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FACULDADE UNIÃO DAS AMÉRICAS 
 
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SISTEMATIZAÇÃO DA GESTÃO FINANCEIRA DE UMA PROPRIEDADE 
RURAL - FAZENDA MILAN 
 
 
 
 
 
 
 
Euclides de Vargas Soares 
 
 
 
 
 
 
Foz do Iguaçu 
Dezembro, 2010 
 
 
 
 
EUCLIDES DE VARGAS SOARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMATIZAÇÃO DA GESTÃO FINANCEIRA DE UMA PROPRIEDADE RURAL 
FAZENDA MILAN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foz do Iguaçu 
Dezembro, 2010 
 
 
Trabalho de Curso apresentado ao Curso de 
Administração de Empresas da Faculdade União das 
Américas, como requisito parcial para a obtenção do 
título de Bacharel em Administração. 
 
Orientador: Prof. Erminio Ticiani, Msc. 
 
 
 
 
 
 
EUCLIDES DE VARGAS SOARES 
 
 
 
 
SISTEMATIZAÇÃO DA GESTÃO FINANCEIRA DE UMA PROPRIEDADE RURAL 
FAZENDA MILAN 
 
 
 
 
Trabalho de Curso foi julgado e aprovado como requisito parcial para a obtenção do grau de 
Bacharel no curso de Administração de Empresas da Faculdade União das Américas. 
 
Foz do Iguaçu, 10 de Dezembro de 2010. 
 
_________________________________________________ 
Profª Esp. Alcina Maria Rodrigues Fresta 
Coordenadora Adjunta do Curso de Administração 
 
 
BANCA EXAMINADORA: 
__________________________________________ 
Prof. Msc, Erminio Ticiani. (Orientador) 
Faculdade União das Américas 
 
__________________________________________ 
Prof. Esp. Valdir Serafin Júnior. 
Faculdade União das Américas 
 
__________________________________________ 
Prof. Esp. Cícero Schünemamm. 
Faculdade União das Américas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dedico este trabalho primeiramente a 
Deus, pois sem ele, nada seria possível. A minha 
família, em especial a minha mãe Rosa Soares 
pelo carinho, compreensão e confiança 
demonstrada. 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço primeiramente a Deus pela oportunidade de realizar este trabalho, a minha 
família, em especial a minha mãe Rosa Soares, pelo exemplo de coragem, força, dedicação e 
perseverança, a minha esposa Ana Paula pelo apoio, incentivo e colaboração, principalmente 
nos momentos de dificuldade e ausência. 
Ao casal de amigos Inês e João que se disponibilizaram e contribuíram para a 
realização do estágio deste trabalho de curso. 
Ao meu orientador Erminio Ticiani, pelo apoio e disposição em ajudar, aos demais 
mestres da instituição, pelos conhecimentos transmitidos. 
Aos amigos e colegas, em especial Osvaldir e Márcio, deixo a marca da minha 
gratidão pelo companheirismo e a energia positiva transmitida nesta caminhada. 
A todos os meus sinceros agradecimentos, vocês serão responsáveis pelo sucesso 
obtido e pelas conquistas no decorrer da minha vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “O homem que consagra suas horas com 
infatigável empenho a honrosos objetivos, traça 
luminosamente o seu destino." 
(Edward Kong) 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
A gestão financeira de uma propriedade é um importante instrumento para tomada de decisão. 
Para tal, são necessárias informações corretas e confiáveis, isso é possível se a propriedade 
dispuser de um bom sistema de controle financeiro. Com a velocidade das mudanças de 
mercado, a propriedade rural que tiver um melhor controle financeiro, terá uma vantagem 
competitiva sobre aqueles que não controlam seus ganhos e perdas decorrentes das mudanças 
de mercado. Este trabalho de curso tem o objetivo elaborar uma proposta para sistematizar a 
gestão financeira de uma propriedade rural. A pesquisa caracteriza-se por pesquisa aplicada, 
qualitativa e exploratória. Os instrumentos de coletas foram entrevista semi-estruturada com 
os proprietários, observação não participativa e análise documental da fazenda. As técnicas de 
análise foram análise de conteúdo e análise documental. Os resultados da pesquisa são fortes 
indicativos da necessidade de implantação de um sistema de controle que auxilie na gestão 
financeira da propriedade. 
 
Palavras chaves: Gestão Financeira; Sistematização Financeira; Tomada de Decisão. 
 
 
SUMÁRIO 
 
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................. 16 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ........................................................................... 12 
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 13 
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO .................................................................................... 15 
1.1 AUTOR ............................................................................................................................ 15 
1.2 DO ORIENTADOR ......................................................................................................... 15 
1.3 DA SUPERVISORA NA EMPRESA .............................................................................. 16 
2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ........................................................................ 17 
2.1 DADOS GERAIS ............................................................................................................. 17 
2.2 HISTÓRICO ..................................................................................................................... 18 
2.3 ÁREA DE ATUAÇÃO .................................................................................................... 19 
2.4 PRODUTOS E SERVIÇOS ............................................................................................. 20 
2.5 PORTE DA EMPRESA ................................................................................................... 21 
2.6 FORÇA DE TRABALHO ................................................................................................ 22 
2.7 MICROAMBIENTE ........................................................................................................ 23 
2.7.1 Clientes ......................................................................................................................... 23 
2.7.2 Fornecedores ............................................................................................................... 24 
2.7.3 Concorrentes ............................................................................................................... 25 
2.7.4 Órgão Regulador ........................................................................................................ 26 
2.8 NEGÓCIO ........................................................................................................................ 26 
 
2.9 MISSÃO ........................................................................................................................... 28 
2.10 VISÃO .............................................................................................................................. 28 
2.11 VALORES ........................................................................................................................ 28 
2.12 ORGANOGRAMA .......................................................................................................... 29 
2.13 MACROAMBIENTE ....................................................................................................... 30 
3 SITUAÇÃO A SER SOLUCIONADA .........................................................................31 
4 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................... 32 
5 OBJETIVOS ................................................................................................................... 33 
5.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................................................... 33 
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................... 33 
6 REVISÃO DA LITERATURA ..................................................................................... 34 
6.1 CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO ............................................................................. 34 
6.2 FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO ............................................................................... 35 
6.3 FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR ............................................................................... 35 
6.4 AS ESCOLAS DA ADMINISTRAÇÃO ......................................................................... 37 
6.4.1 Administração Científica ........................................................................................... 38 
6.4.2 A Teoria Clássica da Administração ......................................................................... 38 
6.4.3 Escola das Relações Humanas ................................................................................... 39 
6.4.4 Abordagem Comportamentalista .............................................................................. 40 
6.4.5 Escola Burocrática ...................................................................................................... 41 
6.4.6 Escola Estruturalista .................................................................................................. 42 
6.4.7 A Escola Sistêmica ...................................................................................................... 43 
6.4.8 Administração por Objetivo ...................................................................................... 44 
 
6.4.9 A Escola do Desenvolvimento Organizacional ......................................................... 45 
6.4.10 A Abordagem Contingencial .................................................................................... 45 
6.5 GESTÃO FINANCEIRA ................................................................................................. 46 
6.5.1 Balanço Patrimonial ................................................................................................... 47 
6.5.2 Planejamento e controle financeiro ........................................................................... 47 
6.5.3 Planejamento e fluxo de caixa ................................................................................... 49 
6.5.3.1 A importância e objetivo do fluxo de caixa .............................................................. 50 
6.6 GERENCIAMENTO FINACEIRO DA PROPRIEDADE RURAL ............................... 51 
6.6.1 A importância da gestão financeira na atividade rural .......................................... 52 
6.7 SISTEMATIZAÇÃO DA GESTÃO FINANCEIRA ....................................................... 53 
6.7.1 Importância da automatização financeira ................................................................ 54 
6.8 SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS ............................................................ 54 
6.8.1 Conceito de dados, informações e sistemas de informações gerenciais ................. 55 
6.8.2 Componentes básicos do sig ....................................................................................... 55 
6.8.3 Planejamento do sig .................................................................................................... 56 
6.8.4 Projeto do sig ............................................................................................................... 56 
6.8.5 Implementação do sig ................................................................................................. 57 
6.9 AGRONEGÓCIO ............................................................................................................. 57 
6.9.1 Agricultura .................................................................................................................. 58 
6.9.2 Avicultura .................................................................................................................... 59 
7 MÉTODO E TÉCNICAS DE PESQUISA ................................................................... 60 
7.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA .......................................................................................... 60 
7.2 POPULAÇÃO- ALVO E AMOSTRA ............................................................................. 61 
 
