Süssekind:
A Conferência Geral da Organização In-
ternacional do Trabalho,
Convocada em Genebra pelo Conselho 
de Administração da Repartição Internacional 
do Trabalho e reunida a 4 de junho de 1958, em 
sua quadragésima segunda sessão;
Após ter decidido adotar diversas disposi-
ções relativas à discriminação em matéria de em-
prego e profissão, assunto que constitui o quarto 
ponto da ordem do dia da sessão;
Após ter decidido que essas disposições to-
mariam a forma de uma convenção internacional;
Considerando que a Declaração de Fila-
délfia afirma que todos os seres humanos, seja 
qual for a raça, credo ou sexo, têm direito ao 
progresso material e desenvolvimento espiritual 
81
em liberdade e dignidade, em segurança econô-
mica e com oportunidades iguais;
Considerando, por outro lado, que a 
discriminação constitui uma violação dos 
direitos enunciados na Declaração Univer-
sal dos Direitos do Homem, adota neste vi-
gésimo quinto dia de junho de mil novecen-
tos e cinquenta e oito a convenção abaixo 
transcrita que será denominada ‘Convenção 
sobre a Discriminação (Emprego e Profis-
são), 1958’;
Art. 1 — 1. Para os fins da presente con-
venção o termo “discriminação” compreende:
a) toda distinção, exclusão ou preferência 
fundada na raça, cor, sexo, religião, opinião polí-
tica, ascendência nacional ou origem social, que 
tenha por efeito destruir ou alterar a igualdade 
de oportunidade ou de tratamento em matéria 
de emprego ou profissão;
b) qualquer outra distinção, exclusão 
ou preferência que tenha por efeito destruir 
ou alterar a igualdade de oportunidades ou 
tratamento em matéria de emprego ou pro-
fissão que poderá ser especificada pelo Mem-
bro interessado depois de consultadas as or-
ganizações representativas de empregadores 
e trabalhadores, quando estas existam, e ou-
tros organismos adequados.
82
2. As distinções, exclusões ou prefe-
rências fundadas em qualificações exigidas 
para um determinado emprego não são con-
sideradas como discriminação.
3. Para os fins da presente convenção 
as palavras ‘emprego’ e ‘profissão’ incluem o 
acesso à formação profissional, ao emprego e 
às diferentes profissões, bem como às condi-
ções de emprego.
Art. 2 — Qualquer Membro para o 
qual a presente convenção se encontre em 
vigor compromete-se a formular e aplicar 
uma política nacional que tenha por fim pro-
mover, por métodos adequados às circuns-
tâncias e aos usos nacionais, a igualdade de 
oportunidades e de tratamento em matéria de 
emprego e profissão, com o objetivo de eli-
minar toda discriminação nessa matéria.
Art. 3 — Qualquer Membro para o 
qual a presente convenção se encontre em vi-
gor deve por métodos adequados às circuns-
tâncias e aos usos nacionais:
a) esforçar-se por obter a colaboração das 
organizações de empregadores e trabalhadores e 
de outros organismos apropriados, com o fim de 
favorecer a aceitação e aplicação desta política;
b) promulgar leis e encorajar os progra-
mas de educação próprios a assegurar esta acei-
83
tação e esta aplicação;
c) revogar todas as disposições legislati-
vas e modificar todas as disposições ou práticas 
administrativas que sejam incompatíveis com a 
referida política;
d) seguir a referida política no que diz res-
peito a empregos dependentes do controle dire-
to de uma autoridade nacional;
e) assegurar a aplicação da referida 
política nas atividades dos serviços de orien-
tação profissional, formação profissional e 
colocação dependentes do controle de uma 
autoridade nacional;
f) indicar, nos seus relatórios anuais 
sobre a aplicação da convenção, as medidas 
tomadas em conformidade com esta política 
e os resultados obtidos.
Art. 4 — Não são consideradas como 
discriminação quaisquer medidas tomadas 
em relação a uma pessoa que, individualmen-
te, seja objeto de uma suspeita legítima de se 
entregar a uma atividade prejudicial à segu-
rança do Estado ou cuja atividade se encon-
tre realmente comprovada, desde que a refe-
rida pessoa tenha o direito de recorrer a uma 
instância competente, estabelecida de acordo 
com a prática nacional.
Art. 5 — 1. As medidas especiais de 
84
proteção ou de assistência previstas em outras 
convenções ou recomendações adotadas pela 
Conferência Internacional do Trabalho não são 
consideradas como discriminação.
