Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO RAFAELA CRISTINA ESTUDO DE CASO - BURGER KING CAMAÇARI 2017 RAFAELA CRISTINA ESTUDO DE CASO – BURGER KING Trabalho avaliativo, da disciplina Teoria das Organizações, apresentado ao curso Administração na UNIJORGE Paralela, sob a orientação da Prof. Rosa Amorim. CAMAÇARI 2017 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4 2. TEORIA DAS ORGANIZAÇÕES – FORD ............................................................ 5 2.1. Científica ........................................................................................................... 5 2.2. Burocrática ..................................................................................................... 6 2.3. Relações Humanas ........................................................................................ 6 3. TEORIA DAS ORGANIZAÇÕES – BURGER KING ............................................. 8 3.1. Relações Humanas ........................................................................................ 8 4. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 9 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 10 4 1. INTRODUÇÃO As teorias das organizações ainda são muito presentes nas instituições atuais. Raramente é aplicada apenas uma única teoria, na maioria das vezes acontece de uma única empresa seguir fragmentos de várias teorias. Um exemplo disso é a Ford Motor Company. Ela não apenas segue a Teoria Científica, que seu fundador Henry Ford contribuiu na formação, mas também tem a presença de outras teorias: a Burocrática e a de Relações Humanas. Comparando a situação apresentada da empresa Burger King com a empresa Ford, observa-se muitas semelhanças, como também algumas diferenças. 5 2. TEORIA DAS ORGANIZAÇÕES – FORD As abordagens identificadas na Ford Motor Company foram: a Científica, a de Relações Humanas e a Sistêmica. 2.1. Científica Frederick Taylor foi o fundador da abordagem Científica da administração. Ele acreditava na análise científica, com isso passou a estudar cada tarefa dentro da empresa e aplicar estudos de tempo e movimento para saber qual a melhor maneira de realiza-la. Também desenvolveu a concepção do Homo Economicus, onde acreditava-se que o ser humano era movido apenas por recompensas salariais. Além disso, criou princípios chamados de Organização Racional do Trabalho. Esses princípios consistiam em: pesquisar a melhor maneira de realizar uma tarefa, transformar isso em uma regra padrão para todos envolvidos na atividade seguirem, separar as obrigações dos gestores e operários (retirando dos operários a responsabilidade de planejar, sendo estas apenas dos gestores), dividir as atividades em tarefas menores para o melhor controle e incentivar a cooperação entre empregador e empregado. Porém, outros também se envolveram na administração científica e contribuíram para o estudo dela, e um destes foi o fundador da empresa pesquisada: Henry Ford. Com base nos princípios da abordagem científica ele aprimorou sua empresa e criou a linha de montagem, nas quais as estruturas dos carros moviam-se em esteiras rolantes, enquanto os operários trabalhavam nelas em tarefas específicas, tudo isso de forma padronizada. Ford também implementou as participações de lucro, o aumento substancial e a diminuição de horas de trabalho (8 horas por dia e 5 dias na semana) com o objetivo de reter trabalhadores qualificados. Todas essas implantações de Ford citadas, ainda então presentes em suas fábricas. Isso faz com que a abordagem científica seja uma teoria bastante marcante até hoje na Ford Motor Company. Porém há fatores dessa teoria que não são mais presentes, como por exemplo ter um trabalhador fazendo uma única tarefa específica. Hoje, por questões ergonômicas os trabalhadores revezam as tarefas, para que não se torne um trabalho monótono, aumentando assim a satisfação do colaborador. Também a concepção de Homo Economicus mudou, adotando assim o Homo Socialis. A Ford implementou vários programas de incentivo ao colaborador, com o 6 objetivo de prover mais reconhecimento e incentivar a criatividade em todos os níveis e setores. 