7.3 INSTRUMENTO E PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS ........................... 61 
7.3.1 Entrevista semi-estruturada ...................................................................................... 61 
7.3.2 Observação não participante ..................................................................................... 62 
7.3.3 Pesquisa documental .................................................................................................. 62 
7.4 TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DOS DADOS ................................ 63 
7.4.1 Análise do conteúdo .................................................................................................... 63 
7.4.2 Análise documental ..................................................................................................... 63 
8 ANÁLISE E DESCRIÇÃO DOS DADOS ................................................................... 65 
8.1 ANÁLISE DA SITUAÇÃO ATUAL DA GESTÃO FINANCEIRA .............................. 65 
8.2 ANÁLISE DAS PRINCIPAIS NECESSIDADES E LIMITAÇÕES .............................. 66 
8.2.1 Ferramentas utilizadas para controlar os recebimentos e pagamentos ................ 67 
8.2.2 Ferramentas utilizadas para controle bancário ....................................................... 69 
8.2.3 Relatório de faturamento dos últimos doze meses ................................................... 71 
8.2.4 Ferramentas para emissão de relatórios financeiros ............................................... 73 
9 PREPOSIÇÃO DE PLANOS ........................................................................................ 74 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 83 
APÊNDICES ........................................................................................................................... 87 
APÊNDICE A: ENTREVISTA COM OS PROPRIETÁRIOS DA FAZENDA MILAN ....... 88 
APÊNDICE B: ROTEIRO DA OBSERVAÇÃO NÃO PARTICIPANTE ............................. 90 
APÊNDICE 4: RELAÇÃO DE DOCUMENTOS PARA ANÁLISE DOCUMENTAL ....... 91 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1: Foto aérea da sede da propriedade.............................................................................18 
Figura 2: Foto da Família..........................................................................................................19 
Figura 3: Foto da Propriedade...................................................................................................20 
Figura 4: Classificação do porte das propriedades rurais..........................................................21 
Figura 5: Classificação do porte das empresas..........................................................................22 
Figura 6: Classificação das Empresas por número de funcionários..........................................22 
Figura 7: Força de trabalho da empresa.....................................................................................23Figura 8: Principais Clientes da Fazenda Milan........................................................................24 
Figura 9: Relação de fornecedores da Fazenda Milan...............................................................25 
Figura 10: Plantio de soja 2010.................................................................................................27 
Figura 11: Aviário da propriedade.............................................................................................27 
Figura 12: Organograma da Fazenda Milan..............................................................................29 
Figura 13: Macroambientes: Segmentos e Características........................................................30 
Figura 14: Habilidades e Características do Administrador......................................................36 
Figura 15: Habilidades e Características do Administrador......................................................37 
Figura 16: Conceitos, precursores e contribuições da administração científica........................38 
Figura 17: Conceitos, precursores e contribuições da Teoria clássica da administração..........39 
Figura 18: Conceitos, precursores e contribuições da Escola das relações humanas................40 
Figura 19: Hierarquia das necessidades de Maslow..................................................................41 
Figura 20: Conceitos, precursor e contribuições da Escola Burocrática...................................42 
Figura 21: Conceitos, precursor e contribuições da Escola Estruturalista.................................42 
Figura 22: Panorâmica da interação da organização com o ambiente.......................................43 
Figura 23: Conceitos, precursor e contribuições da Escola Sistêmica......................................43 
Figura 24: Conceitos, precursor e contribuições da Administração por objetivos....................44 
Figura 25: Conceitos, precursor e contribuições da Escola do DO...........................................45 
Figura 26: Conceitos, precursores e contribuições da Abordagem contingencial.....................46 
Figura 27: Características acerca dos planos de financeiros de curto e longo prazo.................48 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 28: Componentes do Fluxo de Caixa..............................................................................49 
Figura 29: Modelo de fluxo de caixa - pagamentos e recebimentos..........................................50 
Figura 30: Modelo do fluxo de informação no sistema..............................................................53 
Figura 31: Evolução do Agronegócio brasileiro em milhões.....................................................58 
Figura 32: Síntese de Instrumento de Coleta de dados e Técnicas de Análise de dados...........64 
Figura 33: Agenda dos lançamentos das contas a pagar e receber.............................................69 
Figura 34: Agenda dos lançamentos dos cheques emitidos e compensados..............................70 
Figura 35: Faturamento dos últimos doze meses Fazenda Milan...............................................72 
Figura 36: Janela principal do programa....................................................................................74 
Figura 37: Janela contas a pagar.................................................................................................75 
Figura 38: Janela contas a receber..............................................................................................76 
Figura 39: Janela de Fluxo de caixa...........................................................................................77 
Figura 40: Janela controle bancário............................................................................................78 
Figura 41: Janela emissão de relatórios......................................................................................79 
Figura 42: Janela Relatório por movimentação..........................................................................79 
Figura 43: Janela Relatório em forma de gráfico.......................................................................80 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
AB Agro Brasil 
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social 
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 
IAP Instituto Ambiental do Paraná 
INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária 
ITR Imposto Territorial Rural 
IUB Instituto Universal Brasileiro 
PIB Produto Interno Bruto 
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas 
SIG Sistema de Informação Gerencial 
SISLEG Sistema de Manutenção, Recuperação e Proteção de Reserva Legal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 No intuito de continuar cumprindo as exigências desta Instituição de Ensino, venho 
apresentar o Trabalho de Curso, cujo tema é: sistematização da gestão financeira de uma 
propriedade rural - Fazenda Milan com os métodos e as principais dificuldades que o 
administrador encontra no controle da gestão financeira. 
 Este trabalho visa demonstrar a importância do controle financeiro nas atividades 
agrícolas e na administração de uma propriedade rural, e citar o quanto é importante a 
sistematização da gestão financeira para facilitar o fluxo de informações nas tomadas de 
decisões e um maior controle das entradas e saídas de recursos. 
 O atual cenário econômico requer que as empresas utilizem ferramentas mais precisas 
para suas operações tanto comerciais nas áreas de negociações quanto financeira. Esses 
recursos visão reduzir custos, aprimorar processos, tornar-se mais competitiva e se manter no 
mercado. 
 No Brasil, os consecutivos resultados positivos do agronegócio colabora, e muito, com 
a movimentação de diversos setores da economia, em virtude desta constante movimentação 
financeira. A gestão financeira em uma propriedade rural é extremamente importante, e como 
o fluxo de informações é relativamente grande, o administrador precisa se utilizar de meios 
tecnológicos para fazer um controle apurado de todas as operações. 
 Este trabalho tem como objetivo propor a utilização de um mecanismo de controle 
mais preciso para a gestão financeira da propriedade rural. Desta forma o mesmo está dividido 
em partes, descrevendo desde os dados da empresa até o que foi elaborado. 
 No primeiro capítulo descrevem-se os dados de identificação do autor, do orientador e 
da supervisora da empresa. No segundo capítulo mostra a caracterização da empresa, 
histórico, área de atuação, produtos e serviços, porte da empresa, força de trabalho, negócio, 
micro e macroambiente, visão, missão, valores e organograma. 
O terceiro Capítulo trata da situação a ser solucionada. No quarto capítulo comenta-se 
a justificativa do trabalho. O quinto capítulo descreve os objetivos gerais e específicos a 
serem alcançados. 
 No sexto capítulo, tem-se um breve resumo dos conceitos da administração, suas 
funções, função do administrador, as escolas da administração assim como conceitos de 
gestão financeira, gerenciamento financeiro de uma propriedade rural, sistematização da 
14 
 
gestão financeira, SIG, agronegócio e outros assuntos relevantes. 
 Já no sétimo capítulo dispõe o método e técnicas de pesquisa, a tipologia, população-
alvo e amostra, instrumentos e procedimentos de coleta de dados, técnicas e procedimentos de 
coleta de dados a serem utilizadas para a aplicação do trabalho. No oitavo capítulo 
apresentam-se as análises efetuadas na propriedade e com os proprietários, utilizando a 
entrevista semi-estruturada,observação não participativa e análise documental para melhor 
compreender os objetivos do trabalho. 
 O nono capítulo apresenta a preposição de planos do autor para os proprietários da 
Fazenda Milan, informações sobre a utilização e as finalidades da sistematização da gestão 
financeira, facilitando seu entendimento. No décimo capítulo estão as considerações finais. E, 
por conseguinte, as referências que foram utilizadas para o desenvolvimento do trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 
 
 A seguir serão apresentados dados de identificação do autor do trabalho de curso, do 
professor orientador e do supervisor da empresa. 
 