2. Qualquer Membro pode, depois de 
consultadas as organizações representativas 
de empregadores e trabalhadores, quando 
estas existam, definir como não discrimina-
tórias quaisquer outras medidas especiais que 
tenham por fim salvaguardar as necessidades 
particulares de pessoas em relação às quais 
a atribuição de uma proteção ou assistência 
especial seja, de uma maneira geral, reconhe-
cida como necessária, por motivos tais como 
o sexo, a invalidez, os encargos de família ou 
o nível social ou cultural.
Art. 6 — Qualquer membro que ratificar 
a presente convenção compromete-se a aplicá-
-la aos territórios não metropolitanos, de acordo 
com as disposições da Constituição da Organi-
zação Internacional do Trabalho.
Art. 7 — As ratificações formais da pre-
sente convenção serão comunicadas ao Diretor-
-Geral da Repartição Internacional do Trabalho 
e por ele registradas.
Art. 8 — 1. A presente convenção não 
obrigará senão aos Membros da Organização 
Internacional do Trabalho cuja ratificação tenha 
85
sido registrada pelo Diretor-Geral.
2. Ele entrará em vigor doze meses de-
pois que as ratificações de dois Membros tive-
rem sido registradas pelo Diretor-Geral.
3. Em seguida, esta convenção entra-
rá em vigor para cada Membro doze meses 
depois da data em que sua ratificação tiver 
sido registrada.
Art. 9 — 1. Todo Membro que tiver rati-
ficado a presente convenção poderá denunciá-la 
no fim de um período de dez anos depois da 
data da entrada em vigor inicial da convenção, 
por ato comunicado ao Diretor-Geral da Repar-
tição Internacional do Trabalho e por ele regis-
trado. A denúncia não terá efeito senão um ano 
depois de ter sido registrada.
2. Todo Membro que, tendo ratificado 
a presente convenção, dentro do prazo de um 
ano depois da expiração do período de dez 
anos mencionado no parágrafo precedente, 
não fizer uso da faculdade de denúncia pre-
vista no presente artigo, será obrigado por 
novo período de dez anos e, depois disso, po-
derá denunciar a presente convenção no fim 
de cada período de dez anos, nas condições 
previstas no presente artigo.
Art. 10 — 1. O Diretor-Geral da Re-
partição Internacional do Trabalho notificará 
86
a todos os Membros da Organização Inter-
nacional do Trabalho o registro de todas as 
ratificações que lheforem comunicadas pelos 
Membros da Organização.
2. Notificando aos Membros da Orga-
nização o registro da segunda ratificação que 
lhe for comunicada, o Diretor-Geral chamará 
a atenção dos Membros da Organização para 
a data em que a presente Convenção entrar 
em vigor.
Art. 11 — O Diretor-Geral da Reparti-
ção Internacional do Trabalho enviará ao Se-
cretário-Geral das Nações Unidas, para fim de 
registro, conforme o art. 102 da Carta das Na-
ções Unidas, informações completas a respeito 
de todas as ratificações, declarações e atos de 
denúncia que houver registrado conforme os 
artigos precedentes.
Art. 12 — Cada vez que julgar necessário, o 
Conselho de Administração da Repartição Inter-
nacional do Trabalho apresentará à Conferência 
Geral um relatório sobre a aplicação da presente 
Convenção e examinará se é necessário inscrever 
na ordem do dia da Conferência a questão de sua 
revisão total ou parcial.
Art. 13 — 1. No caso de a Conferência adotar 
nova convenção de revisão total ou parcial da pre-
sente convenção, e a menos que a nova convenção 
87
disponha diferentemente:
a) a ratificação, por um Membro, da nova 
convenção de revisão acarretará, de pleno direito, 
não obstante o art. 17 acima, denúncia imediata da 
presente convenção quando a nova convenção de re-
visão tiver entrado em vigor;
b) a partir da data da entrada em vigor da nova 
convenção de revisão, a presente convenção cessará 
de estar aberta à ratificação dos Membros.
2. A presente convenção ficará, em qualquer 
caso, em vigor, na forma e no conteúdo, para os 
Membros que a tiverem ratificado e que não tiverem 
ratificado a convenção de revisão.
Art. 14 — As versões em francês e em inglês 
do texto da presente convenção fazem igualmente fé. 23
2.2.5. Convenções da OIT Ratificadas 
no Brasil 
A Organização Internacional do Trabalho 
(OIT) apresenta as Convenções ratificadas pelo Bra-
sil, conforme se verifica a seguir:
23 - Convenções da OIT, 2ª edição, 1998. Pag.338
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2.3. Hierarquia e a Legislação 
Aplicada
2.3.1. Conceito e Hierarquia na 
Normatização
A Constituição Federal brasileira dispõe:
Art. 165 - A constituição assegura aos tra-
balhadores os seguintes direitos, além de outros 
que, nos termos da lei, visem à melhoria de sua 
condição social:
...