2.2. Burocrática Max Weber é o principal nome que envolve a teoria Burocrática, para ele o poder de uma organização burocrática seria ideal para manter o mais alto nível de eficiência e controle. Na empresa Ford Motor Company, é possível observar algumas características da abordagem burocrática. A hierarquia é uma dessas características, todo setor possui um acompanhamento de supervisores, assim nenhum fica sem orientação; por exemplo: o setor X possui um supervisor trabalhando juntamente com o time localizado na planta de Camaçari, mas esse supervisor responde para um setor superior localizado em São Paulo, e assim por diante. Outro aspecto muito evidente em alguns setores, são os registros oficiais. Pode-se observar a presença de vários armários com registros preservados para futura referência, e para que esses documentos sejam guardados corretamente são realizadas audiências frequentes nos setores. E caso algo esteja fora do padrão será aplicada alguma forma de punição. A disciplina é outro atributo da burocracia e que também é encontrado na Ford, e este é aplicados a todos, independentemente do seu nível hierárquico. Nessa empresa existem regras e limites, principalmente por seu ambiente ser fabril. 2.3. Relações Humanas Depois da segunda guerra Mundial as empresas precisavam atender as demandas frequentes aumentando assim a necessidade de mais trabalhadores, em contrapartida os empregados passaram a questionar as condições de trabalho. Assim começaram a surgir teorias de caráter comportamental, onde a ideia de que a organização era uma máquina e as características da abordagem científica foram deixadas de lado, e um novo ponto de vista surgiu: organizações comparadas a um organismo, relação entre interação e produtividade e importância das habilidades de liderança. Nascendo assim a Escola de Relações Humanas. É possível encontrar vários fatores dessa nova abordagem na Ford. Um deles é a integração entre funcionários independentemente de sua cor, raça, religião ou gênero. Quadros de incentivo são espalhados pela fábrica promovendo a inclusão, o respeito 7 às diferenças e a integridade. Também, a preocupação com a saúde física e mental é muito presente com campanhas contra vícios, de vacinação e de ergonomia; palestras de segurança e também a rotatividade dos trabalhadores nas linhas de montagem. Dessa forma, nota-se que a abordagem de Relações Humanas é muito presente da Ford Motor Company. 8 3. TEORIA DAS ORGANIZAÇÕES – BURGER KING A abordagem encontrada na situação problema da Burger King foi a de Relações Humanas. 3.1. Relações Humanas A teoria de Relações Humanas está muito presente no cenário da Burger King, pois podemos ver alguns elementos na situação problema que pertencem a essa escola. Como por exemplo, essa abordagem prega a importância da integração entre as diferentes contribuições dos participantes de uma organização, e ainda afirma que essesmembros tomam decisões mais criativas e eficazes se levarem em conta essas contribuições. Na situação problema os funcionários da equipe corporativa vão trabalhar na montagem dos hambúrgueres, e como resultado, colocaram em prática ideias criativas e solucionadoras de problemas, e essas falhas não eram reconhecidas antes desta façanha. Mostrando na prática que experiências de setores diferentes resultam sim em melhores decisões. Isso mostra uma diferença entre a Burger King e a Ford Motor Company, que possui seus setores bem definidos e não os misturam. Outro aspecto claro da Escola de Relações Humanas na Burger King é a integração entre funcionários, independentemente do setor que trabalham. Esse fator se assemelha muito com a Ford, que incentiva a interação entre todos os funcionários. 9 4. CONCLUSÃO Depois de analisar essas duas empresas, observa-se duas coisas: a primeira é que independente do rumo da empresa (alimentício ou automobilístico), a preocupação de integrar e promover a satisfação e criatividade dos funcionários é geral; e a segunda é a de que as teorias não ficaram ultrapassadas, mas se adaptaram às condições em que as organizações atuais se encontram. 10 REFERÊNCIAS SILVA, Giovana. Abordagem sistêmica da administração. Disponível em: <http://mundodaadm.blogspot.com.br/2011/06/abordagem-sistemica-da- administracao-o.html>. Acesso em: 06 de jul. de 2017. CRUZ, Juliana. Teorias da administração. Disponível em: < http://www.infoescola.com/administracao_/teorias-da-administracao/>. Acesso em: 06 de jul. de 2017. AMORIM, Rosa. Administração científica. Disponível em: < https://unijorge.instructure.com/courses/486/files/102093?module_item_id=8319>. Acesso em: 06 de jul. de 2017. AMORIM, Rosa. Teoria dos sistemas. Disponível em: < https://unijorge.instructure.com/courses/486/files/102395?module_item_id=8322> Acesso em: 06 de jul. de 2017. VITER, Luciana. Teoria das Organizações. Rio de Janeiro: Copyright, 2017. 162p.