 
1.1 AUTOR 
 
 Euclides de Vargas Soares, nascido no dia 06 de Junho de 1984, na cidade de 
Severiano de Almeida – RS, casado, filho de Olindo de Vargas Soares e Rosa Soares, 
residente em Foz do Iguaçu – PR, está graduando em Bacharelado de Administração de 
empresas, na faculdade União das Américas em Foz do Iguaçu – PR. 
 Atua na área administrativa há oito anos na cidade de Foz do Iguaçu, buscou 
desenvolver o estágio deste trabalho de curso na área agrícola, pois se identifica com as 
características das atividades rurais, principalmente com o controle financeiro. 
Contato: euclides_vs@hotmail.com 
 
 
1.2 DO ORIENTADOR 
 
 Erminio Ticiani, graduado em Ciências Contábeis - Facisa Faculdade de Ciências 
Sociais e Aplicadas de Foz do Iguaçu - PR (1990), graduação em Administração pela 
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (1996), Especialização em Finanças pela 
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (1998), Especialização em Gestão da Qualidade 
Ambiental pela Universidade Federal de Santa Catarina (2003) e Mestrado em Engenharia de 
Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2005). 
 Atualmente é caixa executivo na Caixa Econômica Federal e professor titular do 
Centro Educacional das Américas S C Ltda. Tem experiência na área de Administração, com 
ênfase em Administração Financeira, atuando principalmente nos seguintes temas: 
administração, desenvolvimento sustentável, gestão inovadora, direito e reciclagem. 
Contato: erminio@uniamerica.br 
16 
 
1.3 DA SUPERVISORA NA EMPRESA 
 
 Inês Maria Domenegato, graduada em Administração de Empresas - Facisa Faculdade 
de Ciências Sociais e Aplicadas de Foz do Iguaçu - PR (1983), pós graduada em Comércio 
Exterior - Facisa Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Foz do Iguaçu - PR (1986).
 Atualmente exerce o cargo de Analista Tributário da Receita Federal do Brasil (28 
anos de tempo de exercício), por ser proprietária da propriedade em estudo também 
acompanha as rotinas e processos administrativos da Fazenda, principalmente na área de 
administração financeira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA 
 
 Neste capítulo será apresentado um breve histórico da Fazenda Milan, assim como 
informações sobre a área de atuação, estrutura física, produtos da empresa e aspectos de micro 
e macro ambiente, para facilitar o entendimento da propriedade e das atividades. 
 
 
2.1 DADOS GERAIS 
 
Razão Social: João Pereira Milan 
Nome Fantasia: Fazenda Milan 
Ramo de atividade: Agricultura e Avicultura 
Matrícula do Imóvel: 15950 
Termo de proteção de reserva legal: Registrado no SISLEG sob nº 1.084.125-3 
Área total do Imóvel: 176,8 hequitares 
Endereço: Linha Morenão, Distrito de São Roque 
Município: Santa Helena / PR 
Proprietários: João Pereira Milan e Inês Maria Domenegato 
 A figura 1 apresenta a foto da sede da propriedade na qual foi desenvolvido este 
trabalho de curso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
Figura 1: Foto aérea da sede da propriedade. 
 
Fonte: Empresa (2008). 
Nota: Adaptado pelo autor. 
 
 
2.2 HISTÓRICO 
 
 João Pereira Milan e Inês Maria Domenegato, casados a 25 anos com dois filhos, 
Thiago Domenegato Milan com 17 anos de idade e Luana Maiara Domenegato Milan com 13 
anos, residentes e domiciliados nesta cidade de Foz do Iguaçu a 30 anos. O casal nascidos e 
criados na zona rural, ele de Jandaia do Sul – PR, ela de Céu Azul – PR, trabalharam durante 
sua infância nas propriedades da família, saíram da zona rural para dar continuidade aos 
estudos e na formação profissional, sem nunca esquecer suas raízes. 
 Anos se passaram muitos desafios educacionais e profissionais, mas com muito 
esforço e perseverança conquistaram seu espaço e sucesso no mercado de trabalho. Logo que 
o casal se conheceu já elaboraram um planejamento de vida, por conseguinte veio o 
casamento e os investimentos em bens materiais. Com muita dedicação e economia 
começaram a investir novamente na agricultura, retomando uma experiência do passado. 
 Nos meados dos anos 90, iniciaram a compra de pequenas propriedades rurais no 
município de Santa Helena – PR, na medida em que os proprietários das terras vizinhas se 
interessavam em vender, o casal adquiria mais alguns hectares unificando a sua propriedade. 
19 
 
Atualmente possuem uma propriedade de 176,80 hectares, na qual cultivam soja na safra 
principal e em seguida milho safrinha, ambas as culturas na categoria comercial. Com o 
interesse de diversificar a renda da propriedade, os proprietários buscaram firmar parceria 
com a Cooperativa Agroindustrial Lar no seguimento de avicultura, com dois aviários de 125 
metros cada um, onde são criadas aves de corte, o negócio e a parceria vem dando certo e o 
casal está animado para continuar investindo tanto em estrutura quanto em produção. 
 Na seqüência a figura 2 apresenta a família: 
 
Figura 2: Foto da Família. 
 
Fonte: Proprietários (2009). 
Nota: Foto tirada pelos proprietários, março 2009. 
 
 
2.3 ÁREA DE ATUAÇÃO 
 
 A propriedade atua com atividade voltada puramente a comercialização numa área de 
176,8 hectares, utiliza como área produtora 131,58 hectares e obedecendo ao compromisso de 
proteção de reserva legal do programa de manejo sustentável e a responsabilidade sócio 
ambiental em uma área de 35,36 hectares. 
20 
 
 Para ter uma visão melhor da propriedade, a figura 3 apresenta a estrutura de onde a 
propriedade está instalada e sua estrutura. 
 
Figura 3: Foto da Propriedade. 
 
Fonte: Google Eart (2010). 
Nota: Adaptado pelo autor. 
 
 
2.4 PRODUTOS E SERVIÇOS 
 
A atividade da empresa é caracterizada unicamente por produção, a propriedade 
trabalha desenvolvendo manejo da produção e cultivares, como soja comercial, milho verão 
(safra principal), milho safrinha (safra secundária), desde o preparo do solo, plantio, controle 
de pragas e ervas daninha até a colheita. Após a colheita principal parte da propriedade é 
destinada a forrageiras (melhoramento do solo), com aveia preta consorciado com nabo. 
 “O conceito de produto leva as organizações a buscarem oferecer produtos de melhor 
qualidade, desempenho e concepção” (COBRA, 1992, p.31). 
 A propriedade também trabalha com parcerias com a cooperativa Agro Industrial LAR 
no seguimento de avicultura, com a criação de aves de corte. 
21 
 
2.5 PORTE DA EMPRESA 
 
 Para obter a classificação do porte de uma propriedade rural, deve-se levar em 
consideração o módulo fiscal. De acordo com o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e 
Reforma Agrária) esse módulo é considerado uma unidade de medida que permite 
dimensioná-lo e classificá-lo não somente pela área como também pela forma e condições das 
atividadeseconômicas. Outro fator considerado para a definição do módulo rural é a 
localização geográfica do imóvel. 
 O módulo fiscal é uma unidade de medida, também expressa em hectare, fixada para 
cada município, instituída pela Lei nº 6.746, de 10 de dezembro de 1979, que leva em conta: 
a) Tipo de exploração predominante no município; 
b) A renda obtida com a exploração predominante; 
c) Outras explorações existentes no município que, embora não predominantes, 
sejam expressivas em função da renda ou da área utilizada; 
d) Conceito de propriedade familiar. 
 Atualmente, o módulo fiscal serve de parâmetro para a classificação fundiária do 
imóvel rural quanto a sua dimensão, de conformidade com art. 4º da Lei nº 8.629/93, 
apresentado na figura 4: 
 
Figura 4: Classificação do porte das propriedades rurais. 
Porte Classificação do módulo fiscal 
Minifúndio Imóvel rural de área inferior a 1 (um) módulo fiscal. 
Pequena Propriedade 
Imóvel rural de área compreendida entre 1 (um) e 4 (quatro) módulos 
fiscais. 
Média Propriedade 
Imóvel rural de área compreendida entre 4 (quatro) e 15 (quinze) 
módulos fiscais. 
Grande Propriedade Imóvel rural de área superior a 15 (quinze) módulos fiscais. 
Fonte: INCRA, (2010). 
Nota: Adaptado pelo autor em figura. 
 
 Segundo a classificação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico 
e Social), o método utilizado para a classificação das empresas por porte utiliza como critério, 
a receita anual ou anualizada, conforme a Carta Circular nº 64/02 de 14 de outubro de 2002. 
 Nesse critério a propriedade está classificada como Microempresa, conforme 
apresentado a seguir na figura 5: 
22 
 
 
Figura 5: Classificação do porte das empresas. 
Porte Receita 
Microempresa 
Receita operacional bruta anual ou anualizada até R$ 1.200.000 (um 
milhão e duzentos mil reais). 
Pequena 
Empresa 
Receita operacional bruta anual ou anualizada superior a R$ 1.200.000 
(um milhão e duzentos mil reais) e inferior ou igual a R$ 10.500.000 
(dez milhões e quinhentos mil reais). 
Média Empresa 
Receita operacional bruta anual ou anualizada superior a R$ 10.500.000 
(dez milhões e quinhentos mil reais) e inferior ou igual a R$ 60.000.000 
(sessenta milhões de reais). 
Grande Empresa 
Receita operacional bruta anual ou anualizada superior a R$ 60.000.000 
(sessenta milhões de reais). 
Fonte: BNDES, (2009). 
Nota: Adaptado pelo autor. 
 
 O SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas) utiliza o 
critério por número de empregados como critério de classificação do porte das empresas, 
conforme a figura 6 a propriedade está classificada como microempresa. 
 