XVI - previdência social nos casos de 
doença, velhice, invalidez e morte, seguro-
-desemprego, seguro contra acidentes do 
trabalho e proteção da maternidade, me-
diante contribuição da União, do emprega-
dor e do empregado.
É claro que, ao destacar no texto constitu-
cional o seguro contra acidentes do trabalho, a ques-
tão é de suma importância para o Estado Brasileiro.
Neste sentido, cumpre destacar que a Cons-
tituição é:
102
a lei fundamental da organização política 
duma nação soberana, que determina a sua forma 
de governo, institui os poderes públicos, regula as 
suas funções e estabelece os direitos e deveres es-
senciais do cidadão em relação ao Estado.
Assim sendo, sob ponto de vista da hierar-
quia das normas, não se pode ignorar que a Consti-
tuição Federal está acima de qualquer Lei neste País.
Portanto, todas as Leis (chamadas de Leis 
Infraconstitucionais), colocam-se abaixo da Consti-
tuição Federal e devem, para terem validade e serem 
eficazes, estar em harmonia com a Constituição, as-
sim como, com os princípios que regem o País.
Como sabemos, há leis, decretos e portarias 
federais, estaduais e municipais que se ocupam, di-
reta ou indiretamente, de higiene, segurança e medi-
cina do trabalho. Para o bom entendimento dessas 
disposições legais e administrativas, é indispensável 
certa familiaridade com os preceitos correlatos da 
Constituição (também chamada de Carta Magna, Lei 
Fundamental), assim vejamos:
Primeiramente,é importante considerar que 
o Brasil constituiu-se com República Federativa, em 
que a União, os Estados e os Municípios têm seus 
campos de ação delimitados. 
O artigo 8º da Constituição Federal reúne 
103
tudo o que compete à União, inclusive o seu poder 
de legislar sobre direito do trabalho, de seguro e pre-
vidência social e de defesa e proteção da saúde.
Razão pela qual as normas legais, relativas às 
determinações aos empresários no sentido de preve-
nir acidentes do trabalho, estão colocadas na Consoli-
dação das Leis do Trabalho, cuja elaboração compete 
à União, haja vista a determinação constitucional em 
razão da matéria, ou seja, pelo fato de ser relacionada 
ao Trabalhador, portanto, ao Direito do Trabalho.
O seguro de acidentes do trabalho, por força 
do disposto na Lei n.º 5.316, de 14 de setembro de 
1967, passou a integrar o sistema geral da Previdência 
Social. Legislar sobre essa matéria também é de 
competência da União.
Para o presente, faz-se necessário destacar o 
parágrafo único do artigo 8º da Constituição, que 
diz: «a competência da União exclui a dos Estados 
para legislar supletivamente» 
Assim sendo, a Constituição exclui o Estado 
de legislar supletivamente sobre direito do trabalho, 
bem como, sobre higiene e segurança do trabalho.
Contudo, muitas normas de proteção da saúde 
pública são da lavra dos Estados, e muitas normas mu-
nicipais que disciplinam as obras urbanas apresentam 
pontos de contato com certos aspectos da segurança, 
higiene e medicina do trabalho, prevalecendo, em caso 
de normas contraditórias, a proveniente da União.
104
2.3.2. Normas Aplicadas à 
Segurança do Trabalho para Prevenção 
e Controle de Risco 
A história nos dá a noção exata da importân-
cia das normas aplicadas à Segurança do Trabalho 
para prevenção e controle de riscos, e isso remonta 
ao início com a Revolução Industrial, a qual permi-
tiu a organização das primeiras fábricas modernas, a 
extinção das fábricas artesanais e o fim da escravatu-
ra, significando uma revolução econômica, social e 
moral. Contudo, foi com o surgimento das primeiras 
indústrias que os acidentes de trabalho e as doenças 
profissionais se alastraram.
Assim, os acidentes de trabalho e as doenças 
eram, em grande parte, provocados por substâncias 
e ambientes inadequados com condições subumanas.
Também naquela oportunidade era grande o 
número de doentes e também de mutilados. 
Com o surgimento de trabalhadores espe-
cializados e melhor treinados para manusear equi-
pamentos complexos, que necessitavam de cuidados 
especiais para garantir maior proteção e melhor qua-
lidade, verificou-se alguma melhora.
