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Universidade Luterana do Brasil
ANÁLISE DO FILME:
 PRO DIA NASCER FELIZ
Maria Jaqueline Tedesco Corrêa
História da Educação
Prof. Viviana Benetti
Novembro, 2015
Análise do filme: Pro dia nascer feliz
No documentário, João Jardim apresenta depoimentos e estes relatam muito bem a realidade das escolas públicas do nosso país, situação caótica que estudantes e professores enfrentam, pois são eles que vivem na pele, no seu cotidiano a precariedade de recursos, e até mesmo de necessidades básicas, como exemplo, a falta de estrutura, onde nem os banheiros estão adequados para uso. E como conseqüência disso tudo, o desinteresse tanto dos estudantes em estudar quanto dos professores em ensinar, fazendo com que não produzissem para ambos nenhum resultado positivo.
 E com o desinteresse dos professores não havia responsabilidade com a escola faltando ao trabalho, falando que não faria diferença, já que os estudantes não tinham interesse nos conteúdos. Outro motivo alegado foi que se sentiam muito desvalorizados, por todos, principalmente pelos alunos, que não tinham respeito pela sua profissão e dedicação. 
Este cenário foi bem visto na escola de Pernambuco mostrada no vídeo, mas sabemos que esta a realidade é também de muitas outras escolas, mas me chamou atenção à menina das poesias, que era visível seu interesse e vontade de estudar, de aprender, e mesmo com todas as dificuldades frequentava a escola sempre que lhe era oportunizado, pois dependia dos precários recursos, aqueles já citados, que muitas vezes a impediam até mesmo de chegar à escola, como o ônibus que estava quebrado.
O autor do filme traz escolas com realidades diferentes. Percebemos uma melhora na aparência dos estudantes e da própria estrutura da escola. Mas os problemas são praticamente os mesmos. Ainda existe uma pobreza de grupo social que limita o desenvolvimento das crianças. Nas outras escolas a realidade é bem diferente, mas como já foi falado, não é motivo para carência de problemas. Uma escola de classe social alta, onde os estudantes encontram muitos problemas, mas nenhum deles com certeza seriam falta de recursos, pelo menos, materiais.
Me chamou a atenção foi uma aluna, de classe social favorável, que gostava muito de estudar, como ela relatou era chamada de “nerd” pelos colegas, pois estudava demais, era muito paranóica com relação aos conteúdos. Percebi com isso, no relato das duas estudantes com vidas, sociedades e cultura tão diferentes transmitir a mesma vontade e garra por aprender e querer crescer na vida, mesmo com os desafios e as necessidades de cada uma, mas a vontade e dedicação são exatamente as mesmas. E mais outros tantos depoimentos do filme em que o sonho de ser “alguém na vida” era um discurso fervoroso em que cada aluno colocava seus desejos, como de ser um coronel; outro aluno falou que queria ser padre, pois achava que era a melhor maneira de ajudar as pessoas, entre outros tantos relatos.
Outro ponto que me chamou a atenção foi a professora que deu depoimento sobre como ser professor em escolas tão precárias de recursos tanto físicos como intelectuais, e que a estabilidade do serviço público, justificaria tanto descontentamento e favorecia as faltas dos professores em sala de aula.
Acredito que, como futura pedagoga, essa situação poderá mudar e isso acontecerá quando houver um interesse: do poder público em melhorar a educação e as estruturas das escolas, uma valorização e remuneração mais justa dos profissionais em educação para que possam ensinar os alunos com mais motivação, e que em contra partida disso tenhamos mais estudantes com a mesma dedicação e vontade de aprender como estas meninas que deram seus depoimentos. Transformando assim, o rumo deste processo tão instável que é a educação básica no Brasil.
A análise do filme a realidade de cada escola, nos mostra que diferenças existem, mas a educação final do jovem brasileiro não se difere muito. Encontramos falhas na estrutura das escolas de todas as classes, onde a mesma, muitas vezes não está preparada para lidar com as diversas situações em que a sociedade, sabemos também que os governantes não estão muito preocupados em melhorar esta situação. Existe um comodismo no processo educativo e um “faz de conta que está tudo bem” dos problemas encontrados, onde não se faz muito esforço para exterminá-los de vez, e apenas ignoram os problemas.
Enfim, o filme que nos apresenta a cara do nosso país, que não investem na educação, até porque todos sabem que o futuro de um país são os seus jovens, a partir daí o autor nos mostra onde está errado e no que podemos melhorar para que o nosso país esteja em boas mãos no futuro.

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