Figura 6: Classificação das Empresas por número de funcionários. 
Classificação Número de funcionários 
Microempresa Até 09 empregados 
Empresa de Pequeno Porte De 10 a 49 empregados 
Empresa de Médio Porte De 50 a 99 empregados 
Empresa de Grande Porte Mais de 100 empregados 
Fonte: SEBRAE, (2010). 
 
2.6 FORÇA DE TRABALHO 
 
 O modo como as empresas definem sua força de trabalho é uma maneira pela qual elas 
se diferenciam. A força de trabalho na propriedade rural é um dos instrumentos para alcançar 
os objetivos da empresa. 
23 
 
 A empresa possui três funcionários conforme representado na figura abaixo: 
 
Figura 7: Força de trabalho da empresa. 
Faixa 
etária 
Escolaridade 
Sexo Função 
Fundamental Médio 
26 a 30 1 Masculino Auxiliar de Serviços Gerais 
31 a 35 1 Masculino Avicultor 
36 a 40 1 Masculino Operador de Máquinas Agrícolas 
Total 1 2 
Fonte: Fazenda Milan, (2010). 
Nota: Figura elaborada pelo autor com base nas informações do proprietário, março (2010). 
 
 
2.7 MICROAMBIENTE 
 
O microambiente, também conhecido como ambiente tarefa ou ambiente 
administrativo, interage e influência permanentemente a empresa. 
Conforme Honorato (2004, p.38), “microambiente é o conjunto de agentes que afetam 
diretamente a empresa e que podem de alguma maneira, ser controlados pelas ações de 
marketing daquela”. 
 Neste tópico serão apresentados são os clientes, fornecedores, concorrentes e órgãos 
reguladores agentes do microambiente da propriedade. 
 
 
2.7.1 Clientes 
 
 Os clientes estão diretamente ligados com o sucesso da empresa, procurando 
identificar às demandas que irão atender aos seus anseios e necessidades a propriedade 
desenvolve um trabalho de qualitativo e quantitativo na sua produção e negociação para 
apresentar uma imagem positiva para seus clientes. 
 Ao definir o conceito de cliente, descreve como: 
 
Cliente é uma pessoa que se acostuma a comprar de sua empresa. Esse costume se 
estabelece por meio da compra e da interação freqüente durante um período de 
tempo. Se não houver um registro sólido de contatos e compras regulares, essa 
pessoa não será um cliente de sua empresa; será um ‘comprador’. O verdadeiro 
cliente é ‘criado’ ao longo do tempo (GRIFFIN, 1998, p. 47). 
24 
 
 A fazenda Milan possui dois clientes destacados como principais, conforme 
apresentados na figura abaixo: 
 
Figura 8: Principais clientes da Fazenda Milan. 
Cliente Produto adquirido Local 
Cooperativo Agroindustrial Lar Frango, Milho e Soja Santa Helena – PR 
AB Agro Brasil Ltda Milho e Soja Santa Helena – PR 
Fonte: Proprietários, (2010). 
Nota: Elaborado pelo autor, com base nas informações do proprietário, (2010). 
 
 
2.7.2 Fornecedores 
 
 A propriedade no intuito de realizar uma boa produção exige critérios básicos para 
selecionar seus fornecedores, ou seja, avaliação do preço ao qual o fornecedor oferece o 
produto, a qualidade e tecnologia do produto e a velocidade de entrega. Essas exigências 
contribuem para o plantio e o manejo adequado. 
 A escolha dos fornecedores é fundamental para o cumprimento dos compromissos de 
oferecer produtos de primeira qualidade aos clientes, de acordo com suas necessidades e as 
exigências do mercado. 
 “Quesito extremamente estratégico para qualquer empresa em um cenário 
competitivo são seus fornecedores, de materiais e serviços” (FREIRIAS, 2003, p. 41). 
 A figura 9 apresenta a relação de fornecedores da propriedade: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
Figura 9: Relação de fornecedores da Fazenda Milan. 
Fornecedor Produto e Serviço Local 
AB Agrobrasil 
Disponibiliza assessoria técnica e fornece produtos 
de qualidade, como agrotóxicos, fertilizantes e 
sementes. 
Santa Helena – PR 
Cooperativa 
Agroindustrial Lar 
Disponibiliza assessoria técnica para agricultura e 
avicultura e fornece produtos de qualidade, como 
fertilizantes, agrotóxicos, sementes e pintainhos. 
Santa Helena – PR 
Auto Posto Dal Soto 
Distribuidor de combustíveis, lubrificantes e 
lavagem de maquinas e equipamentos. 
Santa Helena – PR 
Equagril Equip. 
Agrícolas 
É fornecedor de implementos e peças para tratores, 
plantadeiras e maquinários em geral. 
Marechal Candido do 
Rondon – PR 
Ceifatral Equip. 
Agrícolas 
É fornecedor de peças e acessórios para tratores, 
plantadeiras e maquinários em geral. 
Missal – PR 
Banco do Brasil S/A Assessoria e Gestão de créditos e financiamentos. Santa Helena – PR 
Sicredi Cooperativa de 
Crédito de Livre 
Assessoria e Gestão de créditos e financiamentos. Santa Helena – PR 
Fonte: Proprietários, (2010). 
Nota: Elaborado pelo autor, com base nas informações do proprietário, (2010). 
 
 Os proprietários da fazenda mantêm continuamente uma relação de responsabilidade, 
transparência e confiança nas transações com seus fornecedores, contribuindo para o sucesso 
de todos os envolvidos. 
 
 
2.7.3 ConcorrentesNa produção agrícola e avicultura, não são encontrados concorrentes diretos, haja 
vista, que todas as demais propriedades da região produzem em escalas diferenciadas e tem 
garantida a venda de seus produtos em cooperativas ou silos de comercialização, não 
existindo concorrência propriamente dita. 
Segundo Kotler (1998, p.212), “os concorrentes mais diretos de uma empresa são 
aqueles que perseguem os mesmos mercados-alvos e adotam estratégias semelhantes. 
 No caso da Fazenda Milan, todos os demais produtores da região são agentes de uma 
cadeia produtiva (parceiros), a competitividade ou concorrência fica a cargo dos outros 
agentes da cadeia de comercialização, como as cooperativas e os silos. 
26 
 
2.7.4 Órgão regulador 
 
 Os órgãos reguladores têm impulsionado as empresas reguladas a buscarem eficácia 
de gestão, fiscalizando constantemente as propriedades para que não haja irregularidade nas 
atividades desenvolvidas. 
 No caso da propriedade em questão os órgãos reguladores são: 
a) Ministério da Agricultura: A atuação do ministério baseia-se na busca de sanidade 
animal e vegetal, da organização da cadeia produtiva do agronegócio, do uso 
sustentável dos recursos naturais e do bem-estar social. 
b) Receita Federal: Responsável por regular e fiscalizar os impostos que são cobrados 
das propriedades, ITR (Imposto Territorial Rural), Funrural e Imposto de Renda. 
c) BNDES: Atua como órgão financiador e facilitador de créditos rurais para os 
produtores. 
d) IAP: Órgão fiscalizador das áreas protegidas. 
e) Receita Estadual – Responsável pela fiscalização, tributação fiscal e arrecadação. 
 
 
2.8 NEGÓCIO 
 
A Fazenda Milan atua com atividades voltadas para a comercialização numa área de 
176,80 hectares, com a produção agrícola e pecuária. Na agricultura desenvolve o cultivo de 
soja e milho comercial e milho safrinha. Na atividade de pecuária a propriedade trabalha 
avicultura com a criação de aves de corte. 
“Empresa agrícola ou rural é a unidade de produção, onde são exercidas atividades que 
digam respeito a culturas agrícolas, criação de gado ou culturas florestais, com a finalidade de 
obtenção de renda” (IUB, 2004, p.5). 
 A figura 10 apresenta o plantio de soja, principal cultura cultivada na propriedade. 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
Figura 10: Plantio de soja 2010. 
 
Fonte: Empresa (2010). 
Nota: Adaptado pelo autor. 
 
 Outra atividade da propriedade é a pecuária com a criação de aves de corte, a figura 11 
apresenta a imagem do aviário. 
 
Figura 11: Aviário da propriedade. 
 
Fonte: Empresa (2010). 
Nota: Adaptado pelo autor. 
28 
 
2.9 MISSÃO 
 
 De acordo com Costa (2006, p.36) “a formação de uma auto-imagem simples e 
objetiva é necessária também haver um sentido claro sobre qual a razão da existência da 
organização, num conceito conhecido como missão”. 
 Pelo fato da empresa não ter uma missão definida, juntamente com os proprietários foi 
elaborado a seguinte missão: 
 “Desenvolver uma produção agrícola e avicultura de alta qualidade, gerando 
lucro para o investimento associado aos interesses econômicos, sociais, ambientais e 
familiares”. 
 