Até a Primeira Guerra Mundial, apenas ten-
tativas isoladas para controlar os acidentes e doenças 
ocupacionais haviam sido feitas. Dando oportunidade 
para, após a sua constatação, as primeiras tentativas 
105
científicas de proteção ao trabalhador, com esforços 
voltados ao estudo das doenças, das condições am-
bientais, do layout de máquinas, equipamentos e ins-
talações, bem como das proteções necessárias para 
evitar a ocorrência de acidentes e incapacidades.
Durante a Segunda Grande Guerra, o mo-
vimento prevencionista realmente toma forma, pois 
foi quando se percebeu que a capacidade industrial 
dos países em luta seria o ponto crucial para deter-
minar o vencedor, capacidade esta mais facilmente 
adquirida com um maior número de trabalhadores 
em produção ativa e não acidentados ou doentes.
Neste momento, a Higiene e Segurança do 
Trabalho ganhou destaque, firmando-se numa fun-
ção importante para os processos produtivos.
Nos países desenvolvidos, este conceito já é 
popularizado, os países em desenvolvimento lutam 
para implantá-lo.
Nos países da América Latina, a exemplo da 
Revolução Industrial, a preocupação com os aciden-
tes do trabalho e doenças ocupacionais também ocor-
reu mais tardiamente, sendo que, no Brasil, os primei-
ros passos surgem no início da década de trinta sem 
grandes resultados, tendo sido, inclusive, apontado na 
década de setenta como o campeão em acidentes do 
trabalho, contudo, evoluímos neste quesito. 
A evolução se deu em razão, notadamente, 
da melhora das condições de vida. 
106
É importante considerar que, sob o aspecto 
humano, a preservação da integridade física e mental 
é um direito de toda a pessoa humana, portanto, de 
todo trabalhador.
A evolução sobre Segurança do Trabalho 
teve os seus marcos, quais sejam:
→ 1911: Começa-se a implementar com 
maior amplitude o tratamento médico industrial;
→ 1919: Fundação da Organização Interna-
cional do Trabalho - OIT, em Genebra, na Suíça. Nes-
ta época, o Comitê da OIT estabelecido em Genebra, 
estudando as condições de trabalho e vida dos traba-
lhadores no mundo, tornou-se obrigatória a constitui-
ção de Comissões, compostas de representantes do 
empregador e dos empregados, com o objetivo de ze-
lar pela prevenção dos acidentes do trabalho, quando 
as empresas tivessem 25 ou mais empregados.
→ No Brasil, simultaneamente, surge a 
primeira Lei sobre Acidentes do Trabalho, a de n.º 
3.724, de 15 de janeiro de 1919.
→ 1921: A Organização Internacional do 
Trabalho – OIT organizou um Comitê para o Estu-
do de Assuntos referentes à Segurança e a Higiene 
no Trabalho.
→ 1934: Tempos depois, em 10 de julho de 
1934, foi promulgada a segunda Lei de Acidentes do 
Trabalho através do Decreto n.º 24.637
107
→ 1943: Criação da Consolidação das Leis 
do Trabalho – CLT
→ 944: Oficialmente instituída a criação da 
CIPA - Comissão Interna Para Prevenção de Aciden-
tes, no Brasil: Getúlio Vargas, 21 anos após a reco-
mendação feita pela OIT, promulgou em 10.1.1944, 
o Decreto – Lei n.º 7.036 , fixando a obrigatoriedade 
da criação de Comitês de Segurança em Empresas 
que tivessem 100 ou mais empregados. O decreto 
acima ficou conhecido como Nova Lei de Preven-
ção de Acidentes.
→ 1953: Em 27.01.1953, a Portaria 155 ofi-
cializava a sigla CIPA – Comissão Interna de Preven-
ção de Acidentes.
→ 1967: Em 26.02.1967, no Governo do 
Presidente Costa e Silva, o Decreto-Lei n.º 229 mo-
dificou o texto do Capítulo V, título I, da CLT, o qual 
dispunha de assuntos de Segurança e de Higiene no 
Trabalho. Com esta modificação, o artigo 164 da 
CLT que tratava de assuntos referentes à CIPA foi 
alterado e ficou conforme o seguinte texto:
→ Art. 164 – As empresas que, a critério 
da autoridade competente em matéria de Segurança 
e Higiene no Trabalho, estiverem enquadradas em 
condições estabelecidas nas normas expedidas pelo 
Departamento Nacional de Segurança e Higiene do 
Trabalho, deverão manter, obrigatoriamente, o Ser-
viço Especializado em Segurança e em Higiene do 
108
Trabalho e constituir Comissões Internas de Preven-
ção de Acidentes – CIPAs.