 
2.10 VISÃO 
 
 Uma visão clara e explicita de uma empresa é o ingrediente para o sucesso, pois 
apresenta o caminho que a organização pretende percorrer. 
 Oliveira (2006, p.88) ao definir visão, fala que “ela representa o que a empresa quer 
ser, é um planejamento estratégico a ser desenvolvido e implementada num período mais 
longo de tempo”. 
 Desta forma a propriedade apresenta sua visão: “Agregar valor a produção agrícola 
e a avicultura, preservando as reservas legais e incentivando o respeito ao meio 
ambiente, aperfeiçoando nossos processos produtivos e contribuindo para o 
desenvolvimento sociocultural de todos os envolvidos na propriedade”. 
 
 
2.11 VALORES 
 
 Segundo Costa (2006, p.38), “como seu próprio nome diz, os valores são 
características, virtudes, qualidades da organização que podem ser avaliadas como se 
estivessem em uma escala, com graduação entre avaliações extremas”. 
 A fazenda Milan considera seus principais valores “Relacionar-se com os seus 
colaboradores, fornecedores, clientes e a sociedade em geral com respeito, honestidade 
integridade, lealdade e profissionalismo, transparecendo sempre a verdade e 
honestidade”. 
29 
 
 
Proprietário 
 
Encarregado da Lavoura 
 
 
Encarregado da Avicultura 
 
 
Assistência Agronômica 
 
 
Assistência Veterinária 
 
 
Auxiliar de Lavoura 
2.12 ORGANOGRAMA 
 
 Segundo Araujo (2001, p.131), “organograma é um gráfico representativo de estrutura 
formal da organização em dado momento”. 
 De acordo com Heilborn; Lacombe (2003, p.104), entre os numerosos tipos de 
organogramas existentes, o mais utilizado é o chamado organograma clássico ou vertical. 
 “As principais vantagens dos organogramas são conseqüências da explicitação que ele 
proporciona da estrutura organizacional [...]. A principal desvantagem é que o organograma 
formaliza situações, que, com o tempo podem tornar-se inadequadas” (HEILBORN; 
LACOMBE, 2003, p.104). 
 A propriedade em estudo não possui um organograma definido, diante disso, o autor 
sugere o seguinte organograma simples funcional: 
 
Figura 12: Organograma da Fazenda Milan. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Empresa, (2010). 
Nota: Desenvolvido pelo autor com base nas informações dos proprietários. 
 
 
 
 
30 
 
2.13 MACROAMBIENTE 
 
 De acordo com Amboni e Andrade (2007, p.29), o macroambiente empresarial atual 
assume muitas formas diferentes. Embora alguns ambientes ainda possam ser relativamente 
simples e estáveis, outros tendem a ser muito mais complexos e dinâmicos por natureza. 
 “O ambiente é extremamente multivariado e complexo: as empresas vivem em um 
mundo humano, social, político e econômico em constante mudança” (CHIAVENATO, 2007, 
p.83). A figura 13 apresenta os segmentos e as características do Macroambiente: 
 
Figura 13: Macroambientes: Segmentos e Características. 
Segmentos Características 
 Demográfico 
Diz respeito ao tamanho, idade, estrutura, distribuição geográfica, 
composto étnico e distribuição de renda de uma população. 
Ambiente 
Econômico 
Diz respeito à natureza e à direção da economia dentro da qual uma 
empresa atua ou venha a atuar. 
Político-Jurídico 
É a arena na qual as organizações e os grupos de interesse concorrem para 
obter atenção, recursos e uma voz para acompanhar o conjunto de leis e 
regulamentos que orientam as interações entre as nações. 
Sociocultural Ocupa-se das atitudes e dos valores culturais de uma sociedade. 
Tecnológico 
Inclui as instituições e as atividades relacionadas com a criação de novos 
conhecimentos e a tradução desses conhecimentos em novos canais, 
produtos, processos e materiais. 
Global 
Compreende novos e relevantes mercados globais, mercados existentes em 
fase de mudança e eventos políticos internacionais importantes, além das 
características culturais e institucionais essenciais aos mercados globais. 
Fonte: HITT, HOSKISSON E IRELAND (2005, p.56). 
Nota: Texto adaptado pelo autor em tabela. 
 
 Entre os principais fatores do macroambiente que influenciam nas atividades da 
Fazenda Milan destacam-se o fatores externos, climáticos como, temperatura, pluviosidade, 
umidade do solo e radiação solar e o ambiente econômico na qual a venda da produção 
depende da política governamental para preços agrícolas e da variação cambial. 
 
 
31 
 
 
3 SITUAÇÃO A SER SOLUCIONADA 
 
 Como qualquer outra empresaou atividade econômica, a propriedade rural deve ter 
um planejamento e controle financeiro para um bom desempenho, devem ser registradas todas 
as movimentações para a eficiência na tomada das decisões. 
 Os proprietários da Fazenda Milan, desenvolvem o gerenciamento financeiro através 
de anotações e lançamentos manuais em agenda e cadernetas, as atividades envolvem o 
acompanhamento das entradas e saídas de recursos financeiros utilizados na administração da 
propriedade, na produção e nas transações comerciais. 
 Para os proprietários terem um bom desempenho financeiro, eles necessitam realizar 
um planejamento de todos os investimentos necessários para gerar produção. Dessa forma, 
eles devem identificar e separar todos os gastos e receitas relativas à produção agrícola e 
avicultura, para não correr o risco de perder o controle sobre os recursos financeiros. 
 Além de controlar todas as movimentações financeiras, os proprietários, também 
relacionam os lançamentos de curto, médio e longo prazo, entre eles as parcelas de 
financiamentos a pagar, valores de comercialização a receber, manutenção das máquinas, 
equipamentos e implementos agrícolas, pagamentos bancários e salários. 
 Diante da complexidade dos lançamentos e controles financeiros, os proprietários 
sentiram a necessidade de aprimorar as técnicas e os métodos de gerenciamento, pois essa 
tarefa requer uma atenção minuciosa, haja vista, que dela depende a sobrevivência do 
negócio. É necessária a criação de um sistema informatizado e customizado de acordo com a 
necessidade dos proprietários e as características dos negócios da propriedade. Um sistema 
com interface simples, e prática de fácil operação, que gere relatórios diários das 
movimentações financeiras. 
 Diante da situação a ser solucionada, faz-se o seguinte questionamento: Como 
sistematizar a gestão financeira da propriedade? 
 
 
 
 
 
32 
 
 
4 JUSTIFICATIVA 
 
 Roesch (1999, p.99), define justificativa como a apresentação de razões para a própria 
existência do projeto. 
 Atualmente o problema mais comum encontrado nas empresas é o controle da área 
financeira na qual os negócios se sustentam para manter a organização no mercado. Para tal 
controle as empresas necessitam de uma ferramenta informatizada que as auxilie no 
planejamento de suas finanças. 
 Dessa forma, surge então o interesse em pesquisar o tema para oferecer aos 
proprietários da Fazenda Milan na qual o trabalho de curso foi realizado, informações sólidas 
e seguras a respeito dos processos do controle financeiro. 
 Para o autor, a realização desse trabalho de curso foi de grande importância, pois além 
de ampliar o conhecimento na área financeira, também teve a oportunidade de analisar as 
falhas nas atividades financeiras da Fazenda Milan. 
 Para os proprietários, esse trabalho de curso foi importante porque as informações 
obtidas através dos dados pesquisados possibilitaram um controle mais eficiente e eficaz das 
movimentações financeiras da propriedade. 
 Para os funcionários, clientes e fornecedores trarão mais segurança e confiabilidade 
nas operações e negócios da propriedade, pois disponha de um controle informatizado da 
gestão financeira, garantindo dessa forma o sucesso dos negócios. 
 O trabalho de curso foi viabilizado pela facilidade de acesso as informações, haja vista 
que o autor tem contato direto e uma relação de confiança com os proprietários, e a proposta 
do trabalho de curso é de interesse dos mesmos. Por conseguinte, todos os custos referentes às 
pesquisas, impressões foram custeados pelo autor. 
 O estudo foi oportuno para a propriedade, pois a mesma apresentou deficiências no 
seu controle financeiro, dessa forma, a realização deste trabalho de curso teve a oportunidade 
de encontrar uma solução adequada para o problema, assim como o autor pode utilizar os 
conhecimentos obtidos no decorrer do curso de administração e contribuir para a melhoria dos 
processos financeiros da propriedade. 
 
 
 
33 
 
 
5 OBJETIVOS 
 
Neste capítulo apresentam-se os objetivos gerais e específicos, sobre os quais se 
desenvolveu o estudo. 
Segundo Marconi e Lakatos (1999, p.26), “toda pesquisa deve ter um objetivo 
determinado para saber o que vai procurar e que se pretende alcançar”. 
 
 
5.1 OBJETIVO GERAL 
 
Apresentar uma proposta de Sistematizar a gestão financeira para que a propriedade 
Fazenda Milan possa controlar melhor suas finanças e atingir seus objetivos estratégicos. 
 