→ § 1. 0 O Departamento Nacional 
de Segurança e Higiene do Trabalho definirá 
as características do pessoal especializado em 
Segurança e Higiene do Trabalho, quanto às atri-
buições, à qualificação e à proporção relacionada 
ao número de empregados das empresas com-
preendidas no presente artigo.
→ § 2. 0 As Comissões Internas de Prevenção de 
Acidentes (CIPAS) serão compostas de representantes 
de empregadores e empregados e funcionarão segundo 
normas fixadas pelo Departamento Nacional de 
Segurança e Higiene do Trabalho.
→ 1968: Portaria 3.456: - Em 29 de novem-
bro de 1968, a Portaria 3.456 reduziu o número de 
100 para 50 empregados como o limite em que se tor-
na obrigatória a criação das CIPAs em cada Empresa.
2.3.2.1. Segurança no Trabalho
A Segurança do Trabalho pode ser entendi-
da como conjuntos de medidas que são adotadas, 
visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças 
ocupacionais, bem como proteger a integridade e a 
capacidade de trabalho do trabalhador.
É estudapor diversas disciplinas, tais como: 
Introdução à Segurança, Higiene e Medicina do 
109
Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em Má-
quinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na 
Engenharia de Segurança, Comunicação e Treina-
mento, Administração aplicada à Engenharia de 
Segurança, O Ambiente e as Doenças do Trabalho, 
Higiene do Trabalho, Metodologia de Pesquisa, Le-
gislação, Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e 
Criminal, Perícias, Proteção do Meio Ambiente, Er-
gonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e 
Explosões e Gerência de Riscos.
Contudo, a Segurança do Trabalho deve ser 
entendida com prevenção e, para isto, a Indústria 
deve se preocupar com a preservação da integridade 
física do trabalhador e também precisa ser conside-
rada como fator de produção. 
Os acidentes, provocando ou não lesão, in-
fluenciam na produção porque proporcionam: 
→ eventuais perdas materiais; 
→ diminuição da eficiência do trabalhador 
acidentado ao retornar ao trabalho e de seus 
companheiros, devido ao impacto provoca-
do pelo acidente; 
→ aumento da renovação de mão de obra; 
→ elevação dos prêmios de seguro de acidente; 
→ aos trabalhadores abalo em sua moral;
→ sacrifício a qualidade dos produtos.
110
O quadro de Segurança do Trabalho de uma 
empresa deve compor-se de uma equipe multidisci-
plinar contando com:
→ Técnico de Segurança do Trabalho, 
→ Engenheiro de Segurança do Trabalho, 
→ Médico do Trabalho e Enfermeiro do 
Trabalho. 
Estes profissionais formam o que chama-
mos de SESMT - Serviço Especializado em Enge-
nharia de Segurança e Medicina do Trabalho. 
Pelos empregados da empresa, se constitui a 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), 
que tem como objetivo a prevenção de acidentes e do-
enças decorrentes do trabalho, de modo a tornar com-
patível permanentemente o trabalho com a preserva-
ção da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
A segurança do trabalho propõe-se a com-
bater os acidentes de trabalho, quer eliminando as 
condições inseguras do ambiente, quer educando os 
trabalhadores às medidas preventivas.
A Segurança do Trabalho é definida por 
normas e leis específicas. 
No Brasil, a Legislação de Segurança do 
Trabalho compõe-se de Normas Regulamentadoras, 
Normas Regulamentadoras Rurais e outras leis com-
plementares, como portarias e decretos e também as 
111
convenções Internacionais da Organização Interna-
cional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil.
2.3.2.2. Leis, Normas, Portarias e
Regulamentações
No Brasil, os princípios básicos da Seguran-
ça do Trabalho são ditados e orientados pelas Nor-
mas Regulamentadoras – NRs. 
A partir das NRs poderemos nos guiar e 
verificar as situações de risco de uma determinada 
instalação. 
Por sua vez, estas Normas Regulamentado-
ras – NRs apoiam-se e se relacionam com Normas 
Técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos compe-
tentes, inclusive Normas Técnicas Internacionais.
A Segurança e Medicina do Trabalho atualmen-
te é regida por Leis, Normas e Portarias, quais sejam:
→ Constituição Federal de 1988;
→ Consolidação das Leis do Trabalho 
– CLT, Capítulo V - Segurança e Medici-
na do Trabalho, (Decreto Lei n o 5.452 de 
01.05.1943, atualizada pela Lei n.º 6.514, de 
2 de janeiro de 1977)
→ Normas Regulamentadoras (NRs), 
aprovadas pela Portaria n.º 3.214 , de 08 
de junho de 1978;
112
→ Normas Regulamentadoras Rurais 
(NRRs), aprovadas pela Portaria n.º 3.067, 
de 12 de abril de 1988.