 
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
a) Identificar a situação atual da gestão financeira da propriedade; 
b) Efetuar uma análise das principais necessidades e limitações das ferramentas de 
controle financeiro; 
c) Apresentar uma proposta de sistematização à gestão financeira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
6 REVISÃO DA LITERATURA 
 
 Este capítulo fundamenta a pesquisa, é à base de sustentação teórica, o presente trará 
conceitos de administração, habilidades e competências do administrador, das escolas da 
administração e informações sobre o agronegócio e o planejamento financeiro rural para 
embasar os assuntos a serem apresentados neste trabalho de curso. 
 De acordo com Barreto e Honorato (1998, p. 62.), “É necessário construir um objeto 
de pesquisa, ou seja, selecionar uma fração da realidade a partir do referencial teórico-
metodológico escolhido”. 
 
 
6.1 CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO 
 
 A administração é imprescindível a quaisquer organizações, haja vista que seus 
processos garantem o controle eficiente das atividades e, por conseguinte o sucesso do 
empreendimento. 
 Para Maximiano (2007, p.26), “é a administração que faz organizações serem capazes 
de utilizar corretamente seus recursos e atingir seus objetivos”. 
 Logo, “a administração nada mais é do que a coordenação lógica das atividades de 
uma organização seja ela lucrativa ou não lucrativa, pois a administração é imprescindível 
para a existência, sobrevivência e sucesso das organizações” (AMBONI; ANDRADE 2007, 
p.03). 
 Em paralelo com a administração de empresas, podemos citar a administração da 
empresa agrícola, foco deste trabalho de curso. O campo da administração rural é um 
conjunto de atividades que facilitam a tomada de decisões aos produtores rurais na sua 
empresa agrícola, com objetivo de melhorar o seu resultado econômico, mantendo a 
produtividade da terra. 
Atualmente, o campo de atuação da Administração da empresa rural está em plena 
expansão, devido às tecnologias cada vez mais presentes no setor agrícola e a necessidade de 
administrar os recursos existentes. 
 A administração pode ser descrita como: 
 
35 
 
A administração constitui função social, enraizada na tradição dos valores, hábitos, 
crenças e sistemas governamentais e políticos. A administração é – e deve ser – 
condicionada pela cultura e a sociedade. Dessa forma, embora constituindo um 
conjunto organizado de conhecimentos e como tal aplicável por parte, a 
administração constitui também “cultura”. Não é uma ciência “liberta de valores” 
(DRUCKER, 2002, p.16). 
 
 A administração nos últimos anos vem se traduzindo como uma das mais importantes 
áreas da atividade humana e da sociedade como um todo. 
 
 
6.2 FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO 
 
As funções administrativas definidas por Fayol, atualmente com um modelo 
atualizado, são: Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar. Todas elas são importantes para que 
a empresa possa definir suas atividades e atingir o sucesso. Todas as funções administrativas 
buscam garantir o cumprimento dos processos e contribuir para um bom desempenho da 
empresa.Funções da administração: 
 
As principais funções da administração são planejar, organizar, dirigir e controlar. 
Planejar é analisar a situação, determinar objetivos que serão perseguidos, e decidir 
antecipadamente as ações necessárias para perseguir esses objetivos. Organizar é 
reunir os recursos necessários para completar o trabalho, agrupar e coordenar 
funcionários e tarefas para o sucesso máximo. Liderar é motivar pessoas e estimular 
o alto desempenho. Controlar é monitorar o progresso da organização ou da 
unidade em direção aos objetivos e depois adotar ações corretivas se for necessário 
(BATEMAN, 1998, p.41). 
 
 No campo da administração da empresa rural, esse conjunto de funções também é 
utilizado nas mais diversas ocasiões. O proprietário deve planejar o que produzir, quanto 
produzir e porque produzir, organizar os processos e os meios de produção, controlar a ação 
desenvolvida na propriedade e avaliar os resultados obtidos da safra. 
 
 
6.3 FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR 
 
A função do administrador está diretamente ligada à produtividade e os lucros, ele 
também tem a função de acompanhar o processo produtivo fiscalizando cada etapa, 
controlando os equipamentos e materiais envolvidos na produção, para evitar prejuízos e 
36 
 
desperdícios para a empresa. 
 De acordo com Amboni e Andrade (2007, p.5), para as organizações alcançarem o 
desempenho esperado, precisam contar com as funções que englobam o processo 
administrativo, conhecidas por funções do administrador. 
 Na propriedade rural, o administrador deve ser o responsável por tomar a decisão 
sobre o que produzir, quanto produzir, como produzir, quando produzir e para quem vender. 
Também precisa conhecer bem o que está dentro da propriedade, como a quantidade de terras 
e o seu estado, as benfeitorias, mão de obra, máquinas e equipamentos e os animais. Por 
conseguinte, é imprescindível conhecer todos os elementos externos como: mercado, clientes 
e fornecedores, somente com acesso as essas informações o administrador poderá tomar as 
devidas decisões e controlar todos os processos dentro da propriedade. 
 Segundo Drucker (2002, p. 3), “o administrador é o elemento dinâmico e vital de toda 
e qualquer empresa. É o calibre e a qualidade de atuação dos administradores que determinam 
o sucesso ou mesmo a sobrevivência de uma empresa”. 
 O administrador deve conduzir a empresa de acordo com os objetivos traçados no 
planejamento e para isso deve aplicar as habilidades técnicas, humanas e conceituais. 
 De acordo com Chiavenato (2007, p. 69) “existem três habilidade que o administrador 
possui [...]”, conforme apresentado na tabela abaixo: 
 
Figura 14: Habilidades e Características do Administrador. 
Habilidade Características 
Técnicas 
Consiste em utilizar conhecimento, métodos, técnicas e equipamentos 
necessários para a realização de tarefas. É a habilidade de fazer coisas 
concretas e práticas. 
Humanas 
Consiste na capacidade e no discernimento para trabalhar com pessoas, saber 
comunicar, compreender suas atitudes e motivações e desenvolver uma 
liderança eficaz. 
Conceitual 
Consiste na capacidade de lidar com idéias e conceitos abstratos. Proporcionam 
Idéias globais e conceitos, valores e princípios que permitem saber aonde 
chegar, a fim de definir o comportamento e as ações futuras necessárias. 
Fonte: CHIAVENATO (p. 69, 2007). 
Nota: Texto adaptado pelo autor em figura. 
 
 Portanto, o administrador deve utilizar essas habilidades para conduzir a empresa, 
desenvolvendo estratégias empreendedoras e inovadoras, gerando assim, resultados positivos 
para todos os envolvidos. 
37 
 
6.4 AS ESCOLAS DA ADMINISTRAÇÃO 
 
 Neste capítulo será abordada a trajetória da história da administração e as principais 
escolas que contribuíram para a sua evolução. 
 As escolas da administração podem ser divididas em várias correntes ou abordagens. 
Cada abordagem representa uma maneira específica de encarar as tarefas da área da 
administração. A figura 15 a seguir apresenta uma visão geral da evolução dos procedimentos 
administrativos: 
 
Figura 15: Evolução dos procedimentos administrativos. 
 
ESCOLAS ÉPOCA 
PRINCIPAL 
NOME 
IDÉIAS CENTRAIS 
A
B
O
R
D
A
G
E
M
 C
L
Á
S
S
IC
A
 
18
90
 a
 1
94
0 
Administração 
Científica 
1890 - 1925 Frederick W. Taylor 
Economias, produção em série e 
sobordinação funcional. 
Normativista ou 
Teoria Clássica da 
administração 
1890 - 1925 Henry Fayol 
Centralização, unidade de comando, normas 
e divisão do trabalho. 
Escola das 
Relações Humanas 
1927 - 1933 George E. Mayo 
Pessoas têm qualidades que precisam ser 
estimuladas, o comportamento humano é 
complexo. 
Escola Burocrática 1940 Max Weber 
Padronização, definir a racionalidade 
burocrática e responsabilidades do cargo 
definidas. 
 
A
B
O
R
D
A
G
E
M
 C
O
N
T
E
M
P
O
R
Â
N
E
A
 
19
40
 a
té
 o
s 
d
ia
s 
at
u
ai
s 
Comportamental 
ou Behaviorista 
1943 - 1960 
Abraham Maslow e 
Frederick Herzberg 
Hierarquia das Necessidades humanas, 
fatores motivacionais e desenvolvimento 
organizacional. 
Estruturalista 
Final da 
década de 
1950 
Weberiana 
Fatalismo, Os homens aprisionados pela 
organização e provocam o conflito mas não 
o resolvem. 
Sistêmica 1940 - 1950 
Ludwing Von 
Bertalanffy 
Trouxe uma fantástica ampliação na visão 
dos problemas organizacionais, mas ainda 
carece de melhor sistematização e 
detalhamento. 
APO 
(Administração 
por Objetivos) 
1954 Peter F. Drucker 
Planejamento, formulação de políticas e 
relações com os clientes. 
Desenvolvimento 
Organizacional 
1962 Leland Bradford 
Orientado para melhorar os processos, 
envolve a organização como um todo e o seu 
ambiente direto e indireto. 
Abordagem 
Contingencial 
1972 Lawrence e Lorsch 
Identificação das variáveis que produzem 
maior impacto sobre a organização, como o 
ambiente e a tecnologia. 
Fonte: RIBEIRO (p. 13, 2004). 
Nota: Figura Adaptada pelo autor. 
38 
 
6.4.1 Administração Científica 
 
 Entre as escolas da administração, a escola mecanicista ou teoria da administração 
científica se tornou uma das mais conhecidas em 1911 devido ao precursor Frederick 
Winslow Taylor, formado em engenharia mecânica, e autor do livro “Os princípios da 
Administração Científica” no qual descreve o uso dos métodos científicos para decidir a 
melhor maneira para realizar um determinado trabalho, baseado em estudos do tempo e 
movimento. 
 A figura 16 resume alguns dos principais conceitos, precursores e contribuições da 
administração científica. 
 