→ Decreto n.º 4.085, de 15 de janeiro de 
2002, o qual promulgou a Convenção n.º 
174 da OIT, bem como, a Recomendação 
n.º 181 sobre a Prevenção de Acidentes In-
dustriais Maiores.
É muito importante também que sejam 
seguidas as recomendações técnicas relativas à Se-
gurança da Instalação e à Segurança do Trabalhador 
encontradas nos livros técnicos que regem o assunto, 
nos manuais técnicos das instalações e de seus com-
ponentes, nos treinamentos específicos, dentre outros.
2.3.3.3 Organismos Normalizadores
Os Organismos Normalizadores podem ser as 
Instituições governamentais ligadas à Segurança e Medi-
cina do Trabalho e demais entidades não governamen-
tais que se dedicam ao tema, dentre elas destacamos:
→ Ministério do Trabalho e Emprego – 
MTE e seus Órgãos Regionais do MTb;
→ Previdência Social;
→ Secretaria de Segurança e Saúde no Tra-
balho - SSST órgão de âmbito nacional com-
113
petente para coordenar, orientar, controlar e 
supervisionar as atividades relacionadas com 
a segurança e medicina do trabalho;
→ Secretaria de Segurança e Medicina do 
Trabalho – SSMT;
→ Delegacias Regionais do Trabalho - DRT, 
nos limites de sua jurisdição, órgão regional 
competente para executar as atividades rela-
cionadas à segurança e medicina do trabalho;
→ Órgãos Federais, Estaduais e Munici-
pais: Podem, ainda, ser delegadas a outros 
Órgãos Federais, estaduais e municipais, me-
diante convênio autorizado pelo Ministro do 
Trabalho, atribuições de fiscalização e/ou 
orientação às empresas, quanto ao cumpri-
mento dos preceitos legais e regulamentares 
sobre segurança e medicina do trabalho.
→ Departamento de Segurança e Saúde 
no Trabalho;
→ Fundacentro – Fundação Jorge Duprat Fi-
gueiredo de Medicina e Segurança do Trabalho
→ SOBES – Sociedade Brasileira de Enge-
nharia de Segurança
→ ABNT – Associação Brasileira de Nor-
mas Técnicas;
→ ANAMT – Associação Nacional de Me-
dicina do Trabalho;
→ ABMT – Associação Brasileira de Medi-
114
cina do Trabalho;
→ ABPA – Associação Brasileira para Pre-
venção de Acidentes;
→ ABHO - Associação Brasileira de Higie-
nistas Ocupacionais;
→ FENATEST - Federação Nacional dos 
Técnicos de Segurança do Trabalho;
→ OMS/OPAS - Organização Mundial 
da Saúde;
→ OIT – Organização Internacional do 
Trabalho;
→ Abraphiset - Associação Brasileira dos 
Profissionais de Higiene e Seg. do Trabalho;
→ Anent - Associação Nacional de Enfer-
magem do Trabalho;
→ Anest - Associação Nacional de Enge-
nharia de Segurança do Trabalho. 
É importante considerar que a International 
Organization for Standardization (ISO), com a Interna-
tional Electrotechnical Commission (IEC) formam os 
dois principais fóruns de normalização internacional.24 
As normas internacionais são reconhecidas 
pela Organização Mundial do Comércio (OMC) 
24 - http://rabci.org/rabci/sites/default/files/Trabalho_FINAL_
Normalizacao.pdf19agosto2013às02h45
115
como a base para o comércio internacional, e o seu 
cumprimento significa contar com as melhores con-
dições para ultrapassar eventuais barreiras técnicas. 
A ISO foi fundada em 1945 por uma comissão 
de 25 países, incluindo o Brasil, eles queriam criar um 
organismo mundial que tivesse o propósito de facilitar a 
coordenação internacional e a harmonização de normas 
industriais. Atualmente, é composta por 149 países, em 
diversas regiões, incluindo desenvolvidos, subdesenvol-
vidos e em desenvolvimento. Tem aproximadamente 
15000 padrões que promovem o alcance de benefícios 
para quase todos os setores industriais, de negócios e tec-
nologia. A ISO elabora e difunde as normas internacio-
nais relativas a todos os domínios de atividades, deixando 
a cargo da IEC as normas de teor eletroeletrônico. 
No Brasil, tanto a IEC como a ISO são 
representadas pela ABNT. 