Figura 16: Conceitos, precursores e contribuições da administração científica. 
Conceitos chaves da Escola Época Precursores Contribuições 
Analisava o trabalho utilizando 
métodos para determinar a "única e 
melhor maneira" de completar as 
tarefas de produção. Enfatizava o 
estudo das tarefas, seleção e 
treinamento de trabalhadores e a 
cooperação entre trabalhadores e a 
administração. 
1890 
1940 
Frederick W. 
Taylor, Frank, 
Lillian Gilberth, 
Henry Gantt, Hugo 
Munsterberg e 
Henry Ford. 
Melhorou a produtividade e a 
eficiência das fábricas, introduziu 
análise científica no ambiente de 
trabalho, o sistema de gratificação 
diferenciada equiparava as 
recompensas dos trabalhadores a 
seu desempenho e propiciava 
cooperação entre a administração 
e os trabalhadores. 
Fonte: BATEMAN (p. 51, 1998). 
Nota: Texto adaptado pelo autor em tabela. 
 
 
6.4.2 A Teoria Clássica da Administração 
 
 Na realização da pesquisa observou-se quea Escola Clássica ou Teoria Clássica da 
Administração divide-se em dois grupos: Administração Científica, liderado por Taylor e a 
Teoria Clássica da Administração encabeçada pelo engenheiro Henri Fayol. Ambas as teorias 
buscavam atingir o mesmo objetivo: maior produtividade do trabalho e a eficiência nas 
organizações. 
 A figura 17 resume alguns dos principais conceitos, precursores e contribuições da 
Teoria Clássica da administração. 
39 
 
Figura 17: Conceitos, precursores e contribuições da Teoria clássica da administração. 
Conceitos chaves da Escola Época Precursores Contribuições 
Aumentar a eficiência da 
empresa por meio da forma e da 
disposição de seus órgãos 
componentes (departamentos) e 
das suas estruturas. 
1890 
1925 
Henry Fayol, Luther 
Gulick, Lyndall F. 
Urwick, Willian 
Newman, Dale, 
Mooney, O’Donnel, 
Allen e Koontz 
Melhoria acentuada da 
produtividade e da eficiência 
introduz uma forma diferenciada 
de remuneração e identificou e 
separou as funções do 
administrador. 
Nota: Elaborado pelo autor de acordo com obras de Amboni e Andrade (1998). 
 
 De acordo com Araujo (2004, p.40), para Taylor o importante era produzir, pois, para 
ele, tudo seria consumido. Portanto, a fim de aumentar a produção era necessário que o 
trabalho fosse feito de maneira mais simples possível de forma coordenada e responsável. 
 O movimento da Escola Clássica defendia o aumento na produção nas empresas, 
entretanto, também tinha a preocupação em melhorar as condições de trabalhos dos operários, 
assim como proporcionava melhores salários, essa estratégia contribuía para o sucesso da 
empresa e, por conseguinte, o interesse dos funcionários. 
 Ao mencionar a contribuição de Fayol nos estudos da escola clássica descreve como: 
 
Aqui, também, aparece um aspecto de contribuição de Fayol, que foi a de dar forte 
contribuição aos estudos estruturais das organizações. Neste caso, nota-se a 
preocupação dele com os objetivos empresariais, o que resultou em ações geradoras 
bastante positivas para a empresa onde atuava (ARAUJO, 2004, p.42). 
 
 Além dos estudos estruturais da organização, Fayol também direcionou seus estudos 
na unidade de comando, autoridade e responsabilidade, características estas que na 
administração atual de muitas empresas é visão principal da gerência administrativa. 
 
 
6.4.3 Escola das Relações Humanas 
 
A Escola das Relações Humanas surge como oposição aos pensamentos de Taylor e 
Fayol. A escola ficou conhecida pelas experiências realizadas numa fábrica de equipamentos 
telefônicos em Hawtorne nos Estados Unidos por Elton Mayo, que tinha o objetivo de estudar 
o comportamento das operações usando os fatores psicológicos como influência escola era 
humanizar o trabalho e, por conseguinte, tornar mais digno para os operários. 
De acordo com Bateman (1998, p.53), essa abordagem visava entender como os 
40 
 
processos psicológicos e sociais interagem com a situação de trabalho para influenciar o 
desempenho. A figura 18 resume alguns dos principais conceitos, precursores e contribuições 
da Escola das Relações Humanas. 
 
Figura 18: Conceitos, precursores e contribuições da Escola das Relações Humanas. 
Conceitos chaves da Escola Época Precursores Contribuições 
Ênfase na psicologia para o 
estudo das organizações, 
substituição da abordagem 
clássica pela abordagem 
humanística, adoção de 
conceitos humanísticos e foco 
na organização formal e nos 
grupos sociais. 
1927 
 1933 
George E. 
Mayo, Kurt 
Lewin Simon 
MacGregor e 
Abraham 
Maslow. 
Disposta a democratizar e humanizar a 
administração das empresas e fortalecer e 
reforçar seus pontos de vista. Desenvolver 
conceitos a partir da psicologia e sociologia 
industrial, tais como organização informal, 
motivação, comunicação, liderança, 
incentivos sociais, dinâmica de grupo etc. 
Nota: Elaborado pelo autor de acordo com obras de Chiavenato (2007). 
 
 
6.4.4 Abordagem Comportamentalista 
 
A escola do comportamento humano teve ênfase nos anos de 1932 a 1940, com 
objetivo de criticar as escolas anteriores, apresentando uma nova ampliação e diversificação 
em relação aos pensamentos dos estudiosos passados. O foco de estudo dessa escola continua 
sendo as pessoas em uma perspectiva mais ampla. 
Segundo Ribeiro (2004, p.83) “o administrador deve conhecer e dominar os conceitos 
motivacionais para promover a melhor qualidade de vida dentro das organizações, pois os 
indivíduos, uma vez satisfeitos em suas necessidades, desempenharão mais suas funções”. 
Nesta escola destaca-se a hierarquia das necessidades de Maslow, conforme 
apresentada na figura 19: 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
Figura 19: Hierarquia das necessidades de Maslow. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nota: Elaborado pelo autor com base nas informações de Amboni e Andrade (2007). 
 
 Essa hierarquia de necessidade pode ser visualizada como uma pirâmide, conforme 
figura 14. Na base da pirâmide estão às necessidades mais baixas (necessidade fisiológicas) e 
no topo as necessidades mais elevadas (as necessidades de auto-realização), essas 
necessidades refletem o comportamento do individuo dentro da organização. 
 
 
6.4.5 Escola Burocrática 
 
 A escola burocrática tem como principal nome Max Weber, sociólogo alemão. Na sua 
abordagem considerava a burocracia um sistema organizado de normas técnicas para legalizar 
e organizar os procedimentos administrativos. 
 Segundo Amboni e Andrade (2007, p.72) para Weber “a burocracia ideal deveria 
assegurar a estabilidade, a previsibilidade e a padronização de comportamentos, visando à 
máxima eficiência...”. 
 A figura 20 resume alguns dos principais conceitos, precursores e contribuições da 
Escola Burocrática: 
 
 
P
r
i
m
á
r
i
a
s 
S
e
c
u
n
d
á
r
i
a
s 
42 
 
Figura 20: Conceitos, precursor e contribuições da Escola Burocrática. 
Conceitos chaves da Escola Época Precursores Contribuições 
Padronização; definir a 
racionalidade burocrática; 
administração impessoal; 
responsabilidades do cargo 
definidas. 
1940 Max Weber 
O predomínio da lógica científica; 
Consolidação de metodologias de análise 
racionais; Caráter democrático, mediante 
redução dos favoritismos e clientelismos; 
concepção de uma forma racional e eficiente 
de organização sob as condições de existência 
de atividades rotineiras. 
Nota: Elaborado pelo autor de acordo com obra de Ribeiro (2004). 
 
 
6.4.6 Escola Estruturalista 
 
Essa escola teve início por volta de 1950 com o objetivo de estudar as estruturas das 
organizações e a interação com outras empresas. O principal autor mais destacado da Escola 
Estruturalista é o sociólogo Amitai Etzioni, que estou às organizações sob a ótica de 
integração com a sociedade. 
A escola Estruturalista: 
 
Ao contrário das escolas anteriores, passa a utilizar uma abordagem múltipla por 
meio de análise intra-organizacional (fatores internos) e outra interorganizacional 
(fatores externos), ou seja, em vez de utilizar a abordagem do sistema fechado, com 
base no modelo racional de organização, os estruturalistas utilizam uma abordagem 
do sistema aberto, tendo como base o modelo natural de organização (RIBEIRO, 
2004, p.99). 
 
 A figura 21 resume alguns dos principais conceitos, precursor e contribuições da 
Escola Estruturalista: 
 
Figura 21: Conceitos, precursor e contribuições da Escola Estruturalista. 
Conceitos chaves da Escola Época Precursores Contribuições 
O enfoque está na análise organizacional 
das estruturas formais e informais,além 
da avaliação do sistema de recompensa 
adotado pelas empresas para premiar a 
excelência de seus colaboradores. 
1950 Amitai Etzioni 
A pessoa vive em conflito com a 
organização, mas precisa adaptar-se 
a ela; a organização exerce forte 
influência no indivíduo. 
Nota: Elaborado pelo autor de acordo com obra de Ribeiro (2004). 
43 
 
6.4.7 A Escola Sistêmica 
 
A teoria da Escola Sistêmica, também chamada de teoria de sistemas foi desenvolvida 
pelo biólogo alemão Ludwing Von Bertalanffy, com o seu trabalho The theory of open 
systems in Phisiscs and Biology em 1951. Ribeiro (2004, p.115) descreve que a, “teoria dos 
sistemas tomou forma nos anos de 1950, e permite a integração do conhecimento da ciência 
física, biológica e humana, considerando o sistema no conjunto de elementos inter 
relacionados”. A figura 22 ilustra a visão sistêmica da organização, numa panorâmica de um 
sistema amplo e dinâmico, que exerce influência e é influenciado: 
 
Figura 22: Panorâmica da interação da organização com o ambiente. 
 
 Nota: Elaborado pelo autor com base nas informações de Ribeiro (2004, p.108). 
 
De acordo com Amboni e Andrade (2007, p.172) “a teoria geral de sistemas não busca 
solucionar problemas ou tentar soluções práticas, mas sim produzir teorias e formulações 
conceituais que possam criar condições de aplicação na realidade empírica. A figura 23 
resume alguns dos principais conceitos, precursor e contribuições da Escola Sistêmica: 
 
Figura 23: Conceitos, precursor e contribuições da Escola Sistêmica. 
Conceitos chaves da Escola Época Precursores Contribuições 
A organização é vista como um 
sistema aberto, a administração 
deve interagir com o ambiente 
para recolher os insumos e 
devolver a ele os resultados de 
sua produção e os objetivos 
organizacionais devem abranger 
a ambosm eficiência e eficácia. 
1951 
Ludwing Von 
Bertalanffy 
Reconheceu a importância do 
relacionamento da organização com o 
ambiente externo. Expande as fronteiras da 
organização, reconhecendo a importância 
de sua relação com o ambiente e abre 
caminho para a identificação das variáveis 
ambientais que influenciam o desempenho 
organizacional. 
Nota: Elaborado pelo autor de acordo com as obras de Ribeiro (2004) e Bateman (1998). 
44 
 
6.4.8 Administração por objetivo 
 
“A origem da Administração por Objetivos (APO) está baseada na mudança do 
enfoque administrativo. A ênfase saiu do processo, dos meios de produção, das atividades-
meios e passou às atividades-fim, aos resultados e objetivos alcançados” (RIBEIRO, 2004, p. 
118). 
As empresas precisam manter um foco nos seus objetivos e para isso é necessário 
envolver todas as pessoas que de alguma maneira são responsáveis pelos processos e 
procedimentos dentro da organização, transmitir esses interesses para todos e manter um 
espírito de união e equipe. 
“Toda empresa deve organizar-se numa verdadeira equipe e consolidar os esforços 
comuns. Cada elemento da empresa contribui com algo diferente, mas todos devem contribuir 
para uma meta comum: a consecução dos objetivos da firma” (DRUCKER, 2002, p. 115). 
Ao conceituar os objetivos da organização dentro da administração por objetivos 
descreve como: 
 
Os objetivos devem ser estabelecidos em conjunto entre subordinados e seus chefes, 
procurando harmonia entre os objetivos individuais de cada área e os objetivos 
gerais da empresa, evitando-se conflitos entre os departamentos ou então que 
determinada área não esteja seguindo a direção desejada pela alta administração. 
Assim, todos os objetivos devem estar interligados para que a empresa atinja o 
máximo de eficiência (RIBEIRO, 2004, p.121). 
 
 A figura 24 resume alguns dos principais conceitos, precursor e contribuições da 
Administração por Objetivos: 
 
Figura 24: Conceitos, precursor e contribuições da Administração por Objetivos. 
Conceitos chaves da Escola Época Precursores Contribuições 
A APO é um sistema de gerência em 
que chefias e subordinados 
estabelecem objetivos e metas para 
suas respectivas áreas de 
responsabilidade, formulam planos 
para atingir as metas especificadas, 
definem padrões para medir o 
desempenho e fazem o 
acompanhamento periódico do 
progresso obtido. 
1954 
Peter F. 
Drucker 
Estabelecimento conjunto de objetivos 
entre o executivo e o seu superior, 
estabelecimento de objetivos para cada 
posição, interligação de objetivos, 
estabelecimento do sistema de reuniões 
de reciclagem, ênfase na mensuração e 
no controle e a participação atuante da 
chefia. 
Nota: Elaborado pelo autor de acordo com a obra de Ribeiro (2004). 
 
45 
 
6.4.9 A Escola do Desenvolvimento Organizacional 
 
A escola do Desenvolvimento Organizacional (DO) é uma resposta da organização as 
mudanças. Teve início na década de 1960 destinado a mudar as atitudes, crenças e valores das 
organizações, de tal maneira que essas organizações pudessem adaptar as novas tecnologias e 
desafios que surgem no novo mercado globalizado (AMBONI E ANDRADE, 2007). 
 A figura 25 resume alguns dos principais conceitos, precursor e contribuições da 
Escola do Desenvolvimento Organizacional: 
 
Figura 25: Conceitos, precursor e contribuições da Escola do DO. 
Conceitos chaves da Escola Época Precursor Contribuições 
Clara percepção do que está 
ocorrendo nos ambientes interno 
e externo da organização; análise 
e decisão do que precisa ser 
mudado e a intervenção para 
provocar a mudança, tornando a 
organização mais eficaz. 
1962 
Leland 
Bradford 
A DO procurou aglutinar várias técnicas, 
métodos e processos como forma de dar 
uma resposta para as mudanças internas e 
externas. Também procurou 
demasiadamente com os aspectos 
comportamentais com base nos 
treinamentos de habilidades e de 
sensibilidade, entre outros. 
Nota: Elaborado pelo autor de acordo com a obra de Amboni e Andrade (2007). 
 
 
6.4.10 A Abordagem Contingencial 
 
 Sua origem foi com as pesquisas de Chandler, Burns e Stalker. Essas teorias são 
contingenciais, pois explicam as empresas em diferentes contextos, bem as adaptações que 
interagem dinamicamente com o ambiente, sejam clientes, fornecedores e todos os envolvidos 
nos processos da organização (Amboni e Andrade, 2007). 
 De acordo com Lacombe e Heilborn (2003, p.41) “a teoria da Contingência é a teoria 
segundo a qual não existe uma única maneira certa, mas sim várias alternativas, dependendo 
do caso”. 
 A figura 26 resume alguns dos principais conceitos, precursores e contribuições da 
Abordagem Contingencial: 
 
 
46 
 
Figura 26: Conceitos, precursores e contribuições da Abordagem Contingencial. 
Conceitos chaves da Escola Época Precursores Contribuições 
Não existe uma única melhor 
maneira de administrar. Existe mais 
de uma forma de atingir os objetivos 
organizacionais propostos. Cabe ao 
administrador adaptar suas 
organizações às características do 
ambiente. 
1972 
Lawrence e 
Lorsch 
Identificação, mediante pesquisa 
empírica, de várias contingências que 
influenciam o desempenho 
organizacional e a contestação dos 
princípios gerais da administração. 
Nota: Elaborado pelo autor de acordo com a obra de Amboni e Andrade (2007). 
 
 
6.5 GESTÃO FINANCEIRA 
 
 A maioria das decisões de negócios de uma empresa são sempre mensuradas em 
termos financeiros, na qual a análise do administrador financeiro é essencial para o preparo 
dos planos financeiros e orçamentário das operações para que as mesmas ocorram de maneira 
segura e eficaz na organização (GITMAN, 2001). 
 A gestão financeira ou administração financeira de uma propriedade