A ABNT é maior organização de regula-
mentação técnica do Brasil. Foi fundada em 1940, 
“para fornecer a base necessária ao desenvolvimento 
tecnológico brasileiro”.25
Dentre os vários objetivos, vale destacar o 
principal que é a elaboração e o incentivo do uso de 
normas técnicas, mantendo-as sempre atualizadas. 
Para que uma nova norma seja aprovada, ela 
precisa passar pelo comitê referente à área desejada 
25 - ABNT, 1998, p.18.
116
que irá analisare formular um consenso entre con-
sumidores e produtores para, logo em seguida, en-
trar em votação nacional. 
Com relação aos comitês, os dados mais re-
centes, encontrados no site da Associação, são os que 
a ABNT possui 53 Comitês (ABNT/CB) e 3 Orga-
nismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS).
2.3.3. A Consolidação das Leis do 
Trabalho e a Segurança do Trabalho para 
a Prevenção e Controle de Risco
O Procurador João Carlos Teixeira fez pu-
blicar artigo “A legislação de saúde do trabalhador 
aplicável e vigente no Brasil” 26 do qual destacamos:
Hodiernamente, em nosso ordenamen-
to jurídico, a segurança, higiene e medicina do 
trabalho, foi alçada a matéria de direito consti-
tucional, sendo direito social indisponível dos 
trabalhadores, ou melhor, direito público subje-
tivo dos trabalhadores, exercerem suas funções 
em ambiente de trabalho seguro e sadio, caben-
do ao empregador tomar as medidas necessá-
26 - TEIXEIRA. João Carlos A legislação de saúde do trabalhador 
aplicável e vigente no Brasil http://www.pgt.mpt.gov.br/publicacoes/
pub48.html19agosto201302h24
117
rias no sentido de reduzir os riscos inerentes ao 
trabalho, por meio de normas de saúde, higiene 
e segurança (inciso XXII do art. 7º).O direito à 
saúde, ao trabalho, à segurança e à previdência 
social está previsto no art. 6º da Constituição da 
República. Os arts. 196 a 200 da Carta Consti-
tucional dispõem que a Saúde é direito de todos 
e dever do Estado, garantir e promover a efe-
tividade desse direito, mediante políticas, ações 
e serviços públicos de saúde, organizados em 
um sistema único, que podem ser complemen-
tados por outros serviços de assistência à saúde 
prestados por instituições privadas. Tais ações 
e serviços são de relevância pública, cabendo 
ao Poder Público dispor, nos termos da lei, so-
bre sua regulamentação, fiscalização e controle, 
devendo sua execução ser feita diretamente ou 
através de terceiros e, também, por pessoa físi-
ca ou jurídica de direito privado.
É sabido, e reitera o citado Procurador, 
que nos termos dos incisos II e VIII do art. 200 
da CF/88, compete ao Sistema Único de Saúde, 
entre outras coisas, executar as ações de vigilância 
sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde 
do trabalhador; e colaborar na proteção do meio 
ambiente, nele compreendido o do trabalho. 
118
O art. 225 da Magna Carta assegura o di-
reito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, 
essencial à sadia qualidade de vida. 
O meio ambiente de trabalho também en-
contra proteção jurídica nesse dispositivo constitu-
cional, especificamente no inciso V do §1º, que dis-
põe, in verbis:
§1º Para assegurar a efetividade desse direito, 
incumbe ao Poder Público:
(...)
V - controlar a produção, a comercialização 
e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que 
comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o 
meio ambiente; (nota: regulamentado pela Lei n° 
8.974, de 05.01.95)
A interpretação sistemática do disposto nos 
arts. 6º, 7º, XXII, 196 a 200 e art. 225, §1º, V da Cons-
tituição da República, não deixa dúvidas de que a 
saúde do trabalhador e o meio ambiente do trabalho 
foram também alçados a direito social de natureza 
constitucional, cujo cumprimento é imposto por lei 
ao empregador, conforme se verifica das prescrições 
dos arts. 154 a 201 da CLT (com redação dada pela 
Lei 6.514/77) e nas Portarias 3.214/78 e 3.067/88, 
que tratam das normas regulamentares relativas à se-
119
gurança e medicina do trabalho urbano e rural, res-
pectivamente, sendo certo que a efetividade do direito 
requer a firme atuação do Poder Público, no sentido 
de exigir e fiscalizar o cumprimento da lei.
Não se discute mais a normas regulamen-
tadoras de medicina e segurança no trabalho, esta-
belecidas em lei ou em Portarias do Ministério do 
Trabalho e Emprego, haja vista serem plenamente 
aplicáveis aos trabalhadores e às empresas, sujeitos 
à relação de emprego regidas pela Consolidação 
das Leis do Trabalho, instituída pelo Decreto-lei n.º 
5.452, de 1° de maio de 1943.
121
1 - No que diz respeito ao trabalho forçado, é cor-
reto afirmar que:
A) A expressão “trabalho análogo ao de escravo” 
diz respeito a trabalho forçado e o seu emprego 
se dá em razão do trabalho escravo ter sido for-
malmente abolido em 13 de maio de 1888 e o Es-
tado passou a considerar ilegal um ser humano 
ser dono de outro. 
B) As que permaneceram foram situações semelhan-
tes ao trabalho escravo, tanto do ponto de vista de 
cercear a liberdade quanto de suprimir a dignidade 
do trabalhador é trabalho forçado vedado no Brasil.
C) Trabalho escravo é uma das maiores negações 
aos direitos humanos, repudiado em todo o mundo. 
Portanto, quem usa trabalho escravo não está cum-
prindo a função social de sua propriedade.
D) As alternativas “a”, “b” e “c” estão corretas.
E) As alternativas somente a alternativa “c” está correta.
Atividades
122
2 - O condenado por trabalho escravo terá como sanção:
A) O confisco de todas as terras que possui por con-
ta da lei
B) O confisco apenas das terras com plantação de 
psicotrópicos.
C) A perda da Função Social da propriedade
D) O confisco de seus bens imateriais
E) O confisco das terras nas quais fora encontrado 
o trabalho escravo.
3 - Todos os trabalhadores e empregadores têm o 
direito de constituir as organizações que julgarem 
convenientes e de afiliar-se a elas, com o objetivo de 
promover e defender seus respectivos interesses e 
de celebrar negociações coletivas com a outra parte, 
livremente e sem ingerência de umas sobre as outras, 
nem intromissão do Estado. Esta é a definição de:
A) Liberdade sindical
B) Liberdade de expressão
C) Instituto jurídico
D) Ordenamento jurídico
E) Trabalho forçado
4 - Entre as mais diversas ações criadas pelo Estatu-
123
to da Criança e do Adolescente (ECA) está a criação 
dos Conselhos Municipais, Estaduais e Federais, que 
fazem a defesa dos direitos da Criança e do Adoles-
cente, determinando que:
A) Política de atendimento dos direitos da criança 
e do adolescente far-se-á de modo autônomo, sem 
contar com as ações governamentais e não governa-
mentais da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios.
B) Política de atendimento dos direitos da criança e 
do adolescente far-se-á através de um conjunto arti-
culado de ações governamentais e não governamen-
tais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios.
C) O embasamento para a promoção e a proteção 
dos direitos da criança e do adolescente, em alguns 
documentos internacionais apoiados pela Organiza-
ção das Nações Unidas (ONU), são inspirados no 
ECA, numa demonstração da importância deste 
documento para o combate ao trabalho infantil.
D) O embasamento para a promoção e a proteção 
dos direitos da criança e do adolescente, em alguns 
documentos internacionais, sem se apoiar na Orga-
nização das Nações Unidas (ONU) em nenhum do-
cumento brasileiro
E) As ações em razão da criança e do adolescente 
não são de importância internacional.
124
5 - As Normas Regulamentadoras (NR) são comu-
mente publicadas pelo Ministério do Trabalho por 
meio da Portaria 3.214/79 para estabelecer:
A) Os requisitos técnicos e legais sobre os aspectos 
mínimos de Segurança e Saúde Ocupacional (SSO).
B) As normas técnicas e legais sobre os aspectos mí-
nimos de Segurança e Saúde Ocupacional (SSO).
C) As normas técnicas somente sobre os aspectos 
mínimos de Segurança e Saúde Ocupacional (SSO).
D) As normas legais sobre os aspectos mínimos de 
Segurança e Saúde Ocupacional (SSO).
E) As portarias a respeito de segurança do trabalho 
em razão dos aspectos mínimos sobre Segurança e 
Saúde do Trabalhador.
125
1. Introdução
Neste capítulo, será dada ênfase às Normas 
de Segurança do Trabalho, prevençãoe controle de 
risco, o qual se desenvolverá pelo estudo de seus 
conceitos, normas aplicáveis e os meios de preven-
ção e controle de risco.
Destacam-se, também neste capítulo, os 
profissionais de segurança do trabalho essenciais 
para a consecução da Segurança, prevenção e con-
trole de risco no Brasil.
As atribuições, bem como as responsabilida-
des desses profissionais, são de suma importância.